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Cirurgia maxilo-facial Dentes inclusos . - Dente incluso são dentes isolados que não irromperam devido à ausência de força de erupção. - Dentes impactados são aqueles que foram impedidos de irromper em consequência de alguma barreira física na trajetória de sua erupção FATORES LOCAIS: • falta de espaço nas arcadas • volume dos dentes • obstáculos mecânicos (odontomas, supra-numerários, etc.) • perda precoce ou manutenção demasiada de dentes temporários • dilacerações radiculares, etc FATORES SISTÊMICOS: • Gêmeos homozigotos apresentam uma concordância de 90% em suas características de erupção • Atraso de erupção dos dentes superiores que apresentam dois desvios padrão estão relacionados a um caráter autossômico dominante • Enfermidades genéticas que implicam o catabolismo ósseo e, em particular a atividade osteoclásica, tal como na osteopetrose e displasia cleidocraniana, são caracterizadas com atrasos e defeitos graves nos processos de erupção. LESÕES SISTÊMICAS Anemia, Fatores endócrinos, Hipopituitarismo, Hipotireoidismo, Hipoparatireoidismo, Sífilis, Tuberculose.. Todo aquele dente que, uma vez chegada a época normal de erupção, ficam encerrados parcial ou totalmente dentro do osso, mantendo ou não a integridade do saco pericoronário TEORIA EVOLUTIVA: • Evidência do 4o. molar • Lei do uso ou desuso • Hábitos alimentares da modernidade-Diminuição do estímulo funcional para o desenvolvimento dos maxilares INDICAÇÃO PARA EXODONTIA: Dor de origem desconhecida= pacientes com DTM MELHOR ÉPOCA PARA CIRURGIA: • Entre os 15 e 25 anos • As raízes, se não totalmente formadas, são retas e não curvas • O tecido ósseo é mais mole e mais maleável • O nervo alveolar inferior está mais distante dos ápices radiculares • A reparação é mais rápida. MOMENTO OPORTUNO PARA CIRURGIA: • Observar apinhamentos onde há indicação de extração de PMs (talvez haja espaço para os 3os. Molares e evitar diastemas pós-ortodônticos) • Em casos de dentes supra-numerários, (observar a idade do paciente para não ter surpresas de formação de outros supra-numerários após a intervenção.) PATOGENIA: • Destruiçao de raiz, • carie dentaria, • tumor • dentes deslocados devido aos 3 molares COMPLICAÇÕES INFLAMATÓRIAS / INFECCIOSA Capuz coronário COMPLICAÇÕES DE ORDEM NEUROLÓGICA COMPLICAÇÕES DE ORGEM INFECCIOSA: PERICORONARITE TRATAMENTO: • antibiótico, • anti-inflamatório não esteroidal, • analgésicos • bochechos • Fazer prescrição de antibiótico (amoxicilina) associado a clavulanato em casos de não visualização do pus • Bactérias gram negativa produzem enzima betalactamase que inativa a ação da penicilina • Pacientes com infecção ativa não é indicado prescrever só penicilina, devido a enzima betalactamase que gera resistência a penicilina • Dexametasona- corticoide- diminuição de edema COMPLICAÇÕES DE ORDEM MECÂNICA: Trabalhos atuais parecem invalidar a teoria que 3os. Molares inclusos inclinados para mesial ou horizontais possam acaretar apihamento dentario nos incisivos inferiores Esse apinhamento deve-se provavelmente ao crescimento tardio da mandíbula. Efeito dominó dos 3 molares- geram apinhamentos Complicação de ordem mecânica Recidiva de tratamentos ortodônticos COMPLICAÇÕES PATOLÓGICAS: CONTRA INDICAÇÕES PARA EXODONTIA: • IDADES EXTREMAS, • CONDIÇÕES SISTÊMICAS, • DANOS EXCESSIVOS • ESTRUTURA ÓSSEA • Em pacientes debilitados sistemicamente, • em dentes relacionados com neoplasmas malignos, • Nos casos associados a processos inflamatórios agudos, • Nas discrasias sanguíneas graves, • Quando o risco-benefício não for satisfatório. OBS.: Não remover rotineiramente: quando o risco / benefício não for satisfatório, após os 50 anos, pacientes com comprometimento sistêmico significante. INCIDÊNCIA: dentes inclusos • 3os. molares inferiores (46,75%) • 3os. molares superiores (28,57%) • Canino superior (14,28%) • segundo pré-molar inferior (3,90%) • Supra-numerários (2,60%) • Canino inferior (1,30%) DIAGNÓSTICO: anamnese Assintomático: Normalmente encaminhado pelo ortodontista ou dentista clínico Sintomático: Com presença de pericoronarites associadas EXAME CLÍNICO: Deve ser minucioso, iniciar pelos lábios e terminando pelos dentes detectar a presença de: pericoronarites associadas, lesões benígnas e lesões hiperplásicas. EXAMES COMPLEMENTARES: radiografias e tomografias. É imprescindível. Fornece todos os dados exigidos para planejamento (elaboração tático-operatória) e execução da cirurgia do dente incluso. Panejamento cirúrgico: radiografias “Necessidade da delimitação do objetivo cirúrgico nos 3 planos de espaço” Ântero-posterior / Súpero-inferior / Transversal TOMADAS RADIOGRÁFICAS USUAIS: • Panorâmica dos maxilares (mais comum) - não da profundidade • Oclusais • Periapicais (principalmente a técnica de Clark) • Rx dos seios da face • P.A. p/ Mandíbula com boca aberta • Laterais da face ou cefalométricas de perfil • Tomografias- importante para complementar as panorâmicas Importância da imagem no planejamento operatório: -PROXIMIDADE COM ESTRUTURAS ANATÔMICAS NOBRES: Seios maxilares, fossas nasais, canal dentário inferior, fossa pterigo-maxilar, glândula sub- mandibular, basilar da mandíbula, etc. -PROXIMIDADE COM O ALVEOLAR INFERIOR CLASSIFICAÇÕES: • Inclusão Fisiológica: Quando o dente se encontra incluso, porém dentro de sua época normal de irrompimento. • Inclusão Patológica: Quando um dente se encontra incluso após passados 12 meses de sua época normal de irrompimento. GRAU DE INCLUSÃO: CLASSIFICAÇÃO DE WINTER: Se baseia no eixo do 2 molar Baseia-se na posição do longo eixo do 2º molar inferior irrompido em relação ao longo eixo do 3º molar inferior incluso • vertical; mésio-angular; invertida • disto-angular; horizontal (md) • lingual; vestibular; horizontal (lv) rara VERTICAL HORIZONTAL MÉSIO-ANGULAR DISTO-ANGULAR INVERTIDO VESTIBULO- ANGULAR LINGUO-ANGULAR EXECPCIONAIS OU ECTÓPICAS CLASSIFICAÇÃO DE PELL E GREGORY Classificação do 3º. Molar inferior com relação ao espaço MD e bordo anterior do ramo da mandíbula (classes) e da face oclusal do 3º. Molar e 2º. Molar inferior (posição) • Classe 1-coroa afrente do ramo mandibular • Classe 2- coroa com uma parte dentro e outra fora do ramo mandibular • Classe 3- dente dentro da estrutura óssea Parte da mandíbula Parte da maxila: só consegue determinar a posição, sem classe. Devido não ter o ramo da mandíbula FATORES QUE ORIENTAM A INTERVENÇÃO • Posição da coroa, • Desenvolvimento e posição da raiz, • Natureza e quantidade de tecido ósseo que rodeia o dente, • Relação entre o terceiro molar inferior incluso e o segundo molar irrompido. FATORES QUE DIFICULTAM A INTERVENÇÃO: • Curvatura anormal das raízes, • Hipercementose, • Proximidade com o canal mandibular; seio maxilar, • Grande densidade óssea (idosos), • Espaço folicular coberto de osso (pacientes com mais de 25 anos), • Dentes inclusos (coroas) com reabsorções em idosos, o que leva a uma anquilose (união entre dente e osso), • Músculo orbicular pequeno, Incapacidade de abrir a boca. • Línguas volumosas, por vezes incontroláveis. GRAU DE INCLUSÃO: FORMA DAS RAÍZES: GRAU DA IMPACTAÇÃO TÉCNICAS: • ABSTENÇÃO TERAPÊUTICA E CONTROLE PERIÓDICO • CORONECTOMIA (tirar coroa e deixar raiz) OU ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL • Exérese • Ulectomia (somente da gengiva que está cobrindo o dente) com ou sem liberação óssea) • Germectomias • Laçamentos (tracionar o dente) • Transplantes • Reposicionamento cirúrgico Incisão: • segue o plano oclusal (superior) • 45 graus terminando na distal do molar, depois intrassucular e relaxante (inferior)- não pode seguir o plano oclusal Descolamento muco-periostal: OSTEOTOMIA / OSTECTOMIA:• Com cinzéis e martelo • Com turbinas de alta rotação • Com motor cirúrgico (baixa rotação – pneumática ou eletromecânica) TÉCNICAS DE ODONTOSSECÇÃO Conceito: “São procedimentos técnico-cirúrgicos que têm por objetivo facilitar a remoção de elementos dentários com indicação prevista” Obs: Fazer odontossecacao primeiro no longo eixo do dente e depois perpendicular INDICAÇÕES • Dentes com raízes convergentes e divergentes • Dilacerações radiculares • Inclusões horizontais impactadas • Dentes inclusos geminados • Impactação de dentes inclusos contra os ápices radiculares de dentes contíguos • Nas rizectomias • Na prevenção de fraturas de dentes contíguos erupcionados, mas impactados (normalmente pré-molares com indicação ortodôntica) • Dentes (molares) com coroas destruídas sem apoio para o fórceps. CORONECTOMIA: TÉCNICA • Tirar a coroa de forma tensional e deixar a raiz • Indicado para casos de indicação de remoção e possível possibilidade de parestesia. Existe chances de mais na frente o dente infeccionar INDICAÇÕES: São precisas e devem ser seguidas com rigor: Só deve ser utilizada: 1. Em dentes vitalizados 2. Pacientes com boa saúde geral • Só deve realizar essa técnica em casos de dentes totalmente inclusos • A injúria ao feixe vásculo-nervoso alveolar inferior é uma das maiores preocupações por causa do déficit sensorial • A lesão ocorre por compressão da própria raiz ou por contato direto de brocas, elevadores, aspirador, etc. ao nervo alveolar inferior • Para minimizar este risco, desenvolveu-se a coronectomia ou odontossecção parcial intencional 3. Com a concordância do paciente através de TCLE, informando a ciência da possibilidade de uma re-intervenção para resgate da raiz CONTRA-INDICAÇÕES 1. Existência de infecção ativa envolvendo as raízes dos dentes 2. Em dentes ou raízes com mobilidade 3. Pacientes com más condições de saúde geral 4. Lembrar que a coronectomia não é uma panacéia TÉCNICA Anestesia- • Normalmente bloqueio do alveolar inferior • Complementar do bucal (Ms) • Eventualmente intra-pulpar • Incisão • Descolamento muco-periostal • Osteotomia • Odontossecção • Exérese coronal • Curetagem do capuz pericoronário • Polimento da raiz a ser sepultada • Sutura oclusiva • Preservação EXÉRESE DOS MOLARES INCLUSOS: GERMECTOMIAS: remoção dos germes • INDICAÇÃO ORTODÔNTICA • MOMENTO DA INTERVENÇÃO • ESCOLHA DA ANESTESIA Laçamento com fins ortodônticos: INDICAÇÕES: • Sempre por indicação ortodôntica • Considerar posição do elemento dentário e espaço na arcada CONTRA-INDICAÇÕES: • Falta de espaço na arcada • Posição desfavorável e impactação contra ápices de dentes contíguos • Risco de reabsorção • PMs e ILs. com ponto de contato entre si- O caráter de tentativa do laçamento não justifica a perda de um PM bem posicionado no arco
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