Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reumatologia – Amanda Longo Louzada 1 ARTRITE SÉPTICA/INFECCIOSA DEFINIÇÃO: ➔ Invasão das articulações por agente microbiano ➔ Vias: hematogênica (mais comum), inoculação direta e por contiguidade ETIOLOGIA: ➔ Mais comum: S.aureus ➔ Adulto jovem (menor de 40 anos) e sexualmente ativo: o gonococo é o mais comum ARTRITE GONOCÓCICA: CLÍNICA: ➔ Adulto (menor que 40 anos), com vida sexual ativa ➔ 1ª Fase: gonococcemia (proliferação no gonococo no sangue) ➢ Tríade: • Poliartralgia assimétrica e migratória • Dermatite: pústulas indolores • Tenossinovite: inflamação do tendão e da bainha sinovial que recobre o tendão, possui uma predileção pelos tendões da mão (dactilite), chamada de dedos em salsicha ➔ 2ª Fase: é monoarticular ➢ O paciente apresenta quadro típico de artrite séptica, ou seja, apresenta edema, calor na articulação DIAGNÓSTICO: ➔ Identificação de diplococos gram-negativos ➔ Positividade na hemocultura em 10% dos casos, na fase oligoarticular ➔ Positividade do líquido sinovial em 30% dos casos, na fase oligoarticular ➢ O líquido pode estar purulento ou turvo ➢ Com presença de 10.000 – 100.000 leucócitos ➢ Com predomínio de neutrófilos ➢ Diminuição da glicose do líquido sinovial ➢ Aumento de proteína e LDH ➔ Se tem suspeita de artrite séptica tem que ser feita a artrocentese para confirmar o diagnóstico e fazer diagnóstico diferencial TRATAMENTO: ➔ Ceftriaxone, 1g IV ou IM a cada 24 horas por 7 a 14 dias ➔ Pode ser associado ao tratamento doxiciclina ou azitromicina pensando em Clamídia ➔ Além dos antibióticos deve ser feito drenagem da articulação para tirar o conteúdo purulento Reumatologia – Amanda Longo Louzada 2 ARTRITE SÉPTICA/INFECCIOSA ARTRITE NÃO-GONOCÓCICA: CLÍNICA: ➔ Mais comum em crianças, idosos e imunossuprimidos ➔ Monoartrite aguda, acometendo mais joelho, quadril, toronozelo e punho ➔ Tenossinovite é rara ➔ Sem lesões cutâneas características ➔ Pode estar associada a sinais de inflamação sistêmica, como febre, leucocitose e aumento de PCR DIAGNÓSTICO: ➔ Identificação de cocos gram-positivos em cachos ➔ Hemocultura positiva em 50% dos casos ➢ Celularidade mais alta que na artrite gonococcíca (até 200.000) ➢ O líquido pode estar purulento ou turvo ➢ Com predomínio de neutrófilos ➢ Diminuição da glicose do líquido sinovial ➢ Aumento de proteína e LDH ➔ Líquido sinovial positivo em 90% dos casos TRATAMENTO: ➔ Oxacilina por 3 a 4 semanas ➔ Em caso de MRSA pode ser feito Vancomicina por 3 a 4 semanas
Compartilhar