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Autor: Cleuber Pozes Valadão NOÇÕES DE TURBINAS A GÁS NOÇÕES DE TURBINAS A GÁS Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Ordenar as etapas de funcionamento de uma turbina a gás; • Descrever as etapas de funcionamento de uma turbina a gás; • Compreender o princípio de funcionamento de uma turbina a gás industrial; • Identificar os principais componentes de uma turbina a gás industrial; • Correlacionar as finalidades dos circuitos auxiliares e de controle das turbinas a gás industrial; • Compreender o desempenho de uma turbina a gás industrial. Para o alcance destes objetivos são indicados como pré- requisitos os conhecimentos de: • Noções de termodinâmica; • Noções de máquinas térmicas. Autor: Cleuber Pozes Valadão NOÇÕES DE TURBINAS A GÁS Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas demodo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemaselétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. Glossário Objetivo Específi co Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalaçõese serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear ofl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentadomais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! ImpOrTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas rESUmINDO... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos SumárioSumário Introdução 17 Capítulo 1 - Turbinas a gás - definição e princípio de funcionamento Objetivos 21 1. Turbinas a gás - definição e princípio de funcionamento 23 1.1. Comparação entre os ciclos de funcionamento de motores 26 1.1.1. O ciclo Otto 28 1.1.2. O ciclo Brayton 29 1.2. Exercícios 31 1.3. Glossário 35 1.4. Bibliografia 36 1.5. Gabarito 37 Capítulo 2 - Turbinas a gás - principais componentes Objetivo 41 2. Turbinas a gás - principais componentes 43 2.1. Compressor de ar 43 2.2. Câmara de combustão 48 2.3. Roda de turbina 50 2.4. Exercícios 52 2.5. Glossário 54 2.6. Bibliografia 55 2.7. Gabarito 56 Capítulo 3 - Turbinas a gás - tipos Objetivo 57 3. Turbinas a gás - tipos 59 3.1. Turbinas a gás aeronáuticas 59 3.2. Turbinas a gás industriais 60 3.2.1. Turbina a gás industrial aeroderivada 61 3.2.2. Turbina a gás industrial não aeroderivada 63 3.3. Comparação entre turbinas a gás industriais 66 3.4. Exercícios 68 3.5. Glossário 70 3.6. Bibliografia 71 3.7. Gabarito 72 Capítulo 4 - Turbinas a gás industriais - principais componentes Objetivo 75 4. Turbinas a gás industriais - principais componentes 77 4.1. Seções da turbina a gás industrial 77 4.1.1. Caixa de acessórios 77 4.1.2. Duto de admissão de ar 78 4.1.3. Conjunto de admissão de ar e alojamento do mancal n.º 1 78 4.1.4. Compressor de ar 78 4.1.5. Difusor de descarga do compressor axial de ar e alojamento do mancal n.º 2 78 4.1.6. Alojamento da seção de combustão e turbina geradora de gás 78 4.1.7. Conjunto da turbina de potência e exaustão de gases 79 4.2. Exercícios 80 4.3. Glossário 81 4.4. Bibliografia 82 4.5. Gabarito 83 Capítulo 5 - Turbinas a gás - circuitos auxiliares Objetivos 85 5. Turbinas a gás - circuitos auxiliares 87 5.1. Circuito de proteção 87 5.2. Circuito de ar 88 5.3. Circuito de partida 90 5.4. Circuito de óleo lubrificante e de comando hidráulico 92 5.5. Circuito de controle do fluxo de ar do compressor axial 92 5.6. Circuito de combustível 94 5.7. Casulo da turbina a gás 94 5.8. Exercícios 95 5.9. Glossário 97 5.10. Bibliografia 99 5.11. Gabarito 100 Capítulo 6 - Turbinas a gás - filosofia de seqüenciamento Objetivo 103 6. Turbinas a gás – filosofia de seqüenciamento 105 6.1. Ordem de partida 105 6.1.1. Parada / stop 105 6.1.2. Preparação / pré-lubrificação / pre-lub 106 6.1.3. Ventilação / purga / crank 106 6.1.4. Ignição 107 6.1.5. Idle / warm-up 107 6.1.6. Operação / load 108 6.1.7. Idle / cool-down 108 6.1.8. Parando / stopping 108 6.1.9. Pós-lubrificação / pos-lub 108 6.2. Exercícios 110 6.3. Glossário 112 6.4. Bibliografia 113 6.5. Gabarito 114 Capítulo 7 - Desempenho da turbina a gás Objetivo 115 7. Desempenho da turbina a gás 117 7.1. Condições de desempenho 117 7.2. Instruções de aplicação do gráfico “potência de saída”, em função da temperatura de admissão de ar 118 7.3. Fator de correção de desempenho para altitude 120 7.4. Perda de pressão na admissão de ar e exaustão de gases 121 7.5. Exercícios 124 7.6. Glossário 125 7.7. Bibliografia 126 7.8. Gabarito 127 17 Introdução O desenvolvimento da turbina a gás remonta a 200 a.C., quando o filósofo egípcio Hero, de Alexandria, inventou um dispositivo que demonstrava o princípio físico de uma turbina simples, na qual o vapor gerado após o aquecimento da água era direcionado para sair do balão rotativo através de dois dispositivos posicionados a 180º um do outro, proporcionando o seu giro. Turbina a gás projetada por Hero Leonardo da Vinci, filósofo italiano medieval multitalentoso, rascunhou uma turbina a gás acionada pela fumaça de uma chaminé, em 1550. Posteriormente, a invenção da turbina a gás e o desenvolvimento do seu projeto original tiveram como foco o acionamento de aviões e as pesquisas no campo de propulsão a jato. A primeira patente de um projeto de motor a jato foi dada a John Barber, na Inglaterra, em 1791. Entretanto, não havia, na época, tecnologia, capacidade manufatureira e materiais disponíveis para fabricar essa máquina térmica. CORPORATIVA 18 Alta Competência Combustor Retirada de potência A turbina a gás de Jonh Barber Admissão de ar Compressão de ar Bomba de combustível Combustível Projeto de turbina a gás O emprego de turbinas a gás para o acionamento de compressores, bombas e geradores foi adaptado após a Segunda Guerra Mundial. Devido à sua construção compacta, pequeno peso e à alta potência, quando comparado aos motores tradicionais de combustão interna, seu uso tem sido muito difundidoem aplicações industriais. Além disso, as turbinas a gás, como geradoras de eletricidade, apresentam vantagens: segurança operacional, prazo de implantação reduzido, baixos custos e impacto ambiental menor. Esta última vantagem é muito relevante em tempos de grande preocupação com a preservação do planeta. Por esses motivos, indústrias no mundo inteiro já têm empregado turbinas a gás para a geração de eletricidade e esse processo começa a se consolidar também no Brasil. A Petrobras utiliza amplamente estas turbinas para a geração de energia e compressão de gás nas plataformas marítimas, em termelétricas e nas plantas de co-geração de energia (energia elétrica e vapor d’água, produzidos simultaneamente). A matéria a seguir ratifica os investimentos da Petrobras nas termelétricas que, em sua maior parte, utilizam turbinas a gás. CORPORATIVA 19 O Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), concebido com o propósito de assegurar o suprimento de energia nos próximos anos, foi responsável pela construção de 57 usinas termelétricas, responsáveis, a partir de 2003, por mais da metade da demanda de gás natural no país. A Petrobras participa diretamente de 29 usinas, com investimentos da ordem de US$ 7 bilhões. Sua participação minoritária é de 25%. A Petrobras participa acionariamente de 10 plantas de co-geração, com capacidade para 4.000 megawatts de energia elétrica e 2.400 toneladas/ hora de vapor, e de 19 usinas termelétricas que irão gerar 7.000 megawatts. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br/ Petrobras/portugues/perfil/gas_energia/per_ppt. htm>. Acesso em: 30 mai 2008. No estudo das turbinas a gás serão conhecidos mais detalhes a respeito do seu funcionamento e da sua aplicação. CORPORATIVA CORPORATIVA PREfÁCIO C ap ít u lo 1 Turbinas a gás - definição e princípio de funcionamento Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Descrever o princípio de funcionamento da turbina a gás; • Identificar os componentes básicos de uma turbina a gás; • Diferenciar o ciclo termodinâmico da turbina a gás do ciclo de um motor convencional; • Identificar as etapas do ciclo termodinâmico da turbina a gás nos gráficos P x V e T x S. CORPORATIVA 22 Alta Competência CORPORATIVA 23 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento 1. Turbinas a gás - definição e princípio de funcionamento As turbinas a gás, em termos de fabricação em série, foram projetadas inicialmente para equipar os aviões na Segunda Guerra Mundial. Posteriormente, passaram a equipar os aviões de passageiros e helicópteros. Com o decorrer do desenvolvimento industrial, teve início o emprego das turbinas a gás aeronáuticas para acionamento de máquinas operatrizes, como bombas, compressores e geradores elétricos. Algum tempo depois, foram desenvolvidas as turbinas a gás industriais não aeroderivadas, ou seja, projetadas exclusivamente para a indústria. A turbina a gás é um motor de combustão interna que converte energia térmica em energia mecânica, e utiliza o ar como fluido motriz para prover energia. Ela está ilustrada a seguir, sendo possível observar a sua estrutura de funcionamento: um ventilador (1), acionado por um motor elétrico, gera uma massa de ar com determinada velocidade. Essa massa de ar é direcionada para o ventilador (2), que funciona como uma roda de turbina e se encontra acoplado a um gerador elétrico e assim, conseqüentemente, a energia elétrica é produzida. Gerador elétrico Motor elétrico 1 2 Turbina a gás CORPORATIVA 24 Alta Competência Na próxima ilustração, é apresentado um ventilador (1) que, na partida, é acionado por um motor elétrico (2) e, após a ignição e combustão, o seu acionamento ocorre através da roda de turbina (3), que foi acionada pela massa de ar oriunda do ventilador (1). Pode-se verificar que a massa de ar oriunda do ventilador é aquecida por uma chama contínua que, dessa forma, ganha temperatura e se expande na roda da turbina, de onde é retirado trabalho para o acionamento do ventilador, mantendo-se o ciclo de funcionamento. Roda de turbina ( 3 ) Compressor de ar Câmara de combustão Motor/gerador ( 2 ) Ventilador ( 1 ) Concepção de uma turbina a gás Em 1930, Frank Whittle apresentou a primeira patente de uma turbina a gás para produzir um jato de propulsão. A construção da turbina “Whittle” formou as bases das modernas turbinas a gás. Na ilustração abaixo se vê a estrutura interna de uma turbina a gás e a simulação do fluxo de ar percorrendo o seu interior. Compressor Bico injetor Entrada de ar Rodas de turbina Câmara de combustão Bocal de propulsão b d c a e f Estrutura interna de uma turbina a gás CORPORATIVA 25 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento Cada parte da turbina a gás pode ser associada a uma etapa da conversão da energia térmica em energia mecânica. Uma turbina a gás produz energia a partir do resultado das etapas contínuas do ciclo Brayton - ciclo básico da turbina a gás. As etapas estão apontadas a seguir. 1. Admissão - etapa em que ocorre a entrada de ar atmosférico (a) na turbina a gás. 2. Compressão - um compressor dinâmico (b) - axial ou centrífugo - comprime o ar. Normalmente, o compressor é do tipo axial, de vários estágios, onde as energias de pressão e temperatura do fluido (ar) aumentam. O compressor de ar da turbina é o componente responsável pelo aumento da pressão do ar, no ciclo Brayton, e é acionado pela roda de turbina. Normalmente, o compressor axial é empregado nesses casos por ter uma capacidade maior de vazão, quando comparado ao compressor centrífugo, para o mesmo tamanho. 3. Combustão - o ar comprimido flui para as câmaras de combustão (c), onde o combustível, à alta pressão, é injetado através do bico injetor (d) e queimado a uma pressão aproximadamente constante. A ignição da mistura ar/combustível ocorre durante a partida, através de ignitores. Posteriormente, a combustão se auto-sustenta. 4. Expansão - os gases gerados na combustão, a alta temperatura e pressão, (em c), são expandidos a uma alta velocidade, na seção de expansão. Esta seção é um conjunto de rodas estatoras (d), com palhetas, que promovem o efeito bocal e direcionam o fluido motriz (gases), a fim de proporcionar um melhor ângulo de ataque nas palhetas das rodas da turbina (e) ou no conjunto rotor (eixo com rodas de palhetas). Assim, a energia dos gases é convertida em potência no eixo, que aciona o compressor axial de ar (aproximadamente 2/3 da energia gerada com a queima). CORPORATIVA 26 Alta Competência 5. Exaustão - os gases remanescentes da expansão na turbina passam através de um bocal de propulsão (f) para aumentar sua velocidade e, conseqüentemente, o impulso (propulsão). Na imagem a seguir estão representados as variações e os valores máximos de pressão e temperatura no interior da turbina a gás. Pressão e temperatura Pressão (Atmosfera) Temperatura (graus C) Diagramas da evolução da pressão e da temperatura no interior da turbina a gás É importante ratificar que a turbina a gás é uma máquina térmica que utiliza o ar como fluido motriz para prover energia. Para que isso ocorra, o ar que passa através da turbina deve ser acelerado, ou seja, a velocidade ou energia cinética do ar é aumentada. Para obter esse aumento, primeiramente eleva-se a pressão e, em seguida, adiciona- se calor. Finalmente, a energia gerada (aumento de entalpia) é transformada em potência no eixo da turbina. 1.1. Comparação entre os ciclos de funcionamento de motores Todos os motores de combustão interna funcionam com base em um ciclo termodinâmico, portanto, vamos comparar os ciclos de funcionamento de uma turbina a gás (ciclo Brayton) e de um motor convencional de quatro tempos (ciclo Otto), para que as diferenças fiquem claras, e se entenda o conjunto de processo e princípios de funcionamento, destacando-se as vantagens. CORPORATIVA 27 Capítulo 1. Turbinas a gás – definiçãoe princípio de funcionamento Em uma turbina a gás, a combustão ocorre a uma pressão constante, ao passo que, em um motor convencional, a combustão ocorre a um volume constante. A ilustração a seguir demonstra a comparação entre os dois ciclos. Admissão de ar Ar Combustão Exasutão Compressor axial de ar Compressor Câmara de combustão Turbina geradora de gás Turbina de potência Coletor de gás combustível e bicos injetores Válvula de sangria Exaustão Admissão Compressão Combustão e expansão Exaustão Comparação entre ciclos ATENÇÃO Pode-se utilizar um trocadilho na comparação entre a turbina a gás e o motor convencional: na turbina a gás, as cinco etapas do ciclo termodinâmico ocorrem simultaneamente em seções diferentes e, no motor convencional, as cinco etapas do ciclo termodinâmico ocorrem na mesma seção em tempos diferentes. CORPORATIVA 28 Alta Competência 1.1.1. O ciclo Otto O ciclo Otto é o ciclo de funcionamento do motor convencional de quatro tempos, que equipa os automóveis. Em ambos os ciclos – Otto e Brayton – ocorrem etapas de admissão, compressão, combustão, expansão e exaustão. Em um motor de ciclo convencional (Otto), essas etapas são produzidas no mesmo local (cilindro), em tempos diferentes, sendo, portanto, um ciclo intermitente. Ciclo Otto Pressão Volume Início do ciclo1 2 3 4 Do ponto 1 ao ponto 2, o ar é admitido, ocorrendo aumento do volume sem variação da pressão. Do ponto 2 ao 3, ocorre o movimento ascendente do pistão, acarretando a redução do volume, o aumento da pressão e o conseqüente aumento da temperatura, visto tratar-se de um processo de compressão politrópica. No ponto 3, acontece a ignição com grande aumento da temperatura da mistura. O termo, volume constante, deve-se ao seguinte fato: do ponto 3 ao ponto 4, durante a combustão da mistura, não ocorre mudança considerável no volume, mas sim, um grande aumento da pressão. CORPORATIVA 29 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento Do ponto 4 ao ponto 5 ocorre a expansão dos gases empurrando o pistão, quando é extraído o trabalho para o acionamento do eixo, que faz funcionar as rodas do carro. Na expansão acontece a queda da temperatura e da pressão e aumento do volume. Esta é a única etapa (ponto 4 ao 5) em que a energia pode ser extraída (trabalho extraído do processo). Quando a válvula de exaustão abre (ponto 5 ao ponto2), resulta em uma rápida queda de pressão a volume constante. O pistão então sobe, forçando os gases remanescentes para a exaustão (ponto 2 ao ponto 1). O ciclo, então, é reiniciado. 1.1.2. O ciclo Brayton O ciclo Brayton (ou de Joule) é um ciclo aberto e de fluxo contínuo, ou seja, todas as etapas ocorrem simultaneamente, tendo o ar escoado por dentro da turbina. As turbinas a gás operam no ciclo Brayton (pressão constante), que comumente é denominado ciclo aberto. As etapas deste ciclo são mostradas no gráfico P x V da ilustração a seguir. Ciclo Brayton P re ss ão C om pr es sã o Volume 1 2 4 5 3 Expansão nas turbinas Combustão Turbinas de potência Pressão Atmosférica CORPORATIVA 30 Alta Competência A ilustração a seguir representa o ciclo termodinâmico, com suas etapas e as variações de temperatura correspondentes a cada uma delas, onde T é temperatura e S é a entropia. Temperatura Entropia 1 2 3 4 Ciclo Brayton O ar é admitido e comprimido, do ponto 1 ao ponto 2, acarretando aumento de pressão e temperatura e redução de volume. Do ponto 2 ao 3, temos representado a combustão à pressão constante, mas com um aumento acentuado do volume. Esta elevação de volume se manifesta em aumento de velocidade de escoamento dos gases, porque não há mudança acentuada na área dessa seção da turbina. A partir da combustão ocorre a expansão dos gases nas rodas da turbina, causando uma redução da pressão e temperatura e aumento de volume. A combustão isobárica do ciclo Brayton da turbina a gás proporciona o aumento do volume específico do ar, que se manifesta com o aumento de sua velocidade. CORPORATIVA 31 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento 1) Considerando o que foi apresentado sobre as turbinas a gás, res- ponda ao que se pede. a) Como podemos definir a turbina a gás? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ b) Que fluido motriz é empregado na turbina a gás? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ c) Que processo ocorre no interior de uma turbina a gás e qual o re- sultado obtido? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Indique as diferenças existentes entre o funcionamento da turbina a gás e de um motor convencional. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.2. Exercícios CORPORATIVA 32 Alta Competência 3) Identifique os componentes da turbina a gás, fazendo a corres- pondência das letras aos elementos destacados. ( d ) Bico injetor ( a ) Entrada de ar ( b ) Compressor ( e ) Rodas de turbina ( c ) Câmara de combustão ( f ) Bocal de propulsão CORPORATIVA 33 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento 4) Assinale com um X a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir. O ar é admitido na turbina a gás e comprimido pelo _______________ e descarregado para uma _________________, onde é aquecido pela queima contínua de um combustível (diesel, querosene de aviação ou gás). Os gases, ao saírem da câmara de combustão, são direcionados para ________________ , passando pelas aletas estatoras e, em seguida, encaminhados para a _____________________, que retira trabalho dos gases quentes para acionar o compressor de ar através do eixo e manter a continuidade do ciclo. A energia necessária para o acionamento do compressor é de 2/3 da energia liberada na combustão e a energia remanescente nos gases (1/3) escoa para a atmosfera, passando por um_________ _______ (redução da seção transversal), onde a velocidade é aumentada e, dessa forma, impulsiona a turbina para a frente devido à força de propulsão. Portanto, a opção correta é: ( ) bocal, câmara de combustão, seção de expansão, roda de turbina e compressor; ( ) compressor, câmara de combustão, seção de expansão, roda de turbina e bocal; ( ) bocal, câmara de combustão, roda de turbina, seção de ex- pansão e compressor; ( ) compressor, câmara de combustão, roda de turbina, seção de expansão e bocal. CORPORATIVA 34 Alta Competência 5) Coloque V (verdadeira) e F (falsa) nas afirmativas abaixo. ( ) A combustão isobárica do ciclo Otto da turbina a gás pro- porciona a diminuição do volume especifico do ar, que se manifesta com o aumento de sua velocidade. ( ) O ar quente resultante da combustão isobárica se expande com alta velocidade na seção da turbina. ( ) A turbina a gás é um motor de combustão interna que converte energia mecânica em energia térmica. ( ) Na turbina a gás os processos termodinâmicos acontecem em locais diferentes, ao mesmo tempo e de forma contínua. ( ) No motor convencional (ciclo Otto), os processos termodi- nâmicos acontecem no mesmo local, em tempos diferentes, é um ciclo intermitente. 6) Analise os gráficos P x V e T x S e assinale, com um X, a alternativacorreta a respeito dos processos do ciclo Brayton da turbina a gás. P re ss ão C om pr es sã o Volume 1 2 4 5 3 Expansão nas turbinas Combustão Turbinas de potência Pressão Atmosférica Temperatura Entropia 1 2 3 4 A alternativa correta é: ( ) 1-2 Combustão isobárica, 2-3 Expansão, 3-4 Compressão; ( ) 1-2 Expansão, 2-3 Combustão isobárica, 3-4 Compressão; ( ) 1-2 Compressão, 2-3 Combustão isobárica, 3-4 Expansão; ( ) 1-2 Compressão, 2-3 Expansão, 3-4 Combustão isobárica; ( ) 1-2 Combustão isobárica, 2-3 Compressão, 3-4 Expansão. CORPORATIVA 35 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento Combustão isobárica - combustão a pressão constante. Palheta - palheta estacionária, fixada na carcaça da turbina. 1.3. Glossário CORPORATIVA 36 Alta Competência JOAQUIM, Manuel; IGLESIAS, Leopoldo; MATIAS, José Augusto. Noções de Turbinas a Gás. Apostila. Centro de produção. Macaé: 2003. VALADÃO, Cleuber Pozes. Turbinas a Gás. Apostila. Centro de produção. Macaé: 2003. 1.4. Bibliografia CORPORATIVA 37 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento 1) Considerando o que foi apresentado sobre as turbinas a gás, responda ao que se pede. a) Como podemos definir a turbina a gás? A turbina a gás é um motor de combustão interna, é uma máquina térmica. b) Que fluido motriz é empregado na turbina a gás? O fluido motriz empregado é o ar. c) Que processo ocorre no interior de uma turbina a gás e qual o resultado obtido? No interior da turbina ocorre a conversão de energia térmica em energia mecânica a partir da elevação da pressão e da adição de calor. Como resultado desse ciclo tem a transformação da energia térmica em potência, o que ocorre no eixo da turbina. 2) Indique as diferenças existentes entre o funcionamento da turbina a gás e de um motor convencional. Em uma turbina a gás, a combustão ocorre a uma pressão constante, ao passo que, em um motor convencional, a combustão ocorre a um volume constante. Na turbina a gás, as cinco etapas do ciclo termodinâmico ocorrem simultaneamente em seções diferentes e, no motor convencional, as cinco etapas do ciclo termodinâmico ocorrem na mesma seção em tempos diferentes. 3) Identifique os componentes da turbina a gás, fazendo a correspondência das letras aos elementos destacados. ( d ) Bico injetor ( a ) Entrada de ar ( b ) Compressor ( e ) Rodas de turbina ( c ) Câmara de combustão ( f ) Bocal de propulsão Compressor Bico injetor Entrada de ar Rodas de turbina Câmara de combustão Bocal de propulsão b d c a e f 1.5. Gabarito CORPORATIVA 38 Alta Competência 4) Assinale com um X a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir. O ar é admitido na turbina a gás e comprimido pelo compressor e descarregado para uma câmara de combustão, onde é aquecido pela queima contínua de um combustível (diesel, querosene de aviação ou gás). Os gases, ao saírem da câmara de combustão, são direcionados para seção de expansão, passando pelas aletas estatoras e, em seguida, encaminhados para a roda de turbina, que retira trabalho dos gases quentes para acionar o compressor de ar através do eixo e manter a continuidade do ciclo. A energia necessária para o acionamento do compressor é de 2/3 da energia liberada na combustão e a energia remanescente nos gases (1/3) escoa para a atmosfera, passando por um bocal (redução da seção transversal), onde a velocidade é aumentada e, dessa forma, impulsiona a turbina para a frente devido à força de propulsão. Portanto, a opção correta é: ( ) bocal, câmara de combustão, seção de expansão, roda de turbina e compressor; ( X ) compressor, câmara de combustão, seção de expansão, roda de turbina e bocal; ( ) bocal, câmara de combustão, roda de turbina, seção de expansão e compressor; ( ) compressor, câmara de combustão, roda de turbina, seção de expansão e bocal. 5) Coloque V (verdadeira) e F (falsa) nas afirmativas abaixo. ( F ) A combustão isobárica do ciclo Otto da turbina a gás proporciona a diminuição do volume especifico do ar, que se manifesta com o aumento de sua velocidade. Justificativa: A combustão isobárica do ciclo Brayton da turbina a gás proporciona o aumento do volume especifico do ar, que se manifesta com o aumento de sua velocidade. ( V ) O ar quente resultante da combustão isobárica se expande com alta velocidade na seção da turbina. ( F ) A turbina a gás é um motor de combustão interna que converte energia mecânica em energia térmica. Justificativa: A turbina a gás é um motor de combustão interna que converte energia térmica em energia mecânica. ( V ) Na turbina a gás os processos termodinâmicos acontecem em locais diferentes, ao mesmo tempo e de forma contínua. ( V ) No motor convencional (ciclo Otto), os processos termodinâmicos acontecem no mesmo local, em tempos diferentes, é um ciclo intermitente. CORPORATIVA 39 Capítulo 1. Turbinas a gás – definição e princípio de funcionamento 6) Analise os gráficos P x V e T x S e assinale, com um X, a alternativa correta a respeito dos processos do ciclo Brayton da turbina a gás. P re ss ão C om pr es sã o Volume 1 2 4 5 3 Expansão nas turbinas Combustão Turbinas de potência Pressão Atmosférica Temperatura Entropia 1 2 3 4 A alternativa correta é: ( ) 1-2 Combustão isobárica, 2-3 Expansão, 3-4 Compressão; ( ) 1-2 Expansão, 2-3 Combustão isobárica, 3-4 Compressão; ( X ) 1-2 Compressão, 2-3 Combustão isobárica, 3-4 Expansão; ( ) 1-2 Compressão, 2-3 Expansão, 3-4 Combustão isobárica; ( ) 1-2 Combustão isobárica, 2-3 Compressão, 3-4 Expansão. CORPORATIVA CORPORATIVA PREfÁCIO C ap ít u lo 2 Turbinas a gás - principais componentes Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer a função dos principais componentes de uma turbina a gás. CORPORATIVA 42 Alta Competência CORPORATIVA 43 Capítulo 2 - Turbinas a gás - principais componentes 2. Turbinas a gás - principais componentes É importante ratificar que a turbina a gás é um motor de combustão interna. Nestes tipos de motor, utiliza-se o ar como fluido motriz, processando-o segundo o ciclo Brayton, onde é captado da atmosfera, comprimido, aquecido, expandido e exaurido de volta para atmosfera. Nas fases de compressão e aquecimento, o ar recebe trabalho e calor, sendo elevado o seu nível energético. Já na fase de expansão, o ar transfere trabalho para a roda de turbina, acionando o compressor e mantendo, desta forma, o funcionamento da turbina e a energia remanescente serve de força propulsora. Nesse contexto, a turbina a gás é composta basicamente por: Compressor de ar;• Câmara de combustão; • Roda de turbina;• Eixo. • Detalhes da estrutura e função desses componentes são apresentados a seguir. 2.1. Compressor de ar Na turbina a gás, o compressor é o componente no qual se dá a pressurização do fluido de trabalho, sendo sempre empregado o do tipo dinâmico (centrífugo, axial ou axial com o último estágio centrífugo). CORPORATIVA 44 Alta Competência O compressor axial trabalha com relações de compressão baixas, por estágios, valores usuais de projeto situados entre 1,1/1 e 1,4/1, o que resulta em um número grande de estágios para se atingir as relações de compressão elevadas, de até 21/1, empregadas em algumas máquinas modernas. Na prática, relações de compressão muito elevadas são obtidas normalmente com dois ou três rotores axiais, operando em série, ou por um rotor com vários estágios axiais seguidos por um último estágio centrífugo. O compressor axial permite obter altas vazões de ar, que atingem até 700 Kg/ s, e eficiência isoentrópica muito boa, com valores típicos que variam de 85 a 90 %, sendo por isso empregado em praticamente todas as turbinas a gás de médio e grande porte. Um inconveniente do compressor axial é o de apresentar faixa operacional pequena, entre os limites de surge e stonewall, o que exige cuidadosespeciais para evitar o surge durante os períodos de partida e/ou aceleração. A ilustração representa um compressor do tipo axial: Compressor axial CORPORATIVA 45 Capítulo 2 - Turbinas a gás - principais componentes O compressor de ar é o componente da turbina a gás responsável pelo aumento da pressão do ar no ciclo Brayton, sendo acionado pela roda de turbina através de um eixo. Nesses casos, o compressor axial é o mais indicado por suportar maior vazão do que os compressores centrífugos, no que se refere ao tamanho. Seu princípio de funcionamento é o da aceleração do ar, com posterior transformação em pressão. É composto por uma seção estacionária, onde se encontram instalados os anéis, com aletas estatoras, e por uma seção rotativa que possui um conjunto de rotores com palhetas. Cada estágio de compressão é constituído por um rotor com palhetas e um anel com aletas estatoras. O rotor com palhetas é responsável pela aceleração do ar, funcionando como um ventilador. É nesta etapa que o ar recebe trabalho para aumentar a energia de pressão, velocidade e temperatura. O anel de aletas estatoras tem a finalidade de direcionar o ar para incidir com um ângulo favorável sobre as palhetas do próximo estágio rotor e promover a desaceleração do fluxo de ar e, assim, transformar a energia de velocidade em pressão. Essas máquinas são projetadas para que a velocidade na entrada de cada rotor seja a mesma na condição de máxima eficiência. Este processo é repetido nos estágios subseqüentes do compressor, sendo que cada estágio promove um pequeno aumento de pressão. O fluxo de ar no compressor se dá paralelo ao eixo (axial) numa trajetória helicoidal, e a seção de passagem é reduzida da admissão para a descarga, com o propósito de se manter a velocidade do ar constante dentro da faixa de operação, uma vez que a pressão sobe a cada estágio e a sua massa específica também. Veja a equação da continuidade. O ganho de pressão e as variações de velocidade, a cada estágio, estão representados nos gráficos a seguir. Na ilustração a seguir vê-se o conjunto rotor e as aletas estatoras fixadas à carcaça. CORPORATIVA 46 Alta Competência Conjunto de admissão de ar Carcaça do compressor Compressor VIGVs Compressor axial da turbina a gás No diagrama abaixo é possível perceber que a velocidade é elevada no rotor e reduzida no estator. Também é possível notar que a pressão se eleva progressivamente ao longo do compressor. Diagrama pressão e velocidade Admissão Pressão Velocidade Descarga Diagrama pressão e velocidade No gráfico adiante, com a relação pressão/velocidade durante a compressão, tem-se o detalhe do aumento da velocidade do ar no rotor e a redução no estator. Vale ressaltar que a pressão aumenta em ambas as partes. CORPORATIVA 47 Capítulo 2 - Turbinas a gás - principais componentes Rotor Pressão Velocidade Relação pressão / velocidade durante compressão RotorEstator Estator Relação pressão / velocidade durante compressão As aletas estatoras do último estágio agem como pás guias de saída, que direcionam o ar, em um fluxo axial estabilizado, para a carcaça traseira do compressor e seção de combustão. O compressor é projetado para operar com grande eficiência em altas rotações. Para manter o fluxo de ar estabilizado, à baixa rotação, tem-se instalado, na entrada de ar, um conjunto de aletas móveis guias de entrada (IGV - Inlet Guide Vanes) que altera automaticamente o ângulo de ataque das aletas para o primeiro rotor. A eficiência é gradualmente aumentada de acordo com a elevação da rotação. Para evitar o surge, o compressor axial é equipado com válvula de sangria instalada na descarga do compressor. Alguns modelos possuem mais de uma válvula de sangria, sendo instaladas no meio e na descarga do compressor. Essas válvulas ficam abertas na partida, aceleração e parada da turbina a gás, onde o ar é aliviado para atmosfera. O conjunto formado pelas IGV e válvulas de sangria faz parte do sistema de controle do fluxo de ar da turbina. CORPORATIVA 48 Alta Competência Em algumas turbinas a gás, as VIGV (Variable Inlet Guide Vanes) são responsáveis por desempenhar o papel da válvula de sangria e dessa forma evitar o surge. 2.2. Câmara de combustão A câmara de combustão, também conhecida como combustor, é o componente da turbina a gás onde ocorre a combustão, ou seja, onde o combustível é queimado, promovendo o aumento expressivo da temperatura do ar. A combustão em uma turbina a gás é um processo contínuo realizado a pressão constante. Um suprimento contínuo de combustível e ar é misturado e queimado, à medida que escoa através da zona de chama. A chama contínua não toca as paredes da camisa da câmara de combustão, sendo estabilizada e modelada pela distribuição do fluxo de ar admitido, que também resfria toda a câmara de combustão. Podem ser queimadas e misturadas com larga faixa de variação da relação combustível - ar, porque essa proporção é mantida em nível normal, na região da chama, sendo o excesso de ar injetado a jusante da chama. O projeto da câmara de combustão deve garantir resfriamento adequado da camisa, combustão completa, estabilidade da chama e baixa emissão de fumaça (monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio - NOX). O volume da câmara de combustão é muito pequeno em relação à taxa de liberação de calor desenvolvida, porque a combustão é feita à pressão elevada. Em turbinas aeronáuticas, este volume pode ser de apenas 5% do que seria necessário em uma caldeira com a mesma taxa de liberação de calor. CORPORATIVA 49 Capítulo 2 - Turbinas a gás - principais componentes Distribuição de fluxo de ar na câmara de combustão Refrigeração 40% Diluição 20%20% 12%20% 80% 8% Zona primária Zona de diluição Os combustores utilizados em uma turbina a gás podem ser do tipo: tubular, tubo-anular, anular e externo. A câmara de combustão tubular é usada em turbinas industriais de médio e grande porte, especialmente em projetos europeus e em algumas turbinas automotivas ou auxiliares, de pequeno porte. Apresentam como vantagens: simplicidade de projeto, facilidade de manutenção e vida longa devida às baixas taxas de liberação de calor. Podem ser de fluxo direto ou de fluxo reverso. Em turbinas aeronáuticas, a área frontal é um dado importante. Os combustores empregados são do tipo tubo-anular ou anular. Esses combustores produzem uma distribuição circunferencial bastante uniforme de temperaturas, na entrada do primeiro estágio da turbina. Embora seja de desenvolvimento mais difícil, a câmara de combustão anular é a mais empregada em turbinas aeronáuticas modernas, devido ao seu tamanho e à taxa de calor liberada. Combustores anulares são particularmente adequados para aplicações a altas temperaturas ou com gases de baixo poder calorífico, porque exigem menos ar de resfriamento, devido à menor área superficial da camisa. A quantidade de ar de resfriamento requerida pela câmara de combustão é particularmente importante em aplicações com gases de baixo poder calorífico, porque esses gases exigem muito ar primário, sobrando pouco ar para resfriamento da câmara. CORPORATIVA 50 Alta Competência Os combustores anulares são usualmente de fluxo direto, enquanto os tubo-anulares são normalmente de fluxo direto em turbinas aeronáuticas e de fluxo reverso em turbinas industriais. 2.3. Roda de turbina O exemplo mais simples de roda de turbina é o cata-vento, em que o vento com energia de velocidade transfere energia para o cata- vento, roda de turbina, promovendo o seu giro. A roda de turbina é o meio mais eficaz para transformar a energia, contida em um fluxo de gás a alta pressão e temperatura, em trabalho no eixo. O gás, ao escoar através da roda de turbina, perde pressão e temperatura à medida que se expande e transforma sua energia em trabalho. As rodas de turbina empregadas em turbinas a gás são, na grande maioria, do tipo axial por
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