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SISTEMA-SENSORIAL-E-NEUROPLASTICIDADE

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1 
 
 
SISTEMA SENSORIAL E NEUROPLASTICIDADE 
1 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
Sistema Sensorial .................................................................................... 4 
Percepção sensorial em crianças em período de aprendizagem .......... 14 
Atividades sensoriais: na Educação Infantil, experimentar é aprender .. 19 
O que é neuroplasticidade ..................................................................... 25 
Conceito de neuroplasticidade ............................................................... 26 
O processo de aprendizagem motora e a neuroplasticidade ................. 34 
A aprendizagem cognitiva e a aprendizagem motora ............................ 36 
Plasticidade ........................................................................................... 38 
Cérebro – Aprendizagem e Neuroplasticidade ...................................... 39 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 42 
REFERÊNCIA ........................................................................................ 43 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Sistema Sensorial ou sistema nervoso sensorial é um sistema que 
processa informações através de células exteroceptoras especializadas do 
nosso corpo que captam sensações tanto externa e interna, encontradas nos 
órgãos responsáveis pelo paladar, olfato, audição, visão. 
O sistema sensorial pode ser captado tantos pelos animais e tanto por 
nós, seres humanos. Os órgãos dos sentidos são órgãos que captam os 
estímulos externos e transformam em impulsos nervosos, esses impulsos 
nervosos possibilitam que os animais e os seres humanos possam se adaptar e 
conviver no ambiente que estão situados. 
O sistema sensorial, como mencionado, faz parte do sistema nervoso 
central, responsável por receber e identificar os dados dos órgãos sensoriais e 
transformar em estímulos para que os seres vivos possam entender, processar 
as informações que chegam, esses dados são captados por receptores, que 
podem ser divididos em 2 elementos: Externoreceptores e internoreceptores. 
Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neuronal, é a 
capacidade de o cérebro se adaptar a mudanças por meio do sistema nervoso. 
Trata-se da habilidade do cérebro de reorganizar os neurônios e os circuitos 
neurais, moldando-se a níveis estruturais por meio de aprendizagem e vivências. 
A neuroplasticidade permite que os neurônios se regenerem e que sejam criadas 
conexões sinápticas, meios de comunicação entre os neurônios. 
De forma simples: a neuroplasticidade é o que permite que o cérebro seja 
adaptável a mudanças, atuando de forma maleável. 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Sistema Sensorial 
 
 
O sistema sensorial é bastante complexo, a fim de cumprir a valorosa 
missão de detectar estímulos físicos e químicos. Ele é composto pelos órgãos 
dos sentidos: olhos, boca, fossas nasais, ouvidos e pele; associados aos 
sistemas nervoso periférico e central, responsáveis pela decodificação e 
interpretação de tais estímulos. Graças a ele, podemos perceber melhor o 
mundo e nosso corpo. Assim, além de boas sensações, podemos escapar de 
problemas sérios, como evitar a ingestão de um alimento estragado, ao sentir o 
cheiro e gosto ruim, evitar queimaduras na pele, ao perceber que a água do 
banho está quente, etc. 
Para tipos de estímulos diferentes, temos terminações sensitivas, do 
sistema nervoso periférico, específicas. Assim, há os quimiorreceptores, para 
detecção de substâncias químicas; termorreceptores, que captam estímulos 
térmicos; mecanorreceptores, responsáveis pela captação de estímulos 
mecânicos; exterrorreceptores, relacionados aos estímulos ambientais 
(intensidade de luz, calor, pressão, etc.); propriorreceptores, que captam 
estímulos do interior do organismo; e interorreceptores, recebendo informações 
acerca das condições internas do organismo. Tais terminações transformam os 
5 
 
 
estímulos em impulsos nervosos, sendo transmitidos ao SNC, que é responsável 
pela interpretação dos mesmos e pelas reações corpóreas, ou seja: as 
sensações. 
A sensibilidade dos estímulos varia de espécie para espécie. Cães, por 
exemplo, podem ouvir muitas frequências sonoras a mais do que seres 
humanos; mas têm capacidade visual de menor qualidade, em relação ao Homo 
sapiens. 
O Sistema sensorial e composto pelos sentidos (visão, audição, olfato, 
paladar e tato) com seus respectivos órgãos (olho, ouvido, nariz, língua e pele) 
que compreendem o sistema de percepção do nosso corpo com o meio externo. 
Visão 
 
 
O órgão da visão são os olhos, os globos oculares, situados nas 
cavidades orbitárias. Cada um dos dois globos oculares consta de três 
membranas superpostas e três meios transparentes. As três membranas do 
globo ocular são: esclerótica, coróide e retina. 
 A esclerótica, de natureza fibrosa, protetora do globo ocular, é 
vulgarmente chamada “o branco dos olhos”. Apresenta, atrás, um orifício, por 
onde passa o nervo óptico. Adiante, transforma-se em uma membrana 
transparente, a córnea. 
6 
 
 
A coróide, muito rica em vasos sanguíneos, é nutritiva do globo ocular, 
para o qual constitui também uma espécie de “câmara escura”, necessária na 
formação da imagem retiniana. Na parte posterior da coroíde, há um orifício 
correspondente ao da esclerótica, dando passagem ao nervo óptico. Na sua 
parte anterior, em abertura circular, está encaixado um disco diversamente 
colorido, a íris, com um orifício central, a pupila ou “menina dos olhos”. A cor da 
íris não é uniforme. A íris contém fibras musculares de duas espécias: as fibras 
circulares, que, pela contração, diminuem a abertura pupilar e as fibras radiadas, 
que a aumentas. 
A retina forma-se pelo desdobramento do nervo óptico, que penetra no 
globo ocular pela sua parte posterior. Há, na retina, a pupila, o ponto cego, e a 
mácula lútea. O globo ocular se comporta como uma pequena máquina 
fotográfica. Os raios luminosos, partindo dos objetos atravessam a córnea 
transparente, a pupila, o humor aquoso, o cristalino, onde se desvia, o humor 
vítreo e vão atingir a retina. Sobre a retina forma-se uma imagem diminuta e 
invertida, é assim que acontece na máquina fotográfica. O cristalino corresponde 
à lente da máquina, a retina o filme que é sensível as impressões luminosas, e 
a pupila ao diafragma. As impressões recebidas pela retina são transmitidas 
através do nervo óptico até o cérebro, onde ocorrem as sensações visuais. 
Para que as imagem sejam nítidas é necessário que se formemexatamente sobre a retina, variando o cristalino, sua própria curvatura, segundo 
a maior ou menor distância dos objetos. Essa propriedade do cristalino chama-
se poder de acomodação. 
Audição 
7 
 
 
 
O órgão da audição é o ouvido, formado externamente pela orelha ou 
ouvido externo (órgão de recepção), pelo ouvido médio (órgão de transmissão) 
e pelo ouvido interno (órgão de percepção das vibrações sonoras). 
Os ouvidos médio e interno acham-se localizados no rochedo do osso 
temporal. O ouvido externo é formado pelo pavilhão da orelha e pelo conduto 
auditivo externo: transmite as ondas sonoras para o tímpano, membrana que 
separa o ouvido externo do ouvido médio. Do interior da caixa do tímpano, entre 
o tímpano e a janela oval, encontra-se uma cadeia de três ossinhos: o martelo, 
a bigorna e o estribo, os quais se articulam entre si. 
O martelo encontra-se em parte na membrana do tímpano e o estribo se 
aplica por sua base sobre a janela oval. Os ossinhos podem se mover uns sobre 
os outros, graças à músculos. O ouvido interno, o labirinto, parte essencial do 
aparelho auditivo, compreende o vestíbulo, o caracol, os canais semi circulares 
existentes no rochedo encerrando tubos membranosos separados de suas 
paredes por líquido. São nestes tubos que se encontram as últimas ramificações 
do nervo acútico. 
O caracol vai ter ligação com a janela redonda; e no vestíbulo é que se 
acha o órgão de Corti o aparelho nervoso da audição. Os sons transmitidos pelo 
conduto auditivo externo do tímpano fazem essa membrana vibrar. As vibrações 
são transmitidas ao ouvido interno, quer pelo ar da caixa, quer pelos ossinhos. 
O ar da caixa está sempre com a mesma pressão que o ar exterior, por 
causa da comunicação da caixa com a trompa de Eustáquio, a qual se abre em 
8 
 
 
cada movimento da deglutição. As vibrações transmitidas ao líquido do ouvido 
interno vão impressionar as células nervosas. Os ruídos são reconhecidos pelos 
vestíbulos e os canais semi circulares. O som, sensação harmoniosa, é 
percebido pelo órgão de Corti, que o transmite ao cérebro. 
 
Paladar 
 
O órgão principal do paladar ou gosto, é a língua (mais particularmente, a 
mucosa que a recobre), através das papilas gustativas. Umas têm a forma 
comprida e fina, sendo por isso chamadas papilas filiformes, outras apresentam-
se sob o aspecto de pequenos fungos, particularidades que lhes mereceu o 
nome de fungiformes, e ainda outras, cercadas por um valo chamam-se papilas 
circunvaladas ou caliciformes. As papilas filiformes acham-se especialmente na 
ponta da língua; o resto da superfície 
é ocupada por papilas fungiformes de mistura com papilas filiformes; as 
caliciformes, em númemo de 7 a 12, acham-se perto da raiz da língua. Além das 
papilas, encontram-se abaixo da membrana mucosa da língua várias glândulas. 
A cada lado do sulco perto da língua há uma glândula de 20mm de comprimento 
e 5 a 8 mm da língua. Dentro das papilas caliciformes existem pequenas 
glândulas racemosas, que se abrem no interior das papilas, segregando um 
líquido aquoso. 
9 
 
 
A sede do gosto, são as glândulas fungiformes e as caliciformes. Dentro 
desses órgãos acham-se de mistura com células meramente mecânicas, 
destinadas a servir de apoio ás células gustativas. As substâncias sabor 
chamam-se sápidas, e as não produzem impressões gustativas chamam-se 
insípidas. 
 As diversas sensações gustativas resultam da associação de quatro 
sabores fundamentais: sabor doce, percebido pela ponta da língua, sabor 
salgado, percebido pela região mediana da língua, sabor amargo, percebido pela 
base da língua e sabor ácido, percebido pelos cantos da língua. As impressões 
gustativas são associadas às impressões olfativas, de tal maneira que a noção 
que temos do gosto dos alimentos resulta da soma destas duas impressões. 
Olfato 
 
O sentido do olfato radica numa porção da membrana mucosa, que 
reveste o interior das fossas nasais (que comunicam atrás com a boca posterior 
e a faringe, na frente com o ar pelas narinas), e conhecida sob a denominação 
de pituitária. Esta cobre as fossas nasais em toda a sua extensão: tem cor rosada 
consistência e espessura variáveis. Em sua superfície observam-se numerosos 
orifícios, que são as aberturas de outras tantas glândulas que segregam o muco. 
Um corte através da pituitária oferece o aspecto de todas as mucosas; debaixo 
do epitélio acha-se a derme ou o cório mucoso, constituído, como todas as 
membranas semelhantes, de tecido conjuntivo, numerosas glândulas, nervos e 
10 
 
 
vasos sanguíneos. Acha-se na pituitária olfativa propriamente dita, uma mancha 
amarelada no alto do nariz. 
A camada superior se caracteriza por células alongadas, que se 
apresentam sob duas formas: uma sãos cilíndricas, emitindo prolongamentos 
ramificados para o interior da pituitária e exercendo uma função meramente 
mecânica; no meio delas outras fusiformes, compridas, providas de um núcleo 
redondo e claro e de vários nucléolos, representado as células olfativas 
propriamente ditas. Cada uma delas possui, como nas células gustativas, dois 
prolongamentos nervosos, dos quais um sobe à superfície, terminando em várias 
cerdas olfativas outro desce para o interior, indo reunir-se ao nervo olfativo. 
Só a extremidade superior das cerdas entra em contato direto com o 
mundo exterior, estando o resto protegido por uma camada perfeitamente 
transparente. O órgão do olfato reage a estímulos de origem química. As 
partículas odoríferas, emitidas pelos corpos produzem, em contato com as 
células olfativas, uma transformação química que se transmite ao cérebro e ali 
se manifesta como cheiro. 
 
 
 
Tato 
11 
 
 
 
Ë um dos cincos sentidos, pelo qual nos pomos em contato com o 
ambiente e apreciamos o estado físico dos corpos ( se sólidos, líquidos e 
gasosos), percebemos o polido ou a aspereza das superfícies, as formas e as 
dimensões das coisas, as variantes de temperatura. 
Na função de órgão de sentidos, a pele só se exerce em efetivo contato 
com os objetos, não atuando à distância, como a vista. Diz-se, atualmente, que 
no sentido da pele é o tato. No revestimento cutâneo se reúnem, porém, quatro 
sentidos diferentes, posto que atuem muitas vezes associados: o da pressão, o 
do frio, o do calor e o da dor. As chamadas sensações táteis são quase sempre 
compostas, entrando, na sua constituição, dois elementos: pressão e 
temperatura. Se, ainda ao tatear, efetuarmos movimentos, ou fazermos esforço, 
outro elemento não cutâneo, se associa: o sentido muscular. Quando, 
finalmente, a pressão se torna demasiado violenta, ou as variações de 
temperatura são excessivas, aparece a sensação de dor, que domina as outras. 
As quatro modalidades sensoriais não se acham distribuídas na pele de maneira 
uniforme e contínua. Cada uma apresenta pontos precisos e limitados. Por meio 
de excitações punctiformes, obtidas com o emprego de agulhas muito finas, ou 
12 
 
 
de pêlos curtos e rígidos, demonstram-se os pontos correspondentes a cada 
sentido. 
O sentido mais grosseiro é o tato. Não obstante, serve-nos 
esplendidamente, de muitos modos. É errado dizer que temos um sentido do 
tato. Na verdade, este sentido é um complexo de sentidos. Não é tão sutil e 
estético como a audição e a visão, mas, auxilia-npo muito no contato com o 
mundo exterior. Nas pessoas comuns, que se fiam mais da vista e da audição, 
o tato pode ficar um tanto descurado. Revela-se, porém sua eficiência e sua 
capacidade educativa, quando faltarem os demais sentidos. 
 
 Características do Sistema Sensorial 
 
O sistema sensorial pode ser captado tantos pelos animais e tanto por 
nós, seres humanos. Os órgãos dos sentidos são órgãos que captam os 
estímulos externos e transformam em impulsos nervosos, esses impulsos 
nervosos possibilitam que os animais e os seres humanos possam se adaptar e 
conviver no ambiente que estão situados.O sistema sensorial, como mencionado, faz parte do sistema nervoso 
central, responsável por receber e identificar os dados dos órgãos sensoriais e 
transformar em estímulos para que os seres vivos possam entender, processar 
13 
 
 
as informações que chegam, esses dados são captados por receptores, que 
podem ser divididos em 2 elementos:Externoreceptores e internoreceptores: 
Externoreceptores: São responsáveis por captar estímulos do ambiente, 
do lado externo do corpo dos seres vivos, 
Internoreceptores: São responsáveis no estabelecimento do equilíbrio 
dos seres vivos, principalmente nos seres humanos, como movimentos, 
 
 Divisão dos mecanismos externos 
São eles os mecanorreceptores, fotorreceptores, quimoreceptores, e os 
termorreceptores, cada um apresenta funções especificas no sistema sensorial, 
captando dados específicos do organismo dos seres vivos 
Mecanorreceptores: Em sua estrutura há terminações nervosas que 
estão localizadas na base da pele, estão ligados ao toque, vibrações no sistema 
auditivo, ou seja, no ouvido na sua estrutura interna, é muito comum também 
acontecer no sentido da pele, que é o tato. 
Fotorreceptores: Estão presentes na retina, no glóbulo ocular, o mesmo 
é responsável por captar núcleos que são células especializadas em captação e 
também por receber informações luminosas, incluída no sentindo da visão 
Quimiorreceptores: É localizado na língua e no nariz, são dois sentidos 
que se que relacionam com a absorção química do ambiente, como paladar e o 
olfato 
Termorreceptores: Também estão inseridas no sentido tato, tanto na 
região da pele e na língua, funções para saber se o alimento está muito quente, 
frio, é formado por estruturas de receptores para medir temperaturas altas e 
baixas. 
 
14 
 
 
Percepção sensorial em crianças em período de 
aprendizagem 
 
A percepção sensorial é uma função cerebral que envolve os sentidos — 
tato, paladar, olfato, audição, visão — o sistema vestibular e o proprioceptivo. 
Interpretamos o mundo e aprendemos através das sensações, assim como 
desenvolvemos habilidades cognitivas e afetivas. 
As crianças em período de aprendizagem precisam de atividades 
sensoriais para poderem aprender com mais criatividade e consistência. Elas 
estimulam a inteligência e contemplam todos os estilos de aprendizagem. 
Somos seres sensoriais e adquirimos conhecimento através dos nossos 
sentidos e movimentos corporais. A percepção sensorial nos permite conhecer 
através da experiência e influencia a nossa aprendizagem desde que somo 
bebês. Saiba mais, neste artigo. 
Percepção sensorial 
15 
 
 
Em casa ou na escola, podemos, com ações simples, estimular as 
crianças e ajudá-las a desenvolver a percepção sensorial. Conheça agora os 
diferentes sistemas envolvidos nesse aprendizado e como estimular cada um 
deles em crianças em período de aprendizagem. 
Sistema táctil 
A pele é o órgão que permite a percepção sensorial táctil, através do toque 
e sensações, como alternância de temperaturas e o contato com diferentes 
texturas. 
Brincadeiras que estimulam o sistema táctil envolvem, em sua maioria, as 
mãos. Usar objetos variados e materiais como areia, massinha, entre outros, 
desperta essa percepção sensorial. 
Em sala de aula, você pode brincar de colocar uma venda dos olhos das 
crianças para que elas adivinhem os objetos que passam pela sua mão. As 
crianças se divertem e se desenvolvem. 
Sistema auditivo 
O ouvido é o órgão responsável pelo sistema auditivo — cuja função é 
ouvir e definir sons. Na escola, a professora pode usar a sua voz, mas também 
outros recursos para estimular essa percepção, como músicas e brincadeiras 
com rimas e ritmos. 
A ideia é estimular essa função de uma forma lúdica, de maneira que 
desperte a atenção das crianças. Existem várias maneiras de fazer isso. 
Brincadeiras de adivinhação de sons (natureza, animais) são divertidas e 
estimulam o sistema auditivo. 
Sistema oral 
A língua é o órgão principal do sistema oral e o paladar é o sentido que 
precisa ser desperto. Comidas doces, salgadas, azedas, amargas, macias, 
duras, toda essa variação exercita o paladar. 
Qualquer atividade que envolva culinária pode desenvolver a percepção 
oral. Brincar com os sabores, pedir à criança que perceba os sabores é divertido 
e favorece a estimulação do paladar. 
16 
 
 
Sistema olfativo 
O órgão responsável pelo sistema olfativo é o nariz, que distingue os 
diferentes odores. Perfumes, aromas, temperos podem estimular esse sentido. 
Por isso, atividades que envolvem alimentos são muito indicadas aqui. 
Em sala de aula, você pode fazer atividades de preparo de alimentos, 
tomando consciência de cada aroma, percebendo as suas diferenças. Atividades 
na cozinha com as crianças estimulam essa percepção sensorial tão importante, 
mas pouco explorada. 
 
 
Sistema visual 
Os olhos são responsáveis pela percepção visual. Estimular esse sentido 
é relativamente fácil, pois uma simples mudança de ambiente ou luminosidade 
já o faz. Em sala de aula, a simples ação de mudar a decoração, colocar 
desenhos nos murais, abusar das cores, já estimulam essa percepção. 
Da mesma forma, toda atividade que envolve a visão, como teatros e 
fantoches para as crianças, estimulam a percepção visual. Usar esses recursos 
na sala de aula, traz dinamismo para o dia-a-dia e ainda estimula a percepção 
sensorial das crianças. 
Sistema Vestibular 
O sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio e, ainda que não seja 
um sentido, faz parte da percepção sensorial. A noção de lateralidade também 
é responsabilidade desse sistema, localizado no ouvido. 
Brincadeiras como pular corda e amarelinha estimulam essa função do 
cérebro. Brincadeiras antigas, mas que seguem sendo queridinhas dos 
pequenos, divertem e ajudam no desenvolvimento dessa percepção sensorial. 
Sistema proprioceptivo 
O sistema proprioceptivo está relacionado com a percepção espacial, 
coordenação motora, gravidade, peso e movimentos em geral. Toda atividade 
17 
 
 
que envolve movimento corporal, como dança e jogos como vôlei, futebol, 
queimada, estimulam essa percepção sensorial. 
Outras brincadeiras que envolvem ações, como pega-pega, dança da 
cadeira e outras do mesmo estilo, desenvolvem e estimulam o sistema 
proprioceptivo. 
 
 
 Percepção sensorial na escola 
 
 
A estimulação da percepção sensorial deve ser trabalhada desde a 
educação infantil. Toda atividade que permite a criança viver experiências 
sensoriais desenvolve a percepção de si e do meio que a cerca. 
Além disso, estimular a percepção sensorial com sabores, sons, cheiros 
e texturas em atividades escolares, favorece o desenvolvimento da criatividade 
e da inteligência. Também ajuda a identificar possíveis deficiências 
precocemente, o que é fundamental para o tratamento das mesmas. 
18 
 
 
A aprendizagem ocorre a partir dos estímulos aos quais as crianças são 
expostas, por isso a percepção sensorial deve ser amplamente explorada na 
escola. 
Veja algumas das principais vantagens de estimular a percepção 
sensorial na escola. 
 Favorece a criatividade — as fantasias nas brincadeiras que estimulam a 
percepção sensorial despertam a imaginação e permitem a criação de 
vínculos sociais. 
 Permite identificar deficiências nos sistemas sensoriais — déficits 
sensoriais afetam a aprendizagem e dificultam a concentração. Os 
professores podem perceber deficiências e encaminhar as crianças para 
avaliação precocemente, o que favorece o tratamento. 
 Desenvolve a coordenação motora — na educação infantil, 
principalmente, a estimulação da percepção sensorial é fundamental para 
desenvolver a coordenação motora, assim como a concentração e o 
desenvolvimento cognitivo. 
A exploração e estimulação dos sentidos através de atividades lúdicas 
favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento pleno das crianças. 
 
 
19 
 
 
Atividadessensoriais: na Educação Infantil, 
experimentar é aprender 
 
Ensinar e aprender explorando os cinco sentidos não é difícil. Ensinar 
alguma coisa está, na grande maioria das vezes, ligado à estimulação dos 
sistemas visuais e auditivos, já que nós somos seres muito audiovisuais. 
Não é difícil, mas é raro encontrar atividades que estimulem os sentidos. 
Este fato pode ser justificado historicamente, pelas teorias tradicionais de 
educação que colocam o professor numa posição de eterno orador e, o aluno, 
de eterno ouvinte. Papéis que, ao longo da evolução das práticas educativas, 
foram se modificando, mas que ainda permanecem enraizadas em certas 
posturas sem nos darmos conta disso. 
Jogos, brincadeiras e outras atividades sensoriais estimulam a 
inteligência, ajudam na criatividade e permitem que os alunos aprendam mais e 
melhor. Isso ocorre pois o cérebro tem a oportunidade de acionar diferentes 
canais para a entrada de conhecimento, contemplando todos os estilos de 
aprendizagem. 
Os sentidos já são desenvolvidos desde a vida intrauterina. O mundo que 
nos cerca é cheio de informações que chegam até nós através do tato, olfato, 
visão, audição, gustação, movimentos e posições do corpo. 
20 
 
 
 
Fazer uso de todos os sentidos – tato, olfato, paladar, etc. – garante um 
aprendizado mais completo e duradouro. 
Quais os sistemas sensoriais que devem ser observados? 
 Sistema táctil: é o responsável por tudo aquilo que está em contato com 
a pele. Exemplo: toque (reconhecer um objeto no escuro), preensão, 
temperatura (sensação de quente e frio), textura (áspero e macio); 
 Sistema auditivo: habilidade de reconhecer sons, discriminar, 
transformar e reagir a sons; 
 Sistema oral/gustativo: é o paladar e tudo que é relativo aos estímulos 
dentro da boca. Exemplo: experimentar sabores doces, salgados, ácidos, 
azedos ou experimentar alimentos de diferentes consistências; 
 Sistema olfativo: é o cheiro, processamento e discriminação de odores; 
 Sistema visual: todas as habilidades relativas à visão; 
 Sistema vestibular: localizado no ouvido, está relacionado ao 
movimento e equilíbrio, além de coordenar movimentos, como a conexão 
entre olho e mão e os dois lados do corpo (coordenação bilateral); 
 Sistema proprioceptivo: relacionado à posição do nosso corpo no 
espaço, a noções de peso, pressão, alongamento e mudança de posição. 
É o corpo como um todo, tanto em situações estáticas quanto em 
http://naescola.eduqa.me/wp-content/uploads/2015/10/atividades-sensoriais-2.jpg
21 
 
 
situações dinâmicas. É devido a este sistema que conseguimos, por 
exemplo, escrever sem termos que olhar para cada movimento da nossa 
mão. 
Assim, quando tudo está a funcionar bem, o nosso cérebro organiza as 
informações recebidas do ambiente através do corpo para reproduzir uma 
resposta adequada a cada estímulo. A este processo, dá-se o nome de 
integração sensorial. 
Cada pessoa tem uma preferência sensorial (sentidos mais desenvolvidos 
do que outros), entretanto, é válido oferecer diferentes oportunidades para que 
os alunos vivenciem os vários sistemas sensoriais e tenha experiências para 
aprender com todos eles. 
 
Cada criança terá uma preferência sensorial, ou sentidos que se 
desenvolvem mais e mais rapidamente que os outros. Cabe ao professor 
identificá-los e explorar suas possibilidades de aprendizado. 
 
Quais atividades estimulam os sentidos 
http://naescola.eduqa.me/wp-content/uploads/2015/10/atividades-sensoriais-3.jpg
22 
 
 
Movimentos, texturas, aromas, sabores, são informações que podem ser 
muito bem integradas ao que ouvimos e vemos, para enriquecermos ainda mais 
a capacidade de discriminação e aprendizagem do cérebro. Veja algumas 
sugestões: 
 Modifique o ambiente! Coloque música, altere a luminosidade, use 
lanternas para contar uma história; 
 Manipule diferentes texturas. Utilize bacias para colocar materiais como 
areia, pedras, gel de cabelo, creme corporal, farinha, grãos, etc. Incentive 
a criança a brincar. Uma possibilidade é usar essas texturas para criar 
cenários e objetos que se relacionem com os conteúdos trabalhados em 
classe, como animais, meios de transporte, entre outros. Ainda pode ser 
sugerida uma escavação para encontrar letras dentro das bacias e, com 
elas, formar palavras, ou fazer uma caça às texturas no pátio, buscando 
elementos da natureza; 
 Livros com figuras grandes são boas opções. Há livros interativos, com 
fantoches, texturas ou figuras adesivas para complementar a leitura; 
 Traga papéis de cores e espessuras diferentes, assim como materiais 
variados para a pintura. Use misturas de cores, tintas caseiras ou 
comestíveis. 
 Massinha de modelar tem diversas possibilidades. Você pode convidar as 
crianças a criar animais e objetos, ou usá-la para contornar letras e 
números; 
 Grave sons da natureza, de animais e da própria criança falando e reserve 
um momento para a escuta; 
23 
 
 
 
Exercite a escuta com tranquilidade e atenção. Pedir para a turma 
identificar os sons da natureza pode ser parte de uma atividade. 
 caixas sensoriais ou caixas de surpresa: dentro de uma caixa, coloque 
objetos relacionados a qualquer tema (sólidos geométricos, materiais 
escolares, brinquedos que remetam a animais ou meios de transporte, 
etc.) para que as crianças adivinhem o que são apenas com o tato; 
 Estenda plástico bolha no chão para que as crianças engatinhem ou 
caminhem sobre ele, estimulando a coordenação motora; 
 Integre novas tecnologias, como tablets, iPads e videogames (como o 
Kinect, por exemplo). Esses recursos podem ser utilizados em espaços 
educativos já que, além de trazerem jogos visuais e auditivos, relacionam 
o movimento do corpo com comandos para as atividades, o que é 
bastante positivo; 
 Em cada temática, pense em como incluir experiências práticas e que 
alimentem todos os sentidos das crianças. 
http://naescola.eduqa.me/wp-content/uploads/2015/10/atividades-sensoriais-5.jpg
24 
 
 
 
O que fazer caso a criança apresente um déficit de aprendizado 
Contudo, há pessoas que possuem déficits nos sistemas sensoriais. Estes 
problemas podem causar inúmeras complicações no processo de 
aprendizagem, que vão da falta de atenção e concentração até a baixa confiança 
em si mesmo. Fique atento se o seu aluno apresentar: 
 Hipersensibilidade a movimentos, sons, odores e ambientes 
diferentes; 
 Hipersensibilidade ao manipular materiais como cola, areia, tinta ou 
até mesmo comida, utilizando sempre a ponta dos dedos; 
 Medo ao realizar experiências que envolvam os sistemas sensoriais 
já citados; 
 Medo de altura e falta de equilíbrio; 
 Coordenação motora empobrecida: dificuldade em correr ou pular, 
problemas com a escrita e com a preensão do lápis; 
 Problemas com situações de desafio. 
http://naescola.eduqa.me/wp-content/uploads/2015/10/atividades-sensoriais-4.jpg
25 
 
 
Para amenizar estas dificuldades, o professor pode verificar se a 
quantidade de estímulos trabalhados não está em demasia, já que muita 
informação sensorial ao mesmo tempo pode estressar e até desorganizar a 
aprendizagem da criança. Outro ponto importante é não “forçar” a realização de 
uma atividade na qual o aluno demonstra medo ou outra reação incomum. 
Permita que ele escolha os materiais que o deixam mais seguro, sendo sempre 
bastante acolhedor. 
 
O que é neuroplasticidade 
 
Plasticidade neural é a capacidade do sistema nervoso em modificar as 
conexões sinápticas. É um conceito amplo que se estende desde as respostas 
às lesões traumáticas destrutivas até as sutis alterações resultantes dos 
processos de aprendizagem e memória. 
“Plasticidade neural pode ser definida como uma mudança adaptativa na 
estrutura e nas funções do sistema nervoso, que ocorre em qualquer estágio da 
ontogenia, como função de interações com o ambiente interno ou externo ou, 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/neuroplasticidade/3512126 
 
 
ainda, como resultado de injúrias, de traumatismos ou de lesões que afetam o 
ambiente neural.” (PHELPS, 1990)“. 
A plasticidade cerebral é a denominação das capacidades adaptativas do 
SNC sua habilidade para modificar sua organização estrutural própria e 
funcionamento. É a propriedade do sistema nervoso que permite o 
desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiência, e como 
adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos.” (LUNA et al, 2002). 
Estudos recentes referem que a unidade funcional do sistema nervoso 
não é mais centrada apenas no neurônio, mas concebida como uma imensa rede 
de conexões sinápticas entre unidades neuronais, além de células gliais (células 
não envolvidas diretamente na recepção e condução de impulsos nervosos). 
Essas conexões são modificáveis em função da experiência individual, ou seja, 
do nível de atividade e do tipo de estimulação recebida. 
Dessa forma, a plasticidade neural pode envolver alterações 
exclusivamente funcionais ou anátomo-funcionais, ocorrer em uma faixa 
temporal muito ampla (millisegundos a vários anos), e envolver diversos 
mecanismos moleculares estritamente dependentes das interações neurônio-
neurônio e neurônio-glia. 
A neuroplasticidade pode resultar em recuperação de uma função perdida 
devido à lesão, chamada plasticidade benéfica ou compensatória; como também 
pode gerar funções mal adaptadas ou patológicas, a plasticidade maléfica. 
 
Conceito de neuroplasticidade 
 
De acordo com o teórico C. H. Phelps, a plasticidade neural é uma 
mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema nervoso. 
“Ocorre em qualquer estágio da ontogenia, como função de interações com o 
ambiente interno ou externo ou, ainda, como resultado de injúrias, de 
traumatismos ou de lesões que afetam o ambiente neural”, segundo ele. 
Essa definição do conceito é explorada em detalhes no artigo Plasticidade 
27 
 
 
Neural: Relações com o Comportamento e Abordagens Experimentais, 
publicado em 2001, pelos autores Elenice A. de Moraes Ferrari, Margarete Satie 
S. Toyoda e Luciane Faleiros, da Universidade Estadual de Campinas, e Suzete 
Maria Cerutti, da Universidade Estadual de Campinas e Universidade São 
Francisco. 
 
Como se dá a neuroplasticidade 
 
 
Existem duas principais formas por meio das quais ocorre a 
neuroplasticidade. 
Uma delas é o brotamento – quando há o crescimento de uma área lesionada 
por meio de axônios. De forma simplificada, é uma forma de os axônios se 
alongarem em direção a neurônios que se encontram afastados. 
A outra é a ativação de sinapses latentes. 
Nesse caso, quando ocorre uma lesão ou destruição de estímulos cerebrais, 
28 
 
 
sinapses que até então estavam adormecidas ficam ativas. 
Dessa forma, as necessidades do indivíduo são supridas. 
 
 Como o Sistema Nervoso funciona 
 
O sistema nervoso funciona por meio de dois conjuntos: o Sistema 
Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
O SNC é formado por duas partes: o encéfalo (que abrange cérebro, cerebelo e 
tronco encefálico) e a medula espinhal. 
Essa estrutura possui milhões de neurônios. 
Já o SNP é formado pelo sistema nervoso que está fora do cérebro e da medula, 
sendo capaz de se comunicar com o restante do corpo. 
Basicamente, o SNP abrange os nervos, que se ramificam a partir do SNC. 
É através dessa estrutura complexa que o sistema nervoso permite ao 
corpo humano responder a diferentes tipos de estímulos. Por exemplo: se uma 
das suas mãos coça, o SNP levará a informação até o SNC por meio das 
conexões entre os neurônios. Isso fará com que, sem pensar, você coce a mão 
imediatamente. Trata-se de um processo muito rápido, que acontece em 
milésimos de segundos. 
O SNC é constituído pelo cérebro e a medula espinhal, sendo composto 
por milhões de neurônios. 
 
Neurônios 
São as principais células do sistema nervoso, que são responsáveis pela 
transmissão de estímulos nervosos ou sinapses. Acredita-se que um adulto pode 
ter cerca de 86 bilhões de neurônios em seu cérebro. Os neurônios são as únicas 
células do corpo humano que não se multiplicam, mas sofrem alterações para 
poder suprir as necessidades. 
Sinapses 
29 
 
 
É o meio de comunicação entre os neurônios. Sinapses são a transmissão 
de impulsos nervosos entre um neurônio e outro. Toda vez que aprendemos algo 
novo, sentimos algo nunca sentido antes, ou até mesmo ganhamos um novo 
conhecimento sobre o mundo ou nós mesmos, as sinapses entre os neurônios 
são fortalecidas. 
 
 Como usamos nosso cérebro 
 
O cérebro é a estrutura mais complexa do ser humano. 
Nós o utilizamos de forma totalmente coordenada e integrada. 
Esse órgão tem uma infinidade de funções: ouvir, sentir, pensar, respirar, 
movimentar o corpo. 
Tudo isso é comandado por ele, sendo que cada uma de suas áreas é 
responsável por determinadas funções. Entre si, todas as áreas se comunicam, 
mas quando há lesão ou dano a alguma estrutura, o cérebro se altera pela 
neuroplasticidade a fim de suprir a necessidade. 
 
 
 
Qual a importância da neuroplasticidade 
30 
 
 
 
 
A importância da neuroplasticidade é que ela permite que o cérebro se 
adapte a diferentes circunstâncias, principalmente quando ocorrem lesões. 
Por exemplo: se uma pessoa perde a visão devido a uma doença, ela precisa se 
adaptar à sua nova realidade. 
Então, a neuroplasticidade faz com que o cérebro desenvolva ainda mais 
o tato e a audição, de maneira a compensar a perda da visão. 
Ela também é importante para a aprendizagem durante a infância, como já 
mencionamos. É por meio dela que as crianças aprendem não só fatores 
biológicos, como caminhar e falar, mas também sociais, como convivência com 
outras pessoas e percepção de emoções. 
 
 
 
 Quando a neuroplasticidade entra em ação 
31 
 
 
 
 
A neuroplasticidade se dá principalmente na infância, fase em que as 
crianças adquirem novos conhecimentos e comportamentos sociais de forma 
constante. Mas ela também ocorre na fase adulta, de modo que os indivíduos se 
adaptem às suas necessidades. 
É um processo diário e natural do corpo humano. 
Mas, na vida adulta, ele entra em ação principalmente quando o indivíduo sofre 
lesões físicas ou cerebrais. Problemas como derrames, traumas e acidente 
vascular cerebral (AVC), por exemplo, estimulam a neuroplasticidade. 
Contudo, ela também é promovida por meio de novos aprendizados realizados 
pelo indivíduo, como aprender um novo idioma e tocar instrumentos musicais, 
por exemplo. 
 
 Tipos de neuroplasticidade 
32 
 
 
 
Existem cinco tipos de neuroplasticidade: dendrítica, axônica, sináptica, 
somática e regenerativa. 
 
Dendrítica 
As espinhas dendríticas, em que ocorrem as sinapses, sofrem alterações 
em número, disposição, comprimento e densidade. 
Esse tipo de neuroplasticidade ocorre principalmente nas primeiras fases do 
desenvolvimento. 
 
Axônica 
É a plasticidade inicial, que ocorre entre zero e dois anos de vida, e é 
crucial para o desenvolvimento do sistema nervoso. 
 
Sináptica 
É constituída pela capacidade de alterações nas sinapses entre as células 
nervosas. 
33 
 
 
As sinapses podem se tornar mais fortes ou mais fracas, dependendo dos 
estímulos externos e internos. 
 
Somática 
É aptidão para regular o aumento ou morte das células nervosas. 
Ocorre somente no sistema central embrionário e não está suscetível a 
influências externas. 
 
Regenerativa 
Mais frequente no sistema nervoso periférico, a neuroplasticidade 
regenerativa é capacidade de regeneração de axônios lesados. 
 
 Neuroplasticidade e aprendizagem 
 
 
A neuroplasticidade e a aprendizagem estão diretamente relacionadas. 
Você sabe o que acontece no cérebro quando aprendemos. Toda vez que 
34 
 
 
adquirimos um novo aprendizado, o cérebro fica encarregado de armazenar as 
informações importantes. Isso ocorre de modo que elas possamser utilizadas 
pelo indivíduo quando necessário. 
Assim, novas vivências e conhecimentos fazem com que o cérebro crie vias 
neurais, que são os caminhos percorridos entre os neurônios pelas sinapses. 
 A cada aprendizado ou vivência enriquecedora, a comunicação entre os 
neurônios fica mais forte e eficiente. 
 
 
O processo de aprendizagem motora e a 
neuroplasticidade 
 
 A APRENDIZAGEM E O SISTEMA NERVOSO 
 
 
Num contexto funcional, diferentes regiões do Sistema Nervoso estão 
identificadas como responsáveis pela aquisição de competências físicas, 
cognitivas, psicológicas e vocacionais. 
O processamento de informação e a memória óculo espacial parecem ser 
fatores influenciadores do comportamento humano, no apoio de qualquer tarefa 
que requer a capacidade de associação entre um estímulo e a ação voluntária. 
O armazenamento de informação permite relacionar factos e entendê-los através 
35 
 
 
da associação de significados. Do conjunto destes mecanismos emerge uma 
melhor capacidade para resolver problemas perante uma situação desconhecida 
ou na exposição a situações semelhantes. 
O desenvolvimento e maturação do cérebro ocorrem sobretudo durante a 
infância e adolescência, de forma consistente em diferentes regiões cerebrais, 
mas não simultaneamente. É necessário que estejam desenvolvidas as áreas 
primárias sensório motoras, para que se complete o desenvolvimento das áreas 
de associação. Áreas de associação do Sistema Nervoso Central, como a pré-
frontal (atenção e comportamento orientado ao objetivo), a parietotemporal 
(integração sensorial, a resolução de problemas, compreensão da linguagem e 
relação de espaços), a límbica (emoções, motivação e processos de memória) 
e o núcleo estriado (núcleo dos gânglios da base mais envolvido durante um 
processo de aprendizagem), estão envolvidas em capacidades complexas de 
aquisição de conhecimentos, moldando a personalidade, permitindo a 
interpretação e integração sensorial, facilitando processos de memória e 
consolidando padrões motores. 
A constante comunicação entre estas áreas permite a aprendizagem de 
tarefas complexas, implicando a utilização de vários processos perceptuais e 
envolvendo áreas cerebrais de maior volume. Este facto reforça a importância 
dos mecanismos de feedback bidirecionais entre as regiões pré-frontais, 
somatossensoriais, feixes descendentes, e região límbica. Estas associações 
são fundamentais para o controlo postural, para o controlo seletivo e padrão de 
execução do movimento. 
Relativamente ao volume de cada área do cérebro, este pode ser 
influenciado pela quantidade de experiências diferentes, permitindo ao próprio 
indivíduo analisar a performance em funções, mais ou menos complexas, da sua 
aprendizagem. A plasticidade de outras áreas do Sistema Nervoso, como o 
cerebelo e o hipocampo, permite a aprendizagem e a memória de novas 
experiências, sendo importante o uso sistemático de tarefas diárias relevantes, 
durante as quais, várias informações são retiradas, nomeadamente, o sucesso 
da atividade ou a identificação do erro. 
36 
 
 
A memória de reconhecimento de um objeto ou situação, está dependente 
do confronto que o indivíduo faz entre a informação antiga e a nova, associando 
a ativação das regiões do córtex pré-frontal e parietal. Vários autores ao 
investigarem as regiões corticais ativas, durante a aprendizagem de uma tarefa 
realizada com e sem erro, concluíram que, a atividade sem erro é de mais fácil 
aprendizagem. 
 
A aprendizagem cognitiva e a aprendizagem motora 
 
 
A aprendizagem é o processo através do qual ganhamos conhecimentos 
sobre o mundo, enquanto a memória é um fator e concomitantemente um 
produto desse processo de aprendizagem, com forte relação entre níveis de 
atividade física e a função cognitiva no Ser Humano. 
Quer a aprendizagem, quer a memória processam-se em praticamente 
todas as regiões do Sistema Nervoso, envolvendo circuitos simples ou mais 
complexos. Consiste numa quantidade de mudanças nas conexões sinápticas 
ao longo da cadeia neuronal, determinadas por fatores genéticos e ambientais. 
37 
 
 
Os eventos ambientais produzem sensações que contextualizam a ação 
(sistemas sensoriais), desenvolvem agentes que permitem a sua execução 
(sistema neuromusculoesquelético) e a possibilidade de alcançar o objetivo 
(sistema neuromotor). Existe um momento inicial de reconhecimento da ação 
através do controlo visual e também auditivo, que permitem em determinadas 
circunstâncias, sintonizar o movimento com o ritmo ou tempo exato. Esta 
ferramenta justifica a integração multi-sensorial na realização de um movimento 
controlado e adaptado, após o indivíduo conhecer a atividade num ambiente 
específico. Problemas na ordem prioritária do controlo do movimento, podem 
afetar diretamente a eficácia e a performance na contextualização ambiental do 
mesmo. Outro aspeto interessante da aprendizagem, é a forte aquisição durante 
a fase inicial na exposição a um novo ambiente (estímulo), em que a 
concentração e o envolvimento cognitivo do sujeito atingem os níveis mais 
elevados. A explicação para este facto poderá ser o confronto de diferentes 
informações novas e de memória, para um conhecimento da situação, em que o 
sistema procura determinar se a situação é inovadora, é uma experiência 
importante ou de possível nocividade. Quando dois neurónios são estimulados 
em simultâneo (em associação), ocorre uma modificação sináptica por 
sintetização de proteínas nesses dois neurónios. O faco de determinadas células 
(como o que ocorre nas células de Purkinje) estarem constantemente a receber 
informações sobre o movimento que decorre, permite um contacto sináptico com 
as células que as informam, fortalecendo ou enfraquecendo as suas conexões. 
A representação interna da postura do corpo pode ser considerada como 
um mecanismo para a resolução de problemas sensoriais, através de um modelo 
dinâmico de controlo antecipatório da postura durante o movimento. A presença 
constante dos sistemas de atenção, sistema sensorial e sistema motor parece 
ser fundamental para o processo de aprendizagem e memória, permitindo ao 
indivíduo envolver-se ativamente, numa interação constante entre as suas 
capacidades e limitações, o ambiente e a continuidade e complexidade da tarefa 
que está a realizar. 
O efeito das experiências motoras e do exercício físico sobre as funções 
cognitivas do ser humano tem vindo a ser estudado com resultados benéficos 
significativos. Num estudo experimental de controlo, em indivíduos com 
38 
 
 
demência, os resultados demonstraram uma melhoria nas atividades funcionais 
da vida diária, na função cardiorrespiratória, endurance e força muscular, 
flexibilidade e equilíbrio. 
A aprendizagem é facilitada pela influência de mecanismos, como o 
entendimento de uma indicação (ordem) ou a confusão entre indicações, o que 
pode criar interferências no seu entendimento, sobretudo quando utilizadas no 
domínio motor. Na comparação entre a aquisição de modelos internos de 
memória cognitiva e motora, parece existir uma similaridade, que indica 
processos de consolidação semelhantes. 
 
Plasticidade 
 
A aprendizagem motora depende da plasticidade do sistema nervoso e 
requer uma prática por um período de tempo determinado. A distribuição de 
cadeias neuronais neste processo inclui uma grande quantidade de sistemas e 
estruturas, mas é determinada por modificações sinápticas expostas a eventos 
temporais e espaciais. 
Durante o neurodesenvolvimento normal, a especialização das estruturas 
corticais para a memória, é mediada pela plasticidade funcional e estrutural entre 
neurónios. A plasticidade sináptica através do crescimento ou da retração dos 
39 
 
 
dendritos, é provavelmente assumida como um mecanismo essencial para a 
formação da memória, embora não esteja bem esclarecido. 
 
Cérebro – Aprendizagem e NeuroplasticidadeO cérebro é uma poderosa máquina de aprendizagem. Beneficiando-se 
disso, a aprendizagem aposta na capacidade de se reinventar que o sistema 
nervoso exibe. O princípio é mais ou menos o mesmo. Se o cérebro pode se 
recompor de algum dano ou prejuízo sofrido, o mesmo pode se esperar para a 
solução de outros desafios que não necessariamente estejam ligados a alguma 
limitação inicial. Como uma máquina inteligente, ele pode se reprogramar e se 
reorientar a fim de otimizar e melhor dispor dos recursos que possui. 
A aprendizagem está implicitamente ligada à superinteligência e à 
neuroplasticidade cerebral. Para se aprender com maior agilidade, o primeiro 
passo é o autoconhecimento. É preciso tomar consciência do que se deseja 
alcançar, ter ciência acerca do que se quer alcançar, seus principais motivos, 
bem como e quando se deseja alcançar. 
Ou seja, a consciência, o sentir, o foco e a ação são condições 
determinantes para que haja a aprendizagem. É preciso descobrir por si só o 
que se quer aprender e buscar recursos apropriados para isso. Daí a relação 
com a superinteligência e plasticidade cerebral. 
40 
 
 
Os estímulos adequados e os direcionamentos corretos é que vão dizer 
ao seu órgão principal em que medida ou direção ele deve se aprimorar. É com 
base nessas necessidades e vontades que um apanhado de competências 
começa a ser processado. Todos os estudos já acumulados apontam que o 
caminho percorrido pela atividade cerebral vai a reboque das faculdades e 
competências que nos esforçamos para criar. 
Olhando de perto, ele pode não ser a mais obediente e servil das criaturas, 
mas mesmo no seu grau de autonomia ou insubordinação, o seu cérebro tende 
a obedecer aos comandos que mais insistentemente lhe são dados. E a 
reprogramação de si mesmo que ele muitas vezes alcança também segue, 
portanto, esse protocolo. 
 Como Acontece a Aprendizagem 
Um exemplo interessante e muito prático é o que acontece com 
concurseiros que estudam e persistem por muitos anos para passar em 
concursos públicos. Quando eles conseguem alcançar um estágio no qual o 
aprendizado se torna natural, as chances de serem aprovados em todos os 
concursos que prestam são maiores. O mesmo se aplica aos vestibulandos ou 
aos candidatos a quaisquer outras provas que exigem um elevado grau de 
aprendizado. 
A rotina do estudo, do conteúdo a ser aprendido faz com que tudo se torne 
mais fácil. Para o cérebro, é mais ou menos como no ditado segundo o qual 
“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Repisar uma matéria ou um 
conteúdo variadas vezes faz com que a informação seja facilmente “encontrada” 
nos arquivos da sua memória. Quanto mais batido o caminho, mais facilmente 
um neurônio trafega por ele na busca da informação que precisa. 
Algumas personalidades da história, como Einstein, Freud e Jesus Cristo 
são exemplos reais de pessoas com superinteligência transformada em 
resultados visíveis e que se sustentam até a atualidade. Resultados esses que 
trouxeram não apenas benefícios próprios, mas que estão ultrapassando 
décadas, milênios, por terem transformado o mundo de alguma forma. 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A função do sistema sensorial função é transmitir informações sobre 
estímulos externos e internos ao cérebro e reagir a eles. Isso ocorre por meio 
de células especializadas, chamadas receptores, que compõem os órgãos 
desse sistema. 
Há diversos tipos de receptores especializados para cada sentido: 
fotorreceptores, mecanorreceptores, quimiorreceptores, termorreceptorese 
outros. 
A neuroplasticidade, também chamada de plasticidade cerebral, é uma 
das descobertas mais importantes sobre o corpo humano nas últimas 
décadas. Consiste na capacidade do nosso cérebro de mudar e se adaptar em 
resposta a novos comportamentos ou experiências. 
A neuroplasticidade e a aprendizagem estão diretamente relacionadas. 
Toda vez que adquirimos um novo aprendizado, o cérebro fica encarregado de 
armazenar as informações importantes. Isso ocorre de modo que elas possam 
ser utilizadas pelo indivíduo quando necessário. 
Assim, novas vivências e conhecimentos fazem com que o cérebro crie 
vias neurais, que são os caminhos percorridos entre os neurônios pelas 
sinapses. A cada aprendizado ou vivência enriquecedora, a comunicação entre 
os neurônios fica mais forte e eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
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