Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I OBJETO DO DIREITO CONSTITUCIONAL: São as normas que formam a Constituição política de um Estado. Constituição é a norma fundamental de um Estado, a norma que trata do objeto do Direito Constitucional. Norma suprema, hierarquicamente superior às demais normas do ordenamento jurídico. ↪ Imediato - são as constituições criadas pelos respectivos estados, sendo que num segundo momento o direito constitucional, irá se dedicar a estudar institutos jurídicos tipicamente constitucionais, que na maioria das vezes são os principais temas tratados nas constituições sendo eles ↪ Organização e estruturação do estado: estabelecendo a forma de governo, o sistema de governo, os mecanismos de escolha, os governantes, ou seja, toda questão envolvendo o processo eleitoral, bem como todos os demais assuntos inerentes a estruturação da administração pública e do estado brasileiro ↪ Instrumentos: que visam evitar o abuso de poder por parte do estado e dos seus governantes, com a previsão da tripartição das funções estatais e do mecanismo de feitos e contra pesos, que estabelece os poderes da república que iriam exercer fiscalizações recíprocas evitando eventual abuso de poder por parte de um deles. ↪ Competências: A previsão das competências de cada ente político dentro daquele estado, ou seja, o que compete à União, aos estados, ao distrito federal e aos municípios fazerem. mediato - estuda outros institutos que estão previsto dentro da constituição ↪ A previsão de direitos e garantias fundamentais que irão proteger um rol de direitos constitucionais mais importantes no âmbito daquele estado democrático de direito (ex. a vida, a liberdade, a igualdade, ao devido processo legal etc.) ↪ O estado tem que promover o mínimo assistencial e uma qualidade de vida. O direito constitucional tem como principal objeto de estudo. A constituição e seus institutos (divisão dos poderes garantias fundamentais dos direitos ect.) ↝ ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ↝ DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ↝RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS E OS INDIVÍDUOS Nosso direito constitucional e complexos, pois temos todos esses direitos e mais outros que não se trata de direito constitucional Magna Carta - é o nome de um ato normativo que foi editado na Inglaterra pelo Rei da época João sem-terra, acabou ficando famosa porque é considerado como o primeiro rascunho de uma constituição que estabeleceria limites ao poder do rei. Seria a lei maior dentro do ordenamento inglês, ou seja, carta maior, esboço de uma constituição Direito Comum (Common Law) → Possui por base o Direito Bruto e o Direito do Juristas, onde não se tem alteração na lei se não houver um caso de conflito, criando assim o ciclo supracitado. (cria-se uma lei por base em conflitos do passado). Defeito do Direito Comum: Nem sempre se tem um precedente perfeito e possui uma segurança jurídica individual baixa. No Direito comum se diz que “O juiz faz a lei” pois conforme se cria os casos de conflito, os juízes alteram as leis de forma que englobe o novo conflito para que o próximo conflito semelhante tenha precedentes para se basear, esse sistema jurídico é usado a mais de XII séculos. Os juízes no Direito comum verificam se o caso se adequa com o corpo de precedentes já usados naquela constituição. Sistema de normas Romano-Germânico (SRG→ A lei e o direito possuem a legislação como base, logo, não precisam necessariamente de um conflito para serem criados ou alterados. (cria-se uma lei para evitar problemas futuros) Defeito do Sistema de normas Romano-Germânico: Nem sempre se tem uma lei que se adeque perfeitamente ao caso e possui uma segurança jurídica social baixa em comparação ao individual. Os juízes no SRG verificam se o caso se adequa à lei em si já criada. Princípio da isonomia: Ordenamento Jurídico « normas de um País Direito Público x Direito Privado. O direito constitucional é um ramo do direito público por tratar de relações jurídicas que envolvem o Estado, tratando de direitos indisponíveis e que levam em conta a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Estado e uma construção tipicamente política e jurídica, para a finalidade, a maioria atualmente são democráticos de direito ''cujo o poder emana pelo povo, e o poder está vinculado segundo o que diz o ordenamento jurídico'' O conceito de Estado e formado pela junção ou união nos seguintes elementos ↪ Povo: que é composto por aquelas pessoas que possuem um vínculo jurídico político com o Estado, ou seja, são natos ou naturalizados. ↪ Território: e a poço geográfica daquele estado. O território em regra está limitado pelas fronteiras, mas existe também o que a doutrina chama território por equiparação. ↪ Soberania ou poder devidamente constituído: e o poder que o Estado possui de aplicar em seu território o seu ordenamento jurídico sem que sofra a interferência de terceiros FORMAS DE ESTADO * Unitário, é aquele Estado no qual ocorre a centralização política em um único ente, ou seja, não existem Estados ou Municípios (ex. china, Irlanda * Estados Federados, são aqueles nos quais o poder político e dividido em diversos entes (união, estados, distrito federal e municípios), que irão exercer as suas competências na forma estabelecida pela constituição (ex. brasil, eua) obs. nas federações aplica se o princípio da indissolubilidade segundo o qual os entes da federação não podem dela se separar. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO É o ato normativo que inaugura o ordenamento jurídico de um Estado. A constituição irá tratar dos direitos mais relevantes naquele ordenamento jurídico, como por exemplo: a estrutura do estado, a separação de poderes a forma e o sistema de governo a forma e o sistema de governo o processo legislativo os direitos e garantias fundamentais e outros direitos daquele ordenamento jurídico viera a estabelecer. SINÔNIMOS DE CONSTITUIÇÃO: Carta Magna, lei fundamental, lei maior, carta da república, carta política CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL ↪ 1 Conteúdo: A doutrina divide as constituições quanto ao conteúdo em constituições formas, e materiais. As constituições formais são aquelas escritas e codificadas, sendo que tudo que constar no texto constitucional será considerado norma de direito constitucional, mesmo que trate de um assunto que não seja tipicamente constitucional, ex.: CF 88. Já nas constituições materiais não existe uma Constituição escrita, sendo que as normas Constitucionais serão formadas pelas leis, costumes, em como jurisprudência que tratam de assuntos tipicamente constitucionais., ↪ 2 Forma: As constituições poderão ser escritas ou não (escritas são as positivadas e codificadas, ex.: Constituição Brasileira). Já as Constituições não escritas são aquelas que não estão codificadas ex.: Constituição Inglesa, sendo que nessas Constituições são considerados os costumes, jurisprudências e leis que trata de assuntos constitucionais. ↪ 3 Modo de elaboração: poderá ser dogmática ou histórica. Dogmáticas são aquelas que levam em conta os dogmas existentes na sociedade no momento de elaboração da Constituição, como é o caso da CFB de 1988 (ideias fundamentais do Estado). Já a Constituição histórica é aquela construída com base na evolução histórica e gradual dos costumes, jurisprudências e leis constitucionais (ex.: Constituição Inglesa). Pag. 1 RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I ↳ Quanto à Origem: Poderá ser promulgada, outorgada e cesarista. ↳ Promulgadas: são aquelas elaboradas democraticamente, com a participação do povo, e por meio da assembleia nacional constituinte. A nossa constituição de 88 foi promulgada em foi promulgada em 05 de outubro. ↳ Outorgada: é aquela elaborada sem a participação popular, ou seja, é imposta pelo governante ex.: Constituições editadas durante a Ditadura Militar. ↳ Cesarista: não ocorre participação popular na elaboração da Constituição que é editada pelo governante que submete a um referendo, geralmente fraudulento (que dar uma roupa de democraciaem uma Constituição que não é democrática). 5 ESTABILIDADE - PODEM SER → Estabilidade Mutável: admite modificação por meio de emendas constitucionais ⤷ Rigida - São as constituições que podem ser modificadas por meio de emendas constitucionais mas que exigem um processo legislativo, mais solene e difícil do que aquele exigido para as leis ordinárias ⤷ Semi - Aberta - Meio rígida e meio Flexível, aquela que adota os dois sistemas, sendo que alguns artigos seriam modificados de forma mais solene e outros de forma simplificada. ⤷ Flexível - é aquela que para a sua modificação não se exige um processo mais solene, pois se adota o mesmo processo legislativo previsto para as leis ordinárias, ⤷ Super Rigida - As cláusulas pétreas não são imutáveis pode mudar e ampliar jamais retirar, e não pode ser mudada para menos - segunda prof alexandre de moraes a constituição de 88 seria super rígida, pois uma parte dela (cláusulas pétreas não poderia ser modificadas) → Estabilidade Imutável: Quando falamos de constituição imutável não admite nenhuma modificação. Quanto extensão, a constituição pdoera ser analica ou sintetica ⤷ ANALITICA: São aquelas extensas, pos abordam os temas de forma detalhada, como ocorre com a constituição brasileira. ⤷ SINTÉTICAS: São aquelas resumidas, concisas, e que abordam os temas constitucionais de uma maneira mais principiológica . Concepções de Constituições: A filosofia jurídica, sempre divergiu, qual seria a natureza do ato que cria uma constituição. Para a teoria sociológica defendida por Lassale, a criação de uma constituição seria um evento social, decorrente do próprio contrato social. Já a teoria política sustenta que a criação de uma constituição seria um evento estritamente político, pois é a decisão fundamental de um Estado de criar uma constituição que irá regula-lo politicamente (defendido pelo sociólogo alemão ‘’CARL SCHMITT’’) Já para a teoria jurídica, defendida por Hans Kelsen, a constituição é a norma pura de um ordenamento jurídico, ou seja, sem nenhuma pretensão social ou política. Ela é a norma hipotética fundamental do ordenamento jurídico LOSEF - ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO ↪ Limitativos: são aqueles que limitam o poder do Estado evitando assim que haja abusos por parte do poder público. (são os artigos da constituição que estabelecem limites ao abuso do poder estatal, como ocorre, por exemplo, com os direitos e garantias fundamentais previstos no art 5º cf.) - Dispositivo legal (gênero inclusivo) ↪ Orgânicos: são aqueles artigos da constituição que organizam e estruturam o Estado. (são aqueles que tratam da organização e estruturação do estado brasileiro, como por exemplo, o art 37 da CF que trata da organização da administração pública). ↪ Sócio Ideológicos: são aqueles artigos constitucionais que tratam os direitos sociais que visam reduzir as desigualdades sociais.(São os dispositivos constitucionais que tratam do chamados direitos sociais, ou seja, aqueles direitos de segunda geração que visam reduzir as desigualdades sociais ex.: saúde, educação, previdência social) art 6 e 7 cf ↪ Estabilização Constitucional: são institutos previstos na constituição que visam afastar situações de instabilidade política e jurídica. (são instrumentos jurídicos previstos na constituição que visam garantir a aplicação do texto constitucional afastando situações de instabilidade jurídica, política e social ex.; intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio e o ‘’controle de constitucionalidade - estudar com atenção’’ ↪ Formas de aplicabilidade: aqueles que não estabelecem direitos específicos.(são dispositivos constitucionais que não garantem direitos, pois tratam de questões relativas à forma de aplicação da constituição, como por exemplo, os artigos que tratam para as regras de promulgação de emendas constitucionais). PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Trata sobre os princípios jurídicos constitucionais, são normas, dentro da constituição, que servem de referência e de base para a interpretação e aplicação do ordenamento constitucional. Evolução dos princípios jurídicos: a noção de princípios no direito seguiu uma sequência evolutiva, sendo tratada no primeiro momento pelo jusnaturalismo, da idade média até a segunda metade do século 19. Por essa corrente existem princípios jurídicos que são naturais, ou seja, nascem com os indivíduos independentemente de qualquer previsão legal (jusnaturalismo, direito natural que nasce junto com o indivíduo em razão do seu nascimento).Porém, na segunda metade do século 19, o positivismo jurídico traz a noção de que esses direitos devem ser positivados, ou seja, os princípios devem estar escritos na constituição e nas leis. (o grande expoente desse pensamento foi hans kelsen). Após o contexto histórico da segunda guerra mundial surge a corrente do neoconstitucionalismo que traz para o centro do debate constitucional o princípio da dignidade da pessoa humana PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SEGUNDO PROF JOSÉ AFONSO DA SILVA: Existem dois tipos de princípios na constituição de 88, quais sejam, princípios políticos e jurídicos ↪ Políticos: tratam da estrutura, forma e organização do estado, como do regime político e do sistema de governo. ↪ Jurídicos: englobam os direitos mais importantes dentro do ordenamento constitucional, como por exemplo princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da nacionalidade, da presunção de inocência, do contraditório etc. CONTEÚDO FORMAL (escrita e codificada ainda que não conste em temas constitucionais) (ex-BR) X MATERIAL (Não é escrita, é pautada nos costumes da sociedade e trata apenas sobre assuntos constitucionais) (ENG) FORMA ESCRITO (Positivadas e codificadas) (ex-BR) X NÃO ESCRITO (Não estão codificadas, nessas constituições são considerados os costumes, a jurisprudência e leis que tratem de assuntos constitucionais) (ENG) Pag. 2 RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I ELABORAÇÃO DOGMÁTICA (Leva em conta os dogmas políticos, teorias existentes na sociedade no momento de elaboração da constituição) (ex-BR) X HISTÓRICA (construção da mesma com base na evolução histórica e gradual dos costumes e da jurisprudência e leis constitucionais.) (ex-ENG) ESTABILIDADE IMUTÁVEL (não aceitam alteração por emenda na constituição.) (Ex-Irã(teocrático)) X MUTÁVEL (admite modificações por meio de emendas constitucionais.) (Divididas em Rígidas, flexíveis, semi rígidas e super-rígidas) EXTENSÃO ANALÍTICA (extensas, pois abordam os temas de forma detalhada) (Ex-Br) SINTÉTICA (resumidas, concisas e que abordam os temas constitucionais de uma maneira mais principiológica.) (ex-ENG) PODER CONSTITUINTE Teoria do Poder constituinte: Essa teoria visa explicar como surge uma constituição dentro de um estado democrático de direito e qual é a relação disso com o poder político e a soberania de um Estado. Elementos que estão presentes na criação de uma constituição, poder de estabelecer assuntos essenciais para a sua constituição, o qual é exercido de forma democrática ou ditatorial, sendo o poder em si derivando do poder de soberania em um determinado local territorial e sobre determinadas pessoas naquele local, sendo o povo daquele local. A soberania sendo o poder concedido pelo povo ao estado em si para que o mesmo crie um ordenamento jurídico para empregá-lo naquele determinado local, o qual conforme maior participação democrática mais “justo” o ordenamento será(ao menos a concepção dos mesmo). O poder constituinte quando se manifesta de forma democrática terá como titular o povo, e será exercido pela assembleia nacional constituinte, composta por representantes eleitos pelo povo e que terão a atribuição de criar a nova constituição que revoga a constituição anterior. O poder constituinte pode ser dividido em dois, Originário e o Derivado. Originário → Aquele que cria uma nova constituição, onde o exercício ocorre pela assembleia constituinte e é responsável por criar uma nova constituiçãoe revogar a constituição anterior. A doutrina estabelece que o poder constituinte originário possuiria poder ilimitado, uma vez que não observaria os parâmetros estabelecidos pela constituição anterior, porém, a doutrina estabelece que o poder constituinte originário deverá respeitar o direito natural, o direito internacional e a própria soberania daquele estado. Derivado: É aquele que deriva, ou seja, decorre do poder constituinte originário. O poder constituinte derivado é dividido em dois tipos: Poder Constituinte derivado Reformador → permite a criação de emendas constitucionais, conforme estabelece o artigo 60 da constituição. Porém, existem limitações, que deverão ser observadas no exercício desse poder constituinte, sendo elas as seguintes: ↳ Limites procedimentais: estabelece as formalidades que deverão ser observadas na aprovação de uma emenda, por exemplo, quanto ao quorum de aprovação das emendas constitucionais. ↳ Limites materiais: existem matérias que não podem ser suprimidas por meio de emendas constitucionais, chamadas de cláusulas pétreas que estão previstas no art 60 parágrafo 4 da constituição e consistem na forma federativa do Estado, voto direto, secreto, universal e periódicos, separação dos poderes e direitos e garantias individuais. ↳ Limites circunstanciais: a constituição não pode ser emendada durante o estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal ↳ Limites temporais: não poderá ser novamente votada uma emenda constitucional que já tenha sido rejeitada naquela sessão legislativa, naquele ano legislativo) Poder Constituinte derivado decorrente → Poder de criação de constituições estaduais. É aquele que permite que os estados criem as constituições estaduais, e decorre do princípio da auto-organização dos estados membros. OBS: Na criação das Constituições Estaduais deverá ser observado o princípio da simetria segundo o qual as constituições dos Estados devem respeitar o que estabelece a Constituição Federal do Estado. Obs: Os municípios não possuem constituições pois eles são regulamentados pelas suas leis orgânicas que iram estabelecer a forma de funcionamento desses municípios. O DF também não possui constituição, pois ele é regulamentado pela lei orgânica do DF. Teoria da Recepção: Quando uma nova constituição entra em vigor ela não revoga todos os itens constitucionais anteriores, os itens infraconstitucionais permanecem, salvo se forem contra a nova constituição. Evitando uma reformulação jurídica desnecessária, utilizando das legislações anteriores de forma proveitosa. Estabelece que a legislação infraconstitucional editada antes da nova constituição será por ela recepcionada revogando-se apenas os dispositivos que sejam contrários à nova constituição. Preâmbulo da constituição: O Preâmbulo é um texto escrito pela assembleia nacional constituinte, que antecede o artigo 1º da constituição. No preâmbulo a assembleia nacional expõe os dogmas, interesses e objetivos que nortearam a elaboração da constituição. A doutrina e a jurisprudência sempre discutiram se o preâmbulo teria natureza de norma jurídica. O STF entendeu que o preâmbulo não é considerado norma jurídica, não possuindo o poder vinculante. Segundo o STF o preâmbulo seria uma carta de intenções, portanto, teria a importância como instrumento de interpretação da constituição. Portanto, tendo em vista que o preâmbulo não possui força normativa, a menção a Deus não viola o princípio constitucional do estado laico. Carta que expõe aos brasileiros o que foi considerado na elaboração da constituição. FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO PAÍS: o art 1º da CF estabelece que a república federativa do brasil é formada pela união indissolúvel de Estados, Municípios e DF, sendo um estado democratico e de direito está sujeito aos seguintes fundamentos: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político. Objetivos da república federativa do Brasil: o art 3ª da CF estabelece os objetivos da república federativa do brasil, trata-se de forma programática que irá prever programas de governo a serem desenvolvidos. Pag. 3 RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I Eficácia das normas constitucionais: a análise da eficácia das normas constitucionais visa verificar se essas normas possuem o poder de produzirem os efeitos desejados, ou seja, a eficácia de uma norma está ligada à possibilidade ou não dela produzir efeitos. O professor José Afonso da Silva elaborou uma classificação das normas constitucionais que é considerada a mais relevante e mais adotada tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência. Para o professor José Afonso, as normas constitucionais são divididas em normas de eficácia plena, contida e limitada. Normas constitucionais de eficácia plena: são normas da constituição que possuem aplicabilidade imediata, ou seja, já produzem efeito a partir do momento em que entram em vigor, não dependendo de qualquer regulamentação infraconstitucional para produzir efeitos. Ex: os dispositivos da constituição que tratam de direitos constitucionais e garantia e deveres. Norma constitucional de eficácia contida: São dispositivos da constituição que possuem uma aplicação imediata, mas que o seu alcance pode ser contido (restringido) por uma lei complementar ou lei ordinária que virão futuramente a ser editada. Em geral as normas constitucionais de eficácia contida possuem seu texto ‘’a expressão nos termos da lei’’ Norma constitucional de eficácia limitada: são aquelas que possuem aplicabilidade mediata, ou seja, elas não produzem efeitos imediatamente, uma vez que obrigatoriamente dependem de uma lei complementar ou lei ordinária posterior que venha regulamentar aquela norma constitucional. Nas normas constitucional de eficácia limitada, havera a expressão (na forma da lei, ou nos termos da lei, sendo que sem a respectiva lei o direito constitucional não poderá ser exercido, exemplo: É garantido o direito de greve o servidor público civil nos termos de lei complementar ART 37 inc 7 da constituição federal. As normas constitucionais de eficácia limitada tratam de questões institucionais ou programáticas. Questões institucionais são aquelas que tratam da organização e estruturação do estado como por exemplo o ART 18 da constituição Federal. Caso o poder público permaneça omisso na regulamentação da norma constitucional de eficácia limitada, os prejudicados poderão impetrar mandado de injunção junto ao supremo tribunal federal para suprir a omissão do congresso nacional na regulamentação daquele direito constitucional de eficácia limitada. - Hermenêutica à Estudo da interpretação - Interpretação à conforme a vontade do leitor Correntes da Hermenêutica constitucional: Corrente interpretativista à Declara que o intérprete deve se ater a norma expressa em lei e a vontade democrática de seu legislador, onde o interpretativista considerará como relevante o que diz o texto constitucional e a vontade legislativa empregada. Corrente Não interpretativista à declara que o intérprete não deve se ater aos termos expressos em lei, onde ele interpreta a legislação buscando o entendimento em outros valores, como usar da lei para defender um “Bem” que ele interpreta que aquela legislação busca defender. Método Tópico Problemático: Onde o intérprete busca resolver o problema em questão, não se preocupa com problemas filosóficos ou morais, utilizando de uma interpretação totalmente pragmática, independentemente se concorda ou não, buscando simplesmente a resolução do problema. Método Hermenêutico Concretizador: Busca suprir lacunas legislativas utilizando de outras para que haja a concretização de um direito em si não previsto em lei, busca o equilíbrio entre a criatividade do intérprete e a realidade legislativa. Método Científico Espiritual: Considera que a interpretação legislativa deve ser elástica e flexível, para que a mesma acompanhe o dinamismodo estado, tendo em vista que as alterações legislativas serão fatidicamente mais lentas em serem alteradas. Método Jurídico Normativo Estruturante: Acredita que pode se interpretar a legislação com mais fatores do que apenas a legislação em si, como a realidade social por exemplo. Método interpretativo comparativo: Utiliza de todas as normas interpretativas buscando o melhor caminho a ser tomado pela decisão judicial, pode utilizar de comparação entre ordenamentos jurídicos distintos para validação da conclusão proposta. Supremacia Constitucional: A supremacia constitucional estabelece que dentro da estrutura de um ordenamento jurídico, a constituição estará em uma posição de superioridade em relação às demais normas infraconstitucionais. Disso decorre a consequência de que essas normas infraconstitucionais deverão ser compatíveis com a constituição, sob pena de serem consideradas inconstitucionais. A supremacia constitucional está diretamente ligada à rigidez constitucional, ou seja, em sistemas que possuem uma constituição rígida, a supremacia constitucional estará presente de uma forma mais visível. A supremacia constitucional pode ocorrer de duas formas: A supremacia constitucional formal ocorre em constituições escritas e rígidas sendo que tudo o que estiver tratado na constituição será considerado direito constitucional mesmo que não trate de um assunto tipicamente constitucional. É o caso do brasil por exemplo Supremacia constitucional material à É adotada em ordenamentos com constituições não escritas, nos quais se levará em conta o assunto tratado pela norma. Se for um tema de natureza constitucional estará em posição de superioridade frente às demais normas, por exemplo a constituição inglesa. Pag. 4
Compartilhar