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Fichamento - Av. Psicológica e Entrevista

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA COM PORTADORES DE DEFICIENCIA
FICHAMENTO
REFERÊNCIA
CROCHÍK, JOSÉ LEON.Preconceito e Ilusão. Revista do Instituto Cultural Judaico
Marc Chagall v.3 n.1 (jan-jun) 2011.
O autor aborda neste artigo, quanto ao movimento social relacionado à inclusão,
sobretudo o de inclusão escolar, e um de seus obstáculos: o preconceito, falsa
aceitação, que com base nos conceitos freudianos como os de formação reativa e
identificação e com mecanismos sociais, tais como a segregação e a marginalização. O
preconceito também é trazido pelo autores na perspectiva capitalista, onde há a
redução da vivência destes sujeitos, porém também apresentam possíveis mecanismos
de superação.
O referencial teórico foi dividido em em 9 (nove) subseções: O preconceito e sua vítima,
Preconceito compensatório, Preconceito e Idealização, Idealização Negativa, Inclusão e
Exclusão, Frieza: Negação da Identificação, Hipótese do Contato e Tipos de
Personalidade Autoritária, Segregação e Marginalização, Formação e Experiência a
partir das pesquisas de: CROCHÍK (2004) E ADORNO ET AL (1950). E neste
fichamento serão abordados alguns principais destas subseções.
De acordo as pesquisas de CROCHÍK (2004) E ADORNO ET AL (1950), trazem que o
preconceito não tem relação direta e imediata com a vítima, mas contudo com os
sujeitos que não consegue deter o ódio a si mesmo em relação à sua condição psíquica
e também social, direcionando este grupos ou outras pessoas. Um dos recortes destes
cerne pessoas com deficiência, assim como outros grupos minoritários. Quanto ao
processo de inclusão escolar, o que engloba a inclusão social, onde entende-se que há
convivência entre as diversas minorias e entre elas e os que são julgados como
pertencentes à maioria, o preconceito é, como assinalado antes, um de seus
obstáculos.
O preconceito é um fenômeno que tem raízes sociais e implicações psicológicas,
daremos ênfase neste texto aos determinantes sociais e psíquicos, porém não
podemos reduzi-lo apenas a isso, pois o mesmo é o contrário da inclusão resultando na
exclusão de um grupo ao favorecimento de outros. CROCHIK (2004), refere-se a um
sentimento de ambiguidade em relação às pessoas preconceituosas onde há um
conceito do que deveria ser ou não aceito, como forma de ocultar a si mesmo, nos
impelindo de apreciar o que para nós, indiferente (FREUD, 1986). Dessa forma, a
defesa da inclusão pode não significar ausência de preconceito, mas uma forma de
negá-lo e realizá-lo de outra maneira, o que para a inclusão escolar, o autor sugere ter
menos impacto, pois no ambiente educativo há uma obrigatoriedade na aceitação dos
alunos que representam estas minorias. Porém, CROCHIK, chama a atenção que
algumas forma de inclusão podem ser catalisadores de violência, pois há uma
dificuldade em sujeitos na relação com pessoas idealizadas; quando essas não
correspondem à idealização podem gerar hostilidade, pois desequilibra o conceito
formulado que permitia amenizar o medo frente ao desconhecido. Levando em
consideração estes aspectos, quando frente ao medo do desconhecido também pode
ocorrer o acesso à hostilidade imediata, que é permeada por uma ‘idealização’
negativa, que com base no conceito de narcisismo freudiano, o indivíduo diferente põe
em questão a própria constituição pessoal do preconceituoso,
A palavra inclusão, segundo SAWAIA (2006) e MARTINS (1997) pode apresentar
controvérsias em seu conceito pois só existe inclusão precária, onde a sociedade
capitalista reforça este aspecto, pois aqui há fatores, psicossociais, econômicos, de
estrutura física e de saúde os quais não englobam propriamente o diferente, causando
grandes impactos na sua real inclusão e formas de convivência com outro e que,
apesar de políticas públicas já serem voltadas para este processo, deve-se questionar
se essas formas de inclusão propõem efetivamente igualdade de oportunidades e
condições aos cidadãos para que os obstáculos existentes possam ser superados.
Porém há ainda uma parte muito presente de um preconceito velado, onde é
compensado através da inclusão, possuindo características de frieza – implicando em
uma das piores formas de exclusão, pois se negaria presença ao que está presente.
Algumas teorias e estudos, trazem a hipótese de contato CROCHÍK (2002), na qual
defende que o contato entre o preconceituoso e seu alvo, em condições adequadas,
poderia diminuir ou eliminar o preconceito mas, os resultados são variados podendo ter
ou não. Ainda assim evidenciam que não é o bastante apenas desmistificar o
preconceito para assim eliminá-lo, são necessárias também condições favoráveis para
isso.
Palavras chave: Preconceito, Inclusão, Exclusão.

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