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B. MODELO CLÁSSICO 
 
B. 1 Modelo de Determinação de Renda em uma Economia Aberta 
 
Suposição inicial: Economia aberta pequena (demanda ou oferta de capitais não afeta a taxa de 
juros internacional) e livre mobilidade de capital (acesso pleno ao mercado de capitais 
internacionais). 
Modelo clássico: preços flexíveis e produto dado por fatores reais (estoque dos fatores e 
tecnologia). 
 
Das contas nacionais sabe-se que: 
𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
 
Absorção interna 
Produto Saldo em TC 
 
Sendo: C = consumo; I = investimento; G = gasto do governo; X = exportações de bens e 
serviços; M= importações de bens e serviços. 
𝑌 − (𝐶 + 𝐼 + 𝐺) = (𝑋 − 𝑀) 
Se 𝑌 > (𝐶 + 𝐼 + 𝐺) → superávit na conta corrente 
Se 𝑌 < (𝐶 + 𝐼 + 𝐺) → déficit na conta corrente 
 
Incluindo a arrecadação dos impostos (T), tem-se: 
𝑌 − 𝐶 − 𝐼 − 𝐺 = 𝑋 − 𝑀 
(𝑌 − 𝐶 − 𝑇) + (𝑇 − 𝐺) − 𝐼 = 𝑋 − 𝑀 
 
Poupança privada (𝑆𝑝) + Poupança do Governo (𝑆𝑔) = Poupança nacional (S) 
𝑆𝑃 + 𝑆𝑔 − 𝐼 = 𝑋 − 𝑀 
(𝑆 − 𝐼) = (𝑋 − 𝑀) 
(𝑆 − 𝐼) → saldo de 𝑀𝑘, com sinal invertido. 
(𝑋 − 𝑀) → saldo em transações correntes. 
Se 𝑆 < 𝐼 → déficit em Transações Correntes (TC) 
Se 𝑆 > 𝐼 → superávit em Transações Correntes (TC) 
Então: 
i) 𝐼 > 𝑆 →↑𝑀𝑘 = (↑ 𝐸𝑘 − 𝑆𝑘) → (𝑀𝑘 superavitária) → financiamento com poupança 
externa. 
ii) 𝑆 > 𝐼 →↓𝑀𝑘 = (𝐸𝑘 −↑ 𝑆𝑘) → (𝑀𝑘 deficitária) → transferência de poupança interna 
para o resto do mundo. 
→(𝑆 − 𝐼) = é o saldo da conta de capital do Balanço de Pagamentos com sinal invertido. 
 
Caso: Livre mobilidade de capitais e economia aberta pequena 
→ taxa de juros é dada para essa economia (tomadora de preço): 𝑟 = 𝑟∗ 
→ saldo em TC é determinado da diferença entre (𝑆 − 𝐼) = (saldo de 𝑀𝑘 com sinal invertido) a 
esta taxa de juros. 
Então: 
i) Investimento (I) 
)(
)()(
rII
+−
= 
Com 𝑟 = 𝑟∗; onde 𝑟=taxa real de juros interna e 𝑟∗= taxa real de juros externa. 
→ 𝐼 = 𝐼(𝑟∗) 
 
 
ii) Poupança (S) 
Dedução da função de consumo Keynesiana (S depende da renda) ou da função de consumo 
intertemporal (S depende de r). 
Sendo 𝑆 = 𝑌 − 𝐶 , onde 𝐶 = 𝐹(𝑌) e 𝑌 = 𝐹(𝐾, 𝐿) 
→ No Longo Prazo (Modelo clássico): 𝑌 é dado (�̅�) pelo estoque dos fatores (𝐾, 𝐿) e tecnologia. 
Assim, também 𝐶 (𝐶)̅̅ ̅̅̅ e 𝑆 (𝑆)̅̅ ̅̅ são dados. 
 
→ Saldo da conta de capital é 𝑀𝑘 = 𝐼(𝑟
∗) − 𝑆. Como saldo em TC e igual ao de 𝑀𝑘 (com sinal 
invertido), então 𝑇𝐶 = 𝑆 − 𝐼(𝑟∗) 
 
Gráfico – Saldo em TC no modelo clássico - com a poupança derivada da função de consumo 
keynesiana (consumo independe da taxa de juros) 
 
 
Gráfico – Saldo em TC no modelo clássico - com a poupança derivada da função de consumo 
intertemporal (consumo depende da taxa de juros) 
 
 
 
S 
I, S 
r 
------------------- 
------------- 
--------------------- 
|
| 
S=S(r) 
Potencialização de 
déficits e superávits 
I 
I 
iii) Determinação da taxa de câmbio real 
(𝑋 − 𝑀) = 𝑇𝐶 = 𝑇𝐶(𝜃); 𝑌 e 𝑌∗ são dados 
 
Com dada 𝑟∗: (𝑆 − 𝐼) é dada. 𝑆̅ = 𝑆(�̅�𝑜𝑢 𝑟∗) e 𝐼 ̅ = 𝐼(𝑟∗) 
𝑇𝐶(𝜃) = (𝑆̅ − 𝐼(𝑟∗)) 
 
Independe da taxa de câmbio 
 
Então, θ deverá ser aquela taxa em que oferta e demanda de divisas oriundas das TC igualem, 
respectivamente a demanda e oferta oriundas da conta de capital. 
Graficamente, 
 
 
B 2 Análise das Políticas Econômicas no Modelo Clássico (longo prazo) 
 
Modelo clássico (longo prazo): o caso de economia aberta pequena e perfeita mobilidade de 
capitais 
Todos os preços são flexíveis 
Produto da economia é dado pelo estoque de fatores existentes e tecnologia 
Equilíbrio é obtido na situação de pleno emprego de fatores 
Políticas econômicas não afetam o nível do produto. 
 
i) Política Monetária 
 
Moeda afeta apenas as variáveis nominais 
→ ∆𝑀𝑠 → ∆𝐸 → Outros preços nominais → �̅� (constante) 
↓ 
Oferta nominal de moeda 
 
ii) Política Fiscal 
Expansionista: ∆𝐺 ↑ 𝑜𝑢 ∆𝑇↓ 
 
O que acontece com as variáveis do modelo? →𝐶; 𝑆; 𝐼; 𝑀𝑘; 𝑋; 𝑀; 𝑇𝐶; 𝜃; 𝑟; 𝑌. Vale lembrar que: 
𝑆 − 𝐼 = 𝑋 − 𝑀 
(𝑆𝑃 + 𝑆𝐺) − 𝐼 = (𝑋 − 𝑀) 
(𝑌 − 𝐶 − 𝑇) + (𝑇 − 𝐺) − 𝐼 = (𝑋 − 𝑀) 
TC 
θ 
TC; S-I 
(S-I) 
------------------- 
Dotação dos fatores da economia e tecnologia não mudam. 
→ ∆𝐺 ↑→ ∆�̅� (produto constante) 
→ ∆�̅� → ∆𝑆�̅� (poupança privada constante) 
→ ∆�̅� 𝑒 ∆𝐺 ↑→ ∆𝑆𝑔 ↓ (queda na poupança do governo) 
→ ∆𝑆𝐺 ↓ 𝑒 ∆𝑆𝑝̅̅ ̅̅ ̅ → ∆𝑆 ↓ (queda na poupança interna) 
Com 𝑟 = 𝑟∗ 𝑒 ∆𝑟∗̅̅ ̅̅ ̅ → ∆𝑟̅̅ ̅ (taxa de juros interna constante) 
→ ∆𝑟̅̅ ̅ → ∆𝐼̅̅ ̅ (investimento constante) → 𝑆 < 𝐼 
→ (𝑆 − 𝐼) ↓ → 𝑀𝑘 ↑= (𝐸𝑘 ↑ −𝑆𝑘 ↓) (aumento do saldo da conta de capital - maior 
entrada ou menor saída). 
𝑀𝑘 ↑ → 𝜃 ↓ (valorização da taxa de câmbio real) → 𝑋 ↓ 𝑒 ↑ 𝑀 → (𝑋 − 𝑀) ↓ 
GRAFICAMENTE: 
 
 
iii) Ampliação do investimento 
∆𝐼 ↑ para dada 𝑟 (mudança exógena em I) → 𝑟 = 𝑟∗ não muda. 
Como não há política fiscal → (𝑆) fica constante 
→ 𝑆 < 𝐼 e (𝑆 − 𝐼) ↓ → 𝑀𝑘 ↑= (↑ 𝐸𝑘 − 𝑆𝑘): 𝑆
∗ para financiar o excesso de investimento 
𝑀𝑘 ↑ → 𝜃 ↓ valorização do R$ → 𝑋 ↓ −𝑀 ↑. Então, (𝑆 − 𝐼) ↓= (𝑋 − 𝑀) ↓ 
 
I 
TC 
iv) Política Comercial 
Políticas adotadas para influenciar diretamente a quantidade de bens e serviços importados 
e exportados. Normalmente, ela é usada para melhorar a conta corrente, por meio de 
medidas protecionistas (elevação de tarifas para importação e cotas ou proibição de certas 
quantidades importadas). 
(𝑆) e (𝐼) permanecem constante: (𝑆 − 𝐼)̅̅ ̅̅ ̅̅ ̅̅ ̅ 
𝑀 ↓ para dado (𝜃) → (𝑋 − 𝑀 ↓) 
→ menor demanda por divisas → 𝜃 ↓ (valorização cambial) → (𝑋 ↓ 𝑒 𝑀 ↑) 
Resultado: país exportará e importará menos do que antes → diminuição do 
comércio internacional. 
 
iv) Política fiscal do resto do mundo 
∆𝐺∗ ↑: outros países aumentam seus gastos, exceto o Brasil: 
𝑆∗ ↓= 𝑌∗ − 𝐶∗ − 𝐺∗ ↑ 
→ 𝑟∗ ↑ → ↑ 𝑟 = 𝑟∗ ↑ → 𝐼 ↓= 𝐼(𝑟∗) 
Como não há mudança na política fiscal interna → (𝑆) fica constante 
𝑆 > 𝐼 → (𝑆 − 𝐼 ↓) ↑ → 𝑀𝑘 ↓= (↓ 𝐸𝑘 − 𝑆𝑘 ↑) → 𝜃 ↑→ 𝑋 ↑ 𝑒 𝑀 ↓ 
↑ (𝑆 − 𝐼) =↑ (𝑋 − 𝑀) 
 
 
 
 
r 
S 
I 
I, S 
------------------- 
 
TC;(S-I) 
(S-I)

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