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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL I

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RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I
OBJETO DO DIREITO CONSTITUCIONAL: São as normas que formam a
Constituição política de um Estado. Constituição é a norma fundamental
de um Estado, a norma que trata do objeto do Direito Constitucional.
Norma suprema, hierarquicamente superior às demais normas do
ordenamento jurídico.
↪ Imediato - são as constituições criadas pelos respectivos estados, sendo
que num segundo momento o direito constitucional, irá se dedicar a
estudar institutos jurídicos tipicamente constitucionais, que na maioria das
vezes são os principais temas tratados nas constituições sendo eles
↪ Organização e estruturação do estado: estabelecendo a forma de
governo, o sistema de governo, os mecanismos de escolha, os governantes,
ou seja, toda questão envolvendo o processo eleitoral, bem como todos os
demais assuntos inerentes a estruturação da administração pública e do
estado brasileiro
↪ Instrumentos: que visam evitar o abuso de poder por parte do estado e
dos seus governantes, com a previsão da tripartição das funções estatais e
do mecanismo de feitos e contra pesos, que estabelece os poderes da
república que iriam exercer fiscalizações recíprocas evitando eventual
abuso de poder por parte de um deles.
↪ Competências: A previsão das competências de cada ente político
dentro daquele estado, ou seja, o que compete à União, aos estados, ao
distrito federal e aos municípios fazerem. mediato - estuda outros
institutos que estão previsto dentro da constituição
↪ A previsão de direitos e garantias fundamentais que irão proteger um
rol de direitos constitucionais mais importantes no âmbito daquele estado
democrático de direito (ex. a vida, a liberdade, a igualdade, ao devido
processo legal etc.)
↪ O estado tem que promover o mínimo assistencial e uma qualidade de
vida. O direito constitucional tem como principal objeto de estudo. A
constituição e seus institutos (divisão dos poderes garantias fundamentais
dos direitos ect.)
↝ ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
↝ DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
↝RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS E OS INDIVÍDUOS
Nosso direito constitucional e complexos, pois temos todos esses direitos e
mais outros que não se trata de direito constitucional Magna Carta - é o
nome de um ato normativo que foi editado na Inglaterra pelo Rei da
época João sem-terra, acabou ficando famosa porque é considerado
como o primeiro rascunho de uma constituição que estabeleceria limites
ao poder do rei. Seria a lei maior dentro do ordenamento inglês, ou seja,
carta maior, esboço de uma constituição
Direito Comum (Common Law) → Possui por base o Direito Bruto e o
Direito do Juristas, onde não se tem alteração na lei se não houver um
caso de conflito, criando assim o ciclo supracitado. (cria-se uma lei por
base em conflitos do passado). Defeito do Direito Comum: Nem sempre se
tem um precedente perfeito e possui uma segurança jurídica individual
baixa. No Direito comum se diz que “O juiz faz a lei” pois conforme se cria
os casos de conflito, os juízes alteram as leis de forma que englobe o novo
conflito para que o próximo conflito semelhante tenha precedentes para
se basear, esse sistema jurídico é usado a mais de XII séculos. Os juízes
no Direito comum verificam se o caso se adequa com o corpo de
precedentes já usados naquela constituição. Sistema de normas
Romano-Germânico (SRG→ A lei e o direito possuem a legislação como
base, logo, não precisam necessariamente de um conflito para serem
criados ou alterados. (cria-se uma lei para evitar problemas futuros)
Defeito do Sistema de normas Romano-Germânico: Nem sempre se tem
uma lei que se adeque perfeitamente ao caso e possui uma segurança
jurídica social baixa em comparação ao individual. Os juízes no SRG
verificam se o caso se adequa à lei em si já criada. Princípio da isonomia:
Ordenamento Jurídico « normas de um País Direito Público x Direito
Privado. O direito constitucional é um ramo do direito público por tratar de
relações jurídicas que envolvem o Estado, tratando de direitos
indisponíveis e que levam em conta a supremacia do interesse público
sobre o interesse privado. Estado e uma construção tipicamente política e
jurídica, para a finalidade, a maioria atualmente são democráticos de
direito ''cujo o poder emana pelo povo, e o poder está vinculado segundo o
que diz o ordenamento jurídico'' O conceito de Estado e formado pela
junção ou união nos seguintes elementos
↪ Povo: que é composto por aquelas pessoas que possuem um vínculo
jurídico político com o Estado, ou seja, são natos ou naturalizados.
↪ Território: e a poço geográfica daquele estado. O território em regra
está limitado pelas fronteiras, mas existe também o que a doutrina chama
território por equiparação.
↪ Soberania ou poder devidamente constituído: e o poder que o Estado
possui de aplicar em seu território o seu ordenamento jurídico sem que
sofra a interferência de terceiros
FORMAS DE ESTADO
* Unitário, é aquele Estado no qual ocorre a centralização política em um
único ente, ou seja, não existem Estados ou Municípios (ex. china, Irlanda
* Estados Federados, são aqueles nos quais o poder político e dividido em
diversos entes (união, estados, distrito federal e municípios), que irão
exercer as suas competências na forma estabelecida pela constituição (ex.
brasil, eua) obs. nas federações aplica se o princípio da indissolubilidade
segundo o qual os entes da federação não podem dela se separar.
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO É o ato normativo que inaugura o
ordenamento jurídico de um Estado. A constituição irá tratar dos direitos
mais relevantes naquele ordenamento jurídico, como por exemplo: a
estrutura do estado, a separação de poderes a forma e o sistema de
governo a forma e o sistema de governo o processo legislativo os direitos e
garantias fundamentais e outros direitos daquele ordenamento jurídico
viera a estabelecer.
SINÔNIMOS DE CONSTITUIÇÃO: Carta Magna, lei fundamental, lei maior,
carta da república, carta política
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL
↪ 1 Conteúdo: A doutrina divide as constituições quanto ao conteúdo em
constituições formas, e materiais. As constituições formais são aquelas
escritas e codificadas, sendo que tudo que constar no texto constitucional
será considerado norma de direito constitucional, mesmo que trate de um
assunto que não seja tipicamente constitucional, ex.: CF 88. Já nas
constituições materiais não existe uma Constituição escrita, sendo que as
normas Constitucionais serão formadas pelas leis, costumes, em como
jurisprudência que tratam de assuntos tipicamente constitucionais.,
↪ 2 Forma: As constituições poderão ser escritas ou não (escritas são as
positivadas e codificadas, ex.: Constituição Brasileira). Já as Constituições
não escritas são aquelas que não estão codificadas ex.: Constituição
Inglesa, sendo que nessas Constituições são considerados os costumes,
jurisprudências e leis que trata de assuntos constitucionais.
↪ 3 Modo de elaboração: poderá ser dogmática ou histórica. Dogmáticas
são aquelas que levam em conta os dogmas existentes na sociedade no
momento de elaboração da Constituição, como é o caso da CFB de 1988
(ideias fundamentais do Estado). Já a Constituição histórica é aquela
construída com base na evolução histórica e gradual dos costumes,
jurisprudências e leis constitucionais (ex.: Constituição Inglesa).
Pag. 1
RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I
↳ Quanto à Origem: Poderá ser promulgada, outorgada e cesarista.
↳ Promulgadas: são aquelas elaboradas democraticamente, com a
participação do povo, e por meio da assembleia nacional constituinte. A
nossa constituição de 88 foi promulgada em foi promulgada em 05 de
outubro.
↳ Outorgada: é aquela elaborada sem a participação popular, ou seja, é
imposta pelo governante ex.: Constituições editadas durante a Ditadura
Militar.
↳ Cesarista: não ocorre participação popular na elaboração da
Constituição que é editada pelo governante que submete a um referendo,
geralmente fraudulento (que dar uma roupa de democraciaem uma
Constituição que não é democrática).
5 ESTABILIDADE - PODEM SER
→ Estabilidade Mutável: admite modificação por meio de emendas
constitucionais
⤷ Rigida - São as constituições que podem ser modificadas por meio de
emendas constitucionais mas que exigem um processo legislativo, mais
solene e difícil do que aquele exigido para as leis ordinárias
⤷ Semi - Aberta - Meio rígida e meio Flexível, aquela que adota os dois
sistemas, sendo que alguns artigos seriam modificados de forma mais
solene e outros de forma simplificada.
⤷ Flexível - é aquela que para a sua modificação não se exige um processo
mais solene, pois se adota o mesmo processo legislativo previsto para as
leis ordinárias,
⤷ Super Rigida - As cláusulas pétreas não são imutáveis pode mudar e
ampliar jamais retirar, e não pode ser mudada para menos - segunda prof
alexandre de moraes a constituição de 88 seria super rígida, pois uma
parte dela (cláusulas pétreas não poderia ser modificadas)
→ Estabilidade Imutável: Quando falamos de constituição imutável não
admite nenhuma modificação. Quanto extensão, a constituição pdoera ser
analica ou sintetica
⤷ ANALITICA: São aquelas extensas, pos abordam os temas de forma
detalhada, como ocorre com a constituição brasileira.
⤷ SINTÉTICAS: São aquelas resumidas, concisas, e que abordam os temas
constitucionais de uma maneira mais principiológica .
Concepções de Constituições: A filosofia jurídica, sempre divergiu, qual
seria a natureza do ato que cria uma constituição. Para a teoria
sociológica defendida por Lassale, a criação de uma constituição seria um
evento social, decorrente do próprio contrato social. Já a teoria política
sustenta que a criação de uma constituição seria um evento estritamente
político, pois é a decisão fundamental de um Estado de criar uma
constituição que irá regula-lo politicamente (defendido pelo sociólogo
alemão ‘’CARL SCHMITT’’) Já para a teoria jurídica, defendida por Hans
Kelsen, a constituição é a norma pura de um ordenamento jurídico, ou seja,
sem nenhuma pretensão social ou política. Ela é a norma hipotética
fundamental do ordenamento jurídico
LOSEF - ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
↪ Limitativos: são aqueles que limitam o poder do Estado evitando assim
que haja abusos por parte do poder público. (são os artigos da constituição
que estabelecem limites ao abuso do poder estatal, como ocorre, por
exemplo, com os direitos e garantias fundamentais previstos no art 5º cf.) -
Dispositivo legal (gênero inclusivo)
↪ Orgânicos: são aqueles artigos da constituição que organizam e
estruturam o Estado. (são aqueles que tratam da organização e
estruturação do estado brasileiro, como por exemplo, o art 37 da CF que
trata da organização da administração pública).
↪ Sócio Ideológicos: são aqueles artigos constitucionais que tratam os
direitos sociais que visam reduzir as desigualdades sociais.(São os
dispositivos constitucionais que tratam do chamados direitos sociais, ou
seja, aqueles direitos de segunda geração que visam reduzir as
desigualdades sociais ex.: saúde, educação, previdência social) art 6 e 7 cf
↪ Estabilização Constitucional: são institutos previstos na constituição que
visam afastar situações de instabilidade política e jurídica. (são
instrumentos jurídicos previstos na constituição que visam garantir a
aplicação do texto constitucional afastando situações de instabilidade
jurídica, política e social ex.; intervenção federal, estado de defesa, estado
de sítio e o ‘’controle de constitucionalidade - estudar com atenção’’
↪ Formas de aplicabilidade: aqueles que não estabelecem direitos
específicos.(são dispositivos constitucionais que não garantem direitos, pois
tratam de questões relativas à forma de aplicação da constituição, como
por exemplo, os artigos que tratam para as regras de promulgação de
emendas constitucionais).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Trata sobre os princípios jurídicos constitucionais, são normas, dentro da
constituição, que servem de referência e de base para a interpretação e
aplicação do ordenamento constitucional. Evolução dos princípios
jurídicos: a noção de princípios no direito seguiu uma sequência evolutiva,
sendo tratada no primeiro momento pelo jusnaturalismo, da idade média
até a segunda metade do século 19. Por essa corrente existem princípios
jurídicos que são naturais, ou seja, nascem com os indivíduos
independentemente de qualquer previsão legal (jusnaturalismo, direito
natural que nasce junto com o indivíduo em razão do seu
nascimento).Porém, na segunda metade do século 19, o positivismo jurídico
traz a noção de que esses direitos devem ser positivados, ou seja, os
princípios devem estar escritos na constituição e nas leis. (o grande
expoente desse pensamento foi hans kelsen). Após o contexto histórico da
segunda guerra mundial surge a corrente do neoconstitucionalismo que
traz para o centro do debate constitucional o princípio da dignidade da
pessoa humana
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SEGUNDO PROF JOSÉ AFONSO DA
SILVA: Existem dois tipos de princípios na constituição de 88, quais sejam,
princípios políticos e jurídicos
↪ Políticos: tratam da estrutura, forma e organização do estado, como do
regime político e do sistema de governo.
↪ Jurídicos: englobam os direitos mais importantes dentro do
ordenamento constitucional, como por exemplo princípio da dignidade da
pessoa humana, princípio da nacionalidade, da presunção de inocência,
do contraditório etc.
CONTEÚDO
FORMAL (escrita e
codificada ainda que
não conste em temas
constitucionais) (ex-BR)
X
MATERIAL (Não é escrita, é
pautada nos costumes da
sociedade e trata apenas sobre
assuntos constitucionais) (ENG)
FORMA
ESCRITO (Positivadas e
codificadas) (ex-BR) X
NÃO ESCRITO (Não estão
codificadas, nessas constituições
são considerados os costumes, a
jurisprudência e leis que tratem de
assuntos constitucionais) (ENG)
Pag. 2
RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I
ELABORAÇÃO
DOGMÁTICA (Leva em
conta os dogmas
políticos, teorias
existentes na sociedade
no momento de
elaboração da
constituição) (ex-BR)
X
HISTÓRICA (construção da
mesma com base na evolução
histórica e gradual dos costumes e
da jurisprudência e leis
constitucionais.) (ex-ENG)
ESTABILIDADE
IMUTÁVEL (não
aceitam alteração por
emenda na
constituição.)
(Ex-Irã(teocrático)) X
MUTÁVEL (admite modificações
por meio de emendas
constitucionais.) (Divididas em
Rígidas, flexíveis, semi rígidas e
super-rígidas)
EXTENSÃO
ANALÍTICA (extensas,
pois abordam os temas
de forma detalhada)
(Ex-Br)
SINTÉTICA (resumidas, concisas e
que abordam os temas
constitucionais de uma maneira
mais principiológica.) (ex-ENG)
PODER CONSTITUINTE
Teoria do Poder constituinte: Essa teoria visa explicar como surge uma
constituição dentro de um estado democrático de direito e qual é a relação
disso com o poder político e a soberania de um Estado. Elementos que
estão presentes na criação de uma constituição, poder de estabelecer
assuntos essenciais para a sua constituição, o qual é exercido de forma
democrática ou ditatorial, sendo o poder em si derivando do poder de
soberania em um determinado local territorial e sobre determinadas
pessoas naquele local, sendo o povo daquele local. A soberania sendo o
poder concedido pelo povo ao estado em si para que o mesmo crie um
ordenamento jurídico para empregá-lo naquele determinado local, o qual
conforme maior participação democrática mais “justo” o ordenamento
será(ao menos a concepção dos mesmo). O poder constituinte quando se
manifesta de forma democrática terá como titular o povo, e será exercido
pela assembleia nacional constituinte, composta por representantes eleitos
pelo povo e que terão a atribuição de criar a nova constituição que revoga
a constituição anterior. O poder constituinte pode ser dividido em dois,
Originário e o Derivado.
Originário → Aquele que cria uma nova constituição, onde o exercício
ocorre pela assembleia constituinte e é responsável por criar uma nova
constituiçãoe revogar a constituição anterior. A doutrina estabelece que o
poder constituinte originário possuiria poder ilimitado, uma vez que não
observaria os parâmetros estabelecidos pela constituição anterior, porém,
a doutrina estabelece que o poder constituinte originário deverá respeitar
o direito natural, o direito internacional e a própria soberania daquele
estado.
Derivado: É aquele que deriva, ou seja, decorre do poder constituinte
originário. O poder constituinte derivado é dividido em dois tipos:
Poder Constituinte derivado Reformador → permite a criação de emendas
constitucionais, conforme estabelece o artigo 60 da constituição. Porém,
existem limitações, que deverão ser observadas no exercício desse poder
constituinte, sendo elas as seguintes:
↳ Limites procedimentais: estabelece as formalidades que deverão ser
observadas na aprovação de uma emenda, por exemplo, quanto ao
quorum de aprovação das emendas constitucionais.
↳ Limites materiais: existem matérias que não podem ser suprimidas por
meio de emendas constitucionais, chamadas de cláusulas pétreas que
estão previstas no art 60 parágrafo 4 da constituição e consistem na
forma federativa do Estado, voto direto, secreto, universal e periódicos,
separação dos poderes e direitos e garantias individuais.
↳ Limites circunstanciais: a constituição não pode ser emendada durante
o estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal
↳ Limites temporais: não poderá ser novamente votada uma emenda
constitucional que já tenha sido rejeitada naquela sessão legislativa,
naquele ano legislativo)
Poder Constituinte derivado decorrente → Poder de criação de
constituições estaduais. É aquele que permite que os estados criem as
constituições estaduais, e decorre do princípio da auto-organização dos
estados membros. OBS: Na criação das Constituições Estaduais deverá ser
observado o princípio da simetria segundo o qual as constituições dos
Estados devem respeitar o que estabelece a Constituição Federal do
Estado.
Obs: Os municípios não possuem constituições pois eles são
regulamentados pelas suas leis orgânicas que iram estabelecer a forma de
funcionamento desses municípios. O DF também não possui constituição,
pois ele é regulamentado pela lei orgânica do DF.
Teoria da Recepção: Quando uma nova constituição entra em vigor ela não
revoga todos os itens constitucionais anteriores, os itens
infraconstitucionais permanecem, salvo se forem contra a nova
constituição. Evitando uma reformulação jurídica desnecessária, utilizando
das legislações anteriores de forma proveitosa. Estabelece que a legislação
infraconstitucional editada antes da nova constituição será por ela
recepcionada revogando-se apenas os dispositivos que sejam contrários à
nova constituição.
Preâmbulo da constituição: O Preâmbulo é um texto escrito pela
assembleia nacional constituinte, que antecede o artigo 1º da constituição.
No preâmbulo a assembleia nacional expõe os dogmas, interesses e
objetivos que nortearam a elaboração da constituição.
A doutrina e a jurisprudência sempre discutiram se o preâmbulo teria
natureza de norma jurídica. O STF entendeu que o preâmbulo não é
considerado norma jurídica, não possuindo o poder vinculante. Segundo o
STF o preâmbulo seria uma carta de intenções, portanto, teria a
importância como instrumento de interpretação da constituição. Portanto,
tendo em vista que o preâmbulo não possui força normativa, a menção a
Deus não viola o princípio constitucional do estado laico.
Carta que expõe aos brasileiros o que foi considerado na elaboração da
constituição.
FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO PAÍS: o art 1º da CF
estabelece que a república federativa do brasil é formada pela união
indissolúvel de Estados, Municípios e DF, sendo um estado democratico e de
direito está sujeito aos seguintes fundamentos: soberania, cidadania,
dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa e pluralismo político. Objetivos da república federativa do Brasil: o
art 3ª da CF estabelece os objetivos da república federativa do brasil,
trata-se de forma programática que irá prever programas de governo a
serem desenvolvidos.
Pag. 3
RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL I
Eficácia das normas constitucionais: a análise da eficácia das normas
constitucionais visa verificar se essas normas possuem o poder de
produzirem os efeitos desejados, ou seja, a eficácia de uma norma está
ligada à possibilidade ou não dela produzir efeitos. O professor José
Afonso da Silva elaborou uma classificação das normas constitucionais
que é considerada a mais relevante e mais adotada tanto pela doutrina
quanto pela jurisprudência. Para o professor José Afonso, as normas
constitucionais são divididas em normas de eficácia plena, contida e
limitada.
Normas constitucionais de eficácia plena: são normas da constituição que
possuem aplicabilidade imediata, ou seja, já produzem efeito a partir do
momento em que entram em vigor, não dependendo de qualquer
regulamentação infraconstitucional para produzir efeitos. Ex: os
dispositivos da constituição que tratam de direitos constitucionais e
garantia e deveres.
Norma constitucional de eficácia contida: São dispositivos da constituição
que possuem uma aplicação imediata, mas que o seu alcance pode ser
contido (restringido) por uma lei complementar ou lei ordinária que virão
futuramente a ser editada. Em geral as normas constitucionais de eficácia
contida possuem seu texto ‘’a expressão nos termos da lei’’
Norma constitucional de eficácia limitada: são aquelas que possuem
aplicabilidade mediata, ou seja, elas não produzem efeitos imediatamente,
uma vez que obrigatoriamente dependem de uma lei complementar ou lei
ordinária posterior que venha regulamentar aquela norma constitucional.
Nas normas constitucional de eficácia limitada, havera a expressão (na
forma da lei, ou nos termos da lei, sendo que sem a respectiva lei o direito
constitucional não poderá ser exercido, exemplo: É garantido o direito de
greve o servidor público civil nos termos de lei complementar ART 37 inc 7
da constituição federal. As normas constitucionais de eficácia limitada
tratam de questões institucionais ou programáticas. Questões
institucionais são aquelas que tratam da organização e estruturação do
estado como por exemplo o ART 18 da constituição Federal.
Caso o poder público permaneça omisso na regulamentação da norma
constitucional de eficácia limitada, os prejudicados poderão impetrar
mandado de injunção junto ao supremo tribunal federal para suprir a
omissão do congresso nacional na regulamentação daquele direito
constitucional de eficácia limitada.
- Hermenêutica à Estudo da interpretação
- Interpretação à conforme a vontade do leitor
Correntes da Hermenêutica constitucional: Corrente interpretativista à
Declara que o intérprete deve se ater a norma expressa em lei e a vontade
democrática de seu legislador, onde o interpretativista considerará como
relevante o que diz o texto constitucional e a vontade legislativa
empregada.
Corrente Não interpretativista à declara que o intérprete não deve se ater
aos termos expressos em lei, onde ele interpreta a legislação buscando o
entendimento em outros valores, como usar da lei para defender um
“Bem” que ele interpreta que aquela legislação busca defender.
Método Tópico Problemático: Onde o intérprete busca resolver o problema
em questão, não se preocupa com problemas filosóficos ou morais,
utilizando de uma interpretação totalmente pragmática,
independentemente se concorda ou não, buscando simplesmente a
resolução do problema.
Método Hermenêutico Concretizador: Busca suprir lacunas legislativas
utilizando de outras para que haja a concretização de um direito em si não
previsto em lei, busca o equilíbrio entre a criatividade do intérprete e a
realidade legislativa.
Método Científico Espiritual: Considera que a interpretação legislativa deve
ser elástica e flexível, para que a mesma acompanhe o dinamismodo
estado, tendo em vista que as alterações legislativas serão fatidicamente
mais lentas em serem alteradas.
Método Jurídico Normativo Estruturante: Acredita que pode se interpretar
a legislação com mais fatores do que apenas a legislação em si, como a
realidade social por exemplo.
Método interpretativo comparativo: Utiliza de todas as normas
interpretativas buscando o melhor caminho a ser tomado pela decisão
judicial, pode utilizar de comparação entre ordenamentos jurídicos
distintos para validação da conclusão proposta.
Supremacia Constitucional: A supremacia constitucional estabelece que
dentro da estrutura de um ordenamento jurídico, a constituição estará em
uma posição de superioridade em relação às demais normas
infraconstitucionais. Disso decorre a consequência de que essas normas
infraconstitucionais deverão ser compatíveis com a constituição, sob pena
de serem consideradas inconstitucionais. A supremacia constitucional está
diretamente ligada à rigidez constitucional, ou seja, em sistemas que
possuem uma constituição rígida, a supremacia constitucional estará
presente de uma forma mais visível. A supremacia constitucional pode
ocorrer de duas formas:
A supremacia constitucional formal ocorre em constituições escritas e
rígidas sendo que tudo o que estiver tratado na constituição será
considerado direito constitucional mesmo que não trate de um assunto
tipicamente constitucional. É o caso do brasil por exemplo Supremacia
constitucional material à É adotada em ordenamentos com constituições
não escritas, nos quais se levará em conta o assunto tratado pela norma.
Se for um tema de natureza constitucional estará em posição de
superioridade frente às demais normas, por exemplo a constituição
inglesa.
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