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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Padrões Gráficos Topos e Fundos 2.1 Suportes e Resistências 2.2 Tendências 2.3 Triângulos 2.4 Bandeiras 2.5 Flâmulas 2.6 Retângulos 2.7 Ombro-Cabeça-Ombro (OCO) 2.8 Topo Duplo 2.9 Topo Triplo 2.10 Ombro-Cabeça-Ombro Invertido (OCOI) 2.11 Fundo Duplo 2.12 Fundo Triplo 2.13 Gaps 2.14 Padrões de Candlesticks CAPÍTULO 3. Indicadores Técnicos 3.1 Indicadores de Tendência 3.2 Indicadores de Volume 3.3 Indicadores de Reversão de Tendência 3.4 Fibonacci e Elliot CAPÍTULO 4. Psicologia e Planejamento Operacional 4.1 Planejamento Operacional 4.2 Psicologia de Mercado 4.3 Psicologia de Massa 4.4 Controle de Risco: Uso de Stops CAPÍTULO 5. Estratégia Aplicada 5.1 Estratégia com Suportes e Resistências (S/R) 5.2 Estratégia de Cruzamento com Médias Móveis CAPÍTULO 6. Próximos Passos ANEXO I: Suportes e Resistências Topos e Fundos/Canais ANEXO II: Padrões Gráficos Referências Livros Websites Cadastro Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e as promoções da Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo, últimos lançamentos e serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br http://www.elsevier.com.br Copyright © 2010, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: Clara Silva Revisão: Cindy Leopoldo e Letícia Fiéis Editoração Eletrônica: Estúdio Castellani Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16º andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8º andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP – Brasil Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 sac@elsevier.com.br ISBN 978-85-352-5794-6 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. mailto:sac@elsevier.com.br Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ P977f Puga, Rodrigo Formação de traders [recurso eletrônico] : faça dinheiro na bolsa com a análise técnica / Rodrigo Puga, Márcio Rodrigues. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2012. recurso digital (ExpoMoney) Formato: ePub Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-352-5794-6 (recurso eletrônico) 1. Mercado financeiro. 2. Investimentos. 3. Ações (Finanças). 4. Finanças pessoais. 5. Livros eletrônicos. I. Rodrigues, Márcio. II. Título. III. Série. 12-4142. CDD: 332.63 CDU: 336.76 20.06.12 04.07.12 036664 Agradecimentos Pela realização de mais este sonho, objetivando a formação de investidores de sucesso no Brasil, agradeço a: minha família e meu filho, pela paciência, alegria e apoio durante minha vida; Iraihana Leonardi, pelo apoio, revisão dos originais e sugestões de melhorias; Eric Martins e Rodrigo Mikan, pela revisão dos tópicos e sugestões de melhorias; Nelson Bizzacchi Spinelli e Nelson Spinelli Neto, pelo apoio na realização do projeto educacional; Bruno Dias, por participar ativamente do desenvolvimento educacional do mercado; Andre Gebaile, pelo cuidado na elaboração do design deste livro; Gustavo Cerbasi, pelo convite para participar da Coleção Expo Money e pela revisão; Robert Dannenberg, Raimundo Magliano Neto, Carlos Valim e André Dias, pelo constante aprendizado proporcionado pela Expo Money e por nossas conversas sobre o mercado; Meus alunos na Investeducar, por me ensinarem tanto quanto eu os ensino; Meus colegas e clientes da Spinelli/investBolsa, pela interação e aprendizado diário, que proporcionaram o engrandecimento deste livro. Rodrigo Puga … Aos meus pais, pelo apoio e compreensão, para os quais não caberia neste trabalho o meu agradecimento; Mariza Hirata, pela compreensão, apoio e companhia sempre presente; Eric Martins e Rodrigo Mikan, pelo excepcional trabalho em equipe; Bruno Dias, Elaine Souza e Roberto Ushisima, pelo apoio e trabalho em equipe; Angelo Larozi, pela troca de experiência em análise técnica; Agradeço a todas as pessoas ao meu redor, amigos e colegas de trabalho, que tornaram isso real de alguma maneira. Cada esforço individual fornecido em meu apoio finalmente toma forma e é tangível. Márcio Rodrigues Apresentação Nos últimos anos, a educação financeira cresceu imensamente no Brasil e, com ela, o interesse de antigos poupadores – que já podem, atualmente, ser chamados de investidores – por investimentos mais complexos e inteligentes, por ferramentas inovadoras e por múltiplas fontes de informação. O número de investidores pessoa física acompanhou essa evolução e superou a marca de meio milhão de pessoas no Brasil. Grande parte desses novos investidores são pessoas jovens, antenadas, com amplo acesso à informação, aficionadas por tecnologia e com planos ambiciosos e ousados para a vida. São pessoas como o Rodrigo Puga, o jovem mas experiente profissional que conheci nos estandes da Corretora Spinelli durante as primeiras Expo Money. A empresa em que trabalha procurou acompanhar essa fabulosa transformação do mercado, inovando na comunicação com seus clientes, redesenhando seus processos, investindo em tecnologia e desenvolvendo um modelo inovador de educação. Como aconteceu com a maioria das corretoras brasileiras, a Spinelli teve de rejuvenescer para dignificar sua participação do mercado. O Rodrigo participou de todo esse processo desafiador, contribuindo com seu conhecimento e sua juventude. Uma forte característica dessa juventude que vive uma realidade cada vez mais virtual é a generosidade em compartilhar suas informações, unir amigos em comunidades e trazê-los para o mundo de oportunidades que está cada vez mais acessível. Compartilhar ideiasinteligentes é o que o Rodrigo procurou fazer através deste livro, ainda à moda antiga (ou seja, em livro), mas trazendo a inovação do uso das mais novas ferramentas tecnológicas do mercado de bolsa. Ao ter em mãos um material tão abrangente e inteligente, fiquei feliz em perceber que mais um profissional renomado do mercado correspondeu, de maneira competente, ao propósito da Coleção Expo Money: levar a um público amplo um conhecimento de alto nível e de forma acessível, em linguagem adequada até aos não iniciados. Essa é uma importante contribuição não só para o mercado de capitais brasileiro, mas também para a melhoria da qualidade das carteiras de investimento da população. Gustavo Cerbasi Hoje, mais do que nunca, temos que conquistar a nossa independência financeira para que possamos ter um futuro melhor. Normalmente não somos disciplinados em relação ao nosso dinheiro, não aprendemos a lidar com ele em nossa educação e nem sempre temos a oportunidade de aprimorar nossos conhecimentos sobre investimentos e os diversos aspectos do mercado de capitais. Por isso a Coleção Expo Money foi desenvolvida, como um agente transformador da sociedade, um guia para compreender melhor este maravilhoso mundo dos investimentos. O conhecimento que você está adquirindo foi desenvolvido por um especialista no assunto e terá grande utilidade no entendimento das questões que tanto nos afligem: cuidar melhor do nosso dinheiro e do nosso futuro. O grande segredo para um futuro financeiro melhor e mais eficiente está, agora, em suas mãos. Lembre-se, não existe fórmula mágica para ficar rico, o mais importante está na sua atitude diante das oportunidades que se apresentam para você. O nosso objetivo como coordenadores desta coleção é a transformação para uma sociedade mais justa e digna para todos. Boa leitura! Robert Dannenberg Presidente www.expomoney.com.br http://www.expomoney.com.br Prefácio Em primeiro lugar, é sempre muito bom observar a chegada no mercado de uma nova safra de autores tratando de assuntos da mais alta relevância para o mercado financeiro brasileiro. Lembremo-nos que a popularização da renda variável ainda tem um longo caminho a ser percorrido e este livro presta-se ao nobre serviço de deixar mais acessível às pessoas físicas as operações de bolsa. Nesta obra, são apresentados os principais conceitos relativos à análise técnica de maneira ordenada, clara e didática. A leitura fácil é permeada por exemplos simples e esclarecedores, tornando a tarefa de percorrer da primeira até a última página uma experiência verdadeiramente agradável. Boa leitura, Rafael Paschoarelli Veiga Professor do Departamento de Administração da FEA-USP e responsável pelo comdinheiro.com.br http://comdinheiro.com.br CAPÍTULO 1 Análise Técnica 1.1 Introdução O trader é um investidor que busca rentabilidade nos movimentos de curto prazo, a fim de superar o índice benchmark de mercado, por exemplo, o Ibovespa, pelo aproveitamento das oportunidades e da volatilidade do mercado. Devido às suas características de investimento no curto prazo, um trader bem- sucedido utiliza o ferramental de análise técnica e deve ter rígido controle de risco e emocional. Além disso, o trader deve planejar seus investimentos minuciosamente, identificando os pontos de entrada e saída, além dos motivos que o levaram a tomar essas decisões. A análise técnica, também conhecida como análise gráfica, é o estudo da variação dos preços dos ativos por meio da leitura de gráficos e indicadores que buscam antecipar os movimentos futuros do ativo pelos padrões de comportamento conhecidos. Por meio da análise técnica, não se tem certeza do que vai ocorrer com o preço do ativo, mas é possível estimar sua próxima variação de preço e traçar uma estratégia que aumente a probabilidade de êxito de uma operação. O termo “análise técnica” deriva do inglês technical analysis. Os americanos optaram por essa nomenclatura por ser mais abrangente do que “análise gráfica”. A análise técnica compreende a análise de padrões gráficos, mas não se restringe a isso. Ela também compreende análise de indicadores técnicos, teorias derivadas da física,1 análise comportamental do mercado, análise quantitativa e automatização de sistemas de operações.2 josecristovaosilva Realce 1.2 Conceitos Gerais Histórico Leonardo Pisano, Munehisa Homma, Charles Henry Dow e Ralph Nelson Elliot são os principais nomes associados à formação da teoria da análise técnica. Leonardo Pisano (1170-1250) Figura 1.1 Leonardo Pisano (1170-1250) Leonardo Pisano é mais conhecido como Leonardo Fibonacci. Fibonacci é a contração em latim de “filho de Bonacci” (fillius Bonacci), nome de seu pai. Fibonacci foi um matemático europeu do século XII. Fibonacci viajou pelos países europeus e árabes com o objetivo de estudar matemática, sua grande paixão. Em 1202, com 32 anos, publicou o Livro do ábaco (Liber abacci), que contém uma grande quantidade de assuntos relacionados a aritmética e álgebra, introduzindo na Europa o uso de números hindu-arábicos, o número zero3 e operadores matemáticos. Esse livro foi um marco na história da matemática e impulsionou o desenvolvimento matemático na Europa nos séculos seguintes. A descoberta de fundamental importância para o estudo da análise técnica é a chamada razão áurea, obtida pela operação com valores da famosa sequência de Fibonacci, que surgiu após um desafio da época sobre a representação da população de coelhos, dada sua reprodução natural a cada período certo de tempo. A sequência obtida foi 1, 1, 2, 3, 5, 8 etc. Esta sequência, identificada frequentemente na natureza, depois foi aplicada em movimentações de preços no mercado de ações. Munehisa Homma No século XVIII, durante o Japão feudal, a base da economia era o arroz. Muitos viviam do comércio desse produto, que se tornou a moeda nacional. Um dos homens mais ricos e poderosos da época era Yodoya Keian, um dos maiores comerciantes de arroz do Japão. Em seu jardim, formou-se o primeiro local de comércio de arroz, que mais tarde foi oficializado como Bolsa de Arroz Dojima (Dojima Rice Exchange). Nessa época, havia uma família rica de fazendeiros de arroz, chamada Homma. Quando o patriarca da família Homma faleceu, o controle dos negócios passou para Munehisa Homma. Embora fosse o filho mais novo e se mostrasse contrário à tradição japonesa, Munehisa assumiu o controle dos negócios da família em razão de sua capacidade. Munehisa Homma desenvolveu sua teoria com base em registros detalhados sobre condições de clima, negociações realizadas e preços do arroz. Para entender melhor a psicologia dos investidores, ele analisou todos os negócios, até mesmo os realizados no jardim de Yodaya. A forma de armazenagem dessas informações era gráfica, cujo desenho era representado por corpos brancos e negros parecidos com velas de iluminação. Hoje, esse padrão de visualização gráfica é conhecido como candlesticks. Em 1755, Munehisa escreveu A fonte do ouro, o primeiro livro conhecido sobre psicologia de mercado. Munehisa é um dos investidores de maior sucesso de que se tem conhecimento; dominou a Bolsa de Dojima e acumulou uma fortuna estimada em US$100 bilhões atuais. Diante de tanto sucesso, recebeu o título de Samurai. Charles Henry Dow (1851-1902) Charles Henry Dow, importante jornalista norte-americano, nascido no Brooklyn, em Nova York, desenvolveu os princípios básicos da Análise Técnica. Charles Dow foi cofundador da Dow Jones & Company, com Edward Jones e Charles Bergstresser. Dow também fundou o The Wall StreetJournal, que se tornou a publicação de finanças mais respeitada do mundo. Entre as grandes contribuições que ofereceu ao mercado financeiro, destacam- se a criação do índice Dow Jones e uma série de princípios para entender e analisar o comportamento do mercado, que se tornou conhecida por Teoria de Dow. Figura 1.2 Charles Dow (1851-1902) É interessante observar que Charles Dow não escreveu sua teoria. A teoria surgiu após sua morte, quando William P. Hamilton assumiu seu lugar no The Wall Street Journal e publicou as ideias que deram origem à Teoria Dow.4 Essas ideias foram reunidas em um livro editado por Hamilton em 1922. Ralph Nelson Elliot (1871-1948) Figura 1.3 Nelson Elliot (1871-1948) Alguns anos mais tarde, Ralph Nelson Elliot publicou sua Teoria de Ondas. Elliot era engenheiro, mas, após uma grave enfermidade nos anos 30, começou a analisar os preços das ações, especialmente o Índice Dow Jones. Depois de uma série de previsões corretas do mercado, Elliot publicou artigos na Financial World Magazine, em 1939. Sua teoria completa, publicada um ano depois, chamada de “Lei da natureza: o segredo do universo”, sustentava que os preços se movimentam em ciclos, em função dos números de Fibonacci. Nenhum desses grandes personagens da história, exceto Elliot, considerava-se um analista técnico. A análise técnica foi descoberta aos poucos. Um bom exemplo de aplicação da análise técnica está presente na biografia de Jesse Livermore, Reminiscências de um especulador financeiro. O livro conta a história de um pequeno operador de mercado financeiro que ficou milionário operando a partir do final do século XIX, momento em que se percebe a utilização de suportes, resistências e pivots para operações em bolsa, embora esse operador não utilize os gráficos. O modo de operar de Elliot e Livermore são bons exemplos do nascimento de uma nova metodologia de análise de ativos financeiros de livre flutuação de preços. Com a evolução da tecnologia e da informática, o acesso a dados e ferramentas de cálculos tornou a análise técnica viável e de fácil aplicação. Como Ler um Gráfico? Ler um gráfico consiste em obter informações sobre o comportamento de um papel com base na informação visual. Ao ler um gráfico, é possível identificar rapidamente informações como tendência, recordes históricos e variações bruscas, sem recorrer a ferramentas matemáticas. Um gráfico pode ser lido de várias formas, dependendo de como é formatado. Entre as formatações mais comuns, é possível citar o gráfico de linha, o candlestick e o gráfico de barra. Os gráficos também apresentam diferentes intervalos de tempo, desde minutos até anos de variação, dependendo da necessidade de leitura. Um fator relevante a ser levado em conta na leitura do gráfico se refere à escala utilizada, que pode ser: Escala linear: nesta escala, duas graduações cuja diferença equivale a 1 centavo estão a uma distância constante. Ou seja, um gráfico em escala linear mede a distância visual em termos absolutos entre um ponto e outro. Exemplo: papel milimetrado. Escala logarítmica: nesta escala, duas graduações cuja razão equivale a 0,01% estão a uma distância constante. Ou seja, um gráfico em escala logarítmica mede a distância visual em termos percentuais entre um ponto e outro. A justificativa para a escala logarítmica ser utilizada pelos traders é simples; essa escala interpreta as variações em termos percentuais da mesma forma que um investidor busca rentabilidade em percentuais. Por exemplo, a valorização de R$1 em uma ação que vale R$10 tem relevância muito maior que a valorização de R$1 numa empresa cuja ação é negociada a R$100. Porém, tem a mesma relevância que uma variação de R$10 no papel que custa R$100. A seguir, pode-se observar a diferença visual de um mesmo gráfico nas escalas linear e logarítmica. Figura 1.4 Gráfico em escala linear Figura 1.5 Gráfico em escala logarítmica Tipos de Gráficos Os sistemas de análise técnica utilizados atualmente apresentam diversos tipos de gráficos, conforme será visto a seguir. Os tipos mais utilizados pelos analistas técnicos são os gráficos de candlesticks e os gráficos de barras. Gráfico de Barras O gráfico de barras5 divide com o candlestick o posto de forma mais utilizada entre os analistas técnicos. É formado por uma barra cuja extensão revela o alcance do preço máximo e do preço mínimo e duas lateralidades: a extensão lateral esquerda representa a abertura e a direita, o fechamento. Figura 1.6 Formação de preços em um gráfico Cada barra apresenta a informação de determinado período. Um gráfico com periodicidade de 15 minutos é formado por barras que representam individualmente o movimento do mercado durante 15 minutos; portanto, quatro barras equivalem ao movimento de uma hora. As periodicidades mais comuns utilizadas pelos traders são: intraday, diário, semanal e mensal. O gráfico intraday é formado por barras gráficas com períodos inferiores a um dia. Os gráficos mais comuns de intraday são de 1 minuto, 3 minutos, 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos e 60 minutos. Em algumas ferramentas gráficas, as cores das barras podem sofrer variações, como cores quentes ou escuras para representar barras de baixa; e cores frias ou claras para representar barras de alta. Gráfico de Candlesticks O candlestick, ou candle, tem esse nome porque sua forma lembra uma vela. A parte mais espessa do candlestick é chamada de corpo, e mostra o preço de abertura e fechamento do período analisado. A parte mais estreita é chamada de sombra, e nos mostra a amplitude máxima e mínima do ativo. Figura 1.7 Candlesticks Quando o corpo é escuro ou vermelho, significa que o fechamento foi abaixo da abertura; quando é branco ou verde, que o fechamento foi acima da abertura. Em algumas ferramentas gráficas, as cores dos candlesticks podem sofrer variações, como cores quentes ou escuras para representar candlesticks de baixa e cores frias ou claras para representar candlesticks de alta. Assim como no gráfico de barras, cada candlestick apresenta a informação de determinado período. Um gráfico com periodicidade de 15 minutos é formado por candles que representam individualmente o movimento do mercado durante 15 minutos, portanto quatro candles equivalem ao movimento de uma hora. As periodicidades mais comuns utilizadas pelos traders são: intraday, diário, semanal e mensal. O gráfico intraday é formado por candlesticks com períodos inferiores a um dia. Os gráficos mais comuns de intraday são de 1 minuto, 3 minutos, 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos e 60 minutos. Gráfico de Linha O gráfico de linha é uma simplificação do histórico gráfico. É formado ligando- se pontos individuais de preços, geralmente o preço de fechamento. Figura 1.8 Gráfico de Linha Gráfico Ponto e Figura Esse tipo de gráfico leva em consideração apenas o fator preço, e não o fator tempo. Com esse padrão, podemos traçar objetivos por meio de figuras de impulsão. O gráfico Ponto e Figura é constituído de Os, que são marcados quando os preços estão em queda, e Xs, quando esses preços estão em alta. Esse tipo de gráfico foi usado inicialmente por volta de 1880, e Charles Dow foi o primeiro a fazer uso dele. Figura 1.9 Gráfico Ponto e Figura Gráfico Heikin-ashi Esse padrão é uma variação do Gráfico Candlestick. Os preços de abertura, máxima, mínima e fechamento (Open, High, Low, Close) são calculados conforme a seguir: xClose = (Open+High+Low+Close)/4 xOpen = [Open(barra anterior) + Close(barra anterior)]/2 xHigh = Máximo(High, xOpen, xClose) xLow = Mínimo(Low, xOpen,xClose) Segue a comparação de um gráfico Candlestick tradicional com o Heikin-ashi: Figura 1.10 Gráfico Candlestick tradicional Figura 1.11 Gráfico Heikin-ashi Gráficos Renko e Kagi Os padrões Renko e Kagi, de origem japonesa, apresentam uma distribuição menos preocupada com a escala e mais atenta à variação de preço, lembrando em parte o padrão ponto e figura. O padrão Renko é formado por uma sequência de caixas de tamanhos iguais, que lembram formações de candlesticks. Já o padrão Kagi é representado por uma série de linhas verticais conectadas por linhas horizontais. Figura 1.12 Gráfico Renko Figura 1.13 Gráfico Kagi 1.3 Ajustes no Gráfico Tão importante quanto uma análise bem estruturada é a qualidade dos dados que formam o gráfico. Esse tópico apresentará a melhor maneira de se trabalhar com os dados disponíveis e identificar eventuais falhas de ajuste. Tratamento de Dados com Proventos Proventos como juros sobre capital próprio, indicados pela abreviação JSCP, dividendos, agrupamentos (também chamados de inplits) e desdobramentos (também chamados de splits) devem ser ajustados no gráfico. A justificativa é que, ao seguir o modelo Miller e Modigliani, esses proventos não afetam o valor da empresa. Assim, o que não afeta o valor da empresa não pode influenciar seu valor de mercado. Como o preço atual é o novo preço do ativo, a base passada deve ser ajustada e continuar consistente com o preço atual. Ou seja, na ocasião de um ajuste de preço por provento, deve-se ajustar a base histórica em relação ao provento proferido, anulando seu efeito. Segue o exemplo de um mesmo gráfico antes e depois de os preços serem ajustados para um desdobramento de ações: Figura 1.14 Gráfico antes do ajuste Figura 1.15 Gráfico após o ajuste No exemplo anterior, foi feita uma bonificação de ações. Para cada ação possuída por um acionista, a empresa o bonificou com mais uma ação. Desse modo, um investidor que antes possuía 100 ações passou a ter 200 ações. Nesse momento, cabe à empresa definir o que chamamos de última data com direito à bonificação: no jargão do mercado, é a última data “com”. O dia seguinte chama-se de primeira data “ex”. Nesse caso, a última data “com” foi o dia 22, ou seja, teriam direito à bonificação os clientes que compraram essas ações até o dia 22. Quem adquiriu no dia 23 já comprou o papel na data “ex”, ou seja, sem direito de receber a bonificação e com o preço da ação já ajustado. A seguir, apresenta-se a tabela comparativa dos dados históricos: Figura 1.16 Histórico de preços sem ajuste Figura 1.17 Histórico de preços ajustado Conforme já abordado neste tópico, como o valor da empresa não se alterou e o número de ações dobrou, as ações existentes em mercado sofreram depreciação de 50% em seu valor, o que não significou perdas para o investidor, pois ele passou a deter o dobro de ações. Quem possuía 100 ações cotadas a R$84,30 no dia 22, totalizando R$8.430,00, passou a deter 200 ações a R$42,59, preço de fechamento do dia 23, totalizando R$8.518,00. A diferença é apenas a flutuação de mercado durante o dia 23. Nesse caso, o ajuste foi feito dividindo-se a cotação de toda a base histórica por dois. O mesmo ocorre para uma situação de dividendos. Um pagamento de dividendos de R$1 deprecia o valor da ação em R$1. Essa depreciação não afeta o valor do patrimônio do acionista, uma vez que ele irá receber esse valor como crédito em dinheiro em sua conta na corretora. Nesse caso, o ajuste deve ser feito subtraindo-se R$1 de toda a base histórica. Utilização da Escala dos Preços (eixo Y) Conforme visto no item 1.2, o eixo Y pode apresentar valores em escala linear ou logarítmica. Vale destacar algumas características sobre o comportamento da análise técnica sobre a escala de preços: Não há diferença entre o tratamento linear e logarítmico das expansões e retrações de Fibonacci,6 uma vez que esses cálculos são feitos com valores de cotações, e não com proporções gráficas. Observe, a seguir, como os pontos de Fibonacci, ainda que deslocados acima no gráfico logarítmico, refletem o mesmo preço em ambos os gráficos. Figura 1.18 Gráfico em escala linear Figura 1.19 Gráfico em escala logarítmica Papéis cujo intervalo de dados apresentam maior diferença de preços, ou seja, os preços finais são muito maiores ou menores que os preços iniciais e sofrem forte distorção na escala linear. Isso ocorre porque a escala logarítmica padroniza as variações percentuais iguais, enquanto a escala linear padroniza variações absolutas de preços, conforme visto no tópico 1.2. Linhas de tendência sofrem diminuição de seu ângulo de inclinação na escala logarítmica, conforme os gráficos a seguir: Figura 1.20 Gráfico em escala linear Figura 1.21 Gráfico em escala logarítmica Indicadores técnicos não sofrem influência da escala utilizada, uma vez que seus cálculos levam em consideração apenas os valores de cotação e/ou volume. A escala de tempo ou de preços pode ser ajustada ainda quanto a seu espaçamento: trata-se de uma ferramenta útil para efetuar projeções acima e abaixo de um intervalo de variação do papel: Figura 1.22 Gráfico com espaçamento padrão Figura 1.23 Gráfico com espaçamento horizontal ampliado Utilização da Quantidade de Dados (eixo X) A quantidade de dados exerce grande influência sobre a qualidade da análise. Sem uma quantidade mínima de dados, não é possível efetuar análise técnica em um ativo. Cabe aqui ressaltar algumas características do comportamento da análise técnica sobre a quantidade de dados: A quantidade de dados utilizada deve ser suficiente para atender às exigências de qualquer figura gráfica. Além das figuras gráficas, recomenda-se uma quantidade suficiente de dados para a obtenção clara da tendência do papel no período selecionado. A quantidade de dados deve ser suficiente para atender às exigências dos indicadores técnicos utilizados. Por exemplo, se uma média calculada for de 200 dias, serão necessários 201 dias de pregão para a exibição de pelo menos um ponto dessa média. 1.4 Teoria de Dow Charles Henry Dow foi jornalista e fundador da Dow Jones Company e do The Wall Street Journal, um dos mais respeitados jornais de finanças, negócios e investimentos do mundo. Em seus estudos de movimentação de mercado, Dow criou o Índice Dow Jones Industrial Average. Posteriormente, Dow criou uma série de princípios básicos que acabaram conhecidos como a Teoria de Dow, base para todos os estudos posteriores de análise técnica. A teoria é composta por seis princípios: As médias descontam tudo; O mercado tem três tendências; As tendências ocorrem em três fases; As médias devem confirmar a tendência; As tendências são confirmadas pelo volume; e A tendência é válida até ocorrer sua inversão. 1º Princípio: As Médias Descontam Tudo Quando Dow formulou esse princípio, identificou que qualquer informação, quando anunciada para o mercado, já tem seu efeito incorporado nas médias. Ele utilizou o termo “médias” para descrever os índices benchmark de mercado. No caso brasileiro, o Ibovespa ou o IBX. Esse pensamento também é válido e utilizado para ações, ou seja, assim que uma notícia é divulgada, o mercado corrige o preço da ação. O preço reflete todas as expectativas do mercado, humores, ganância e medo de todos os investidores. Isso define o duelo entre compradores e vendedores. 2º Princípio: O Mercado Tem Três Tendências Segundo Dow, o mercado só pode apresentar três tendências: Primária ou principal; Secundária ou intermediária; e Terciária ou de curto prazo. A tendência primária é a tendência de longo prazo e, por esse motivo, a de maior força. Uma tendênciaprimária pode durar meses ou até mesmo anos. A tendência secundária apresenta movimentos de menor duração, poucos meses ou semanas, e representa correções na tendência primária. Ou seja, se uma ação apresenta uma tendência primária (de longo prazo) de alta, não quer dizer que ela não cairá. O natural é que os preços subam em zigue-zague e surjam movimentos de queda que seriam correções ainda dentro da tendência de alta. A tendência terciária é a que identifica movimentos de curtíssimo prazo. São movimentos intraday ou movimentos de poucos dias. Mais adiante, é apresentado um gráfico identificando os três tipos de tendências em ITUB4. Figura 1.24 Tendências primárias em linha sólida, secundárias em linha tracejada e terciárias em linha pontilhada 3º Princípio: As Tendências Ocorrem em Três Fases josecristovaosilva Realce parei aqui em 20/12 Ainda segundo a Teoria de Dow, as tendências também podem apresentar fases distintas. São elas: Acumulação: os investidores estão mais ativos na compra. Não ocorre grande variação no preço do mercado, pois a pressão compradora é baixa. O movimento de acumulação ocorre sempre em um fundo. Os preços não oscilam muito ou, como se diz no jargão de mercado, andam de lado. Movimento: caracteriza-se por um número crescente de investidores comprando ou vendendo determinado papel, ou seja, seu volume é crescente ao longo do movimento. O movimento pode ocorrer para cima ou para baixo. Após uma acumulação, o movimento é de alta. Após uma distribuição, o movimento é de baixa. Distribuição: durante a fase de distribuição, os investidores que identificam a exaustão do movimento começam a vender seus ativos. Como a pressão vendedora é baixa, as vendas não influem significativamente nos preços do ativo. Os dois gráficos a seguir identificam os movimentos abordados: Figura 1.25 As três fases de uma tendência: LIXC4 A aplicação desse princípio ilustra a influência de notícias, fatos e boatos no movimento dos preços de uma ação. Em caso de informações extremamente relevantes, seus efeitos são bastante aparentes, como na Figura 1.26, em que o Banco Nossa Caixa recebeu uma oferta de aquisição por parte do Banco do Brasil. Figura 1.26 As três fases de uma tendência: BNCA3 4º Princípio: As Médias Devem Confirmar a Tendência A Teoria de Dow assume que as médias (índices benchmark de mercado) não podem divergir, ou seja, devem seguir uma mesma direção. Dow utilizou o termo “média” referindo-se aos índices Dow Jones Industrial Average e Dow Jones Transportation. No Brasil, é possível utilizar o Índice Bovespa e o IBRX50. Para confirmar uma tendência, ambos os índices devem seguir na mesma direção; caso contrário, a divergência pode ser um indício de reversão ou indefinição de mercado. Os gráficos a seguir exemplificam esse princípio: Figura 1.27 Gráfico do iBovespa, benchmark do mercado brasileiro Figura 1.28 Gráfico da VALE5, seguindo a mesma tendência que o gráfico do iBovespa 5º Princípio: As Tendências São Confirmadas Pelo Volume O volume deve aumentar à medida que os preços vão aumentando ou diminuindo. Portanto, um cenário de correção com aumento de volume pode indicar inversão de tendência. Volume crescente serve como confirmação da força de uma tendência. Também utilizamos o volume como indicativo da qualidade de rompimentos de resistências. As Figuras 1.29 e 1.30, na página seguinte, apresentam elevação de volume à medida que as tendências vão se desenvolvendo. Figura 1.29 Ativo em tendência de alta e volume crescente: LAME4 Figura 1.30 Ativo em tendência de baixa e volume crescente: GOLL4 O gráfico a seguir apresenta sucessivas tentativas de romper a resistência no nível de R$25,00; apenas um movimento de alta com forte volume foi capaz de sinalizar aos atuantes no mercado que havia força para maiores altas. Figura 1.31 Volume acima do normal, confirmando a força do rompimento da resistência: ELET3 6º Princípio: A Tendência É Válida Até Ocorrer Sua Inversão Ao assumir uma tendência de alta ou baixa, ela é válida até dar sinais efetivos de reversão e inverter a tendência. Isto é, se um papel está em tendência de alta, ele só entra em tendência de baixa se romper para baixo a Linha de Tendência de Alta (LTA). De forma análoga, se um papel está em tendência de baixa, ele só entra em tendência de alta se romper para cima a Linha de Tendência de Baixa (LTB). Figura 1.32 Gráfico com alertas de inversão de tendência: USIM5 1 Redes neurais, fractais e teoria do caos. 2 Derivado do inglês trading systems. 3 Até então inexistente em números romanos. 4 William P. Hamilton publicou as ideias de Charles Dow em 1921 no livro The Stock Market Barometer. 5 Também conhecido como Gráfico OHLC, abreviatura em inglês para Open, High, Low, Close, que significam Abertura, Máxima, Mínima, Fechamento; informações utilizadas para desenhar cada barra. 6 Ver Capítulo 3. CAPÍTULO 2 Padrões Gráficos A análise de padrões gráficos visa a identificar figuras que apresentam comportamento conhecido e estatisticamente comprovado quanto a característica, efeito e probabilidade de atingir suas projeções. É de extrema importância para um trader identificar os principais padrões gráficos, pois, por meio deles, é possível encontrar oportunidades rentáveis com elevado grau de probabilidade. Topos e Fundos Todos os padrões gráficos são formados por conjuntos de topos e fundos. Topo é o nível de preço mais elevado atingido por uma sucessão de dois ou mais períodos de negociação (barras ou candles) antes da ocorrência de uma negociação de preço inferior de um ativo. De forma análoga, fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de dois ou mais períodos de negociação antes da ocorrência de uma negociação de preço superior de um ativo. Portanto, topo é o preço de negociação de um papel em certo período de tempo, cujos preços imediatamente antes e depois são inferiores. Um fundo, por sua vez, é o preço mínimo de negociação de um papel em certo período de tempo, cujos preços imediatamente antes e depois são, nesse caso, superiores. Segue a representação gráfica: Figura 2.1 Formação de topos Figura 2.2 Formação de fundos O ponto de abertura e fechamento no gráfico é irrelevante para a determinação do topo e do fundo. Os preços considerados são as cotações máximas e mínimas em cada período. Topos e fundos aparecem constantemente na formação dos gráficos, e fica claro que sua correta identificação fará diferença na análise final. O gráfico a seguir identifica topos e fundos corretamente: Figura 2.3 Topos e fundos identificados corretamente Segue o mesmo gráfico com identificação errada de topos e fundos: Figura 2.4 Topos identificados erroneamente Entre os principais motivos para uma identificação equivocada de topos e fundos, estão: A não sequência de altas ou quedas antes do topo ou do fundo, respectivamente; A continuidade do movimento, resultado da tentativa de identificação precoce; A sequência desordenada de altas e baixas, o que resulta na não existência de topos ou fundos. 2.1 Suportes e Resistências Suportes e resistências são os elementos de maior importância na análise técnica para um trader. Por meio dos conceitos de suporte e resistência, é possível identificar pontos de compra, stops, preços-alvo, tendências, pontos de venda etc. Um suporte ocorre quando a força compradora, ou demanda por um ativo, supera a força vendedora e impede que os preços continuem caindo. De forma análoga, uma resistência ocorre quando a força vendedora, ou oferta por um ativo, supera a força compradora e impede que os preços continuem subindo. Suportese resistências são dados em níveis, e não em um ponto específico. Isso significa que, ao identificar um suporte ou resistência em determinado nível, é necessário esperar a confirmação de seu rompimento para ingressar em um trade. Existem diversos tipos de suportes e resistências. Os principais são: Suportes e resistências de linhas de tendências e canais; Suportes e resistências horizontais; Suportes e resistências em números redondos; Suportes e resistências de último fundo e último topo; Suportes e resistências de topos históricos; Suportes e resistências de padrões gráficos; Suportes e resistências de médias móveis. A seguir, apresentamos todos esses tipos de suportes e resistências. Suportes e Resistências de Linhas de Tendências e Canais Uma linha de tendência pode ser classificada de duas formas distintas: Linha de Tendência de Baixa (LTB) Linha de Tendência de Alta (LTA) A LTB é formada pela união de sucessivos topos descendentes. Segue exemplo gráfico de uma LTB: Figura 2.5 Linha de Tendência de Baixa: iBovespa A LTA também é formada pela união de sucessivos fundos ascendentes. A seguir, um exemplo gráfico de uma LTA: Figura 2.6 Linha de Tendência de Alta: VALE5 As linhas de tendência também podem ser classificadas conforme a Teoria de Dow, a fim de identificar sua força. Conforme visto anteriormente, o mercado pode apresentar três tendências: Primária ou principal; Secundária ou intermediária; e Terciária ou de curto prazo. A tendência primária é a de longo prazo e, por esse motivo, a de maior força. Uma tendência primária pode durar meses ou até anos. A tendência secundária apresenta movimentos de menor duração, poucos meses ou semanas, e representa correções na tendência primária. Ou seja, se uma ação apresenta tendência primária de alta, não quer dizer que ela não cairá. O natural é que os preços subam em zigue-zague e surjam movimentos de queda que seriam correções ainda dentro da tendência de alta. A tendência terciária é aquela que identifica movimentos de curtíssimo prazo. São movimentos intraday ou movimentos de poucos dias. Após identificar a linha de tendência, é possível encontrar um canal. Assim como nas linhas de tendências, os canais herdam sua classificação e podem ser canais de alta ou baixa e primários, secundários ou terciários. Para traçar um canal de baixa, devemos obter uma linha paralela à LTB que toca o maior número de fundos possíveis. Essa linha é chamada Linha de Suporte de Baixa (LSB) do canal. Exemplo gráfico de Canal de Baixa: Figura 2.7 Canal de Baixa: iBovespa De forma correlata, para traçar um canal de alta, devemos obter uma linha paralela à LTA que una o maior número possível de topos. Essa linha é chamada Linha de Resistência de Alta (LRA) do canal. Exemplo gráfico de Canal de Alta: Figura 2.8 Canal de Alta: VALE5 Suportes e Resistências Horizontais Um suporte horizontal é formado pela união de fundos ocorridos em um mesmo nível. Segue um exemplo gráfico: Figura 2.9 Suporte horizontal: FFTL4 Uma resistência horizontal é formada pela união de topos ocorridos em um mesmo nível. Segue um exemplo gráfico: Figura 2.10 Resistência horizontal: BBAS3 Suportes e Resistências em Números Redondos Este tipo de suporte e resistência é um caso especial de suportes e resistências horizontais. Números redondos apresentam suportes e resistências porque os investidores costumam colocar suas ordens nesses números, em razão da facilidade de cálculo. Vale destacar que esse tipo de suporte e resistência também ocorre em preços que apresentam frações redondas, por exemplo, 50 centavos, porém com menor intensidade. Seguem os gráficos de exemplo: Figura 2.11 Suporte em número redondo: SBSP3 Figura 2.12 Resistência em número redondo: NETC4 Suportes e resistências de último fundo e último topo O último fundo e o último topo oferecem, respectivamente, suporte e resistência, por serem os últimos preços na memória dos investidores antes de uma alta ou de uma queda nos preços do ativo. Segue um gráfico de exemplo: Figura 2.13 Suportes e resistências oferecidos pelo último fundo e último topo, respectivamente Suportes e Resistências de Topos Históricos Topos históricos representam fortes resistências, pois os investidores guardam na memória o preço máximo que o papel já teve e se baseiam nesse preço para inserir ordens de venda. Rompimentos de topos históricos costumam ocorrer com forte volume. Um topo histórico rompido torna-se imediatamente um suporte para o ativo. Segue um gráfico de exemplo: Figura 2.14 Rompimento de topo histórico e forte movimento de alta após o rompimento: JBSS3 Suportes e Resistências de Padrões GráFicos Conforme será visto no capítulo destinado a padrões gráficos, cada figura apresenta níveis de suporte e resistência em seus pontos de rompimento. Seguem gráficos de exemplo: Figura 2.15 Linha de pescoço do Ombro-Cabeça-Ombro Invertido oferecendo resistência: PETR4 Figura 2.16 Lados do triângulo oferecendo suporte e resistência: OGXP3 Suportes e Resistências de Médias Móveis Médias móveis (MM) são comumente utilizadas como suporte e resistência. Como será visto mais adiante, uma média móvel é a média dos preços de fechamento de um período em que o período mais antigo é descartado em função da entrada do mais recente. As médias móveis mais utilizadas para suportes e resistências são: MM200: média móvel de 200 períodos. Utilizada para identificar tendências primárias. Equivale a 1 ano de pregão. É a média móvel mais importante, pois é utilizada por investidores institucionais estrangeiros para definir a tendência de longo prazo de um ativo; MM80: média móvel de 80 períodos. Utilizada para identificar tendências primárias. Equivale a 1 quadrimestre de pregão; MM40: média móvel de 40 períodos. Utilizada para identificar tendências secundárias. Equivale a 2 meses de pregão; MM20: média móvel de 20 períodos. Utilizada para identificar tendências secundárias. Equivale a 1 mês de pregão; MM10: média móvel de 10 períodos. Utilizada para identificar tendências terciárias. Equivale a 2 semanas de pregão; MM5: média móvel de 5 períodos. Utilizada para identificar tendências terciárias. Equivale a 1 semana de pregão. Segue gráfico de exemplo: Figura 2.17 Suporte oferecido pela MM200: Ibovespa 2.2 Tendências Um trader profissional investe a favor da tendência, buscando parte da rentabilidade dessa tendência. O mercado pode estar em tendência de alta, tendência de baixa ou tendência lateral. Tendência de Alta Como identificar: A tendência de alta é formada pela sucessão de topos e fundos ascendentes e caracterizada pela formação do canal de alta. Principais características de um canal de alta: Um canal de alta é formado por uma linha de tendência de alta, que, por sua vez, é formada pela união de, no mínimo, dois fundos ascendentes, passando ao menos por um fundo intermediário; As linhas de referência do canal de alta, ou seja, a LTA e a LRA, são paralelas; Quanto mais pontos dos níveis de suporte e de resistência o canal tocar, maior será a força desses níveis; Assim como as tendências, um canal de alta pode ser primário, secundário ou terciário, de acordo com sua duração. Como operar: Para operar utilizando uma tendência de alta, é necessário traçar o canal de alta, identificando a LTA e a LRA. Com dois fundos ascendentes e um topo, já é possível traçar o canal de alta desenhando-se a LTA pela união dos fundos e uma reta paralela passando pelo primeiro topo. Figura 2.18 Identificação de um canal de alta, estimando a LRA: BVMF3 Uma vez que o canal esteja traçado, compra-se o ativo em níveis próximos à LTA e vende-se em níveis próximos à LRA, conformeexemplo a seguir: Figura 2.19 Confirmação do canal de alta projetado: BVMF3 Figura 2.20 Operando um canal de alta. C = Ponto de Compra. V = Ponto de Venda. BVMF3 Tendência de Baixa Como identificar: A tendência de baixa é formada pela sucessão de topos e fundos descendentes. Uma tendência de baixa é caracterizada pela formação do canal de baixa. Principais características de um canal de baixa: Um canal de baixa é formado por uma linha de tendência de baixa, que, por sua vez, é formada pela união de, no mínimo, dois topos descendentes, passando ao menos por um fundo intermediário; As linhas de referência do canal de baixa, ou seja, a LTB e a LSB, são paralelas; Quanto mais pontos dos níveis de suporte e de resistência o canal tocar, maior será a força desses níveis; Assim como as tendências, um canal de baixa pode ser primário, secundário ou terciário, de acordo com sua duração. Como operar: Para operar utilizando uma tendência de baixa, é necessário traçar o canal de baixa, identificando a LTB e a LSB. Com dois topos descendentes e um fundo, já é possível traçar o canal de baixa desenhando-se a LTB pela união dos topos e uma reta paralela passando pelo primeiro fundo. Figura 2.21 Identificação de um canal de baixa, estimando a LSB: ITUB4 Figura 2.22 Confirmação do canal de baixa projetado: ITUB4 Uma vez que o canal esteja traçado, vende-se o ativo em níveis próximos à LTB e compra-se em níveis próximos à LSA, conforme exemplo a seguir: Figura 2.23 Operando um canal de baixa. V = Ponto de Venda. C = Ponto de Compra. ITUB4 Tendência Lateral Como identificar: A tendência lateral é formada por uma sucessão de topos e fundos no mesmo nível. Uma tendência lateral é caracterizada pela formação de um canal lateral,1 ou um retângulo. Principais características de um canal lateral: Um canal lateral é formado por uma linha de resistência (LRL), que, por sua vez, é formada pela união de, no mínimo, dois topos no mesmo nível e por uma linha de suporte (LSL) que passe ao menos por dois fundos no mesmo nível; As linhas de referência do canal lateral, ou seja, a LRL e a LSL, são paralelas; Quanto mais pontos dos níveis de suporte e de resistência o canal tocar, maior será a força desses níveis; Por se caracterizar por uma indecisão de mercado, uma tendência e um canal lateral costumam ser secundários ou terciários. Como operar: Para operar utilizando uma tendência lateral, é necessário traçar o canal lateral, identificando a LRL e a LSL. Com dois fundos no mesmo nível e dois topos no mesmo nível, é possível traçar o canal desenhando-se a LSL pela união dos fundos e a LRL pela união dos topos. Figura 2.24 Identificação de um canal lateral: ELET6 Figura 2.25 Confirmação de um canal lateral: ELET6 Uma vez identificado o canal lateral, compra-se em níveis próximos à LSL e vende-se em níveis próximos à LRL, conforme exemplo a seguir: Figura 2.26 Operando um canal lateral. C = Ponto de Compra. V = Ponto de Venda. ELET6 2.3 Triângulos Triângulos são zonas de congestão, ou indecisão de preços. Em geral, sinalizam uma continuação da tendência configurada anteriormente. Por meio dessas figuras, podemos identificar oportunidades de compra e de venda, assim como preços-alvo para os ativos. Para identificar um triângulo, são necessários, no mínimo, quatro pontos: dois de fundo e dois de topo. Esses pontos devem ser alternados entre topos e fundos, e a área de preenchimento do triângulo não pode apresentar grandes espaços em branco. Triângulos com altura correspondente a um terço ou mais do movimento passado costumam apresentar-se como padrão de reversão. O triângulo pode ser classificado em três tipos: Triângulo Simétrico; Triângulo Ascendente; Triângulo Descendente. Triângulo Simétrico Como identificar: Um triângulo simétrico é constituído por topos descendentes e fundos ascendentes, formando duas linhas de tendência, uma de alta e outra de baixa, convergindo para o vértice. Vale destacar que os topos e fundos são alternados e que não deve haver grandes espaços em branco na formação da figura. A seguir, um exemplo do padrão: Figura 2.27 Triângulo simétrico: OGXP3 Principais características de um triângulo simétrico: Um triângulo pode ter qualquer duração, porém um triângulo bem formado costuma apresentar pelo menos 30 barras; Na maioria dos casos, o rompimento do triângulo simétrico ocorre na direção da tendência anterior ao triângulo; O volume tem tendência descendente enquanto está dentro do triângulo, e pode apresentar aumento quando os preços sobem. Todavia, o volume costuma ser elevado no rompimento do triângulo. Como operar: Opera-se um triângulo simétrico comprando, caso o rompimento ocorra no lado com tendência descendente, ou vendendo, caso o rompimento se dê no lado ascendente. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura do triângulo e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento. É importante destacar que mais de 50% dos rompimentos apresentam pullbacks, que são movimentos de retorno em direção ao preço de rompimento de um padrão gráfico. O pullback pode gerar um excelente ponto de entrada em um ativo, caso se tenha perdido inicialmente o rompimento do padrão. Triângulo Ascendente Como identificar: Um triângulo ascendente é constituído por topos no mesmo nível e fundos ascendentes, formando uma linha de resistência horizontal e outra de tendência de alta, convergindo para o vértice. Vale destacar que os topos e fundos são alternados e que não deve haver grandes espaços em branco na formação da figura. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.28 Triângulo ascendente: BBAS3 Principais características de um triângulo ascendente: Um triângulo pode ter qualquer duração, porém um triângulo bem formado costuma apresentar pelo menos 30 barras; Na maioria dos casos, o rompimento do triângulo ascendente ocorre na direção da tendência anterior ao triângulo; O volume tem tendência descendente enquanto está dentro do triângulo, e pode apresentar aumento quando os preços sobem. Todavia, o volume costuma ser elevado no rompimento do triângulo. Como operar: Opera-se um triângulo ascendente comprando, caso o rompimento ocorra no lado horizontal do triângulo, ou vendendo caso, o rompimento se dê no lado ascendente. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura do triângulo e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento. É importante destacar que mais de 50% dos rompimentos apresentam pullbacks. Triângulo Descendente Como identificar: Um triângulo descendente é constituído por topos descendentes e fundos no mesmo nível, formando uma linha de tendência de baixa e outra de suporte horizontal, convergindo para o vértice. Vale destacar que os topos e fundos são alternados, e que não deve haver grandes espaços em branco na formação da figura. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.29 Triângulo descendente: VALE5 Principais características de um triângulo simétrico: Um triângulo pode ter qualquer duração, porém um triângulo bem formado costuma apresentar pelo menos 30 barras; Na maioria dos casos, o rompimento do triângulo descendente ocorre na direção da tendência anterior ao triângulo. O volume tem tendência descendente enquanto está dentro do triângulo, e pode apresentar aumento quando os preços sobem. Todavia, o volume costuma ser elevado no rompimento do triângulo. Como operar: Opera-se um triângulo descendente comprando, caso o rompimento ocorra no lado com tendência descendente, ou vendendo, caso o rompimento se dê na linha de suporte horizontal. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura do triângulo e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento. É importante destacar quemais de 50% dos rompimentos apresentam pullbacks. 2.4 Bandeiras Como identificar: Uma bandeira é composta por um mastro e um retângulo curto, no qual os topos e fundos estão contidos dentro de linhas paralelas com uma curta inclinação. Essa inclinação pode ser de alta ou de baixa, mas deve ir contra a tendência. Antes da formação da bandeira, temos a formação do mastro, que é a distância do primeiro suporte ou resistência até a formação do retângulo. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.30 Bandeira de Baixa: BRKM5 Figura 2.31 Bandeira de Alta: ALLL11 Principais características de uma bandeira: O mastro é formado por aumento ou queda rápida do preço, com volume alto, enquanto a bandeira começa a se formar; Quando o mastro acaba e a bandeira começa a ser formada, existe uma queda gradativa no volume; A formação da bandeira é levemente inclinada contra a tendência dominante; A duração da bandeira é curta, com tempo máximo de três semanas. Após esse período, ela recebe outra classificação, como triângulo ou retângulo. Como operar: Opera-se uma bandeira caso o rompimento ocorra no sentido do mastro. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura do mastro e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento. 2.5 Flâmulas Como identificar: Uma flâmula apresenta semelhança com a formação da bandeira. Esse padrão tem as mesmas características de uma bandeira, porém difere dela porque, no caso das flâmulas, as linhas con-vergem. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.32 Flâmula de alta: ETER3 Principais características de uma flâmula: O mastro é formado por aumento ou queda rápida do preço, com alto volume; Quando o mastro acaba e a bandeira começa a ser formada, existe uma queda gradativa no volume; A formação da flâmula é levemente inclinada contra a tendência dominante; A duração da flâmula é curta, com tempo máximo de três semanas. Após esse período, ela recebe outra classificação, como triângulo ou retângulo. Como operar: Opera-se uma flâmula caso o rompimento ocorra no sentido do mastro. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura do mastro e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento. 2.6 Retângulos Como identificar: Um retângulo é formado em uma tendência de alta ou baixa, o que demonstra pausa na tendência dominante, formando uma sucessão de topos em um mesmo nível (resistência) e de fundos em outro nível (suporte). Esse retângulo é um sinal de que as forças compradoras e vendedoras estão equilibradas. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.33 Retângulo apresentando rompimento superior: PETR4 Figura 2.34 Retângulo apresentando rompimento inferior: GOLL4 Principais características de um retângulo: Deve haver pelo menos dois topos no mesmo nível e dois fundos no mesmo nível para ser considerado retângulo; O volume diminui gradativamente conforme ocorre a formação. Como operar: Opera-se um retângulo comprando, caso o rompimento ocorra na linha de resistência horizontal, ou vendendo, caso o rompimento ocorra da linha de suporte horizontal. É importante destacar que mais de 60% dos rompimentos de retângulos apresentam pullbacks. 2.7 Ombro-Cabeça-Ombro (OCO) Como identificar: No término de uma tendência de alta, aparecem três ou mais topos, em que o topo do centro é maior do que os outros. Um OCO verdadeiro é encontrado apenas no fim de uma tendência de alta. O padrão clássico de um OCO é formado de um primeiro topo depois de um recuo, seguido por um topo maior do que o topo anterior e por um terceiro topo no mesmo nível do primeiro. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.35 O Ombro-Cabeça-Ombro: GGBR4 Principais características de um Ombro-Cabeça-Ombro: Ocorre no final da tendência de alta. Após formar o primeiro topo, o preço volta, forma um fundo e um suporte (linha de pescoço) e volta a subir, formando um topo maior do que o topo anterior. O preço recua mais uma vez até a linha de pescoço, formando mais um fundo e, em seguida, forma mais um topo, no mesmo nível do primeiro topo; O volume é maior no ombro esquerdo, seguido da formação da cabeça. O ombro direito tem o menor dos três volumes; A distância entre ombro esquerdo, cabeça e ombro direito costuma ser a mesma, mas podem ocorrer variações; A linha de pescoço pode ser levemente inclinada. Como operar: Um ombro-cabeça-ombro é um padrão de reversão da tendência de alta. Opera-se um OCO vendendo caso ocorra o rompimento da linha de pescoço. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre a cabeça e a linha do pescoço e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento do pescoço. É importante destacar que mais de 50% dos rompimentos apresentam pullbacks. 2.8 Topo Duplo Como identificar: Um topo duplo é formado por um topo seguido de um fundo e um segundo topo; os topos estão no mesmo nível de preço, funcionando como uma resistência. A figura se assemelha à letra M. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.36 Topo Duplo ELPL6 Principais características de um topo duplo: A distância entre os topos deve ser de aproximadamente 35 períodos; Os preços dos topos devem estar nos mesmos níveis; A linha de confirmação é dada pelo fundo formado entre os topos. Como operar: Um topo duplo é um padrão de reversão da tendência de alta. Opera-se um topo duplo vendendo caso ocorra o rompimento da linha de confirmação, perdendo o suporte. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre os topos e o fundo, e projetando essa altura a partir do ponto de rompimento da linha de confirmação. 2.9 Topo Triplo Como identificar: Um topo triplo é formado por três topos seguidos com intervalos entre eles, e os preços dos topos estão nos mesmos níveis, funcionando como uma resistência. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.37 Topo Triplo: ITSA4 Principais características de um topo triplo: Um topo triplo é formado por três topos no mesmo nível; Existem dois fundos no mesmo nível separando os topos; A linha de confirmação é o suporte dado pelos fundos entre os topos; O volume diminui conforme a formação dos topos. Como operar: Um topo triplo é um padrão de reversão da tendência de alta. Opera-se um topo triplo vendendo caso ocorra o rompimento da linha de confirmação. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre os topos e os fundos, e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento da linha de confirmação. 2.10 Ombro-Cabeça-Ombro Invertido (OCOI) Como identificar: No término de uma tendência de baixa, aparecem três ou mais fundos, em que o fundo do centro é maior do que os outros. Um OCOI verdadeiro é encontrado apenas no fim de uma tendência de baixa. O padrão clássico de um OCOI é formado de um primeiro fundo; depois, de um avanço com um fundo posterior, maior do que o fundo anterior; e de um terceiro fundo no mesmo nível do primeiro. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.38 Ombro-Cabeça-Ombro Invertido: PETR4 Principais características de um ombro-cabeça-ombro invertido: No final da tendência de baixa ocorre o primeiro fundo, o preço volta, forma uma resistência (linha de pescoço) e torna a cair, formando um fundo maior do que o fundo anterior. O preço avança mais uma vez até a linha de pescoço e configura mais um fundo, no mesmo nível do primeiro; O volume é maior no ombro esquerdo, seguido da formação da cabeça. O ombro direito tem o menor dos três volumes; A distância entre ombro esquerdo, cabeça e ombro direito costuma ser a mesma, mas podem ocorrer variações. Como operar: Um ombro-cabeça-ombro invertido é um padrão de reversão da tendência de baixa. Opera-se um O-C-OI comprando caso ocorra o rompimento da linha de pescoço.O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre cabeça e linha do pescoço e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento do pescoço. É importante destacar que mais de 50% dos rompimentos apresentam pullbacks. 2.11 Fundo Duplo Como identificar: Um fundo duplo é formado por um fundo seguido de um topo e um fundo no mesmo nível do primeiro fundo funcionando como um suporte. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.39 Fundo duplo: KLBN4 Principais características de um fundo duplo: A distância entre os fundos deve ser de 10 a 35 períodos; Os preços dos fundos estão nos mesmos níveis; A linha de confirmação é o topo entre os fundos; A formação se assemelha à letra W. Como operar: Um fundo duplo é um padrão de reversão da tendência de baixa. Opera-se um fundo duplo comprando caso ocorra o rompimento da linha de confirmação. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre os fundos e o topo e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento da linha de confirmação. 2.12 Fundo Triplo Como identificar: Um fundo triplo é formado por três fundos nos mesmos níveis e dois topos entre os fundos. Os fundos estão no mesmo nível, funcionando como um suporte. Segue um exemplo do padrão: Figura 2.40 Fundo Triplo: IBOV Principais características de um fundo triplo: Um fundo triplo é formado por um fundo duplo e por um terceiro fundo, que é ligeiramente mais alto do que os outros dois fundos; Existem dois topos no mesmo nível separando os topos; A linha de confirmação é o suporte dado pelos topos entre os fundos; O volume diminui conforme a formação dos fundos. Como operar: Um fundo triplo é um padrão de reversão da tendência de baixa. Opera-se um fundo triplo comprando caso ocorra o rompimento da linha de confirmação. O preço-alvo é calculado medindo-se a altura entre os fundos e os topos e projetando-se essa altura a partir do ponto de rompimento da linha de confirmação. 2.13 Gaps Um gap é um buraco num gráfico de barras entre um período e seu período imediatamente seguinte. Gaps revelam mudança de sentimento repentina dos investidores em relação ao preço de determinado ativo. Podem ser gerados por uma notícia ou por eventos inesperados, além de boatos, entre outros. Principais características de um gaps: Um gap de baixa ocorre quando o ponto máximo de uma barra ou de um candle é inferior ao ponto mínimo da barra ou candle imediatamente anterior; Um gap de alta ocorre quando o ponto mínimo de uma barra ou de um candle é superior ao ponto máximo da barra ou do candle imediatamente anterior; A importância de um gap está relacionada com sua localização, seu tamanho e seu volume; Quando um gap de tamanho extenso é contrário à tendência atual do papel, pode indicar uma reversão dessa tendência antes mesmo de a nova tendência estar formada; Existe um senso comum de que um gap aberto é sempre fechado. Existem gaps que nunca são fechados, dependendo de seu tipo. Um gap é fechado quando uma ou mais barras ou candles preenchem o buraco ocasionado pelo gap no gráfico; Vale destacar que um gap de alta aberto passa a configurar um nível de suporte, enquanto um gap de baixa aberto configura uma resistência. Gaps de alta e de baixa podem ser classificados em: Gap de rompimento; Gap de continuidade; Gap de exaustão. Gap de Rompimento Gaps de rompimento ocorrem no rompimento de uma LTA, LTB, LRL ou de um padrão gráfico, indicando importantes reversões de tendências. Gaps de rompimento costumam apresentar volume elevado e geralmente constituem excelentes pontos de entrada ou saída de um papel, na medida em que a tendência iniciada pelo gap tende a continuar. Gap de Continuidade Gaps de continuidade ocorrem no meio de uma tendência de alta ou de baixa. É o menos frequente dos três tipos de gaps. Esse tipo de gap ocorre devido ao entusiasmo dos investidores em uma tendência de alta ou a seu pânico em uma tendência de baixa. Gaps de continuidade costumam apresentar volume elevado. Gaps de continuidade podem ser utilizados para projetar o ponto no qual a tendência terminaria, uma vez que marcam o meio de uma tendência. Gap de Exaustão Gaps de exaustão ocorrem ao final de uma tendência. Esse tipo de gap pode apresentar ou não volume elevado e é fácil e rapidamente fechado. Figura 2.41 Gaps de rompimento, continuidade e exaustão: PETR4 2.14 Padrões de Candlesticks Os padrões de candlesticks foram separados em três tipos diferentes: Continuação; Indecisão; Reversão. Marubozu Negro com Sombra Tipo: continuação Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.42 Marubozu Negro com Sombra: BRTO4 Um marubozu negro com sombra é um candlestick que revela continuação da tendência de baixa. O nível de eficiência é o mesmo para mercados de alta ou de baixa. Esse padrão é formado quando ocorre um candlestick longo de baixa e, em determinado momento do dia, ele atinge um valor mínimo e recua no fechamento, deixando uma sombra. Marubozu Branco com Sombra Superior Tipo: continuação Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.43 Marubozu Branco com Sombra Superior: BBDC4 Um marubozu branco com sombra superior é um candlestick que indica continuação da tendência de alta. O nível de eficiência é o mesmo para mercados de alta ou de baixa. Esse padrão é formado quando ocorre um candlestick longo de alta e, em determinado momento do dia, ele atinge um valor máximo e recua no fechamento, deixando uma sombra. Dia Longo Negro Tipo: continuação Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.44 Dia Longo Negro: TAMM4 Um candlestick dia longo negro indica um padrão de continuação de baixa. O nível de eficiência é o mesmo para mercados de alta de baixa. Esse candlestick é formado quando o fechamento é menor do que a abertura e, em um determinado momento do dia, o preço vai acima da abertura, cai e fecha acima da mínima do dia. Dia Longo Branco Tipo: continuação Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.45 Dia Longo Branco: LUPA3 Um candlestick dia longo branco revela um padrão de continuação de alta. O nível de eficiência é o mesmo para os mercados de alta ou de baixa. Esse candlestick é formado quando o fechamento é maior do que a abertura e, em um determinado momento do dia, o preço vai abaixo da abertura, sobe e fecha abaixo da máxima do dia. Marubozu Branco com Sombra Inferior Tipo: continuação Frequência: regular Eficiência: regular Figura 2.46 Marubozu Branco com Sombra Inferior: ELET6 Um marubozu branco com sombra inferior é um candlestick que indica continuação da tendência de alta. O nível de eficiência é o mesmo para mercados de alta ou de baixa. Esse padrão é formado quando ocorre um candlestick longo de alta e, em determinado momento do dia, ele atinge um valor abaixo da abertura e fecha na máxima do dia. Janela de Alta Tipo: continuação de alta Frequência: regular Eficiência: ótima Figura 2.47 Janela de Alta: BISA3 É um padrão que indica continuação de alta. É formado por dois candlesticks e, entre eles, há um gap (espaço vazio). Suas cores podem variar entre candlesticks negros ou brancos, porém, normalmente, quando ocorre um gap de alta, os candlesticks são brancos. Janela de Baixa Tipo: continuação de baixa Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.48 Janela de Baixa: CSMG3 É um padrão que revela continuação de baixa. É formado por dois candlesticks e, entre eles, há um gap (espaço vazio). As cores podem variar entre candlesticks negros e brancos, porém, geralmente, quando ocorre um gap de baixa, os candlesticks são negros. Dois Candles Negros em Gap Tipo: continuação de baixa Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.49 Dois Candles Negros em Gap: BRTO4 Trata-sede um padrão que indica continuação da baixa. Aparece em uma tendência de baixa, em que ocorre um gap (espaço vazio) e, em seguida, há dois candlesticks negros que não rompem a resistência desse gap. Spinning Top Negro Tipo: indecisão Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.50 Spinning Top Negro: BRKM5 O spinning top negro é um candlestick que revela indecisão do mercado. Esse candle tem preço de fechamento menor do que a abertura e, em determinado momento do dia, seu preço oscilou abaixo do fechamento e acima da abertura. Spinning Top Branco Tipo: indecisão Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.51 Spinning Top Branco: GFSA3 O spinning top branco é um candlestick que indica indecisão do mercado. Esse candle tem preço de fechamento maior do que a abertura e, em determinado momento do dia, seu preço oscilou abaixo da abertura e acima do fechamento. High Wave Tipo: indecisão Frequência: regular Eficiência: regular Figura 2.52 High Wave: CESP6 É um candlestick que aponta para indecisão do mercado, e pode ser de cor negra ou branca. O high wave é um candlestick em que os preços de abertura e fechamento ficam muito próximos, apresentando sombras compridas. Indica que o papel oscilou fortemente para cima e para baixo durante o pregão, mas fechou próximo à abertura. Doji ao Sul Tipo: reversão da tendência de baixa Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.53 Doji ao Sul: GGBR4 Figura formada em um fundo. Indica reversão do mercado. O doji ao sul é formado quando a abertura e o fechamento ocorrem no mesmo preço e há sombras acima e abaixo do preço de abertura e fechamento. Engolfo de Alta Tipo: reversão da tendência de baixa Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.54 Engolfo de Alta: ELET6 Um engolfo de alta é um padrão de reversão de alta. Ocorre quando o candlestick negro é engolfado (envolvido) pelo próximo candlestick branco. O engolfo de alta pode aparecer na tendência de alta e na tendência de baixa. Último Fundo Engolfado Tipo: continuação Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.55 Último fundo engolfado: TNLPA É um padrão de continuação de baixa, formado quando o papel apresenta uma tendência de baixa e, no último fundo, ocorre o engolfo. O candlestick branco é engolfado pelo candlestick negro, o que indica continuidade da tendência de baixa. Martelo Tipo: reversão da tendência de baixa Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.56 Martelo: ETER3 O martelo indica uma reversão de alta. Pode ser negro ou branco. Sua principal característica é que a sombra deve ser pelo menos o dobro do tamanho do corpo. Fechamentos IDênticos Tipo: reversão da tendência de baixa Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.57 Fechamentos Idênticos: CMIG4 Trata-se de um padrão de reversão de alta em que aparecem dois candlesticks negros, e seus fechamentos estão alinhados como um suporte. Doji ao Norte Tipo: reversão da tendência de alta Frequência: alta Eficiência: regular Figura 2.58 Doji ao Norte: ELET6 Figura formada em um topo, o que indica reversão do mercado. O doji ao norte é formado quando a abertura e o fechamento ocorrem no mesmo preço e há sombras para cima e para baixo do preço de abertura e fechamento. Engolfo de Baixa Tipo: reversão da tendência de alta Frequência: regular Eficiência: ótima Figura 2.59 Engolfo de Baixa: GOAU4 Um engolfo de baixa é um padrão de reversão de baixa formado quando o candlestick branco é engolfado (envolvido) pelo próximo candlestick negro. O engolfo de baixa pode aparecer na tendência de alta e na tendência de baixa. Enforcado Tipo: reversão da tendência de alta Frequência: regular Eficiência: regular Figura 2.60 Enforcado: ITSA4 O enforcado é um padrão de reversão de baixa. O candlestick pode ser negro ou branco. A característica desse padrão é que a sombra do candlestick é pelo menos o dobro do tamanho do corpo. Belt Hold, de Baixa Tipo: reversão da tendência de alta Frequência: regular Eficiência: boa Figura 2.61 Belt Hold, de baixa: LAME4 Trata-se de um padrão de reversão de baixa. Aparece no fim de uma tendência de alta. O padrão é formado por um marubozu negro de sombra inferior. Three Black Crows Tipo: reversão da tendência de alta ou continuação da tendência de baixa Frequência: regular Eficiência: ótima Figura 2.62 Three Black Crows: POSI3 É um padrão de reversão de baixa. É formado por três candlesticks negros ao fim de uma tendência de alta. 1 Um canal lateral também é conhecido como zona de congestão ou indefinição de mercado. CAPÍTULO 3 Indicadores Técnicos Os indicadores técnicos são cálculos matemáticos que ajudam os traders a identificar tendências de preços, pontos de compra e de venda e tendências de volume. O primeiro indicador técnico a surgir foi a média móvel. Seu objetivo era suavizar os preços, a fim de identificar com maior clareza a tendência dos ativos. Segundo Nobre (1999), o surgimento de calculadoras com capacidade de armazenamento durante a década de 1970 proporcionou uma transformação na análise técnica. Ainda de acordo com ele, “são dessa época o indicador Estocástico de George Lane e, em seguida, o livro de J. Welles Wilder […] Esse livro é um marco na história da análise técnica, pois os indicadores mais populares e importantes, como o Índice de Força Relativa, o Parabólico, o Movimento Direcional, entre outros, foram ali explicitados.” A popularização a partir da década de 1980 do computador pessoal e da difusão de dados via internet permitiu sua ampla utilização no dia a dia por um trader. Indicadores que antes levavam horas ou até mesmo dias para serem calculados agora são aferidos em tempo real. Existem três tipos principais de indicadores: Indicadores de Tendência; Indicadores de Volume; Indicadores de Reversão de Tendência. 3.1 Indicadores de Tendência Os indicadores de tendência propõem-se a buscar em dado intervalo de referência a tendência predominante no ativo analisado. Os principais indicadores de tendências são: Médias Móveis (MM); Moving Average Convergence-Divergence (MACD); Bandas de Bollinger (BB); Movimento Direcional (ADX); Parabólico SAR Médias Móveis (MM) A média móvel é uma média de amostra de preços que varia conforme novos preços são conhecidos no ativo analisado. Esse efeito “móvel” ocorre porque, à medida que os novos preços vão sendo conhecidos, dados passados são deixados para trás e a média assume um novo valor. Assim, sucessivamente, temos uma média que está sempre variando em torno dos preços mais recentes, de forma que, para cada novo preço considerado, é declinado o preço mais antigo. As médias móveis mais utilizadas são: Média Móvel Simples (MMS) Média Móvel Exponencial (MME) Média Móvel Simples (MMS) Para a média móvel simples, ou aritmética, a regra matemática que expressa essa ideia é a seguinte: Em que: MM = Valor da média móvel N = Período atual P = Quantidade de períodos da média Preço = Preço referência para a média calculada, geralmente o fechamento À primeira vista, a média móvel pode parecer complexa, porém imagine uma média de três períodos calculada da seguinte forma: Para tornar o entendimento mais concreto, segue um exemplo que utiliza um histórico de cotações, em que D é o dia referente a cada cotação: Ao calcular uma média móvel de 10 dias para a série acima, chega-se ao seguinte resultado: Se um novo dia for inserido na série de dados (D11), deve-se descartar o primeiro dia no cálculo da média. Com a entrada do dado de D11, passa-se agora a considerar o período de D2 a D11, descartando D1 no cálculo da média. Observe que uma alteração no período de cálculo da média impacta também em seu resultado. Por exemplo, uma média móvel
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