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PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS: PERCEPÇÃO, APRENDIZAGEM E MEMÓRIA Funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação, aprendizagem e etc, são caracterizadas na psicologia como “Processos Psicológicos Básicos”. Essas funções derivam tanto das interações de processos inatos quanto de processos adquiridos, junto a relações do indivíduo de experiência e vivência com o meio. Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos. Algumas das funções mais estudadas nos processos psicológicos básicos são: MEMÓRIA: Capacidade que permite a codificação, o armazenamento e recuperação de dados. De forma resumida a memória pode ser dividida em três processos: Codificação: Envolve o processo de entrada e registro inicial da informação e a capacidade de mantê-la ativa para o processo de armazenamento. Armazenamento: Envolve a manutenção da informação codificada pelo tempo necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada. Evocação ou reprodução: Caracterizada pela recuperação da informação registrada e armazenada, para que possa ser usada por outros processos cognitivos como pensamento, linguagem e etc. A memória ainda pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de longo prazo, autobiográfica, episódica e sensorial. A perda ou dificuldade de Armazenamento ou recuperação de informações é conhecida como amnésia e deve ser tratada sendo comum em casos de lesões e traumas de diferentes espécies. EMOÇÃO: É um estado mental subjetivo associado a uma ampla variedade de sentimentos, comportamentos e pensamentos. Ela desempenha um papel central nas atividades humanas, já que as emoções alteram a atenção e o nível do comportamento resultando em diferentes respostas do indivíduo. Pode ser considerada como uma espécie de depósito de influências aprendidas e inatas. PENSAMENTO: É a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá- lo. Estabelece relações entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais (como as vistas anteriormente), além de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a associação de dados e sua transformação em informação estando consequentemente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos. LINGUAGEM: A Linguagem é a capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao ambiente. Por meio da linguagem podem-se trocar informações e desenvolver formas de compreensão e de expressão. A linguagem reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada. Junto aos processos cognitivos é que a linguagem se desenvolve e se as habilidades das funções mentais são crescentes assim os recursos linguísticos também serão. Sensação: A sensação é a resposta sensorial ou objetiva ao estimulo do meio ela detecta a experiência sensorial básica por meio dos sons, objetos, odores e etc. Desse modo, essa função pode classificada como sendo de natureza objetiva. Percepção: Refere-se a capacidade de captar os estímulos do meio para processamento da informação. Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações, ou seja, o processamento cerebral depende da visão, olfato, tato e etc. Ela é considerada uma característica subjetiva, diferentemente da sensação que é classificada como sendo objetiva. O que é o homúnculo Penfield: Entre 1937 e 1954, o neurocirurgião americano Wilder Penfield e seus colaboradores desenvolveram várias representações de um aspecto marcante da topografia cerebral: a presença de “mapas” das vias nervosas, tanto sensoriais quanto motoras, no córtex. As diferentes funções do nosso organismo não são representadas proporcionalmente no referido mapa, mas seu tamanho depende da complexidade dos nervos correspondentes. No entanto, a localização dessas áreas do cérebro tem paralelos notáveis com a estrutura externa do corpo. O homúnculo sensorial representa o córtex sensorial ou sensorial primário, localizado no giro pós-central, um giro cerebral localizado na região do lobo parietal ligada ao frontal. De fato, Penfield foi o primeiro a descrever essa parte do cérebro, que corresponde às áreas 1, 2 e 3 do modelo de Brodmann. INTRODUÇÃO ÀS NEUROCIÊNCIAS NOS ESTUDOS DOS PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS Qual a importância de buscarmos correlacionar a atividade neuronal com a cognição humana para algumas áreas de atuação da psicologia, por exemplo, a Avaliação neuropsicológica e a reabilitação neuropsicológica? CÓRTEX PRÉ-FRONTAL FUNÇÕES: Foco Previsão/antecipação Controle de impulsos Planejamento Empatia Insight Organização Julgamento Controle emocional Aprendizagem com erro DISFUNÇÕES Atenção (short span) Procrastinação Julgamento rebaixado Falta de Insight Impulsividade Desorganização Falta de empatia Distraibilidade Baixa capacidade de aprendizagem com os erros ÁREAS ESPECIALIZADAS Polo – funções executivas Orbitofrontal – controle de impulsos e emoções (parte do sistema límbico) Ventro e dorso lateral – fala no lado esquerdo e atenção e insight no Direito LOBO TEMPORAL FUNÇÕES: Compreensão/uso da linguagem Recuperação de palavras Facilitação da memória longo prazo Leitura de pistas sociais Ritmo musical Aprendizagem auditiva Estabilidade emocional Reconhecimento facial Entonação verbal Aprendizagem visual DISFUNÇÕES Problemas de memória Ilusões Confusão espacial Hipergrafia Problemas de aprendizagem Ansiedade Agressividade Religiosidade Pensamentos sombrios ÁREAS ESPECIALIZADAS Medial – contém a amigdala (processamento emocional) e o hipocampo (processamento da memória); Lateral – processamento auditivo, reconhecimento de objetos e recuperação de palavras. LOBO PARIETAL FUNÇÕES: Processamento da informação sensorial (tato, pressão, dor e temperatura) Processamento espacial, direcional Orientação visual das mãos, dedos, olhos e membros Lateralidade Cognição espacial, leitura e aritmética Criação de mapas visuais e de leitura Reconhecimento dos próprios Problemas DISFUNÇÕES: Sobrecarga sensorial Problemas de processamento espacial e direção Descoordenação visuomotora Apraxia da construção - dificuldades de empilhar blocos ou montar quebra- cabeças Dificuldades em copiar, recortar papel, relações espaciais, desenhar mapas e vestir-se Agnosia de direção (não consegue apontar direções com os olhos fechados) Agrafia (dificuldades com a escrita) Confusão direita/esquerda Dificuldades de perceber erros e a presença de problemas. LOBO OCCIPITAL FUNÇÕES: Mapeamento do mundo visual Identificação das cores Avaliação distância, tamanho e profundidade; Identificação de rostos e objetos familiares Recepção dos dados visuais brutos Transmissão de informações visuais para outras regiões do córtex DISFUNÇÕES: Alucinações Cegueira Hemianopsia (diminuição da visão, perda da metade do campo visual) Prosopagnosia (incapacidade de reconhecimento de rostos) Agnosia visual para objetos Alexia pura (incapacidade de ler) Disfunções do lobo occipital podem ainda causar epilepsia; dificuldades com a coordenação dos movimentos, com as habilidades motoras finas, grossas e equilíbrio; diferenciação de cores, formas, dimensões e tamanhos e dificuldades na localização espacial. CEREBELO FUNÇÕES: Controle motor Postura Marcha Funções executivas (CPF) Velocidade da integração cognitiva DISFUNÇÕES: Problemas de coordenação e marcha Hipotonia Tremor Fadiga Pensamento lentificado Fala lentificada ImpulsividadeAprendizagem condicionada Empobrecida GIRO CINGULADO ANTERIOR, MEDIAL E POSTERIOR FUNÇÕES: Cooperação Flexibilidade cognitiva Fluidez mental Processamento mental DISFUNÇÕES: Ressentimentos Compulsões Rigidez Oposição Preocupações Obsessões Problemas de flexibilidade Atencional GÂNGLIOS DA BASE E INSULA FUNÇÕES: Controle do relaxamento, da ansiedade Mediação do prazer Controle dos movimentos suaves Modulação motivacional DISFUNÇÕES: Aumento da atividade: Irritabilidade, hipervigilância, tensão e motivação excessiva; ansiedade e pânico; evitação e catastrofização Diminuição da atividade: déficit de atenção e desmotivação SISTEMA LÍMBICO E TÁLAMO FUNÇÕES: Estabelece o tônus emocional Registro de memórias Conexão afetiva Resposta de fuga/ataque Modulação da motivação Olfato Libido DISFUNÇÕES: Negatividade Culpa Tristeza Alterações de apetite e sono Baixa motivação e energia Baixa autoestima Perda da libido Aumento da atividade geralmente está associado a quadros de distimia, depressão e negatividade CÉREBRO X APRENDIZAGEM • O processo de desenvolvimento cerebral envolve a maturação de diversos processos sensoriais e perceptivos que favorecem e possibilitam o desenvolvimento cognitivo. • Dessa forma, na UNIDADE PRIMÁRIA de desenvolvimento cerebral estão presentes as respostas instintivas de sobrevivência vinculadas aos sentidos da visão, da audição, do tato, do olfato, da gustação, da propriocepção e vestibular. Na UNIDADE SECUNDÁRIA de desenvolvimento ocorre a integração dos sentidos através do processamento motor/vestibular, visual, auditivo, tátil, propriocepção consciente e linguagem receptiva. • O desenvolvimento e integração da primeira e segunda unidades permitem e subsidiam o desenvolvimento da UNIDADE TERCIÁRIA que está relacionada com a cognição, a tomada de decisão, o planejamento e a ação. É esse desenvolvimento integrado que possibilita a apreensão, compreensão, reconhecimento e processamento das informações obtidas na realidade externa e que se convertem em aprendizagem. • Dificuldades, transtornos ou desvios nessa rota de desenvolvimento ou em qualquer das unidades leva ao prejuízo e/ou dificuldades na aprendizagem. INTEGRAÇÃO SENSORIAL: É o processo neurológico que organiza a informação sensorial para gerar respostas adaptativas às demandas do ambiente. As falhas das múltiplas funções sensoriais do sistema nervoso podem interferir no comportamento e na aquisição de habilidades inerentes aos desenvolvimento infantil. Os sentidos e a sequência de ativação: - Tato (experiência de texturas) - Vestibular (equilíbrio) - Propriocepção (consciência corporal) - Olfato (experiência dos cheiros) - Paladar (experiência dos sabores) - Audição (experiência dos sons separados e integrados) - Visão (experiências de cores, formas e sombreados) BASES ANATÔMICAS ATENCIONAIS ATENÇÃO: A Atenção é a direção da consciência e o conjunto de processos psicológicos que possibilitam a concentração da atividade mental sobre um determinado fato ou objeto, com exclusão total ou parcial das demais, tornando os indivíduos capazes de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas, sendo imprescindível para que os estímulos do ambiente possam ser percebidos. Além de estar na base do conhecimento e da ação, possui importante valor de sobrevivência e, é indispensável para que haja o pensamento. Então, tendo em vista a complexidade em torno da Atenção, é possível depreender que esse processo psicológico básico não é unitário, sendo possível encontrar diversos tipos desse importante domínio cognitivo. HISTÓRIA DO ESTUDO DA ATENÇÃO: William James (1842-1910), de acordo com Heidbreder (1981) sem esmiuçar a questão, tratou da atenção e de seu caráter voluntário em determinados casos. O autor entendia que a atenção manifesta-se quando há voluntariedade da ação. Os estudos de James, segundo Barkley (2008) abrem espaço para George Still no início do século XX levantar a hipótese de que crianças com incapacidade controlar o próprio comportamento sofriam de déficits em volição inibitória, controle moral e atenção prolongada, sendo que estes três fatores estariam ligados entre si, tendo uma mesma base neurológica. A “confirmação” de que a atenção envolvia mecanismos neurológicos surge entre os anos de 1937-1941 quando são publicados artigos relatando experiências em que foram administradas anfetaminas em “jovens perturbadores” e observava-se melhoras notáveis no comportamento e desempenho acadêmico (BARKLEY, 2008). CIRCUITARIAS DO SISTEMA ATENTIVO 1) Formação Reticular; 2) Tálamo; 3) Lobo parietal Posterior; 4) Córtex Frontal e Pré-Frontal; 5) Lobo Temporal Medial; 6) Lócus Cerúleos; 7) Giro Cingulado Anterior 8) Amígdala. 1) Formação Reticular: uma das principais regiões que têm participação primordial na Atenção é a Formação Reticular, também denominada por alguns autores como Sistema Ativador Reticular Ascendente – SARA; consiste num “agregado de neurônios separados por fibras nervosas que não correspondem exatamente ás Substâncias branca ou cinzenta e ocupa a parte central do tronco encefálico”. Então, a Formação Reticular tem como principal função a ativação do córtex cerebral, regulando a Atenção e os estados de alerta e sono, possibilitando o nível de consciência básico para manter a vigilância necessária a Atenção, fornecendo a preparação inespecífica a esse processo psicológico básico; existindo ainda outro circuito também implicado na manutenção da Atenção: o circuito dopaminérgico. A superatividade nesse circuito acarreta um aumento excessivo da Atenção e pode desencadear a Esquizofrenia. Representação da Formação Reticular e suas principais conexões no cérebro. As setas indicam a direção do impulso ao longo de vias nervosas que se conectam com o SARA 2) Tálamo: O Tálamo também participa do processo de Atenção, principalmente por meio dos Núcleos Intralaminares, que fazem a filtração dos sinais enviados pelo SARA e os projetam até o Núcleo Caudado, localizado no córtex estriado, e para outras áreas corticais; com exceção das áreas corticais primárias. Núcleo Reticular: possui associações recíprocas com o Córtex Pré-Frontal, com Núcleos Sensoriais do Tálamo e com os Núcleos da Base, funcionando como um filtro ou uma comporta, fazendo com que apenas algumas informações prossigam em direção ao córtex cerebral; além do Núcleo Pulvinar, considerado a estrutura chave na modulação atencional da percepção. 3) Lobo parietal posterior: especialmente o do lado direito, está envolvido na seleção sensorial, principalmente na seleção das informações visuais e na Atenção direcionada ao espaço extra pessoal. Circuito Orientador: possibilita o desligamento do foco atencional de um determinado alvo e o seu deslocamento para outro local, assim como o ajuste fino para que os estímulos possam ser melhor percebidos, sem deixar de mencionar a existência de outros centros que estão fora do córtex cerebral, a exemplo dos Colículos Superiores. Esse circuito ainda permite que o foco da Atenção seja direcionado para outros sistemas sensoriais. 4) Córtex frontal e Córtex pré-frontal: possui um importante papel na modulação da Atenção, especialmente na região do Campo Ocular Frontal, região particularmente envolvida com o planejamento de movimentos oculares, programando movimentos sádicos oculares empregados na movimentação do foco atencional relacionado com a fixação do ocular. Ainda tem o Córtex Pré- Frontal, implicado na intensidade do foco de Atenção; principalmente por meio de 2 áreas: 1) A Área Pré-Frontal Dorsolateral, relacionada com a seleção de respostas e o controle seletivo, desempenhando também a funçãode manutenção da flexibilidade da resposta e geração de alternativas de respostas. Além disso, ao trocar repentinamente o foco da sua Atenção de aspectos específicos de um objeto para a sua configuração global o indivíduo ativa, além do Córtex Pré- Frontal, o córtex de associação parietal. Assim, lesões na área pré-frontal dorsolateral ocasionam alterações na Atenção, com o distraibilidade, impersistência e perseveração, esta última definida como a repetição automática de respostas. 2) A Área Pré-Frontal Orbitomedial, implicada na modulação dos impulsos, no humor e na memória de trabalho. Lesões nessa região produzem alterações na Atenção relacionadas com a labilidade afetiva, impulsividade e desinibição. 5) Lobo Temporal Medial: do sistema límbico é outra estrutura que também participa da Atenção, uma vez que possui diversas regiões que se relacionam com a carga afetiva que os diferentes objetos provocam no cérebro. Além disso, os aspectos afetivos e emocionais da Atenção, mobilizados em áreas do sistema límbico, devem interagir com os aspectos de seleção e hierarquização da consciência, processados em regiões Pré-Frontais e Parietais, gerando um vetor final: a Atenção. 6) Locus Coeruleus: envolvido na produção de Noradrenalina, importante neurotransmissor que participa da regulação do estado de alerta do organismo no Circuito Noradrenérgico. O Sistema Colinérgico é outro circuito importante, principalmente na orientação atencional. 7) Giro Gingulado Anterior ou Giro do Cíngulo: apresenta outro circuito implicado nos processos atencionais, o chamado Circuito Executivo da Atenção, que possibilita que ela se mantenha de forma prolongada, ao mesmo tempo em que inibe os estímulos que distraidores até que o objetivo seja alcançado. 8) Amígdala ou Corpo Amigdaloide: também participa indiretamente da regulação da Atenção, pois recebe aferências da Formação Reticular pois é “[...] a estrutura subcortical com o maior número de projeções do sistema nervoso, com cerca de 14 conexões aferentes e 20 eferentes”. O PROCESSO ATENCIONAL COGNIÇÃO: Cognição e um conjunto de atividades e processos pelos quais um organismo adquire informações e desenvolve conhecimentos. Envolve mecanismos mentais que agem sobre a informação sensorial, buscando a sua interpretação, classificação e organização, portanto cognição e o processo de conhecer. Funções cognitivas: • Orientação • Percepção • Atenção • Funções motoras • Linguagem e funções verbais • Habilidades viso espaciais e praxia construtiva • Memoria e aprendizagem • Funções executivas (raciocínio, resolução de problemas, abstração, formação de conceitos, organização, planejamento) A atenção não é um conceito singular, mas o nome de um campo complexo para estudo. Rueda, Noronha, Sisto e Bartholomeu (2008) destacam a existência de inúmeras definições sobre atenção propostas sob múltiplas perspectivas teóricas, não havendo sequer possibilidade de aproximação em torno de um conceito comum. Muitas das definições sobre atenção encontradas na literatura do século XX sofreram influência dos conceitos recuperados desde o século XIX – Atenção como um canal da mente que possui uma capacidade limitada para selecionar informações. – Atenção como uma função mental complexa relacionada à capacidade do sujeito para focalizar sua mente em algum estímulo do meio ambiente ou do seu conteúdo interno. A atenção era entendida como a capacidade do sujeito para selecionar e manter o controle sobre a entrada de informações externas e o processamento de informações internas necessárias em um determinado momento. Para autores contemporâneos, a atenção pode ser considerada como uma função cognitiva que ocorre desde os primeiros dias de vida, sendo sua principal função orientar os sentidos aos estímulos do ambiente. Dessa maneira, a medida em que o cérebro se desenvolve, passa a administrar de forma seletiva os recursos de processamento da informação, isto é, prestar atenção em um estímulo e inibir outros. DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO - Nascimento – atenção elementar e involuntária/responsiva. - Primeiros meses – constante alternância no estado de alerta. - 1º mês – fixa o olhar porém a atenção não é voluntária. Esse fenômeno dura até o ü 4º mês quando o bebê consegue controlar melhor a orientação atencional. - A partir do 6º mês até os 02 anos de idade a atenção adquire um aspecto mais direcionado e seletivo. - O desenvolvimento da atenção voluntária se relaciona à aquisição da linguagem e ao desenvolvimento das interações sociais. Sternberg (2008) define atenção: como o processamento ativo de uma determinada quantidade de informação a partir da enorme quantidade disponível por meio dos órgãos dos sentidos, das memórias armazenadas e de outros processos cognitivos. – Os fenômenos psicológicos da atenção possibilitam o uso de recursos mentais limitados de maneira sensata. De acordo com Sternberg (2008), refere-se ao esforço exercido para focalizar e selecionar um estímulo para ser processado, que leva o indivíduo a responder a determinados aspectos do ambiente em lugar de fazê-lo em relação a outros. Permite ao ser humano utilizar seus recursos cognitivos para emitir respostas rápidas e adequadas mediante estímulos que julgue importante. • Ao diminuir a atenção sobre muitos estímulos exteriores, (ex. como sensações), e interiores, (ex. como pensamentos e memória), é possível focar nos estímulos que parecem mais interessantes. • Percebe-se nessas concepções a ideia de que a atenção envolve a seleção de algumas informações enquanto outras são excluídas. • Assim, evidencia-se que embora muitos sejam os conceitos para o mesmo construto, existe um ponto em comum entre as ideias descritas. Para Dalgalarrondo (2019), a atenção: pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. Se refere ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. CONCEITOS BÁSICOS NATUREZA Voluntaria – exprime a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto; Espontânea – que e aquele tipo de atenção suscitado pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto. DIREÇÃO Externa – projetada para fora do mundo subjetivo; Interna – voltada para os processos mentais do próprio indivíduo. AMPLITUDE Focal – concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito a consciência; Dispersa – menos delimitada e sobre um campo menos determinado. TENACIDADE - E a capacidade de um indivíduo de fixar a sua atenção sobre determinada área ou objeto. Na tenacidade a atenção se prende a um determinado estimulo, fixando-se nele. VIGILÂNCIA - E definida como a qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro. ATENÇÃO FLUTUANTE – e um conceito desenvolvido por Freud, relativo aos estado atencional do psicanalista durante a sessão analítica. A atenção do analista deve privilegiar a priori qualquer elemento do discurso ou comportamento do paciente, o que implica deixar funcionar livremente sua própria atividade mental, consciente e inconsciente, deixando livre a atenção e suspendendo as motivações, os desejos e os planos próprios. Atualmente a atenção subdivide-se em: 1- capacidade e foco de atenção – refere-se à focalização da atenção e está intensamente associada à experiência subjetiva de concentração. 2- atenção seletiva – relaciona-se aos processos que permitem ou facilitam o processamento cognitivo. Ela limita os estímulos que chegam ao sistema cerebral através da capacidade de eleger certos estímulos e ignorar outros.3- seleção de resposta e controle executivo – relaciona-se a capacidade de envolver processos mais complexos como a intenção, o planejamento e a tomada de decisão (Funções executivas – córtex pré-frontal) 4- atenção constante ou sustentada – manutenção da atenção ao longo do tempo. (Dalgalarrondo, 2019) HÁBITO X SENSIBILIZAÇÃO - Quando um indivíduo ou animal e exposto a um estimulo novo, há um padrão de respostas motoras, do sistema nervoso autônomo e da atividade elétrica cerebral que indica que o organismo entrou em estado de alerta, de prontidão, pronto para captar o estimulo e a ele responder. Se o estímulo se dá de forma contínua e repetitiva ele deixa de desencadear a orientação, tornando-se um “hábito”. A “sensibilização” ocorre quando o organismo passa a se excitar mais com a repetição do estímulo, aumentando a prontidão geral de resposta. ANORMALIDADES DA ATENÇÃO - Hipoprosexia – diminuição global da atenção. Perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada e diminuição da percepção dos estímulos ambientais e da compreensão, prejudicando a memória, o pensamento, o raciocínio e a integração das informações. Aprosexia – e a total abolição da capacidade atencional. Hiperprosexia – estado de atenção exacerbado com tendência a obstinação e surpreendente infatigabilidade. Distração – superconcentração sobre determinado conteúdo ou objeto com inibição de tudo o mais. Hipertenacidade e hipervigilancia. Distraibilidade – estado patológico com instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntaria com dificuldade e fixar-se em objetos ou conteúdo. A atenção desviasse facilmente de um objeto a outro. Diversos critérios podem ser utilizados para a classificação da atenção, sendo o mais utilizado o que se refere a sua função ou operacionalização. • Para Lent (2001) atenção pode ser dividida em dois componentes: – a atenção explicita, que se refere a processos conscientes, como por exemplo a fixação visual intencional a um foco da atenção; – e a atenção implícita, que seriam os processos não conscientes, tais como a atenção a estímulos que não constituem um estimulo visual-alvo e que estejam na periferia do campo visual. • Sternberg (2008) coloca que os psicólogos cognitivos tem se interessado especialmente pelo estudo de Quatro principais funções da atenção: – Atenção dividida, – Vigilância e detecção de sinais, – Busca, e – Atenção seletiva. A atenção dividida define-se como a capacidade em realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, redirecionando os recursos da atenção de forma prudente, de acordo com suas necessidades. A vigilância e a detecção de sinais são consideradas como a capacidade do sujeito para detectar prontamente se percebe, ou não, um sinal ou um determinado estimulo de interesse. Sendo assim, por meio da atenção vigilante a detecção de sinais o indivíduo deve agir rapidamente ao surgimento do estimulo de interesse (ex. atividade de operadores de radar). A busca pode ser definida como buscas ativas por estímulos determinados, como a procura por um objeto perdido. A atenção seletiva que caracteriza-se pelo foco concentrado de atenção sobre determinados estímulos de informação ignorando outros estímulos presentes no ambiente. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DA ATENÇÃO - Nacionalmente ATENCAO ALTERNADA: a capacidade em focar a seletividade da atenção ora em um estimulo, ora em outro, por um determinado período de tempo. ATENCAO DIVIDIDA: caracteriza-se pela capacidade para procurar dois ou mais estímulos simultaneamente. ATENCAO CONCENTRADA: a capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação diante de vários estímulos distratores em um tempo pré-determinado. ATENCAO SUSTENTADA: o sujeito deve dirigir seu foco atencional para um estimulo dentre vários distratores presentes. ATENCAO SELETIVA: envolve a seleção de um estimulo dentre vários disponíveis. ATENCAO SUSTENTADA/CONCENTRADA • Capacidade de focar e manter este foco por tempo prolongado, mantendo padrão de consistência. • Estado de prontidão por período de tempo maior para detectar e responder a alterações especificas nos estímulos. • O procedimento sustentado refere-se a monitoração da atenção perante o alvo por um período estendido de tempo, mantendo o mesmo padrão de qualidade. (Rao, 1996; Malloy-Diniz et al., 2010) • Não costuma ser afetada pela idade até os 80 anos. ATENCAO DIVIDIDA • Atenção dividida e ativada pelo córtex parietal anterior, córtex pré-frontal e pelo tálamo. (Engelhardt et al 1996); • Habilidade de desempenhar 2 ou mais atividades simultaneamente. • Capacidade de focar em 2 estímulos distintos simultaneamente. • Uma das atividades deve estar mediada pelo processamento automático. ATENCAO ALTERNADA • Capacidade de alternar o foco da atenção, ou seja, de desengajar o foco de um estimulo e engajar em outro. (Rao, 1996; Malloy-Diniz et al., 2010) • Alternar entre um estimulo e outro, sucessivamente. • Está relacionada a flexibilidade mental. ATENCAO SELETIVA • A atenção SELETIVA envolve processos como: – a representação espacial exterior; – orientação e movimentos de exploração; – a monitoração da resposta. - Não e possível avaliar um tipo de ‘atenção pura’. – Por exemplo, ao longo do processo de resposta de um teste para avaliação da atenção alternada, o sujeito também estará, por períodos pré-determinados, concentrando a sua atenção. Algumas características estão presentes em qualquer tipo de atenção avaliada, uma vez que fazem parte da própria definição do construto: – Capacidade limitada da atenção é compreendida com base na observação de que o organismo humano sofre uma sobrecarga quando entra em contato com muitos estímulos simultaneamente. – A seletividade da atenção ocorre justamente porque o sistema de processamento da informação não consegue processar uma alta quantidade de estímulos ao mesmo tempo. Dessa forma, o sistema deve escolher ou selecionar qual material será processado. – O controle voluntário que é a capacidade de se controlar o enfoque a determinado estímulo. Prejuízos atencionais: No dia-a-dia podem ser percebidos: – maior tempo de reação perante os estímulos apresentados, reduzida velocidade de processamento das informações, – lentificação de reação frente a uma ação do ambiente e quanto à elaboração de dados apresentados, – Redução da quantidade de informações que podem ser armazenadas e trabalhadas concomitantemente. TRANSTORNOS MENTAIS Transtornos de humor (depressão e bipolar) – dificuldades de concentração e atenção constante. Quadros maníacos – hipervigilancia e Hipotenacidade. Quadros depressivos – Hipoprosexia ou Hipertenacidade com temas depressivos e Hipovigilancia (diminuição da capacidade de mudar o foco) Transtorno Obsessivo-compulsivo – atenção e vigilância excessiva e desregulada. Alterações no controle executivo, memoria de trabalho e na seleção de resposta. Esquizofrenia – déficit de atenção central. Forte tendência a distraibilidade e dificuldade da atenção constante. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – alteração no córtex pré-frontal. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDA, TDAH) Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Há 3 tipos de TDAH, os que são predominantemente desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. Os critérios clínicos dão o diagnóstico. O tratamento inclui medicação com estimulantes, terapia comportamental e intervenções educacionais. Distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade e considerado um distúrbio de neurodesenvolvimento que são condições neurológicas que aparecemprecocemente na infância, geralmente antes da idade escolar, e prejudicam o desenvolvimento do funcionamento pessoal, social, acadêmico e/ou profissional. Normalmente envolvem dificuldades na aquisição, retenção ou aplicação de habilidades ou conjuntos de informações especificas. Distúrbios de neurodesenvolvimento podem envolver distúrbios de atenção, memoria, percepção, linguagem, solução de problemas ou interação social. Outros distúrbios de neurodesenvolvimento comuns incluem distúrbios do espectro do autismo, distúrbios de aprendizagem (p. ex., dislexia) e deficiência intelectual TDAH afeta cerca de 8 a 11% das crianças em idade escolar (1). Entretanto, muitos especialistas acreditam que o TDAH e superdiagnosticado, em grande parte porque os critérios são aplicados de forma imprecisa. De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5a edição (DSM-5), há 3 tipos: • Desatenção predominante • Hiperatividade/impulsividade predominante • Combinado No geral, o TDAH e cerca de duas vezes mais comum em meninos, embora os índices variam de acordo com o tipo. O tipo predominantemente hiperativo/impulsivo ocorre 2 a 9 vezes mais entre os meninos, embora o tipo predominantemente desatento ocorra com igual frequência em ambos os sexos. TDAH não tem uma única causa especifica conhecida. O TDAH não tem uma causa única especifica. Potenciais causas do TDAH incluem fatores genéticos, bioquímicos, sensório-motores, fisiológicos e comportamentais. Alguns fatores de risco incluem baixo peso < 1.500 g no nascimento, traumatismo craniano, deficiência de ferro, apneia obstrutiva do sono, exposição ao chumbo e também exposição fetal a álcool, tabaco e cocaína. Pouco mais de 5% das crianças portadoras da TDAH apresentam evidencias de lesão neurológica. Evidencias apontam para diferenças nos sistemas dopaminérgicos e noradrenergicos com diminuição ou estimulação da atividade do tronco cerebral superior e tratos médio-frontais cerebrais. O TDAH envolve desatenção, hiperatividade/impulsividade, ou uma combinação; ele normalmente aparece antes dos 12 anos, inclusive na idade pré-escolar. A causa e desconhecida, mas há vários fatores de risco suspeitos. Diagnosticar utilizando critérios clínicos e manter-se em alerta para outras doenças que podem inicialmente se manifestar de forma semelhante (p. ex., doenças do espectro do autismo, certos distúrbios de aprendizagem ou comportamento, ansiedade, depressão). As manifestações tendem a diminuir com a idade, mas adolescentes e adultos podem ter dificuldades residuais. Tratar com fármacos estimulantes e terapia cognitivo-comportamental; somente terapia comportamental pode ser apropriada para crianças em idade pré-escolar. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 PARA TDAH Os critérios diagnósticos do DSM-5 incluem 9 sinais e sintomas de desatenção e 9 de hiperatividade e impulsividade. O diagnóstico que usa esses critérios requer que ≥ 6 sinais e sintomas de pelo menos um grupo. Além disso, e necessário que os sintomas estejam presentes muitas vezes por ≥ 6 meses. Sejam mais pronunciados do que o esperado para o nível de desenvolvimento da criança, ocorram em pelo menos 2 situações (p. ex., casa e escola); Estejam presentes antes dos 12 anos de idade (pelo menos alguns sintomas) Interfiram em sua capacidade funcional em casa, na escola ou no trabalho. Sintomas de desatenção: • Não presta atenção a detalhes ou comete erros descuidados em trabalhos escolares ou outras atividades; • Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas na escola ou durante jogos; • Não parece prestar atenção quando abordado diretamente; • Não acompanha instruções e não completa tarefas; • Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades; • Evita, não gosta ou e relutante no envolvimento em tarefas que requerem manutenção do esforço mental durante longo período de tempo • Frequentemente perde objetos necessários para tarefas ou atividades escolares; • Distrai-se facilmente; • E esquecido nas atividades diárias; Sintomas de hiperatividade e impulsividade: • Movimenta ou torce mãos e pês com frequência; • Frequentemente movimenta-se pela sala de aula ou outros locais; • Corre e faz escaladas com frequência excessiva quando esse tipo de atividade é inapropriado; • Tem dificuldades de brincar tranquilamente; • Frequentemente movimenta-se e age como se estivesse "ligada na tomada"; • Costuma falar demais; • Frequentemente responde às perguntas de modo abrupto, antes mesmo que elas sejam completadas; • Frequentemente tem dificuldade de aguardar sua vez; • Frequentemente interrompe os outros ou se intromete; O diagnóstico do tipo desatenção predominante exige ≥ de 6 sinais e sintomas de desatenção. O diagnóstico do tipo hiperativo/impulsivo exige ≥ 6 sinais e sintomas de hiperatividade e impulsividade. O diagnóstico do tipo combinado requer ≥ 6 sinais Sintomas de cada critério de desatenção e hiperatividade/impulsividade. Outras considerações diagnosticas A diferenciação entre TDAH e outras condições podem ser desafiadora. O diagnóstico em excesso deve ser evitado, e outras condições devem ser identificadas com precisão. Muitos sinais de TDAH expressos no período da pré- escola podem refletir um problema de comunicação que também ocorre em outras disfunções do neurodesenvolvimento (p. ex., doenças do espectro autista) ou em certos distúrbios de aprendizado, ansiedade, depressão ou distúrbios de comportamento (p. ex., distúrbios de conduta). TÉCNICA DO POMODORO Melhora foco atencional; Aumenta a produtividade; Reduz a procrastinação; NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO O cérebro em repouso (...) O que você acha que o seu encéfalo está fazendo quando você fica deitado com os olhos fechados (mas acordado) em um quarto silencioso? Áreas ativas em repouso: Córtex pré-frontal medial; Córtex cingulado posterior; Córtex parietal posterior; Hipocampo; Córtex temporal lateral; Como todo órgão do corpo humano ele precisa de uma pausa para se refazer e se restabelecer. Na verdade, o repouso do cérebro é ainda mais importante, pois neste estado de repouso ele consegue reorganizar as experiências diárias e memórias tornando-as aproveitáveis pela consciência. Na neurociência, a rede de modo padrão (DMN, do inglês Default Mode Network, ou RMP), também rede padrão, ou rede cerebral padrão, é uma rede cerebral de larga escala de regiões do cérebro em interação, conhecidas por terem atividade altamente correlacionada entre si e distinta de outras redes no cérebro. Foi inicialmente assumido que a rede de modo padrão estaria mais comumente ativa quando uma pessoa não está focada no mundo exterior e o cérebro está de repouso mas em vigília, como ao "sonhar acordado" e durante divagação mental. No entanto, agora se sabe que ela pode contribuir para elementos da experiência relacionados ao desempenho de tarefas externas. Também é ativada quando o indivíduo está pensando nos outros, pensando em si mesmo, lembrando-se do passado e planejando o futuro. Embora a DMN tenha sido originalmente observada como estando desativada em certas tarefas orientadas a objetivos e às vezes seja chamada de rede negativa à tarefa (task-negative), ela pode estar ativa em outras tarefas orientadas a objetivos, como memória de trabalho social ou tarefas autobiográficas. A DMN demonstrou estar correlacionada negativamente com outras redes no cérebro, como as redes de atenção. Função: A rede de modo padrão é conhecida por estar envolvida em muitas funções aparentemente diferentes: É a base neurológica para o eu: •Informação autobiográfica: Memórias de coleção de eventos e fatos sobre si mesmo; •Autorreferência: Referir-se a características e descrições de si mesmo; •Emoção de simesmo: Refletir sobre o próprio estado emocional; Pensar nos outros: Teoria da mente: Pensar nos pensamentos dos outros e no que eles podem ou não saber Emoções de outros: Compreender as emoções de outras pessoas e empatizar com seus sentimentos; Raciocínio moral: determinar o resultado justo e injusto de uma ação; Avaliações sociais: Julgamentos de boas e más atitudes sobre conceitos sociais; Categorias sociais: Refletir sobre importantes características sociais e status de um grupo Lembrar o passado e pensar no futuro: Lembrar o passado: Relembrar eventos que aconteceram no passado; Imaginar o futuro: Visualizar eventos que podem acontecer no futuro; Memória episódica: Memória detalhada relacionada a eventos específicos no tempo; Compreensão da história: Compreender e lembrar uma narrativa A ideia de uma "rede padrão" não é universalmente aceita. Em 2007, o conceito de modo padrão foi criticado por não ser útil para entender a função cerebral, com base em uma hipótese mais simples: o cérebro em repouso efetua mais processamento do que o cérebro realizando determinadas tarefas "exigentes" e não há significado especial para a atividade intrínseca do cérebro em repouso. DDA, ansiedade, transtornos de humor, autismo e outras condições não são transtornos simples ou únicos. Todos eles têm vários tipos. O DDA afeta muitas áreas do cérebro - principalmente o córtex pré-frontal e o cerebelo, mas também o cingulado anterior, os lobos temporais, os gânglios da base e o sistema límbico. Os 7 tipos de DDA que estudei são baseados em três neurotransmissores - dopamina, serotonina e GABA. Dr. Daniel Amen: Como fundador de seis Clínicas Amen, trago uma abordagem multidisciplinar para diagnosticar e tratar distúrbios cerebrais - incluindo distúrbio de déficit de atenção (TDAH ou ADD) e condições coexistentes. Por mais de 20 anos, usei varreduras cerebrais SPECT (junto com outras técnicas de diagnóstico) para desenvolver planos de tratamento individuais e direcionados para cada paciente. Logo no início, descobri, por meio dos padrões do SPECT cerebral, que o déficit de atenção não é um distúrbio único ou simples. Existem muitos tipos de DDA. Tipo Clássico: Este é o tipo mais fácil de detectar dos 7 tipos de DDA: Os sintomas primários são desatenção, distração, hiperatividade, desorganização e impulsividade. Varreduras do cérebro mostram atividade normal do cérebro em repouso e diminuição da atividade, especialmente no córtex pré-frontal, durante uma tarefa de concentração. Pessoas com DDA clássico diminuíram o fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal, cerebelo e gânglios da base, o último dos quais ajuda a produzir o neurotransmissor dopamina. Como tratar: O objetivo do tratamento aqui é aumentar os níveis de dopamina, o que aumenta o foco. Eu faço isso com medicamentos estimulantes - Ritalina, Adderall, Vyvanse, Concerta - ou suplementos estimulantes como rhodiola, chá verde, ginseng e o aminoácido L-tirosina. Praticar muita atividade física também ajuda a aumentar a dopamina, assim como tomar óleo de peixe, que é mais rico em EPA do que DHA. Tipo Desatento: Este tipo, assim como o ADD clássico, foram descritos no Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM) de Transtornos Mentais desde 1980. O ADD desatento está associado a baixa atividade no córtex pré-frontal e baixos níveis de dopamina. Os sintomas são atenção curta, distração, desorganização, procrastinação. Pessoas com este tipo não são hiperativas ou impulsivas. Eles podem ser introvertidos e sonhar muito acordado. As meninas têm esse tipo tanto ou mais que os meninos. Como tratar: O DDA desatento geralmente responde ao tratamento. Frequentemente, é possível mudar o curso da vida de uma pessoa se ela for tratada adequadamente. O objetivo, como acontece com o clássico ADD, é aumentar os níveis de dopamina. Eu uso suplementos como o aminoácido L- tirosina, que é um bloco de construção da dopamina. Tome-o com o estômago vazio para obter o efeito máximo. Frequentemente, também prescrevo um estimulante como Adderall, Vyvanse ou Concerta. Eu coloco os pacientes em um plano de alimentação com alto teor de proteínas e baixo teor de carboidratos, e faço com que se exercitem regularmente. Tipo Hiperfocado: Pacientes com DDA super-focado têm todos os sintomas básicos de DDA, além de grande dificuldade em desviar a atenção. Eles ficam presos ou presos a padrões de pensamento ou comportamentos negativos. Existe uma deficiência de serotonina e dopamina no cérebro. Quando o cérebro é escaneado, você vê que há muita atividade na área chamada giro cingulado anterior, que é a alavanca de mudança do cérebro. Essa hiperatividade torna difícil ir de pensamento em pensamento, tarefa em tarefa, e ser flexível. Como tratar: O objetivo é aumentar os níveis de serotonina e dopamina no cérebro. O tratamento é complicado. Pessoas com DDA superconcentrado ficam mais ansiosas e preocupadas com um medicamento estimulante. Eu uso suplementos primeiro - L-triptofano, 5-HTP, açafrão e inositol. Se os suplementos não ajudam com os sintomas, prescrevo Effexor, Pristique ou Cymbalta. Evito alimentos ricos em proteínas com esse tipo, o que pode deixar os pacientes malvados. O treinamento de neurofeedback é outra ferramenta útil. Tipo Lobo Temporal: Dos 7 tipos de DDA, o DDA do lobo temporal tem sintomas básicos de DDA junto com os sintomas do lobo temporal (LT). O TL, localizado embaixo de sua têmpora, está envolvido com a memória, aprendizado, estabilidade de humor e processamento visual de objetos. Pessoas com esse tipo têm problemas de aprendizado, memória e comportamento, como raiva rápida, agressão e paranóia moderada. Quando o cérebro é escaneado, há anormalidades nos lobos temporais e diminuição da atividade no córtex pré- frontal. Como tratar: Eu uso o aminoácido GABA (ácido gama-aminobutírico) para acalmar a atividade neuronal e inibir as células nervosas de queimar ou disparar erraticamente. Tomar magnésio - 80% da população tem baixo teor desse mineral - ajuda a aliviar a ansiedade e a irritabilidade. Os medicamentos anticonvulsivantes são frequentemente prescritos para ajudar na instabilidade do humor. Para problemas de aprendizagem e memória, uso gingko ou vinpocetine. Tipo Límbico: O DDA límbico parece uma combinação de distimia ou tristeza crônica de baixo nível e DDA. Os sintomas são mau humor, baixa energia, sentimentos frequentes de desamparo ou culpa excessiva e baixa auto-estima crônica. Não é um transtorno de humor. Este tipo é causado por muita atividade na parte límbica do cérebro (o centro de controle do humor) e diminuição da atividade do córtex pré-frontal, seja durante a concentração em uma tarefa ou em repouso. Como tratar: Os suplementos que funcionam melhor para esse tipo de DDA são DL-fenilalanina (DLPA), L-triosina e SAMe (sadenosil- metionina). Wellbutrin é meu medicamento favorito para esse tipo de DDA. Os pesquisadores acham que funciona aumentando a dopamina. A imipramina é outra opção para esse tipo. Exercícios, óleo de peixe e o plano de nutrição correto ajudarão uma pessoa com DDA límbica a controlar melhor os sintomas. Tipo Ring of Fire (Anel de Fogo): Os sintomas de DDA de anel de fogo incluem: hipersensibilidade ao meio ambiente - especialmente ruído, luz, toque; períodos de comportamento de oposição; humores imprevisíveis; falando rápido; preocupante e obsessiva. Pacientes com DDA em anel de fogo não têm córtex pré-frontal subativo, como ocorre com DDA clássico e desatento. Todo o seu cérebro está hiperativo. Há muita atividade no córtex cerebral e em muitas outras partes do cérebro. Eu chamo o anel de fogo de "ADD plus". Em varreduras cerebrais, parece um anel de hiperatividade ao redor do cérebro. Como tratar: Os estimulantes, por si só, podem pioraros sintomas de DDA do anel de fogo. Começo eliminando todos os alimentos desencadeadores, depois os reintroduzo lentamente, se suspeitar de alergia, e aumento os neurotransmissores GABA e serotonina por meio de suplementos e medicamentos, se necessário. Eu prescrevo suplementos de GABA, 5-HTP e L- tirosina. Se prescrevo um medicamento, começo com um dos anticonvulsivantes. Os medicamentos para pressão arterial guanfacina e clonidina podem ser úteis, acalmando a hiperatividade geral. Tipo Ansioso: Pessoas com esse tipo têm sintomas característicos de DDA e ficam ansiosas, tensas, têm sintomas de estresse físico como dores de cabeça e de estômago, preveem o pior e congelam em situações que provocam ansiedade, especialmente quando podem ser julgadas. Quando o cérebro é escaneado, há alta atividade nos gânglios da base, grandes estruturas profundas no cérebro que ajudam a produzir dopamina. Isso é o oposto da maioria dos tipos de DDA, onde há baixa atividade naquela região. Como tratar: O objetivo do tratamento é promover relaxamento e aumentar os níveis de GABA e dopamina. Os estimulantes ADD, tomados isoladamente, deixam os pacientes mais ansiosos. Eu primeiro uso uma variedade de suplementos "calmantes" - L-teanina, relora, magnésio e manjericão sagrado. Dependendo do paciente, prescrevo os medicamentos imipramina ou desipramina para diminuir a ansiedade. O neurofeedback também funciona para diminuir os sintomas de ansiedade, especialmente para acalmar o córtex pré- frontal. FUNÇÕES EXECUTIVAS MEMÓRIA OPERACIONAL O que é a memória operacional ou operativa: um conjunto de processos que nos permite armazenar e manipular informações temporárias e realizar tarefas cognitivas complexas como a compreensão da linguagem, a leitura, a aprendizagem ou o raciocínio. A memória operacional é um tipo de memória de curto prazo. Definição de memória operacional conforme o modelo de Baddley e Hitch: A memória operacional, de acordo com o modelo de Baddley e Hitch está composta por três sistemas, que incuem componentes para o armazenamento e processamento de informações. O sistema executivo central: funciona como um sistema de vigilância da atenção e decide o que devemos prestar atenção e como organizar uma sequência de operações que precisamos para realizar uma ação. O circuito fonológico: nos permite gerenciar e reter materiais orais e escritos na memória. Plano visual-espacial: nos permite gerenciar e reter informações visuais. O buffer episódico: integra informações do laço fonológico, da área de armazenamento visuo-espacial, da memória a longo prazo e da entrada perceptiva em uma sequência coerente. Características da memória operacional: •Sua capacidade é limitada. Somos capazes de armazenar apenas de 5 a 9 elementos ao mesmo tempo. •É ativa. Não só armazena informações, mas também as manipulam e transformam. •Seu conteúdo é atualizado permanentemente. •É modulado pelo córtex frontal dorsolateral. Exemplos de memória operacional: A memória operacional é a habilidade que nos permite reter elementos necessários no cérebro enquanto realizamos uma determinada tarefa. Graças à memória operacional, ou operativa, podemos: •integrar duas ou mais ações que tiveram lugar conjuntamente. Por exemplo, lembrar e responder às informações mencionadas durante uma conversa. •Associar um novo conceito com ideias prévias. Nos permite aprender •Reter informações enquanto prestamos atenção a outra coisa. Por exemplo, ser capaz de preparar os ingredientes de uma receita enquanto conversamos por telefone. Usamos a memória operacional ou operativa todos os dias para realizar várias tarefas. Quando tentamos lembrar de um número de telefone antes de o anotar ou quando estamos no meio de uma conversa, precisamos nos lembrar do que foi dito e processá-lo, dando a nossa própria opinião. Quando fazemos anotações na escola, devemos lembrar do que o professor disse para poder anotá-lo com nossas próprias palavras. Quando fazemos cálculos mentais no supermercado para ver se temos dinheiro suficiente para pagar a compra. Transtornos afetados pela memória operacional: A memória operacional é uma parte essencial da tomada de decisões e do correto funcionamento das funções executivas. Por isso, quando é alterada, causa síndromes disexecutivas e vários transtornos da aprendizagem como o TDAH e a dislexia. Outros problemas como a esquizofrenia e os tipos de demências tendem a ser associados à memória operacional. É possível recuperar ou melhorar a memória operacional:, pode ser treinada e melhorada, e alguns aplicativos com treinos específicos tornam isso possível. A reabilitação da memória operacional é baseada na neuroplasticidade. Existem ferramentas que oferecem uma bateria de exercícios criados para recuperar e melhorar os problemas relacionados à memória operacional e a outras funções cognitivas. Isso permite melhorar a memória operacional e torná-la mais eficiente. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PERCEPÇÃO QUAL A DIFERENÇA ENTRE PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO: SENSAÇÃO: é caminho que a informação percorre desde o momento que atinge o receptor até chegar ao córtex é chamado sensação. PERCEPÇÃO: capacidade dos organismos coletarem informações no ambiente analisá-las em diversas etapas de processamento, relacioná-las com informações já existentes no organismo e combiná-las com outras funções cognitivas de maneira a permitir que o organismo opere no ambiente. São os significados atribuídos às sensações. OS SENTIDOS E A INTEGRAÇÃO SENSORIAL INTEGRAÇÃO SENSORIAL: É o processo neurológico que organiza a informação sensorial para gerar respostas adaptativas às demandas do ambiente. As falhas das múltiplas funções sensoriais do sistema nervoso podem interferir no comportamento e na aquisição de habilidades inerentes aos desenvolvimento infantil. Os sentidos e a sequência de ativação: - Tato (experiência de texturas) - Propriocepção (consciência corporal) - Vestibular (equilíbrio) - Paladar (experiência dos sabores) - Olfato (experiência dos cheiros) - Audição (experiência dos sons separados e integrados) - Visão (experiências de cores, formas e sombreados) Abordagens Teóricas da Percepção Percepção Direta •De acordo com a percepção direta de James J. Gibson (1904-1980), as informações que chegam aos nossos receptores, incluindo o efeito do contexto, são suficientes para explicar o processo perceptivo. Segundo Gibson, a cognição seria irrelevante para a percepção. Para explicar sua teoria cunhou o termo affordance. •Affordance: é um termo cunhado por James Gibson e representa as possibilidades de ação que o ambiente propicia aos agentes que com este se relacionam, caracterizando-se como uma relação de reciprocidade. •As affordances são definidas por propriedades relacionais que emergem da interação entre as características físicas e estruturais dos objetos e as capacidades e organização biofísica do agente, seus valores, crenças e experiências passadas (Jacquet, Tessari, Binkofski, & Borghi, 2012). •A percepção das affordances é mais complexa quando os objetos estão se movendo, uma vez que estas mudam de acordo com o movimento. Ações que são possíveis em um momento podem não ser possíveis em um curto período de tempo mais tarde. Essas possibilidades variáveis no tempo para a ação são chamadas affordances dinâmicas (Fajen, 2013; Plumert& Kearney, 2014). •Perceber uma affordance dinâmica pode ser difícil quando uma pessoa precisa escolher uma ação possível em um fluxo temporal de possibilidades. •Por exemplo, ao atravessar um cruzamento, os espaços entre os veículos de tamanhos temporais variados são incorporados em um fluxo contínuo de tráfego, exigindo que o condutor mude sua atenção rapidamente de uma lacunapara a próxima, avaliando a sequência de affordances. • Eleanor Gibson, em 1960, realizou experimentos sobre percepção de profundidade com bebês. Seu experimento consistia em criar um equipamento que simulava um abismo, chamado de “abismo visual”. • A pesquisadora colocava sobre o equipamento, bebês que já engatinhavam, na faixa de 6 a 7 meses de idade; e solicitava que as mães chamassem seus bebês. Ocorre que para chegar à sua mãe, o bebê, precisaria atravessar o suposto abismo. Ela constatou que, a grande parte dos bebês se recusava a atravessar o abismo. Desta forma, Gibson afirmava que não é necessário cognição para perceber. Teorias ascendentes (Bottom-up) e descendentes (Top-down) •Para essas teorias não há dúvida de que a percepção é uma representação mental. A dúvida reside no entendimento de como ocorre este processo de representação mental. Estas teorias levam em consideração praticamente todos os processos cognitivos. •A diferença reside no fato de que: As teorias Bottom-up são aquelas que consideram a percepção acionadas por dados, ou seja, pelos estímulos, enquanto as teorias Top-Down são conduzidas por aspectos cognitivos elevados, ou seja, pelo conhecimentos acumulados e expectativas anteriores. •Neste caso, se duas pessoas estão querendo comprar um computador, as duas querem um computador rápido, mas uma delas sabe que a velocidade deste depende do modelo do processador. Esta pessoa perceberá principalmente este aspecto nos diferentes computadores em exposição, enquanto a outra poderá tomar a sua decisão baseada em outros aspectos menos determinantes para a sua necessidade. Ou seja, nossas expectativas e conhecimentos é que determinam nossas percepções. Teorias Ascendentes ou Bottom-up Teoria do padrão: •Esta afirma que as pessoas possuem uma grade de padrões altamente elaborados armazenados na memória. A percepção ocorre através da comparação do estímulo observado com os vários padrões arquivados na memória. Por exemplo, os vários padrões de cadeiras. •Porém, esta teoria não explica o efeito do contexto, onde uma mesma informação pode ser percebida de formas diferentes em função das variáveis do entorno. Teoria dos protótipos: Segundo esta teoria, teríamos um modelo altamente representativo de uma classe de objetos que integra todos os traços mais característicos de um determinado grupo de objetos. Neste não existiria uma correspondência exata para cada objeto mas uma configuração geral para cada classe. Exemplo: rosto Teoria das características: segundo esta teoria, não percebemos o protótipo inteiro, mas as características em pequenas categorias. Hubel e Wiesel (1979) medindo as respostas individuais dos neurônios do córtex visual, verificaram que as células do córtex visual são ativadas por linhas em direções específicas. Posteriormente outros pesquisadores encontraram células que detectam ângulos e posteriormente as diferentes vias que atuam em paralelo. Teoria da detecção estrutural: esta considera a representação de objetos em 3 D com base na manipulação e algumas formas geométricas, decompomos os objetos em geons (unidades simples). Biederman(1993). Processos descendentes (top-down): Conduzidos por aspectos cognitivos elevados. Envolvem níveis de análise mais elevados, globais e abstratos. Enfatizam o conhecimento, a experiência, o significado e a interpretação que o observador já possui, bem como expectativas na formação da percepção. A seguir apresentaremos brevemente algumas teorias construtivistas que dão suporte às organizações perceptivas top-down. O efeito do contexto (Palmer 1975): o contexto pode influenciar na informação adquirida de objetos. Observe a imagem abaixo. O fato de ter um pássaro, faz com que percebamos as folhas como um pássaro. O efeito das necessidades (McClelland& Atkinson, 1948): As necessidades influenciam a percepção: Indivíduos com fome tendem a organizar informação a partir desta condição, ou seja, imagens disformes podem ser vistas como formas que lembram alimento. •Efeito das motivações (Bruner& Goodman, 1947): as motivações influenciam a percepção? Será que alguém pobre daá mais valor ao dinheiro e, nesse sentido, organizar sua percepção por este viés? •Também segundo Schiffman(2005), a interpretação dos estímulos baseia se inicialmente nos aspectos globais e abstratos extraídos da experiência passada e da expectativa do observador, bem como o contexto e que o estímulo é apresentado. Percepção de Forma: Para falar de percepção de forma precisamos voltar às contribuições da psicologia da Gestalt. Principais representantes: •Max Wertheimer(1880-1943) realizou o experimento do “fenômeno phi” de percepção de movimento; •Wolfgang Köhler (1887-1967) responsável por pesquisas sobre aprendizagem por “insight”, entendida como uma reorganização nas relações perceptivas que levam a solução de um determinado problema de forma súbita ou repentina; •Kurt Koffka(1886-1941) propôs os Princípios de Psicologia da Gestalt (1935). Princípios da Gestalt; •Pregnância da Forma -tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob as condições do estímulo. Os psicólogos da Gestalt denominaram isto de "boa forma" e uma boa forma é simétrica, simples e estável, não podendo se tornar mais simples ou ordenada. •Ambiguidades nas relações figura-fundo: na imagem abaixo, o cálice é muito mais facilmente percebido como figura, embora na figura da moça e da senhora a probabilidade de ser uma das duas figuras é a mesma. •Orientação da Figura e Percepção da Forma: a orientação aqui se refere à localização das partes superior, inferior e laterais da figura. Logo, mudanças de orientação geralmente alteram a percepção do objeto. Agrupamento: a percepção organiza as informações através de agrupamento, ou seja, juntando e separando informações de acordo com os princípios abaixo: •Similaridade: agrupamos em conjuntos de elementos semelhantes. Na imagem abaixo, embora só existam quadrados, organizamos segundo à semelhança na cor e assim, podemos perceber uma cruz. •Proximidade: a percepção pode agrupar também em função da distância, percebendo elementos próximos como uma unidade e por isso percebemos um quadrado na imagem ao lado. Fechamento: tendemos a completar aquilo que está incompleto. Neste caso, nós completamos as linhas e criamos mentalmente um contorno, por isso percebemos um triângulo. Chamamos este caso de contorno subjetivo. Continuidade: outra forma de agruparmos a informação é através da percepção dos movimentos e formas de maneira constante; desta forma, tendemos a perceber as formas como contínuas. Quando estas linhas se cruzam, onde você diria que cada uma delas continua? Simetria: muito comum a percepção organizar as informações pelo equilíbrio. Isso explica o fato de uma imagem assimétrica gerar um desconforto. Da imagem abaixo, qual item você alteraria? Efeito Stroop •Teste de Stroop, pretende, entre outras coisas, avaliar o processo de automatização de leitura, ou seja, verificar até que ponto é possível nomear a cor da palavra sem, no entanto, a ler. •De um modo geral, as palavras exercem uma forte interferência entre as diferentes informações (o que está escrito e a cor da palavra) que são simultaneamente processadas pelo cérebro, causam um conflito. Existem duas teorias que tentam explicar o “Efeito Stroop”: Teoria da Velocidade do Processamento: A interferência ocorre porque as palavras são lidas mais rapidamente do que as cores são nomeadas. Teoria da Atenção Seletiva: A interferência ocorre porque a nomeação de cores requer mais atenção do que ler palavras. O SISTEMA NERVOSO: Tem a função de relacionar o ser vivo o ambiente interno e externo O corpo possui dois centros decoordenação: o sistema endócrino que faz ajustes mais lentos através de glândulas e hormônios e o sistema nervoso, responsável pelas respostas rápidas através do impulsos nervosos. O sistema nervoso possui três funções básicas: Função sensitiva: sente as alterações (estímulos) dentro do corpo (meio interno) e no ambiente (meio externo). Função integradora: analisa a informação sensitiva, armazena uma parte dela, e toma decisões sobre os comportamentos apropriados. Função motora: responde aos estímulos iniciando a ação em forma de contrações musculares ou secreções glandulares. O sistema nervoso tem duas divisões principais: SISTEMA NERVOSO CENTRAL SNC NEURÔNIO: Todo o sistema nervoso possui uma célula vital chamada neurônio. Os neurônios ou células nervosas, são células especializadas na capacidade de captar estímulos externos como dor, calor e frio e conduzi-los através do organismo, sob a forma de impulso nervoso. O neurônio é formado por corpo celular e prolongamentos (axônio e dendritos). SINAPSE: O impulso nervoso passa pela sinapse através de neurotransmissores que promovem a entrada de sódio ao neurônio, provocando a inversão de cargas elétricas e a condução de um impulso nervoso no neurônio estimulado. FUNÇÕES DA MEDULA: Conduzir os impulsos nervosos sensitivos da periferia ao encéfalo, e os impulsos motores, do encéfalo para a periferia do corpo. Serve como centro reflexo. Os reflexos são respostas automáticas, rápidas e previsíveis às alterações do meio. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: Formação do sistema nervoso periférico Nervos cranianos –12 pares, Nervos espinhais –31 pares. Os nervos podem ser classificados em sensitivos, motores ou mistos: Nervos sensitivos: são aqueles que conduzem ao cérebro estímulo sensitivo. Nervos motores: são aqueles que conduzem à periferia do corpo as ordens de movimento, elaboradas pelo cérebro; Nervos mistos: são aqueles que possuem fibras nervosas sensitivas e motoras; . SOMÁTICO: Inerva musculatura esquelética, responsável pelas ações voluntárias; AUTÔNOMO: Controla funções como: Respiração Circulação do sangue Controle de temperatura Digestão Pode ser simpático ou Parassimpático SIMPÁTICO: Estimula ações que permitem aos organismos responder a situações de estresse, como a reação de lutar, fugir ou uma discussão. Essas ações são: a aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial. Aumento da adrenalina; A concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo e processam-se de forma automática, independente de nossa vontade. PARASSIMPÁTICO: É o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: A desaceleração dos batimentos cardíacos; A diminuição da pressão arterial; A diminuição de adrenalina e açúcar no sangue. SENSAÇÃO E VIAS SENSORIAIS: A primeira etapa do processo perceptivo é coletar informações do ambiente. Quando falamos em informações ambientais falamos de um conjunto de energias que podem produzir efeitos em determinados grupos de células chamados de receptores sensoriais, essas formas de energias químicas e físicas interagem com esses receptores de maneira a extrair informações de intensidade, duração e frequência por exemplo. Ou seja, receptores sensoriais são estruturas que reconhecem os estímulos do ambiente. TIPOS DE ESTÍMULOS: Em relação à natureza do estímulo físico podemos classificá-los em: Estímulos Químicos: produzidos pela interação de moléculas e partículas. Estímulos físicos: que são energias mecânicas, como as ondas do som, e a energia mecânica dos objetos que deformam a pele no tato, ou ainda a energia mecânica da contração muscular. Energias eletromagnéticas, como a luz. Por esse motivo receptores para estes estímulos energéticos são seletivos para cada uma dessas formas de energias, por isso recebem o nome da energia que apresenta a melhor resposta. Químioceptores: são receptores para estímulos químicos, como os receptores olfativos e gustativos; Mecanoceptores: receptores para estímulos mecânicos, como as células ciliadas da cóclea no ouvido interno, ou os receptores táteis; Termoceptores: são receptores sensoriais sensíveis a variações de temperatura; Fotoceptores: respondem a intervalo de frequência da onda eletromagnética, a saber, a luz e nos permitem enxergar. . Ainda temos detectores especiais que só vão responder a partir de uma determinada intensidade destes estímulos, que são responsáveis por proteger os tecidos de lesões, esses receptores, que têm uma importância vital para manter os tecidos do corpo intactos são chamados de nociceptores, e são responsáveis pelas sensações dolorosas ou nocivas. Limiar de resposta: intensidade mínima de energia que pode ativar um receptor. Transdução: transformação das informações ambientais em uma linguagem compreensível para o sistema nervoso central. Esse processo corresponde a traduzir as energias ambientais em um código bioelétrico que será conduzido ao sistema nervoso central. Nesta etapa energias ambientais vão interagir com os receptores sensoriais. Codificação: transformar a informação sensorial em uma linguagem inteligível para os neurônios. Campo receptor: região do corpo que estimulada produz uma atividade no receptor sensorial. Organização topográfica: é uma correspondência entre a concentração e posição dos receptores. Dessensibilização ou adaptação sensorial: Quando um receptor é ativado por uma forma de energia do ambiente ele produz uma resposta que vai lentamente diminuindo. Se a estimulação persiste o receptor vai parar de produzir respostas. Esse processo pode ser chamado de habituação ou fadiga. BASES SENSORIAIS DA PERCEPÇÃO Sistema sensorial somático: (ou sistema somatossensorial) é o responsável pelas experiências sensoriais detectadas nos órgãos sensoriais que não pertencem ao sentido especial. Enquanto, os receptores sensoriais dos sentidos especiais (visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio) estão restritos à cabeça, os do sentido somático geral estão espalhados pelo corpo todo. O sentido somático geral do corpo (=somestesia) evoca as seguintes modalidades perceptuais: Tato: embora o tato, a pressão e a vibração sejam tratados como sendo sensações diferentes, é evocado por mecanorreceptores da pele; Propriocepção: evocados pela estimulação de receptores mecânicos presentes nos músculos, tendões e articulações; Dor: sensação desconfortável evocada por receptores que detectam estímulos mecânicos e químicos muito intensos (ameaçam uma lesão) ou decorrentes de lesões teciduais em curso. Sensação térmica: eliciado por receptores térmico para o calor e frio. A propriocepção: é a capacidade de captar sinais gerados internamente, responsáveis pela percepção de movimento e postura corporal. Os proprioceptores estão localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e cápsulas articulares. Dão origem a impulsos proprioceptivos conscientes e inconsciente: Conscientes: atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo e suas partes, bem como a percepção da atividade muscular e dos movimentos articulares. São, portanto, responsáveis pelos sentidos de posição e movimento (Cinestesia). Inconscientes: não despertam nenhuma percepção, sendo utilizados para a regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miostático, ou da atividade do cerebelo, mais automáticas. Estão ligados as fibras aferentes viscerais. Um exemplo são as contrações do coração. PROPRIOCEPÇÃO: Envolve a identificação senso-preceptora das características de movimento do corpo e dos membros. Responsável pela informaçãoa respeito da posição, velocidade, angulação, e a intensidade de um movimento sobre nossas estruturas Informam sobre a gravidade e a aceleração Outro órgão importante para a propriocepção é gerada no aparelho vestibular. A AUDIÇÃO E O EQUILÍBRIO: A audição depende das vibrações do ar. Essas vibrações são chamadas de ondas sonoras e são deformações nas camadas de ar que formam ondas que viajam até nossos ouvidos. São separados em três partes, orelha externa, orelha média e orelha interna. Quando as ondas chegam a uma região conhecida como orelha média elas encontrarão uma membrana que vibrará na mesma frequência das ondas. Essa membrana conhecida como tímpano é a primeira etapa para a transdução dos estímulos do que chamamos de som. Mas o tímpano não é o responsável pela transdução do som, quem vai transduzir o estímulo sonoro são os mecanoceptores que ficam no interior de uma estrutura conhecida como cóclea, que se assemelha a um caracol. O papel do tímpano é fazer com que as ondas sonoras (onda que se propaga no ar) passem para um meio líquido, pois a cóclea é oca, com três cavidades internas cheias de líquidos. Quando o som chega ao tímpano, ele aciona os ossículos (orelha média) que é composto por martelo, bigorna e estribo. Isso faz com que vibre a cóclea (orelha interna) com uma pressão 22 vezes maior do que o som que tinha chegado ao tímpano. É aí que chegamos na cóclea, localizada na orelha interna. Quando as ondas sonoras são transmitidas, vibram células da membrana basilar, que fica no interior da cóclea. A vibração sonora chega até o nosso cérebro por meio dos impulsos do nervo auditivo da cóclea, responsável por transformar as informações recebidas em sinais sonoros, ou seja, sinais acústicos em sinais elétricos. EQUILÍBRIO: O aparelho vestibular é o órgão do equilíbrio. Localiza-se na parte superior da cóclea e é muito importante para a orientação espacial, equilíbrio, e motricidade. Assim como os olhos são estimulados por diferentes espectros luminosos, o ouvido pelo som, o labirinto é estimulado por movimento ou por mudança na posição da cabeça. Movimentos de rotação, como virar-se, deitar-se, levantar-se, olhar para cima e para baixo, estimulam os canais semicirculares; e movimentos lineares, como subir e descer de elevador, estar em um veículo em movimento, estimulam o utrículo e o sáculo. Funções do labirinto vestibular: -Transformar as forças provocadas pela aceleração da cabeça e da gravidade em um sinal biológico; - Informar os centros nervosos sobre a velocidade da cabeça e sua posição no espaço; - Iniciar alguns reflexos necessários para a estabilização do olhar, da cabeça e do corpo; - Manutenção do equilíbrio; - Estabilização do olhar durante movimentos da cabeça e dos olhos; - Percepção de movimento na orientação espacial; Botões gustativos: estão espalhados pela superfície dorsal de toda a língua, na região do palato, epiglote, faringe e laringe. As vias gustativas dependem da região que a informação é coletada. Dessa forma cada região da face vai enviar as informações gustativas por um nervo craniano. Os três nervos que levam essas informações para o encéfalo são o nervo vago, o nervo glossofaríngeo e o nervo facial. Todos eles enviam projeções para uma região específica do tronco cerebral chamada de núcleo do trato solitário. E de lá para o tálamo e então para uma região escondida no sulco central chamada de ínsula. No córtex insular encontraremos a área gustativa primária. Pouco se sabe sobre como as informações serão processadas nessa região, imagina-se que elas se combinam com informações olfativas e que também dependem muito das influências ambientais, como por exemplo, a cultura. Paladar + Olfato + Textura = Sabor O cheiro acrescenta um enorme valor ao paladar e contribui para que caracterizemos o sabor; a mastigação intensifica o olfato por liberar as partículas do alimento. O epitélio tem a maior contribuição para as sensações de gosto, apesar da impressão do gosto na boca. O componente sematosenssorial incluem textura do alimento e sensações de alimentos apimentados e mentolados. A sensação de sabores resulta da combinação dos impulsos gustativos, olfativos e somatosensoriais. O sabor tem aspecto hedônico. Sentido do Olfato: olfação é a habilidade de reconhecer e discriminar um amplo número de moléculas do ar com grande precisão e sensibilidade. A olfação permite um monitoramento continuo de moléculas voláteis dos arredores, incluindo sinais químicos que identificam territórios, alimentos, predadores, crias e parceiros. Esta exerce um papel chave na adaptação e sobrevivência do indivíduo. A IMPORTÂNCIA DO OLFATO: Estudos com humanos e animais mostram que a percepção de odores é modulada pelo estado fisiológico (a fome por exemplo), emocionais (medo), estados hormonais (reprodução e comportamento parental). Odores são detectados por neurônios sensoriais olfativos nasais. O bulbo olfatório faz parte do sistema nervoso e está dentro da caixa craniana e projeta seus dendritos para dentro da cavidade nasal onde suas extremidades ficam em contato com os odorantes que se prendem ao muco produzido na região. VISÃO: Envolve ¾ do globo ocular. É onde são projetadas as imagens. Contém os cones e os bastonetes, capazes de transformar os raios luminosos em impulsos nervosos. Bastonetes: células que captam imagens em lugares pouco iluminados. Não distinguem cores e as imagens fornecidas não são nítidas. Cones: ambientes iluminados. Fornecem imagens coloridas e nítidas. Três tipos de cones: as que reagem a luz vermelha, as que reagem ao amarelo e o verde e os que reagem ao azul e violeta. As cores que percebemos dependem da combinação dos sinais nervosos enviados pelos três tipos de cones. PSICOFÍSICA: É o ramo quantitativo do estudo da percepção, que tem como objetivo principal examinar especialmente as relações entre estímulos e respostas observadas e as razões subjacentes a estas relações. A Psicofísica parte da suposição de que o homem é um instrumento de mensuração que produz resultados (experiências, julgamentos, respostas, decisões) que podem ser sistematicamente analisados. Em outras palavras, a Psicofísica investiga a correspondência entre a magnitude das propriedades dos estímulos, avaliada pelos instrumentos da física e pelo sistema percentual das pessoas. LIMIAR ABSOLUTO: É a estimulação mínima necessária para que um estímulo seja detectado. Um estímulo deve possuir uma intensidade (e uma duração mínima suficiente para produzir a ativação neural necessária para percebê-lo. EXEMPLOS: VISÃO: é possível ver a chama de uma vela acesa a uma distância de 50 km. AUDIÇÃO: ouvir o tic-tac de um relógio a 6 m de distância. PALADAR: distinguir um acolher de chá de açúcar em 7,5 litros de água. OLFATO: uma gota de perfume num apartamento com 5 aposentos. SENTIDO CUTÂNEO: a asa de uma mosca caindo no rosto a uma distância de 5 cm. O conceito de limiar absoluto foi introduzido por Herbart em 1824, ao escrever a respeito de limiar de consciência, ou seja, uma ideia somente se tornaria consciente para o observador se tivesse uma certa intensidade, do contrário permaneceria no inconsciente. COMO SE MEDE O LIMIAR ABSOLUTO: No Método dos limites: São apresentados estímulos com diferentes intensidades (por exemplo, sons bem baixinhos que aos poucos vão aumentando) e pede-se aos sujeitos quando ouviram o som e quando não ouviram. Os valores são somados é tirada a média. Métodos dos estímulos constantes: são apresentados sons com diferentes intensidades, porém eles são fixos enquanto sua apresentação. Ou seja, um som no volume 6, um som no volume 5, um som no volume 4. Estimulação necessária
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