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Farmacologia - Odontologia

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1 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
ANTIMICROBIANOS E SUA UTILIZAÇÃO NA CLÍNICA 
ODONTOLÓGICA 
 
 ANTIBIÓTICOS: 
 
Conceito: substâncias produzidas por um organismo, 
com a finalidade de cessar o crescimento de outros 
microorganismos. 
 
- Antibioticoterapia -> Equilíbrio ecológico 
- Ex.: Cândida: Remover CAUSA 
 
Classificação: 
- Origem 
- Ação biológica: Bactericida (mata o microorganismo) / 
Bacteriostático (inibição da síntese bioprotéica do 
microorganismo) 
- Espectro de ação: Amplo espectro/ Espectro reduzido 
- Estrutura química 
 
 ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS: 
 
 Penicilinas Naturais e bio-sintéticas: 
 
- Mecanismo de Ação: Age na parede celular bacteriana, 
inibindo a sua formação. 
- MO precisam estar numa fase de proliferação, para que 
o medicamento tenha efeito. Se o MO já estiver crescido/ 
estabilizado, não há formação de parede celular, então o 
mais correto seria escolher outra classe de medicamento. 
- São pouco tóxicos para os humanos, pois humanos não 
possuem parede celular 
 
- Espectro de ação: eficazes contra gram positivos, cocos 
gram negativos, espiroquetas e actinomicetos. Bacilos 
gram-negativos são atingidos somente com doses muito 
elevadas. Bacilos gram-negativos anaeróbicos são 
naturalmente resistentes. 
 
- Porcentagem de absorção oral e meia vida: 
Penicilina G (15 a 30 % e MV de 30’) 
Penicilina V (60 a 73% e MV de 30’) 
Ampicilina (30 a 55% MV de 42 a 1 hora e 25’ ) 
Amoxicilina (75 a 90% e MV de 42’a 1 hora e 25’) 
Dicloxacilina (35 a 76% e MV de 18 a 54’) 
 
- Sensibilidade/alergia: 5% da população. Destes, 20% 
dos casos podem evoluir para óbito caso não haja 
suspensão da medicação (Mto raro) 
Pessoas que tem sensibilidade à penicilina, também pode 
apresentar sensibilidade à cefalosporina (devido à 
presença do anel beta-lactâmico). 
 
- Interações com anticonceptivos: Prejuízo do efeito do 
anticoncepcional durante o tratamento com antibióticos 
-> Alertar paciente sempre!! 
 
Amoxicilina: 
- Antibiótico de escolha na Odontologia como profilaxia 
antibiótica 
- Boa absorção por via oral 
- Profilaxia antibiótica 
- Custo baixo 
- Interação com probenecida 
-Posologia: 
Amoxilina 125mg – em suspensão. Uso pediátrico 
Amoxilina 250mg – em suspensão 
Amoxilina 500mg – drágeas 
Amoxicilina + ácido clavulânico ($$): O ácido tem a 
função de chegar antes da amoxilina e inativar toda a 
enzima que está no meio, chamada Beta-lactamase. A 
beta-lactamase quebra o anela beta-lactâmico de maneira 
que ele inativa as enzimas, e assim a amoxicilina chega e 
destrói as cepas. Pode ser utilizado em alguns casos na 
periodontia. 
- Utilizar por 7dias 
 
Ampicilina: 
- Absorção por via oral pequena 
- Precauções com pacientes hiperuricêmicos (gota): 
interação com Alopurinol aumenta a possibilidade de 
rash cutâneo. 
- Interação com Probenecida (pacientes que estão fazendo 
hemodiálise; decidir com médico sobre ajuste da dose) 
 
Penicilina V: 
- Penicilina aditivada em tanque de fermentação 
- Muito cara 
 
Penicilina G Potássica: 
- Uso hospitalar 
- Intravenosa 
- Muito potente 
 
Benzilpenicilina: 
 
- Não protege contra endocardite subaguda 
- Intramuscular – veículo oleoso 
- Usada na febre reumática: Controlar as colônias 
bacterianas para não se instalarem nas articulações e 
não proliferar 
 
 Cefalosporina: 
- Reação tipo dissulfiran -> Grave 
- Interação com álcool 
- O anel β-lactâmico está ligado a um de seus elementos 
- São úteis para tratamento de infecções em odontologia 
- Aquelas com o Methythiotetrazole na cadeia lateral 
(Cefotetan, Cefoperazone, Cefandole) podem produzir 
reações do tipo dissulfiran (Pacientes em tratamento com 
estes medicamentos e que ingerem alcool sentem essa 
reação. Sintomas: enjôo muito forte, formação de edemas 
e manchas vermelhas pelo corpo, e pode levar à morte) e 
podem interferir com o nível de protrombina. 
- Interferência na síntese de peptoglicanos das paredes 
externas bacterianas (idêntico ao da penicilina) 
 
 Macrolídeos: 
 
- Têm como característica um anel lactônico em sua 
molécula ao qual se unem a 1 ou mais açúcares 
- Bacteriostático: Inibem a síntese protêica agindo sobre 
a translocação 
- Bactericida: Pelo subproduto formado, que é altamente 
tóxico para as bactérias 
 
Eritromicina: 
- Indicada para tudo em Odontologia 
- Acompanhar paciente: Pode causar hepatite 
- Perda de audição em idosos 
- Espectro de ação: gram-positivos (estreptococos, 
estafilococos, clostrídios, corinebactérias, leistéria, 
bacilos e cocos gram-negativos (gonococos e 
meningococos) 
- É a que mais possui interações medicamentosas 
- Interações: fenobarbital, carbamazepina, penicilina, 
álcool, terfenadine, astemizole 
- Mecanismo de ação 
- Hepatite colestática com estolato de eritromicina 
- Posologia: 250 mg 6/6 horas 7 a 14 dias 
 
 
 
Claritromicina: 
 
2 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
- Efeitos teratogênicos em ratos 
- 12/12horas 
- Boa absorção oral 
- Pacientes com insuficiência renal 
- Droga pertencente à categoria C 
- Interações: teofilina, carbamazepina, warfarin, digoxina, 
cisaprida 
- Relatos de hipoacusia nas doses de 2 a 3 g/dia 
- Posologia: 500mg a 1 g ao dia de 12/12horas de 7 a 14 
dias no máximo 
 
Azitromicina: 
- 24/24horas por 3 a 5 dias 
- Não tomar com leite 
- Toda refeição atrapalha a absorção do medicamento 
- Baixa concentração sangüínea e superior nos tecidos, 
mantendo-se por longos períodos e sendo eliminada 
lentamente 
- Interações medicamentosas: ergotamina, digoxina, 
carbamazepina, ciclosporina, triazolan, warfarin e 
fenitoína 
- Warfarin -> Anticoagulante 
- Alumínio e magnésio diminuem as concentrações do 
antibiótico 
- Ingerir 1 hora antes ou 3 horas após as refeições 
- Posologia: 1,5 g de 3 a 5 dias, 1 comprimido 1 vez ao dia 
 
Interações medicamentosas de Macrolídeos: 
 
 TETRACICLINAS: 
 
- Mecanismo de ação: Bacteriostático. Atua na porção 
30S do cromossomo bacteriano 
- Espectro de ação: Amplo espectro. Cria resistência 
bacteriana/ super-infecção 
- Proibida em menores de 3 anos 
- Não ingerir com: Ca+2, Mg +2, Fe +2 e Al+3 -> Produz 
quelação 
- Inibição da colagenase tissular proveniente do 
hospedeiro. 
- Altas concentrações no fluido gengival, osso alveolar e 
tecidos inflamados 
- Pela resistência bacteriana, está sendo pouco usada. 
 
Clindamicina: 
- Antibiótico alternativo à penicilina, principalmente nos 
casos de prevenção da endocardite bacteriana. 
(streptococcus alfa-hemolítico) 
- Irradiados; pacientes que tomam/tomaram 
bifosfonatos; osteogênese imperfeita: Clindamicina é 
Primeira escolha -> Prevenir osteoradionecrose 
- Boa capacidade de se depositar em osso 
- Boa absorção e distribuição 
- Reduzir a dose em caso de insuficiência hepática 
- Interações medicamentosas: bloqueadores neuromus-
culares, opióides 
- Colite pseudo-membranosa 
- Não disponível nos centros de saúde 
- Posologia: 600 mg a 900mg de 8/8 ou 6/6 dependendo 
da posologia de 7 a 14 dias 
 
 Antissépticos: 
 
Digluconato de Clorexedina: 
- Controla o crescimento do biofilme 
- Como colutório: 0,12% 
- Gel para escovação: 1% (Manipulado. Utilizado em 
casos específicos por tempo determinado) 
- Limpeza de cavidade dental: 2% 
- Uso prolongado: escurecimento dos dentes, perda 
seletiva da percepção do sal e desordens na glândula 
salivar, pode selecionar microrganismos resistentes. 
- Não deve ser engolido, e devem ser utilizadas apenas 
por tempo determinado 
 
 Quimioterápicos: Fabricados em laboratório 
 
Metronidazol: 
- Espectro de ação: bactérias anaeróbias e Clostridium 
dificile 
- Gengivite Ulceronecrosante (GUN) em imunodeprimidos 
- Mecanismo de ação: Degradação do DNA bacteriano 
- Reações adversas: gosto metálico e transtornos 
gastrointestinais 
- É mais tóxico que os outros 
- Interações medicamentosas: álcool (reação dissulfiran)e 
warfarin 
- Usado em periodontia em dose de 250mg associado à 
amoxilina 500mg de 8 em 8 horas 
 
Níveis de evidência que embasam a indicação do 
metronidazol no tratamento de periodontites: 
 
 
Legenda tabela: 
IA: Metanálise de ensaios clínicos randomizados 
IB: Pelo menos um ensaio clínico randomizado 
IIB: Pelo menos um estudo quase-experimental (Ensaio clínico 
não randomizado) 
 
 ANTIFÚNGICOS: 
 
Nistatina: 
- Tratamento das candidíases orais, intestinais e vaginais 
- Mecanismo de ação: liga-se a componentes da parede 
celular do fungo 
- Suspensão: 100.000U/ml, 6/6horas, 2 a 3ml por 5 dias 
- Pastilhas 1 ou 2 (20.000/past) 4 a 5/dia 
 
3 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
- Pomada: 100.000Ul/g 6/6 horas na estomatite de 
dentadura 
- Candidíase: Vários fatores sistêmicos podem estar 
associados (Diabetes, SIDA, Próteses mal adaptadas -> 
estomatite protética) 
- Se não eliminarmos a causa, só o medicamento não 
trata a candidíase!!! 
 
Cetoconazol: 
- Inibe a síntese de ergosterol, componente da parede 
celular fúngica 
- Deve ser reservado aos casos de resistência ao 
tratamento com nistatina 
- Deve estar em meio ácido para dissolução 
 
Fluconazol: 
- Eficaz na candidíase oral e esofágica em pacientes com 
AIDS 
- Aumenta as concentrações da fenitoína, sulfoniluréias e 
do warfarin e cilcosporinas 
- Meia vida de eliminação de 25 horas 
- Dose única 
- Avaliar após 1 ou 2 semanas para verificar se é 
necessário ou não repetir a dose 
 
Aciclovir: 
- Eficaz na candidíase oral e esofágica em pacientes com 
AIDS 
- Aumenta as concentrações da fenitoína, sulfoniluréias e 
do warfarin e cilcosporinas 
- Inibe a duplicação do DNA viral 
- Eficaz contra Herpes tipo 1 e 2; Varicela zoster, Epstein-
barr; Citomegalovirus 
- Herpes simples: Eficaz quando se inicia a coceira. Após 
as vesículas se romperem não é mais eficaz 
- Meia vida de eliminação de 25 horas 
 
 RESISTÊNCIA BACTERIANA: 
 
Mecanismos de desenvolvimento da resistência 
bacteriana a antibióticos e quimioterápicos: 
 
- Destruição ou inativação da droga (enzimas) 
- Diminuição do transporte da droga através da 
membrana bacteriana 
- Superprodução de receptores 
- Efluxo ativo do antibiótico da célula do organismo 
através de lisossomos 
 
Os microorganismos podem adquirir resistência por: 
- Mutações no ácido nucléico dos cromossomos 
- Conjugação 
- Transformação: captação de segmento de DNA de 
células rompidas 
- Transdução: aquisição de DNA de outro organismo via 
bacteriófago ou plasmídeos 
 
 PROFILAXIA DA ENDOCARDITE: 
 
Esquema de profilaxia recomendado pela AHA: 
- Profilaxia padrão: Amoxicilina 
Adulto: 2 g, 1 hora antes do procedimento 
Criança: 50mg/kg 1 hora antes do procedimento 
- Paciente alérgico à penicilina: Clindamicina 
Adulto 600mg 
Criança 20mg/kg 1 hora antes do procedimento 
- Azitromicina ou Claritromicina: 
Adulto 500 mg, 1hora antes do procedimento 
Criança 15 mg/kg, 1 hora antes do procedimento 
 
Profilaxia de endocardite recomendada: 
 
Indivíduos de Alto risco (AHA) 
1- Válvulas cardíacas protéticas 
2- Endocardite bacteriana prévia 
3- Doença cardíaca cianótica congênita completamente 
reparada com material protético ou dispositivo colocado 
sob cirurgia ou cateterismo, até 6 meses após o 
procedimento. 
4- Doença cardíaca congênita com defeitos residuais no 
local ou próximo ao local de trajetória protética ou desvio 
protético (os quais inibem a formação de endotélio). 
5- Indivíduos que aguardam transplantes cardíacos com 
doença valvular. 
 
Usar profilaxia antibiótica: 
- Paciente com Diabetes Mellitus (glicemia basal acima de 
180mmHg)/ Microhemoglobina/Hemoglobina glicada: 7 
- Esplenectomizados (até 5anos pós cirúrgico) 
- Imunocomprometidos sindrômicos 
- Problemas Renais -> Ouvir orientação do médico que 
acompanha o paciente 
- Transplantados (Conferir com o médico). Cuidado com 
ácido clavulânico por ser hepatotóxico 
- Portadores de Shunt cerebral (válvula para drenagem 
em pacientes com Hidrocefalia). O ideal para uma criança 
que possui válvula cerebral, é não ter cárie nunca. 
- Profilaxia antibiótica cirúrgica (Avaliar caso a caso. 
Implante, cirurgia com osteotomia, dentes inclusos e 
semi-inclusos..) 
 
 Casos específicos em Odontologia: 
 
Em geriatria: 
- Redução da dose 
- Aminoglicosídeos e Vancomicina 
 
Em Odontopediatria: 
- Desidratação 
- Infecções do trato respiratório 
- Infecções de origem dental 
 
 Causas inflamatórias da dor de origem dentária: 
 
- Pulpares: 
 * Pulpite reversível 
* Pulpite irreversível 
 * Periodontite periapical 
 * Abscesso dentoalveolar localizado 
 ** Celulite facial 
- Periodontais: 
 ** Abscesso lateral periodontal 
 ** Pericoronarite (com febre) 
 * Alveolite seca 
 * Gengivite induzida por placa 
 * Periodontite crônica 
 
LEGENDA: 
*: Intervenção cirúrgica é necessária, como instrumen-
tação, limpeza e obturação dos canais radiculares, 
irrigação local, incisão para drenagem e medidas de 
higiene bucal. 
**: Prescrição empírica de antimicrobianos é necessária 
como um tratamento inicial. Intervenções cirúrgicas 
podem ser iniciadas na mesma visita ou mais tarde. 
Higiene oral é fundamental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS E 
ESTEROIDAIS 
 
 HISTÓRICO: 
- Décadas de 1970 e 1980 
- Indicação inicial: artrite reumatóide 
- Ampliação das indicações: condições traumáticas, pós-
operatórias, em odontologia 
 
Anti-inflamatórios esteroidais: 
- Glicocorticóides, corticosteróides, antiinflamatórios 
hormonais. Interferem com todos os mediadores 
inflamatórios. Causam inchaço em longo prazo pelo 
acúmulo de líquido. 
 
Antiinflamatorios não esteroides/AINES: 
- Não hormonais, antiinflamatórios do tipo da Aspirina. 
São chamados de analgésicos antipiréticos. 
 
 ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS: 
 
 INDICAÇÃO DE AINES: 
- Ainda é um dilema -> A resposta inflamatória é benéfica 
ou não? 
Às vezes não: Cirurgias extensas, Doenças auto-imunes; 
Anafilaxia 
 
Indicações: 
- Doenças músculo-esqueléticas 
- Em condições pós-traumáticas e pós-operativas (Odonto) 
- Para analgesia em condições dolorosas, cefaléias, 
dismenorréia (cólicas menstruais), lombalgias, metástases 
ósseas de câncer 
- Para reduzir temperatura em pacientes febris 
 
 MECANISMO DE AÇÃO: 
- Inibição das enzimas cicloxigenases 
- Inibem a formação de prostaglandinas e tromboxano 
 
- TXA2: Envolvida nos processos de coagulação 
- Os AINES modificam o tempo de coagulação sanguínea 
 
1. Efeito Antipirético: 
- O efeito é a nível central 
- Hipotálamo: regulação da temperatura 
 
Endotoxinas Interleucina 1 Temperatura 
 
 Macrófagos PGE 
 
A produção de endotoxinas vai levar a uma maior 
produção de macrófagos. Sua presença no local vai 
aumentar o teor de interleucinas, ajudando a produzir 
prostaglandina do tipo E, aumentando a temperatura. 
 
2. Efeitos analgésicos: 
- PG estimulam os terminais nervosos nocioceptivos 
aferentes à bradicinina (mediador químico que possui 
receptores específicos nas terminações nervosas) 
 
3. Efeitos antiinflamatórios: 
- Estão ligados aos radicais livres que são resultado da 
lise tecidual 
- Redução dos produtos da inflamação que causariam 
vasodilatação, edema, dor, perda de função... 
- AINES são menos eficientes do que os antiinflamatorios 
utilizados para tratamentos de câncer e doenças imunes, 
como o Ouro, penicilinamina, colchicina, imuno-
depressores 
- A redução de células inflamatórias não é o mecanismo 
mais importante 
- Resposta da inflamação: 
 - Resposta mediada por mediadores químicos: 
Reconhecimento da lise tecidual do agente estranho 
 - Etapa do complemento: Resposta tecidual 
 
O Papel da COX-1: 
 
COX-1: responsável pela resposta fisiológica 
COX-2: relacionada com a lise tecidual- O bloqueio da produção de prostaglandinas inibe a 
produção de cicloxigenases. 
 
- A COX-1 frente a um estímulo fisiológico vai produzir a 
PGI2 (prostaglandina 2 –estomacal); TXA2 (tromboxano A2 
- que está envolvida na coagulação sanguínea) e PGE2 
(prostaglandina 2 – rim, ajuda a controlar o balanço 
hidroeletrolítico do indivíduo. Cuidado com pacientes 
hipertensos). 
 
A PGI2 é responsável pela proteção do endotélio/mucosa 
estomacal. E a sua inibição: Diminui proteção do 
endotélio/mucosa estomacal -> Diminui produção de 
muco (Efeitos adversos dos AINES) 
 
 
 
 
“ Por meio de um estímulo inflamatório, se os fosfolípides 
inacessíveis da membrana celular se tornam acessíveis, 
por ação da fosfolipase A2 que é uma enzima, irá 
produzir ácido araquidônico. O ácido araquidônico dá 
origem, a partir da cox2, a várias prostaglandinas (PGE2, 
PGD2, PGF2, TXA2 E PGI2). 
 
A partir da ação da lipoxigenase sobre o ácido 
araquidônico, há a formação dos leucotrienos que estão 
envolvidos no controle dos brônquios no pulmão. A ação 
é revertida com a remoção do medicamento, mas deve-se 
ter o extremo cuidado com os pacientes asmáticos ao 
 
5 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
indicar AINES, especialmente o ácido acetilsalicílico, 
cujos efeitos adversos não são suspensos imediatamente 
após a retirada da medicação. O paciente continua 
produzindo efeitos adversos por mais 7 dias.” 
(Viana, Karol) 
 
- Cuidado ao receitar estes medicamento a paciente que 
possuem Asma: Aumento da produção de leucotrienos -> 
Crise asmática 
- Leucotrieno: Principal mediador químico envolvido na 
Asma 
- AAS: Efeitos continuam por até 7 dias após a retirada 
do medicamento 
 
- A COX-2 apesar de ser liberada normalmente após 
estímulos lesivos, encontra-se localizada na vasculatura 
renal, nas células intersticiais do rim, no ducto coletor e 
na porção delgada da alça de Henle. Suas 
prostaglandinas resultantes influenciam a distribuição do 
fluxo renal, reabsorção de sódio e liberação de renina. 
- É expressa constitutivamente, também, em algumas 
regiões do encéfalo participando da resposta febril. 
Efeitos adversos: 
- Trato Gastro intestinal: ulceração, intolerância ao 
medicamento 
- Bloqueio da agregação plaquetária 
- Inibem motilidade uterina. São contra indicados para 
gestantes no último trimestre de gestação. Em casos 
específicos podem ser utilizados para retardar o parto -> Agente 
tocolítico – parar a produção de PG. 
- Inibição do fluxo sangüíneo renal 
- Hipersensibilidade 
 
Cuidado!!! 
- Pacientes alcoólatras, com distúrbios hemorrágicos, em 
tratamento com antidepresssivos inibidores da 
recaptação de serotonina, colite, doença de Crohn, 
diverticulite, úlcera estomacal, outros problemas 
estomacais ou intestinais, diabetes mellitus, 
hemorróidas, hepatites ou outras doenças do fígado, 
problemas renais, irritação do reto ou sangramento 
recente, lúpus eritematoso sistêmico, fumantes. 
- Alcoólatras: Altera metabolismo da droga 
- Serotonina: Envolvida no controle da coagulação 
- A chance das Reações Adversas ao Medicamento (RAM) 
pode ser aumentada por anemia, asma, epilepsia, 
retenção hídrica, problemas cardíacos, pressão alta, 
cálculos renais, contagem baixa de plaquetas e 
leucócitos, doença mental, Parkinson, polimialgia 
reumática, porfiria, artrite na ATM (alguns AINES fazem a 
doença piorar) 
 
 ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO (AAS): 
 
- Ainda é utilizado em dosagens acima de 6g no 
tratamento de pacientes que possuem gota 
 
Propriedades farmacológicas: 
- Analgesia: 500mg 
- Antipirese 
- Antiinflamatória (Dose maior) 
- Anticoagulante plaquetário: 100mg (prevenir a formação 
de êmbulos, que podem causar AVC ou infarto do miocárdio) 
 
- Não pode ser utilizado no pós-cirúrgico -> pode provocar 
hemorragia 
 
Efeitos adversos: 
Estão relacionados com o balanço eletrolítico 
 
- Respiração 
- Equilíbrio ácido-base 
- Efeitos no TGI 
- Danos hepáticos: Citocromo P450 
- Asmáticos: Efeito mais irreversível 
 
 PARACETAMOL OU ACETAMINOFENO: 
 
Mecanismo de ação: 
- Capaz de inibir a COX apenas em ambientes com baixos 
teores de peroxidases 
- Sua ação está mais relacionada com o nível central 
Dose diária total: Máximo 4gramas/dia. Ele é capaz de 
induzir uma hepatotoxicidade aguda 
Efeitos terapêuticos: 
- Antipirese e analgesia 
- Efeito ruim como antiinflamatório (não tem ação in loco, 
na presença de peroxidase) 
Interações medicamentosas: 
- Álcool, antiinflamatórios, barbitúricos (calmantes) 
Precauções: 
- Crianças com vômito e diarréia (há perda do mediador 
que vai metabolizar o paracetamol no fígado), gravidez, 
alcoólatras, hepatites B e D. 
 
- Acetilcisteína: Usada no caso de intoxicação com 
paracetamol 
- Quando comparado com a Dipirona, o Paracetamol é 
um medicamento ruim. 
 
 DIPIRONA SÓDICA OU METAMIZOLE: 
 
Mecanismo de ação: 
-Inibição da COX e inibição da síntese de prostaglandinas 
- Inibição da substância P na medula -> Consegue inibir 
a dor já instalada 
Efeitos terapêuticos: 
- Analgesia 
- Antipirese: muito boa 
- Antiinflamatório: Maior dose 
- Antiespasmódico: Auxilia muito na analgesia em casos 
de cólicas menstruais 
 
- Discrasias sangüíneas atribuídas à dipirona são raras, e 
estão associadas a efeitos idiossincrásicos: fatores 
genéticos, idade e duração de tratamento. 
- Modificações enzimáticas afetariam a sua velocidade de 
metabolização hepática a nível do CitP450, como ocorre 
entre os pacientes acetiladores rápidos e lentos que 
sejam usuários de analgésicos opióides ou AINES de 
metabolização hepática 
 
 
 
Efeitos adversos: Tontura?? Hipotensão?? 
 
 AGRANULOCITOSE: 
 
- Atribuída à Dipirona 
- Neutropenia maligna (anemia) -> Diminuição acentuada 
de leucócitos granulócitos 
 
Classificação: 
Tipo I – Queda súbita, doses terapêuticas, mecanismo 
imunológico 
 
6 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
Tipo II – Diminuição lenta e progressiva, exposição 
prolongada, doses elevadas -> reação tóxica 
 
Medicamentos que causam Agranulocitose: 
 
Menor toxicidade: 
- Pirazolonas (Incluindo dipirona) 
- Pirazolidinas 
- Sulfonamidas 
- Benzodiazepinas 
 
Maior toxicidade: 
- Fenotiazinas 
- Tiouracil 
 
 Estudo de Boston - Conclusões: 
 
- Existem causas diversas para agranulocitose e anemia 
aplástica: medicamentos, pesticidas e agentes químicos 
- Incidência global de casos é de 6/1.000.000 
- Agranulocitose é rara em crianças, é mais comum em 
pessoas com mais idade 
- Agranulocitose é uma reação alérgica (sintomas ocorrem 
2 a 3 horas após a exposição) 
- Dos 442 casos do Estudo, 9% foram como conseqüência 
do uso de dipirona e recuperaram-se com medidas 
apropriadas 
- Excesso de risco atribuível é de 1,1/1.000.000 de 
pessoas que tenham tomado o fármaco antes do início da 
doença 
 
 Painel Internacional de Avaliação da Dipirona 
(2001) 
 
- Houve um consenso que a eficácia da dipirona como 
antitérmico e antipirético é inquestionável. Os riscos 
atribuídos são baixos e os dados científicos apontando 
relação causal não são suficientes para alterar o status 
regulatório. Riscos são semelhantes ou menores a outros 
analgésicos/ antitérmicos disponíveis. A mudança da 
regulação atual incorreria em aumento do uso de outros 
fármacos aumentando a notificação de suas RAM mais 
freqüentes. 
 
- A Dipirona é o 7º medicamento mais usado em todo Brasil. 
 
 INDOMETACINA: 
 
- Derivado do ácido indólico 
Propriedades farmacológicas: 
- Mais potente que AAS 
- A dose que o paciente suporta não produz efeitos 
superiores 
Farmacocinética: 
- Absorção vira oral 
- Concentração plasmática máxima (CPM) = 2 horas 
- Tempo de meia vida: 3horas 
- Eliminação: Urina, fezes/bile 
Efeitos adversos: 
- Até 50% dos pacientes apresentam 
- 20% interrompem o tratamento 
Usos terapêuticos: 
- Pouco usada 
- Doença de Hodgkin 
- Muito utilizadocom agente tocolítico 
Posologia: 
- 25mg 3 vezes ao dia 
- 100mg à noite, e outro AINE (menos tóxico) durante o 
dia 
 ÁCIDO MEFENÂMICO: 
 
“Ponstan®” 
Generalidades: 
- É um medicamento fraco 
Farmacocinética: 
- CPM = 2-4 horas 
- Tempo de meia vida = 2-4 horas 
- Eliminação: urina, fezes 
Efeitos adversos: 
- Acometem 25% dos pacientes; 
- Diarréia grave é relativamente comum 
Usos clínicos: 
- Apenas para analgesia e atenuação dos sintomas da 
dismenorréia primária 
Posologia: 
- Pró-dose de 250mg via oral, intervalo de 6 em 6 horas 
 
 DICLOFENACO: 
 
- Derivado do ácido heteroarilacético 
Propriedades farmacológicas: 
- Inibe COX com potência superior à indometacina e 
naproxeno 
Farmacocinética: 
- Excelente absorção por Via oral 
- Alimento: diminui a absorção do medicamento no TGI 
- Ligação às p.p. em 99% 
- T1/2 = 1-2 horas - acúmulo no líquido sinovial (muito 
bom para o tratamento de artrites) 
- Metabolismo - hepático 
- Eliminação: urina, fezes 
Efeitos adversos: 
- 20% dos pacientes relatam 
- 2% interrompem o tratamento 
- Aumento de aminotransferases hepáticas 
- Monitorar paciente em uso crônico 
- Efeitos no SNC, exantemas... 
- Não é indicado para crianças, nutrizes e gestantes. 
- AAS leva a uma eliminação mais rápida 
Posologia: 
- 50mg de 8/8horas 
- 100mg na primeira dose - sintomatologia mais 
importante 
- 200mg no primeiro dia e 150mg nos dias seguintes 
- Apresentações de liberação lenta: 75-100mg/dia ou 
75mg duas vezes/dia 
 
- É um excelente antiinflamatório 
 
 DERIVADOS DO ÁCIDO PROPRIÔNICO: 
 
Generalidades: 
- Menores efeitos adversos que AAS e indometacina 
- Ibuprofeno, Naproxeno, Cetoprofeno, Flurbiprofeno, 
Oxaprozina 
- Todos inibem COX com algumas variações - relevância 
clínica (?) 
- Difícil de selecionar racionalmente entre estes AINES 
 
 IBUPROFENO: 
 
Farmacocinética: 
- Absorção por Via oral 
- CPM = 1-2 horas 
- Tempo de meia vida = 2 horas (acúmulo no líquido sinovial) 
- Ligação às proteínas plasmáticas = 99% 
- Metabolizado pelo sistema P450C9 
- Excreção: urina 
 
 
 
Efeitos adversos: 
- 10% a 15% dos pacientes precisam de interromper o 
tratamento 
 
7 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
- Efeitos no TGI < AAS 
- Efeito teratogênico em animais 
- Contra-indicado para gestantes, nutrizes 
Posologia: 
- 400mg de 3 a 4 vezes ao dia 
- 600mg 
- Criança: 200mg 
 
 NAPROXENO: 
 
Farmacocinética: 
- Absorção por via oral 
- Alimentação x Medicamento: (Alimento retarda a 
absorção mas não a extensão desta) 
- CPM = 2-4horas 
- Tempo de meia vida: 14horas 
- Eliminação pela urina 
- Ligação de 99% às proteínas plasmáticas 
Efeitos adversos: 
- Indometacina mas em menor grau 
Apresentação: 
- Comprimidos, suspensão 
Posologia: 
- 250-500mg, 2 vezes ao dia 
 
 CETOPROFENO: 
 
- Efeitos analgésico, anti-inflamatório e anti-reumático. 
- Atua por inibição da produção de prostaglandinas e 
agregação plaquetária 
 
Farmacocinética: 
- Inibidor da COX, mas acredita-se que estabilize 
membranas lisossômicas antagonizando as ações da 
bradicinina. 
- Não é metabolizado pelo sistema P450C9 
- Efeito teratogênico em animais 
 
 ÁCIDOS ENÓLICOS: 
 
 PIROXICAM: 
 
- Usado para aliviar os sintomas da artrite reumatoide e 
osteoartrite, dor menstrual, dor pós-operatória e dores 
lombares 
 
Propriedades farmacológicas: 
- Inibição de colagenase/proteoglicanase 
Farmacocinética: 
- Absorção por Via Oral (não afetada por alimentação 
nem antiácidos) 
- T1/2 = 50 horas 
- 99% de ligação às proteínas plasmáticas 
- Eliminação = fezes, urina 
Efeitos adversos: 
- 20% apresentam e 5% interrompem 
- Redução de excreção renal do lítio 
Posologia: 
- 20 mg, 1 vez ao dia; às vezes, 10mg, duas vezes 
- 2 semanas para atingir respostas terapêuticas 
 
 MELOXICAM: 
 
Propriedades farmacológicas: 
- Seletividade relativa pela COX2 
- Tempo de meia vida: 20horas 
- CPM: 3-5horas 
 
Posologia: 
-7,5 mg, 1vez ao dia (osteoartrite) 
- 15 mg, 1 vez ao dia (artrite reumatóide) 
 
- Via intra-muscular 
- SUS 
 
 TENOXICAM: 
 
- Seletividade relativa por COX2 
- Tempo de meia vida: 72horas 
Posologia: 
- 20mg 1 vez ao dia 
 
 NIMESULIDE: 
 
- Derivado sufonadílico 
Propriedades farmacológicas: 
- “Scavanger” – varre os radicais livres 
Farmacocinética: 
- Melhor absorção com estômago cheio 
- CPM: 2 horas 
- Tempo de meia vida: 3horas 
- Extensa ligação às proteínas plasmáticas 
- Eliminação lenta pela urina 
Posologia: 
- 50-100mg de 12 em 12horas 
 
 COXIBES: 
 
- Arcoxia® 
- Celebra® 
 
- Suspensão da comercialização do Rofecoxib no Brasil 
em 2004, sendo ainda comercializados o Celecoxib e o 
Etoricoxib. 
- Atenção para o seu uso em pacientes com insuficiência 
cardíaca, ataque cardíaco, cirurgias de revascularização 
(ponte de safena), dor no peito (angina) e outros riscos 
cardiovasculares 
 
 CELECOXIB: 
- Apresenta-se em cápsulas de 100 ou 200 mg para 2 
vezes ao dia. 
- 97% de ligação em proteínas plasmáticas 
- COM: 2 a 3 horas 
- T1/2 8-12 horas 
 
 ETEROXIB: 
- Cápsulas de 60,90 e 120mg, empregado de 60 a 120mg 
1 vez ao dia 
- CPM: 1 hora 
- 100% de ligação a proteínas plasmáticas 
- Metabolizado pelo fígado e excretado nas fezes 
 
 ANALGÉSICOS OPIÓIDES: 
 
- A resposta dolorosa possui dois componentes: resposta 
fisiológica e resposta emocional 
- Utilizados em casos de dor como sensação específica, 
dor como sofrimento, do nocioceptiva, dor neuropática 
- Os opióides atuam na interpretação da dor 
- Tolerância gradual ao efeito do medicamento, que leva o 
paciente ao aumento da dose, aproximando a dose tóxica 
da dose terapêutica. 
- Abuso: Utilização para uso recreativo. Todos os 
derivados do ópio tem esse efeito. Codeína, morfina e 
heroína 
- Neuropeptídeos: Encefalinas, endorfinas e dimorfinas 
(parecem funcionar como neurotransmissores ou neuro-
hormônios) 
 
 
Meloxicam e Tenoxicam: 
Tentativa de criar um 
medicamento que fosse 
específico para a COX2. 
 
8 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
 CODEÍNA: 
 
- Empregada como antitussígeno, antidiarréico e 
analgésico 
- Associação com paracetamol 500 mg + codeína 7,5 mg 
ou Paracetamol 800 mg + codeína 30 mg (Tylex®) 
Efeitos colaterais: 
- Diminui a salivação 
- Dilatação da musculatura lisa e travamento da 
musculatura estriada 
 
- Totalmente contra indicado em presença de colite 
pseudo membranosa, menores de 3 anos, depressão 
respiratória aguda 
- Cuidado ao prescrever para pacientes com distúrbios 
gastrointestinais, pois o anus é formado de musculatura 
estriada, e o intestino é liso. O opióide acentua os casos 
de retenção de fezes 
 
 PROPOXIFENO: 
 
- Associação com Paracetamol 
- 100 mg de 4/4 horas 
- Contra indicado em presença de colite pseudo 
membranosa, em pacientes com arritmia supraven-
tricular, em crianças, depressão respiratória, viciados ou 
com tendências suicidas; reduz o fluxo salivar. 
- Adotar uma dieta rica em fibras e/ou laxantes. 
Incentivar o paciente a tossir e respirar profundamente e 
virar-se na cama a cada 2 horas. 
 
 TRAMADOL: 
 
- Tramal® 
- Associação com Paracetamol 
- Antagonista opióide 
- 50 a 10 mg 2 vezes ao dia contraindicado em pacientes 
que usam IMAO, doença pulmonar obstrutiva 
 
 ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS: 
 
- Atuam na resposta celular 
 
 GLICOCORTICÓIDES: 
 
- Hormônios sintéticos que imitam as ações do cortisol 
endógeno 
- Empregados em dose superiores à secreção endógena 
do cortisol 
- Mais eficazes que AINES como antiinflamatórios 
- Propriedades imunomoduladoras e linfolíticas 
- Em uso agudo (24 -72 horas) são bem tolerados 
- Efeitos não são imediatos, ocorrem após várias horas. 
Não são indicados para terapias emergenciais 
- Efeitos endócrinos: supressão do eixo hipotálamo 
hipófise-adrenal, com involução da adrenal e cessação de 
secreção de corticóidesendógenos, antagonista da 
insulina -> Contra indicado para diabéticos 
- Conseqüência da retirada: recrudescimento da doença 
básica (efeito rebote), corticodependência para pacientes 
que fazem uso crônico do medicamento 
- Predisposição a infecções, cronicamente afeta a 
cicatrização e reparação tecidual 
- Deve-se ter cuidado com pacientes em uso de 
corticóides a mais de 30 dias 
- Situação de estresse pode precipitar insuficiência 
adrenal aguda. Considera injeção intramuscular de 
100mg de succinato de hidrocortizona antes da cirurgia. 
Paciente que usam as formas inaláveis e/ou tópicas não 
precisam desta suplementação 
- Monitorar pressão arterial 
- Considerar profilaxia antibiótica antes de procedi-
mentos cruentos 
- Contra-indicados na hipertensão arterial, diabetes 
melito, doença ulcerosa péptica, catarata, doença mental 
e algumas infecções 
- Desenvolvimento de candidíase oral em indivíduos que 
fazem uso de corticóide é comum. Principalmente em 
pacientes que possuem asma e fazem uso da bombinha 
 
-> Como é um antiinflamatório, ele diminui a resposta 
tecidual frente à agressão e diminui a reparação tecidual 
 
CORTICOIDES UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA 
 
AGENTE DOSE (mg) VIA 
Hidrocortizona 100 Intravenosa 
Prednisolona 
20/dia 
Sol oral 1 mg/ml 
Sol 2,5% Intracanal 
Oral 
Triancinolona Orobase Tópica 
Betametazona 
1-3 gotas 
0,75-1,5 
Intracanal 
Intrarticular 
Dexametazona 
12/dia 
2-5 
4 
Oral 
IM 
Intracanal 
Beclometazona 
100 microgramas 
aerossol 
Bucal 
Prednisona 20/dia Oral 
 
 
Triancinolona: Lesão afotosa recorrente 
Prednisolona: Preparo de paciente para cirurgia de dente 
incluso ou semi-incluso 
Betametazona e Dexametazona: Medicação intra-canal 
(otosporin – associação entre antimicrobiano e corticóide) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Mariana Magalhães – 7º Período – Odonto UFMG 
 
 
 
 
 
Nome Farmacológico Potência Início Pico Duração Dose/dia Dose teto 
AAS 1 5-30’ 0,5-2h 3-7h 500-1000(5-10mg/kg) 4 a 6 x 6g 
Ácido Mefenâmico 3 30-60’ 1-3h 3-7h 250mg (5mg/kg) 4x 1g 
Piroxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 10-20 mg (0,4-0,8mg/kg) 1-2x 23 mg 
tenoxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 10-20 mg (0,4-0,8mg/kg) 1-2x 20mg 
meloxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 7,5-15mg 1 x 15 mg 
Dipirona 
 
1-2h 6-8h 500mg (10-15 mg/kg) 4x 3 g 
Indometacina 20 15-30 1-3h 4-6h 25-50 mg (0,5-1mg/kg) 2-4x 200 mg 
Diclofenaco 15 15-30 1-3h 4-6h 75mg 2x 50 mg 3 -4x 200mg 
Ibuprofeno 1 <30’ 2-4h 6-8h 400mg 3-4x 2,4g* Goodman e Gilman 
Naproxeno 3 30-60 1-2h 3-7h 250-500mg, 2 vezes ao dia 1,25g* Goodman e Gilman 
Nimesulida 
 
1-2h 
 
50-100 (2,5 mg/kg) 2x 200 mg 
Paracetamol 1 5030 1-2h 3-7 h 500 mg (6-12mg/kg) 4-6x 4 g*(USPDI) 
Celecoxib 
 
10-15’ 24-48 h 11 h 100-400mg 1-2x 800mg 
Cetoprofeno 20 15-30 1-2h 3-4h 25-50 mg (0,5-1mg/kg) 2-4x 400mg

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