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DADOS	DE	ODINRIGHT
Sobre	a	obra:
A	presente	obra	é	disponibilizada	pela	equipe	eLivros	e	seus	diversos
parceiros,	com	o	objetivo	de	oferecer	conteúdo	para	uso	parcial	em
pesquisas	e	estudos	acadêmicos,	bem	como	o	simples	teste	da
qualidade	da	obra,	com	o	fim	exclusivo	de	compra	futura.
É	expressamente	proibida	e	totalmente	repudíavel	a	venda,	aluguel,	ou
quaisquer	uso	comercial	do	presente	conteúdo.
Sobre	nós:
O	eLivros	e	seus	parceiros	disponibilizam	conteúdo	de	dominio	publico
e	propriedade	intelectual	de	forma	totalmente	gratuita,	por	acreditar	que
o	conhecimento	e	a	educação	devem	ser	acessíveis	e	livres	a	toda	e
qualquer	pessoa.	Você	pode	encontrar	mais	obras	em	nosso	site:
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gente	postar	Envie	um	livro	;)
Ou	ainda	podendo	ajudar	financeiramente	a	pagar	custo	de	servidores	e
obras	que	compramos	para	postar,	faça	uma	doação	aqui	:)
"Quando	o	mundo	estiver	unido	na	busca	do	conhecimento,	e	não
mais	lutando	por	dinheiro	e	poder,	então	nossa	sociedade	poderá
enfim	evoluir	a	um	novo	nível."
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FORMAÇÃO	DE	TRADERS
Faça	dinheiro	na	bolsa	com	a	análise	técnica
Rodrigo	Puga
Márcio	Rodrigues
Sumário
Capa
Folha	de	rosto
Front	Matter
Copyright
Agradecimentos
Apresentação
Prefácio
CAPÍTULO	1.	Análise	Técnica
1.1	Introdução
1.2	Conceitos	Gerais
1.3	Ajustes	no	Gráfico
1.4	Teoria	de	Dow
CAPÍTULO	2.	Padrões	Gráficos
Topos	e	Fundos
2.1	Suportes	e	Resistências
2.2	Tendências
2.3	Triângulos
2.4	Bandeiras
2.5	Flâmulas
2.6	Retângulos
2.7	Ombro-Cabeça-Ombro	(OCO)
2.8	Topo	Duplo
2.9	Topo	Triplo
2.10	Ombro-Cabeça-Ombro	Invertido	(OCOI)
2.11	Fundo	Duplo
2.12	Fundo	Triplo
2.13	Gaps
2.14	Padrões	de	Candlesticks
CAPÍTULO	3.	Indicadores	Técnicos
3.1	Indicadores	de	Tendência
3.2	Indicadores	de	Volume
3.3	Indicadores	de	Reversão	de	Tendência
3.4	Fibonacci	e	Elliot
CAPÍTULO	4.	Psicologia	e	Planejamento	Operacional
4.1	Planejamento	Operacional
4.2	Psicologia	de	Mercado
4.3	Psicologia	de	Massa
4.4	Controle	de	Risco:	Uso	de	Stops
CAPÍTULO	5.	Estratégia	Aplicada
5.1	Estratégia	com	Suportes	e	Resistências	(S/R)
5.2	Estratégia	de	Cruzamento	com	Médias	Móveis
CAPÍTULO	6.	Próximos	Passos
ANEXO	I:	Suportes	e	Resistências	Topos	e	Fundos/Canais
ANEXO	II:	Padrões	Gráficos
Referências
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quaisquer	outros.
Copidesque:	Clara	Silva
Revisão:	Cindy	Leopoldo	e	Letícia	Fiéis
Editoração	Eletrônica:	Estúdio	Castellani
Elsevier	Editora	Ltda.
Conhecimento	sem	Fronteiras
Rua	Sete	de	Setembro,	111	–	16º	andar
20050-006	–	Centro	–	Rio	de	Janeiro	–	RJ	–	Brasil
Rua	Quintana,	753	–	8º	andar
04569-011	–	Brooklin	–	São	Paulo	–	SP	–	Brasil
Serviço	de	Atendimento	ao	Cliente
0800-0265340
sac@elsevier.com.br
ISBN	978-85-352-5794-6
Nota:	Muito	zelo	e	técnica	foram	empregados	na	edição	desta	obra.	No	entanto,	podem	ocorrer	erros	de
digitação,	impressão	ou	dúvida	conceitual.	Em	qualquer	das	hipóteses,	solicitamos	a	comunicação	ao	nosso
Serviço	de	Atendimento	ao	Cliente,	para	que	possamos	esclarecer	ou	encaminhar	a	questão.
mailto:sac@elsevier.com.br
Nem	a	editora	nem	o	autor	assumem	qualquer	responsabilidade	por	eventuais	danos	ou	perdas	a	pessoas	ou
bens,	originados	do	uso	desta	publicação.
CIP-BRASIL.	CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO	NACIONAL	DOS	EDITORES	DE	LIVROS,	RJ
P977f
Puga,	Rodrigo
Formação	de	traders	[recurso	eletrônico]	:	faça	dinheiro	na	bolsa	com	a	análise	técnica	/	Rodrigo	Puga,
Márcio	Rodrigues.	–	Rio	de	Janeiro	:	Elsevier,	2012.
recurso	digital    (ExpoMoney)
Formato:	ePub
Requisitos	do	sistema:	Adobe	Digital	Editions
Modo	de	acesso:	World	Wide	Web
ISBN	978-85-352-5794-6	(recurso	eletrônico)
1.	Mercado	financeiro.	2.	Investimentos.	3.	Ações	(Finanças).	4.	Finanças	pessoais.	5.	Livros	eletrônicos.
I.	Rodrigues,	Márcio.	II.	Título.	III.	Série.
12-4142.     CDD:	332.63
         CDU:	336.76
20.06.12  04.07.12        036664
Agradecimentos
Pela	 realização	de	mais	 este	 sonho,	objetivando	a	 formação	de	 investidores	de
sucesso	no	Brasil,	agradeço	a:
minha	família	e	meu	filho,
pela	paciência,	alegria	e	apoio	durante	minha	vida;
Iraihana	Leonardi,
pelo	apoio,	revisão	dos	originais	e	sugestões	de	melhorias;
Eric	Martins	e	Rodrigo	Mikan,
pela	revisão	dos	tópicos	e	sugestões	de	melhorias;
Nelson	Bizzacchi	Spinelli	e	Nelson	Spinelli	Neto,
pelo	apoio	na	realização	do	projeto	educacional;
Bruno	Dias,
por	participar	ativamente	do	desenvolvimento	educacional	do	mercado;
Andre	Gebaile,
pelo	cuidado	na	elaboração	do	design	deste	livro;
Gustavo	Cerbasi,
pelo	convite	para	participar	da	Coleção	Expo	Money
e	pela	revisão;
Robert	Dannenberg,	Raimundo	Magliano	Neto,
Carlos	Valim	e	André	Dias,
pelo	constante	aprendizado	proporcionado	pela	Expo	Money
e	por	nossas	conversas	sobre	o	mercado;
Meus	alunos	na	Investeducar,
por	me	ensinarem	tanto	quanto	eu	os	ensino;
Meus	colegas	e	clientes	da	Spinelli/investBolsa,
pela	interação	e	aprendizado	diário,	que	proporcionaram
o	engrandecimento	deste	livro.
Rodrigo	Puga
…
Aos	meus	pais,
pelo	apoio	e	compreensão,	para	os	quais	não	caberia	neste	trabalho	o	meu
agradecimento;
Mariza	Hirata,
pela	compreensão,	apoio	e	companhia	sempre	presente;
Eric	Martins	e	Rodrigo	Mikan,
pelo	excepcional	trabalho	em	equipe;
Bruno	Dias,	Elaine	Souza	e	Roberto	Ushisima,
pelo	apoio	e	trabalho	em	equipe;
Angelo	Larozi,
pela	troca	de	experiência	em	análise	técnica;
Agradeço	a	todas	as	pessoas	ao	meu	redor,	amigos	e	colegas	de	trabalho,	que
tornaram	isso	real	de	alguma	maneira.	Cada	esforço	individual	fornecido	em
meu	apoio	finalmente	toma	forma	e	é	tangível.
Márcio	Rodrigues
Apresentação
Nos	últimos	anos,	a	educação	financeira	cresceu	imensamente	no	Brasil	e,	com
ela,	o	interesse	de	antigos	poupadores	–	que	já	podem,	atualmente,	ser	chamados
de	 investidores	 –	 por	 investimentos	 mais	 complexos	 e	 inteligentes,	 por
ferramentas	 inovadoras	 e	 por	 múltiplas	 fontes	 de	 informação.	 O	 número	 de
investidores	pessoa	física	acompanhou	essa	evolução	e	superou	a	marca	de	meio
milhão	de	pessoas	no	Brasil.
Grande	parte	desses	novos	investidores	são	pessoas	jovens,	antenadas,	com
amplo	acesso	à	informação,	aficionadas	por	tecnologia	e	com	planos	ambiciosos
e	 ousados	 para	 a	 vida.	 São	 pessoas	 como	 o	 Rodrigo	 Puga,	 o	 jovem	 mas
experiente	profissional	que	conheci	nos	estandes	da	Corretora	Spinelli	durante	as
primeiras	Expo	Money.	A	empresa	em	que	 trabalha	procurou	acompanhar	essa
fabulosa	 transformação	 do	 mercado,	 inovando	 na	 comunicação	 com	 seus
clientes,	 redesenhando	 seus	 processos,	 investindo	 em	 tecnologia	 e
desenvolvendo	 um	 modelo	 inovador	 de	 educação.	 Como	 aconteceu	 com	 a
maioria	das	corretoras	brasileiras,	a	Spinelli	teve	de	rejuvenescer	para	dignificar
sua	participação	do	mercado.
O	Rodrigo	participou	de	 todo	 esse	processo	desafiador,	 contribuindo	 com
seu	conhecimento	e	sua	juventude.	Uma	forte	característica	dessa	juventude	que
vive	uma	realidade	cada	vez	mais	virtual	é	a	generosidade	em	compartilhar	suas
informações,	 unir	 amigos	 em	 comunidades	 e	 trazê-los	 para	 o	 mundo	 de
oportunidades	que	está	cada	vez	mais	acessível.	Compartilhar	ideiasinteligentes
é	o	que	o	Rodrigo	procurou	 fazer	 através	deste	 livro,	 ainda	à	moda	antiga	 (ou
seja,	 em	 livro),	 mas	 trazendo	 a	 inovação	 do	 uso	 das	 mais	 novas	 ferramentas
tecnológicas	do	mercado	de	bolsa.
Ao	 ter	 em	mãos	um	material	 tão	 abrangente	 e	 inteligente,	 fiquei	 feliz	 em
perceber	 que	 mais	 um	 profissional	 renomado	 do	 mercado	 correspondeu,	 de
maneira	competente,	ao	propósito	da	Coleção	Expo	Money:	levar	a	um	público
amplo	 um	 conhecimento	 de	 alto	 nível	 e	 de	 forma	 acessível,	 em	 linguagem
adequada	até	aos	não	iniciados.	Essa	é	uma	importante	contribuição	não	só	para
o	mercado	de	capitais	brasileiro,	mas	também	para	a	melhoria	da	qualidade	das
carteiras	de	investimento	da	população.
Gustavo	Cerbasi
Hoje,	mais	do	que	nunca,	temos	que	conquistar	a	nossa	independência	financeira
para	que	possamos	ter	um	futuro	melhor.	Normalmente	não	somos	disciplinados
em	 relação	 ao	 nosso	 dinheiro,	 não	 aprendemos	 a	 lidar	 com	 ele	 em	 nossa
educação	 e	 nem	 sempre	 temos	 a	 oportunidade	 de	 aprimorar	 nossos
conhecimentos	 sobre	 investimentos	 e	 os	 diversos	 aspectos	 do	 mercado	 de
capitais.	 Por	 isso	 a	 Coleção	 Expo	 Money	 foi	 desenvolvida,	 como	 um	 agente
transformador	da	sociedade,	um	guia	para	compreender	melhor	este	maravilhoso
mundo	dos	investimentos.
O	 conhecimento	 que	 você	 está	 adquirindo	 foi	 desenvolvido	 por	 um
especialista	no	assunto	e	terá	grande	utilidade	no	entendimento	das	questões	que
tanto	nos	afligem:	cuidar	melhor	do	nosso	dinheiro	e	do	nosso	futuro.
O	grande	 segredo	para	um	 futuro	 financeiro	melhor	 e	mais	 eficiente	 está,
agora,	 em	 suas	mãos.	Lembre-se,	 não	 existe	 fórmula	mágica	para	 ficar	 rico,	 o
mais	importante	está	na	sua	atitude	diante	das	oportunidades	que	se	apresentam
para	 você.	 O	 nosso	 objetivo	 como	 coordenadores	 desta	 coleção	 é	 a
transformação	para	uma	sociedade	mais	justa	e	digna	para	todos.	Boa	leitura!
Robert	Dannenberg	Presidente
www.expomoney.com.br
http://www.expomoney.com.br
Prefácio
Em	primeiro	lugar,	é	sempre	muito	bom	observar	a	chegada	no	mercado	de	uma
nova	 safra	 de	 autores	 tratando	 de	 assuntos	 da	 mais	 alta	 relevância	 para	 o
mercado	 financeiro	 brasileiro.	 Lembremo-nos	 que	 a	 popularização	 da	 renda
variável	ainda	tem	um	longo	caminho	a	ser	percorrido	e	este	 livro	presta-se	ao
nobre	serviço	de	deixar	mais	acessível	às	pessoas	físicas	as	operações	de	bolsa.
Nesta	 obra,	 são	 apresentados	 os	 principais	 conceitos	 relativos	 à	 análise
técnica	de	maneira	ordenada,	clara	e	didática.
A	leitura	fácil	é	permeada	por	exemplos	simples	e	esclarecedores,	tornando
a	 tarefa	 de	 percorrer	 da	 primeira	 até	 a	 última	 página	 uma	 experiência
verdadeiramente	agradável.
Boa	leitura,
Rafael	Paschoarelli	Veiga
Professor	do	Departamento	de	Administração	da	FEA-USP	e	responsável	pelo
comdinheiro.com.br
http://comdinheiro.com.br
CAPÍTULO	1
Análise	Técnica
1.1	Introdução
O	 trader	 é	 um	 investidor	 que	 busca	 rentabilidade	 nos	 movimentos	 de	 curto
prazo,	 a	 fim	 de	 superar	 o	 índice	 benchmark	 de	 mercado,	 por	 exemplo,	 o
Ibovespa,	pelo	aproveitamento	das	oportunidades	e	da	volatilidade	do	mercado.
Devido	às	suas	características	de	investimento	no	curto	prazo,	um	trader	bem-
sucedido	 utiliza	 o	 ferramental	 de	 análise	 técnica	 e	 deve	 ter	 rígido	 controle	 de
risco	 e	 emocional.	 Além	 disso,	 o	 trader	 deve	 planejar	 seus	 investimentos
minuciosamente,	 identificando	os	pontos	de	entrada	e	 saída,	 além	dos	motivos
que	o	levaram	a	tomar	essas	decisões.
A	 análise	 técnica,	 também	 conhecida	 como	 análise	 gráfica,	 é	 o	 estudo	 da
variação	dos	preços	dos	ativos	por	meio	da	leitura	de	gráficos	e	indicadores	que
buscam	 antecipar	 os	 movimentos	 futuros	 do	 ativo	 pelos	 padrões	 de
comportamento	conhecidos.
Por	 meio	 da	 análise	 técnica,	 não	 se	 tem	 certeza	 do	 que	 vai	 ocorrer	 com	 o
preço	do	ativo,	mas	 é	possível	 estimar	 sua	próxima	variação	de	preço	e	 traçar
uma	estratégia	que	aumente	a	probabilidade	de	êxito	de	uma	operação.
O	termo	“análise	técnica”	deriva	do	inglês	technical	analysis.	Os	americanos
optaram	por	essa	nomenclatura	por	ser	mais	abrangente	do	que	“análise	gráfica”.
A	 análise	 técnica	 compreende	 a	 análise	 de	 padrões	 gráficos,	 mas	 não	 se
restringe	a	isso.	Ela	também	compreende	análise	de	indicadores	técnicos,	teorias
derivadas	da	física,1	análise	comportamental	do	mercado,	análise	quantitativa	e
automatização	de	sistemas	de	operações.2
josecristovaosilva
Realce
1.2	Conceitos	Gerais
Histórico
Leonardo	Pisano,	Munehisa	Homma,	Charles	Henry	Dow	e	Ralph	Nelson	Elliot
são	os	principais	nomes	associados	à	formação	da	teoria	da	análise	técnica.
Leonardo	Pisano	(1170-1250)
Figura	1.1 	Leonardo	Pisano	(1170-1250)
Leonardo	Pisano	é	mais	conhecido	como	Leonardo	Fibonacci.	Fibonacci	é	a
contração	 em	 latim	 de	 “filho	 de	 Bonacci”	 (fillius	 Bonacci),	 nome	 de	 seu	 pai.
Fibonacci	foi	um	matemático	europeu	do	século	XII.
Fibonacci	 viajou	 pelos	 países	 europeus	 e	 árabes	 com	 o	 objetivo	 de	 estudar
matemática,	 sua	 grande	 paixão.	 Em	 1202,	 com	 32	 anos,	 publicou	 o	 Livro	 do
ábaco	 (Liber	 abacci),	 que	 contém	 uma	 grande	 quantidade	 de	 assuntos
relacionados	 a	 aritmética	 e	 álgebra,	 introduzindo	na	Europa	o	 uso	de	 números
hindu-arábicos,	 o	 número	 zero3	 e	 operadores	 matemáticos.	 Esse	 livro	 foi	 um
marco	na	história	da	matemática	e	impulsionou	o	desenvolvimento	matemático
na	Europa	nos	séculos	seguintes.
A	descoberta	de	fundamental	importância	para	o	estudo	da	análise	técnica	é	a
chamada	razão	áurea,	obtida	pela	operação	com	valores	da	famosa	sequência	de
Fibonacci,	 que	 surgiu	 após	 um	 desafio	 da	 época	 sobre	 a	 representação	 da
população	 de	 coelhos,	 dada	 sua	 reprodução	 natural	 a	 cada	 período	 certo	 de
tempo.	A	 sequência	obtida	 foi	 1,	 1,	 2,	 3,	 5,	 8	 etc.	Esta	 sequência,	 identificada
frequentemente	na	natureza,	depois	foi	aplicada	em	movimentações	de	preços	no
mercado	de	ações.
Munehisa	Homma
No	século	XVIII,	durante	o	Japão	feudal,	a	base	da	economia	era	o	arroz.	Muitos
viviam	 do	 comércio	 desse	 produto,	 que	 se	 tornou	 a	moeda	 nacional.	 Um	 dos
homens	mais	 ricos	 e	 poderosos	 da	 época	 era	 Yodoya	 Keian,	 um	 dos	maiores
comerciantes	de	arroz	do	Japão.	Em	seu	 jardim,	formou-se	o	primeiro	 local	de
comércio	de	arroz,	que	mais	tarde	foi	oficializado	como	Bolsa	de	Arroz	Dojima
(Dojima	Rice	Exchange).
Nessa	 época,	 havia	 uma	 família	 rica	 de	 fazendeiros	 de	 arroz,	 chamada
Homma.	Quando	o	patriarca	da	família	Homma	faleceu,	o	controle	dos	negócios
passou	para	Munehisa	Homma.	Embora	fosse	o	filho	mais	novo	e	se	mostrasse
contrário	 à	 tradição	 japonesa,	 Munehisa	 assumiu	 o	 controle	 dos	 negócios	 da
família	em	razão	de	sua	capacidade.
Munehisa	Homma	desenvolveu	sua	 teoria	com	base	em	registros	detalhados
sobre	 condições	 de	 clima,	 negociações	 realizadas	 e	 preços	 do	 arroz.	 Para
entender	melhor	 a	 psicologia	 dos	 investidores,	 ele	 analisou	 todos	 os	 negócios,
até	mesmo	os	realizados	no	jardim	de	Yodaya.	A	forma	de	armazenagem	dessas
informações	 era	 gráfica,	 cujo	 desenho	 era	 representado	 por	 corpos	 brancos	 e
negros	 parecidos	 com	 velas	 de	 iluminação.	 Hoje,	 esse	 padrão	 de	 visualização
gráfica	é	conhecido	como	candlesticks.
Em	 1755,	Munehisa	 escreveu	A	 fonte	 do	 ouro,	 o	 primeiro	 livro	 conhecido
sobre	psicologia	de	mercado.	Munehisa	é	um	dos	investidores	de	maior	sucesso
de	 que	 se	 tem	 conhecimento;	 dominou	 a	 Bolsa	 de	 Dojima	 e	 acumulou	 uma
fortuna	estimada	em	US$100	bilhões	atuais.	Diante	de	tanto	sucesso,	recebeu	o
título	de	Samurai.
Charles	Henry	Dow	(1851-1902)
Charles	 Henry	 Dow,	 importante	 jornalista	 norte-americano,	 nascido	 no
Brooklyn,	em	Nova	York,	desenvolveu	os	princípios	básicos	da	Análise	Técnica.
Charles	Dow	foi	 cofundador	da	Dow	Jones	&	Company,	com	Edward	 Jones	e
Charles	 Bergstresser.	 Dow	 também	 fundou	 o	 The	Wall	 StreetJournal,	 que	 se
tornou	a	publicação	de	finanças	mais	respeitada	do	mundo.
Entre	as	grandes	contribuições	que	ofereceu	ao	mercado	financeiro,	destacam-
se	 a	 criação	 do	 índice	 Dow	 Jones	 e	 uma	 série	 de	 princípios	 para	 entender	 e
analisar	 o	 comportamento	 do	mercado,	 que	 se	 tornou	 conhecida	 por	Teoria	 de
Dow.
Figura	1.2 	Charles	Dow	(1851-1902)
É	 interessante	 observar	 que	 Charles	 Dow	 não	 escreveu	 sua	 teoria.	 A	 teoria
surgiu	 após	 sua	morte,	 quando	William	P.	Hamilton	 assumiu	 seu	 lugar	no	The
Wall	Street	Journal	e	publicou	as	ideias	que	deram	origem	à	Teoria	Dow.4	Essas
ideias	foram	reunidas	em	um	livro	editado	por	Hamilton	em	1922.
Ralph	Nelson	Elliot	(1871-1948)
Figura	1.3 	Nelson	Elliot	(1871-1948)
Alguns	anos	mais	 tarde,	Ralph	Nelson	Elliot	publicou	 sua	Teoria	de	Ondas.
Elliot	era	engenheiro,	mas,	após	uma	grave	enfermidade	nos	anos	30,	começou	a
analisar	os	preços	das	ações,	especialmente	o	Índice	Dow	Jones.	Depois	de	uma
série	 de	 previsões	 corretas	 do	 mercado,	 Elliot	 publicou	 artigos	 na	 Financial
World	 Magazine,	 em	 1939.	 Sua	 teoria	 completa,	 publicada	 um	 ano	 depois,
chamada	de	“Lei	da	natureza:	o	segredo	do	universo”,	sustentava	que	os	preços
se	movimentam	em	ciclos,	em	função	dos	números	de	Fibonacci.
Nenhum	desses	grandes	personagens	da	história,	exceto	Elliot,	considerava-se
um	 analista	 técnico.	 A	 análise	 técnica	 foi	 descoberta	 aos	 poucos.	 Um	 bom
exemplo	 de	 aplicação	 da	 análise	 técnica	 está	 presente	 na	 biografia	 de	 Jesse
Livermore,	 Reminiscências	 de	 um	 especulador	 financeiro.	 O	 livro	 conta	 a
história	 de	 um	 pequeno	 operador	 de	 mercado	 financeiro	 que	 ficou	milionário
operando	 a	 partir	 do	 final	 do	 século	 XIX,	 momento	 em	 que	 se	 percebe	 a
utilização	 de	 suportes,	 resistências	 e	 pivots	 para	 operações	 em	 bolsa,	 embora
esse	operador	não	utilize	os	gráficos.
O	modo	de	operar	de	Elliot	e	Livermore	são	bons	exemplos	do	nascimento	de
uma	 nova	 metodologia	 de	 análise	 de	 ativos	 financeiros	 de	 livre	 flutuação	 de
preços.	 Com	 a	 evolução	 da	 tecnologia	 e	 da	 informática,	 o	 acesso	 a	 dados	 e
ferramentas	de	cálculos	tornou	a	análise	técnica	viável	e	de	fácil	aplicação.
Como	Ler	um	Gráfico?
Ler	 um	 gráfico	 consiste	 em	 obter	 informações	 sobre	 o	 comportamento	 de	 um
papel	com	base	na	 informação	visual.	Ao	 ler	um	gráfico,	é	possível	 identificar
rapidamente	 informações	 como	 tendência,	 recordes	 históricos	 e	 variações
bruscas,	sem	recorrer	a	ferramentas	matemáticas.
Um	gráfico	pode	ser	lido	de	várias	formas,	dependendo	de	como	é	formatado.
Entre	 as	 formatações	 mais	 comuns,	 é	 possível	 citar	 o	 gráfico	 de	 linha,	 o
candlestick	 e	 o	 gráfico	 de	 barra.	 Os	 gráficos	 também	 apresentam	 diferentes
intervalos	 de	 tempo,	 desde	 minutos	 até	 anos	 de	 variação,	 dependendo	 da
necessidade	de	leitura.
Um	 fator	 relevante	 a	 ser	 levado	 em	 conta	 na	 leitura	 do	 gráfico	 se	 refere	 à
escala	utilizada,	que	pode	ser:
	 	 	Escala	 linear:	 nesta	 escala,	 duas	 graduações	 cuja	 diferença	 equivale	 a	 1
centavo	estão	a	uma	distância	constante.	Ou	seja,	um	gráfico	em	escala	linear
mede	 a	 distância	 visual	 em	 termos	 absolutos	 entre	 um	 ponto	 e	 outro.
Exemplo:	papel	milimetrado.
	 	 	Escala	 logarítmica:	 nesta	 escala,	 duas	 graduações	 cuja	 razão	 equivale	 a
0,01%	 estão	 a	 uma	 distância	 constante.	 Ou	 seja,	 um	 gráfico	 em	 escala
logarítmica	mede	a	distância	visual	em	 termos	percentuais	entre	um	ponto	e
outro.
A	justificativa	para	a	escala	logarítmica	ser	utilizada	pelos	traders	é	simples;
essa	escala	 interpreta	as	variações	em	termos	percentuais	da	mesma	forma	que
um	investidor	busca	rentabilidade	em	percentuais.	Por	exemplo,	a	valorização	de
R$1	em	uma	ação	que	vale	R$10	tem	relevância	muito	maior	que	a	valorização
de	 R$1	 numa	 empresa	 cuja	 ação	 é	 negociada	 a	 R$100.	 Porém,	 tem	 a	mesma
relevância	que	uma	variação	de	R$10	no	papel	que	custa	R$100.
A	 seguir,	 pode-se	 observar	 a	 diferença	 visual	 de	 um	 mesmo	 gráfico	 nas
escalas	linear	e	logarítmica.
Figura	1.4 	Gráfico	em	escala	linear
Figura	1.5 	Gráfico	em	escala	logarítmica
Tipos	de	Gráficos
Os	 sistemas	de	 análise	 técnica	utilizados	 atualmente	 apresentam	diversos	 tipos
de	gráficos,	conforme	será	visto	a	seguir.	Os	tipos	mais	utilizados	pelos	analistas
técnicos	são	os	gráficos	de	candlesticks	e	os	gráficos	de	barras.
Gráfico	de	Barras
O	gráfico	de	barras5	divide	com	o	candlestick	o	posto	de	 forma	mais	utilizada
entre	 os	 analistas	 técnicos.	 É	 formado	 por	 uma	 barra	 cuja	 extensão	 revela	 o
alcance	 do	 preço	máximo	 e	 do	 preço	mínimo	 e	 duas	 lateralidades:	 a	 extensão
lateral	esquerda	representa	a	abertura	e	a	direita,	o	fechamento.
Figura	1.6 	Formação	de	preços	em	um	gráfico
Cada	barra	apresenta	a	informação	de	determinado	período.	Um	gráfico	com
periodicidade	 de	 15	 minutos	 é	 formado	 por	 barras	 que	 representam
individualmente	o	movimento	do	mercado	durante	15	minutos;	portanto,	quatro
barras	equivalem	ao	movimento	de	uma	hora.
As	periodicidades	mais	comuns	utilizadas	pelos	 traders	 são:	 intraday,	diário,
semanal	 e	 mensal.	 O	 gráfico	 intraday	 é	 formado	 por	 barras	 gráficas	 com
períodos	 inferiores	 a	 um	 dia.	 Os	 gráficos	 mais	 comuns	 de	 intraday	 são	 de	 1
minuto,	3	minutos,	5	minutos,	15	minutos,	30	minutos	e	60	minutos.
Em	algumas	ferramentas	gráficas,	as	cores	das	barras	podem	sofrer	variações,
como	cores	quentes	ou	escuras	para	representar	barras	de	baixa;	e	cores	frias	ou
claras	para	representar	barras	de	alta.
Gráfico	de	Candlesticks
O	candlestick,	ou	candle,	tem	esse	nome	porque	sua	forma	lembra	uma	vela.	A
parte	 mais	 espessa	 do	 candlestick	 é	 chamada	 de	 corpo,	 e	 mostra	 o	 preço	 de
abertura	e	fechamento	do	período	analisado.	A	parte	mais	estreita	é	chamada	de
sombra,	e	nos	mostra	a	amplitude	máxima	e	mínima	do	ativo.
Figura	1.7 	Candlesticks
Quando	o	corpo	é	escuro	ou	vermelho,	significa	que	o	fechamento	foi	abaixo
da	abertura;	quando	é	branco	ou	verde,	que	o	fechamento	foi	acima	da	abertura.
Em	 algumas	 ferramentas	 gráficas,	 as	 cores	 dos	 candlesticks	 podem	 sofrer
variações,	como	cores	quentes	ou	escuras	para	representar	candlesticks	de	baixa
e	cores	frias	ou	claras	para	representar	candlesticks	de	alta.
Assim	como	no	gráfico	de	barras,	cada	candlestick	apresenta	a	informação	de
determinado	período.	Um	gráfico	 com	periodicidade	de	15	minutos	 é	 formado
por	candles	que	representam	individualmente	o	movimento	do	mercado	durante
15	minutos,	portanto	quatro	candles	equivalem	ao	movimento	de	uma	hora.
As	periodicidades	mais	comuns	utilizadas	pelos	 traders	 são:	 intraday,	diário,
semanal	e	mensal.	O	gráfico	intraday	é	formado	por	candlesticks	com	períodos
inferiores	 a	 um	 dia.	Os	 gráficos	mais	 comuns	 de	 intraday	 são	 de	 1	minuto,	 3
minutos,	5	minutos,	15	minutos,	30	minutos	e	60	minutos.
Gráfico	de	Linha
O	gráfico	de	linha	é	uma	simplificação	do	histórico	gráfico.	É	formado	ligando-
se	pontos	individuais	de	preços,	geralmente	o	preço	de	fechamento.
Figura	1.8 	Gráfico	de	Linha
Gráfico	Ponto	e	Figura
Esse	 tipo	 de	 gráfico	 leva	 em	 consideração	 apenas	 o	 fator	 preço,	 e	 não	 o	 fator
tempo.	 Com	 esse	 padrão,	 podemos	 traçar	 objetivos	 por	 meio	 de	 figuras	 de
impulsão.	 O	 gráfico	 Ponto	 e	 Figura	 é	 constituído	 de	 Os,	 que	 são	 marcados
quando	os	preços	estão	em	queda,	e	Xs,	quando	esses	preços	estão	em	alta.	Esse
tipo	de	gráfico	 foi	 usado	 inicialmente	por	volta	de	1880,	 e	Charles	Dow	 foi	 o
primeiro	a	fazer	uso	dele.
Figura	1.9 	Gráfico	Ponto	e	Figura
Gráfico	Heikin-ashi
Esse	 padrão	 é	 uma	 variação	 do	 Gráfico	 Candlestick.	 Os	 preços	 de	 abertura,
máxima,	 mínima	 e	 fechamento	 (Open,	 High,	 Low,	 Close)	 são	 calculados
conforme	a	seguir:
xClose	=	(Open+High+Low+Close)/4
xOpen	=	[Open(barra	anterior)	+	Close(barra	anterior)]/2
xHigh	=	Máximo(High,	xOpen,	xClose)
xLow	=	Mínimo(Low,	xOpen,xClose)
Segue	a	comparação	de	um	gráfico	Candlestick	tradicional	com	o	Heikin-ashi:
Figura	1.10 	Gráfico	Candlestick	tradicional
Figura	1.11 	Gráfico	Heikin-ashi
Gráficos	Renko	e	Kagi
Os	 padrões	 Renko	 e	 Kagi,	 de	 origem	 japonesa,	 apresentam	 uma	 distribuição
menos	preocupada	com	a	escala	 e	mais	 atenta	 à	variação	de	preço,	 lembrando
em	parte	o	padrão	ponto	e	figura.	O	padrão	Renko	é	formado	por	uma	sequência
de	 caixas	 de	 tamanhos	 iguais,	 que	 lembram	 formações	 de	 candlesticks.	 Já	 o
padrão	 Kagi	 é	 representado	 por	 uma	 série	 de	 linhas	 verticais	 conectadas	 por
linhas	horizontais.
Figura	1.12 	Gráfico	Renko
Figura	1.13 	Gráfico	Kagi
1.3	Ajustes	no	Gráfico
Tão	importante	quanto	uma	análise	bem	estruturada	é	a	qualidade	dos	dados	que
formam	o	gráfico.	Esse	tópico	apresentará	a	melhor	maneira	de	se	trabalhar	com
os	dados	disponíveis	e	identificar	eventuais	falhas	de	ajuste.
Tratamento	de	Dados	com	Proventos
Proventos	 como	 juros	 sobre	 capital	 próprio,	 indicados	 pela	 abreviação	 JSCP,
dividendos,	 agrupamentos	 (também	 chamados	 de	 inplits)	 e	 desdobramentos
(também	chamados	de	splits)	devem	ser	ajustados	no	gráfico.
A	justificativa	é	que,	ao	seguir	o	modelo	Miller	e	Modigliani,	esses	proventos
não	afetam	o	valor	da	empresa.	Assim,	o	que	não	afeta	o	valor	da	empresa	não
pode	 influenciar	seu	valor	de	mercado.	Como	o	preço	atual	é	o	novo	preço	do
ativo,	a	base	passada	deve	ser	ajustada	e	continuar	consistente	com	o	preço	atual.
Ou	seja,	na	ocasião	de	um	ajuste	de	preço	por	provento,	deve-se	ajustar	a	base
histórica	em	relação	ao	provento	proferido,	anulando	seu	efeito.
Segue	 o	 exemplo	 de	 um	mesmo	 gráfico	 antes	 e	 depois	 de	 os	 preços	 serem
ajustados	para	um	desdobramento	de	ações:
Figura	1.14 	Gráfico	antes	do	ajuste
Figura	1.15 	Gráfico	após	o	ajuste
No	 exemplo	 anterior,	 foi	 feita	 uma	 bonificação	 de	 ações.	 Para	 cada	 ação
possuída	 por	 um	 acionista,	 a	 empresa	 o	 bonificou	 com	mais	 uma	 ação.	Desse
modo,	um	investidor	que	antes	possuía	100	ações	passou	a	ter	200	ações.	Nesse
momento,	cabe	à	empresa	definir	o	que	chamamos	de	última	data	com	direito	à
bonificação:	 no	 jargão	 do	 mercado,	 é	 a	 última	 data	 “com”.	 O	 dia	 seguinte
chama-se	de	primeira	data	“ex”.	Nesse	caso,	a	última	data	“com”	foi	o	dia	22,	ou
seja,	teriam	direito	à	bonificação	os	clientes	que	compraram	essas	ações	até	o	dia
22.	 Quem	 adquiriu	 no	 dia	 23	 já	 comprou	 o	 papel	 na	 data	 “ex”,	 ou	 seja,	 sem
direito	de	receber	a	bonificação	e	com	o	preço	da	ação	já	ajustado.
A	seguir,	apresenta-se	a	tabela	comparativa	dos	dados	históricos:
Figura	1.16 	Histórico	de	preços	sem	ajuste
Figura	1.17 	Histórico	de	preços	ajustado
Conforme	já	abordado	neste	tópico,	como	o	valor	da	empresa	não	se	alterou	e
o	 número	 de	 ações	 dobrou,	 as	 ações	 existentes	 em	 mercado	 sofreram
depreciação	de	50%	em	seu	valor,	o	que	não	significou	perdas	para	o	investidor,
pois	 ele	 passou	 a	 deter	 o	 dobro	 de	 ações.	 Quem	 possuía	 100	 ações	 cotadas	 a
R$84,30	no	dia	22,	totalizando	R$8.430,00,	passou	a	deter	200	ações	a	R$42,59,
preço	de	fechamento	do	dia	23,	totalizando	R$8.518,00.	A	diferença	é	apenas	a
flutuação	de	mercado	durante	o	dia	23.
Nesse	caso,	o	ajuste	foi	feito	dividindo-se	a	cotação	de	toda	a	base	histórica
por	dois.
O	 mesmo	 ocorre	 para	 uma	 situação	 de	 dividendos.	 Um	 pagamento	 de
dividendos	de	R$1	deprecia	o	valor	da	ação	em	R$1.	Essa	depreciação	não	afeta
o	valor	do	patrimônio	do	acionista,	uma	vez	que	ele	irá	receber	esse	valor	como
crédito	em	dinheiro	em	sua	conta	na	corretora.
Nesse	caso,	o	ajuste	deve	ser	feito	subtraindo-se	R$1	de	toda	a	base	histórica.
Utilização	da	Escala	dos	Preços	(eixo	Y)
Conforme	visto	no	item	1.2,	o	eixo	Y	pode	apresentar	valores	em	escala	linear
ou	logarítmica.
Vale	 destacar	 algumas	 características	 sobre	 o	 comportamento	 da	 análise
técnica	sobre	a	escala	de	preços:
	 	 	 Não	 há	 diferença	 entre	 o	 tratamento	 linear	 e	 logarítmico	 das	 expansões	 e
retrações	de	Fibonacci,6	uma	vez	que	esses	cálculos	são	feitos	com	valores	de
cotações,	e	não	com	proporções	gráficas.	Observe,	a	seguir,	como	os	pontos
de	Fibonacci,	ainda	que	deslocados	acima	no	gráfico	 logarítmico,	refletem	o
mesmo	preço	em	ambos	os	gráficos.
Figura	1.18 	Gráfico	em	escala	linear
Figura	1.19 	Gráfico	em	escala	logarítmica
			Papéis	cujo	intervalo	de	dados	apresentam	maior	diferença	de	preços,	ou	seja,
os	preços	finais	são	muito	maiores	ou	menores	que	os	preços	iniciais	e	sofrem
forte	 distorção	 na	 escala	 linear.	 Isso	 ocorre	 porque	 a	 escala	 logarítmica
padroniza	as	variações	percentuais	iguais,	enquanto	a	escala	linear	padroniza
variações	absolutas	de	preços,	conforme	visto	no	tópico	1.2.
			Linhas	de	tendência	sofrem	diminuição	de	seu	ângulo	de	inclinação	na	escala
logarítmica,	conforme	os	gráficos	a	seguir:
Figura	1.20 	Gráfico	em	escala	linear
Figura	1.21 	Gráfico	em	escala	logarítmica
	 	 	 Indicadores	 técnicos	não	 sofrem	 influência	da	escala	utilizada,	uma	vez	que
seus	 cálculos	 levam	 em	 consideração	 apenas	 os	 valores	 de	 cotação	 e/ou
volume.
A	 escala	 de	 tempo	 ou	 de	 preços	 pode	 ser	 ajustada	 ainda	 quanto	 a	 seu
espaçamento:	 trata-se	 de	 uma	 ferramenta	 útil	 para	 efetuar	 projeções	 acima	 e
abaixo	de	um	intervalo	de	variação	do	papel:
Figura	1.22 	Gráfico	com	espaçamento	padrão
Figura	1.23 	Gráfico	com	espaçamento	horizontal	ampliado
Utilização	da	Quantidade	de	Dados	(eixo	X)
A	quantidade	 de	 dados	 exerce	 grande	 influência	 sobre	 a	 qualidade	 da	 análise.
Sem	uma	quantidade	mínima	de	dados,	não	é	possível	efetuar	análise	técnica	em
um	ativo.
Cabe	 aqui	 ressaltar	 algumas	 características	 do	 comportamento	 da	 análise
técnica	sobre	a	quantidade	de	dados:
			A	quantidade	de	dados	utilizada	deve	ser	suficiente	para	atender	às	exigências
de	qualquer	figura	gráfica.
			Além	das	figuras	gráficas,	recomenda-se	uma	quantidade	suficiente	de	dados
para	a	obtenção	clara	da	tendência	do	papel	no	período	selecionado.
	 	 	 A	 quantidade	 de	 dados	 deve	 ser	 suficiente	 para	 atender	 às	 exigências	 dos
indicadores	 técnicos	utilizados.	Por	exemplo,	se	uma	média	calculada	for	de
200	dias,	serão	necessários	201	dias	de	pregão	para	a	exibição	de	pelo	menos
um	ponto	dessa	média.
1.4	Teoria	de	Dow
Charles	Henry	Dow	foi	jornalista	e	fundador	da	Dow	Jones	Company	e	do	The
Wall	 Street	 Journal,	 um	 dos	 mais	 respeitados	 jornais	 de	 finanças,	 negócios	 e
investimentos	do	mundo.	Em	seus	estudos	de	movimentação	de	mercado,	Dow
criou	 o	 Índice	Dow	 Jones	 Industrial	Average.	 Posteriormente,	Dow	 criou	 uma
série	 de	 princípios	 básicos	 que	 acabaram	 conhecidos	 como	 a	 Teoria	 de	 Dow,
base	para	todos	os	estudos	posteriores	de	análise	técnica.
A	teoria	é	composta	por	seis	princípios:
			As	médias	descontam	tudo;
			O	mercado	tem	três	tendências;
			As	tendências	ocorrem	em	três	fases;
			As	médias	devem	confirmar	a	tendência;
			As	tendências	são	confirmadas	pelo	volume;	e
			A	tendência	é	válida	até	ocorrer	sua	inversão.
1º	Princípio:	As	Médias	Descontam	Tudo
Quando	 Dow	 formulou	 esse	 princípio,	 identificou	 que	 qualquer	 informação,
quando	anunciada	para	o	mercado,	já	tem	seu	efeito	incorporado	nas	médias.	Ele
utilizou	o	termo	“médias”	para	descrever	os	índices	benchmark	de	mercado.	No
caso	brasileiro,	o	Ibovespa	ou	o	IBX.
Esse	pensamento	também	é	válido	e	utilizado	para	ações,	ou	seja,	assim	que
uma	 notícia	 é	 divulgada,	 o	 mercado	 corrige	 o	 preço	 da	 ação.	 O	 preço	 reflete
todas	 as	 expectativas	 do	 mercado,	 humores,	 ganância	 e	 medo	 de	 todos	 os
investidores.	Isso	define	o	duelo	entre	compradores	e	vendedores.
2º	Princípio:	O	Mercado	Tem	Três	Tendências
Segundo	Dow,	o	mercado	só	pode	apresentar	três	tendências:
			Primária	ou	principal;
			Secundária	ou	intermediária;	e
			Terciária	ou	de	curto	prazo.
A	 tendência	 primária	 é	 a	 tendência	 de	 longo	prazo	 e,	 por	 esse	motivo,	 a	 de
maior	força.	Uma	tendênciaprimária	pode	durar	meses	ou	até	mesmo	anos.
A	 tendência	 secundária	 apresenta	 movimentos	 de	 menor	 duração,	 poucos
meses	ou	semanas,	e	representa	correções	na	tendência	primária.	Ou	seja,	se	uma
ação	apresenta	uma	tendência	primária	(de	longo	prazo)	de	alta,	não	quer	dizer
que	 ela	 não	 cairá.	O	 natural	 é	 que	 os	 preços	 subam	 em	 zigue-zague	 e	 surjam
movimentos	de	queda	que	seriam	correções	ainda	dentro	da	tendência	de	alta.
A	tendência	terciária	é	a	que	identifica	movimentos	de	curtíssimo	prazo.	São
movimentos	intraday	ou	movimentos	de	poucos	dias.
Mais	 adiante,	 é	 apresentado	 um	 gráfico	 identificando	 os	 três	 tipos	 de
tendências	em	ITUB4.
Figura	1.24 	 Tendências	 primárias	 em	 linha	 sólida,	 secundárias	 em	 linha	 tracejada	 e	 terciárias	 em
linha	pontilhada
3º	Princípio:	As	Tendências	Ocorrem	em	Três	Fases
josecristovaosilva
Realce
parei aqui em 20/12
Ainda	segundo	a	Teoria	de	Dow,	as	tendências	também	podem	apresentar	fases
distintas.	São	elas:
			Acumulação:	os	investidores	estão	mais	ativos	na	compra.	Não	ocorre	grande
variação	 no	 preço	 do	 mercado,	 pois	 a	 pressão	 compradora	 é	 baixa.	 O
movimento	 de	 acumulação	 ocorre	 sempre	 em	 um	 fundo.	 Os	 preços	 não
oscilam	muito	ou,	como	se	diz	no	jargão	de	mercado,	andam	de	lado.
	 	 	 Movimento:	 caracteriza-se	 por	 um	 número	 crescente	 de	 investidores
comprando	ou	vendendo	determinado	papel,	ou	seja,	seu	volume	é	crescente
ao	longo	do	movimento.	O	movimento	pode	ocorrer	para	cima	ou	para	baixo.
Após	 uma	 acumulação,	 o	 movimento	 é	 de	 alta.	 Após	 uma	 distribuição,	 o
movimento	é	de	baixa.
			Distribuição:	durante	a	fase	de	distribuição,	os	investidores	que	identificam	a
exaustão	 do	 movimento	 começam	 a	 vender	 seus	 ativos.	 Como	 a	 pressão
vendedora	 é	 baixa,	 as	 vendas	 não	 influem	 significativamente	 nos	 preços	 do
ativo.
Os	dois	gráficos	a	seguir	identificam	os	movimentos	abordados:
Figura	1.25 	As	três	fases	de	uma	tendência:	LIXC4
A	aplicação	desse	princípio	ilustra	a	influência	de	notícias,	fatos	e	boatos	no
movimento	 dos	 preços	 de	 uma	 ação.	 Em	 caso	 de	 informações	 extremamente
relevantes,	seus	efeitos	são	bastante	aparentes,	como	na	Figura	1.26,	em	que	o
Banco	 Nossa	 Caixa	 recebeu	 uma	 oferta	 de	 aquisição	 por	 parte	 do	 Banco	 do
Brasil.
Figura	1.26 	As	três	fases	de	uma	tendência:	BNCA3
4º	Princípio:	As	Médias	Devem	Confirmar	a	Tendência
A	Teoria	 de	Dow	assume	que	 as	médias	 (índices	 benchmark	 de	mercado)	 não
podem	divergir,	ou	seja,	devem	seguir	uma	mesma	direção.
Dow	utilizou	o	termo	“média”	referindo-se	aos	índices	Dow	Jones	Industrial
Average	 e	 Dow	 Jones	 Transportation.	 No	 Brasil,	 é	 possível	 utilizar	 o	 Índice
Bovespa	e	o	 IBRX50.	Para	confirmar	uma	 tendência,	ambos	os	 índices	devem
seguir	na	mesma	direção;	caso	contrário,	a	divergência	pode	ser	um	indício	de
reversão	ou	indefinição	de	mercado.
Os	gráficos	a	seguir	exemplificam	esse	princípio:
Figura	1.27 	Gráfico	do	iBovespa,	benchmark	do	mercado	brasileiro
Figura	1.28 	Gráfico	da	VALE5,	seguindo	a	mesma	tendência	que	o	gráfico	do	iBovespa
5º	Princípio:	As	Tendências	São	Confirmadas	Pelo	Volume
O	 volume	 deve	 aumentar	 à	 medida	 que	 os	 preços	 vão	 aumentando	 ou
diminuindo.	 Portanto,	 um	 cenário	 de	 correção	 com	 aumento	 de	 volume	 pode
indicar	inversão	de	tendência.
Volume	 crescente	 serve	 como	 confirmação	 da	 força	 de	 uma	 tendência.
Também	utilizamos	o	volume	como	indicativo	da	qualidade	de	rompimentos	de
resistências.
As	Figuras	1.29	e	1.30,	na	página	seguinte,	apresentam	elevação	de	volume	à
medida	que	as	tendências	vão	se	desenvolvendo.
Figura	1.29 	Ativo	em	tendência	de	alta	e	volume	crescente:	LAME4
Figura	1.30 	Ativo	em	tendência	de	baixa	e	volume	crescente:	GOLL4
O	gráfico	a	seguir	apresenta	sucessivas	 tentativas	de	romper	a	resistência	no
nível	de	R$25,00;	apenas	um	movimento	de	alta	com	forte	volume	foi	capaz	de
sinalizar	aos	atuantes	no	mercado	que	havia	força	para	maiores	altas.
Figura	1.31 	Volume	acima	do	normal,	confirmando	a	força	do	rompimento	da	resistência:	ELET3
6º	Princípio:	A	Tendência	É	Válida	Até	Ocorrer	Sua	Inversão
Ao	assumir	uma	tendência	de	alta	ou	baixa,	ela	é	válida	até	dar	sinais	efetivos	de
reversão	e	inverter	a	tendência.
Isto	 é,	 se	 um	papel	 está	 em	 tendência	 de	 alta,	 ele	 só	 entra	 em	 tendência	 de
baixa	se	romper	para	baixo	a	Linha	de	Tendência	de	Alta	(LTA).
De	 forma	análoga,	 se	um	papel	está	em	 tendência	de	baixa,	ele	 só	entra	em
tendência	de	alta	se	romper	para	cima	a	Linha	de	Tendência	de	Baixa	(LTB).
Figura	1.32 	Gráfico	com	alertas	de	inversão	de	tendência:	USIM5
1	Redes	neurais,	fractais	e	teoria	do	caos.
2	Derivado	do	inglês	trading	systems.
3	Até	então	inexistente	em	números	romanos.
4	William	P.	Hamilton	publicou	as	ideias	de	Charles	Dow	em	1921	no	livro	The	Stock	Market	Barometer.
5	Também	conhecido	como	Gráfico	OHLC,	abreviatura	em	inglês	para	Open,	High,	Low,	Close,	que
significam	Abertura,	Máxima,	Mínima,	Fechamento;	informações	utilizadas	para	desenhar	cada	barra.
6	Ver	Capítulo	3.
CAPÍTULO	2
Padrões	Gráficos
A	 análise	 de	 padrões	 gráficos	 visa	 a	 identificar	 figuras	 que	 apresentam
comportamento	 conhecido	 e	 estatisticamente	 comprovado	 quanto	 a
característica,	efeito	e	probabilidade	de	atingir	suas	projeções.
É	 de	 extrema	 importância	 para	 um	 trader	 identificar	 os	 principais	 padrões
gráficos,	pois,	por	meio	deles,	é	possível	encontrar	oportunidades	rentáveis	com
elevado	grau	de	probabilidade.
Topos	e	Fundos
Todos	os	padrões	gráficos	são	formados	por	conjuntos	de	topos	e	fundos.
Topo	é	o	nível	de	preço	mais	elevado	atingido	por	uma	sucessão	de	dois	ou
mais	 períodos	 de	 negociação	 (barras	 ou	 candles)	 antes	 da	 ocorrência	 de	 uma
negociação	de	preço	inferior	de	um	ativo.
De	 forma	 análoga,	 fundo	 é	 o	 nível	 de	 preço	 mais	 baixo	 atingido	 por	 uma
sucessão	 de	 dois	 ou	mais	 períodos	 de	 negociação	 antes	 da	 ocorrência	 de	 uma
negociação	de	preço	superior	de	um	ativo.
Portanto,	 topo	 é	 o	 preço	 de	 negociação	 de	 um	 papel	 em	 certo	 período	 de
tempo,	cujos	preços	imediatamente	antes	e	depois	são	inferiores.	Um	fundo,	por
sua	 vez,	 é	 o	 preço	 mínimo	 de	 negociação	 de	 um	 papel	 em	 certo	 período	 de
tempo,	cujos	preços	imediatamente	antes	e	depois	são,	nesse	caso,	superiores.
Segue	a	representação	gráfica:
Figura	2.1 	Formação	de	topos
Figura	2.2 	Formação	de	fundos
O	ponto	de	abertura	e	fechamento	no	gráfico	é	irrelevante	para	a	determinação
do	topo	e	do	fundo.	Os	preços	considerados	são	as	cotações	máximas	e	mínimas
em	cada	período.
Topos	 e	 fundos	 aparecem	 constantemente	 na	 formação	 dos	 gráficos,	 e	 fica
claro	que	sua	correta	identificação	fará	diferença	na	análise	final.
O	gráfico	a	seguir	identifica	topos	e	fundos	corretamente:
Figura	2.3 	Topos	e	fundos	identificados	corretamente
Segue	o	mesmo	gráfico	com	identificação	errada	de	topos	e	fundos:
Figura	2.4 	Topos	identificados	erroneamente
Entre	 os	 principais	 motivos	 para	 uma	 identificação	 equivocada	 de	 topos	 e
fundos,	estão:
	 	 	 A	 não	 sequência	 de	 altas	 ou	 quedas	 antes	 do	 topo	 ou	 do	 fundo,
respectivamente;
			A	continuidade	do	movimento,	resultado	da	tentativa	de	identificação	precoce;
			A	sequência	desordenada	de	altas	e	baixas,	o	que	resulta	na	não	existência	de
topos	ou	fundos.
2.1	Suportes	e	Resistências
Suportes	e	resistências	são	os	elementos	de	maior	importância	na	análise	técnica
para	 um	 trader.	 Por	 meio	 dos	 conceitos	 de	 suporte	 e	 resistência,	 é	 possível
identificar	 pontos	 de	 compra,	 stops,	 preços-alvo,	 tendências,	 pontos	 de	 venda
etc.
Um	 suporte	 ocorre	 quando	 a	 força	 compradora,	 ou	 demanda	 por	 um	 ativo,
supera	a	força	vendedora	e	impede	que	os	preços	continuem	caindo.
De	forma	análoga,	uma	resistência	ocorre	quando	a	força	vendedora,	ou	oferta
por	 um	 ativo,	 supera	 a	 força	 compradora	 e	 impede	 que	 os	 preços	 continuem
subindo.
Suportese	 resistências	 são	dados	 em	níveis,	 e	 não	 em	um	ponto	 específico.
Isso	significa	que,	ao	identificar	um	suporte	ou	resistência	em	determinado	nível,
é	 necessário	 esperar	 a	 confirmação	 de	 seu	 rompimento	 para	 ingressar	 em	 um
trade.
Existem	diversos	tipos	de	suportes	e	resistências.	Os	principais	são:
			Suportes	e	resistências	de	linhas	de	tendências	e	canais;
			Suportes	e	resistências	horizontais;
			Suportes	e	resistências	em	números	redondos;
			Suportes	e	resistências	de	último	fundo	e	último	topo;
			Suportes	e	resistências	de	topos	históricos;
			Suportes	e	resistências	de	padrões	gráficos;
			Suportes	e	resistências	de	médias	móveis.
A	seguir,	apresentamos	todos	esses	tipos	de	suportes	e	resistências.
Suportes	e	Resistências	de	Linhas	de	Tendências	e	Canais
Uma	linha	de	tendência	pode	ser	classificada	de	duas	formas	distintas:
			Linha	de	Tendência	de	Baixa	(LTB)
			Linha	de	Tendência	de	Alta	(LTA)
A	LTB	é	formada	pela	união	de	sucessivos	topos	descendentes.
Segue	exemplo	gráfico	de	uma	LTB:
Figura	2.5 	Linha	de	Tendência	de	Baixa:	iBovespa
A	LTA	também	é	formada	pela	união	de	sucessivos	fundos	ascendentes.
A	seguir,	um	exemplo	gráfico	de	uma	LTA:
Figura	2.6 	Linha	de	Tendência	de	Alta:	VALE5
As	linhas	de	tendência	também	podem	ser	classificadas	conforme	a	Teoria	de
Dow,	a	fim	de	identificar	sua	força.
Conforme	visto	anteriormente,	o	mercado	pode	apresentar	três	tendências:
			Primária	ou	principal;
			Secundária	ou	intermediária;	e
			Terciária	ou	de	curto	prazo.
A	tendência	primária	é	a	de	longo	prazo	e,	por	esse	motivo,	a	de	maior	força.
Uma	tendência	primária	pode	durar	meses	ou	até	anos.
A	 tendência	 secundária	 apresenta	 movimentos	 de	 menor	 duração,	 poucos
meses	ou	semanas,	e	representa	correções	na	tendência	primária.	Ou	seja,	se	uma
ação	 apresenta	 tendência	primária	 de	 alta,	 não	quer	 dizer	 que	 ela	não	 cairá.	O
natural	é	que	os	preços	subam	em	zigue-zague	e	surjam	movimentos	de	queda
que	seriam	correções	ainda	dentro	da	tendência	de	alta.
A	tendência	terciária	é	aquela	que	identifica	movimentos	de	curtíssimo	prazo.
São	movimentos	intraday	ou	movimentos	de	poucos	dias.
Após	 identificar	 a	 linha	de	 tendência,	 é	 possível	 encontrar	 um	canal.	Assim
como	nas	linhas	de	tendências,	os	canais	herdam	sua	classificação	e	podem	ser
canais	de	alta	ou	baixa	e	primários,	secundários	ou	terciários.
Para	 traçar	um	canal	de	baixa,	devemos	obter	uma	linha	paralela	à	LTB	que
toca	 o	 maior	 número	 de	 fundos	 possíveis.	 Essa	 linha	 é	 chamada	 Linha	 de
Suporte	de	Baixa	(LSB)	do	canal.
Exemplo	gráfico	de	Canal	de	Baixa:
Figura	2.7 	Canal	de	Baixa:	iBovespa
De	 forma	 correlata,	 para	 traçar	 um	 canal	 de	 alta,	 devemos	 obter	 uma	 linha
paralela	à	LTA	que	una	o	maior	número	possível	de	topos.	Essa	linha	é	chamada
Linha	de	Resistência	de	Alta	(LRA)	do	canal.
Exemplo	gráfico	de	Canal	de	Alta:
Figura	2.8 	Canal	de	Alta:	VALE5
Suportes	e	Resistências	Horizontais
Um	suporte	horizontal	é	formado	pela	união	de	fundos	ocorridos	em	um	mesmo
nível.	Segue	um	exemplo	gráfico:
Figura	2.9 	Suporte	horizontal:	FFTL4
Uma	 resistência	 horizontal	 é	 formada	 pela	 união	 de	 topos	 ocorridos	 em	um
mesmo	nível.	Segue	um	exemplo	gráfico:
Figura	2.10 	Resistência	horizontal:	BBAS3
Suportes	e	Resistências	em	Números	Redondos
Este	 tipo	de	suporte	e	 resistência	é	um	caso	especial	de	suportes	e	 resistências
horizontais.	 Números	 redondos	 apresentam	 suportes	 e	 resistências	 porque	 os
investidores	 costumam	 colocar	 suas	 ordens	 nesses	 números,	 em	 razão	 da
facilidade	 de	 cálculo.	 Vale	 destacar	 que	 esse	 tipo	 de	 suporte	 e	 resistência
também	 ocorre	 em	 preços	 que	 apresentam	 frações	 redondas,	 por	 exemplo,	 50
centavos,	porém	com	menor	intensidade.
Seguem	os	gráficos	de	exemplo:
Figura	2.11 	Suporte	em	número	redondo:	SBSP3
Figura	2.12 	Resistência	em	número	redondo:	NETC4
Suportes	e	resistências	de	último	fundo	e	último	topo
O	último	fundo	e	o	último	topo	oferecem,	respectivamente,	suporte	e	resistência,
por	serem	os	últimos	preços	na	memória	dos	investidores	antes	de	uma	alta	ou
de	uma	queda	nos	preços	do	ativo.	Segue	um	gráfico	de	exemplo:
Figura	2.13 	Suportes	e	resistências	oferecidos	pelo	último	fundo	e	último	topo,	respectivamente
Suportes	e	Resistências	de	Topos	Históricos
Topos	históricos	representam	fortes	resistências,	pois	os	investidores	guardam	na
memória	 o	 preço	máximo	 que	 o	 papel	 já	 teve	 e	 se	 baseiam	 nesse	 preço	 para
inserir	 ordens	 de	 venda.	 Rompimentos	 de	 topos	 históricos	 costumam	 ocorrer
com	 forte	 volume.	 Um	 topo	 histórico	 rompido	 torna-se	 imediatamente	 um
suporte	para	o	ativo.
Segue	um	gráfico	de	exemplo:
Figura	2.14 	Rompimento	de	topo	histórico	e	forte	movimento	de	alta	após	o	rompimento:	JBSS3
Suportes	e	Resistências	de	Padrões	GráFicos
Conforme	 será	 visto	 no	 capítulo	 destinado	 a	 padrões	 gráficos,	 cada	 figura
apresenta	níveis	de	suporte	e	resistência	em	seus	pontos	de	rompimento.
Seguem	gráficos	de	exemplo:
Figura	2.15 	Linha	de	pescoço	do	Ombro-Cabeça-Ombro	Invertido	oferecendo	resistência:	PETR4
Figura	2.16 	Lados	do	triângulo	oferecendo	suporte	e	resistência:	OGXP3
Suportes	e	Resistências	de	Médias	Móveis
Médias	 móveis	 (MM)	 são	 comumente	 utilizadas	 como	 suporte	 e	 resistência.
Como	 será	 visto	 mais	 adiante,	 uma	 média	 móvel	 é	 a	 média	 dos	 preços	 de
fechamento	de	um	período	em	que	o	período	mais	antigo	é	descartado	em	função
da	 entrada	do	mais	 recente.	As	médias	móveis	mais	 utilizadas	para	 suportes	 e
resistências	são:
			MM200:	média	móvel	de	200	períodos.	Utilizada	para	 identificar	 tendências
primárias.	Equivale	a	1	ano	de	pregão.	É	a	média	móvel	mais	importante,	pois
é	utilizada	por	investidores	institucionais	estrangeiros	para	definir	a	tendência
de	longo	prazo	de	um	ativo;
	 	 	 MM80:	 média	 móvel	 de	 80	 períodos.	 Utilizada	 para	 identificar	 tendências
primárias.	Equivale	a	1	quadrimestre	de	pregão;
	 	 	 MM40:	 média	 móvel	 de	 40	 períodos.	 Utilizada	 para	 identificar	 tendências
secundárias.	Equivale	a	2	meses	de	pregão;
	 	 	 MM20:	 média	 móvel	 de	 20	 períodos.	 Utilizada	 para	 identificar	 tendências
secundárias.	Equivale	a	1	mês	de	pregão;
	 	 	MM10:	 média	 móvel	 de	 10	 períodos.	 Utilizada	 para	 identificar	 tendências
terciárias.	Equivale	a	2	semanas	de	pregão;
	 	 	 MM5:	 média	 móvel	 de	 5	 períodos.	 Utilizada	 para	 identificar	 tendências
terciárias.	Equivale	a	1	semana	de	pregão.
Segue	gráfico	de	exemplo:
Figura	2.17 	Suporte	oferecido	pela	MM200:	Ibovespa
2.2	Tendências
Um	 trader	 profissional	 investe	 a	 favor	 da	 tendência,	 buscando	 parte	 da
rentabilidade	dessa	tendência.
O	mercado	pode	estar	em	tendência	de	alta,	 tendência	de	baixa	ou	tendência
lateral.
Tendência	de	Alta
Como	identificar:
A	tendência	de	alta	é	formada	pela	sucessão	de	topos	e	fundos	ascendentes	e
caracterizada	pela	formação	do	canal	de	alta.
Principais	características	de	um	canal	de	alta:
			Um	canal	de	alta	é	formado	por	uma	linha	de	tendência	de	alta,	que,	por	sua
vez,	é	formada	pela	união	de,	no	mínimo,	dois	fundos	ascendentes,	passando
ao	menos	por	um	fundo	intermediário;
			As	linhas	de	referência	do	canal	de	alta,	ou	seja,	a	LTA	e	a	LRA,	são	paralelas;
			Quanto	mais	pontos	dos	níveis	de	suporte	e	de	resistência	o	canal	tocar,	maior
será	a	força	desses	níveis;
			Assim	como	as	tendências,	um	canal	de	alta	pode	ser	primário,	secundário	ou
terciário,	de	acordo	com	sua	duração.
Como	operar:
Para	 operar	 utilizando	uma	 tendência	 de	 alta,	 é	 necessário	 traçar	 o	 canal	 de
alta,	identificando	a	LTA	e	a	LRA.	Com	dois	fundos	ascendentes	e	um	topo,	já	é
possível	traçar	o	canal	de	alta	desenhando-se	a	LTA	pela	união	dos	fundos	e	uma
reta	paralela	passando	pelo	primeiro	topo.
Figura	2.18 	Identificação	de	um	canal	de	alta,	estimando	a	LRA:	BVMF3
Uma	vez	que	o	canal	esteja	traçado,	compra-se	o	ativo	em	níveis	próximos	à
LTA	e	vende-se	em	níveis	próximos	à	LRA,	conformeexemplo	a	seguir:
Figura	2.19 	Confirmação	do	canal	de	alta	projetado:	BVMF3
Figura	2.20 	Operando	um	canal	de	alta.	C	=	Ponto	de	Compra.	V	=	Ponto	de	Venda.	BVMF3
Tendência	de	Baixa
Como	identificar:
A	tendência	de	baixa	é	formada	pela	sucessão	de	topos	e	fundos	descendentes.
Uma	tendência	de	baixa	é	caracterizada	pela	formação	do	canal	de	baixa.
Principais	características	de	um	canal	de	baixa:
	 	 	Um	canal	de	baixa	é	formado	por	uma	linha	de	tendência	de	baixa,	que,	por
sua	 vez,	 é	 formada	 pela	 união	 de,	 no	 mínimo,	 dois	 topos	 descendentes,
passando	ao	menos	por	um	fundo	intermediário;
	 	 	 As	 linhas	 de	 referência	 do	 canal	 de	 baixa,	 ou	 seja,	 a	 LTB	 e	 a	 LSB,	 são
paralelas;
			Quanto	mais	pontos	dos	níveis	de	suporte	e	de	resistência	o	canal	tocar,	maior
será	a	força	desses	níveis;
			Assim	como	as	tendências,	um	canal	de	baixa	pode	ser	primário,	secundário	ou
terciário,	de	acordo	com	sua	duração.
Como	operar:
Para	operar	utilizando	uma	tendência	de	baixa,	é	necessário	traçar	o	canal	de
baixa,	identificando	a	LTB	e	a	LSB.	Com	dois	topos	descendentes	e	um	fundo,	já
é	possível	 traçar	o	canal	de	baixa	desenhando-se	a	LTB	pela	união	dos	topos	e
uma	reta	paralela	passando	pelo	primeiro	fundo.
Figura	2.21 	Identificação	de	um	canal	de	baixa,	estimando	a	LSB:	ITUB4
Figura	2.22 	Confirmação	do	canal	de	baixa	projetado:	ITUB4
Uma	vez	que	o	canal	 esteja	 traçado,	vende-se	o	ativo	em	níveis	próximos	à
LTB	e	compra-se	em	níveis	próximos	à	LSA,	conforme	exemplo	a	seguir:
Figura	2.23 	Operando	um	canal	de	baixa.	V	=	Ponto	de	Venda.	C	=	Ponto	de	Compra.	ITUB4
Tendência	Lateral
Como	identificar:
A	tendência	lateral	é	formada	por	uma	sucessão	de	topos	e	fundos	no	mesmo
nível.	Uma	tendência	lateral	é	caracterizada	pela	formação	de	um	canal	lateral,1
ou	um	retângulo.
Principais	características	de	um	canal	lateral:
			Um	canal	lateral	é	formado	por	uma	linha	de	resistência	(LRL),	que,	por	sua
vez,	 é	 formada	pela	união	de,	no	mínimo,	dois	 topos	no	mesmo	nível	 e	por
uma	 linha	de	suporte	 (LSL)	que	passe	ao	menos	por	dois	 fundos	no	mesmo
nível;
			As	linhas	de	referência	do	canal	lateral,	ou	seja,	a	LRL	e	a	LSL,	são	paralelas;
			Quanto	mais	pontos	dos	níveis	de	suporte	e	de	resistência	o	canal	tocar,	maior
será	a	força	desses	níveis;
			Por	se	caracterizar	por	uma	indecisão	de	mercado,	uma	tendência	e	um	canal
lateral	costumam	ser	secundários	ou	terciários.
Como	operar:
Para	 operar	 utilizando	 uma	 tendência	 lateral,	 é	 necessário	 traçar	 o	 canal
lateral,	 identificando	a	LRL	e	a	LSL.	Com	dois	 fundos	no	mesmo	nível	e	dois
topos	no	mesmo	nível,	é	possível	traçar	o	canal	desenhando-se	a	LSL	pela	união
dos	fundos	e	a	LRL	pela	união	dos	topos.
Figura	2.24 	Identificação	de	um	canal	lateral:	ELET6
Figura	2.25 	Confirmação	de	um	canal	lateral:	ELET6
Uma	vez	identificado	o	canal	lateral,	compra-se	em	níveis	próximos	à	LSL	e
vende-se	em	níveis	próximos	à	LRL,	conforme	exemplo	a	seguir:
Figura	2.26 	Operando	um	canal	lateral.	C	=	Ponto	de	Compra.	V	=	Ponto	de	Venda.	ELET6
2.3	Triângulos
Triângulos	são	zonas	de	congestão,	ou	indecisão	de	preços.	Em	geral,	sinalizam
uma	 continuação	 da	 tendência	 configurada	 anteriormente.	 Por	 meio	 dessas
figuras,	podemos	 identificar	oportunidades	de	compra	e	de	venda,	 assim	como
preços-alvo	para	os	ativos.
Para	identificar	um	triângulo,	são	necessários,	no	mínimo,	quatro	pontos:	dois
de	fundo	e	dois	de	topo.	Esses	pontos	devem	ser	alternados	entre	topos	e	fundos,
e	a	área	de	preenchimento	do	triângulo	não	pode	apresentar	grandes	espaços	em
branco.
Triângulos	 com	 altura	 correspondente	 a	 um	 terço	 ou	 mais	 do	 movimento
passado	costumam	apresentar-se	como	padrão	de	reversão.
O	triângulo	pode	ser	classificado	em	três	tipos:
			Triângulo	Simétrico;
			Triângulo	Ascendente;
			Triângulo	Descendente.
Triângulo	Simétrico
Como	identificar:
Um	 triângulo	 simétrico	 é	 constituído	 por	 topos	 descendentes	 e	 fundos
ascendentes,	 formando	duas	 linhas	de	 tendência,	uma	de	alta	e	outra	de	baixa,
convergindo	para	o	vértice.	Vale	destacar	que	os	topos	e	fundos	são	alternados	e
que	não	deve	haver	grandes	espaços	em	branco	na	formação	da	figura.
A	seguir,	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.27 	Triângulo	simétrico:	OGXP3
Principais	características	de	um	triângulo	simétrico:
	 	 	Um	 triângulo	 pode	 ter	 qualquer	 duração,	 porém	um	 triângulo	 bem	 formado
costuma	apresentar	pelo	menos	30	barras;
			Na	maioria	dos	casos,	o	rompimento	do	triângulo	simétrico	ocorre	na	direção
da	tendência	anterior	ao	triângulo;
			O	volume	tem	tendência	descendente	enquanto	está	dentro	do	triângulo,	e	pode
apresentar	aumento	quando	os	preços	sobem.	Todavia,	o	volume	costuma	ser
elevado	no	rompimento	do	triângulo.
Como	operar:
Opera-se	 um	 triângulo	 simétrico	 comprando,	 caso	 o	 rompimento	 ocorra	 no
lado	com	tendência	descendente,	ou	vendendo,	caso	o	rompimento	se	dê	no	lado
ascendente.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 do	 triângulo	 e	 projetando-se
essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento.
É	 importante	 destacar	 que	 mais	 de	 50%	 dos	 rompimentos	 apresentam
pullbacks,	que	são	movimentos	de	retorno	em	direção	ao	preço	de	rompimento
de	um	padrão	gráfico.	O	pullback	pode	gerar	um	excelente	ponto	de	entrada	em
um	ativo,	caso	se	tenha	perdido	inicialmente	o	rompimento	do	padrão.
Triângulo	Ascendente
Como	identificar:
Um	 triângulo	 ascendente	 é	 constituído	 por	 topos	 no	mesmo	 nível	 e	 fundos
ascendentes,	formando	uma	linha	de	resistência	horizontal	e	outra	de	tendência
de	 alta,	 convergindo	 para	 o	 vértice.	 Vale	 destacar	 que	 os	 topos	 e	 fundos	 são
alternados	 e	 que	 não	 deve	 haver	 grandes	 espaços	 em	 branco	 na	 formação	 da
figura.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.28 	Triângulo	ascendente:	BBAS3
Principais	características	de	um	triângulo	ascendente:
	 	 	Um	 triângulo	 pode	 ter	 qualquer	 duração,	 porém	um	 triângulo	 bem	 formado
costuma	apresentar	pelo	menos	30	barras;
			Na	maioria	dos	casos,	o	rompimento	do	triângulo	ascendente	ocorre	na	direção
da	tendência	anterior	ao	triângulo;
			O	volume	tem	tendência	descendente	enquanto	está	dentro	do	triângulo,	e	pode
apresentar	aumento	quando	os	preços	sobem.	Todavia,	o	volume	costuma	ser
elevado	no	rompimento	do	triângulo.
Como	operar:
Opera-se	um	triângulo	ascendente	comprando,	caso	o	rompimento	ocorra	no
lado	 horizontal	 do	 triângulo,	 ou	 vendendo	 caso,	 o	 rompimento	 se	 dê	 no	 lado
ascendente.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 do	 triângulo	 e	 projetando-se
essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento.
É	 importante	 destacar	 que	 mais	 de	 50%	 dos	 rompimentos	 apresentam
pullbacks.
Triângulo	Descendente
Como	identificar:
Um	 triângulo	descendente	é	 constituído	por	 topos	descendentes	e	 fundos	no
mesmo	 nível,	 formando	 uma	 linha	 de	 tendência	 de	 baixa	 e	 outra	 de	 suporte
horizontal,	convergindo	para	o	vértice.	Vale	destacar	que	os	topos	e	fundos	são
alternados,	 e	 que	 não	 deve	 haver	 grandes	 espaços	 em	 branco	 na	 formação	 da
figura.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.29 	Triângulo	descendente:	VALE5
Principais	características	de	um	triângulo	simétrico:
	 	 	Um	 triângulo	 pode	 ter	 qualquer	 duração,	 porém	um	 triângulo	 bem	 formado
costuma	apresentar	pelo	menos	30	barras;
	 	 	 Na	 maioria	 dos	 casos,	 o	 rompimento	 do	 triângulo	 descendente	 ocorre	 na
direção	da	tendência	anterior	ao	triângulo.
			O	volume	tem	tendência	descendente	enquanto	está	dentro	do	triângulo,	e	pode
apresentar	aumento	quando	os	preços	sobem.	Todavia,	o	volume	costuma	ser
elevado	no	rompimento	do	triângulo.
Como	operar:
Opera-se	um	triângulo	descendente	comprando,	caso	o	rompimento	ocorra	no
lado	com	tendência	descendente,	ou	vendendo,	caso	o	rompimento	se	dê	na	linha
de	suporte	horizontal.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 do	 triângulo	 e	 projetando-se
essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento.
É	 importante	 destacar	 quemais	 de	 50%	 dos	 rompimentos	 apresentam
pullbacks.
2.4	Bandeiras
Como	identificar:
Uma	 bandeira	 é	 composta	 por	 um	mastro	 e	 um	 retângulo	 curto,	 no	 qual	 os
topos	 e	 fundos	 estão	 contidos	 dentro	 de	 linhas	 paralelas	 com	 uma	 curta
inclinação.	Essa	 inclinação	pode	 ser	 de	 alta	 ou	 de	 baixa,	mas	 deve	 ir	 contra	 a
tendência.	Antes	da	formação	da	bandeira,	temos	a	formação	do	mastro,	que	é	a
distância	do	primeiro	suporte	ou	resistência	até	a	formação	do	retângulo.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.30 	Bandeira	de	Baixa:	BRKM5
Figura	2.31 	Bandeira	de	Alta:	ALLL11
Principais	características	de	uma	bandeira:
			O	mastro	é	formado	por	aumento	ou	queda	rápida	do	preço,	com	volume	alto,
enquanto	a	bandeira	começa	a	se	formar;
			Quando	o	mastro	acaba	e	a	bandeira	começa	a	ser	formada,	existe	uma	queda
gradativa	no	volume;
			A	formação	da	bandeira	é	levemente	inclinada	contra	a	tendência	dominante;
			A	duração	da	bandeira	é	curta,	com	tempo	máximo	de	três	semanas.	Após	esse
período,	ela	recebe	outra	classificação,	como	triângulo	ou	retângulo.
Como	operar:
Opera-se	uma	bandeira	caso	o	rompimento	ocorra	no	sentido	do	mastro.
O	preço-alvo	é	calculado	medindo-se	a	altura	do	mastro	e	projetando-se	essa
altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento.
2.5	Flâmulas
Como	identificar:
Uma	flâmula	apresenta	semelhança	com	a	formação	da	bandeira.	Esse	padrão
tem	 as	mesmas	 características	 de	 uma	 bandeira,	 porém	 difere	 dela	 porque,	 no
caso	das	flâmulas,	as	linhas	con-vergem.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.32 	Flâmula	de	alta:	ETER3
Principais	características	de	uma	flâmula:
			O	mastro	é	formado	por	aumento	ou	queda	rápida	do	preço,	com	alto	volume;
			Quando	o	mastro	acaba	e	a	bandeira	começa	a	ser	formada,	existe	uma	queda
gradativa	no	volume;
			A	formação	da	flâmula	é	levemente	inclinada	contra	a	tendência	dominante;
			A	duração	da	flâmula	é	curta,	com	tempo	máximo	de	três	semanas.	Após	esse
período,	ela	recebe	outra	classificação,	como	triângulo	ou	retângulo.
Como	operar:
Opera-se	uma	flâmula	caso	o	rompimento	ocorra	no	sentido	do	mastro.
O	preço-alvo	é	calculado	medindo-se	a	altura	do	mastro	e	projetando-se	essa
altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento.
2.6	Retângulos
Como	identificar:
Um	retângulo	é	formado	em	uma	tendência	de	alta	ou	baixa,	o	que	demonstra
pausa	na	tendência	dominante,	formando	uma	sucessão	de	topos	em	um	mesmo
nível	 (resistência)	 e	 de	 fundos	 em	 outro	 nível	 (suporte).	 Esse	 retângulo	 é	 um
sinal	de	que	as	forças	compradoras	e	vendedoras	estão	equilibradas.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.33 	Retângulo	apresentando	rompimento	superior:	PETR4
Figura	2.34 	Retângulo	apresentando	rompimento	inferior:	GOLL4
Principais	características	de	um	retângulo:
			Deve	haver	pelo	menos	dois	 topos	no	mesmo	nível	e	dois	fundos	no	mesmo
nível	para	ser	considerado	retângulo;
			O	volume	diminui	gradativamente	conforme	ocorre	a	formação.
Como	operar:
Opera-se	 um	 retângulo	 comprando,	 caso	 o	 rompimento	 ocorra	 na	 linha	 de
resistência	 horizontal,	 ou	 vendendo,	 caso	 o	 rompimento	 ocorra	 da	 linha	 de
suporte	horizontal.
É	 importante	 destacar	 que	 mais	 de	 60%	 dos	 rompimentos	 de	 retângulos
apresentam	pullbacks.
2.7	Ombro-Cabeça-Ombro	(OCO)
Como	identificar:
No	término	de	uma	tendência	de	alta,	aparecem	três	ou	mais	topos,	em	que	o
topo	 do	 centro	 é	 maior	 do	 que	 os	 outros.	 Um	 OCO	 verdadeiro	 é	 encontrado
apenas	 no	 fim	 de	 uma	 tendência	 de	 alta.	 O	 padrão	 clássico	 de	 um	 OCO	 é
formado	de	um	primeiro	topo	depois	de	um	recuo,	seguido	por	um	topo	maior	do
que	o	topo	anterior	e	por	um	terceiro	topo	no	mesmo	nível	do	primeiro.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.35 	O	Ombro-Cabeça-Ombro:	GGBR4
Principais	características	de	um	Ombro-Cabeça-Ombro:
	 	 	Ocorre	 no	 final	 da	 tendência	 de	 alta.	Após	 formar	o	primeiro	 topo,	 o	 preço
volta,	 forma	 um	 fundo	 e	 um	 suporte	 (linha	 de	 pescoço)	 e	 volta	 a	 subir,
formando	um	topo	maior	do	que	o	topo	anterior.	O	preço	recua	mais	uma	vez
até	a	 linha	de	pescoço,	 formando	mais	um	fundo	e,	em	seguida,	 forma	mais
um	topo,	no	mesmo	nível	do	primeiro	topo;
	 	 	 O	 volume	 é	maior	 no	 ombro	 esquerdo,	 seguido	 da	 formação	 da	 cabeça.	 O
ombro	direito	tem	o	menor	dos	três	volumes;
	 	 	 A	 distância	 entre	 ombro	 esquerdo,	 cabeça	 e	 ombro	 direito	 costuma	 ser	 a
mesma,	mas	podem	ocorrer	variações;
			A	linha	de	pescoço	pode	ser	levemente	inclinada.
Como	operar:
Um	 ombro-cabeça-ombro	 é	 um	 padrão	 de	 reversão	 da	 tendência	 de	 alta.
Opera-se	um	OCO	vendendo	caso	ocorra	o	rompimento	da	linha	de	pescoço.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 entre	 a	 cabeça	 e	 a	 linha	 do
pescoço	e	projetando-se	essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento	do	pescoço.
É	 importante	 destacar	 que	 mais	 de	 50%	 dos	 rompimentos	 apresentam
pullbacks.
2.8	Topo	Duplo
Como	identificar:
Um	topo	duplo	é	 formado	por	um	 topo	seguido	de	um	fundo	e	um	segundo
topo;	 os	 topos	 estão	 no	 mesmo	 nível	 de	 preço,	 funcionando	 como	 uma
resistência.	A	figura	se	assemelha	à	letra	M.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.36 	Topo	Duplo	ELPL6
Principais	características	de	um	topo	duplo:
			A	distância	entre	os	topos	deve	ser	de	aproximadamente	35	períodos;
			Os	preços	dos	topos	devem	estar	nos	mesmos	níveis;
			A	linha	de	confirmação	é	dada	pelo	fundo	formado	entre	os	topos.
Como	operar:
Um	 topo	duplo	 é	 um	padrão	de	 reversão	da	 tendência	de	 alta.	Opera-se	um
topo	 duplo	 vendendo	 caso	 ocorra	 o	 rompimento	 da	 linha	 de	 confirmação,
perdendo	o	suporte.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 entre	 os	 topos	 e	 o	 fundo,	 e
projetando	essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento	da	linha	de	confirmação.
2.9	Topo	Triplo
Como	identificar:
Um	topo	triplo	é	formado	por	três	topos	seguidos	com	intervalos	entre	eles,	e
os	 preços	 dos	 topos	 estão	 nos	 mesmos	 níveis,	 funcionando	 como	 uma
resistência.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.37 	Topo	Triplo:	ITSA4
Principais	características	de	um	topo	triplo:
			Um	topo	triplo	é	formado	por	três	topos	no	mesmo	nível;
			Existem	dois	fundos	no	mesmo	nível	separando	os	topos;
			A	linha	de	confirmação	é	o	suporte	dado	pelos	fundos	entre	os	topos;
			O	volume	diminui	conforme	a	formação	dos	topos.
Como	operar:
Um	 topo	 triplo	 é	 um	padrão	 de	 reversão	 da	 tendência	 de	 alta.	Opera-se	 um
topo	triplo	vendendo	caso	ocorra	o	rompimento	da	linha	de	confirmação.
O	preço-alvo	 é	 calculado	medindo-se	 a	 altura	 entre	 os	 topos	 e	 os	 fundos,	 e
projetando-se	 essa	 altura	 a	 partir	 do	 ponto	 de	 rompimento	 da	 linha	 de
confirmação.
2.10	Ombro-Cabeça-Ombro	Invertido	(OCOI)
Como	identificar:
No	término	de	uma	tendência	de	baixa,	aparecem	três	ou	mais	fundos,	em	que
o	fundo	do	centro	é	maior	do	que	os	outros.	Um	OCOI	verdadeiro	é	encontrado
apenas	 no	 fim	 de	 uma	 tendência	 de	 baixa.	 O	 padrão	 clássico	 de	 um	OCOI	 é
formado	de	um	primeiro	fundo;	depois,	de	um	avanço	com	um	fundo	posterior,
maior	 do	 que	 o	 fundo	 anterior;	 e	 de	 um	 terceiro	 fundo	 no	 mesmo	 nível	 do
primeiro.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.38 	Ombro-Cabeça-Ombro	Invertido:	PETR4
Principais	características	de	um	ombro-cabeça-ombro	invertido:
			No	final	da	tendência	de	baixa	ocorre	o	primeiro	fundo,	o	preço	volta,	forma
uma	resistência	(linha	de	pescoço)	e	torna	a	cair,	formando	um	fundo	maior	do
que	o	fundo	anterior.	O	preço	avança	mais	uma	vez	até	a	linha	de	pescoço	e
configura	mais	um	fundo,	no	mesmo	nível	do	primeiro;
	 	 	 O	 volume	 é	maior	 no	 ombro	 esquerdo,	 seguido	 da	 formação	 da	 cabeça.	 O
ombro	direito	tem	o	menor	dos	três	volumes;
	 	 	 A	 distância	 entre	 ombro	 esquerdo,	 cabeça	 e	 ombro	 direito	 costuma	 ser	 a
mesma,	mas	podem	ocorrer	variações.
Como	operar:
Um	ombro-cabeça-ombro	invertido	é	um	padrão	de	reversão	da	tendência	de
baixa.	Opera-se	um	O-C-OI	comprando	caso	ocorra	o	 rompimento	da	 linha	de
pescoço.O	preço-alvo	é	calculado	medindo-se	a	altura	entre	cabeça	e	linha	do	pescoço
e	projetando-se	essa	altura	a	partir	do	ponto	de	rompimento	do	pescoço.
É	 importante	 destacar	 que	 mais	 de	 50%	 dos	 rompimentos	 apresentam
pullbacks.
2.11	Fundo	Duplo
Como	identificar:
Um	fundo	duplo	é	formado	por	um	fundo	seguido	de	um	topo	e	um	fundo	no
mesmo	nível	do	primeiro	fundo	funcionando	como	um	suporte.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.39 	Fundo	duplo:	KLBN4
Principais	características	de	um	fundo	duplo:
			A	distância	entre	os	fundos	deve	ser	de	10	a	35	períodos;
			Os	preços	dos	fundos	estão	nos	mesmos	níveis;
			A	linha	de	confirmação	é	o	topo	entre	os	fundos;
			A	formação	se	assemelha	à	letra	W.
Como	operar:
Um	fundo	duplo	é	um	padrão	de	reversão	da	tendência	de	baixa.	Opera-se	um
fundo	duplo	comprando	caso	ocorra	o	rompimento	da	linha	de	confirmação.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	 medindo-se	 a	 altura	 entre	 os	 fundos	 e	 o	 topo	 e
projetando-se	 essa	 altura	 a	 partir	 do	 ponto	 de	 rompimento	 da	 linha	 de
confirmação.
2.12	Fundo	Triplo
Como	identificar:
Um	 fundo	 triplo	 é	 formado	por	 três	 fundos	nos	mesmos	níveis	 e	dois	 topos
entre	 os	 fundos.	 Os	 fundos	 estão	 no	 mesmo	 nível,	 funcionando	 como	 um
suporte.
Segue	um	exemplo	do	padrão:
Figura	2.40 	Fundo	Triplo:	IBOV
Principais	características	de	um	fundo	triplo:
			Um	fundo	triplo	é	formado	por	um	fundo	duplo	e	por	um	terceiro	fundo,	que	é
ligeiramente	mais	alto	do	que	os	outros	dois	fundos;
			Existem	dois	topos	no	mesmo	nível	separando	os	topos;
			A	linha	de	confirmação	é	o	suporte	dado	pelos	topos	entre	os	fundos;
			O	volume	diminui	conforme	a	formação	dos	fundos.
Como	operar:
Um	fundo	triplo	é	um	padrão	de	reversão	da	tendência	de	baixa.	Opera-se	um
fundo	triplo	comprando	caso	ocorra	o	rompimento	da	linha	de	confirmação.
O	 preço-alvo	 é	 calculado	medindo-se	 a	 altura	 entre	 os	 fundos	 e	 os	 topos	 e
projetando-se	 essa	 altura	 a	 partir	 do	 ponto	 de	 rompimento	 da	 linha	 de
confirmação.
2.13	Gaps
Um	 gap	 é	 um	 buraco	 num	 gráfico	 de	 barras	 entre	 um	 período	 e	 seu	 período
imediatamente	 seguinte.	 Gaps	 revelam	 mudança	 de	 sentimento	 repentina	 dos
investidores	em	relação	ao	preço	de	determinado	ativo.	Podem	ser	gerados	por
uma	notícia	ou	por	eventos	inesperados,	além	de	boatos,	entre	outros.
Principais	características	de	um	gaps:
	 	 	 Um	 gap	 de	 baixa	 ocorre	 quando	 o	 ponto	máximo	 de	 uma	 barra	 ou	 de	 um
candle	é	inferior	ao	ponto	mínimo	da	barra	ou	candle	imediatamente	anterior;
			Um	gap	de	alta	ocorre	quando	o	ponto	mínimo	de	uma	barra	ou	de	um	candle	é
superior	ao	ponto	máximo	da	barra	ou	do	candle	imediatamente	anterior;
			A	importância	de	um	gap	está	relacionada	com	sua	localização,	seu	tamanho	e
seu	volume;
	 	 	Quando	um	gap	de	 tamanho	extenso	é	 contrário	à	 tendência	atual	do	papel,
pode	indicar	uma	reversão	dessa	tendência	antes	mesmo	de	a	nova	tendência
estar	formada;
			Existe	um	senso	comum	de	que	um	gap	aberto	é	sempre	fechado.	Existem	gaps
que	nunca	são	fechados,	dependendo	de	seu	tipo.	Um	gap	é	fechado	quando
uma	ou	mais	barras	ou	candles	preenchem	o	buraco	ocasionado	pelo	gap	no
gráfico;
	 	 	 Vale	 destacar	 que	 um	 gap	 de	 alta	 aberto	 passa	 a	 configurar	 um	 nível	 de
suporte,	enquanto	um	gap	de	baixa	aberto	configura	uma	resistência.
Gaps	de	alta	e	de	baixa	podem	ser	classificados	em:
			Gap	de	rompimento;
			Gap	de	continuidade;
			Gap	de	exaustão.
Gap	de	Rompimento
Gaps	de	rompimento	ocorrem	no	rompimento	de	uma	LTA,	LTB,	LRL	ou	de	um
padrão	 gráfico,	 indicando	 importantes	 reversões	 de	 tendências.	 Gaps	 de
rompimento	 costumam	 apresentar	 volume	 elevado	 e	 geralmente	 constituem
excelentes	 pontos	 de	 entrada	 ou	 saída	 de	 um	 papel,	 na	 medida	 em	 que	 a
tendência	iniciada	pelo	gap	tende	a	continuar.
Gap	de	Continuidade
Gaps	de	continuidade	ocorrem	no	meio	de	uma	tendência	de	alta	ou	de	baixa.	É
o	menos	 frequente	 dos	 três	 tipos	 de	 gaps.	 Esse	 tipo	 de	 gap	 ocorre	 devido	 ao
entusiasmo	dos	investidores	em	uma	tendência	de	alta	ou	a	seu	pânico	em	uma
tendência	de	baixa.	Gaps	de	continuidade	costumam	apresentar	volume	elevado.
Gaps	 de	 continuidade	 podem	 ser	 utilizados	 para	 projetar	 o	 ponto	 no	 qual	 a
tendência	terminaria,	uma	vez	que	marcam	o	meio	de	uma	tendência.
Gap	de	Exaustão
Gaps	 de	 exaustão	 ocorrem	 ao	 final	 de	 uma	 tendência.	 Esse	 tipo	 de	 gap	 pode
apresentar	ou	não	volume	elevado	e	é	fácil	e	rapidamente	fechado.
Figura	2.41 	Gaps	de	rompimento,	continuidade	e	exaustão:	PETR4
2.14	Padrões	de	Candlesticks
Os	padrões	de	candlesticks	foram	separados	em	três	tipos	diferentes:
			Continuação;
			Indecisão;
			Reversão.
Marubozu	Negro	com	Sombra
Tipo:	continuação
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.42 	Marubozu	Negro	com	Sombra:	BRTO4
Um	marubozu	negro	com	sombra	é	um	candlestick	que	revela	continuação	da
tendência	de	baixa.	O	nível	de	eficiência	é	o	mesmo	para	mercados	de	alta	ou	de
baixa.	Esse	padrão	é	 formado	quando	ocorre	um	candlestick	 longo	de	baixa	e,
em	 determinado	 momento	 do	 dia,	 ele	 atinge	 um	 valor	 mínimo	 e	 recua	 no
fechamento,	deixando	uma	sombra.
Marubozu	Branco	com	Sombra	Superior
Tipo:	continuação
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.43 	Marubozu	Branco	com	Sombra	Superior:	BBDC4
Um	 marubozu	 branco	 com	 sombra	 superior	 é	 um	 candlestick	 que	 indica
continuação	da	tendência	de	alta.	O	nível	de	eficiência	é	o	mesmo	para	mercados
de	alta	ou	de	baixa.	Esse	padrão	é	formado	quando	ocorre	um	candlestick	longo
de	alta	e,	em	determinado	momento	do	dia,	ele	atinge	um	valor	máximo	e	recua
no	fechamento,	deixando	uma	sombra.
Dia	Longo	Negro
Tipo:	continuação
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.44 	Dia	Longo	Negro:	TAMM4
Um	candlestick	dia	longo	negro	indica	um	padrão	de	continuação	de	baixa.	O
nível	de	eficiência	é	o	mesmo	para	mercados	de	alta	de	baixa.	Esse	candlestick	é
formado	quando	o	fechamento	é	menor	do	que	a	abertura	e,	em	um	determinado
momento	do	dia,	o	preço	vai	acima	da	abertura,	cai	e	fecha	acima	da	mínima	do
dia.
Dia	Longo	Branco
Tipo:	continuação
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.45 	Dia	Longo	Branco:	LUPA3
Um	candlestick	dia	longo	branco	revela	um	padrão	de	continuação	de	alta.	O
nível	 de	 eficiência	 é	 o	 mesmo	 para	 os	 mercados	 de	 alta	 ou	 de	 baixa.	 Esse
candlestick	é	formado	quando	o	fechamento	é	maior	do	que	a	abertura	e,	em	um
determinado	 momento	 do	 dia,	 o	 preço	 vai	 abaixo	 da	 abertura,	 sobe	 e	 fecha
abaixo	da	máxima	do	dia.
Marubozu	Branco	com	Sombra	Inferior
Tipo:	continuação
Frequência:	regular
Eficiência:	regular
Figura	2.46 	Marubozu	Branco	com	Sombra	Inferior:	ELET6
Um	 marubozu	 branco	 com	 sombra	 inferior	 é	 um	 candlestick	 que	 indica
continuação	da	tendência	de	alta.	O	nível	de	eficiência	é	o	mesmo	para	mercados
de	alta	ou	de	baixa.	Esse	padrão	é	formado	quando	ocorre	um	candlestick	longo
de	 alta	 e,	 em	 determinado	 momento	 do	 dia,	 ele	 atinge	 um	 valor	 abaixo	 da
abertura	e	fecha	na	máxima	do	dia.
Janela	de	Alta
Tipo:	continuação	de	alta
Frequência:	regular
Eficiência:	ótima
Figura	2.47 	Janela	de	Alta:	BISA3
É	um	padrão	que	indica	continuação	de	alta.	É	formado	por	dois	candlesticks
e,	 entre	 eles,	 há	 um	 gap	 (espaço	 vazio).	 Suas	 cores	 podem	 variar	 entre
candlesticks	negros	ou	brancos,	porém,	normalmente,	quando	ocorre	um	gap	de
alta,	os	candlesticks	são	brancos.
Janela	de	Baixa
Tipo:	continuação	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.48 	Janela	de	Baixa:	CSMG3
É	 um	 padrão	 que	 revela	 continuação	 de	 baixa.	 É	 formado	 por	 dois
candlesticks	e,	entre	eles,	há	um	gap	(espaço	vazio).	As	cores	podem	variar	entre
candlesticks	 negros	 e	 brancos,	 porém,	 geralmente,	 quando	 ocorre	 um	 gap	 de
baixa,	os	candlesticks	são	negros.
Dois	Candles	Negros	em	Gap
Tipo:	continuação	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.49 	Dois	Candles	Negros	em	Gap:	BRTO4
Trata-sede	 um	 padrão	 que	 indica	 continuação	 da	 baixa.	 Aparece	 em	 uma
tendência	de	baixa,	em	que	ocorre	um	gap	(espaço	vazio)	e,	em	seguida,	há	dois
candlesticks	negros	que	não	rompem	a	resistência	desse	gap.
Spinning	Top	Negro
Tipo:	indecisão
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.50 	Spinning	Top	Negro:	BRKM5
O	spinning	top	negro	é	um	candlestick	que	revela	indecisão	do	mercado.	Esse
candle	 tem	 preço	 de	 fechamento	menor	 do	 que	 a	 abertura	 e,	 em	 determinado
momento	do	dia,	seu	preço	oscilou	abaixo	do	fechamento	e	acima	da	abertura.
Spinning	Top	Branco
Tipo:	indecisão
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.51 	Spinning	Top	Branco:	GFSA3
O	 spinning	 top	 branco	 é	 um	 candlestick	 que	 indica	 indecisão	 do	 mercado.
Esse	candle	tem	preço	de	fechamento	maior	do	que	a	abertura	e,	em	determinado
momento	do	dia,	seu	preço	oscilou	abaixo	da	abertura	e	acima	do	fechamento.
High	Wave
Tipo:	indecisão
Frequência:	regular
Eficiência:	regular
Figura	2.52 	High	Wave:	CESP6
É	um	 candlestick	 que	 aponta	 para	 indecisão	 do	mercado,	 e	 pode	 ser	 de	 cor
negra	ou	branca.
O	 high	wave	 é	 um	 candlestick	 em	 que	 os	 preços	 de	 abertura	 e	 fechamento
ficam	 muito	 próximos,	 apresentando	 sombras	 compridas.	 Indica	 que	 o	 papel
oscilou	fortemente	para	cima	e	para	baixo	durante	o	pregão,	mas	fechou	próximo
à	abertura.
Doji	ao	Sul
Tipo:	reversão	da	tendência	de	baixa
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.53 	Doji	ao	Sul:	GGBR4
Figura	 formada	 em	 um	 fundo.	 Indica	 reversão	 do	mercado.	O	 doji	 ao	 sul	 é
formado	 quando	 a	 abertura	 e	 o	 fechamento	 ocorrem	 no	 mesmo	 preço	 e	 há
sombras	acima	e	abaixo	do	preço	de	abertura	e	fechamento.
Engolfo	de	Alta
Tipo:	reversão	da	tendência	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.54 	Engolfo	de	Alta:	ELET6
Um	 engolfo	 de	 alta	 é	 um	 padrão	 de	 reversão	 de	 alta.	 Ocorre	 quando	 o
candlestick	negro	é	engolfado	(envolvido)	pelo	próximo	candlestick	branco.
O	engolfo	de	alta	pode	aparecer	na	tendência	de	alta	e	na	tendência	de	baixa.
Último	Fundo	Engolfado
Tipo:	continuação
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.55 	Último	fundo	engolfado:	TNLPA
É	um	padrão	de	continuação	de	baixa,	formado	quando	o	papel	apresenta	uma
tendência	de	baixa	e,	no	último	fundo,	ocorre	o	engolfo.	O	candlestick	branco	é
engolfado	 pelo	 candlestick	 negro,	 o	 que	 indica	 continuidade	 da	 tendência	 de
baixa.
Martelo
Tipo:	reversão	da	tendência	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.56 	Martelo:	ETER3
O	 martelo	 indica	 uma	 reversão	 de	 alta.	 Pode	 ser	 negro	 ou	 branco.	 Sua
principal	característica	é	que	a	sombra	deve	ser	pelo	menos	o	dobro	do	tamanho
do	corpo.
Fechamentos	IDênticos
Tipo:	reversão	da	tendência	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.57 	Fechamentos	Idênticos:	CMIG4
Trata-se	de	um	padrão	de	reversão	de	alta	em	que	aparecem	dois	candlesticks
negros,	e	seus	fechamentos	estão	alinhados	como	um	suporte.
Doji	ao	Norte
Tipo:	reversão	da	tendência	de	alta
Frequência:	alta
Eficiência:	regular
Figura	2.58 	Doji	ao	Norte:	ELET6
Figura	 formada	 em	 um	 topo,	 o	 que	 indica	 reversão	 do	mercado.	 O	 doji	 ao
norte	é	formado	quando	a	abertura	e	o	fechamento	ocorrem	no	mesmo	preço	e	há
sombras	para	cima	e	para	baixo	do	preço	de	abertura	e	fechamento.
Engolfo	de	Baixa
Tipo:	reversão	da	tendência	de	alta
Frequência:	regular
Eficiência:	ótima
Figura	2.59 	Engolfo	de	Baixa:	GOAU4
Um	 engolfo	 de	 baixa	 é	 um	 padrão	 de	 reversão	 de	 baixa	 formado	 quando	 o
candlestick	branco	é	 engolfado	 (envolvido)	pelo	próximo	candlestick	negro.	O
engolfo	de	baixa	pode	aparecer	na	tendência	de	alta	e	na	tendência	de	baixa.
Enforcado
Tipo:	reversão	da	tendência	de	alta
Frequência:	regular
Eficiência:	regular
Figura	2.60 	Enforcado:	ITSA4
O	enforcado	é	um	padrão	de	reversão	de	baixa.	O	candlestick	pode	ser	negro
ou	branco.	A	característica	desse	padrão	é	que	a	 sombra	do	candlestick	é	pelo
menos	o	dobro	do	tamanho	do	corpo.
Belt	Hold,	de	Baixa
Tipo:	reversão	da	tendência	de	alta
Frequência:	regular
Eficiência:	boa
Figura	2.61 	Belt	Hold,	de	baixa:	LAME4
Trata-se	de	um	padrão	de	reversão	de	baixa.	Aparece	no	fim	de	uma	tendência
de	alta.	O	padrão	é	formado	por	um	marubozu	negro	de	sombra	inferior.
Three	Black	Crows
Tipo:	reversão	da	tendência	de	alta	ou	continuação	da	tendência	de	baixa
Frequência:	regular
Eficiência:	ótima
Figura	2.62 	Three	Black	Crows:	POSI3
É	um	padrão	de	reversão	de	baixa.	É	formado	por	três	candlesticks	negros	ao
fim	de	uma	tendência	de	alta.
1	Um	canal	lateral	também	é	conhecido	como	zona	de	congestão	ou	indefinição	de	mercado.
CAPÍTULO	3
Indicadores	Técnicos
Os	 indicadores	 técnicos	 são	 cálculos	 matemáticos	 que	 ajudam	 os	 traders	 a
identificar	 tendências	de	preços,	pontos	de	compra	e	de	venda	e	 tendências	de
volume.
O	 primeiro	 indicador	 técnico	 a	 surgir	 foi	 a	 média	 móvel.	 Seu	 objetivo	 era
suavizar	os	preços,	a	fim	de	identificar	com	maior	clareza	a	tendência	dos	ativos.
Segundo	 Nobre	 (1999),	 o	 surgimento	 de	 calculadoras	 com	 capacidade	 de
armazenamento	durante	a	década	de	1970	proporcionou	uma	 transformação	na
análise	 técnica.	 Ainda	 de	 acordo	 com	 ele,	 “são	 dessa	 época	 o	 indicador
Estocástico	de	George	Lane	e,	em	seguida,	o	livro	de	J.	Welles	Wilder	[…]	Esse
livro	 é	 um	 marco	 na	 história	 da	 análise	 técnica,	 pois	 os	 indicadores	 mais
populares	 e	 importantes,	 como	 o	 Índice	 de	 Força	 Relativa,	 o	 Parabólico,	 o
Movimento	Direcional,	entre	outros,	foram	ali	explicitados.”
A	 popularização	 a	 partir	 da	 década	 de	 1980	 do	 computador	 pessoal	 e	 da
difusão	de	dados	via	internet	permitiu	sua	ampla	utilização	no	dia	a	dia	por	um
trader.	 Indicadores	 que	 antes	 levavam	 horas	 ou	 até	 mesmo	 dias	 para	 serem
calculados	agora	são	aferidos	em	tempo	real.
Existem	três	tipos	principais	de	indicadores:
			Indicadores	de	Tendência;
			Indicadores	de	Volume;
			Indicadores	de	Reversão	de	Tendência.
3.1	Indicadores	de	Tendência
Os	 indicadores	 de	 tendência	 propõem-se	 a	 buscar	 em	 dado	 intervalo	 de
referência	a	tendência	predominante	no	ativo	analisado.
Os	principais	indicadores	de	tendências	são:
			Médias	Móveis	(MM);
			Moving	Average	Convergence-Divergence	(MACD);
			Bandas	de	Bollinger	(BB);
			Movimento	Direcional	(ADX);
			Parabólico	SAR
Médias	Móveis	(MM)
A	média	móvel	 é	 uma	média	 de	 amostra	 de	 preços	 que	 varia	 conforme	novos
preços	são	conhecidos	no	ativo	analisado.	Esse	efeito	“móvel”	ocorre	porque,	à
medida	que	os	novos	preços	vão	sendo	conhecidos,	dados	passados	são	deixados
para	 trás	e	a	média	assume	um	novo	valor.	Assim,	sucessivamente,	 temos	uma
média	 que	 está	 sempre	 variando	 em	 torno	 dos	 preços	mais	 recentes,	 de	 forma
que,	para	cada	novo	preço	considerado,	é	declinado	o	preço	mais	antigo.
As	médias	móveis	mais	utilizadas	são:
			Média	Móvel	Simples	(MMS)
			Média	Móvel	Exponencial	(MME)
Média	Móvel	Simples	(MMS)
Para	a	média	móvel	simples,	ou	aritmética,	a	regra	matemática	que	expressa	essa
ideia	é	a	seguinte:
Em	que:
MM	=	Valor	da	média	móvel
N	=	Período	atual
P	=	Quantidade	de	períodos	da	média
Preço	=	Preço	referência	para	a	média	calculada,	geralmente	o	fechamento
À	primeira	vista,	a	média	móvel	pode	parecer	complexa,	porém	imagine	uma
média	de	três	períodos	calculada	da	seguinte	forma:
Para	tornar	o	entendimento	mais	concreto,	segue	um	exemplo	que	utiliza	um
histórico	de	cotações,	em	que	D	é	o	dia	referente	a	cada	cotação:
Ao	 calcular	 uma	 média	 móvel	 de	 10	 dias	 para	 a	 série	 acima,	 chega-se	 ao
seguinte	resultado:
Se	 um	 novo	 dia	 for	 inserido	 na	 série	 de	 dados	 (D11),	 deve-se	 descartar	 o
primeiro	dia	no	cálculo	da	média.	Com	a	entrada	do	dado	de	D11,	passa-se	agora
a	considerar	o	período	de	D2	a	D11,	descartando	D1	no	cálculo	da	média.
Observe	que	uma	alteração	no	período	de	cálculo	da	média	impacta	também
em	seu	resultado.	Por	exemplo,	uma	média	móvelde	cinco	períodos	para	a	série
anterior	 traria	um	resultado	conforme	a	seguir,	porque	consideraria	somente	os
cinco	últimos	dados	de	preço,	ou	seja,	de	D7	a	D11:
Pode-se	 observar	 que,	 quanto	 mais	 curto	 o	 período	 de	 uma	 média,	 mais
rapidamente	seu	valor	seguirá	os	preços,	e	vice-versa.
A	 seguir,	 é	 apresentada	 uma	 tabela	 contendo	 uma	 série	 de	 dados	 e	 sua
respectiva	média	móvel	de	cinco	períodos.
Os	 primeiros	 quatro	 dias	 da	 MMS	 não	 têm	 valor,	 pois	 não	 há	 quantidade
suficiente	 de	 dados	 para	 a	 formação	 da	 média.	 Isso	 significa	 dizer	 que,	 para
formar	 ao	menos	 um	 ponto	 de	 uma	média	móvel	 de	N	 períodos,	 é	 necessário
contar,	ao	menos,	com	N	períodos.	Por	exemplo,	para	formar	o	primeiro	ponto
de	uma	média	móvel	simples	de	200	dias,	é	preciso	haver	pelo	menos	200	dias
de	cotações.
Graficamente,	 a	 média	 móvel	 calculada	 no	 exemplo	 anterior	 suavizaria	 as
oscilações	de	preços	conforme	a	seguir:
A	 média	 móvel	 simples	 atribui	 pesos	 iguais	 a	 todos	 os	 preços,
independentemente	de	esses	preços	serem	recentes	ou	não.
Média	Móvel	Exponencial	(MME)
Ao	contrário	da	média	móvel	simples,	a	média	móvel	exponencial	atribui	pesos
exponencialmente	decrescentes,	quanto	mais	antigas	forem	as	cotações	do	ativo.
Matematicamente,	a	fórmula	é	apresentada	como:
Em	que:
n	=	número	de	períodos	considerados	na	média
k	=	2/(n+1)
Considerando	 o	 mesmo	 número	 de	 períodos,	 a	 média	 móvel	 exponencial
acompanha	as	oscilações	mais	 rapidamente	do	que	a	MMS.	O	gráfico	a	seguir
compara	 a	 MME	 (linha	 com	 quadrados)	 com	 a	 MMS.	 Observe	 que	 a	 MMS
demora	 mais	 para	 responder	 às	 alterações	 de	 tendência,	 mostrando-se	 mais
afastada	dos	preços	quando	a	tendência	se	define.
Figura	3.1 	MME	versus	MMS:	VALE5
MACD
Criado	por	Gerald	Appel,	o	MACD	é	um	indicador	que	mede	a	diferença	entre
duas	médias	móveis	 exponenciais.	Em	sua	 fórmula	original,	 as	médias	móveis
adotadas	são	a	de	26	períodos	e	a	de	12	períodos.	Além	dessas	duas	médias,	uma
média	móvel	exponencial	de	nove	períodos	é	aplicada	sobre	o	MACD	a	fim	de
indicar	os	sinais	de	compra	e	venda	do	ativo.
Em	geral,	o	gráfico	do	MACD	apresenta	um	histograma	junto	com	as	linhas
de	 sinais.	O	MACD	histograma	 é	 a	 representação	 gráfica	 da	 diferença	 entre	 a
linha	de	sinal	e	a	linha	do	MACD.	O	histograma	é	utilizado	para	identificar	com
mais	facilidade	uma	alteração	na	tendência.
Figura	3.2 	MACD.	 CP	 =	 compra;	 VD	 =	 venda.	 Ponto	 de	 inflexão	 do	 histograma	 indica	 provável
correção	da	tendência.	PETR4
No	gráfico	 anterior,	 a	 linha	 com	quadrados	 é	 a	 linha	 de	 sinal.	Quando	 essa
linha	 cruza	 de	 baixo	 para	 cima	 a	 linha	 do	MACD,	 identifica-se	 um	 ponto	 de
compra.	De	forma	análoga,	quando	a	linha	de	sinal	cruza	de	cima	para	baixo	a
linha	do	MACD,	identifica--se	um	ponto	de	venda.
Outra	forma	de	operar	é	utilizando	o	MACD	histograma.	Os	traders	usam	os
pontos	de	inflexão	do	histograma	para	verificar	se	um	ativo	está	sobrecomprado
ou	sobrevendido.
Bandas	de	Bollinger	(BB)
Criadas	 por	 John	 Bollinger,	 as	 bandas	 de	 Bollinger	 servem	 para	 identificar
tendências	 e	 volatilidade	 do	mercado.	 Sua	 construção	 é	 feita	 plotando-se	 uma
média	móvel	exponencial	de	20	períodos	e	espelhando-a	para	cima	e	para	baixo,
utilizando-se	dois	desvios-padrão	para	cada	lado	espelhado.
Conforme	a	figura	a	seguir,	quando	se	utilizam	dois	desvios-padrão	em	uma
distribuição	 normal,	 tem-se	 um	 intervalo	 de	 confiança	 de	 95,46%	 de
probabilidade.
Figura	3.3 	Curva	normal	e	distribuição	das	probabilidades	ao	redor	da	média
Principais	características	das	BBs:
			O	espaçamento	entre	as	bandas	variam	de	acordo	com	a	volatilidade	do	ativo.
Em	períodos	de	aumento	de	volatilidade,	as	bandas	se	afastam	e,	em	períodos
de	baixa	volatilidade,	elas	se	aproximam;
			Quanto	mais	próximas	forem	as	bandas,	maior	será	a	probabilidade	de	fortes
movimentos,	com	a	quebra	da	baixa	volatilidade;
			Um	movimento	iniciado	em	uma	das	bandas	tende	a	persistir	até	a	outra	banda,
apresentando	resistência	ou	suporte	na	linha	central	(MME);
	 	 	 Fundos	 e	 topos	 feitos	 dentro	 da	 banda	 em	 determinada	 direção	 indicam
tendência.
	 	 	 Fundos	 fora	 de	 uma	 banda	 seguidos	 de	 topos	 dentro	 da	 banda	 revelam
provável	reversão	de	tendência,	e	vice-versa;
			Preços	que	se	movem	para	fora	de	uma	banda	apontam	continuidade	de	uma
tendência.
Segue	um	exemplo	de	bandas	de	Bollinger:
Figura	3.4 	Bandas	de	Bollinger:	BBDC4
Como	operar:
			Quando	o	preço	encosta	na	banda	inferior:	alerta	de	alta.
	 	 	 Quando	 o	 preço	 rompe	 ou	 tangencia	 a	 banda	 inferior:	 manutenção	 da
tendência	de	baixa.
			Quando	o	preço	rompe	ou	tangencia	a	banda	inferior	e,	em	seguida,	rompe	a
MM	para	cima:	alerta	de	alta.
			Quando	o	preço	encosta	na	banda	superior:	alerta	de	baixa.
	 	 	 Quando	 o	 preço	 rompe	 ou	 tangencia	 a	 banda	 superior:	 manutenção	 da
tendência	de	alta.
			Quando	o	preço	rompe	ou	tangencia	a	banda	superior	e,	em	seguida,	rompe	a
MM	para	baixo:	alerta	de	baixa.
Parabólico	Sar
O	 parabólico	 SAR1	 foi	 desenvolvido	 por	 Welles	 Wilder.	 Posições	 compradas
devem	ser	encerradas	quando	os	preços	caem	abaixo	do	parabólico,	e	posições
vendidas	devem	ser	recompradas	quando	os	preços	superam	o	parabólico	SAR.
Esse	 indicador	 também	 é	 utilizado	 por	 traders	 como	 pontos	 de	 stop.	 É
apresentado	 no	 gráfico	 como	 pontos	 acima	 ou	 abaixo	 das	 barras	 ou	 candles.
Quando	o	preço	iguala	o	ponto	do	parabólico,	a	operação	deve	ser	encerrada	e
revertida.
A	seguir,	um	exemplo	gráfico	do	parabólico	SAR:
Figura	3.5 	Parabólico	SAR:	PETR4
3.2	Indicadores	de	Volume
Conforme	visto	anteriormente,	volumes	altos	qualificam	movimentos	dentro	de
uma	 tendência	 de	 rompimentos,	 além	 de	 identificar	 as	 fases	 de	 acumulação	 e
distribuição.
Os	principais	indicadores	de	volume	são:
			On	Balance	Volume	(OBV);
			Money	Flow;
			Média	Móvel	de	Volume	(MMV).
On	Balance	Volume	(OBV)
O	 OBV	 foi	 desenvolvido	 por	 Joe	 Granville.	 É	 um	 indicador	 totalizador	 de
volume.	Seu	cálculo	é	simples	e	é	feito	adicionando	o	volume,	quando	o	preço
de	 fechamento	 do	 período	 fica	 acima	 do	 fechamento	 anterior,	 e	 subtraindo	 o
volume,	no	caso	inverso.
A	 ideia	 por	 trás	 do	 OBV	 é	 identificar	 incrementos	 de	 volume	 antes	 de
variações	 no	 preço,	 ou	 seja,	 identificar	 os	 movimentos	 de	 acumulação	 e
distribuição.	É	importante	estabelecer	a	tendência	do	OBV	para	tentar	antever	os
movimentos	de	preço.
Segue	 um	 gráfico	 com	 o	 indicador	 OBV	 e	 sua	 média	 móvel,	 a	 fim	 de
identificar	pontos	de	compra	e	venda:
Figura	3.6 	OBV:	PETR4
Money	Flow
Assim	como	o	OBV,	o	money	flow	é	um	índice	que	visa	a	medir	a	força	do	fluxo
de	dinheiro	comprando	e	vendendo	um	ativo.
O	money	flow	é	calculado	de	0	a	100.	Acima	de	80,	é	recomendável	encurtar
o	 stop,	 pois	 um	 topo	 está	 iminente.	De	 forma	 análoga,	 números	 abaixo	 de	 20
indicam	formação	de	fundos	e	eventuais	pontos	de	compra.
Figura	3.7 	Money	Flow	apresentando	divergência	de	alta	entre	o	indicador	e	os	preços:	CSNA3
Por	 intermédio	 do	 money	 flow,	 é	 possível	 identificar	 divergências	 entre	 o
indicador	e	os	preços	do	ativo.	Se	os	preços	estão	caindo	e	o	money	flow	está
subindo,	pode	ocorrer	uma	reversão	de	tendência.	O	gráfico	anterior	retrata	essa
situação.
Média	Móvel	de	Volume	(MMV)
A	média	móvel	de	volume	é	a	média	móvel	simples	calculada	em	determinado
período	para	o	ativo.
Por	 meio	 do	 cálculo	 da	 MMV,	 podem-se	 identificar	 visualmente	 aumentos
repentinos	de	volume	em	relação	à	média.
A	seguir,	um	gráfico	com	a	situação	descrita:
Figura	3.8 	MMV	identificando	aumento	do	volume	antes	do	aumento	de	preços:	ECOD3
3.3	Indicadores	de	Reversão	de	Tendência
Também	conhecidos	como	osciladores,	os	indicadores	de	reversão	de	tendência
foram	 desenvolvidos	 para	 identificar	 variações	 bruscas	 em	 determinados
intervalos,	o	que	permite	ao	analista	técnico	posicionar-se	a	favor	de	uma	novatendência,	ou	até	mesmo	antecipar	essa	inversão.
Os	principais	indicadores	de	reversão	de	tendências	são:
			Índice	de	Força	Relativa	(IFR);
			Estocástico;
			Rate-of-Change	(ROC).
Índice	de	Força	Relativa	(IFR)
Elaborado	 por	 Welles	 Wilder	 em	 1978,	 o	 IFR	 é	 um	 dos	 indicadores	 mais
utilizados	por	analistas	técnicos.
Apesar	de	seu	nome	sugerir	a	comparação	da	força	de	um	ativo	em	relação	a
outro,	o	IFR	mede	apenas	a	força	de	um	único	papel.	O	IFR	afere	o	valor	médio
das	variações	de	alta	em	relação	à	soma	das	médias	de	alta	e	baixa.
O	índice	original	e	mais	comumente	utilizado	é	o	que	considera	14	períodos
em	sua	fórmula.
O	IFR	varia	de	0	a	100	e	é	utilizado	para	ver	se	o	ativo	está	sobrecomprado	ou
sobrevendido,	além	de	ser	um	indicador	de	divergências.
Wilder	apontou	em	seu	livro2	cinco	utilizações	para	o	IFR:
			Topos	e	fundos:	Se	o	IFR	estiver	acima	de	70,	considera-se	que	o	ativo	está
sobrecomprado,	pois	a	média	das	baixas	está	próxima	de	zero	e,	portanto,	os
fechamentos	 no	 período	 têm	 sido	 seguidamente	 positivos,	 mostrando	 que	 a
ação	está	sendo	fortemente	comprada.	Por	outro	lado,	se	o	IFR	estiver	abaixo
de	30,	considera-se	que	o	ativo	está	sobrevendido,	pois	a	média	das	altas	está
próxima	 de	 zero	 e,	 portanto,	 os	 fechamentos	 no	 período	 têm	 sido
seguidamente	 negativos,	 o	 que	 mostra	 que	 a	 ação	 está	 sendo	 fortemente
vendida;
			Padrões	gráficos:	Algumas	formações	gráficas	também	ocorrem	no	IFR,	como,
por	exemplo,	triângulos,	topos	duplos,	OCOs	etc.;
	 	 	Antecipação	de	 rompimentos:	Muitas	vezes,	uma	 tendência	ou	um	padrão	é
rompido	antes	no	IFR	e,	em	seguida,	no	gráfico	de	barras	ou	candle;
			Divergências	entre	o	indicador	e	os	preços	do	ativo:	Se	os	preços	estão	caindo
e	o	IFR	está	subindo,	ou	vice-versa,	pode	ocorrer	uma	reversão	de	tendência;
	 	 	 Suportes	 e	 resistências:	 Níveis	 de	 suportes	 e	 resistências,	 além	 de	 seus
rompimentos,	também	são	analisados	no	IFR.
Figura	3.9 	IFR	sobrecomprado	e	sobrevendido:	PETR4
Alguns	traders	utilizam	o	IFR	com	uma	média	móvel	para	identificar	pontos
de	compra	e	de	venda,	conforme	o	gráfico	a	seguir:
Figura	3.10 	IFR	com	média	móvel:	BRKM5
Estocástico	e	Estocástico	Lento
O	estocástico	é	um	oscilador	formado	por	duas	linhas:	a	SK,	que	é	o	indicador,	e
a	SD,	que	é	a	média	da	SK.	É	caracterizado	por	dar	muitos	sinais	de	compra	e
venda.	 Por	 esse	 motivo,	 e	 por	 apresentar	 muitos	 sinais	 de	 compra	 e	 venda
inválidos,	deixou	de	ser	utilizado	e,	em	seu	lugar,	surgiu	o	estocástico	lento.	O
gráfico	 a	 seguir	 apresenta	 o	 estocástico	 e	 o	 estocástico	 lento,	 para	 efeito
comparativo:
Figura	3.11 	Comparação	entre	o	estocástico	e	o	estocástico	lento:	VALE5
O	 estocástico	 lento	 varia	 de	 0	 a	 100	 e	 é	 utilizado	 para	 ver	 se	 o	 ativo	 está
sobrecomprado	ou	sobrevendido,	além	de	ser	um	indicador	de	divergências.
Pode-se	utilizar	o	estocástico	lento	para:
			Topos	e	fundos:	Se	o	estocástico	lento	estiver	acima	de	80,	considera-se	que	o
ativo	está	sobrecomprado,	e,	se	o	IFR	estiver	abaixo	de	20,	considera-se	que	o
ativo	está	sobrevendido;
			Pontos	de	compra	e	venda:	Quando	a	linha	de	SK	cruza	de	baixo	para	cima	a
linha	 SD,	 identifica-se	 um	 ponto	 de	 compra.	 De	 forma	 análoga,	 quando	 a
linha	SK	cruza	de	cima	para	baixo	a	 linha	do	SD,	 identifica-se	um	ponto	de
venda;
			Divergências	entre	o	indicador	e	os	preços	do	ativo:	Se	os	preços	estão	caindo
e	o	IFR	está	subindo,	ou	vice-versa,	pode	ocorrer	uma	reversão	de	tendência;
	 	 	 Suportes	 e	 resistências:	 Níveis	 de	 suportes	 e	 resistências,	 além	 de	 seus
rompimentos,	também	são	analisados	no	IFR.
Rate-of-Change	(ROC)
O	ROC	é	um	indicador	calculado	dividindo-se	o	último	preço	pelo	preço	de	N
períodos	passados.	Portanto,	o	ROC	mostra	o	quanto	determinado	ativo	variou
em	 determinado	 período.	 O	 ROC	 aumenta	 conforme	 os	 preços	 aumentam	 e
diminui	conforme	os	preços	diminuem.
Os	períodos	mais	utilizados	no	ROC	pelos	traders	são	de	12,	para	curto	prazo,
e	20	e	40,	para	médio	prazo.
O	 ROC	 apresenta	 padrões	 cíclicos	 de	 acordo	 com	 o	 ativo.	 É	 possível
identificar	esses	padrões	e	utilizá-los	para	antecipar	movimentações	de	mercado,
além	de	identificar	zonas	de	sobrecomprados	e	sobrevendidos.
Figura	3.12 	ROC:	VALE5
3.4	Fibonacci	e	Elliot
Conforme	 visto	 no	 primeiro	 capítulo,	 a	 história	 de	 Fibonacci	 não	 está	 ligada
apenas	ao	desenvolvimento	da	matemática	atual,	mas	também,	a	exemplo	do	que
ocorre	 com	 muitos	 analistas	 técnicos	 que	 atuam	 no	 mercado,	 ao	 que	 ficou
conhecido	como	sequência	de	Fibonacci	e	razão	áurea.
A	Sequência	de	Fibonacci	e	a	Teoria	de	Elliot
A	sequência	de	Fibonacci	é	definida	matematicamente	como:
Essa	 fórmula	 significa	 que	 a	 sequência	 começará	 com	0,	 seguida	 de	 1,	 e,	 a
partir	 de	 então,	 os	 próximos	 números	 são	 a	 soma	 dos	 dois	 números
imediatamente	anteriores.
Sua	presença	no	triângulo	de	Pascal	(tabela	de	números	binomiais),	 relações
métricas	 na	 natureza	 e	 suas	 relações	matemáticas	 internas	mostram	 como	 essa
sequência	é	importante	para	a	matemática	e	para	as	aplicações	humanas.
Ao	se	dividir	um	número	da	sequência	pelo	número	 imediatamente	anterior,
obtém-se	o	resultado	constante	de	1,618,	na	medida	em	que	a	sequência	tende	ao
infinito.	Essa	razão	também	é	conhecida	como	razão	áurea	e	é	representada	pela
letra	grega	phi	(Φ).
Esse	número	também	pode	ser	obtido	pela	seguinte	expressão	matemática:
Ao	 dividir	 um	 elemento	 n	 dessa	 sequência	 por	 seu	 posterior,	 resultará	 em
0,618	ou,	mais	precisamente,	Φ−1	=	0,61803398…
É	 importante	 ressaltar	 o	 caráter	 recursivo	 dessa	 progressão,	 ou	 seja,	 sua
característica	de	 se	 repetir	 e	 se	construir	 com	base	em	si,	 a	partir	da	definição
simples	de	seus	dois	primeiros	elementos.
Essa	característica	recursiva	da	sequência	é	fundamental	para	a	aplicação	das
relações	de	Fibonacci	às	constantes	ondas	de	expansão	e	retração	do	mercado,	de
acordo	 com	a	 teoria	de	Elliot.	Essa	 característica	 aplicada	 ao	mercado	 implica
que	ele	se	repita	dentro	de	si,	formando	um	efeito	de	ondas.	Para	ilustrar	melhor
esse	conceito,	veja	a	imagem	a	seguir:
Figura	3.13 	Ilustração	geral	para	teoria	das	ondas	de	Elliot
Segundo	Elliot,	o	mercado	se	move	em	ondas	de	expansão	e	retração	que,	de
acordo	com	as	relações	da	sequência	de	Fibonacci,	formam	um	movimento	que
pode	ser	estimado.	Esse	movimento	pode	ser	percebido	em	um	prazo	amplo	de
observação	 e	 se	 repete	 por	 meio	 da	 recursividade	 a	 prazos	 inferiores	 até	 o
universo	particular	de	cada	negociação.	Segundo	essa	teoria,	a	proporção	desses
movimentos	segue	a	razão	áurea	e	suas	posteriores	relações.
A	proposta	de	Elliot	pode	parecer	ora	complexa	e	fantasiosa	–	inclusive	pelo
título	de	sua	obra,	Lei	da	natureza:	o	segredo	do	universo	–,	ora	harmoniosa	e
factível,	 mas,	 independentemente	 de	 sua	 percepção	 de	 realidade	 e	 de	 sua
capacidade	 de	 explicação,	 é	 fato	 que	 alguns	 analistas	 técnicos	 utilizam
frequentemente	 com	 sucesso	 seus	 ensinamentos	 por	 meio	 das	 projeções	 de
Fibonacci.
Aplicação
A	teoria	de	Elliot	e	Fibonacci	aplicada	ao	mercado	de	ações	se	 restringe	a	 três
pontos	que,	não	por	acaso,	são	de	extrema	importância	para	o	analista	técnico:
			Projeção	de	retração	de	mercado;
			Projeção	de	expansão	do	mercado;	e
			Identificação	de	pivots	de	alta	e	de	baixa.
Portanto,	com	a	utilização	dessa	teoria,	o	trader	pode	identificar	oportunidades
de	compra,	venda,	objetivos	e	níveis	de	preços	para	a	configuração	de	stops.
Projeção	de	Retração	de	Mercado
A	projeção	de	retração	ocorre	sempre	após	uma	expansão	de	mercado,	ou	seja,	a
partir	da	identificação	dos	seguintes	elementos,	no	caso	de	uma	alta:
1.		O	menor	fundo	no	intervalo	de	análise;
2.		O	maior	topo	após	esse	fundo	no	mesmo	intervalo	de	análise.
A	partir	 desses	dois	pontos,	 é	possível	 calcular	 três	pontos	 a	partir	 da	 razão
áurea	que	indicam	os	pontos	de	suporte	mais	prováveis	para	esse	gráfico:
	 	 	 Um	 recuo	 atéa	 proporção	 de	 61,8%	 da	 extensão	 total	 da	 expansão,
eventualmente	arredondado	para	62%,	ou	ainda	3/8	do	movimento;
	 	 	 Um	 recuo	 até	 a	 proporção	 de	 50%	 da	 extensão	 total	 da	 expansão,	 também
exibida	sob	forma	de	1/2	do	movimento;
	 	 	 Um	 recuo	 até	 a	 proporção	 de	 38,2%	 da	 extensão	 total	 da	 expansão,
eventualmente	arredondado	para	68%,	ou	ainda	5/8	do	movimento.
Segue	a	ilustração	desse	conceito:
Figura	3.14 	Projeção	de	Retração	de	Mercado	em	alta
Observa-se	que,	após	a	formação	da	alta	indicada,	os	suportes	mais	prováveis
para	a	correção	desse	movimento	são:
			A	onda	A	indica	um	recuo	até	o	nível	de	0,618	e	posterior	continuação	da	alta;
			A	onda	B	indica	um	recuo	até	o	nível	de	0,5	e	posterior	continuação	da	alta;
			A	onda	C	indica	um	recuo	até	o	nível	de	0,382	e	posterior	continuação	da	alta;
			A	onda	D	indica	um	recuo	até	o	nível	de	0	(correção	total	da	última	expansão)
e	posterior	continuação	da	alta.
Nesse	 caso,	 por	 se	 projetar	 a	 correção	 de	 uma	 tendência	 de	 alta,	 não	 se
considera	 a	 hipótese	 de	 recuo	 além	 da	 perda	 de	 100%	 do	 movimento,	 o	 que
caracterizaria	uma	inversão	de	tendência.
Para	uma	correção	de	alta	em	uma	 tendência	de	baixa,	 tem-se	uma	situação
inversa,	conforme	a	seguir:
Figura	3.15 	Projeção	de	Retração	de	Mercado	de	baixa
A	projeção	de	 recuperação	de	uma	baixa	ocorre	 sempre	 após	uma	queda	de
mercado,	a	partir	da	identificação	dos	seguintes	elementos:
1.		O	maior	topo	no	intervalo	de	análise;
2.		O	menor	fundo	após	esse	topo,	no	mesmo	intervalo	de	análise.
Observa-se	 que,	 após	 a	 formação	 da	 baixa	 indicada,	 as	 resistências	 mais
prováveis	para	a	correção	desse	movimento	são:
	 	 	A	onda	A	 indica	um	avanço	até	o	nível	de	0,618	e	posterior	continuação	da
baixa;
			A	onda	B	indica	um	avanço	até	o	nível	de	0,5	e	posterior	continuação	da	baixa;
	 	 	A	onda	C	 indica	um	avanço	até	o	nível	de	0,382	e	posterior	continuação	da
baixa;
	 	 	 A	 onda	 D	 indica	 um	 avanço	 até	 o	 nível	 de	 0	 (correção	 total	 da	 última
expansão)	e	posterior	continuação	da	alta.
Analogamente	ao	caso	anterior,	por	se	projetar	a	correção	de	uma	tendência	de
baixa,	 não	 se	 considera	 a	 hipótese	 de	 recuo	 além	da	 recuperação	 de	 100%	do
movimento,	o	que	caracterizaria	uma	inversão	de	tendência.
Seguem	alguns	exemplos	para	retrações	de	baixa	e	de	alta:
No	gráfico	imediatamente	a	seguir,	BBDC4	formou	um	fundo	e	um	topo.	Com
a	projeção	de	Fibonacci,	foi	possível	 identificar	um	nível	de	suporte	em	18,82,
que	é	respeitado.
Figura	3.16 	Exemplo	de	Projeção	de	Retração	de	Mercado	de	alta:	BBDC4
Pregões	 adiante,	 um	 novo	 topo	 é	 formado	 e	 um	 novo	 recuo	 com	 suporte	 é
novamente	identificado	pela	retração	de	Fibonacci	em	20,40:
Figura	3.17 	Exemplo	de	Projeção	de	Retração	de	Mercado	de	alta:	BBDC4
No	 próximo	 gráfico,	 é	 possível	 identificar	 em	 LAME4	 que	 a	 região	 da
resistência	 em	 50%	 do	 movimento	 do	 gráfico	 (16,28),	 considerando	 o	 topo
formado	 em	 outubro	 e	 o	 fundo	 em	 janeiro,	 foi	 confirmada	 como	 importante
resistência	ao	avanço	dos	preços	desse	papel,	cujo	movimento	seguinte	resultou
em	continuação	da	tendência	de	baixa.
Figura	3.18 	Exemplo	de	Projeção	de	Retração	de	Mercado	de	baixa:	LAME4
Mesmo	considerando	o	topo	em	dezembro	de	2007,	a	projeção	de	Fibonacci
continua	a	apontar	para	uma	região	de	resistência	respeitada.
Figura	3.19 	Exemplo	de	Projeção	de	Retração	de	Mercado	de	baixa:	LAME4
Projeção	de	Expansão	de	Mercado
Após	um	recuo	em	tendência	de	alta,	espera-se	uma	expansão	de	mercado	que
pode	ser	calculada	utilizando	como	referência	os	seguintes	pontos:
1.		O	menor	fundo	no	intervalo	de	análise;
2.		O	maior	topo	após	esse	fundo,	no	mesmo	intervalo	de	análise.
Começando	nesses	dois	pontos,	é	possível	calcular	três	outros	a	partir	da	razão
áurea,	que	revelam	os	prováveis	objetivos	de	expansão	para	esse	gráfico:
			Um	avanço	até	a	proporção	de	161,8%	da	extensão	total	da	expansão	inicial,
eventualmente	arredondado	para	162%;
			Um	avanço	até	a	proporção	de	200%	da	extensão	total	da	expansão	inicial;
			Um	avanço	até	a	proporção	de	261,8%	da	extensão	total	da	expansão	inicial,
eventualmente	arredondado	para	262%;
			Números	secundários	também	são	comuns,	a	partir	de	outras	associações	com
a	razão	áurea:	138,2%,	150%,	238,2%,	300%	etc.
OBSERVAÇÃO:	Uma	 expansão	 até	 os	 100%	do	movimento	 também	pode
ser	considerada	uma	resistência,	mas	não	se	trata	de	uma	expansão	de	fato,	uma
vez	que	não	supera	o	movimento	original.
Segue	a	ilustração	desse	conceito:
Figura	3.20 	Projeção	de	Expansão	de	Mercado	de	Alta
Mais	uma	vez	analisando	a	ação	BBDC4,	identifica-se	um	fundo	em	meados
de	junho	de	2006	e	um	topo	formado	em	meados	de	julho	do	mesmo	ano.	Repare
que	os	topos	formados	em	novembro	de	2006,	janeiro	de	2007	e	maio	de	2007
sofreram	resistência	de	preços	nos	níveis	de	projeções	de	Fibonacci.
Figura	3.21 	Exemplo	de	Projeção	de	Expansão	de	Mercado	de	alta:	BBDC4
Em	 uma	 tendência	 de	 baixa,	 após	 a	 breve	 recuperação	 de	 preços	 do	 papel,
espera-se	uma	continuação	da	queda	de	preços,	que	pode	ser	calculada	utilizando
como	referência	os	seguintes	pontos:
1.		O	maior	topo	no	intervalo	de	análise;
2.		O	menor	fundo	após	esse	topo,	no	mesmo	intervalo	de	análise.
A	partir	desses	dois	pontos	com	a	razão	áurea,	é	possível	calcular	três	outros
pontos	 que	 indicam	 os	 mais	 prováveis	 níveis	 de	 objetivo	 de	 baixa	 para	 esse
gráfico:
			Uma	perda	até	a	proporção	de	161,8%	da	extensão	total	da	expansão	inicial,
percentual	eventualmente	arredondado	para	162%;
			Uma	perda	até	a	proporção	de	200%	da	extensão	total	da	expansão	inicial;
			Uma	perda	até	a	proporção	de	261,8%	da	extensão	total	da	expansão	inicial,
percentual	eventualmente	arredondado	para	262%;
			Números	secundários	também	são	comuns,	a	partir	de	outras	associações	com
a	razão	áurea:	138,2%,	150%,	238,2%,	300%	etc.
OBSERVAÇÃO:	Uma	perda	 até	 os	 100%	do	movimento	 também	pode	 ser
considerada	 um	 suporte,	mas	 não	 se	 trata,	 nesse	 caso,	 de	 uma	 continuação	 da
queda,	uma	vez	que	não	supera	o	movimento	original.
Segue	a	ilustração	desse	conceito:
Figura	3.22 	Projeção	de	Expansão	de	Mercado	de	baixa
O	gráfico	a	seguir	ilustra	um	exemplo	com	GOLL4.	Um	topo	foi	identificado
em	junho	de	2007	e	um	fundo	foi	formado	em	meados	de	julho	do	mesmo	ano.
Repare	que	os	fundos	formados	em	janeiro	de	2008,	março	de	2008	e	julho	de
2007	respeitaram	os	níveis	de	Fibonacci.
Figura	3.23 	Exemplo	de	Projeção	de	Expansão	de	Mercado	de	baixa:	GOLL4
Nesse	exemplo,	após	um	recuo	acima	da	resistência	em	Fibonacci,	o	preço	do
papel	formou	uma	resistência	na	região	de	100%	do	movimento	indicado.
Identificação	e	Projeção	de	Pivots
Pivots	são	formações	que	revelam	rompimento	de	uma	tendência	de	alta	ou	de
baixa.
Suas	principais	características	são:
			Um	pivot	de	baixa	indica	o	fim	de	uma	tendência	de	alta.	Sua	formação	pode
ser	 identificada	 quando	 os	 preços	 perdem	 a	 linha	 de	 tendência	 de	 alta	 e
formam	um	fundo	e	um	 topo	abaixo	do	 fundo	e	do	 topo	anterior.	O	suporte
formado	por	esse	fundo,	então,	é	rompido;
			Um	pivot	de	alta	revela	o	fim	de	uma	tendência	de	baixa.	Sua	formação	pode
ser	 identificada	 quando	 os	 preços	 superam	 a	 linha	 de	 tendência	 de	 baixa	 e
formam	um	topo	e	um	fundo	acima	de	topo	e	fundo	anteriores.	A	resistência
formada	por	esse	topo,	então,	é	rompida;
	 	 	 Um	 pivot	 formado	 indica	 projeções	 de	 preços	 e	 eventuais	 resistências	 ou
suportes	 baseados	 na	 razão	 áurea,	 que	 a	 tendência	 recém-formada
possivelmente	buscará;
	 	 	 A	 projeção	 se	 dá	 pela	 simples	 repetição	 do	 primeiro	 movimento	 da	 nova
tendência	utilizando	como	base	o	fim	do	pivot,	em	que	então	são	indicados	os
pontos	de	Fibonacci.
A	seguir,	temos	a	ilustração	de	um	pivot	de	alta.	Repare	na	repetição	da	onda
A.	 Essa	 projeção	 diverge	 de	 uma	 expansão	 por	 se	 tratar	 do	 início	 de	 uma
tendência.
Figura	3.24 	Projeção	de	Pivot	de	alta
Segue	umexemplo	com	a	VIVO4,	ação	que	esteve	em	tendência	de	baixa	ao
longo	de	2008	e	apresentou	um	pivot	de	alta,	formado	pelo	rompimento	do	topo
anterior	 ao	 fim	 de	 novembro	 e	 pelo	 fundo	 anterior	 (do	 pivot)	 em	meados	 de
novembro,	acima	do	menor	fundo	do	período,	formado	ao	final	de	outubro.	Após
o	rompimento	em	24,40,	o	pivot	projetava	uma	alta	com	última	resistência	em
27,24,	que	foi	rompida.
Figura	3.25 	Exemplo	de	Projeção	de	Pivot	de	alta:	MPXE3
Segue	a	ilustração	de	um	pivot	de	baixa.	Repare	na	repetição	da	onda	A.	Essa
projeção	diverge	de	uma	expansão	por	se	tratar	do	início	de	uma	tendência.
Figura	3.26 	Projeção	de	Pivot	de	baixa
A	 seguir,	 é	 apresentado	 um	 exemplo	 com	 a	 USIM5,	 ação	 que	 esteve	 em
tendência	de	alta	ao	longo	de	2008,	apresentou	um	pivot	de	baixa	formado	pelo
fundo	 anterior	 rompido	 em	meados	 de	 junho	 e	 pelo	 topo	 anterior	 do	 pivot	 no
começo	 de	 junho,	 abaixo	 do	 maior	 topo	 do	 período,	 formado	 em	 meados	 de
maio.	Com	 o	 rompimento	 em	 78,38,	 o	 pivot	 projetava	 uma	 baixa	 com	 último
suporte	em	71,32,	que	foi	perdido.
Figura	3.27 	Exemplo	de	Projeção	de	Pivot	de	baixa:	USIM5
1	SAR	refere-se	à	abreviatura	em	inglês	de	Stop	and	Reversal,	ou	Parar	e	Reverter.
2	O	livro	New	Concepts	in	Technical	Trading	Systems,	de	Welles	Wilder,	foi	escrito	em	1978	e	é
considerado	a	principal	obra	sobre	indicadores	da	literatura	de	análise	técnica.
CAPÍTULO	4
Psicologia	e	Planejamento
Operacional
Ganhos	consistentes	no	mercado	não	dependem	apenas	de	 técnica.	A	atividade
de	um	trader	não	é	uma	ciência	exata.	A	análise	técnica	aumenta	a	probabilidade
de	 ganhos,	 mas	 o	 que	 definirá	 os	 resultados	 é	 o	 planejamento	 do	 trade,	 a
disciplina	em	executá-lo	e	o	controle	de	risco.
4.1	Planejamento	Operacional
Há	um	ditado	famoso	no	mercado	financeiro	que	diz:	“Planeje	seu	trade	e	trade
seu	plano”.1
É	necessário	seguir	algumas	regras	antes	e	durante	o	trade:
	 	 	 O	 primeiro	 passo	 para	 se	 obterem	 ganhos	 consistentes	 é	 não	 ter	 perdas
consistentes;
	 	 	 Crie	 seu	 trading	 system,	 ou	 seja,	 escolha	 o	 que	 usar	 para	 decidir	 quando
comprar	e	quando	vender;
			A	tendência	é	sua	amiga.	Planeje	seus	trades	a	favor	dela;
	 	 	 Aceite	 apenas	 perdas	 pequenas.	 Uma	 perda	 de	 10%	 é	 recuperada	 com	 um
ganho	de	11%.	Todavia,	uma	perda	de	50%	só	é	recuperada	com	um	ganho	de
100%;
	 	 	 Deixe	 seus	 ganhos	 crescerem.	Utilize	 o	 reposicionamento	 de	 stops	 ou	 stop
móvel	para	aumentar	sua	rentabilidade;
	 	 	 Não	 negocie	 muitos	 ativos	 com	 pouco	 capital.	 A	 diversificação	 diminui	 o
risco,	mas	também	diminui	a	rentabilidade;
			Utilize	stops	para	a	redução	de	risco.
			Grandes	tacadas	rápidas	são	raras.	É	mais	fácil	ter	muitos	pequenos	e	rentáveis
trades	rápidos	ou	ter	poucos	e	muito	rentáveis	trades	longos;
			Cuidado	com	boatos	e	dicas;
			Planeje	minuciosamente	seu	trade.	Preencha	sempre	a	tabela	a	seguir	para	cada
trade	analisado.
Código	do	ativo
Preço	de	compra	(PC)
Justificativa	para	compra
1ª	Resistência
2ª	Resistência
Preço-alvo	(PA)
Justificativa	do	preço-alvo
Tempo	estimado	para	o	objetivo
Stop	Loss	(SL)
Justificativa	do	Stop	Loss
Retorno	potencial	(ReP	=	PA	–	PC)
Risco	potencial	(RsP	=	PC	–	SL)
Relação	retorno	potencial	versus	Risco	(Rep/RsP)
Prosseguir	com	a	operação?	s/n?
4.2	Psicologia	de	Mercado
O	 mercado	 é	 formado	 por	 pessoas	 físicas,	 pessoas	 jurídicas,	 investidores
estrangeiros	e	investidores	institucionais.	Ele	é	a	reunião	de	um	enorme	número
de	pessoas	disputando	o	mesmo	objetivo:	 rentabilidade.	O	que	um	participante
do	mercado	compra,	outro	vende.	É	o	que	denominamos	de	soma	zero.	Portanto,
o	 que	 um	 participante	 do	 mercado	 ganha,	 outros	 perdem.	 Logo,	 todos	 os
participantes	do	mercado	querem	seu	dinheiro	e	estão	do	outro	lado	da	mesa.
Conclui-se,	então,	que	um	trader	deve	analisar	o	mercado	sozinho	e	executar	à
risca	seu	planejamento	de	trade.
O	 fato	 de	 analisar	 e	 executar	 um	 trade	 sozinho,	 sem	 a	 interferência	 do
mercado,	 não	 implica	 ir	 contra	 o	mercado.	O	mercado	 é	mais	 forte	 que	 você.
Essa	força	deve	ser	respeitada,	mas	não	deve	ser	temida.	É	possível	que	um	trade
identifique	oportunidades	antes	que	a	maior	parte	do	mercado.	Se	isso	acontecer,
será	um	trade	lucrativo;	se	não	acontecer,	seu	stop	será	acionado.
4.3	Psicologia	de	Massa
A	psicologia	das	massas	diz	que	massas	apresentam	um	comportamento	simples,
muitas	vezes	primitivo	e	repetitivo.	Você	deve	utilizar	esse	conhecimento	a	seu
favor,	e	não	aderir	às	massas.
Muitas	vezes,	 um	 trader	não	 inicia	o	 trade	planejado	devido	à	 influência	de
terceiros,	 da	 mídia	 ou	 do	 mercado.	 É	 impossível	 para	 um	 trader	 controlar	 o
mercado.	 Porém,	 um	 trader	 pode	 controlar	 a	 execução	 de	 seu	 plano	 e	 deve
executá-lo,	independentemente	do	sentimento	do	mercado	ou	de	suas	emoções.
Quando	 um	 trader	 entra	 em	 uma	 operação,	 surgem	 três	 emoções	 comuns:
ganância,	medo	e	paralisia.
A	ganância	 faz	com	que	um	 trader	 entre	 em	 trades	com	muito	 risco,	muitas
vezes	com	tamanho	de	posições	acima	de	sua	capacidade	financeira	e	ignorando
os	sinais	de	reversão.
O	 medo,	 por	 outro	 lado,	 faz	 com	 que	 um	 trader	 muitas	 vezes	 saia	 de	 seu
planejamento	e	encerre	uma	operação	antes	do	planejado.
Segundo	 Steenbarger	 (2003),	 um	 estudo	 identificou	 que	 a	 maioria	 dos
indivíduos	 está	 mais	 sujeita	 a	 correr	 riscos	 para	 perdas	 do	 que	 para	 ganhos.
Nesse	 estudo,	 foram	 distribuídos	 US$1	 mil	 por	 pessoa	 e	 se	 ofereceram	 as
seguintes	alternativas:
			Ter	50%	de	chance	de	ganhar	mais	US$1	mil;	ou
			Ganhar	com	certeza	US$500.
Nesse	 caso,	 84%	 dos	 participantes	 responderam	 que	 prefeririam	 ganhar	 os
US$500	garantidos	a	correr	o	risco	de	ganhar	US$1	mil.
Em	um	momento	posterior,	 foram	oferecidos	US$2	mil	e	as	seguintes	novas
alternativas:
			Ter	50%	de	chance	de	perder	US$1	mil;	ou
			Perder	com	certeza	US$500.
Nesse	 caso,	 70%	 dos	 participantes	 responderam	 que	 prefeririam	 arriscar
perder	os	US$1	mil	a	ter	a	certeza	de	perder	US$500.
A	 paralisia	 ocorre	 quando	 o	mercado	 vai	 contra	 o	 planejamento	 inicial	 e	 o
trade	inicia-se	com	uma	perda.	Nesse	caso,	o	trader	deveria	encerrar	a	operação
no	 ponto	 de	 stop	 identificado	 no	 planejamento	 inicial.	 Porém,	 o	 trader	 ignora
esse	ponto	e	passa	a	torcer	para	que	as	cotações	andem	na	direção	planejada.	Em
geral,	nessa	situação,	as	perdas	do	trader	se	aprofundam	e	ele	inicia	um	processo
de	 negação.	 Nesse	 processo,	 o	 trader	 fica,	 além	 de	 paralisado,	 à	 parte	 do
mercado,	 na	 medida	 em	 que	 passa	 a	 ignorar	 as	 cotações	 e	 não	 busca	 mais
informações	sobre	sua	carteira.
4.4	Controle	de	Risco:	Uso	de	Stops
Conforme	 já	dito,	o	controle	de	risco	é	de	extrema	 importância	para	um	trader
obter	sucesso	em	seus	investimentos.
Controle	de	risco	para	um	trader	não	é	diversificação,	e	sim	utilização	correta
de	stops	e	o	correto	cálculo	da	relação	retorno	potencial	versus	risco	potencial.
Um	trade	só	deve	ser	 iniciado	se,	após	a	análise	e	o	planejamento,	a	relação
retorno	potencial	versus	risco	potencial	for	de,	no	mínimo,	R$3	de	retorno	para
R$1	de	risco.
O	que	define	o	risco	de	um	trade	é	onde	o	stop	é	colocado.	Um	stop	sempre
deve	ser	colocado	abaixo	de	uma	linha	de	suporte.
Os	tipos	de	stop	de	proteção	mais	comuns	são:	stop	loss	e	stop	móvel.
Stop	Loss
É	uma	ordem	de	venda	com	o	preço	abaixo	da	cotação	do	ativo	no	momento	de
sua	colocação.	Tem	como	objetivo	vender	um	papel	com	um	pequeno	prejuízo.
O	stop	loss	fica	em	stand	by,	ou	seja,	aguardando	o	preço	de	disparo	ser	atingido
para	a	ordem	de	venda	ir	para	a	bolsa.	É	utilizado	para	vender	um	ativo	caso	o
mercado	siga	em	direção	contrária	à	esperada.
Stop	Móvel
É	 uma	 venda	 programada,	 assim	 como	 o	 stop	 loss.	Quando	 o	 preço	 do	 papel
chega	ao	preço	programado,	a	ordem	é	enviada	ao	preço	solicitado.
Diferente	 do	 stop	 loss,	 à	medida	que	 a	 cotação	do	papel	 vai	 aumentando,	 o
stop	móvelreprograma	automaticamente	os	valores	de	disparo	e	venda	da	ordem
programada.
Exemplo:
Um	investidor	envia	uma	ordem	stop	móvel	para	VALE5,	que,	no	momento,
está	cotada	a	R$30.
	 	 	Preço	de	disparo	do	 loss:	R$29,10	 (preço	em	que	a	ordem	é	enviada	para	a
bolsa);
			Preço-limite	do	Loss:	R$29,00	(preço	efetivo	de	venda	da	ordem	disparada);
			Início	da	mobilidade:	R$31,00	(preço	em	que	o	stop	começa	a	se	movimentar
para	cima);
			Ajuste	inicial:	R$0,50	(valor	somado	aos	preços	de	disparo	e	limite,	somente
no	primeiro	movimento	do	stop	móvel.
Nesse	 exemplo,	 quando	 ocorrer	 algum	 negócio	 nesse	 papel	 no	 valor	 de
R$31,00	(início)	ou	superior,	serão	somados	R$0,50	(ajuste)	ao	preço	de	disparo
e	ao	preço-limite.
Os	novos	valores	ficam	com	a	seguinte	configuração:
			Preço	de	disparo	do	loss:	R$29,60;
			Preço-limite	do	loss:	R$29,50.
Caso	a	cotação	do	papel	continue	subindo,	o	valor	do	preço	de	disparo	e	do
preço-limite	 sobe	 conforme	 a	 cotação	 do	 papel.	Quando	 o	 papel	 subir	R$0,01
(um	 centavo),	 o	 preço	 de	 disparo	 e	 o	 preço-limite	 também	 sobem	R$0,01(um
centavo).
Caso	 o	 preço	 do	 papel	 recue,	 ou	 seja,	 caia	 de	 R$31,50	 para	 R$30,90,	 por
exemplo,	os	valores	de	disparo	e	limite	do	loss	permanecem	constantes.
Segue	o	planejamento	de	um	trade	com	PETR4:
Figura	4.1 	Exemplo	de	trade	planejado
Essa	análise	foi	feita	da	seguinte	forma:
1.		Identificou-se	uma	tendência	primária	de	baixa	que	foi	rompida	com	um	gap
de	 rompimento	 com	 forte	 volume,	 gerando	 a	 primeira	 oportunidade	 de
compra;
2.		Plotaram-se	duas	médias	móveis	exponenciais:	uma	de	20	dias	e	outra	de	40
dias.	Essas	médias	se	cruzaram	antes	do	rompimento	da	tendência	primária	de
baixa,	alertando	antecipadamente	para	uma	inversão	de	tendência;
3.	 	 Identificou-se	 uma	 tendência	 secundária	 de	 alta.	 Observe	 que	 os	 preços
chegaram	 a	 tocar	 essa	 tendência.	 Um	 trader	 arrojado	 poderia	 utilizar	 essa
proximidade	com	a	LTA	como	um	ponto	de	compra;
4.	 	 Identificou-se	 um	 ponto	 de	 stop	 em	R$24,30,	 abaixo	 da	 LTA	 secundária	 e
abaixo	do	último	fundo	a	tocar	essa	LTA.	Se	os	preços	caíssem	abaixo	desse
nível,	 haveria	 a	 certeza	 de	 que	 um	 novo	 fundo	 seria	 formado	 e	 que	 a	 LTA
secundária	teria	sido	rompida;
5.	 	 Identificou-se	 um	 ombro-cabeça-ombro	 invertido,	 com	 linha	 de	 pescoço
levemente	inclinada;
6.	 	 Aguardou-se	 o	 rompimento	 da	 linha	 de	 pescoço,	 ocorrido	 em	 R$26,51,
gerando	a	segunda	oportunidade	de	compra;
7.		Mediu-se	a	altura	do	OCOI	em	R$10,50,	e	estabeleceu-se	um	preço	projetado
de	R$37,00;
8.		Calculou-se	o	risco	da	operação	em	R$2,21	(R$26,51	–	R$24,30);
9.		Calculou-se	o	Retorno	versus	Risco:	R$10,50/R$2,21;
10.		Decidiu-se	prosseguir	com	a	operação;
11.	 	 Preços	 fizeram	 um	 pullback	 na	 linha	 de	 pescoço	 do	 OCOI,	 gerando	 a
terceira	oportunidade	de	compra	no	ativo.
A	partir	da	análise	foi,	elaborado	portanto,	o	seguinte	plano	de	trade:
Ação PETR4
Preço	de	compra	(PC) R$26,51/ação	em	08/02/2009
Justificativa	para	compra Rompimento	da	Linha	de	Pescoço
do	OCOI
1ª	Resistência R$	30,00
2ª	Resistência R$	35,00
Preço–alvo	(PA) R$37,00/ação
Justificativa	do	preço–alvo Projeção	esperada	para	OCOI
Tempo	estimado	para	o	objetivo 10	a	12	semanas
Stop	Loss	(SL) R$24,30/ação
Justificativa	do	Stop	Loss Abaixo	do	último	fundo	e	acima	do
gap
Retorno	potencial	(ReP	=	PA	–	PC) R$10,50/ação	ou	39,60%
Risco	potencial	(RsP	=	PC	–	SL) R$2,21/ação	ou8,33%
Relação	retorno	potencial	versus	Risco
(Rep/RsP)
R$4,75	de	retorno	para	cada	R$
1,00	de	risco
Prosseguir	com	a	operação? Sim
1	Tradução	do	ditado	norte-americano,	“Plan	your	trade	and	trade	your	plan.”
CAPÍTULO	5
Estratégia	Aplicada
5.1	Estratégia	com	Suportes	e	Resistências	(S/R)
Estratégias	 baseadas	 em	 suportes	 e	 resistências	 visam	 a	 identificar	 pontos	 de
compra	e	de	venda	em	rompimentos	de	 topos	e	fundos,	além	de	oportunidades
de	compra	próximas	aos	suportes	e	de	vendas	próximas	às	resistências.
Ao	ocorrer	um	rompimento,	ou	uma	proximidade	com	importantes	níveis	de
suporte	ou	 resistências	de	preços,	de	 acordo	com	os	estudos	 já	 realizados	pela
teoria	 de	 Dow	 e	 em	 padrões	 gráficos,	 o	 trader	 poderá	 aproveitar-se	 das
flutuações	de	preços	mais	rápidas	e	utilizar	as	barreiras	psicológicas	dos	preços	a
seu	favor.
Operando	S/R	em	Mercados	de	Tendência	de	Alta
Após	 identificar	 a	 tendência	 de	 alta	 no	 papel	 analisado,	 é	 possível	 definir	 os
seguintes	pontos	para	a	operação:
			Entrada	do	trade:	compra	próxima	ao	suporte,	com	preços	superando	o	suporte
com	volume;
	 	 	 Saída	 do	 trade:	 venda	 próxima	 à	 resistência	 seguinte,	 com	 possibilidade	 de
manter	 a	 posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.	 Próximo	 à	 resistência,	 é
recomendável	encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma	venda	simples;
			Nível	de	stop	loss:	no	preço	mínimo	do	atual	suporte	ou	próximo	suporte,	de
acordo	com	o	planejamento	de	risco.
OBSERVAÇÃO:	Na	ausência	de	resistências	próximas	a	serem	rompidas,	o
mais	adequado	é	a	estimativa	por	meio	de	expansões	de	Fibonacci	associadas	a
projeções	do	canal	de	alta.
Ilustração	e	exemplo	dessa	operação:
Figura	5.1 	Operando	S/R	em	mercados	de	tendência	de	alta:	ITAU4
Observe	que,	no	ponto	de	entrada	de	BBDC4,	em	setembro	de	2004,	o	volume
da	queda	foi	baixo	e	a	tendência	predominante	era	de	alta.
Operando	S/R	em	Mercados	de	Tendência	de	Baixa
Após	a	definição	da	 tendência	de	alta	no	papel	 analisado,	podem-se	definir	os
seguintes	pontos	para	a	operação:
			Entrada	do	trade:	venda	próxima	à	resistência,	com	preços	decrescendo	abaixo
da	resistência	e	com	volume;
	 	 	 Saída	 do	 trade:	 compra	 próxima	 ao	 suporte,	 com	possibilidade	 de	manter	 a
posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.	 Próximo	 ao	 suporte,	 é	 recomendável
encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma	compra	simples;
	 	 	 Nível	 de	 stop	 loss:	 no	 preço	 máximo	 da	 atual	 resistência	 ou	 da	 próxima
resistência,	de	acordo	com	o	planejamento	de	risco.
OBSERVAÇÃO:	Na	ausência	de	resistências	próximas	a	serem	rompidas,	o
mais	adequado	seria	a	estimativa	por	meio	de	expansões	de	Fibonacci	associadas
a	projeções	do	canal	de	baixa.
Ilustração	e	exemplo	dessa	operação:
Figura	5.2 	Operando	S/R	em	mercados	de	tendência	de	baixa:	EMBR3
Operando	S/R	em	Mercados	Laterais
A	abordagem	de	um	canal	lateral	para	estratégias	de	S/R	incorpora	elementos	de
tendência	de	alta	e	de	baixa,	como	veremos	adiante.
Após	a	definição	da	tendência	lateral	no	papel	analisado,	podem-se	definir	os
seguintes	pontos	para	a	operação:
Para	compra:
			Entrada	do	trade:	recuperação	dos	preços	após	toque	do	suporte	indica	compra;
			Saída	do	 trade:	venda	abaixo	da	próxima	resistência,	com	a	possibilidade	de
manter	 a	 posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.	 Próximo	 à	 resistência,	 é
recomendável	encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma	venda	simples;
	 	 	Nível	 de	 stop	 loss:	 no	 preço	mínimo	 ou	 a	 um	 preço	menor	 do	 que	 o	 atual
suporte,	de	acordo	com	o	planejamento	de	risco.
Para	venda:
		 	Entrada	do	trade:	a	perda	do	nível	de	preços	após	toque	da	resistência	indica
venda	se	a	alta	for	identificada	com	volume	baixo;
	 	 	 Saída	 do	 trade:	 compra	 acima	 do	 próximo	 suporte,	 com	 a	 possibilidade	 de
manter	 a	 posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.	 Próximo	 ao	 suporte,	 é
recomendável	encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma	compra	simples;
	 	 	 Nível	 de	 stop	 loss:	 no	 preço	máximo	 ou	 a	 um	 preço	maior	 do	 que	 a	 atual
resistência,	de	acordo	com	o	planejamento	de	risco.
A	ilustração	dessas	operações	está	logo	a	seguir:
Figura	5.3 	Operando	S/R	em	mercados	laterais
A	seguir,	um	exemplo	com	o	papel	ELET6	em	2008:
Figura	5.4 	Operando	S/R	em	mercados	laterais:	CPFE3
Veja	 como,	 na	 data	 selecionada	 como	 a	 indicada	 para	 compra,	 houve	 forte
diminuição	 de	 volume	 sobre	 suporte,	 sinalizando	 a	 compra.	 No	 dia	 seguinte,
ainda	que	a	baixa	tenha	servido	apenas	para	confirmar	a	operação,	o	stop	não	foi
acionado,	e	opapel	com	volume	crescente	rapidamente	atingiu	o	objetivo.	Nessa
mesma	situação,	a	operação	de	venda	poderia	 ser	acionada,	pois	a	 tentativa	de
rompimento	ocorreu	com	volume	baixo,	e	o	papel	novamente	buscou	a	região	de
suporte	em	23,20.
Operando	S/R	com	Padrões
Muitos	 padrões	 apresentam	em	 sua	 formação	 a	 presença	de	S/R,	 em	que	 cabe
uma	análise	de	como	operar	S/R	em	padrões.
Após	 a	 identificação	 do	 padrão	 no	 papel	 analisado,	 podem-se	 definir	 os
seguintes	pontos	para	a	operação:
	 	 	 Entrada	 do	 trade:	 rompimento	 das	 linhas	 de	 referência	 (S/R	 inclinados	 ou
horizontais);
			Saída	do	trade:	projeção	do	preço	objetivo	no	padrão,	com	eventual	ajuste	de
stop	em	casos	de	pullbacks,	o	que	poderia	significar	uma	saída	antecipada	do
papel;
			Nível	de	stop	loss:	último	fundo	(em	caso	de	padrões	de	alta)	ou	último	topo
(em	caso	de	padrões	de	baixa).
A	 seguir,	 um	 exemplo	 de	 padrão	 identificado.	 Repare	 que,	 nesse	 caso,	 o
suporte	 rompido	 refere-se	 à	 linha	 de	 pescoço	 do	 ombro-cabeça-ombro
identificado:
Figura	5.5 	Operando	S/R	com	padrões:	PETR4
Operando	S/R	Horizontais
S/R	horizontais	referem-se	a	situações	em	que	existem	suportes	ou	resistências
não	associados	a	outros	elementos	gráficos,	tais	como	padrões	ou	canais.	Nesse
caso,	 a	 operação	 de	 S/R	 vai	 ocorrer	 com	 base	 em	 rompimentos,	 desde	 que
confirmados	pelo	volume.
Esse	tipo	de	operação	também	é	aplicado	a	suportes	e	resistências	em	números
redondos,	de	último	fundo	e	último	topo,	e	de	fundos	e	topos	históricos.
Após	 a	 identificação	 do	 padrão	 no	 papel	 analisado,	 podem-se	 definir	 os
seguintes	pontos	para	a	operação:
Para	compra:
	 	 	 Entrada	 do	 trade:	 rompimento	 de	 resistência	 horizontal	 identificada,	 com
volume;
			Saída	do	trade:	venda	abaixo	da	próxima	resistência	(projetada,	se	não	houver),
com	 a	 possibilidade	 de	 manter	 a	 posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.
Próximo	à	resistência,	é	recomendável	encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma
venda	simples;
	 	 	Nível	 de	 stop	 loss:	 no	 preço	mínimo	 ou	 a	 um	 preço	menor	 do	 que	 o	 atual
suporte,	de	acordo	com	o	planejamento	de	risco.
Para	venda:
			Entrada	do	trade:	rompimento	de	suporte	horizontal	identificado,	com	volume;
			Saída	do	trade:	compra	acima	do	próximo	suporte	(projetado,	se	não	houver),
com	 a	 possibilidade	 de	 manter	 a	 posição	 caso	 o	 volume	 seja	 crescente.
Próximo	ao	suporte,	é	recomendável	encurtar	o	stop,	em	vez	de	efetuar	uma
compra	simples;
	 	 	 Nível	 de	 stop	 loss:	 no	 preço	máximo	 ou	 a	 um	 preço	maior	 do	 que	 o	 atual
suporte,	de	acordo	com	o	planejamento	de	risco.
Segue	uma	ilustração	das	operações	identificadas	S/R	horizontais.
Figura	5.6 	Operando	S/R	horizontais
Vale	notar	que,	nesse	caso,	a	projeção	do	objetivo	foi	dada	por	uma	simples
distância	 de	 S/R	 projetados	 além	 do	 ponto	 de	 entrada.	 Como	 já	 visto	 em
capítulos	anteriores,	existem	diversas	maneiras	de	se	projetarem	esses	objetivos,
dependendo	do	perfil	de	operação	e	das	premissas	utilizadas.
O	exemplo	a	seguir	de	operações	sugeridas	em	SDIA4	não	só	exibe	os	dois
casos	dessa	estratégia,	como	também	é	um	exemplo	rico	em	outras	situações	de
rompimentos	de	S/R,	inclusive	do	tópico	anterior.
Figura	5.7 	Operando	S/R	horizontais:	RDCD3
Operando	S/R	de	Médias	Móveis
As	médias	móveis,	quando	tratadas	individualmente,	podem	ser	utilizadas	para	a
formulação	de	estratégias	de	S/R,	atuando	como	S/R	dinâmicos	do	papel,	dada
sua	 natureza	 móvel.	 Vale	 ressaltar	 que,	 como	 muitos	 analistas	 e	 investidores
utilizam	médias	em	suas	análises,	elas	acabam	se	 tornando	 importantes	aliadas
na	determinação	de	S/R.
Um	 exemplo	 desse	 caso	 refere-se	 à	 média	 de	 200	 períodos,	 que	 reflete
comportamentos	 de	 longo	 prazo	 quando	 aplicados	 a	 gráficos	 de	 periodicidade
diária.	É	bastante	 comum	notar	uma	 força	de	 reação	ao	 rompimento	 acima	ou
abaixo	dessa	média	na	maioria	dos	papéis.
Observe	o	exemplo	de	um	gráfico	de	longo	prazo	em	AMBV4:
Figura	5.8 	Operando	S/R	de	médias	móveis:	AMBV4
Repare	que,	 nos	momentos	 indicados	pelas	 linhas	verticais,	 o	gráfico	 indica
muita	dificuldade	para	romper	sua	média	de	200	períodos	em	direção	contrária	à
sua	tendência	atual.
5.2	Estratégia	de	Cruzamento	com	Médias	Móveis
O	cruzamento	de	médias	móveis	é	a	estratégia	básica	e	mais	robusta	disponível
para	 a	 utilização	 de	 médias	 móveis,	 independentemente	 do	 tipo	 de	média	 em
questão.
Conforme	 visto	 anteriormente,	 por	 meio	 de	 médias	 móveis,	 é	 possível
identificar	tendências.	Utilizando	três	médias	móveis	–	uma	de	20	dias,	uma	de
40	 dias	 e	 uma	 de	 60	 dias	 –,	 é	 possível	 verificar	 a	 direção	 de	 uma	 tendência
quando	 as	médias	 se	 alinham.	 Em	 uma	 tendência	 de	 alta,	médias	mais	 curtas
apresentam	os	maiores	valores,	 enquanto,	 em	 tendência	de	baixa,	médias	mais
longas	apresentam	os	maiores	valores.
Devido	a	esse	alinhamento	das	médias	de	acordo	com	a	tendência,	é	possível
identificar	alterações	na	tendência	quando	as	médias	alternam	seu	alinhamento.
Se	o	papel	está	em	tendência	de	baixa	e	a	média	móvel	de	20	dias	cruza	de	baixo
para	cima	as	médias	móveis	de	40	dias	e	60	dias,	respectivamente,	é	um	sinal	de
que	a	tendência	pode	estar	se	alterando.	Se,	posteriormente,	a	média	de	40	dias
cruzar	de	baixo	para	cima	a	média	de	60	dias,	as	médias	estarão	alinhadas	em
formação	de	tendência	de	alta,	o	que	identifica	a	reversão	de	tendência.
A	 partir	 dessa	 premissa,	 é	 possível	 adotar	 as	 seguintes	 hipóteses	 para
fundamentar	nossa	estratégia:
	 	 	Quando	 duas	 ou	mais	médias	 estão	 alinhadas	 em	movimento	 ascendente,	 o
papel	está	em	tendência	de	alta;
			Quando	duas	ou	mais	médias	estão	alinhadas	em	movimento	descendente,	o
papel	está	em	tendência	de	baixa;
	 	 	 Quando	 duas	 ou	mais	médias	 divergem	 de	 direção,	 temos	 um	mercado	 em
momento	de	indecisão;
			Quando	duas	ou	mais	médias	andam	muito	próximas	entre	si,	com	ou	sem	os
preços	próximos,	o	mercado	é	lateral.
Dessas	hipóteses,	surgem	os	momentos	de	entrada	e	saída	das	operações	pelo
cruzamento	de	médias	móveis:
			Quando	a	média	curta	cruza	de	baixo	para	cima	a	média	longa,	o	mercado	é	de
alta;
			Quando	a	média	curta	cruza	de	cima	para	baixo	a	média	longa,	o	mercado	é	de
baixa.
Observação:	 esse	 tipo	 de	 estratégia	 é	 uma	 das	 poucas	 que	 ignoram
completamente	 os	 efeitos	 do	 volume	 sobre	 as	 decisões	 da	 estratégia	 a	 ser
tomada.
A	seguir,	um	exemplo	da	identificação	desses	momentos	em	BBAS3.
Figura	5.9 	Exemplo	de	Estratégia	de	Cruzamento	com	Médias	Móveis:	BBAS3
Nesse	 gráfico,	 foram	 identificados	 os	 principais	 movimentos	 do	 papel	 em
relação	 às	 suas	 médias,	 em	 que	 os	 números	 indicam	 os	 seguintes	 momentos
identificados:
2002:	Clara	tendência	de	baixa;
2003:	Tendência	indefinida;
2004:	Tendência	indefinida;
2005:	Tendência	indefinida;
2006	Clara	tendência	de	alta;
2007:	Tendência	indefinida;
2008:	Clara	tendência	de	alta;
2009:	Clara	tendência	de	alta;
2010:	Clara	tendência	de	baixa.
Para	 identificar	 as	 operações	 compradas	 e	 vendidas,	 basta	 reconhecer	 o
posicionamento	das	médias,	conforme	já	descrito.
Em	 termos	 práticos,	 identificar	 uma	 média	 de	 curto	 e	 de	 longo	 prazo	 que
reflitam	 da	melhor	maneira	 possível	 os	movimentos	 de	 um	 dado	 papel	 é	 uma
pesquisa	empírica	que,	em	geral,	parte	de	um	processo	de	simples	comparação
de	pares	de	médias,	que	pode	ser	demorado	para	o	investidor	mais	exigente,	caso
não	exista	um	método	otimizador.
No	entanto,	deixamos	aqui	registrados	os	valores	de	médias	mais	comuns	para
a	 composição	 de	 pares,	 muitos	 dos	 quais	 são	 extraídos	 da	 sequência	 de
Fibonacci:	3,	5,	8,	10,	13,	20,	21,	30,	34,	50,	55,	80,	100,	150,	200	e	300.
CAPÍTULO	6
Próximos	Passos
Assim	como	no	primeiro	livro,	volto	a	enfatizar	a	importância	e	a	necessidade	do
aprendizado	 contínuo.	 Sugiro	 que	 acesse	 o	 site	 do	 investeducar	 e	 verifique	 a
agenda	de	cursos,	além	dos	eventos	gratuitos	que	sãopromovidos	pela	empresa.
Em	seguida,	inscreva-se	no	Folhainvest	ou	no	UOLinvest,	sites	de	simulações
de	investimentos,	e	invista	seus	reais	fictícios.
Por	fim,	abra	uma	conta	em	um	Home	Broker	e	comece	a	investir	com	pouco
dinheiro,	pois	somente	dessa	forma	será	possível	saber	quais	serão	suas	reações
frente	 aos	movimentos	 de	 alta	 e	 de	 baixa	 do	mercado.	Por	mais	 real	 que	 uma
simulação	seja,	nunca	será	completa,	pois	você	sempre	saberá	que,	no	fim,	não
perderá	dinheiro	de	verdade.
Elaborei	 uma	 lista	 de	 sites	 úteis,	 categorizados	 por	 assuntos	 e	 com	 breves
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https://www.investbolsa.com.br/Investir-na-Bolsa/Analises/
https://www.investbolsa.com.br/Sistema/operador.aspx
do	investbolsa.
			Investeducar:	http://www.investeducar.com.br/Grafico/NoApplet.aspx
Ferramenta	on-line	de	análise	técnica.	Disponível	gratuitamente.
			Grafix:	http://www.grafix2.com
Apesar	 de	 poucos	 recursos,	 é	 uma	 das	 poucas	 ferramentas	 gratuitas
disponíveis.
			StockCharts:	http://www.stockcharts.com
Site	americano	com	recursos	on-line	de	análise	técnica.
			AEBroadcast:	http://www.ae.com.br/institucional/aeb.htm
Ferramenta	de	análise	técnica	da	Agência	Estado.	Serviço	pago.
			Enfoque:	http://www.enfoque.com.br
Ferramenta	de	análise	técnica	da	Enfoque.	Serviço	pago.
			CMA:	http://www.cma.com.br
Ferramenta	de	análise	técnica	da	CMA.	Serviço	pago.
			ProfitChart:	http://www.nelogica.com.br
Ferramenta	de	análise	técnica	da	Nelogica.	Serviço	pago.
			Cedro:	http://www.cedrofinances.com.br
Ferramenta	de	análise	técnica	da	Cedro	Finances.	Serviço	pago.
			Apligraf:	http://www.apligraf.com.br
Ferramenta	de	análise	técnica	da	Apligraf.	Serviço	pago.
http://www.investeducar.com.br/Grafico/NoApplet.aspx
http://www.grafix2.com
http://www.stockcharts.com
http://www.ae.com.br/institucional/aeb.htm
http://www.enfoque.com.br
http://www.cma.com.br
http://www.nelogica.com.br
http://www.cedrofinances.com.br
http://www.apligraf.com.br
ANEXO	I
Suportes	e	Resistências	Topos	e	Fundos/Canais
1.		Identifique	no	gráfico	a	seguir:
			Tendência	primária	de	alta;
			Tendência	primária	de	baixa;
			Cinco	tendências	secundárias;
			Cinco	tendências	terciárias.
2.		Identifique	as	três	fases	indicadas	por	Dow	para	o	movimento	de	alta	a	seguir.
3.	 	 Identifique	o	canal	de	baixa	do	papel	a	seguir,	 indicando	os	 topos	e	 fundos
tangentes	ao	canal	de	baixa.
4.	 	 Identifique	 o	 canal	 de	 alta	 do	 papel	 a	 seguir,	 indicando	 os	 topos	 e	 fundos
tangentes	ao	canal	de	alta.	Repare	que	o	canal	de	alta	foi	perdido	no	meio	de
junho.
ANEXO	II
Padrões	Gráficos
1.	 	No	gráfico	 a	 seguir,	 identifique	 os	S/R,	 uma	 formação	de	OCO	e	 um	 topo
duplo.	Sugira	compra	ou	venda	do	papel	com	base	nesse	gráfico.	Defina	um
nível	de	stop.
2.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	um	canal	de	alta.	Sugira	compra	ou
venda	do	papel	com	base	nesse	gráfico.	Defina	um	nível	de	stop.
3.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	um	canal	de	baixa.	Sugira	compra	ou
venda	do	papel	com	base	nesse	gráfico.	Defina	um	nível	de	stop.
4.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	uma	flâmula	de	alta	em	novembro.
Sugira	compra	ou	venda	do	papel	com	base	no	gráfico	para	o	último	pregão.
Defina	um	nível	de	stop.
5.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	um	topo	triplo	que	perdeu	o	suporte.
Sugira	um	objetivo	de	preço	com	base	no	rompimento	desse	suporte.
6.		No	gráfico	seguinte,	identifique	os	S/R	e	um	triângulo	simétrico.	Sugira	um
objetivo	de	preço	com	base	no	rompimento	desse	suporte.	Defina	um	nível	de
stop.
7.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	um	canal	de	alta	e	um	canal	de	baixa.
Identifique	 também	 os	 pontos	 do	 pivot	 de	 baixa,	 principais	 topos	 e	 fundos.
Identifique	 os	 dois	 momentos	 em	 que	 o	 gráfico	 confirmou	 a	 reversão	 de
tendência.
8.		No	gráfico	a	seguir,	identifique	os	S/R	e	um	canal	lateral.	Identifique	também
o	 ponto	 de	 perda	 do	 suporte.	 Projetea	 queda	 desse	 papel	 e	 faça	 uma
recomendação	de	preço-alvo	para	baixo.	Defina	um	nível	de	stop.
Referências
Livros
1.	ACHELIS	Steven	B.	Technical	Analysis	from	A	to	Z	2ª	ed	Nova	York:	McGraw-Hill;	2000.
2.	BULKOWSKI	Thomas	N.	Encyclopedia	of	Candlestick	Charts	Nova	Jersey:	Wiley	Trading;	2008.
3.	BULKOWSKI	Thomas	N.	Encyclopedia	of	Charts	Patterns	2ª	ed.	Nova	Jersey:	Wiley	Trading;
2008.
4.	BULKOWSKI	Thomas	N.	Trading	Classic	Charts	Patterns	Nova	York:	Wiley	Trading;	2002.
5.	EDWARDS	Robert	D,	MAGEE	John.	Technical	Analysis	of	Stock	Trends	8ª	ed.	Flórida:	CRC
Press	LLC;	2001.
6.	ELDER	Alexander.	Trading	for	a	Living	Nova	York:	Wiley	Trading;	1993.
7.	FARLEY	Alan	S.	The	Master	Swing	Trader	Nova	York:	McGraw-Hill;	2001.
8.	KIEV	Ari.	The	Psychology	of	Risk	Nova	York:	Wiley	Trading;	2002.
9.	MELDELSOHN	Louis	B.	Trend	Forecasting	with	Technical	Analysis	Nova	York:	Marketplace
Books;	2000.
10.	MURPHY	John	J.	Charting	Made	Easy	Nova	York:	Marketplace	Books;	2000.
11.	NORONHA	Márcio.	Análise	técnica:	teorias,	ferramentas	e	estratégias	1ª	ed.	Rio	de	Janeiro:	Editec;
1995;	.
12.	PETERSON	Richard.	Desvendando	a	mente	do	investidor	Rio	de	Janeiro:	Elsevier;	2008.
13.	STEENBARGER	Brett	N.	The	Psychology	of	Trading	Nova	Jersey:	Wiley	Trading;	2003.
Websites
1.	http://pt.wikipedia.org/.
2.	http://www.investbolsa.com.br/.
3.	http://www.investeducar.com.br/.
http://pt.wikipedia.org/
http://www.investbolsa.com.br/
http://www.investeducar.com.br/
	OdinRights
	Folha de rosto
	Sumário
	Cadastro
	Copyright
	Agradecimentos
	Apresentação
	Prefácio
	CAPÍTULO 1. Análise Técnica
	1.1 Introdução
	1.2 Conceitos Gerais
	1.3 Ajustes no Gráfico
	1.4 Teoria de Dow
	CAPÍTULO 2. Padrões Gráficos
	Topos e Fundos
	2.1 Suportes e Resistências
	2.2 Tendências
	2.3 Triângulos
	2.4 Bandeiras
	2.5 Flâmulas
	2.6 Retângulos
	2.7 Ombro-Cabeça-Ombro (OCO)
	2.8 Topo Duplo
	2.9 Topo Triplo
	2.10 Ombro-Cabeça-Ombro Invertido (OCOI)
	2.11 Fundo Duplo
	2.12 Fundo Triplo
	2.13 Gaps
	2.14 Padrões de Candlesticks
	CAPÍTULO 3. Indicadores Técnicos
	3.1 Indicadores de Tendência
	3.2 Indicadores de Volume
	3.3 Indicadores de Reversão de Tendência
	3.4 Fibonacci e Elliot
	CAPÍTULO 4. Psicologia e Planejamento Operacional
	4.1 Planejamento Operacional
	4.2 Psicologia de Mercado
	4.3 Psicologia de Massa
	4.4 Controle de Risco: Uso de Stops
	CAPÍTULO 5. Estratégia Aplicada
	5.1 Estratégia com Suportes e Resistências (S/R)
	5.2 Estratégia de Cruzamento com Médias Móveis
	CAPÍTULO 6. Próximos Passos
	ANEXO I: Suportes e Resistências Topos e Fundos/Canais
	ANEXO II: Padrões Gráficos
	Referências
	Livros
	Websites

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