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1 Aparência Física Nós avaliamos as pessoas, especialmente seus rostos de maneira rápida, espontânea e inconsciente. Exemplos: 1. O rosto dessa pessoa sugere que ela é agressiva, confiável, agradável; 2. Impressões são influenciadas por peso, raça, óculos, tatuagens, piercings etc. Introdução Moscovici considera o conhecimento cotidiano, o senso comum, como fundante da vida, da linguagem, das práticas no dia a dia. Com este autor, o senso comum ganha valor de objeto de estudo. Busca estabelecer relação entre a consciência e cultura levando em consideração o conhecimento científico apropriado pela população (senso comum). → O caminho percorrido pela teoria das representações sociais não foi fácil, pois o desafio era superar o enfoque individualista da psicologia e o enfoque coletivista da sociologia e da antropologia, utilizando essas mesmas ciências como auxiliares. A articulação dessas diferentes perspectivas (sociológica, antropológica, psicológica) traz para a psicologia social o pressuposto de que os fenômenos estudados por ela assumem formas e significações diversas em espaços culturais e tempos distintos. Pressupostos da Teoria das Representações Sociais Durkheim – conceito de representação coletiva; opõe coletivo e indivíduo e social se impõe ao indivíduo. 2 Lévy-Bruhl – uma sociedade se diferencia da outra de acordo com a lógica com que seus membros percebem a realidade (que é mutável). Piaget – conceito de representação mental (lógica de pensamento individual); representações estruturam a inteligência a partir da ação do indivíduo de conhecer e interiorizar os esquemas do mundo. Vygotsky – ligação entre indivíduo, grupos e cultura. Todas as funções cognitivas superiores se originam nas relações reais entre indivíduos. Por que Estudar Representações Sociais? O modo de como um grupo humano constrói um conjunto de saberes. Esses saberes: uma diversidade de objetos, próximos ou remotos (expressam a identidade de um grupo social). Definem, em cada momento histórico, as regras de uma comunidade. Representações sociais Conjunto de ideias que articula os significados sociais. Sentido construído coletivamente para o objeto, com o sentido pessoal. Envolve crenças, valores e imagens que os indivíduos constroem, no decorrer de suas vidas, a partir da vivência na sociedade. Forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada; com uma visão prática de organização e orientação das condutas; concorrendo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social. Três aspectos importantes: 1) Comunicação – RS modulam o pensamento geral de dada sociedade/grupo, regulando a dinâmica social. 2) Reconstrução – RS participam da construção e organização da realidade a partir da interação sujeito-objeto. 3) Domínio do mundo – RS são conhecimentos sociais que permitem ao indivíduo situar-se no mundo e dominá-lo. Permitem que indivíduo conheça, explique e modifique o mundo. Orientam os comportamentos e práticas dos indivíduos de dado grupo social/ sociedade. São saberes cotidianos, do senso comum, fundamentais para o funcionamento da sociedade – sendo passível de transformações. 3 → O estudo de uma representação social pressupõe investigar o que pensam os indivíduos acerca de determinado objeto, porque pensam e a maneira como pensam os indivíduos (quais são os processos ou mecanismos psicológicos e sociais que possibilitam a construção ou a gênese desse conteúdo). Processos Básicos Seus conteúdos são capturados dos discursos coletivos e individuais, das opiniões e atitudes, das práticas. As RS são criadas para tornar familiar aquilo que é estranho ao sujeito (saber científico), de forma a manter o bem-estar. Os processos básicos na formação das RS são processos sociocognitivos, ou seja, processos cognitivos socialmente regulados. 1. Objetivação. 2. Ancoragem. Objetivação Transforma aquilo que é abstrato, complexo e novo em imagem concreta e significativa, com base em percepções familiares. Simplifica informações e conceitos privilegiando certos aspectos em detrimento de outros, dissociando-as de seu contexto original. Associação de um conceito com uma imagem, um ícone e/ou material. A imagem ou signo passa, então, a ser uma cópia da realidade. Ancoragem Processo pelo qual buscamos classificar o objeto estranho, ao torná-lo familiar. Incorporação ou à assimilação de um novo objeto em um sistema de categorias que são familiares e funcionais aos indivíduos e que lhes estão facilmente disponíveis na memória. Usualmente, implica em um juízo de valor, pois ao classificar o objeto, pessoa ou ideia, o situamos dentro de uma categoria historicamente elaborada que já possui a dimensão valorativa. 4 A Teoria das Representações Sociais no Brasil Quando um indivíduo questiona fenômenos sociais como a pobreza, o desemprego, a violência ou o fracasso escolar, aciona teorias coletivamente construídas sobre estes mesmos fenômenos, e é com base nessas teorias que procura e estrutura suas explicações. As RS contribuem, ainda, para a diferenciação de grupos sociais. Classificar uma pessoa como neurótica, pobre ou liberal não é constatar um fato, mas atribuir uma posição num sistema de categorias que decorre de representações sobre a doença mental, a natureza humana ou a natureza das relações sociais. Se alunos brancos subestimam os resultados escolares dos negros e os policiais brancos superestimam a criminalidade, justificam comportamentos de segregação. → Indivíduo e sociedade, sujeito e objeto, são duas formas de entender o comparecimento do humano frente a disjuntivas colocadas pela sua condição: mais do que duas faces da mesma moeda, são fios do mesmo tecido. Entende-se, portanto, o social e o individual como fios entrelaçados num mesmo tecido”. No entanto, deve-se “considerar esse tecido de forma aberta e múltipla, sem barreiras disciplinares”. 5 Introdução Não são sinônimos. 1) Estereótipo – juntar, categorizar; 2) Preconceito – julgamento afetivo negativo (atitude) sobre o objeto, o grupo; 3) Discriminação – ação, comportamento a partir do julgamento. Estereótipo É a base do preconceito. É atribuirmos crenças, generalizações a um grupo ou pessoas (consciente ou inconsciente), que podem estar corretas ou não. Está inserido no campo das relações de dominação, exploração, segregação e isolamento. É um forte preditor do comportamento. É pré-atitudinal – cognição relacionada a um objeto. Impossível não existir estereótipos; é fundamental para interações e sobrevivência. O problema é nos basearmos apenas no estereótipo (crenças) para interagirmos, já que nos impedem de percebermos as diferenças individuais e nos mantém nas generalizações. Formamos estereótipos de qualquer grupo ou de uma pessoa individualmente, mesmo com pouca informação. O difícil torna-se depois mudar esse estereótipo, pois mesmo com muita informação, costumamos nos basear nas primeiras que tínhamos, já que ficam arraigadas. Nós mantemos, também, os estereótipos sobre nossos grupos – “acreditamos que somos assim”; é mais fácil acreditar nas generalizações já conhecidas. É possível refletira sobre [a ativação automática] e controlá-la. Criar uma ativação ponderada fazendo uma avaliação e revisão dessa crença que temos sobre aquele grupo ou membro dele [ou sobre nós e nosso grupo] é uma das maneiras de fazer essa ativação controlada, que é uma das possibilidades de freio ou redução de preconceito e posterior discriminação. 6 Funções do Estereótipo Estereótipo participa da formação da autoimagem das pessoas – geralmente acreditamos nos estereótipossobre nós e nos comportamos como verdadeiros, endossando esta crença sobre nós, e com isso tornam-se descrições de nossa identidade. Reduz a necessidade de atenção do indivíduo, já que ele já tem conhecimento prévio sobre aquele objeto/ pessoa; contribui para simplificar o mundo social tão complexo através de categorizações. Organiza como interagimos com nosso e outros grupos sociais; como reagimos e nos relacionamos com as pessoas. Como Mensurar? Pode-se solicitar que atribuam adjetivos a um grupo, ou a pessoas. Pode ser feita pesquisa longitudinal para avaliar possíveis mudanças nos estereótipos e seu grau de consenso. Ou avaliar quantos grupos ‘se encaixam’ em uma descrição ou adjetivo. Atenção para a desejabilidade social: os pensamentos e crenças podem ser ‘filtrados’ ao respondermos questionários, devido à nossa percepção de que pode “pegar mal”. Preconceito Significados: “conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos”; “julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste”; “suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.”. O preconceito é a atitude, a avaliação relacionada a crenças com relação ao objeto. Esse afeto ligado à crença, para se caracterizar como um preconceito, é necessariamente negativo. Alguns autores argumentam que o preconceito pode ser tanto positivo quanto negativo, ligado a uma pessoa ou a um grupo. Preconceito é quando a atitude tem a conotação negativa. O preconceito, componente afetivo, tem relação e interage com a cognição. É baseado em percepção de homogeneidade em grupos. 7 As respostas afetivas são mais rápidas e mais intensas que as respostas cognitivas e que elas vêm de uma cognição avaliada, internalizada ao longo de anos (muitas vezes inconscientemente) e que podem gerar comportamentos. Essas emoções específicas têm um grupo específico como alvo, e saber controlá-las ou evitá-las auxilia no processo de diminuição do preconceito e da discriminação. A causa do preconceito não é clara na literatura. Alguns autores argumentam que ele pode ser inerente à natureza humana; pesquisas relatam que a formação de atitude e, por sua vez, do preconceito é inerente à natureza humana por se tratar de um mecanismo de defesa e de interação social. Além disso, alegam que há também um componente biológico nessa formação, para facilitar e agilizar comportamentos. Outros autores afirmam que o preconceito advém de um processo de aprendizagem ou do contexto social e cultural do indivíduo. A aprendizagem ocorre de maneira sutil, por exemplo, em filmes que são exibidos em grande circulação, na escola e em casa. O papel educativo é fundamental na formação dos estereótipos, sejam eles positivos ou negativos, e como são o substrato do preconceito, é, portanto, fundamental para este também. Como Mensurar? Através da atribuição de causalidade que fazemos em reação a um grupo: é atribuir causa de um sucesso ou fracasso a um grupo social. O preconceito normalmente enviesa nossa atribuição de causa a sucessos e fracassos de grupos sociais. Em currículos para emprego ou estágio, mudar apenas o primeiro nome, gênero e cor. Outra possibilidade é avaliar psicofisiologicamente, com imagem de ressonância magnética, para saber qual área do cérebro está ativada quando determinadas figuras são apresentadas, ou com o tamanho da dilatação da pupila, ou com medidas indiretas de completar sentenças, atribuições e explicações. Discriminação As diversas formas de discriminação são institucionalizadas nas organizações por meio de sistemas de opressão social amplamente conhecidos como os ‘ismos’: racismo institucional, machismo, homofobia, entre outros. Tais práticas, 8 em geral relacionadas ao assédio moral, podem convergir em qualquer forma de violência. Comportamo-nos de maneira discriminatória com grupos sociais por sermos guiados pela lei do menor esforço – só não agimos assim quando algo no ambiente não nos permite. Evitamos pensar diferente e agirmos diferente do que já estamos habituados, o que evita desgaste de energia e tempo para o organismo, ou seja, é funcional para o organismo e para a sociedade. Por outro lado, também faz com que acabemos por agir quase que mecanicamente, já que evitar pensar evita também rever sentimentos e características atribuídas. No caso da homofobia, por exemplo, entendida como “medo, aversão ou ódio a homossexuais”, essa discriminação socialmente estabelecida tende a desembocar em um crime homofóbico, entendido como agressão verbal, física ou psicológica em função da orientação homoerótica. As manifestações da discriminação se apresentam em todas as dimensões das relações de exploração, especialmente nos mundos do trabalho. “A discriminação está relacionada com os ganhos materiais e simbólicos do grupo discriminador. (...) se mantém pelos mecanismos sociais que a regulam”. Exemplo: sociedade escravocrata – manutenção do negro como incapaz e cidadão menor, na sociedade capitalista. Como Mensurar? Realizar censo dos empregados e colaboradores de uma organização/ instituição. Sentenças judiciais: penalidades para crimes de preconceito. Também o respeito aos transexuais pelo uso do nome e gênero com os quais se identificam. Por Que Ocorre o Preconceito? Pelo processo de infra-humanização – é negar que outros grupos (exogrupos) tenham características essencialmente humanas (valores, cultura, linguagem etc.). Grupos opressores deslegitimam os grupos oprimidos, atribuindo-lhes características extremamente negativas. 9 Identidade Social “Nos caracteriza como grupo e nos distingue de outros”. Busca relações entre os grupos a partir de perspectiva grupal. Apresenta 3 componentes básicos: 1) Percepção de fazer parte de um grupo social. 2) Avaliação da importância de pertencer a este grupo. 3) Sentimento em relação a este grupo, que pode variar (positivo a negativo). Identidade social positiva contribui para manutenção do autoconceito e autoestima. Como Reduzir o Preconceito e a Discriminação? O preconceito é bastante arraigado. A mudança pode acontecer quando o sujeito reflete criticamente sobre o tema. Quando a reflexão é impedida, pode-se gerar sofrimento de diversas ordens e mecanismos defensivos, fundamentais e apartheid, sedo um dos mais comuns a busca de parâmetros fixos de identidade. Uma boa tática é usar o afeto, um dos componentes da atitude. Convivência entre pessoas de grupos sociais distintos, com metas para trabalho em conjunto nas organizações. Fazer nada é uma das maneiras mais eficazes de manter o preconceito e a discriminação por parte dos dominantes. 1) Evitar categorizações, generalizações; 2) Se há ambiguidade no estímulo, tentar não tomar como negativo; 3) Grupos majoritários e grupos minoritários são construções sociais, não biológicas; podem mudar; 4) Pessoas não preconceituosas sentem-se mais “livres” para expressarem-se; 5) Manter contato com grupos diferentes. 10 Introdução Diferentes disciplinas discutem a importância de compromisso social, e vemos diferentes enfoques sobre este compromisso – renovação com o público, redes de compromisso social, emancipação da educação, sinônimo de responsabilidade social, dentre outros. Sabemos que produzimos e somos produzidos por nossas relações, pelos contextos sociais. Compromisso social não tem, também na psicologia social, um único uso; é um conceito polissêmico. No entanto, apesar de falarmos tanto em nosso compromisso social, muitas vezes, não deixamos claro o que queremos dizer com essa expressão. Afinal, usamos uma mesma palavra para dizer – e fazer – coisasdistintas. E, ao fazer isso, corremos o risco de adotar uma postura normalizadora. História Três discussões e movimentos contribuíram para que a noção de compromisso social fosse trabalhada na atuação em psicologia: a) Mudanças no mercado de trabalho, deixando de ser apenas neoliberal e “de luxo”, buscando ampliar o alcance da profissão; b) Fortalecimento das intervenções comunitárias; c) Críticas à corrente hegemônica de psicologia até década de 70, insuficiente para o trabalho com a realidade brasileira. Transformação Social Não há apenas um compromisso social da psicologia. Diferentes autores, com diferentes referencias teóricos, afirmam a importância da “transformação social”, a “mudança social”, a “transformação da realidade”. O que se tem em comum é querer não manter a ideia elitista e para poucos da psicologia, mesmo não seguindo uma única maneira e ‘prescrição’ de como atuar. 11 Importante considerar o contexto, a história daquela realidade. Ação profissional ≠ militância. Mas ação profissional não é neutra; é sempre política. Psicologia “precisa conhecer seu contexto de atuação, rever suas posturas e buscar soluções reais para os grupos comunitários a que serve, sempre em direção da emancipação”. Precisamos “ter clareza sobre a concepção de sociedade que orienta nossas ações (...) para que possamos adotar uma postura crítica diante da nossa prática profissional”. O que significa bem-estar e qualidade de vida não é óbvio para todos e isso precisa ser considerado e dito. Compromisso Social Psicologia também trabalha na promoção da dignidade e dos diretos humanos. Algumas parcelas da população continuam sendo vistas como sub-humanos: aqueles a quem os direitos humanos são negados (deficientes, marginais, desviantes). Muitos falam que a psicologia deve se comprometer com as camadas “menos favorecidas” social e economicamente da população. Yamamoto (2009) apresenta 3 fatores para a ampliação da psicologia no Brasil: 1) Crise econômica do Brasil (anos 90) prejudicou bastante o modelo de profissional autônomo; 2) Abertura da atuação psicológica nas políticas públicas sociais; 3) Embates do no plano teórico-ideológico. Este compromisso não quer dizer fazer caridade; nem quer dizer aceitar quaisquer condições de trabalho e salarial. Devemos estar atentos ao que a população demanda e ao que a população e a comunidade precisam – e discutir o que é isso, porque o profissional não pode pensar que sabe o que é melhor para o/a outro/a. Intervenção Psicológica Não devemos assumir que sabemos o que é melhor para o outro; nossas ações não devem ser pensadas para aquele grupo ou comunidade, mas pensadas com a comunidade. 12 O trabalho do psicólogo comunitário seria o de promover o deslocamento de uma posição de comodidade e alienação para uma outra de atividade e conscientização. O limite de nossa intervenção, como psicólogos(as), não é determinado. A compreensão ética política é fundamental para nossa atuação. Prática O trabalho é promover saúde, da comunidade. Entender a historicidade da comunidade onde atuamos. Contribuir na identificação de estratégias de vida, de resistências às opressões. Escapar do positivismo e falsa neutralidade que o modelo clínico tradicional propõe. Há uma crítica a uso de testes para avaliação psicológica considerando que desconsideram o mundo social, isolando o sujeito e sua subjetividade. Compromisso social é algo muito mais complexo do que um rótulo utilizado para adjetivar certas práticas psicológicas. Prática Comprometida Promover conscientização; contribuir para um saber crítico sobre si e sobre a comunidade onde está inserido; ampliar consciência das pessoas – isso é lutar contra alienação. Reconhecer e lutar contra relações e práticas alienantes. Não significa que o/a psicólogo/a é quem sabe das coisas; devemos buscar conhecer, considerar, abordar outros saberes, comunitários, que podem contribuir com a comunidade. Trabalhos e intervenções com diferentes olhares contribuem para ampliação do olhar, das percepções. Não manter a psicologia como centro do conhecimento e emancipação do outro e da comunidade. Medrado (2011) fala de “indisciplina”; outros falam de “transdisciplinaridade” – que as fronteiras entre as disciplinas se misturem, sem abdicar da ética-política. Diferentes autores citam diferentes abordagens como contribuições para o compromisso social da psicologia: Psicologia Sócio-histórica, Psicologia da Libertação, Linguística e Semiótica. Bastos afirma que não há uma área necessariamente descompromissada e ligada à manutenção da dominação, mas todo ‘domínio da Psicologia pode 13 construir um discurso que confronte o discurso hegemônico, afirmando o seu compromisso com as transformações sociais’ → “Assumir que a psicologia é uma área heterogênea e que não há consenso sobre seu projeto ético-político não implica, necessariamente, negar a possibilidade de construirmos ações coletivas, nos engajarmos em causas comuns ou compartilharmos ideais”.