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1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CAMPUS SANTANA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO TÉCNICO DE ENSAIO DE TRAÇÃO ADEMIR FONSECA DE MERELES - R.A: 823158404 ALESSANDRO CORREIA DOS SANTOS - R.A: 823128834 ARTHUR ANDRIANI SARAN – R.A: 823159589 GUILHERME DE BARROS OLIVEIRA – R.A: 823159996 LETICIA RODRIGUES ROSSI – R.A: 823124525 RICHARD ESTEFANO BABBONI – R.A: 823163557 SÃO PAULO, SP 2023 2 ADEMIR FONSECA DE MERELES - R.A: 823158404 ALESSANDRO CORREIA DOS SANTOS - R.A: 823128834 ARTHUR ANDRIANI SARAN – R.A: 823159589 GUILHERME DE BARROS OLIVEIRA – R.A: 823159996 LETICIA RODRIGUES ROSSI – R.A: 823124525 RICHARD ESTEFANO BABBONI – R.A: 823163557 RELATÓRIO TÉCNICO DE ENSAIO DE TRAÇÃO Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Comportamento Químico e Mecânico dos Materiais do Curso de Engenharia Civil da Universidade São Judas Tadeu como requisito de nota parcial da A3. Requerido pelo prof. Danilo Carvalho Heiderich SÃO PAULO - SP 2023 3 SUMÁRIO Sumário 1. OBJETIVOS .................................................................................................... 4 2. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS .................................................................... 5 3.1. CORPOS DE PROVA ........................................................................... 5 3.1.1. INOX ................................................................................................ 5 3.1.2. AÇO 1045 ........................................................................................ 5 3.2. ENSAIO DE REVENIMENTO ............................................................... 6 3.3. ENSAIO DE TRAÇÃO .......................................................................... 7 3.4. PAQUIMETRO ...................................................................................... 8 4. RESULTADOS ................................................................................................ 8 4.1. GRÁFICOS GERADOS ........................................................................ 9 4.1.1. AÇO INOX (IN NATURA) ................................................................ 9 4.1.2. AÇO INOX (REVENIDO) ............................................................... 10 4.1.3. AÇO 1045 (IN NATURA) ............................................................... 10 4.1.4. AÇO 1045 (REVENIDO) ................................................................ 11 4.2. RESULTADOS DOS CÁLCULOS ....................................................... 11 4.2.1. AÇO INOX (IN NATURA) .............................................................. 11 4.2.2. AÇO INOX (REVENIDO) ............................................................... 11 4.2.3. AÇO 1045 (IN NATURA) ............................................................... 11 4.2.4. AÇO 1045 (REVENIDO) ................................................................ 12 4.3. MEMORIAL DE CÁLCULO ................................................................. 12 4.3.1. AÇO INOX (IN NATURA) .............................................................. 12 4.3.2. AÇO INOX (REVENIDO) ............................................................... 13 4.3.3. AÇO 1045 (IN NATURA) ............................................................... 13 4.3.4. AÇO 1045 (REVENIDO) ................................................................ 14 5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 15 4 1. OBJETIVOS O objetivo deste relatório é apresentar os resultados de um ensaio de tração realizado em peças de aço 1045 e inox, tanto no estado in natura quanto após o processo de revenimento. O estudo tem como finalidade investigar as alterações nas propriedades mecânicas desses materiais quando submetidos ao aquecimento. Palavras-chave: Aço; Inox; Revenimento; Tração; Deformação. 2. INTRODUÇÃO O ensaio de tração é um teste amplamente utilizado para determinar a resistência dos materiais e verificar se eles atendem aos requisitos de projeto. Consiste na aplicação de uma carga uniaxial crescente em um corpo de prova enquanto são medidas as variações no comprimento. A norma técnica NBR 6152 da Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece as especificações para esse ensaio em materiais metálicos. Neste relatório, realizamos um ensaio de tração em peças de aço 1045 e inox antes e após o processo de revenimento. O revenimento é um tratamento térmico aplicado aos materiais metálicos para ajustar suas propriedades mecânicas. Investigamos as diferenças nos resultados entre os materiais in natura e revenidos, analisando as propriedades como resistência à tração, limite de escoamento e alongamento. Seguimos as normas técnicas para garantir a validade dos resultados. Este relatório apresenta os materiais ensaiados, discute os resultados obtidos e suas implicações, e oferece recomendações para futuros estudos e aplicações práticas. 5 3. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 3.1. CORPOS DE PROVA 3.1.1. INOX Composição química: O inox é uma liga metálica composta principalmente por ferro, cromo e níquel, com a adição de outros elementos em menor quantidade, como molibdênio e manganês. Propriedades físicas: O inox possui alta resistência à corrosão, sendo um material resistente à oxidação e à ação de agentes químicos agressivos. Além disso, é um material que apresenta boa ductilidade e tenacidade. Propriedades mecânicas (antes do revenimento): Antes do revenimento, o inox in natura possui uma resistência à tração geralmente elevada, assim como um limite de escoamento considerável. A ductilidade e a tenacidade também são características destacadas desse material. Aplicações industriais comuns: O inox é amplamente utilizado em indústrias como a alimentícia, química, petroquímica, farmacêutica, automobilística, entre outras. Suas propriedades de resistência à corrosão o tornam adequado para ambientes agressivos, enquanto sua ductilidade permite uma variedade de formas e aplicações. 3.1.2. AÇO 1045 Composição química: O aço 1045 é uma liga de aço carbono, composto principalmente por ferro e carbono, além de pequenas quantidades de outros elementos, como manganês e silício. Propriedades físicas: O aço 1045 possui uma boa combinação de dureza e tenacidade, sendo um material de fácil usinagem. Apresenta uma resistência moderada à corrosão, mas não possui a mesma resistência à oxidação do inox. Aplicações industriais comuns: O aço 1045 é amplamente utilizado na fabricação de peças mecânicas, engrenagens, eixos, bielas, entre outros 6 componentes. Sua combinação de resistência e tenacidade o torna adequado para aplicações que exigem alta resistência e resistência à fadiga. Essas são as características básicas dos materiais inox in natura e aço 1045 in natura. Durante o relatório, iremos explorar mais detalhadamente as propriedades mecânicas desses materiais, tanto antes quanto após o processo de revenimento, para entender melhor as diferenças resultantes do tratamento térmico. 3.2. ENSAIO DE REVENIMENTO Para os ensaios de revenimento, utilizou-se um Forno de Mufla Elétrica de Laboratório de Alta Temperatura. Esses fornos são equipamentos padrão, com capacidade de temperatura de funcionamento de até 1500 °C. O processo de revenimento consiste em aquecer o material a uma temperatura específica abaixo do seu ponto de recristalização, seguido de um resfriamento lento controlado. Esse tratamento térmico visa aliviar as tensões internas do material e ajustar suas propriedadesmecânicas. No caso dos materiais metálicos, como o aço 1045 e o inox, o processo de revenimento é realizado após a têmpera, que consiste em resfriar rapidamente o material a partir de uma alta temperatura. O revenimento é então aplicado para reduzir a fragilidade causada pela têmpera, melhorando a ductilidade e a tenacidade do material. Durante o aquecimento no forno de mufla elétrica, o material é mantido a uma temperatura determinada por um período de tempo específico, seguido por um resfriamento controlado. Esse processo de aquecimento e resfriamento controlados durante o revenimento permitem que ocorra uma redistribuição das estruturas internas do material, promovendo alterações nas propriedades mecânicas, como a resistência, a dureza e a elasticidade. Ao comparar as peças de aço 1045 e inox no estado in natura com as peças revenidas, é possível observar como o tratamento térmico afeta essas propriedades, proporcionando insights valiosos sobre o comportamento dos materiais após o aquecimento. 3.3. ENSAIO DE TRAÇÃO 7 Para os ensaios de tração, utilizou-se uma Máquina de Ensaio de Tração que atende às normas estabelecidas pela ASTM (American Society for Testing and Materials) e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Essas normas garantem que o ensaio seja realizado de acordo com critérios técnicos e procedimentos padronizados, assegurando a confiabilidade e a comparabilidade dos resultados. A máquina de ensaio de tração possui uma estrutura que suporta o corpo de prova, juntamente com dispositivos para aplicar a carga uniaxial e medir a deformação resultante. A carga é aplicada por meio de um sistema de pistão hidráulico ou por um dispositivo de carga elétrico. Ao mesmo tempo, um extensômetro ou um dispositivo de extensometria acoplado ao corpo de prova mede as variações no comprimento durante a aplicação da carga. Durante o ensaio, a máquina registra a carga aplicada e as correspondentes variações no comprimento do corpo de prova. Com base nesses dados, são calculadas as propriedades mecânicas, como a resistência à tração, o limite de escoamento, o alongamento e a taxa de deformação. Essas informações são essenciais para compreender o comportamento do material sob tensão e para determinar sua adequação para determinadas aplicações. Ao utilizar uma máquina de ensaio de tração em conformidade com as normas da ASTM e ABNT, garantimos a precisão e a validade dos resultados obtidos, bem como a comparabilidade dos dados com outros estudos e padrões estabelecidos. Isso contribui para a confiabilidade e a credibilidade do ensaio de tração realizado no contexto deste relatório. 3.4. PAQUIMETRO 8 O paquímetro é um instrumento de medição usado para obter medidas precisas de objetos. Ele consiste em uma régua graduada e uma escala móvel, permitindo medições de comprimento, espessura, diâmetro e profundidade. Ao deslizar a escala móvel ao longo da régua, as garras móveis se ajustam às extremidades do objeto, e a medida é lida na escala móvel. O paquímetro é versátil e preciso, com capacidade de medição até a casa das centésimas de milímetros, sendo amplamente utilizado em diversos setores industriais e laboratórios de ensaio. 4. RESULTADOS Apresentaremos os resultados obtidos nos ensaios de tração realizados nas peças de aço 1045 e inox, tanto no estado in natura quanto após o revenimento. Serão comparados os valores de resistência à tração, limite de resistência a tração, alongamento e outras propriedades mecânicas relevantes. Analisaremos os resultados com base nas alterações causadas pelo processo de aquecimento, destacando as diferenças entre os materiais ensaiados. 4.1. GRÁFICOS GERADOS 4.1.1. AÇO INOX (IN NATURA) 9 Figura 1: Gráfico do Aço Inox (in Natura) gerado pela máquina de tração. 4.1.2. AÇO INOX (REVENIDO) Figura 2: Gráfico do Aço Inox (Revenido) gerado pela máquina de tração. 4.1.3. AÇO 1045 (IN NATURA) 10 Figura 3: Gráfico do Aço 1045 (In Natura) gerado pela máquina de tração. 4.1.4. AÇO 1045 (REVENIDO) Figura 3: Gráfico do Aço 1045 (Revenido) gerado pela máquina de tração. 11 4.2. Resultados dos Cálculos 4.2.1. Aço Inox In Natura Comprimento Inicial [mm] Comprimento Final [mm] Deslocamento [mm] Deformação Área Inicial [mm²] Área Final [mm²] 110 158 48 0,43 86,59 22,9 Limite de Resistência a Tração Tensão de Escoamento Ductilidade Resiliencia Tenacid ade Módul o de Elastici dade Tensão de Ruptura Real 617,09 [Mpa] 437,56 [Mpa] 44% 3,97 16,79 193,79 6 [Gpa] 1788,68 [Mpa] 4.2.2. Aço Inox Revenido Comprimento Inicial [mm] Comprimento Final [mm] Deslocamento [mm] Deformação [mm] Área Inicial [mm²] Área Final [mm²] 110 154 44 0,40000 86,59 22,06 Limite de Resistência a Tração Tensão de Escoamento Ductilidade Resilienci a Tenacidad e Módulo de Elasticidade Tensão de Ruptura Real 617,44 [Mpa] 447,11 [Mpa] 40% 1,91587 16,79 79,5 [Gpa] 1629,65 [Mpa] 4.2.3. Aço 1045 In Natura Comprimento Inicial [mm] Comprimento Final [mm] Deslocamento [mm] Deforma ção Área Inicial [mm²] Área Final [mm²] 110 110 0 0 78,54 78,54 12 Limite de Resistência a Tração Tensão de Escoamento Ductilida de Resiliencia Tenacida de Módulo de Elasticida de Tensã o de Ruptu ra Real 399,69 [Mpa] 399,69 [Mpa] 0% 0 0 0 325,6 8 4.2.4. Aço 1045 Revenido Comprimento Inicial [mm] Comprimento Final [mm] Deslocamento [mm] Deforma ção Área Inicial [mm²] Área Final [mm²] 110 130 20 0,181818 182 86,59 30 Limite de Resistência a Tração Tensão de Escoamento Ductili dade Resilie ncia Tenaci dade Módulo de Elasticidade Tensão de Ruptura Real 830,61 [Mpa] 703,91 [Mpa] 18% 6,39 185,26 218 [Gpa] 2330,2 [Mpa] 4.3. Memorial de Cálculo 4.3.1. Aço Inox In Natura 13 4.3.2. Aço Inox Revenido 14 4.3.3. Aço 1045 In Natura 4.3.4. Aço 1045 Revenido 15 5. CONCLUSÃO O presente relatório descreveu um ensaio de tração realizado em peças de aço 1045 e inox, tanto no estado in natura quanto após o processo de revenimento. O principal objetivo deste experimento foi investigar as diferenças nos resultados obtidos quando os materiais são submetidos ao aquecimento e como isso afeta suas propriedades mecânicas. Ao analisar os resultados, pudemos observar que o revenimento teve um impacto significativo nas propriedades mecânicas dos materiais ensaiados. No caso do aço 1045, o processo de revenimento resultou em uma redução da resistência à tração, porém, houve um aumento na ductilidade e na tenacidade do material. Essa alteração é de extrema importância, pois proporciona ao aço 1045 uma maior capacidade de deformação sem a ocorrência de ruptura, o que é desejável em diversas aplicações, no estado In Natura não houve nenhuma deformação. No caso do inox, o revenimento também apresentou influência nas propriedades mecânicas. Houve uma redução da fragilidade, o que é um fator crucial para a durabilidade e integridade estrutural de peças fabricadas com esse material. Portanto, concluímos que o processo de aquecimento e revenimento é capaz de alterar significativamente as propriedades mecânicas dos materiais. As mudanças observadas indicam uma melhora na ductilidade e tenacidade dos materiais, resultando em uma maior capacidade de deformação sem falhas catastróficas. Recomenda-se que futuros estudos sejam realizados para investigar outras variáveis do processo de revenimento, como a temperatura e o tempo de tratamento, a fim deobter uma compreensão mais abrangente sobre as propriedades mecânicas dos materiais metálicos após esse tratamento térmico. Esses conhecimentos são valiosos para a seleção adequada de materiais e processos de tratamento térmico em aplicações industriais, onde a resistência e a integridade estrutural são critérios essenciais. 16 Em resumo, o ensaio de tração de peças de aço 1045 e inox, tanto in natura quanto revenidas, permitiu identificar as mudanças nas propriedades mecânicas causadas pelo processo de revenimento. Esses resultados fornecem insights valiosos para a compreensão do comportamento dos materiais metálicos quando submetidos ao aquecimento, auxiliando na seleção e otimização de materiais para aplicações específicas.
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