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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-568

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reia) e dermatológicas (erupções urticari-
for1nes e prurido cutâneo). Podem ocorrer 
ainda eosinofilia, irritação faríngea e oral, 
febre, sonolência, cefaleia, tontura, ata-
xia, perda da concentração, dores nas ex-
tremidades, fadiga, leucopenia, anemia, 
trombocitopenia, hemólise, hematúria 
e IR aguda. A hepatotoxicidade, embora 
pouco frequente, é um efeito adverso im-
portante, podendo levar à morte por IH, 
especialmente pacientes com hepatopatia 
prévia e aqueles que usam, concomitan-
temente, outros fármacos hepatotóxicos. 
Quando usada em doses diárias superiores 
a 1.200 mg, pode provocar uma síndrome 
semelhante à gripe, com febre, tremores e 
mialgias, às vezes associada a nefrite in-
tersticial, necrose tubular aguda, trombo-
citopenia, anemia hemolítica e choque. , 
Interações. E um potente indutor das 
enzimas microssomiais hepáticas, dimi-
nuindo a meia-vida de vários fármacos, 
incluindo inibidores da protease e inibi-
dores não nucleosídicos da transcriptase 
reversa, utilizados no tratamento do HIV, 
digoxina, betabloqueadores, clofibra-
to, verapamil, metadona, ciclosporina, 
corticosteroides, anticoagulantes orais, 
teofilina, barbitúricos, anticoncepcionais 
orais, fluconazol, halotano e sulfonilu-
• reias. 
Gestação e lactação. Não é contraindica-
da na gestação e pode ser utilizada duran-
te a lactação. 
Terizidona (T) 
Nome comercial. Terizidex®. Encontra-se 
disponível nas unidades sanitárias de re-
ferência para tratamento da tuberculose, 
dos serviços de saúde pública. 
Apresentação. Cps gelatinosas com 250 
mg. 
Mecanismo de ação. A terizidona, que é 
um ester da D-cicloserina (constituída por 
duas moléculas de cicloserina), tem ação 
bacteriostática, inibindo o crescimento do 
Mycobacterium tuberculosis, in vitro, na 
Medicamentos na prática clínica 569 
concentração de 5-20 µg/mL, atuando na 
síntese da parede bacilar. 
Espectro de ação. Ativa contra Mycobacte-
rium tuberculosis e micobactérias de cres-
cimento rápido. 
Uso nas micobacterioses. A terizidona faz 
parte do esquema para TBMR ainda em 
uso no País, juntamente com a amicacina, 
ofloxacina, pirazinamida e etambutol, e 
também compõe esquemas com múltiplos 
fármacos no tratamento de micobacterio-
ses atípicas. Na nova proposta do PNCT/ 
MS, a terizidona constituirá o esquema 
de tratamento de pacientes com multirre-
sistência, junto com a estreptomicina e ou 
amicacina), levofloxacina, pirazinamida e , 
etambutol. E utilizada ainda no tratamen-
to de infecções por micobactérias atípicas 
pós-cirurgias por vídeo, associada à clari-
tromicina, ao etambutol e à amicacina. 
Contraindicações. Hipersensibilidade aos 
componentes da fórmula e pacientes com 
menos de 14 anos. Em IR, esclerose cere-
bral, alcoolismo, transtornos psiquiátricos 
(sobretudo depressões e outros distúrbios 
psicóticos) e epilepsia, o fármaco somen-
te deve ser usado sob criteriosa avaliação 
médica de risco e benefício. 
Posologia. Administrar nas doses expres-
sas na Tabela 34.2 . 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: é bem absorvida por VO. 
• Distribuição: distribui-se bem para to-
dos os tecidos e fluidos, inclusive no 
líquido cerebrospinal. 
• Eliminação: sofre pouca metabolização 
hepática. Aproximadamente 60-700/o 
do fármaco é excretado de forma inal-
terada na urina. 
Modo de administração. VO, 3-4x/ dia. 
Pode ser ingerido com alimentos. 
Ajustes para as funções hepática e renal. 
Pode ser utilizada na IH. Administrar 250 
mg/dia ou 500 mg/dose, 3x:/semana, em 
pacientes com DCE < 30 mL/min ou em 
hemodiálise.

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