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DESCRIÇÃO Sistemas com hidrantes e mangotinhos, sistemas de chuveiros automáticos, sistemas de proteção, detecção e alarme de incêndio e o projeto do sistema de controle de fumaça. PROPÓSITO A proteção contra incêndios e explosões é parte essencial da Engenharia de Segurança do Trabalho. Para uma atuação profissional adequada, é fundamental que o estudante conheça os principais sistemas de proteção, detecção e controle. OBJETIVOS MÓDULO 1 Analisar os sistemas com hidrantes e mangotinhos MÓDULO 2 Reconhecer os sistemas de chuveiros automáticos MÓDULO 3 Identificar os sistemas de proteção, detecção e alarmes de incêndio MÓDULO 4 Descrever o projeto do sistema de controle de fumaça INTRODUÇÃO DESVENDANDO OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO E DETECÇÃO DE INCÊNDIOS AVISO: orientações sobre unidades de medida. AVISO Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. MÓDULO 1 Analisar os sistemas com hidrantes e mangotinhos LIGANDO OS PONTOS javascript:void(0) Foto: Shutterstock.com Você sabe qual o assunto tratado na NBR 13714? Você conseguiria identificar qual a pressão máxima de trabalho dos sistemas de hidrantes e mangotinhos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Construções. A empresa HM Construções contratou um engenheiro para analisar o projeto do sistema de incêndio do prédio de sua matriz, localizado na grande Maceió, bem próximo ao fórum da Justiça Federal. Em um primeiro momento, o engenheiro foi checar os sistemas de proteção à base de água e foi direcionado para os hidrantes e mangotinhos a fim de averiguar se existia alguma não conformidade no sistema de proteção. Chegando ao local, constatou que a edificação utilizava o sistema do tipo 3, de acordo com a NBR 13714. O projetista também constatou que a construção tinha um reservatório superior e bombas, e analisou a associação dessas bombas com a gravidade. Logo após as averiguações, o engenheiro fez algumas ressalvas quanto à localização dos dispositivos dos sistemas, apontando que os hidrantes deveriam ficar no máximo a 1,5m do piso e não poderiam ser colocados em escadas. Ele também fez alterações nos hidrantes externos, posicionando-os a uma distância mínima de 15m um do outro, e adotou a utilização de mangueiras de 30m, com dois lances de 15m, sendo cada uma com 65mm de diâmetro. Além disso, o engenheiro mostrou que a velocidade máxima no tubo de sucção das bombas não poderia ser maior que 4m/s, como também a velocidade da água não poderia ser superior a 5m/s. O profissional informou também que o limite da pressão deveria ser de 1000kPa e deu destaque ao fator de Hazen para tubos de plástico (150) e ferro galvanizado (120). Depois da avaliação, o engenheiro informou à alta administração da empresa que as alterações tinham sido feitas a fim de promover a melhoria do sistema e a redução da perda de carga. Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. O ENGENHEIRO, EM SEU PROJETO DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, PRECISAVA DETERMINAR UM ÍNDICE PARA A VELOCIDADE DA ÁGUA NO TUBO DE SUCÇÃO. QUAL DAS VELOCIDADES A SEGUIR DEVE SER ESCOLHIDA PELO ENGENHEIRO? A) 8m/s B) 3m/s C) 5m/s D) 6m/s E) 10m/s 2. O ENGENHEIRO ESTÁ DIMENSIONANDO UMA TUBULAÇÃO PARA OS SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, A QUAL SERÁ DE PLÁSTICO. QUAL DEVE SER O VALOR DA CONSTANTE DE HAZEN WILLIAMS? A) 120 B) 150 C) 140 D) 190 E) 100 GABARITO 1. O engenheiro, em seu projeto de hidrantes e mangotinhos, precisava determinar um índice para a velocidade da água no tubo de sucção. Qual das velocidades a seguir deve ser escolhida pelo engenheiro? A alternativa "B " está correta. Com base na NBR 13714, a alternativa correta é B, pois está em conformidade com o subitem 5.3.9 – A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 4m/s. 2. O engenheiro está dimensionando uma tubulação para os sistemas de hidrantes e mangotinhos, a qual será de plástico. Qual deve ser o valor da constante de Hazen Williams? A alternativa "B " está correta. Com base na NBR 13714, a alternativa correta é a B, pois está em conformidade com o subitem 5.3 – Dimensionamentos (Tabela 03 – Fator de Hazen Williams). Tipo do tubo Fator - C Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100 Aço preto (sistema de tubo seco) 100 Aço preto (sistema de tubo molhado) 120 Galvanizado 120 Plástico 150 Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento 140 Cobre 150 Tabela 03 – Fator de Hazen Williams Extraído de: NBR 13714, p. 7. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 3. O ENGENHEIRO, AO REALIZAR O PROJETO DO SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, DEVE CONSIDERAR ALGUNS PONTOS CRUCIAIS, TAIS COMO: PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO, VELOCIDADE DE SUCÇÃO DAS BOMBAS, VELOCIDADE MÁXIMA NO TUBO, VALOR DO FATOR DE HAZEN WILLIAMS PARA O CÁLCULO DE PERDA DE CARGA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAIS SÃO AS ESCOLHAS PARA A DETERMINAÇÃO DOS REQUISITOS MENCIONADOS PARA UM SISTEMA TIPO 3 COM TUBULAÇÃO DE FERRO GALVANIZADO? RESPOSTA Segundo a NBR 13714, a pressão adotada não pode ser superior a 1.000kPa; a velocidade de sucção não pode ultrapassar 4m/s; e a velocidade da água no tubo não ser maior que 5 m/s. Além disso, por se tratar de sistema tipo 3, a vazão deve ser realizada em 30min e o valor da constante Hazen Williams deve ser de 120. javascript:void(0) OS TIPOS DE SISTEMAS PARA CADA PONTO DE HIDRANTE OU DE MANGOTINHOS ÁGUA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A ÁGUA TEM UMA AÇÃO MAIS COMPLETA EM COMPARAÇÃO A OUTROS ELEMENTOS EXTINTORES, MAS TAMBÉM PODE TER AÇÃO PARCIAL. Mesmo nesse caso, a água é útil, pois ajuda o corpo de bombeiros a aproximar-se do local em chamas e utilizar o elemento mais eficaz para conter o fogo. Nos sistemas atuais de combate a incêndio e pânico, o uso de hidrantes, mangotinhos, chuveiros automáticos e sistemas com água nebulizada tem sido empregado, pois é eficiente no combate às chamas. Segundo estudos na área de combate a incêndio, o elemento água tem como uma de suas principais ações a eficaz absorção de calor. A água pode ser utilizada nos três métodos de extinção mais empregados no combate a chamas: abafamento, resfriamento e processo de emulsificação. Foto: Shutterstock.com Esse elemento também pode ser aplicado por meio de: Foto: Shutterstock.com JATO Nesta técnica, o jato compacto é submetido a uma alta pressão mediante a utilização de um esguicho com saída circular; nesse método, a extinção é realizada por resfriamento. Foto: Shutterstock.com NEBLINA A água apresenta alta capacidade de absorção de calor, e por isso tem uma ótima atuação em ambientes confinados e em locais abertos no caso de incêndios com materiais inflamáveis. É usada em hidrantes e mangotinhos. Foto: Shutterstock.com VAPOR A aplicação do efeito da emulsificação origina o vapor, que tem como função o retardo da liberação de vapores nos incêndios com compostos inflamáveis. CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA A seguir, confira as diversas características presentes na água: ALTA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE CALOR Do ponto de vista físico, para que ocorra o processo de evaporação da água, o consumo do calor do ambiente é fundamental. ELEVADO GRAU DE EXPANSÃO Tendo em vista absorção de calor, outro elemento fundamental é o vapor d’agua, que ocupa mais espaço, ocupando o lugar do oxigênio. Do ponto de vista físico, a cada litro de água, produz-se 1.700L de vapor d’água. ALTA TENSÃO SUPERFICIAL Do ponto de vista químico, o processo resulta da ação das forças intermoleculares por meio das ligaçõesde hidrogênio. Assim, a água tem seu poder de penetração reduzido, ou seja, apresenta fluidez nas superfícies. CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA A água conduz corrente elétrica facilmente. Com isso, é um agente extintor não utilizado em incêndios de classificação C — motores, máquinas e equipamentos energizados. BAIXA VISCOSIDADE Essa característica possibilita que a água escorra com facilidade, ou seja, que não se fixe às superfícies, tendo alta capacidade de escoamento e atuando de forma direta no processo de abafamento. REAÇÃO COM ALGUNS ELEMENTOS Na hora do dimensionamento, o engenheiro de segurança deve estar atento, pois a água gera gases inflamáveis quando reage com alguns materiais, tais como: magnésio, carbureto de cálcio, sódio metálico e lítio. SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS ESSES DOIS EQUIPAMENTOS TÊM CARACTERÍSTICAS DE SISTEMA FIXO. Seu funcionamento sob comando e sua vazão são equivalentes ao risco do incêndio presente no local. Esses sistemas visam a controlar ou até mesmo eliminar o incêndio, visto que ajudam a combatê-lo até a chegada dos bombeiros. Foto: Shutterstock.com Imagem ilustrativa de um mangotinho. Em uma situação de incêndio, os ocupantes da edificação devem estar treinados para o manuseio dos hidrantes e mangotinhos, pois, com o uso adequado, os sistemas atuarão de forma eficaz. TIPOS DE SISTEMA O engenheiro de segurança deve constatar os principais fatores para a classificação dos sistemas, que são: Esguicho Comprimento e diâmetro da mangueira de incêndio Vazão Extraído de: NBR 13714, p. 6. Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados da seguinte forma: Sistema com reserva de água Acima do nível do solo, no mesmo nível do solo, abaixo do nível do solo. Força para geração de energia Ligação independente ou por gerador automatizado. Comando Utilizando a botões (botoeira) ou sistema automático com uso da chave de fluxo. Sistemas de bombas Utilização das bombas principal, auxiliar, de reforço e escorva. Características estruturais Concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas naturais. Material de composição da tubulação Aço, cobre e materiais termoplásticos. Sistema de distribuição Interno ou externo à edificação. Tubulações aplicadas ao sistema Redes abertas, fechadas ou até redes mistas. Essas redes têm suas variações ramificadas para as tubulações abertas e malhas para as tubulações fechadas. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal SISTEMAS X CARACTERÍSTICAS A seguir, são apresentados os sistemas com reservatório inferior e superior e suas principais características funcionais. Sistemas com reserva Características Reservatório inferior Bombas de incêndios. Tanque de pressurização. Utilização – em edificações verticais, horizontais e industriais. Reservatório superior Atuação gravitacional (aceleração da gravidade). Bombas e gravidade. Utilização – em edificações verticais e industriais. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal COMPONENTES X CARACTERÍSTICAS A seguir, é apresentada a relação entre os componentes dos sistemas e suas principais características, tais como: Nível Função Materiais aplicados Aplicações Tubulações Hidrantes Essas informações vão ajudar na esquematização dos sistemas e de seus componentes. Clique nos componentes abaixo e verifique suas características. SISTEMA COM RESERVA Nível – abaixo, acima ou no mesmo nível do solo. Função – servir de reserva técnica de incêndio. Materiais de construção – concreto, metal, fibra entre outros. SISTEMA PRESSURIZADO Operação – ação da gravidade, bombas e tanques de pressão. Função – fornecimento de energia para o transporte de água dedicado ao combate a incêndio. Bomba jockey – tem função de colocar pressão no sistema para anular as mínimas perdas da pressão na operação do sistema. Aplicações – reservatórios no geral e poços. SISTEMA DE COMANDO Manual – botão de acionamento. Automatizado – acionamento por meio de sensores (pressostato). Aplicações – reservatórios no geral no nível do solo e abaixo do nível do solo. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO Componentes – tubulações, mangotinhos e hidrantes. Tubulações – tubos, conexões e peças hidráulicas. Hidrantes – têm saídas simples ou duplas, válvulas, mangueiras, esguicho e requinte. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Mangotinhos – têm apenas saída simples, válvulas, mangueira semirrígida e esguichos com diâmetros de 19, 25 e 35mm. DEFINIÇÕES PARA OS SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS COM BASE NA NBR 13714 Este subitem mostra as definições mais usadas relacionados aos sistemas de hidrantes e mangotinhos, tais como: abrigo, altura da edificação, bombas de incêndio, formas de construção dos sistemas entre outras definições. As definições visam deixá-lo mais familiarizado com os projetos e a sistemática dos hidrantes e mangotinhos. Foto: Shutterstock.com ABRIGO Caixa que guarda a mangueira e outros equipamentos de combate a incêndio no interior da edificação. Foto: TLF / Shutterstock.com ALTURA DA EDIFICAÇÃO É a distância, medida em metros, entre as portas de acesso à edificação e o piso do último andar, ou pavimento. Foto: Shutterstock.com BOMBAS DE INCÊNDIO Elas podem ser de diversos tipos. Foto: Marina Demkina / Shutterstock.com BOMBA HIDRÁULICA CENTRÍFUGA Principal tipo de bomba destinada a fornecer água aos sistemas de combate a incêndio. Foto: Shutterstock.com BOMBA JOCKEY Bomba centrífuga que tem a função de manter o sistema de água pressurizado durante o combate a incêndio. Foto: Shutterstock.com BOMBA DE REFORÇO Bomba que transporta a água até hidrantes e mangotinhos. Foto: Shutterstock.com CARRETEL AXIAL Dispositivo onde se enrola a mangueira que conduz a água no momento do combate a incêndio. Foto: Shutterstock.com COMO CONSTRUÍDO Planejamento de construção do sistema de incêndio, envolvendo qualquer tipo de documento e, principalmente, a planta de projeção. Foto: Shutterstock.com DISPOSITIVOS DE RECALQUE Esse dispositivo facilita a ação do corpo de bombeiros na ação contra o incêndio, pois permite o acesso à água. INSTRUÇÕES PARA OS PROJETOS DE SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS COM BASE NA NBR 13714 Este subitem apresenta as principais orientações para a execução do projeto de hidrantes e mangotinhos, que abrangem a atuação do instalador, a segurança de funcionamento do sistema e a importância do memorial descritivo e da aplicação das placas de identificação. De acordo com a NBR 13714: o instalador é obrigado a destacar todas as eventuais alterações introduzidas em materiais e equipamentos utilizados, caminhamentos e traçados da tubulação, bem como as demais prescrições do projeto, apresentando-as ao projetista para verificação da adequação dos parâmetros de funcionamento e segurança do sistema; os documentos produzidos passam a fazer parte do memorial; todos os documentos do memorial, bem como as alterações propostas e aprovadas, devem ser atestados pelo instalador dos sistemas, que passam então a ser denominados como “construído”, assumindo-se assim toda a responsabilidade da correspondência do memorial com a realidade da instalação executada; o instalador fica obrigado a afixar, preferencialmente na casa de bombas do sistema, uma placa construída em material adequado com a identificação do construtor, do instalador e do projetista final, bem como os números de registro do projeto nos órgãos competentes. A conservação da placa é de responsabilidade do usuário do sistema; o fluxograma de instalação do sistema e seus esquemas de funcionamento e operação, elaborados pelo projetista e verificados pelo instalador, devem fazer parte do memorial. LOCALIZAÇÃO DOS HIDRANTES E MANGOTINHOS COM BASE NA NBR 13714 Neste subitem, abordaremos a posição das tomadas de água, tanto das internas como das externas,nas edificações. Mostraremos também a importância da preservação das rotas de fuga, evidenciando a necessidade das sinalizações para os hidrantes e mangotinhos, entre outros assuntos que ajudarão a melhorar sua visão e percepção. Vamos lá? PRIMEIRAMENTE, TODOS OS HIDRANTES E MANGOTINHOS DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE SINALIZADOS, COMO PREVÊ A NBR 13435. VOCÊ SABIA De acordo com a norma, no interior da edificação, a primeira percepção que devemos ter é que os pontos de saída de água para combate a incêndio devem estar posicionados até 5m de distância das portas de acesso à edificação e entre 1m e 1,5m do piso. Se a área for protegida por um abrigo, por exemplo, a saída de água deve ocupar o centro desse abrigo. Outro ponto importante é que jamais devemos ter uma saída de água em escadas ou antecâmaras de fumaça, pois isso pode causar acidentes fatais. Na parte externa do edifício, os hidrantes podem estar afastados da edificação a uma distância máxima de 15 m ou equivalente a 1,5 vezes o tamanho da altura do edifício. Para o combate a incêndio por meio de hidrantes, podem ser utilizados até 60m de mangueira, sendo preferível o uso de quatro mangueiras de 15m (as quais se interligam para formar uma mangueira maior). A ENTRADA DE ÁGUA DESSAS MANGUEIRAS DEVE TER UM DIÂMETRO DE 65MM A FIM DE PROMOVER A REDUÇÃO DA PERDA DE CARGA DO SISTEMA. A PONTA DE MANUSEIO (POR ONDE A MANGUEIRA É SEGURADA) DEVE TER UM DIÂMETRO DE 40MM. PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS Confira a seguir alguns pontos que devem ser levados em consideração: o dimensionamento deverá ser feito utilizando-se dos dois jatos de água, ou seja, considerando as condições mais desvantajosas para o sistema; em edificações mistas, o dimensionamento dever ser individualizado para cada ocupação da edificação; as pressões de entrada dos esguichos não devem ser maiores que o dobro daquela obtida no esguicho na situação mais desfavorável; a pressão deve ser menor ou igual a 1.000kPa, de acordo com o subitem 5.3.7 da NBR 13714; a velocidade de sucção das bombas deve ser de 2m/s (sucção negativa) e 3m/s (sucção positiva); a velocidade máxima da água na tubulação deve ser menor ou igual a 5 m/s, de acordo com o subitem 5.3.10 da NBR 13714. TÓPICOS ESPECIAIS DA NBR 13714 – DIMENSIONAMENTO Este tópico apresenta as principais fórmulas para o dimensionamento do sistema, as quais mostram as relações entre perda de carga, fator de atrito, comprimento da tubulação, velocidade do fluido, aceleração da gravidade e diâmetro interno, além de outras informações que são úteis no dimensionamento dos sistemas. COLEBROOK (“FÓRMULA UNIVERSAL”) LW=F× L D × V2 2G Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Fonte: NBR 13714, p. 7. Lw = Perda de carga, em metros de coluna d'água. f = Fator de atrito (admensional). L = Comprimento virtual da tubulação (tubos + conexões), em metros. D = Diâmetro interno, em metros. V² = Velocidade do fluido, em m/s. 2g = Diâmetro interno, em metros. HAZEN WILLIAMS J= 605 ×Q1.85 ×C− 1 , 85 ×D− 4 , 87 × 105 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal J = Perda de carga por atrito, em quilopascals por metro. Q = Vazão, em litros por minuto. C = Fator de Hazen Williams (ver tabela 3 da NBR 13714.) - Obs.: Para tubulações em ferro galvanizado, considerar 120. d = Diâmetro interno do tubo, em milímetros. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. COM BASE NO DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, É RECOMENDADO QUE O SISTEMA SEJA DIMENSIONADO DE FORMA QUE A PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO, EM QUALQUER PONTO DO SISTEMA, NÃO ULTRAPASSE: A) 1.000kPa B) 2.000kPa C) 2.300kPa D) 450kPa E) 980kPa 2. COM BASE NO DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS, É RECOMENDADO QUE A VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA NA TUBULAÇÃO NÃO SEJA SUPERIOR A: A) 10m/s B) 5m/s C) 25m/s D) 40m/s E) 50m/s GABARITO 1. Com base no dimensionamento dos sistemas de hidrantes e mangotinhos, é recomendado que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em qualquer ponto do sistema, não ultrapasse: A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 13714, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem 5.3.7: recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1000 kPa. Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados e atendido o requisito especificado no subitem 5.3.6. 2. Com base no dimensionamento dos sistemas, é recomendado que a velocidade máxima da água na tubulação não seja superior a: A alternativa "B " está correta. Segundo a NBR 13714, a alternativa correta é a B, pois está em conformidade com o subitem 5.3.10: a velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada conforme equação indicada no subitem 5.3.9. MÓDULO 2 Reconhecer os sistemas de chuveiros automáticos LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual é o assunto tratado na NBR 10897? Conseguiria identificar qual a pressão máxima de trabalho das tubulações dos sprinklers? Para entendermos os conceitos envolvidos e tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Eletrônica. Uma empresa denominada de HM Eletrônica tem como atividade principal a fabricação de eletrônicos. Tendo em vista as muitas fiscalizações do corpo de bombeiros na região, a organização contratou uma equipe técnica para a realização de vistorias no projeto de combate a incêndio e pânico, dando mais atenção à secção dos chuveiros automáticos, os sprinklers. A equipe técnica e seu engenheiro constataram a presença do sistema de chuveiro com tubo seco. O próximo passo da vistoria foi a classificação da edificação e foi constatado que estava enquadrada dentro do risco ordinário na secção do grupo 01. Com isso, as orientações do engenheiro foram relacionadas ao estoque. O profissional determinou uma altura de 2,2m para adequação aos requisitos da NBR 10897. Depois desse ponto, o projetista focalizou as limitações de área. Como a edificação era voltada para a fabricação de eletrônicos, encaixava-se no risco ordinário, com uma limitação de área de 5.000m2. A equipe técnica também realizou testes para a verificação da pressão máxima de trabalho do sistema. Após a realização dos testes hidrostáticos, ficou constatada uma pressão de 1200kpa. Após todas as averiguações, o engenheiro e sua equipe atestaram, por meio de laudo, que a empresa HM Eletrônica está em conformidade com a norma técnica NBR 10897 no que tange aos sistemas de chuveiros automáticos. Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. O ENGENHEIRO, NO PROCESSO DE CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS, CONSTATA AS LIMITAÇÕES DE ÁREAS, QUE SÃO BASEADAS NO RISCO DA OCUPAÇÃO. QUAL DEVE SER A ÁREA MÁXIMA PARA UMA OCUPAÇÃO DE RISCO LEVE? A) 5.000m² B) 4.500m² C) 3.000m² D) 7.000 m² E) 8.000 m² 2. O TÉCNICO OBSERVOU QUE, PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO DOS SPRINKLERS, DEVEM SER SEGUIDOS ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA A ACEITAÇÃO, COMO A LAVAGEM DAS TUBULAÇÕES ENTERRADAS. QUAL VAZÃO DEVE SER ESCOLHIDA PELO TÉCNICO PARA A LAVAGEM DE UMA TUBULAÇÃO COM 250MM DE DIÂMETRO? A) 2.500L/min B) 5.000L/min C) 5.700L/min D) 6.500L/min E) 4.500L/min GABARITO 1. O engenheiro, no processo de concepção do sistema de chuveiros automáticos, constata as limitações de áreas, que são baseadas no risco da ocupação. Qual deve ser a área máxima para uma ocupação de risco leve? A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem 4.1.5 – Limitação das áreas (Tabela 01 – Áreas máximas). Risco da ocupação Área máxima Leve 5.000m² Ordinário 5.000m² Extraordinário 3.000m² Pesado 4.000m² Tabela 01 – Áreas máximas.Extraído de NBR 10897, p. 4. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 2. O técnico observou que, para a realização do projeto dos sprinklers, devem ser seguidos alguns procedimentos para a aceitação, como a lavagem das tubulações enterradas. Qual vazão deve ser escolhida pelo técnico para a lavagem de uma tubulação com 250mm de diâmetro? A alternativa "C " está correta. Com base na NBR 10897, a alternativa correta é C, pois está em conformidade com o subitem 4.4 – Procedimento para aceitação – (Tabela 02 – Fluxo de água). Diâmetro nominal do tubo (mm) Vazão (L/min) 100 1500 150 2800 200 3800 250 5700 300 7600 Tabela 02 – Fluxo de água. Extraído de NBR 10897, p. 6. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 3. NA CONCEPÇÃO DE PROJETO, O ENGENHEIRO TEM POR PADRÕES BÁSICOS: RISCO DAS OCUPAÇÕES, PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO, ÁREAS DE LIMITAÇÃO. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL A CARGA DE INCÊNDIO, A PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO E A ÁREA MÁXIMA PARA UMA EDIFICAÇÃO COM RISCO LEVE? RESPOSTA Com base na NBR 10897, a carga de incêndio será baixa, conforme o item 4 – Condições gerais e seus subitens 4.1.1 – Ocupações de risco leve compreendem as ocupações isoladas, onde o volume e/ou a combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) são baixos.) javascript:void(0) Para a pressão máxima de trabalho, conforme o subitem 4.2.1.3, os sistemas de chuveiros automáticos devem ser projetados para operar a uma pressão máxima de trabalho de 1200kPa. Já no quesito área máxima, o valor aplicado deve ser de 5.000m², pois está de acordo com o subitem 4.1.5 – Limitação das áreas (Tabela 01 – Áreas máximas). Risco da ocupação Área máxima Leve 5.000m² Ordinário 5.000m² Extraordinário 3.000m² Pesado 4.000m² Tabela 01 – Áreas máximas. Extraída de: NBR 10897, p.4. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS CONTEXTUALIZANDO O USO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS Os chuveiros têm três tipos de atuação: Alarme Detecção Combate a chamas ESSES SISTEMAS SÃO FIXOS E TÊM AÇÃO AUTOMATIZADA QUE É ATIVADA QUANDO SEUS SENSORES DETECTAM A PRESENÇA DE FOGO. Quando isso acontece, os sistemas contam com uma arma poderosa no combate às chamas, que é a liberação de um jato de água com densidade compatível com o risco de incêndio. Esse sistema tem atuação baseada no controle ou até mesmo na eliminação do incêndio em sua etapa inicial. Os chuveiros têm um eficaz sistema de detecção que permite que o combate tenha início mais rápido, evitando a propagação para outros compartimentos da edificação. Esses sistemas de chuveiros automáticos estão conectados ao alarme de incêndio. Isso significa que, em ação conjunta, controlam as chamas e permitem que as pessoas sigam para as rotas de fuga mais próximas da construção. ATENÇÃO O engenheiro de segurança, ao analisar o funcionamento do sistema, deve perceber que a atuação dos chuveiros é baseada no confinamento das chamas por compartimentação ou setores. Esse sistema é muito utilizado em plantas industriais e shopping centers, por exemplo. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS Conforme a NBR 10897 (1990), os sistemas de chuveiros automáticos possuem algumas classificações. Clique nos componentes abaixo e verifique cada uma delas. TUBO MOLHADO TUBO SECO AÇÃO PRÉVIA DILÚVIO COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PRÉVIA TUBO MOLHADO ramais fixos com água; sistema com pressão; válvulas de alarme; aplicações em edificações que não trabalhem em baixas temperaturas. TUBO SECO tubo fixo; ar comprimido; válvula de tubo seco; aplicações em locais submetidos a baixas temperaturas. AÇÃO PRÉVIA tubo seco; sob pressão tem maior grau de sensibilidade para detecção; válvula especial; sistema conjunto de alarmes e chuveiros automáticos; vantagens — ação da válvula em menor tempo, ação dos alarmes em menor tempo. DILÚVIO tubulação seca; não tem detectores de temperatura; válvulas de dilúvio; conectados aos alarmes. COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PRÉVIA tubo seco; ar comprimido; sistemas suplementares para detecção das chamas; válvula de alívio; válvula de tubo seco. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS DAS OCUPAÇÕES Aqui será apresentada a classificação das edificações, quanto à proteção contra incêndios, de acordo coma NBR 10897. OCUPAÇÕES DE RISCO LEVE Essa classificação está baseada em cargas de incêndio baixas: edifícios residenciais; escolas (salas de aula); bibliotecas; escritórios (incluindo centros de processamento de dados). OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO As edificações enquadradas nessa classificação têm como característica principal a carga de incêndio média e são divididas em três subsistemas, vistos a seguir. OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO I Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes de baixa combustibilidade, média quantidade de combustível e estoque de 2,4m de altura no máximo. OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO II Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes de moderada combustibilidade, moderada quantidade de combustível e estoque de 3,7 de altura no máximo. OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO III Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes de alta combustibilidade, alta quantidade de combustível e velocidade elevada de propagação das chamas em caso de incêndio. OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO Essa classificação compreende edificações com ocupações isoladas, altas cargas de incêndio e alta velocidade de propagação. Esse tipo de ocupação tem dois subsistemas, mostrados a seguir. OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO - GRUPO I Nessas edificações, há o uso de líquidos inflamáveis e a presença de combustíveis em quantidade reduzida. Em seus ambientes, é possível encontrar materiais como poeiras e felpas, entre outras composições com teor combustível. OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO - GRUPO II Nessas edificações, há o uso de líquidos inflamáveis e a presença de combustíveis em quantidade moderada. Em seus ambientes, é possível encontrar materiais como poeiras e felpas, entre outras composições com teor combustível. OCUPAÇÕES DE RISCO PESADO Esse conceito é aplicado em edificações com ocupações de caráter isolado, comerciais ou industrial que mantenham em seus estoques líquidos inflamáveis ou até mesmo produtos com alto teor de combustão, como: borracha; papel e papelão; espumas celulares; materiais comuns em alturas superiores às previstas para as ocupações de risco ordinário. LIMITAÇÃO DAS ÁREAS COM BASE NA NBR 10897 Esta parte do conteúdo está embasada na NBR 10897 e mostra a relação entre o risco de ocupação e a área máxima da edificação. Para melhor entendimento, a seguir são apresentadas as informações extraídas da norma sobre as limitações das áreas. ÁREAS MÁXIMAS Esta é a interação entre o risco da ocupação e as áreas máximas da edificação: Risco de ocupação Área máxima (m²) Leve 5.000 Ordinário 5.000 Extraordinário 3.000 Pesado 4.000 Tabela: Risco de ocupação e área. Extraída de: NBR 10897, p. 4. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Essas informações contribuem para a compreensão do sistema de combate a incêndio, considerando o jogo de válvulas, os riscos de ocupação e as limitações de área. É interessante que você, aluno, busque a NBR 10897. PROJETOS E INSTALAÇÕES COM BASE NA NBR 10897 ESTE TÓPICO APRESENTA AS PRINCIPAIS AÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS, ASSIM COMO AS ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E DA PRESSÃO MÁXIMA DE SERVIÇO. Também é importante ressaltar que somente se pode utilizar chuveiros novos em instalações de chuveiros automáticos contra incêndio e que os materiais utilizados, como sensores, fiações e tubulações, devem estar de acordo com a norma, pois os chuveiros devem serprojetados para operar com uma pressão máxima de trabalho de 1.200kPa. PROJETO PRELIMINAR COM BASE NA NBR 10897 Aqui, você terá acesso às etapas preliminares dos projetos que envolvem os sistemas com chuveiros automáticos (sprinklers), as quais incluem nome do proprietário, localização da obra, endereço e até a simbologia normatizada. O projeto deve conter um memorial descritivo e/ou plantas com as seguintes informações: A) NOME DO PROPRIETÁRIO; B) LOCALIZAÇÃO DA OBRA; C) NOME E ENDEREÇO DO PROJETISTA, INCLUINDO DATA; D) CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS A SEREM EMPREGADOS, COMO LISTADOS EM 3.2; E) CONSTRUÇÃO E OCUPAÇÃO DE CADA RISCO E SUA RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ITEM 4.1. NO CASO DE RISCO PESADO, INDICAR CLASSE DE MERCADORIA, FORMA DE ESTOCAGEM E RESPECTIVA ALTURA; F) DENSIDADE E ÁREAS DE OPERAÇÃO QUANDO O SISTEMA FOR HIDRAULICAMENTE CALCULADO, OU TABELA EMPREGADA, PARA DETERMINAR OS DIÂMETROS DAS TUBULAÇÕES; G) DISTRIBUIÇÃO E QUANTIDADE DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS DE CADA INSTALAÇÃO; H) DIÂMETRO E TEMPERATURA NOMINAIS DE FUNCIONAMENTO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS; I) ALTURA DO CHUVEIRO AUTOMÁTICO MAIS ELEVADO DE CADA INSTALAÇÃO, TOMANDO-SE COMO REFERÊNCIA A POSIÇÃO DA RESPECTIVA VÁLVULA DE ALARME E A COTA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA; J) DIÂMETROS DAS TUBULAÇÕES; K) PARTICULARIDADES, LOCALIZAÇÃO E DIMENSÕES DOS ABASTECIMENTOS DE ÁGUA EXCLUSIVOS PARA O SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS; L) ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS A SEREM EMPREGADOS; M) DESENHOS DO PROJETO PRELIMINAR COM PLANTAS BAIXAS E CORTES EM FOLHAS PADRONIZADAS; N) QUANDO SE TRATAR DE ACRÉSCIMOS OU PROTEÇÃO PARCIAL, INDICAR AS ÁREAS PROTEGIDAS E NÃO PROTEGIDAS, INCLUINDO PLANTAS DAS ÁREAS PROTEGIDAS COM DETALHE DAS SEPARAÇÕES DE RISCO; O) APLICAR A SIMBOLOGIA NORMALIZADA. NBR 10897, 2020 p. 74. TUBULAÇÕES A NBR 10897 faz uma ressalva sobre o uso das tubulações de PVC rígido, cimento amianto e até mesmo poliéster com reforço de fibra de vidro, as quais podem ser utilizadas desde que apresentem desempenho satisfatório e parelho ao das tubulações aparentes e/ou enterradas. DENOMINAÇÕES DAS TUBULAÇÕES DOS SPRINKLERS COM BASE NA NBR 10897 Aqui você terá contato com as principais denominações das tubulações, englobando são englobados conceitos como: ramal, tubulações subgerais e gerais, tubulações com subidas e decidas, mostrando também as tubulações de subida principal. De acordo com a NBR 10897, as tubulações que formam uma instalação de chuveiros automáticos têm as seguintes denominações e funções: Ramais – São as ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente ou por meio de braços horizontais de tubo com 60 cm de comprimento máximo. Tubulações subgerais – São as que alimentam os ramais. Tubulações gerais – São as que alimentam as subgerais. Tubulações de subidas ou descidas – São as tubulações verticais, de subidas ou descidas, conforme o sentido de circulação da água. Essas tubulações fazem as ligações entre as redes de chuveiros dos diversos níveis ou pavimentos, as ligações das subgerais com os ramais ou, ainda, as dos chuveiros individuais com os ramais, quando a subida ou descida excede 30cm de comprimento. Subida principal – É a tubulação que liga a rede de suprimento dos abastecimentos de água às tubulações gerais e onde é instalada a válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água que controla e indica a operação do sistema. Foto: Shutterstock.com Sistema de chuveiros automáticos instalado no teto. TIPOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – SPRINKLERS A seguir, são apresentadas as classificações dos chuveiros automáticos e suas principais características. Clique e verifique suas características. Imagem: Shutterstock.com Modelo Sprinkler. CHUVEIRO AUTOMÁTICO COM ELEMENTO TERMOSSENSÍVEL TIPO SOLDA EUTÉTICA operação baseada numa liga metálica; solda eutética; compostos – estanho, chumbo e bismuto. CHUVEIRO AUTOMÁTICO COM ELEMENTO TERMOSSENSÍVEL TIPO AMPOLA ampola de vidro; ampola contendo líquido; presença de uma bolha de ar; funcionamento – o líquido sofre expansão por conta da ação do calor; em reação, a bolha sofre compressão e absorção. Após esse processo, a liberação da válvula ocasiona o acionamento do jato de água. javascript:void(0) javascript:void(0) CHUVEIRO-PADRÃO (SPRAY) presença do defletor; projeção para baixo; jato hemisférico. CHUVEIRO DO TIPO ANTIGO projeção para baixo. projeção parcialmente para o teto; jato esférico. CHUVEIRO LATERAL (SIDEWALL) distribuição da água nas posições frente/lado; jato com forma de um quarto de esfera; propício para ambientes pequenos. CHUVEIRO ESPECIAL Embutido na parede. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO Para o dimensionamento por cálculo hidráulico com base na NBR 10897, são necessárias as seguintes informações: área de aplicação, em m²; densidade, em mm/min; javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) área máxima coberta por chuveiros, em m²; demanda adicional para hidrantes; dados sobre os abastecimentos de água. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. COM BASE EM PROJETOS DE INSTALAÇÕES DOS SPRINKLERS, ESSES SISTEMAS DEVEM SER PROJETADOS PARA OPERAR A UMA PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO DE: A) 1.200 𝑘 𝑃 𝑎 B) 1.450 𝑘 𝑃 𝑎 C) 1.4550 𝑘 𝑃 𝑎 D) 1.561 𝑘 𝑃 𝑎 E) 1.209 𝑘 𝑃 𝑎 2. COM BASE NAS LIMITAÇÕES DE ÁREA ESTABELECIDAS NA NBR10897, UM JOGO DE VÁLVULAS PODE CONTROLAR MAIS DO QUE UMA CLASSE DE RISCO DE OCUPAÇÃO, SEJA ELE LEVE, ORDINÁRIO, EXTRAORDINÁRIO OU PESADO, DESDE QUE SEJAM OBEDECIDAS AS ÁREAS MÁXIMAS PARA CADA RISCO E A SOMATÓRIA DAS ÁREAS NÃO ULTRAPASSE: A) 5.000 𝑚 2 B) 15.000 𝑚 2 C) 500 𝑚 2 D) 1.500 𝑚 2 E) 50 𝑚 ² GABARITO 1. Com base em projetos de instalações dos sprinklers, esses sistemas devem ser projetados para operar a uma pressão máxima de trabalho de: A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A. Os sistemas de chuveiros automáticos devem ser projetados para operar a uma pressão máxima de trabalho de 1.200kPa. 2. Com base nas limitações de área estabelecidas na NBR10897, um jogo de válvulas pode controlar mais do que uma classe de risco de ocupação, seja ele leve, ordinário, extraordinário ou pesado, desde que sejam obedecidas as áreas máximas para cada risco e a somatória das áreas não ultrapasse: A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A. Um jogo de válvulas pode controlar mais do que uma classe de risco de ocupação, seja ele leve, ordinário, extraordinário e pesado, desde que sejam obedecidas as áreas máximas para cada risco de ocupação específico e a somatória das áreas não ultrapasse 5.000m². MÓDULO 3 Identificar os sistemas de detecção e alarmes de incêndio LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe quais assuntos são tratados na NBR 17240, que substituiu a NBR 9441? Conseguiria identificar quais são os componentes dos sistemas de detecção e alarme de incêndio? Para entendermos os conceitos envolvidos e tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Petroquímica. Na empresa HM petroquímica, o gerente industrial contratou um engenheiro projetista de combate a incêndio para realizar a inspeção e atualização do sistema de detecção e alarme de incêndio Esse serviço tem como objetivo evitar danos humanos e patrimoniais. A equipe contratada sabe que o sistema em análise é composto de detectores com ação automática e que há presença de botoeiras para ação manual. Assim, identifica os painéis de controle e redes de alimentação pertencentes ao sistema em análise. Em outro momento da inspeção, o engenheiro usa como base a NBR 17240, que trata sobre sistemas de detecção e alarme de incêndio, para pontuar as seguintes orientações: que as áreas da edificação (planta petroquímica) devem estar dentro da cobertura dos detectores e que os acionadores devem estar posicionadosem áreas com grande circulação de pessoas. Quanto à escolha dos sistemas, o engenheiro e sua equipe levarão em consideração alguns fatores, tais como: os processos de segurança que envolvem a segurança dos ocupantes, a preservação de itens com propriedade da empresa, a preservação das ações empresariais e também o resguardo ao meio ambiente. Para a planta dessa empresa, a escolha foi pelo sistema microprocessado. Essa eleição está vinculada a alguns requisitos, tais como: tecnologia digital, método de transmissão por meio binário e velocidade alta para processamento. Já quanto aos detectores, o tipo chama foi o selecionado. Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. UM ENGENHEIRO UTILIZOU COMO BASE A NBR 17240:2010 PARA ESCOLHER UM DETECTOR SENSÍVEL A PARTÍCULAS DE COMBUSTÃO DE PRODUTOS SÓLIDOS. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL TIPO DE DETECTOR DEVE SER ESCOLHIDO? A) Fumaça B) Linear C) Óptico D) Pontual E) De temperatura 2. O ENGENHEIRO CONSULTOU A NBR 17240 PARA REALIZAR O DIMENSIONAMENTO DOS FIOS QUE CONDUZEM CORRENTES PARA O SISTEMA DE ALARMES E DETECÇÃO. APÓS A ANÁLISE, ELE PERCEBEU QUE A CORRETE TEM UM LIMITE. QUAL DEVE SER A CORRENTE ESCOLHIDA? A) 5A/mm² dentro ou fora da central. B) 0,4A/mm² dentro ou fora da central. C) 4A/mm² dentro ou fora da central. D) 0,2A/mm² dentro ou fora da central. E) 2A/mm² dentro ou fora da central. GABARITO 1. Um engenheiro utilizou como base a NBR 17240:2010 para escolher um detector sensível a partículas de combustão de produtos sólidos. Em sua tomada de decisão, qual tipo de detector deve ser escolhido? A alternativa "A " está correta. Com base na NBR 17240, a alternativa correta é a A, pois está em conformidade com o conceito normativo de detector de fumaça: sensível a partículas de combustão de produtos sólidos ou líquidos e/ou pirólise suspensas na atmosfera. 2. O engenheiro consultou a NBR 17240 para realizar o dimensionamento dos fios que conduzem correntes para o sistema de alarmes e detecção. Após a análise, ele percebeu que a correte tem um limite. Qual deve ser a corrente escolhida? A alternativa "C " está correta. Com base nas normas técnicas, a alternativa correta é a C, pois está em conformidade com o subitem 5.2.8.1 da norma. Aconselha-se, para o dimensionamento dos fios que conduzem correntes, que não excedam a corrente de 4A/mm² dentro ou fora da central. 3. COM BASE NO CASO ABORDADO, O ENGENHEIRO ESTAVA ANALISANDO QUAIS DEVEM SER OS INTEGRANTES DA CENTRAL DO SISTEMA PARA EFEITO DE VISTORIA. QUAIS COMPONENTES DEVEM ENTRAR EM SEU CHECKLIST DE VISTORIA PARA OS INDICADORES? RESPOSTA Com base na NBR 17240, de acordo com o item 6.1.3, quanto às indicações e controles, a central deve ter: a) indicação visual individual de incêndio para cada circuito de detecção, no caso de sistemas convencionais, e para cada evento, no caso de outros sistemas de detecção e alarme; b) indicação sonora e visual geral de incêndio; c) indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção, circuitos de sinalização; d) alarme e circuitos de comando. javascript:void(0) PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMAS DE DETECÇÃO CONTEXTUALIZANDO OS SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARMES NESTE MÓDULO, VAMOS ABORDAR OS PRINCIPAIS CONCEITOS DOS SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARMES DE INCÊNDIO (SDAI). ESSES SISTEMAS TÊM COMO FUNÇÃO PRINCIPAL DETECTAR O INCÊNDIO NA FASE INICIAL PARA PROPORCIONAR AOS OCUPANTES UM ABANDONO DE ÁREA SEGURO E RÁPIDO, ALÉM DE ALERTAR A EQUIPE PARA QUE SEJAM INICIADAS AS OPERAÇÕES DE COMBATE ÀS CHAMAS, EVITANDO PERDAS HUMANAS E PATRIMONIAIS. O sistema é composto de: detectores automatizados, botoeiras manuais de acionamento, painel de processo do sistema, sinalização como também as fontes de alimentação elétrica realizada por eletrodutos e circuitos elétricos. O profissional, ao analisar o sistema de detecção e alarme, deve levar em consideração três pontos principais: DETECÇÃO Nessa fase, o sistema tem a percepção do incêndio. SINAL Nessa fase, o sistema entende a informação de incêndio e a envia para os alarmes. ALARMES Nessa fase, o sinal sonoro faz toda a diferença. Também é considerada a parte culminante do sistema, pois as duas fases anteriores já fizeram sua parte. Nesse momento, os ocupantes passam a procurar as rotas de fuga e buscam acionar os sistemas alternativos de combate às chamas. Do ponto de vista físico, os sistemas de detecção baseiam-se em: FENÔMENOS FÍSICOS DE ORDEM PRIMÁRIA Como exemplos, temos as radiações e as mudanças de temperatura. FENÔMENOS FÍSICOS DE ORDEM SECUNDÁRIA Como exemplos práticos, temos a fumaça e a fuligem. ATENÇÃO O engenheiro precisa sempre averiguar, mediante manutenções, o nível de sensibilidade dos detectores. REQUISITOS DE PROJETO, INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO COM BASE NA NBR 17240 Aqui, serão mostrados dois requisitos básicos para o estudo do projeto dos sistemas de alarmes e detecção, apresentando o texto extraído na íntegra da NBR 17240. I. Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão por um tipo de detector. Por exemplo: não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte restante com detectores térmicos. II. O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de emergência, devendo cada pavimento da edificação possuir pelo menos um acionador manual. TIPOS DE SISTEMAS DE DETECÇÃO COM BASE NA NBR 17240 Conheça melhor as principais tipologias de sistemas de detecção presentes no mercado brasileiro e pontua suas frentes de atuação. DETECÇÃO CONVENCIONAL DETECÇÃO ENDEREÇÁVEL DETECÇÃO POR ALGORITMO DETECÇÃO ANALÓGICA DETECÇÃO CONVENCIONAL Tem como característica principal a impossibilidade de ajuste do nível de alarme dos dispositivos de detecção por meio da central de alarme. DETECÇÃO ENDEREÇÁVEL Tem como característica principal que cada dispositivo de detecção recebe um endereço que permite à central identificá-lo individualmente DETECÇÃO POR ALGORITMO Tem como característica principal a capacidade de realizar tomadas de decisões e se comunicar com a central. DETECÇÃO ANALÓGICA Tem como característica principal o monitoramento do sistema por meio da central; o sistema faz a quantificação dos valores das temperaturas e dos índices de fumaça. MANUTENÇÕES E DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO DOS SISTEMAS COM BASE NA NBR 17240 Confira os critérios de manutenção e algumas orientações sobre o dimensionamento da fiação que alimenta o sistema. I. Como base normativa, deve constar uma área livre com dimensões mínimas de 1m² posicionada na frente da central destinada a sua operação e à manutenção preventiva e corretiva. II. Dimensionamento da fiação e proteção elétrica. Segundo o subitem 5.2.8.1, aconselha-se, para o dimensionamento dos fios que conduzem correntes, não exceder a corrente de 4A/mm² dentro ou fora da central. REQUISITOS PARA OS DETECTORES COM BASE NA NBR 17240 O conteúdo a seguir foi extraído da NBR 17240 e apresenta os principais detectores e suas principais características. DETECTOR DE FUMAÇA Sensível a partículas de combustão de produtos sólidos ou líquidos e/ou pirólise suspensas na atmosfera. DETECTOR LINEAR Detector que responde ao fenômeno monitorado na redondeza de uma linha contínua. DETECTORES PONTUAIS DE FUMAÇA Os mais utilizados são os dos tipos óptico (fotoelétrico) e iônico. DETECTOR PONTUAL Detector que responde ao fenômeno monitorado nas redondezas de um sensor compacto. DETECTOR DE TEMPERATURA Detector sensível às temperaturas anormais e/ou taxa de elevação de temperatura e/ou diferenças de temperatura. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CARACTERÍSTICAS DA CENTRAL DOS SISTEMAS COM BASE NA NBR 17240/2010 O conteúdo a seguir foi extraído da norma técnica 17240 e apresenta as características principais das centrais de controle dos sistemas de alarme e detecção. Quantoàs indicações e controles, a central deve ter: Indicação visual individual de incêndio para cada circuito de detecção, no caso de sistemas convencionais, e para cada evento, no caso de outros sistemas de detecção e alarme. Indicação sonora e visual geral de incêndio. Indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção, circuitos de sinalização e alarme e circuitos de comando. ESCOLHAS DOS SISTEMAS O engenheiro precisa estar atento às características das edificações para escolher adequadamente o sistema de alarmes e detecções. O projetista deve pontuar as metas para alcançar os objetivos do projeto. Alguns fatores são levados em consideração para que seja alcançada a eficiência do projeto, tais como: normatizações vigentes; planos de gerenciamento de riscos da empresa; lista de carências e necessidades da edificação; análise das cláusulas do contrato de seguro. O engenheiro de segurança responsável pelo projeto deve considerar alguns objetivos categóricos, tais como: segurança da vida dos ocupantes; preservação da propriedade; segurança empresarial; preservação do meio ambiente. PARA ALCANÇAR ESSES OBJETIVOS, É NECESSÁRIO CUMPRIR UMA SÉRIE DE MEDIDAS, TAIS COMO UM AVISO RÁPIDO QUE POSSIBILITE A EVACUAÇÃO EFICIENTE DOS OCUPANTES E A CONEXÃO ENTRE OS SISTEMAS AUXILIARES, COMO FORMA DE COMBATE INTEGRADA COM O ACIONAMENTO DO SISTEMA DE EXTINÇÃO E CONTROLE DE FUMAÇA. A aplicação desses objetivos visa também a minimizar os danos patrimoniais, ou seja, os sistemas devem alertar o mais rápido possível para que haja o combate eficaz tanto no método automático (chuveiros automáticos) como nos métodos manuais (extintores, mangueiras e mangotinhos, entre outros). DO PONTO DE VISTA EMPRESARIAL, A PROTEÇÃO DA IMAGEM DA EMPRESA É FUNDAMENTAL, ASSIM COMO EVITAR PERDAS NOS SETORES DE ESTOQUE, EQUIPAMENTOS DE ALTO VALOR E DE FUNÇÃO INDISPENSÁVEL PARA A LINHA DE PRODUÇÃO. VOCÊ SABIA A gestão ambiental também está atrelada ao combate a incêndio. A emissão de produtos tóxicos no processo de combustão é preocupante, assim como o uso e o descarte da água na carga e recarga dos dispositivos de combate a incêndio. TIPOS DE SISTEMAS X CARACTERÍSTICAS A seguir, são apresentados os principais tipos de sistemas de alarmes e suas características, as quais envolvem ações como a presença dos sistemas operacionais simplificados, níveis de tensão nas transmissões, a presença de CPU, entre outros conceitos e caracterizações. Clique nos tipos de sistemas abaixo e verifique suas principais características. CONVENCIONAL sistema operacional simplificado; transmissão com base em níveis de tensão; ações – operacionalização normal (sinal; alarme) e falha; não tem CPU. ENDEREÇÁVEL tem codificação própria; tem CPU; tem códigos por pulso; comunicação em via única; visor em LCD. MICROPROCESSADO tecnologia digital; processo de transmissão por sistema binário (0 e 1); alta velocidade de processamento; entrega de dados com riqueza de detalhes e confiabilidade. TIPOS DE DETECTORES PONTUAIS X PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A seguir, são apresentados os principais tipos de detectores pontuais e suas características, que envolvem os pontos estratégicos, o funcionamento do sistema, a sensibilidade do sistema para os elementos de detecção, como fumaça e calor, entre outras informações. Clique nos tipos de detectores e verifique suas características. PONTUAIS devem ser instalados em pontos estratégicos; entram em funcionamento quando detectam a presença de fumaça ou calor; têm baixa sensibilidade na detecção de fumaça ou calor; retardam o sistema de acionamento de alarmes. FUMAÇA óptico – como base de ação, tem uma câmara escura, a detecção acontece por reflexão da luz. É recomendado para incêndios em fase lenta. É aplicado em depósitos de madeira, por exemplo; javascript:void(0) javascript:void(0) iônico – atua em produtos combustíveis, sendo recomendado para incêndios de fase alta. É aplicado, por exemplo, em postos de combustíveis. TÉRMICOS têm limite de temperatura para atuação; recomendados para locais como casas de máquinas ou centrais com geradores de energia. TERMOVELOCIMÉTRICOS têm gradiente de temperatura; precisam de altos picos de variação de temperatura; são muito utilizados em cozinhas e lavanderias industriais. DETECTORES NÃO PONTUAIS X CARACTERÍSTICAS A seguir são relacionados os detectores não pontuais e suas caracterizações principais, como: atuação dos sistemas, transmissores, receptores, feixe de luz infravermelha e as principais aplicações desses detectores. Clique nos detectores pontuais e verifique suas principais características. LINEAR tem sua atuação baseada na presença de gases, produtos combustíveis ou até mesmo nas variações de temperatura; tem como componentes do sistema os transmissores e os receptores que têm atuação linear, obedecendo à orientação em linha reta; a interligação do transmissor e do receptor é feita por meio da ação de um feixe de luz infravermelha; indicado para locais abertos. CHAMA javascript:void(0) javascript:void(0) entra em ação quando é indicada a presença de particulados sólidos ou de vapores e gás; tem sensibilidade a raios ultravioleta; aplicada para hangares ou para plantas petroquímicas. ASPIRAÇÃO tem furos programados em seus acessórios; tem um filtro para eliminação dos alarmes falsos; tem um conjunto de 20 detectores; indicada para museus ou frigoríficos. Os principais tipos de acionadores do modelo manual, geralmente, são instalados em locais com alto fluxo de pessoas (halls e áreas de circulação em geral). Devem conter instruções de uso e barreiras que evitem acidentes ou até mesmo acionamento por engano. Os dois tipos são: quebra vidro e o dupla ação. Foto: Shutterstock.com Acionador de alarme – modelo manual. CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES COM BASE NA NBR 9441 E NA NBR 17240 O conteúdo a seguir foi extraído na íntegra da NBR 9441, atualizada pela NBR 17240, e aborda as características de dois componentes fundamentais para o sistema de detecção e alarmes: a central e o circuito do sistema. Você vai conhecer as características do componente central dos sistemas de detecção e alarme de incêndio. Quanto ao aspecto construtivo, a central deve atender aos seguintes requisitos: 1.1. construção em estrutura rígida e grau de proteção de acordo com o local de instalação, atendendo à NBR 6146 e, quando metálico, também à NBR 7007; 1.2. construção adequada à manutenção sem remoção do local de instalação; 1.3. acesso aos instrumentos e controles, inclusive componentes e bornes de ligação, somente pela face frontal. Outros acessos adicionais podem ser previstos, quando o espaço de manutenção é garantido no lugar da instalação e o acesso é livre de obstáculos; 1.4. face frontal protegida contra operações acidentais ou dolosas, impedindo o acesso de pessoal não autorizado ao manuseio dos instrumentos e controles, permitindo, contudo, a leitura de todas as indicações visuais existentes nessa face. O manuseio da central deve ser dividido em três estágios: estágio 1) - reset som unicamente e, quando pedido, acionamento do alarme de abandono em combinação com um alarme do campo na central ou outro tipo de combinação para limitar o uso indevido; estágio 2) - manipulação dos controles dos módulos e circuitos; estágio 3) - acesso a componentes, programas, módulos e fiação. 1.5. deve possuir compartimento adequado para alojamento da bateria de acumuladores, quando esta for parte integrante da central; 1.6. deve possuir meios para identificação dos circuitos de detecção e indicação da respectiva área ou local afetado, que possibilite fácil entendimento para o pessoal de supervisão e de intervenção não familiarizado com a edificação; 1.7. dimensões compatíveis com a quantidade de circuitos de detecção, alarme e auxiliares, inclusive previsão de ampliação para a capacidade final do sistema projetado em pelo menos 10% ou 1 (uma) linha; 1.8. quando metálico,o invólucro da central deve ter revestimento com fundo anticorrosivo antes da pintura final; 1.9. deve possuir borne adequado para aterramento; 1.10. todas as ligações entre a central e os demais componentes externos a ela devem ser executados através de blocos conectores apropriados e devidamente identificadas (área, polaridade, corrente máxima etc.); 1.11. em local adequado da parte externa da central, deve conter uma placa de identificação com as seguintes especificações: nome do fabricante, endereço e telefone; ano de fabricação e número de série; modelo. 1.12. possuir interligação com os dispositivos de detecção de incêndio, tais como sensores de fumaça e sensores de temperatura. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO DEVE: A) Ter central instalada em local protegido e de acesso restrito, sem presença contínua de pessoas, para evitar a manipulação incorreta. B) Ter central interligada com os dispositivos de detecção de incêndio, tais como sensores de fumaça e temperatura. C) Ter central com quantidade ilimitada de endereços, possibilitando a interligação de quantos dispositivos forem necessários, em condição atual ou futura da instalação. D) Ter acionadores manuais a uma altura entre 2,2m e 3,5m. E) Ter sensores de fumaça, independentemente do tipo de instalação. 2. OS REQUISITOS PARA PROJETO, INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MANUAIS E AUTOMÁTICOS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES SÃO ESPECIFICADOS NA NBR 17240. EM RELAÇÃO A ESSES REQUISITOS, ANALISE AS ASSERTIVAS A SEGUIR: I. UM AMBIENTE DEVE SER PROTEGIDO EM TODA A SUA EXTENSÃO POR UM TIPO DE DETECTOR. POR EXEMPLO: NÃO É PERMITIDO PROTEGER PARTE DE UM AMBIENTE COM DETECTORES DE FUMAÇA E A PARTE RESTANTE COM DETECTORES TÉRMICOS. II. A ÁREA DE COBERTURA DOS DETECTORES PONTUAIS DE FUMAÇA DIMINUI À MEDIDA QUE DIMINUI O NÚMERO DE TROCAS DE AR POR HORA NO AMBIENTE. III. O ACIONADOR MANUAL DEVE SER INSTALADO EM LOCAL DE TRÂNSITO DE PESSOAS EM CASO DE EMERGÊNCIA, DEVENDO CADA PAVIMENTO DA EDIFICAÇÃO TER PELO MENOS UM ACIONADOR MANUAL. A) Apenas a afirmativa I está correta. B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. E) As afirmativas I, II e III estão corretas. GABARITO 1. Um sistema de detecção e alarme de incêndio deve: A alternativa "B " está correta. Com base na NBR 9441 e nas atualizações da NBR 17240, a central é uma componente do sistema e deve estar interligada com sensores de fumaça e temperatura. 2. Os requisitos para projeto, instalação e manutenção de sistemas manuais e automáticos de detecção e alarme de incêndio em edificações são especificados na NBR 17240. Em relação a esses requisitos, analise as assertivas a seguir: I. Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão por um tipo de detector. Por exemplo: não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte restante com detectores térmicos. II. A área de cobertura dos detectores pontuais de fumaça diminui à medida que diminui o número de trocas de ar por hora no ambiente. III. O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de emergência, devendo cada pavimento da edificação ter pelo menos um acionador manual. A alternativa "C " está correta. Com base na NBR 17240/2010, em toda a extensão de um ambiente, deve haver proteção por algum tipo de dector, e deve haver um acionador manual do alarme de incêndio. Esse acionador deve existir em um local onde é comum haver trânsito de pessoas. MÓDULO 4SS Descrever o projeto do sistema de controle de fumaça LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual o assunto tratado na Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais? Conseguiria identificar quais os princípios básicos dos sistemas de controle de fumaça? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa: HM Magazine. A empresa HM Magazine está localizada em Minas Gerais. Após passar por um sinistro em uma de suas instalações, a companhia resolveu atualizar seu sistema de controle de fumaça para evitar danos maiores tanto nos recursos humanos como nos patrimoniais. Para essa atualização do projeto, foi contratada uma empresa para checar a estrutura atual e fazer uma nova projeção para a implementação do projeto de controle de fumaça com a presença de exaustores a fim de que, após as modificações, haja uma melhor circulação de ar e, consequentemente, em de incêndio, a edificação possa ter uma reação eficaz de combate à fumaça. A equipe contratada tinha um corpo técnico formado por dois engenheiros e cinco técnicos industriais de áreas específicas, e logo sinalizou algumas razões pontuais para a realização do projeto: segurança da propriedade da empresa, preservação de vidas (essa razão com caráter de ação principal). Para nortear as projeções, a equipe técnica utilizou a Instrução Técnica nº 41 do Corpo de Bombeiros do estado de Minas Gerais. Com base nesse documento normativo, os engenheiros começam a analisar as áreas prioritárias para a implementação dos dispositivos de projeto. A equipe incluiu as seguintes áreas: circulação em geral, átrios, corredores e algumas áreas da empresa que têm mais de 300m2. A equipe, de forma muito técnica e cautelosa, fez a escolha do sistema com base na situação da construção e no aparato normativo disponível. Assim, o sistema escolhido foi o tipo 1, com base na Instrução Técnica nº 41. Foram elencadas algumas características para a escolha desse sistema: aberturas de ar nas fachadas, interligação entre os dutos de captação de ar, presença de grelhas em sua composição. O engenheiro também fez questão de adotar medidas relativas à extração de fumaça: adição de aberturas, instalação de alçapão para a extração da fumaça, entre outras. Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. COM BASE NO CASO, O ENGENHEIRO DEVE ADOTAR MEDIDAS PARA RESOLVER O PROBLEMA DE EXTRAÇÃO DE FUMAÇA. QUAL DEVE SER A ESCOLHA CORRETA? A) Adição de aberturas B) Grelhas isoladas C) Alçapão isolado D) Dutos isolados E) Poço inglês isolado 2. O ENGENHEIRO PRECISA ESCOLHER UM SISTEMA QUE TENHA AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS “ABERTURAS DE ENTRADA DE AR LOCALIZADAS NAS FACHADAS E ACANTONAMENTOS ADJACENTES; ABERTURAS DE ENTRADA POSICIONADAS NA FACHADA OU LIGADAS A DUTOS DE CAPTAÇÃO DE AR EXTERNO; GRELHAS E/OU VENEZIANAS; PORTAS DOS LOCAIS A EXTRAIR FUMAÇA, LOCALIZADAS NAS FACHADAS E ACANTONAMENTOS ADJACENTES; VÃOS DAS ESCADAS ABERTAS OU AO AR LIVRE”. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL DEVE SER A ESCOLHA DO ENGENHEIRO? A) Tipo 1 B) Tipo 3 C) Tipo 2 D) Tipo misto E) Tipo 4 GABARITO 1. Com base no caso, o engenheiro deve adotar medidas para resolver o problema de extração de fumaça. Qual deve ser a escolha correta? A alternativa "A " está correta. Com base na Instrução Técnica nº 41, a alternativa correta é a A, pois está em conformidade com o texto normativo, item 5.4.1.2, que determina que a extração de fumaça natural pode ser composta de exaustores naturais: 1) abertura ou vão de extração; 2) claraboia ou alçapão de extração; 3) dutos e peças especiais; 4) grelhas ligadas a dutos; 5) janela e/ou veneziana de extração. 2. O engenheiro precisa escolher um sistema que tenha as seguintes características “aberturas de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo; grelhas e/ou venezianas; portas dos locais a extrair fumaça, localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; vãos das escadas abertas ou ao ar livre”. Em sua tomada de decisão, qual deve ser a escolha do engenheiro? A alternativa "A " está correta. Segundo a instrução técnica, a opção correta é a A, pois está em conformidade com o subitem 5.4.1– Controle natural de fumaça (tipo 1). Segundo o subitem 5.4.1.1, a entrada de ar natural pode ser composta de: aberturas de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo; grelhas e/ou venezianas; portas dos locais a extrair fumaça, localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; vãos das escadas abertas ou ao ar livre; outros que atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema. 3. O ENGENHEIRO LEVOU EM CONSIDERAÇÃO, PARA O CÁLCULO, A RELAÇÃO ENTRE OS ÁTRIOS E A CARGA DE INCÊNDIO MENOR QUE 300 MJ/M³. NA TOMADA DE DECISÃO, QUAIS DEVEM SER AS ESCOLHAS COM RELAÇÃO À VAZÃO DE EXTRAÇÃO, ENTRADA E VELOCIDADE MÁXIMA PARA UM SISTEMA DO TIPO 2? RESPOSTA javascript:void(0) As escolhas estão baseadas no subitem 11.5.4.3 da Instrução Técnica nº 41: nos sistemas tipo 2 ou 3, com uma vazão de extração igual a 1,0m³/s, para cada 100,0m² da seção de base, e com um mínimo de 3,0m³/s; para o sistema tipo 2, a vazão de entrada de ar deve ser igual a 60% da vazão de extração; a velocidade máxima de entrada de ar para o sistema tipo 2 será de 5,0m/s e, para o sistema tipo 3, será de 2,0m/s. COMPONENTES DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA CONTEXTUALIZANDO OS SISTEMAS DE CONTROLE DE FUMAÇA NESTE MÓDULO, VAMOS ABORDAR AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE FUMAÇA. Vamos começar falando sobre o contexto histórico desse sistema... VOCÊ SABIA Tudo começou nos Estados Unidos, quando um incêndio de grandes proporções destruiu uma planta industrial da montadora General Motors, localizada no Michigan. Foi considerado pelos especialistas da época o incêndio mais desastroso para o setor industrial norte-americano, além de ter gerado um prejuízo de aproximadamente 55 milhões de dólares. Após esse acontecimento, foi constatada a importância de um projeto voltado para ventilação de incêndio para as plantas industriais. Alguns anos depois, a fábrica de outra montadora sofreu as consequências de um terrível sinistro. Logo após esse evento catastrófico, o corpo de bombeiros local evidenciou que um projeto de incêndio contendo um sistema de controle de fumaça teria reduzido as perdas humanas e patrimoniais. RAZÕES PARA ESCOLHER O PROJETO DE CONTROLE DE FUMAÇA A seguir, confira alguns motivos para optar por um bom projeto de controle de fumaça. PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE Traz como vantagem a facilitação do acesso dos bombeiros ao interior da edificação, melhora a circulação do ar, ou seja, a ventilação da edificação, ajuda na proteção estrutural e, assim, evita uma ruptura estrutural; PROTEÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL Traz como vantagem a constante produção de produtos industriais, ou seja, mesmo após o sinistro, a parte da indústria que ficou intacta tem condições de funcionar. Assim, há diminuição na produção, mas nunca uma paralisação total da planta industrial, gerando a preservação das atividades da empresa; LEGISLAÇÃO Após os desastres citados e muitos outros, as legislações vigentes exigem a presença de um projeto que contenha sistema de controle de fumaça. Dentro desses projetos, há requisitos como: nível mínimo de controle de fumaça e área mínima para as aberturas nos pisos. Os shoppings têm papel fundamental no que tange aos sistemas de controle de fumaça, pois essas edificações apresentam estratégias que embasam os sistemas de controle de fumaça, tais como: preservação da propriedade empresarial; preservação da vida dos colaboradores; segurança da vida dos bombeiros militares e de todos os envolvidos no combate; preservação e estabilidade do negócio; ação de segurança e saúde pública. BENEFÍCIOS DO CONTROLE DE FUMAÇA O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA, ANTES DE ABORDAR OS BENEFÍCIOS DIRETOS, TAMBÉM DEVE ANALISAR AS VANTAGENS INDIRETAS DO SISTEMA DE EXAUSTÃO. ALÉM DISSO, DEVE ENTENDER QUE O SISTEMA DE EXAUSTÃO NÃO ATUA SOZINHO, CONTANDO COM APOIO DE: DETECTORES DE FUMAÇA E CALOR, SPRINKLERS, SISTEMAS DE SUPRESSÃO, CORTINAS DE CONTENÇÃO DE FUMAÇA E SISTEMAS DE INSUFLAÇÃO DE AR. Em geral, são os sistemas de detecção de fumaça e calor que acionam esses sistemas de apoio, os quais garantem ao ser humano ventilação prévia do ambiente, redução da temperatura do ambiente, melhor visibilidade para fuga, manutenção do ar respirável, minimização da probabilidade de mortes por asfixia e de queima das vias aéreas, além de combate direto ao incêndio, caso ainda esteja no início. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SISTEMA Foto: Shutterstock.com ETAPA INICIAL A fumaça em alta velocidade se acumula no teto. Foto: Shutterstock.com ETAPA INTERMEDIARIA A fumaça se propaga para as laterais e vai tomando distância da origem do fogo. Foto: Shutterstock.com ETAPA FINAL A fumaça entra em processo de acúmulo geral, ou seja, espalha-se por toda a edificação em poucos minutos. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE FUMAÇA COM BASE NA INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 41 Este tópico foi extraído da Instrução Técnica nº 41, e mostra os importantes componentes do projeto de controle de fumaça em suas tipologias como 1, 2 e 3: COMPONENTES E TIPOLOGIAS DO PROJETO DE CONTROLE DE FUMAÇA controle natural de fumaça (tipo 1); a entrada de ar natural pode ser composta de: aberturas de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo; grelhas e/ou venezianas; portas dos locais para extrair fumaça, localizadas nas fachadas e nos acantonamentos adjacentes; vãos das escadas abertas ou ao ar livre; outros que atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema; as aberturas de entrada de ar do sistema de controle de fumaça tipo 1 devem ser permanentes ou automatizadas, de forma que assegurem a entrada de ar na edificação independentemente da atividade humana; a localização das aberturas de extração deve ser avaliada considerando que as aberturas de entrada de ar e a saída da extração devem estar posicionadas com base no movimento da fumaça, de forma a não interferir na saída das pessoas; a extração de fumaça natural pode ser composta de: exaustores naturais; 1) abertura ou vão de extração; 2) claraboia ou alçapão de extração; 3) dutos e peças especiais; 4) grelhas ligadas a dutos; 5) janela e/ou veneziana de extração; 6) poços ingleses; a) mecanismos elétricos, pneumáticos e mecânicos de acionamento dos dispositivos de extração de fumaça; b) registros corta-fogo e fumaça; c) outros que atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema; as aberturas de extração devem estar localizadas longe das entradas de ar, a fim de se evitar a possibilidade de a fumaça ser deslocada para dentro da edificação; controle mecânico de fumaça (tipo 2); a entrada de ar mecânica pode ser composta de abertura de ar por insuflação mecânica, por meio de grelhas e/ou dutos; a extração de fumaça mecânica pode ser composta de: duto e peças especiais; grelha de extração de fumaça em dutos; mecanismos elétricos, pneumáticos e mecânicos de acionamento dos dispositivos de extração de fumaça; registro corta-fogo e fumaça; ventiladores de controle mecânico de fumaça; controle combinado de fumaça (tipo 3); a entrada de ar natural pode ser composta dos componentes discriminados no item 5.4.1.1; a extração de fumaça mecânica pode ser composta dos componentes discriminados no item 5.4.2.2. ELEMENTOS E EQUIPAMENTOS DO SISTEMA Aqui estão os elementos e os aparatos de equipamentos dos sistemas de controle de fumaça com ênfase nas áreas de acantonamento e em suas principais características: áreas de acantonamentos; os acantonamentos se aplicam em edificações térreas, grandes áreas isoladas em um pavimento e edificações que tenham seus pavimentos isolados por lajes; as edificações que tenham áreas que necessitam de sistema de controle de fumaça devem ser divididas em acantonamentos com uma área máxima de 1.600,0m²; o comprimento máximode um lado da área de acantonamento não deve ultrapassar 60m. ÁTRIOS COM CARGA DE INCÊNDIO INFERIOR A 300MJ/M² E MATERIAL DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO CLASSES A E B: Esse conteúdo foi extraído do subitem 11.5.4.3 da Instrução Técnica nº 41 na íntegra, que tem por finalidade mostrar a carga de incêndio e os materiais mais aplicados, como também características importantes, tais como: secção de bases, vazão mínima e velocidade máxima. Extração de fumaça pode ser obtida: no Sistema Tipo 1, pelas aberturas instaladas na parte alta do átrio, por meio de uma área livre igual a da seção de base, com um mínimo de 2,0 m²; nos sistemas Tipo 2 ou 3, com uma vazão de extração igual a 1,0m³/s, para cada 100,0 m² da seção de base, e com um mínimo de 3,0m³/s. para os sistemas Tipo 1 ou Tipo 3, as introduções de ar devem ter uma área livre equivalente àquela das extrações de fumaça; para o sistema Tipo 2, a vazão de entrada de ar deve ser igual a 60% da vazão de extração; a velocidade máxima de entrada de ar para o sistema Tipo 2 será de 5,0m/s e para o sistema Tipo 3 será de 2,0m/s. as classes de material de acabamentos deverão atender ao previsto na Instrução Técnica específica. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. COM BASE NAS DEFINIÇÕES DOS PROJETOS DE COMBATE A FUMAÇA, O “VOLUME LIVRE COMPREENDIDO ENTRE O CHÃO E O TETO/TELHADO, OU FALSO TETO, DELIMITADO POR PAINÉIS DE FUMAÇA” CORRESPONDE À DEFINIÇÃO DE QUAL TERMO? A) Altura de referência B) Altura da zona enfumaçada C) Átrio D) Barreiras de fumaça E) Acantonamento 2. COM BASE NAS DEFINIÇÕES DOS PROJETOS DE COMBATE A FUMAÇA, UM “ESPAÇO AMPLO CRIADO POR UM ANDAR ABERTO OU CONJUNTOS DE ANDARES ABERTOS, CONECTANDO DOIS OU MAIS PAVIMENTOS COBERTOS, COM OU SEM FECHAMENTO NA COBERTURA, EXCETUANDO-SE OS LOCAIS DESTINADOS A ESCADA, ESCADA ROLANTE E SHAFTS” CORRESPONDE À DEFINIÇÃO DE QUAL TERMO? A) Altura de referência B) Altura da zona enfumaçada C) Átrio D) Barreira de fumaça E) Acantonamento GABARITO 1. Com base nas definições dos projetos de combate a fumaça, o “volume livre compreendido entre o chão e o teto/telhado, ou falso teto, delimitado por painéis de fumaça” corresponde à definição de qual termo? A alternativa "E " está correta. Segundo a Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais, a alternativa correta é a E, pois está em conformidade com as definições do item Componentes dos sistemas de controle de fumaça com base na Instrução Técnica N°41, que determina que o acantonamento é o volume livre compreendido entre o chão e o teto/telhado, ou falso teto, delimitado por painéis de fumaça. 2. Com base nas definições dos projetos de combate a fumaça, um “espaço amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com ou sem fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e shafts” corresponde à definição de qual termo? A alternativa "C " está correta. Segundo a Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais, átrio é o espaço amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com ou sem fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e shafts. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Este conteúdo abordou os sistemas de proteção de detecção e alarmes de incêndio, mostrando a importância dos tipos de sistemas de hidrantes e mangotinhos, assim como suas principais características. Também foram abordadas as diretrizes da NBR 13714 e as características e funções dos chuveiros automáticos, mostrando os principais tipos, assim como a classificação das ocupações de acordo com o risco e a carga de incêndio. Também foram abordadas as limitações de áreas segundo a NBR 10897. Destacamos as principais definições dos sistemas de alarmes e detecção, evidenciando os principais critérios para a escolha do sistema mais adequado. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10897: sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos — requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13714: sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 17240: sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. CAMILO JÚNIOR, A. B. Manual de prevenção e combate a incêndios. São Paulo, SP: Senac, 1998. HANSSEN, C. A. Proteção contra incêndios no projeto. Porto Alegre, RS: UFRGS, 1992. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros. Instrução Técnica nº 41/2019 – Controle de fumaça. Minas Gerais: Corpo de Bombeiros, 2019. SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros. Instrução Técnica Nº 09/2019 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical. São Paulo, SP: Corpo de Bombeiros, 2019. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, leia: A NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. CONTEUDISTA Hermerson Martins de Lima
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