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Sistemas de proteção, detecção e alarme de incêndio

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DESCRIÇÃO
Sistemas com hidrantes e mangotinhos, sistemas de chuveiros automáticos, sistemas de proteção,
detecção e alarme de incêndio e o projeto do sistema de controle de fumaça.
PROPÓSITO
A proteção contra incêndios e explosões é parte essencial da Engenharia de Segurança do Trabalho.
Para uma atuação profissional adequada, é fundamental que o estudante conheça os principais
sistemas de proteção, detecção e controle.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Analisar os sistemas com hidrantes e mangotinhos
MÓDULO 2
Reconhecer os sistemas de chuveiros automáticos
MÓDULO 3
Identificar os sistemas de proteção, detecção e alarmes de incêndio
MÓDULO 4
Descrever o projeto do sistema de controle de fumaça
INTRODUÇÃO
DESVENDANDO OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
E DETECÇÃO DE INCÊNDIOS
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
 Analisar os sistemas com hidrantes e mangotinhos
LIGANDO OS PONTOS
javascript:void(0)
 
Foto: Shutterstock.com
Você sabe qual o assunto tratado na NBR 13714?
Você conseguiria identificar qual a pressão máxima de trabalho dos sistemas de hidrantes e
mangotinhos?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa HM Construções.
A empresa HM Construções contratou um engenheiro para analisar o projeto do sistema de incêndio do
prédio de sua matriz, localizado na grande Maceió, bem próximo ao fórum da Justiça Federal.
Em um primeiro momento, o engenheiro foi checar os sistemas de proteção à base de água e foi
direcionado para os hidrantes e mangotinhos a fim de averiguar se existia alguma não conformidade no
sistema de proteção. Chegando ao local, constatou que a edificação utilizava o sistema do tipo 3, de
acordo com a NBR 13714. O projetista também constatou que a construção tinha um reservatório
superior e bombas, e analisou a associação dessas bombas com a gravidade.
Logo após as averiguações, o engenheiro fez algumas ressalvas quanto à localização dos dispositivos
dos sistemas, apontando que os hidrantes deveriam ficar no máximo a 1,5m do piso e não poderiam ser
colocados em escadas.
Ele também fez alterações nos hidrantes externos, posicionando-os a uma distância mínima de 15m um
do outro, e adotou a utilização de mangueiras de 30m, com dois lances de 15m, sendo cada uma com
65mm de diâmetro. Além disso, o engenheiro mostrou que a velocidade máxima no tubo de sucção das
bombas não poderia ser maior que 4m/s, como também a velocidade da água não poderia ser superior a
5m/s. O profissional informou também que o limite da pressão deveria ser de 1000kPa e deu destaque
ao fator de Hazen para tubos de plástico (150) e ferro galvanizado (120).
Depois da avaliação, o engenheiro informou à alta administração da empresa que as alterações tinham
sido feitas a fim de promover a melhoria do sistema e a redução da perda de carga.
 
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. O ENGENHEIRO, EM SEU PROJETO DE HIDRANTES E MANGOTINHOS,
PRECISAVA DETERMINAR UM ÍNDICE PARA A VELOCIDADE DA ÁGUA NO TUBO
DE SUCÇÃO. QUAL DAS VELOCIDADES A SEGUIR DEVE SER ESCOLHIDA
PELO ENGENHEIRO?
A) 8m/s
B) 3m/s
C) 5m/s
D) 6m/s
E) 10m/s
2. O ENGENHEIRO ESTÁ DIMENSIONANDO UMA TUBULAÇÃO PARA OS
SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, A QUAL SERÁ DE PLÁSTICO.
QUAL DEVE SER O VALOR DA CONSTANTE DE HAZEN WILLIAMS?
A) 120
B) 150
C) 140
D) 190
E) 100
GABARITO
1. O engenheiro, em seu projeto de hidrantes e mangotinhos, precisava determinar um índice
para a velocidade da água no tubo de sucção. Qual das velocidades a seguir deve ser escolhida
pelo engenheiro?
A alternativa "B " está correta.
 
Com base na NBR 13714, a alternativa correta é B, pois está em conformidade com o subitem 5.3.9 – A
velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 4m/s.
2. O engenheiro está dimensionando uma tubulação para os sistemas de hidrantes e
mangotinhos, a qual será de plástico. Qual deve ser o valor da constante de Hazen Williams?
A alternativa "B " está correta.
 
Com base na NBR 13714, a alternativa correta é a B, pois está em conformidade com o subitem 5.3 –
Dimensionamentos (Tabela 03 – Fator de Hazen Williams).
 
Tipo do tubo Fator - C
Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100
Aço preto (sistema de tubo seco) 100
Aço preto (sistema de tubo molhado) 120
Galvanizado 120
Plástico 150
Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento 140
Cobre 150
Tabela 03 – Fator de Hazen Williams
Extraído de: NBR 13714, p. 7.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
3. O ENGENHEIRO, AO REALIZAR O PROJETO DO SISTEMA
DE HIDRANTES E MANGOTINHOS, DEVE CONSIDERAR
ALGUNS PONTOS CRUCIAIS, TAIS COMO: PRESSÃO
MÁXIMA DE TRABALHO, VELOCIDADE DE SUCÇÃO DAS
BOMBAS, VELOCIDADE MÁXIMA NO TUBO, VALOR DO
FATOR DE HAZEN WILLIAMS PARA O CÁLCULO DE PERDA
DE CARGA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAIS SÃO AS
ESCOLHAS PARA A DETERMINAÇÃO DOS REQUISITOS
MENCIONADOS PARA UM SISTEMA TIPO 3 COM
TUBULAÇÃO DE FERRO GALVANIZADO?
RESPOSTA
Segundo a NBR 13714, a pressão adotada não pode ser superior a 1.000kPa; a velocidade de sucção não
pode ultrapassar 4m/s; e a velocidade da água no tubo não ser maior que 5 m/s. Além disso, por se tratar de
sistema tipo 3, a vazão deve ser realizada em 30min e o valor da constante Hazen Williams deve ser de 120.
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OS TIPOS DE SISTEMAS PARA CADA PONTO
DE HIDRANTE OU DE MANGOTINHOS
ÁGUA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A ÁGUA TEM UMA AÇÃO MAIS COMPLETA EM
COMPARAÇÃO A OUTROS ELEMENTOS
EXTINTORES, MAS TAMBÉM PODE TER AÇÃO
PARCIAL.
Mesmo nesse caso, a água é útil, pois ajuda o corpo de bombeiros a aproximar-se do local em chamas
e utilizar o elemento mais eficaz para conter o fogo. Nos sistemas atuais de combate a incêndio e
pânico, o uso de hidrantes, mangotinhos, chuveiros automáticos e sistemas com água nebulizada tem
sido empregado, pois é eficiente no combate às chamas.
Segundo estudos na área de combate a incêndio, o elemento água tem como uma de suas principais
ações a eficaz absorção de calor. A água pode ser utilizada nos três métodos de extinção mais
empregados no combate a chamas: abafamento, resfriamento e processo de emulsificação.
 
Foto: Shutterstock.com
Esse elemento também pode ser aplicado por meio de:
 
Foto: Shutterstock.com
JATO
Nesta técnica, o jato compacto é submetido a uma alta pressão mediante a utilização de um esguicho
com saída circular; nesse método, a extinção é realizada por resfriamento.
 
Foto: Shutterstock.com
NEBLINA
A água apresenta alta capacidade de absorção de calor, e por isso tem uma ótima atuação em
ambientes confinados e em locais abertos no caso de incêndios com materiais inflamáveis. É usada em
hidrantes e mangotinhos.
 
Foto: Shutterstock.com
VAPOR
A aplicação do efeito da emulsificação origina o vapor, que tem como função o retardo da liberação de
vapores nos incêndios com compostos inflamáveis.
CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA
A seguir, confira as diversas características presentes na água:
ALTA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE CALOR
Do ponto de vista físico, para que ocorra o processo de evaporação da água, o consumo do calor do
ambiente é fundamental.
ELEVADO GRAU DE EXPANSÃO
Tendo em vista absorção de calor, outro elemento fundamental é o vapor d’agua, que ocupa mais
espaço, ocupando o lugar do oxigênio. Do ponto de vista físico, a cada litro de água, produz-se 1.700L
de vapor d’água.
ALTA TENSÃO SUPERFICIAL
Do ponto de vista químico, o processo resulta da ação das forças intermoleculares por meio das
ligaçõesde hidrogênio. Assim, a água tem seu poder de penetração reduzido, ou seja, apresenta fluidez
nas superfícies.
CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA
A água conduz corrente elétrica facilmente. Com isso, é um agente extintor não utilizado em incêndios
de classificação C — motores, máquinas e equipamentos energizados.
BAIXA VISCOSIDADE
Essa característica possibilita que a água escorra com facilidade, ou seja, que não se fixe às superfícies,
tendo alta capacidade de escoamento e atuando de forma direta no processo de abafamento.
REAÇÃO COM ALGUNS ELEMENTOS
Na hora do dimensionamento, o engenheiro de segurança deve estar atento, pois a água gera gases
inflamáveis quando reage com alguns materiais, tais como: magnésio, carbureto de cálcio, sódio
metálico e lítio.
SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS
ESSES DOIS EQUIPAMENTOS TÊM
CARACTERÍSTICAS DE SISTEMA FIXO.
Seu funcionamento sob comando e sua vazão são equivalentes ao risco do incêndio presente no local.
Esses sistemas visam a controlar ou até mesmo eliminar o incêndio, visto que ajudam a combatê-lo até
a chegada dos bombeiros.
 
Foto: Shutterstock.com
 Imagem ilustrativa de um mangotinho.
Em uma situação de incêndio, os ocupantes da edificação devem estar treinados para o manuseio dos
hidrantes e mangotinhos, pois, com o uso adequado, os sistemas atuarão de forma eficaz.
TIPOS DE SISTEMA
O engenheiro de segurança deve constatar os principais fatores para a classificação dos sistemas, que
são:
Esguicho

Comprimento e diâmetro da mangueira de incêndio

Vazão
 Extraído de: NBR 13714, p. 6.
Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados da seguinte forma:
Sistema com
reserva de
água
Acima do nível do solo, no mesmo nível do solo, abaixo do nível do solo.
Força para
geração de
energia
Ligação independente ou por gerador automatizado.
Comando Utilizando a botões (botoeira) ou sistema automático com uso da chave de
fluxo.
Sistemas de
bombas
Utilização das bombas principal, auxiliar, de reforço e escorva.
Características
estruturais
Concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas
naturais.
Material de
composição da
tubulação
Aço, cobre e materiais termoplásticos.
Sistema de
distribuição
Interno ou externo à edificação.
Tubulações
aplicadas ao
sistema
Redes abertas, fechadas ou até redes mistas. Essas redes têm suas
variações ramificadas para as tubulações abertas e malhas para as
tubulações fechadas.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
SISTEMAS X CARACTERÍSTICAS
A seguir, são apresentados os sistemas com reservatório inferior e superior e suas principais
características funcionais.
Sistemas com reserva Características
Reservatório inferior
Bombas de incêndios. 
Tanque de pressurização. 
Utilização – em edificações verticais, horizontais e industriais.
Reservatório superior Atuação gravitacional (aceleração da gravidade). 
Bombas e gravidade. 
Utilização – em edificações verticais e industriais.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
COMPONENTES X CARACTERÍSTICAS
A seguir, é apresentada a relação entre os componentes dos sistemas e suas principais características,
tais como:

Nível
Função


Materiais aplicados
Aplicações


Tubulações
Hidrantes

Essas informações vão ajudar na esquematização dos sistemas e de seus componentes. Clique nos
componentes abaixo e verifique suas características.
SISTEMA COM RESERVA
Nível – abaixo, acima ou no mesmo nível do solo.
Função – servir de reserva técnica de incêndio.
Materiais de construção – concreto, metal, fibra entre outros.
SISTEMA PRESSURIZADO
Operação – ação da gravidade, bombas e tanques de pressão.
Função – fornecimento de energia para o transporte de água dedicado ao combate a incêndio.
Bomba jockey – tem função de colocar pressão no sistema para anular as mínimas perdas da pressão
na operação do sistema.
Aplicações – reservatórios no geral e poços.
SISTEMA DE COMANDO
Manual – botão de acionamento.
Automatizado – acionamento por meio de sensores (pressostato).
Aplicações – reservatórios no geral no nível do solo e abaixo do nível do solo.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Componentes – tubulações, mangotinhos e hidrantes.
Tubulações – tubos, conexões e peças hidráulicas.
Hidrantes – têm saídas simples ou duplas, válvulas, mangueiras, esguicho e requinte.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Mangotinhos – têm apenas saída simples, válvulas, mangueira semirrígida e esguichos com diâmetros
de 19, 25 e 35mm.
DEFINIÇÕES PARA OS SISTEMAS DE HIDRANTES E
MANGOTINHOS COM BASE NA NBR 13714
Este subitem mostra as definições mais usadas relacionados aos sistemas de hidrantes e mangotinhos,
tais como: abrigo, altura da edificação, bombas de incêndio, formas de construção dos sistemas
entre outras definições. As definições visam deixá-lo mais familiarizado com os projetos e a
sistemática dos hidrantes e mangotinhos.
 
Foto: Shutterstock.com
ABRIGO
Caixa que guarda a mangueira e outros equipamentos de combate a incêndio no interior da edificação.
 
Foto: TLF / Shutterstock.com
ALTURA DA EDIFICAÇÃO
É a distância, medida em metros, entre as portas de acesso à edificação e o piso do último andar, ou
pavimento.
 
Foto: Shutterstock.com
BOMBAS DE INCÊNDIO
Elas podem ser de diversos tipos.
 
Foto: Marina Demkina / Shutterstock.com
BOMBA HIDRÁULICA CENTRÍFUGA
Principal tipo de bomba destinada a fornecer água aos sistemas de combate a incêndio.
 
Foto: Shutterstock.com
BOMBA JOCKEY
Bomba centrífuga que tem a função de manter o sistema de água pressurizado durante o combate a
incêndio.
 
Foto: Shutterstock.com
BOMBA DE REFORÇO
Bomba que transporta a água até hidrantes e mangotinhos.
 
Foto: Shutterstock.com
CARRETEL AXIAL
Dispositivo onde se enrola a mangueira que conduz a água no momento do combate a incêndio.
 
Foto: Shutterstock.com
COMO CONSTRUÍDO
Planejamento de construção do sistema de incêndio, envolvendo qualquer tipo de documento e,
principalmente, a planta de projeção.
 
Foto: Shutterstock.com
DISPOSITIVOS DE RECALQUE
Esse dispositivo facilita a ação do corpo de bombeiros na ação contra o incêndio, pois permite o acesso
à água.
INSTRUÇÕES PARA OS PROJETOS DE SISTEMAS DE
HIDRANTES E MANGOTINHOS COM BASE NA NBR
13714
Este subitem apresenta as principais orientações para a execução do projeto de hidrantes e
mangotinhos, que abrangem a atuação do instalador, a segurança de funcionamento do sistema e a
importância do memorial descritivo e da aplicação das placas de identificação.
De acordo com a NBR 13714:
o instalador é obrigado a destacar todas as eventuais alterações introduzidas em materiais e
equipamentos utilizados, caminhamentos e traçados da tubulação, bem como as demais
prescrições do projeto, apresentando-as ao projetista para verificação da adequação dos
parâmetros de funcionamento e segurança do sistema;
os documentos produzidos passam a fazer parte do memorial;
todos os documentos do memorial, bem como as alterações propostas e aprovadas, devem ser
atestados pelo instalador dos sistemas, que passam então a ser denominados como “construído”,
assumindo-se assim toda a responsabilidade da correspondência do memorial com a realidade da
instalação executada;
o instalador fica obrigado a afixar, preferencialmente na casa de bombas do sistema, uma placa
construída em material adequado com a identificação do construtor, do instalador e do projetista
final, bem como os números de registro do projeto nos órgãos competentes. A conservação da
placa é de responsabilidade do usuário do sistema;
o fluxograma de instalação do sistema e seus esquemas de funcionamento e operação,
elaborados pelo projetista e verificados pelo instalador, devem fazer parte do memorial.
LOCALIZAÇÃO DOS HIDRANTES E MANGOTINHOS
COM BASE NA NBR 13714
Neste subitem, abordaremos a posição das tomadas de água, tanto das internas como das externas,nas edificações. Mostraremos também a importância da preservação das rotas de fuga, evidenciando a
necessidade das sinalizações para os hidrantes e mangotinhos, entre outros assuntos que ajudarão a
melhorar sua visão e percepção. Vamos lá?
PRIMEIRAMENTE, TODOS OS HIDRANTES E
MANGOTINHOS DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE
SINALIZADOS, COMO PREVÊ A NBR 13435.
 VOCÊ SABIA
De acordo com a norma, no interior da edificação, a primeira percepção que devemos ter é que os
pontos de saída de água para combate a incêndio devem estar posicionados até 5m de distância das
portas de acesso à edificação e entre 1m e 1,5m do piso. Se a área for protegida por um abrigo, por
exemplo, a saída de água deve ocupar o centro desse abrigo. Outro ponto importante é que jamais
devemos ter uma saída de água em escadas ou antecâmaras de fumaça, pois isso pode causar
acidentes fatais.
Na parte externa do edifício, os hidrantes podem estar afastados da edificação a uma distância máxima
de 15 m ou equivalente a 1,5 vezes o tamanho da altura do edifício. Para o combate a incêndio por meio
de hidrantes, podem ser utilizados até 60m de mangueira, sendo preferível o uso de quatro mangueiras
de 15m (as quais se interligam para formar uma mangueira maior).
A ENTRADA DE ÁGUA DESSAS MANGUEIRAS DEVE
TER UM DIÂMETRO DE 65MM A FIM DE PROMOVER
A REDUÇÃO DA PERDA DE CARGA DO SISTEMA. A
PONTA DE MANUSEIO (POR ONDE A MANGUEIRA É
SEGURADA) DEVE TER UM DIÂMETRO DE 40MM.
PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO DOS
SISTEMAS
Confira a seguir alguns pontos que devem ser levados em consideração:
o dimensionamento deverá ser feito utilizando-se dos dois jatos de água, ou seja, considerando as
condições mais desvantajosas para o sistema;
em edificações mistas, o dimensionamento dever ser individualizado para cada ocupação da
edificação;
as pressões de entrada dos esguichos não devem ser maiores que o dobro daquela obtida no
esguicho na situação mais desfavorável;
a pressão deve ser menor ou igual a 1.000kPa, de acordo com o subitem 5.3.7 da NBR 13714;
a velocidade de sucção das bombas deve ser de 2m/s (sucção negativa) e 3m/s (sucção positiva);
a velocidade máxima da água na tubulação deve ser menor ou igual a 5 m/s, de acordo com o
subitem 5.3.10 da NBR 13714.
TÓPICOS ESPECIAIS DA NBR 13714 –
DIMENSIONAMENTO
Este tópico apresenta as principais fórmulas para o dimensionamento do sistema, as quais mostram as
relações entre perda de carga, fator de atrito, comprimento da tubulação, velocidade do fluido,
aceleração da gravidade e diâmetro interno, além de outras informações que são úteis no
dimensionamento dos sistemas.
COLEBROOK (“FÓRMULA UNIVERSAL”)
LW=F×
L
D
×
V2
2G
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Fonte: NBR 13714, p. 7.
Lw = Perda de carga, em metros de coluna d'água.
f = Fator de atrito (admensional).
L = Comprimento virtual da tubulação (tubos + conexões), em metros.
D = Diâmetro interno, em metros.
V² = Velocidade do fluido, em m/s.
2g = Diâmetro interno, em metros.
HAZEN WILLIAMS
J= 605 ×Q1.85 ×C− 1 , 85 ×D− 4 , 87 × 105
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
J = Perda de carga por atrito, em quilopascals por metro.
Q = Vazão, em litros por minuto.
C = Fator de Hazen Williams (ver tabela 3 da NBR 13714.) - Obs.: Para tubulações em ferro
galvanizado, considerar 120.
d = Diâmetro interno do tubo, em milímetros.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. COM BASE NO DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS DE HIDRANTES E
MANGOTINHOS, É RECOMENDADO QUE O SISTEMA SEJA DIMENSIONADO DE
FORMA QUE A PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO, EM QUALQUER PONTO DO
SISTEMA, NÃO ULTRAPASSE:
A) 1.000kPa
B) 2.000kPa
C) 2.300kPa
D) 450kPa
E) 980kPa
2. COM BASE NO DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS, É RECOMENDADO QUE
A VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA NA TUBULAÇÃO NÃO SEJA SUPERIOR A:
A) 10m/s
B) 5m/s
C) 25m/s
D) 40m/s
E) 50m/s
GABARITO
1. Com base no dimensionamento dos sistemas de hidrantes e mangotinhos, é recomendado que
o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em qualquer ponto do
sistema, não ultrapasse:
A alternativa "A " está correta.
 
Segundo a NBR 13714, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem 5.3.7:
recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em
qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1000 kPa. Situações que requeiram pressões superiores à
estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados e
atendido o requisito especificado no subitem 5.3.6.
2. Com base no dimensionamento dos sistemas, é recomendado que a velocidade máxima da
água na tubulação não seja superior a:
A alternativa "B " está correta.
 
Segundo a NBR 13714, a alternativa correta é a B, pois está em conformidade com o subitem 5.3.10: a
velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada
conforme equação indicada no subitem 5.3.9.
MÓDULO 2
 Reconhecer os sistemas de chuveiros automáticos
LIGANDO OS PONTOS
 
Foto: Shutterstock.com
Você sabe qual é o assunto tratado na NBR 10897?
Conseguiria identificar qual a pressão máxima de trabalho das tubulações dos sprinklers?
Para entendermos os conceitos envolvidos e tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa HM Eletrônica.
Uma empresa denominada de HM Eletrônica tem como atividade principal a fabricação de eletrônicos.
Tendo em vista as muitas fiscalizações do corpo de bombeiros na região, a organização contratou uma
equipe técnica para a realização de vistorias no projeto de combate a incêndio e pânico, dando mais
atenção à secção dos chuveiros automáticos, os sprinklers. A equipe técnica e seu engenheiro
constataram a presença do sistema de chuveiro com tubo seco.
O próximo passo da vistoria foi a classificação da edificação e foi constatado que estava enquadrada
dentro do risco ordinário na secção do grupo 01. Com isso, as orientações do engenheiro foram
relacionadas ao estoque. O profissional determinou uma altura de 2,2m para adequação aos requisitos
da NBR 10897.
Depois desse ponto, o projetista focalizou as limitações de área. Como a edificação era voltada para a
fabricação de eletrônicos, encaixava-se no risco ordinário, com uma limitação de área de 5.000m2.
A equipe técnica também realizou testes para a verificação da pressão máxima de trabalho do sistema.
Após a realização dos testes hidrostáticos, ficou constatada uma pressão de 1200kpa.
Após todas as averiguações, o engenheiro e sua equipe atestaram, por meio de laudo, que a empresa
HM Eletrônica está em conformidade com a norma técnica NBR 10897 no que tange aos sistemas de
chuveiros automáticos.
 
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. O ENGENHEIRO, NO PROCESSO DE CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS, CONSTATA AS LIMITAÇÕES DE ÁREAS, QUE SÃO
BASEADAS NO RISCO DA OCUPAÇÃO. QUAL DEVE SER A ÁREA MÁXIMA PARA
UMA OCUPAÇÃO DE RISCO LEVE?
A) 5.000m²
B) 4.500m²
C) 3.000m²
D) 7.000 m²
E) 8.000 m²
2. O TÉCNICO OBSERVOU QUE, PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO DOS
SPRINKLERS, DEVEM SER SEGUIDOS ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA A
ACEITAÇÃO, COMO A LAVAGEM DAS TUBULAÇÕES ENTERRADAS. QUAL
VAZÃO DEVE SER ESCOLHIDA PELO TÉCNICO PARA A LAVAGEM DE UMA
TUBULAÇÃO COM 250MM DE DIÂMETRO?
A) 2.500L/min
B) 5.000L/min
C) 5.700L/min
D) 6.500L/min
E) 4.500L/min
GABARITO
1. O engenheiro, no processo de concepção do sistema de chuveiros automáticos, constata as
limitações de áreas, que são baseadas no risco da ocupação. Qual deve ser a área máxima para
uma ocupação de risco leve?
A alternativa "A " está correta.
 
Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem 4.1.5
– Limitação das áreas (Tabela 01 – Áreas máximas).
 
Risco da ocupação Área máxima
Leve 5.000m²
Ordinário 5.000m²
Extraordinário 3.000m²
Pesado 4.000m²
Tabela 01 – Áreas máximas.Extraído de NBR 10897, p. 4.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
2. O técnico observou que, para a realização do projeto dos sprinklers, devem ser seguidos
alguns procedimentos para a aceitação, como a lavagem das tubulações enterradas. Qual vazão
deve ser escolhida pelo técnico para a lavagem de uma tubulação com 250mm de diâmetro?
A alternativa "C " está correta.
 
Com base na NBR 10897, a alternativa correta é C, pois está em conformidade com o subitem 4.4 –
Procedimento para aceitação – (Tabela 02 – Fluxo de água).
 
Diâmetro nominal do tubo (mm) Vazão (L/min)
100 1500
150 2800
200 3800
250 5700
300 7600
Tabela 02 – Fluxo de água.
Extraído de NBR 10897, p. 6.
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3. NA CONCEPÇÃO DE PROJETO, O ENGENHEIRO TEM
POR PADRÕES BÁSICOS: RISCO DAS OCUPAÇÕES,
PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO, ÁREAS DE LIMITAÇÃO.
EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL A CARGA DE
INCÊNDIO, A PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO E A ÁREA
MÁXIMA PARA UMA EDIFICAÇÃO COM RISCO LEVE?
RESPOSTA
Com base na NBR 10897, a carga de incêndio será baixa, conforme o item 4 – Condições gerais e seus
subitens 4.1.1 – Ocupações de risco leve compreendem as ocupações isoladas, onde o volume e/ou a
combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) são baixos.)
 
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Para a pressão máxima de trabalho, conforme o subitem 4.2.1.3, os sistemas de chuveiros automáticos
devem ser projetados para operar a uma pressão máxima de trabalho de 1200kPa.
 
Já no quesito área máxima, o valor aplicado deve ser de 5.000m², pois está de acordo com o subitem
4.1.5 – Limitação das áreas (Tabela 01 – Áreas máximas).
 
Risco da ocupação Área máxima
Leve 5.000m²
Ordinário 5.000m²
Extraordinário 3.000m²
Pesado 4.000m²
Tabela 01 – Áreas máximas.
Extraída de: NBR 10897, p.4.
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CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS DE
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
CONTEXTUALIZANDO O USO DOS CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS
Os chuveiros têm três tipos de atuação:
Alarme

Detecção

Combate a chamas
ESSES SISTEMAS SÃO FIXOS E TÊM AÇÃO
AUTOMATIZADA QUE É ATIVADA QUANDO SEUS
SENSORES DETECTAM A PRESENÇA DE FOGO.
Quando isso acontece, os sistemas contam com uma arma poderosa no combate às chamas, que é a
liberação de um jato de água com densidade compatível com o risco de incêndio. Esse sistema tem
atuação baseada no controle ou até mesmo na eliminação do incêndio em sua etapa inicial.
Os chuveiros têm um eficaz sistema de detecção que permite que o combate tenha início mais rápido,
evitando a propagação para outros compartimentos da edificação. Esses sistemas de chuveiros
automáticos estão conectados ao alarme de incêndio. Isso significa que, em ação conjunta, controlam as
chamas e permitem que as pessoas sigam para as rotas de fuga mais próximas da construção.
 ATENÇÃO
O engenheiro de segurança, ao analisar o funcionamento do sistema, deve perceber que a atuação dos
chuveiros é baseada no confinamento das chamas por compartimentação ou setores. Esse sistema é
muito utilizado em plantas industriais e shopping centers, por exemplo.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
Conforme a NBR 10897 (1990), os sistemas de chuveiros automáticos possuem algumas
classificações. Clique nos componentes abaixo e verifique cada uma delas.
TUBO MOLHADO
TUBO SECO
AÇÃO PRÉVIA
DILÚVIO
COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PRÉVIA
TUBO MOLHADO
ramais fixos com água;
sistema com pressão;
válvulas de alarme;
aplicações em edificações que não trabalhem em baixas temperaturas.
TUBO SECO
tubo fixo;
ar comprimido;
válvula de tubo seco;
aplicações em locais submetidos a baixas temperaturas.
AÇÃO PRÉVIA
tubo seco;
sob pressão
tem maior grau de sensibilidade para detecção;
válvula especial;
sistema conjunto de alarmes e chuveiros automáticos;
vantagens — ação da válvula em menor tempo, ação dos alarmes em menor tempo.
DILÚVIO
tubulação seca;
não tem detectores de temperatura;
válvulas de dilúvio;
conectados aos alarmes.
COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PRÉVIA
tubo seco;
ar comprimido;
sistemas suplementares para detecção das chamas;
válvula de alívio;
válvula de tubo seco.
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS DAS
OCUPAÇÕES
Aqui será apresentada a classificação das edificações, quanto à proteção contra incêndios, de acordo
coma NBR 10897.
OCUPAÇÕES DE RISCO LEVE
Essa classificação está baseada em cargas de incêndio baixas:
edifícios residenciais;
escolas (salas de aula);
bibliotecas;
escritórios (incluindo centros de processamento de dados).
OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO
As edificações enquadradas nessa classificação têm como característica principal a carga de incêndio
média e são divididas em três subsistemas, vistos a seguir.
OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO I
Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes
de baixa combustibilidade, média quantidade de combustível e estoque de 2,4m de altura no máximo.
OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO II
Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes
de moderada combustibilidade, moderada quantidade de combustível e estoque de 3,7 de altura no
máximo.
OCUPAÇÕES DE RISCO ORDINÁRIO - GRUPO III
Edificações em que haja, completa ou parcialmente, atividades comerciais ou industriais, componentes
de alta combustibilidade, alta quantidade de combustível e velocidade elevada de propagação das
chamas em caso de incêndio.
OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO
Essa classificação compreende edificações com ocupações isoladas, altas cargas de incêndio e alta
velocidade de propagação. Esse tipo de ocupação tem dois subsistemas, mostrados a seguir.
OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO - GRUPO I
Nessas edificações, há o uso de líquidos inflamáveis e a presença de combustíveis em quantidade
reduzida. Em seus ambientes, é possível encontrar materiais como poeiras e felpas, entre outras
composições com teor combustível.
OCUPAÇÕES DE RISCO EXTRAORDINÁRIO - GRUPO II
Nessas edificações, há o uso de líquidos inflamáveis e a presença de combustíveis em quantidade
moderada. Em seus ambientes, é possível encontrar materiais como poeiras e felpas, entre outras
composições com teor combustível.
OCUPAÇÕES DE RISCO PESADO
Esse conceito é aplicado em edificações com ocupações de caráter isolado, comerciais ou industrial que
mantenham em seus estoques líquidos inflamáveis ou até mesmo produtos com alto teor de combustão,
como:
borracha;
papel e papelão;
espumas celulares;
materiais comuns em alturas superiores às previstas para as ocupações de risco ordinário.
LIMITAÇÃO DAS ÁREAS COM BASE NA NBR
10897
Esta parte do conteúdo está embasada na NBR 10897 e mostra a relação entre o risco de ocupação e a
área máxima da edificação. Para melhor entendimento, a seguir são apresentadas as informações
extraídas da norma sobre as limitações das áreas.
ÁREAS MÁXIMAS
Esta é a interação entre o risco da ocupação e as áreas máximas da edificação:
Risco de ocupação Área máxima (m²)
Leve 5.000
Ordinário 5.000
Extraordinário 3.000
Pesado 4.000
Tabela: Risco de ocupação e área.
Extraída de: NBR 10897, p. 4.
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Essas informações contribuem para a compreensão do sistema de combate a incêndio, considerando o
jogo de válvulas, os riscos de ocupação e as limitações de área. É interessante que você, aluno, busque
a NBR 10897.
PROJETOS E INSTALAÇÕES COM BASE NA NBR
10897
ESTE TÓPICO APRESENTA AS PRINCIPAIS AÇÕES
PARA A INSTALAÇÃO DOS CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS, ASSIM COMO AS ESPECIFICAÇÕES
DE MATERIAIS E DA PRESSÃO MÁXIMA DE
SERVIÇO.
Também é importante ressaltar que somente se pode utilizar chuveiros novos em instalações de
chuveiros automáticos contra incêndio e que os materiais utilizados, como sensores, fiações e
tubulações, devem estar de acordo com a norma, pois os chuveiros devem serprojetados para operar
com uma pressão máxima de trabalho de 1.200kPa.
PROJETO PRELIMINAR COM BASE NA NBR 10897
Aqui, você terá acesso às etapas preliminares dos projetos que envolvem os sistemas com chuveiros
automáticos (sprinklers), as quais incluem nome do proprietário, localização da obra, endereço e até a
simbologia normatizada. O projeto deve conter um memorial descritivo e/ou plantas com as seguintes
informações:
A) NOME DO PROPRIETÁRIO;
 
B) LOCALIZAÇÃO DA OBRA;
 
C) NOME E ENDEREÇO DO PROJETISTA, INCLUINDO DATA;
 
D) CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS A SEREM EMPREGADOS, COMO LISTADOS
EM 3.2;
 
E) CONSTRUÇÃO E OCUPAÇÃO DE CADA RISCO E SUA
RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ITEM 4.1. NO
CASO DE RISCO PESADO, INDICAR CLASSE DE
MERCADORIA, FORMA DE ESTOCAGEM E RESPECTIVA
ALTURA;
 
F) DENSIDADE E ÁREAS DE OPERAÇÃO QUANDO O
SISTEMA FOR HIDRAULICAMENTE CALCULADO, OU
TABELA EMPREGADA, PARA DETERMINAR OS DIÂMETROS
DAS TUBULAÇÕES;
 
G) DISTRIBUIÇÃO E QUANTIDADE DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS DE CADA INSTALAÇÃO;
 
H) DIÂMETRO E TEMPERATURA NOMINAIS DE
FUNCIONAMENTO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS;
 
I) ALTURA DO CHUVEIRO AUTOMÁTICO MAIS ELEVADO DE
CADA INSTALAÇÃO, TOMANDO-SE COMO REFERÊNCIA A
POSIÇÃO DA RESPECTIVA VÁLVULA DE ALARME E A COTA
DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
 
J) DIÂMETROS DAS TUBULAÇÕES;
 
K) PARTICULARIDADES, LOCALIZAÇÃO E DIMENSÕES DOS
ABASTECIMENTOS DE ÁGUA EXCLUSIVOS PARA O
SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS;
 
L) ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS A SEREM
EMPREGADOS;
 
M) DESENHOS DO PROJETO PRELIMINAR COM PLANTAS
BAIXAS E CORTES EM FOLHAS PADRONIZADAS;
 
N) QUANDO SE TRATAR DE ACRÉSCIMOS OU PROTEÇÃO
PARCIAL, INDICAR AS ÁREAS PROTEGIDAS E NÃO
PROTEGIDAS, INCLUINDO PLANTAS DAS ÁREAS
PROTEGIDAS COM DETALHE DAS SEPARAÇÕES DE
RISCO; O) APLICAR A SIMBOLOGIA NORMALIZADA.
 
NBR 10897, 2020 p. 74.
TUBULAÇÕES
A NBR 10897 faz uma ressalva sobre o uso das tubulações de PVC rígido, cimento amianto e até
mesmo poliéster com reforço de fibra de vidro, as quais podem ser utilizadas desde que apresentem
desempenho satisfatório e parelho ao das tubulações aparentes e/ou enterradas.
DENOMINAÇÕES DAS TUBULAÇÕES DOS
SPRINKLERS COM BASE NA NBR 10897
Aqui você terá contato com as principais denominações das tubulações, englobando são englobados
conceitos como: ramal, tubulações subgerais e gerais, tubulações com subidas e decidas, mostrando
também as tubulações de subida principal.
De acordo com a NBR 10897, as tubulações que formam uma instalação de chuveiros
automáticos têm as seguintes denominações e funções:
Ramais – São as ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente ou por
meio de braços horizontais de tubo com 60 cm de comprimento máximo.
Tubulações subgerais – São as que alimentam os ramais.
Tubulações gerais – São as que alimentam as subgerais.
Tubulações de subidas ou descidas – São as tubulações verticais, de subidas ou descidas,
conforme o sentido de circulação da água. Essas tubulações fazem as ligações entre as redes de
chuveiros dos diversos níveis ou pavimentos, as ligações das subgerais com os ramais ou, ainda,
as dos chuveiros individuais com os ramais, quando a subida ou descida excede 30cm de
comprimento.
Subida principal – É a tubulação que liga a rede de suprimento dos abastecimentos de água às
tubulações gerais e onde é instalada a válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água que
controla e indica a operação do sistema.
 
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 Sistema de chuveiros automáticos instalado no teto.
TIPOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS –
SPRINKLERS
A seguir, são apresentadas as classificações dos chuveiros automáticos e suas principais
características. Clique e verifique suas características.
 
Imagem: Shutterstock.com
 Modelo Sprinkler.
CHUVEIRO AUTOMÁTICO COM ELEMENTO
TERMOSSENSÍVEL TIPO SOLDA EUTÉTICA
operação baseada numa liga metálica;
solda eutética;
compostos – estanho, chumbo e bismuto.
CHUVEIRO AUTOMÁTICO COM ELEMENTO
TERMOSSENSÍVEL TIPO AMPOLA
ampola de vidro;
ampola contendo líquido;
presença de uma bolha de ar;
funcionamento – o líquido sofre expansão por conta da ação do calor; em reação, a bolha sofre
compressão e absorção. Após esse processo, a liberação da válvula ocasiona o acionamento do
jato de água.
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javascript:void(0)
CHUVEIRO-PADRÃO (SPRAY)
presença do defletor;
projeção para baixo;
jato hemisférico.
CHUVEIRO DO TIPO ANTIGO
projeção para baixo.
projeção parcialmente para o teto;
jato esférico.
CHUVEIRO LATERAL (SIDEWALL)
distribuição da água nas posições frente/lado;
jato com forma de um quarto de esfera;
propício para ambientes pequenos.
CHUVEIRO ESPECIAL
Embutido na parede.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
Para o dimensionamento por cálculo hidráulico com base na NBR 10897, são necessárias as seguintes
informações:
área de aplicação, em m²;
densidade, em mm/min;
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
área máxima coberta por chuveiros, em m²;
demanda adicional para hidrantes;
dados sobre os abastecimentos de água.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. COM BASE EM PROJETOS DE INSTALAÇÕES DOS SPRINKLERS, ESSES
SISTEMAS DEVEM SER PROJETADOS PARA OPERAR A UMA PRESSÃO
MÁXIMA DE TRABALHO DE:
A) 
1.200
 
𝑘
𝑃
𝑎
B) 
1.450
 
𝑘
𝑃
𝑎
C) 
1.4550
 
𝑘
𝑃
𝑎
D) 
1.561
 
𝑘
𝑃
𝑎
E) 
1.209
 
𝑘
𝑃
𝑎
2. COM BASE NAS LIMITAÇÕES DE ÁREA ESTABELECIDAS NA NBR10897, UM
JOGO DE VÁLVULAS PODE CONTROLAR MAIS DO QUE UMA CLASSE DE
RISCO DE OCUPAÇÃO, SEJA ELE LEVE, ORDINÁRIO, EXTRAORDINÁRIO OU
PESADO, DESDE QUE SEJAM OBEDECIDAS AS ÁREAS MÁXIMAS PARA CADA
RISCO E A SOMATÓRIA DAS ÁREAS NÃO ULTRAPASSE:
A) 
5.000
 
𝑚
2
B) 
15.000
 
𝑚
2
C) 
500
 
𝑚
2
D) 
1.500
 
𝑚
2
E) 
50
 
𝑚
²
GABARITO
1. Com base em projetos de instalações dos sprinklers, esses sistemas devem ser projetados
para operar a uma pressão máxima de trabalho de:
A alternativa "A " está correta.
 
Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A. Os sistemas de chuveiros automáticos devem ser
projetados para operar a uma pressão máxima de trabalho de 1.200kPa.
2. Com base nas limitações de área estabelecidas na NBR10897, um jogo de válvulas pode
controlar mais do que uma classe de risco de ocupação, seja ele leve, ordinário, extraordinário
ou pesado, desde que sejam obedecidas as áreas máximas para cada risco e a somatória das
áreas não ultrapasse:
A alternativa "A " está correta.
 
Segundo a NBR 10897, a alternativa correta é A. Um jogo de válvulas pode controlar mais do que uma
classe de risco de ocupação, seja ele leve, ordinário, extraordinário e pesado, desde que sejam
obedecidas as áreas máximas para cada risco de ocupação específico e a somatória das áreas não
ultrapasse 5.000m².
MÓDULO 3
 Identificar os sistemas de detecção e alarmes de incêndio
LIGANDO OS PONTOS
 
Foto: Shutterstock.com
Você sabe quais assuntos são tratados na NBR 17240, que substituiu a NBR 9441?
Conseguiria identificar quais são os componentes dos sistemas de detecção e alarme de incêndio?
Para entendermos os conceitos envolvidos e tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa HM Petroquímica.
Na empresa HM petroquímica, o gerente industrial contratou um engenheiro projetista de combate a
incêndio para realizar a inspeção e atualização do sistema de detecção e alarme de incêndio
Esse serviço tem como objetivo evitar danos humanos e patrimoniais. A equipe contratada sabe que o
sistema em análise é composto de detectores com ação automática e que há presença de botoeiras
para ação manual. Assim, identifica os painéis de controle e redes de alimentação pertencentes ao
sistema em análise.
Em outro momento da inspeção, o engenheiro usa como base a NBR 17240, que trata sobre sistemas
de detecção e alarme de incêndio, para pontuar as seguintes orientações: que as áreas da edificação
(planta petroquímica) devem estar dentro da cobertura dos detectores e que os acionadores devem
estar posicionadosem áreas com grande circulação de pessoas.
Quanto à escolha dos sistemas, o engenheiro e sua equipe levarão em consideração alguns fatores, tais
como: os processos de segurança que envolvem a segurança dos ocupantes, a preservação de itens
com propriedade da empresa, a preservação das ações empresariais e também o resguardo ao meio
ambiente.
Para a planta dessa empresa, a escolha foi pelo sistema microprocessado. Essa eleição está vinculada
a alguns requisitos, tais como: tecnologia digital, método de transmissão por meio binário e velocidade
alta para processamento. Já quanto aos detectores, o tipo chama foi o selecionado.
 
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. UM ENGENHEIRO UTILIZOU COMO BASE A NBR 17240:2010 PARA
ESCOLHER UM DETECTOR SENSÍVEL A PARTÍCULAS DE COMBUSTÃO DE
PRODUTOS SÓLIDOS. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL TIPO DE
DETECTOR DEVE SER ESCOLHIDO?
A) Fumaça
B) Linear
C) Óptico
D) Pontual
E) De temperatura
2. O ENGENHEIRO CONSULTOU A NBR 17240 PARA REALIZAR O
DIMENSIONAMENTO DOS FIOS QUE CONDUZEM CORRENTES PARA O
SISTEMA DE ALARMES E DETECÇÃO. APÓS A ANÁLISE, ELE PERCEBEU QUE
A CORRETE TEM UM LIMITE. QUAL DEVE SER A CORRENTE ESCOLHIDA?
A) 5A/mm² dentro ou fora da central.
B) 0,4A/mm² dentro ou fora da central.
C) 4A/mm² dentro ou fora da central.
D) 0,2A/mm² dentro ou fora da central.
E) 2A/mm² dentro ou fora da central.
GABARITO
1. Um engenheiro utilizou como base a NBR 17240:2010 para escolher um detector sensível a
partículas de combustão de produtos sólidos. Em sua tomada de decisão, qual tipo de detector
deve ser escolhido?
A alternativa "A " está correta.
 
Com base na NBR 17240, a alternativa correta é a A, pois está em conformidade com o conceito
normativo de detector de fumaça: sensível a partículas de combustão de produtos sólidos ou líquidos
e/ou pirólise suspensas na atmosfera.
2. O engenheiro consultou a NBR 17240 para realizar o dimensionamento dos fios que conduzem
correntes para o sistema de alarmes e detecção. Após a análise, ele percebeu que a correte tem
um limite. Qual deve ser a corrente escolhida?
A alternativa "C " está correta.
 
Com base nas normas técnicas, a alternativa correta é a C, pois está em conformidade com o subitem
5.2.8.1 da norma. Aconselha-se, para o dimensionamento dos fios que conduzem correntes, que não
excedam a corrente de 4A/mm² dentro ou fora da central.
3. COM BASE NO CASO ABORDADO, O ENGENHEIRO
ESTAVA ANALISANDO QUAIS DEVEM SER OS
INTEGRANTES DA CENTRAL DO SISTEMA PARA EFEITO DE
VISTORIA. QUAIS COMPONENTES DEVEM ENTRAR EM SEU
CHECKLIST DE VISTORIA PARA OS INDICADORES?
RESPOSTA
Com base na NBR 17240, de acordo com o item 6.1.3, quanto às indicações e controles, a central deve
ter:
a) indicação visual individual de incêndio para cada circuito de detecção, no caso de sistemas convencionais,
e para cada evento, no caso de outros sistemas de detecção e alarme;
b) indicação sonora e visual geral de incêndio;
c) indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção, circuitos de sinalização;
d) alarme e circuitos de comando.
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PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMAS DE
DETECÇÃO
CONTEXTUALIZANDO OS SISTEMAS DE
DETECÇÃO E ALARMES
NESTE MÓDULO, VAMOS ABORDAR OS PRINCIPAIS
CONCEITOS DOS SISTEMAS DE DETECÇÃO E
ALARMES DE INCÊNDIO (SDAI).
ESSES SISTEMAS TÊM COMO FUNÇÃO PRINCIPAL
DETECTAR O INCÊNDIO NA FASE INICIAL PARA
PROPORCIONAR AOS OCUPANTES UM ABANDONO
DE ÁREA SEGURO E RÁPIDO, ALÉM DE ALERTAR A
EQUIPE PARA QUE SEJAM INICIADAS AS
OPERAÇÕES DE COMBATE ÀS CHAMAS, EVITANDO
PERDAS HUMANAS E PATRIMONIAIS.
O sistema é composto de: detectores automatizados, botoeiras manuais de acionamento, painel de
processo do sistema, sinalização como também as fontes de alimentação elétrica realizada por
eletrodutos e circuitos elétricos. O profissional, ao analisar o sistema de detecção e alarme, deve
levar em consideração três pontos principais:
DETECÇÃO
Nessa fase, o sistema tem a percepção do incêndio.
SINAL
Nessa fase, o sistema entende a informação de incêndio e a envia para os alarmes.
ALARMES
Nessa fase, o sinal sonoro faz toda a diferença. Também é considerada a parte culminante do sistema,
pois as duas fases anteriores já fizeram sua parte. Nesse momento, os ocupantes passam a procurar as
rotas de fuga e buscam acionar os sistemas alternativos de combate às chamas.
Do ponto de vista físico, os sistemas de detecção baseiam-se em:
FENÔMENOS FÍSICOS DE ORDEM PRIMÁRIA
Como exemplos, temos as radiações e as mudanças de temperatura.
FENÔMENOS FÍSICOS DE ORDEM SECUNDÁRIA
Como exemplos práticos, temos a fumaça e a fuligem.
 ATENÇÃO
O engenheiro precisa sempre averiguar, mediante manutenções, o nível de sensibilidade dos detectores.
REQUISITOS DE PROJETO, INSTALAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DETECÇÃO E
ALARME DE INCÊNDIO COM BASE NA NBR 17240
Aqui, serão mostrados dois requisitos básicos para o estudo do projeto dos sistemas de alarmes e
detecção, apresentando o texto extraído na íntegra da NBR 17240.
I. Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão por um tipo de detector.
Por exemplo: não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte
restante com detectores térmicos.
II. O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de emergência,
devendo cada pavimento da edificação possuir pelo menos um acionador manual.
TIPOS DE SISTEMAS DE DETECÇÃO COM BASE NA
NBR 17240
Conheça melhor as principais tipologias de sistemas de detecção presentes no mercado brasileiro e
pontua suas frentes de atuação.
DETECÇÃO CONVENCIONAL
DETECÇÃO ENDEREÇÁVEL
DETECÇÃO POR ALGORITMO
DETECÇÃO ANALÓGICA
DETECÇÃO CONVENCIONAL
Tem como característica principal a impossibilidade de ajuste do nível de alarme dos dispositivos de
detecção por meio da central de alarme.
DETECÇÃO ENDEREÇÁVEL
Tem como característica principal que cada dispositivo de detecção recebe um endereço que permite à
central identificá-lo individualmente
DETECÇÃO POR ALGORITMO
Tem como característica principal a capacidade de realizar tomadas de decisões e se comunicar com a
central.
DETECÇÃO ANALÓGICA
Tem como característica principal o monitoramento do sistema por meio da central; o sistema faz a
quantificação dos valores das temperaturas e dos índices de fumaça.
MANUTENÇÕES E DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO
DOS SISTEMAS COM BASE NA NBR 17240
Confira os critérios de manutenção e algumas orientações sobre o dimensionamento da fiação que
alimenta o sistema.
I. Como base normativa, deve constar uma área livre com dimensões mínimas de 1m² posicionada na
frente da central destinada a sua operação e à manutenção preventiva e corretiva.
II. Dimensionamento da fiação e proteção elétrica. Segundo o subitem 5.2.8.1, aconselha-se, para o
dimensionamento dos fios que conduzem correntes, não exceder a corrente de 4A/mm² dentro ou fora
da central.
REQUISITOS PARA OS DETECTORES COM BASE NA
NBR 17240
O conteúdo a seguir foi extraído da NBR 17240 e apresenta os principais detectores e suas principais
características.
DETECTOR DE FUMAÇA
Sensível a partículas de combustão de produtos sólidos ou líquidos e/ou pirólise suspensas na
atmosfera.
DETECTOR LINEAR
Detector que responde ao fenômeno monitorado na redondeza de uma linha contínua.
DETECTORES PONTUAIS DE FUMAÇA
Os mais utilizados são os dos tipos óptico (fotoelétrico) e iônico.
DETECTOR PONTUAL
Detector que responde ao fenômeno monitorado nas redondezas de um sensor compacto.
DETECTOR DE TEMPERATURA
Detector sensível às temperaturas anormais e/ou taxa de elevação de temperatura e/ou diferenças de
temperatura.
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
CARACTERÍSTICAS DA CENTRAL DOS SISTEMAS
COM BASE NA NBR 17240/2010
O conteúdo a seguir foi extraído da norma técnica 17240 e apresenta as características principais das
centrais de controle dos sistemas de alarme e detecção.
Quantoàs indicações e controles, a central deve ter:
Indicação visual individual de incêndio para cada circuito de detecção, no caso de sistemas
convencionais, e para cada evento, no caso de outros sistemas de detecção e alarme.
Indicação sonora e visual geral de incêndio.
Indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção, circuitos de sinalização e
alarme e circuitos de comando.
ESCOLHAS DOS SISTEMAS
O engenheiro precisa estar atento às características das edificações para escolher adequadamente o
sistema de alarmes e detecções. O projetista deve pontuar as metas para alcançar os objetivos do
projeto. Alguns fatores são levados em consideração para que seja alcançada a eficiência do projeto,
tais como:
normatizações vigentes;
planos de gerenciamento de riscos da empresa;
lista de carências e necessidades da edificação;
análise das cláusulas do contrato de seguro.
O engenheiro de segurança responsável pelo projeto deve considerar alguns objetivos categóricos, tais
como:
segurança da vida dos ocupantes;
preservação da propriedade;
segurança empresarial;
preservação do meio ambiente.
PARA ALCANÇAR ESSES OBJETIVOS, É
NECESSÁRIO CUMPRIR UMA SÉRIE DE MEDIDAS,
TAIS COMO UM AVISO RÁPIDO QUE POSSIBILITE A
EVACUAÇÃO EFICIENTE DOS OCUPANTES E A
CONEXÃO ENTRE OS SISTEMAS AUXILIARES, COMO
FORMA DE COMBATE INTEGRADA COM O
ACIONAMENTO DO SISTEMA DE EXTINÇÃO E
CONTROLE DE FUMAÇA.
A aplicação desses objetivos visa também a minimizar os danos patrimoniais, ou seja, os sistemas
devem alertar o mais rápido possível para que haja o combate eficaz tanto no método automático
(chuveiros automáticos) como nos métodos manuais (extintores, mangueiras e mangotinhos, entre
outros).
DO PONTO DE VISTA EMPRESARIAL, A PROTEÇÃO
DA IMAGEM DA EMPRESA É FUNDAMENTAL, ASSIM
COMO EVITAR PERDAS NOS SETORES DE
ESTOQUE, EQUIPAMENTOS DE ALTO VALOR E DE
FUNÇÃO INDISPENSÁVEL PARA A LINHA DE
PRODUÇÃO.
 VOCÊ SABIA
A gestão ambiental também está atrelada ao combate a incêndio. A emissão de produtos tóxicos no
processo de combustão é preocupante, assim como o uso e o descarte da água na carga e recarga dos
dispositivos de combate a incêndio.
TIPOS DE SISTEMAS X CARACTERÍSTICAS
A seguir, são apresentados os principais tipos de sistemas de alarmes e suas características, as quais
envolvem ações como a presença dos sistemas operacionais simplificados, níveis de tensão nas
transmissões, a presença de CPU, entre outros conceitos e caracterizações. Clique nos tipos de
sistemas abaixo e verifique suas principais características.
CONVENCIONAL
sistema operacional simplificado;
transmissão com base em níveis de tensão;
ações – operacionalização normal (sinal; alarme) e falha;
não tem CPU.
ENDEREÇÁVEL
tem codificação própria;
tem CPU;
tem códigos por pulso;
comunicação em via única;
visor em LCD.
MICROPROCESSADO
tecnologia digital;
processo de transmissão por sistema binário (0 e 1);
alta velocidade de processamento;
entrega de dados com riqueza de detalhes e confiabilidade.
TIPOS DE DETECTORES PONTUAIS X PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
A seguir, são apresentados os principais tipos de detectores pontuais e suas características, que
envolvem os pontos estratégicos, o funcionamento do sistema, a sensibilidade do sistema para os
elementos de detecção, como fumaça e calor, entre outras informações. Clique nos tipos de detectores
e verifique suas características.
PONTUAIS
devem ser instalados em pontos estratégicos;
entram em funcionamento quando detectam a presença de fumaça ou calor;
têm baixa sensibilidade na detecção de fumaça ou calor;
retardam o sistema de acionamento de alarmes.
FUMAÇA
óptico – como base de ação, tem uma câmara escura, a detecção acontece por reflexão da luz. É
recomendado para incêndios em fase lenta. É aplicado em depósitos de madeira, por exemplo;
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iônico – atua em produtos combustíveis, sendo recomendado para incêndios de fase alta. É
aplicado, por exemplo, em postos de combustíveis.
TÉRMICOS
têm limite de temperatura para atuação;
recomendados para locais como casas de máquinas ou centrais com geradores de energia.
TERMOVELOCIMÉTRICOS
têm gradiente de temperatura;
precisam de altos picos de variação de temperatura;
são muito utilizados em cozinhas e lavanderias industriais.
DETECTORES NÃO PONTUAIS X CARACTERÍSTICAS
A seguir são relacionados os detectores não pontuais e suas caracterizações principais, como: atuação
dos sistemas, transmissores, receptores, feixe de luz infravermelha e as principais aplicações
desses detectores. Clique nos detectores pontuais e verifique suas principais características.
LINEAR
tem sua atuação baseada na presença de gases, produtos combustíveis ou até mesmo nas
variações de temperatura;
tem como componentes do sistema os transmissores e os receptores que têm atuação linear,
obedecendo à orientação em linha reta;
a interligação do transmissor e do receptor é feita por meio da ação de um feixe de luz
infravermelha;
indicado para locais abertos.
CHAMA
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entra em ação quando é indicada a presença de particulados sólidos ou de vapores e gás;
tem sensibilidade a raios ultravioleta;
aplicada para hangares ou para plantas petroquímicas.
ASPIRAÇÃO
tem furos programados em seus acessórios;
tem um filtro para eliminação dos alarmes falsos;
tem um conjunto de 20 detectores;
indicada para museus ou frigoríficos.
Os principais tipos de acionadores do modelo manual, geralmente, são instalados em locais com alto
fluxo de pessoas (halls e áreas de circulação em geral). Devem conter instruções de uso e barreiras que
evitem acidentes ou até mesmo acionamento por engano. Os dois tipos são: quebra vidro e o dupla
ação.
 
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 Acionador de alarme – modelo manual.
CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES COM BASE
NA NBR 9441 E NA NBR 17240
O conteúdo a seguir foi extraído na íntegra da NBR 9441, atualizada pela NBR 17240, e aborda as
características de dois componentes fundamentais para o sistema de detecção e alarmes: a central e o
circuito do sistema. Você vai conhecer as características do componente central dos sistemas de
detecção e alarme de incêndio.
Quanto ao aspecto construtivo, a central deve atender aos seguintes requisitos:
1.1. construção em estrutura rígida e grau de proteção de acordo com o local de instalação, atendendo à
NBR 6146 e, quando metálico, também à NBR 7007;
1.2. construção adequada à manutenção sem remoção do local de instalação;
1.3. acesso aos instrumentos e controles, inclusive componentes e bornes de ligação, somente pela face
frontal. Outros acessos adicionais podem ser previstos, quando o espaço de manutenção é garantido no
lugar da instalação e o acesso é livre de obstáculos;
1.4. face frontal protegida contra operações acidentais ou dolosas, impedindo o acesso de pessoal não
autorizado ao manuseio dos instrumentos e controles, permitindo, contudo, a leitura de todas as
indicações visuais existentes nessa face. O manuseio da central deve ser dividido em três estágios:
estágio 1) - reset som unicamente e, quando pedido, acionamento do alarme de abandono em
combinação com um alarme do campo na central ou outro tipo de combinação para limitar o uso
indevido;
estágio 2) - manipulação dos controles dos módulos e circuitos;
estágio 3) - acesso a componentes, programas, módulos e fiação.
1.5. deve possuir compartimento adequado para alojamento da bateria de acumuladores, quando esta
for parte integrante da central;
1.6. deve possuir meios para identificação dos circuitos de detecção e indicação da respectiva área ou
local afetado, que possibilite fácil entendimento para o pessoal de supervisão e de intervenção não
familiarizado com a edificação;
1.7. dimensões compatíveis com a quantidade de circuitos de detecção, alarme e auxiliares, inclusive
previsão de ampliação para a capacidade final do sistema projetado em pelo menos 10% ou 1 (uma)
linha;
1.8. quando metálico,o invólucro da central deve ter revestimento com fundo anticorrosivo antes da
pintura final;
1.9. deve possuir borne adequado para aterramento;
1.10. todas as ligações entre a central e os demais componentes externos a ela devem ser executados
através de blocos conectores apropriados e devidamente identificadas (área, polaridade, corrente
máxima etc.);
1.11. em local adequado da parte externa da central, deve conter uma placa de identificação com as
seguintes especificações: nome do fabricante, endereço e telefone; ano de fabricação e número de
série; modelo.
1.12. possuir interligação com os dispositivos de detecção de incêndio, tais como sensores de fumaça e
sensores de temperatura.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO DEVE:
A) Ter central instalada em local protegido e de acesso restrito, sem presença contínua de pessoas,
para evitar a manipulação incorreta.
B) Ter central interligada com os dispositivos de detecção de incêndio, tais como sensores de fumaça e
temperatura.
C) Ter central com quantidade ilimitada de endereços, possibilitando a interligação de quantos
dispositivos forem necessários, em condição atual ou futura da instalação.
D) Ter acionadores manuais a uma altura entre 2,2m e 3,5m.
E) Ter sensores de fumaça, independentemente do tipo de instalação.
2. OS REQUISITOS PARA PROJETO, INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE
SISTEMAS MANUAIS E AUTOMÁTICOS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
EM EDIFICAÇÕES SÃO ESPECIFICADOS NA NBR 17240. EM RELAÇÃO A ESSES
REQUISITOS, ANALISE AS ASSERTIVAS A SEGUIR: 
 
I. UM AMBIENTE DEVE SER PROTEGIDO EM TODA A SUA EXTENSÃO POR UM
TIPO DE DETECTOR. POR EXEMPLO: NÃO É PERMITIDO PROTEGER PARTE DE
UM AMBIENTE COM DETECTORES DE FUMAÇA E A PARTE RESTANTE COM
DETECTORES TÉRMICOS. 
II. A ÁREA DE COBERTURA DOS DETECTORES PONTUAIS DE FUMAÇA DIMINUI
À MEDIDA QUE DIMINUI O NÚMERO DE TROCAS DE AR POR HORA NO
AMBIENTE. 
III. O ACIONADOR MANUAL DEVE SER INSTALADO EM LOCAL DE TRÂNSITO DE
PESSOAS EM CASO DE EMERGÊNCIA, DEVENDO CADA PAVIMENTO DA
EDIFICAÇÃO TER PELO MENOS UM ACIONADOR MANUAL.
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E) As afirmativas I, II e III estão corretas.
GABARITO
1. Um sistema de detecção e alarme de incêndio deve:
A alternativa "B " está correta.
 
Com base na NBR 9441 e nas atualizações da NBR 17240, a central é uma componente do sistema e
deve estar interligada com sensores de fumaça e temperatura.
2. Os requisitos para projeto, instalação e manutenção de sistemas manuais e automáticos de
detecção e alarme de incêndio em edificações são especificados na NBR 17240. Em relação a
esses requisitos, analise as assertivas a seguir: 
 
I. Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão por um tipo de detector. Por exemplo:
não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte restante com
detectores térmicos. 
II. A área de cobertura dos detectores pontuais de fumaça diminui à medida que diminui o
número de trocas de ar por hora no ambiente. 
III. O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de
emergência, devendo cada pavimento da edificação ter pelo menos um acionador manual.
A alternativa "C " está correta.
 
Com base na NBR 17240/2010, em toda a extensão de um ambiente, deve haver proteção por algum
tipo de dector, e deve haver um acionador manual do alarme de incêndio. Esse acionador deve existir
em um local onde é comum haver trânsito de pessoas.
MÓDULO 4SS
 Descrever o projeto do sistema de controle de fumaça
LIGANDO OS PONTOS
 
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Você sabe qual o assunto tratado na Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais?
Conseguiria identificar quais os princípios básicos dos sistemas de controle de fumaça?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa: HM Magazine.
A empresa HM Magazine está localizada em Minas Gerais. Após passar por um sinistro em uma de
suas instalações, a companhia resolveu atualizar seu sistema de controle de fumaça para evitar danos
maiores tanto nos recursos humanos como nos patrimoniais.
Para essa atualização do projeto, foi contratada uma empresa para checar a estrutura atual e fazer uma
nova projeção para a implementação do projeto de controle de fumaça com a presença de exaustores a
fim de que, após as modificações, haja uma melhor circulação de ar e, consequentemente, em de
incêndio, a edificação possa ter uma reação eficaz de combate à fumaça.
A equipe contratada tinha um corpo técnico formado por dois engenheiros e cinco técnicos industriais de
áreas específicas, e logo sinalizou algumas razões pontuais para a realização do projeto: segurança da
propriedade da empresa, preservação de vidas (essa razão com caráter de ação principal).
Para nortear as projeções, a equipe técnica utilizou a Instrução Técnica nº 41 do Corpo de Bombeiros do
estado de Minas Gerais. Com base nesse documento normativo, os engenheiros começam a analisar as
áreas prioritárias para a implementação dos dispositivos de projeto. A equipe incluiu as seguintes áreas:
circulação em geral, átrios, corredores e algumas áreas da empresa que têm mais de 300m2.
A equipe, de forma muito técnica e cautelosa, fez a escolha do sistema com base na situação da
construção e no aparato normativo disponível. Assim, o sistema escolhido foi o tipo 1, com base na
Instrução Técnica nº 41. Foram elencadas algumas características para a escolha desse sistema:
aberturas de ar nas fachadas, interligação entre os dutos de captação de ar, presença de grelhas em
sua composição.
O engenheiro também fez questão de adotar medidas relativas à extração de fumaça: adição de
aberturas, instalação de alçapão para a extração da fumaça, entre outras.
 
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. COM BASE NO CASO, O ENGENHEIRO DEVE ADOTAR MEDIDAS PARA
RESOLVER O PROBLEMA DE EXTRAÇÃO DE FUMAÇA. QUAL DEVE SER A
ESCOLHA CORRETA?
A) Adição de aberturas
B) Grelhas isoladas
C) Alçapão isolado
D) Dutos isolados
E) Poço inglês isolado
2. O ENGENHEIRO PRECISA ESCOLHER UM SISTEMA QUE TENHA AS
SEGUINTES CARACTERÍSTICAS “ABERTURAS DE ENTRADA DE AR
LOCALIZADAS NAS FACHADAS E ACANTONAMENTOS ADJACENTES; 
ABERTURAS DE ENTRADA POSICIONADAS NA FACHADA OU LIGADAS A
DUTOS DE CAPTAÇÃO DE AR EXTERNO; GRELHAS E/OU VENEZIANAS;
PORTAS DOS LOCAIS A EXTRAIR FUMAÇA, LOCALIZADAS NAS FACHADAS E
ACANTONAMENTOS ADJACENTES; VÃOS DAS ESCADAS ABERTAS OU AO AR
LIVRE”. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL DEVE SER A ESCOLHA DO
ENGENHEIRO?
A) Tipo 1
B) Tipo 3
C) Tipo 2
D) Tipo misto
E) Tipo 4
GABARITO
1. Com base no caso, o engenheiro deve adotar medidas para resolver o problema de extração de
fumaça. Qual deve ser a escolha correta?
A alternativa "A " está correta.
 
Com base na Instrução Técnica nº 41, a alternativa correta é a A, pois está em conformidade com o
texto normativo, item 5.4.1.2, que determina que a extração de fumaça natural pode ser composta de
exaustores naturais:
1) abertura ou vão de extração;
2) claraboia ou alçapão de extração;
3) dutos e peças especiais;
4) grelhas ligadas a dutos;
5) janela e/ou veneziana de extração.
2. O engenheiro precisa escolher um sistema que tenha as seguintes características “aberturas
de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes; 
aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo;
grelhas e/ou venezianas; portas dos locais a extrair fumaça, localizadas nas fachadas e
acantonamentos adjacentes; vãos das escadas abertas ou ao ar livre”. Em sua tomada de
decisão, qual deve ser a escolha do engenheiro?
A alternativa "A " está correta.
 
Segundo a instrução técnica, a opção correta é a A, pois está em conformidade com o subitem 5.4.1–
Controle natural de fumaça (tipo 1).
Segundo o subitem 5.4.1.1, a entrada de ar natural pode ser composta de:
aberturas de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes;
aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo;
grelhas e/ou venezianas;
portas dos locais a extrair fumaça, localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes;
vãos das escadas abertas ou ao ar livre;
outros que atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema.
3. O ENGENHEIRO LEVOU EM CONSIDERAÇÃO, PARA O
CÁLCULO, A RELAÇÃO ENTRE OS ÁTRIOS E A CARGA DE
INCÊNDIO MENOR QUE 300 MJ/M³. NA TOMADA DE
DECISÃO, QUAIS DEVEM SER AS ESCOLHAS COM
RELAÇÃO À VAZÃO DE EXTRAÇÃO, ENTRADA E
VELOCIDADE MÁXIMA PARA UM SISTEMA DO TIPO 2?
RESPOSTA
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As escolhas estão baseadas no subitem 11.5.4.3 da Instrução Técnica nº 41:
nos sistemas tipo 2 ou 3, com uma vazão de extração igual a 1,0m³/s, para cada 100,0m² da seção de
base, e com um mínimo de 3,0m³/s;
para o sistema tipo 2, a vazão de entrada de ar deve ser igual a 60% da vazão de extração;
a velocidade máxima de entrada de ar para o sistema tipo 2 será de 5,0m/s e, para o sistema tipo 3,
será de 2,0m/s.
COMPONENTES DE UM SISTEMA DE
CONTROLE DE FUMAÇA
CONTEXTUALIZANDO OS SISTEMAS DE
CONTROLE DE FUMAÇA
NESTE MÓDULO, VAMOS ABORDAR AS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE CONTROLE
DE FUMAÇA.
Vamos começar falando sobre o contexto histórico desse sistema...
 VOCÊ SABIA
Tudo começou nos Estados Unidos, quando um incêndio de grandes proporções destruiu uma planta
industrial da montadora General Motors, localizada no Michigan. Foi considerado pelos especialistas da
época o incêndio mais desastroso para o setor industrial norte-americano, além de ter gerado um
prejuízo de aproximadamente 55 milhões de dólares. Após esse acontecimento, foi constatada a
importância de um projeto voltado para ventilação de incêndio para as plantas industriais.
Alguns anos depois, a fábrica de outra montadora sofreu as consequências de um terrível sinistro. Logo
após esse evento catastrófico, o corpo de bombeiros local evidenciou que um projeto de incêndio
contendo um sistema de controle de fumaça teria reduzido as perdas humanas e patrimoniais.
RAZÕES PARA ESCOLHER O PROJETO DE
CONTROLE DE FUMAÇA
A seguir, confira alguns motivos para optar por um bom projeto de controle de fumaça.
PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE
Traz como vantagem a facilitação do acesso dos bombeiros ao interior da edificação, melhora a
circulação do ar, ou seja, a ventilação da edificação, ajuda na proteção estrutural e, assim, evita uma
ruptura estrutural;
PROTEÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Traz como vantagem a constante produção de produtos industriais, ou seja, mesmo após o sinistro, a
parte da indústria que ficou intacta tem condições de funcionar. Assim, há diminuição na produção, mas
nunca uma paralisação total da planta industrial, gerando a preservação das atividades da empresa;
LEGISLAÇÃO
Após os desastres citados e muitos outros, as legislações vigentes exigem a presença de um projeto
que contenha sistema de controle de fumaça. Dentro desses projetos, há requisitos como: nível mínimo
de controle de fumaça e área mínima para as aberturas nos pisos.
Os shoppings têm papel fundamental no que tange aos sistemas de controle de fumaça, pois essas
edificações apresentam estratégias que embasam os sistemas de controle de fumaça, tais como:
preservação da propriedade empresarial;
preservação da vida dos colaboradores;
segurança da vida dos bombeiros militares e de todos os envolvidos no combate;
preservação e estabilidade do negócio;
ação de segurança e saúde pública.
BENEFÍCIOS DO CONTROLE DE FUMAÇA
O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA, ANTES DE
ABORDAR OS BENEFÍCIOS DIRETOS, TAMBÉM DEVE
ANALISAR AS VANTAGENS INDIRETAS DO SISTEMA
DE EXAUSTÃO. ALÉM DISSO, DEVE ENTENDER QUE
O SISTEMA DE EXAUSTÃO NÃO ATUA SOZINHO,
CONTANDO COM APOIO DE: DETECTORES DE
FUMAÇA E CALOR, SPRINKLERS, SISTEMAS DE
SUPRESSÃO, CORTINAS DE CONTENÇÃO DE
FUMAÇA E SISTEMAS DE INSUFLAÇÃO DE AR.
Em geral, são os sistemas de detecção de fumaça e calor que acionam esses sistemas de apoio, os
quais garantem ao ser humano ventilação prévia do ambiente, redução da temperatura do ambiente,
melhor visibilidade para fuga, manutenção do ar respirável, minimização da probabilidade de mortes por
asfixia e de queima das vias aéreas, além de combate direto ao incêndio, caso ainda esteja no início.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SISTEMA
 
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ETAPA INICIAL
A fumaça em alta velocidade se acumula no teto.
 
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ETAPA INTERMEDIARIA
A fumaça se propaga para as laterais e vai tomando distância da origem do fogo.
 
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ETAPA FINAL
A fumaça entra em processo de acúmulo geral, ou seja, espalha-se por toda a edificação em poucos
minutos.
COMPONENTES DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE
FUMAÇA COM BASE NA INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 41
Este tópico foi extraído da Instrução Técnica nº 41, e mostra os importantes componentes do projeto de
controle de fumaça em suas tipologias como 1, 2 e 3:
COMPONENTES E TIPOLOGIAS DO PROJETO DE
CONTROLE DE FUMAÇA
controle natural de fumaça (tipo 1);
a entrada de ar natural pode ser composta de:
aberturas de entrada de ar localizadas nas fachadas e acantonamentos adjacentes;
aberturas de entrada posicionadas na fachada ou ligadas a dutos de captação de ar externo;
grelhas e/ou venezianas;
portas dos locais para extrair fumaça, localizadas nas fachadas e nos acantonamentos
adjacentes;
vãos das escadas abertas ou ao ar livre;
outros que atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema;
as aberturas de entrada de ar do sistema de controle de fumaça tipo 1 devem ser permanentes ou
automatizadas, de forma que assegurem a entrada de ar na edificação independentemente da
atividade humana;
a localização das aberturas de extração deve ser avaliada considerando que as aberturas de
entrada de ar e a saída da extração devem estar posicionadas com base no movimento da
fumaça, de forma a não interferir na saída das pessoas;
a extração de fumaça natural pode ser composta de:
exaustores naturais;
1) abertura ou vão de extração;
2) claraboia ou alçapão de extração;
3) dutos e peças especiais;
4) grelhas ligadas a dutos;
5) janela e/ou veneziana de extração;
6) poços ingleses; a) mecanismos elétricos, pneumáticos e mecânicos de acionamento
dos dispositivos de extração de fumaça; b) registros corta-fogo e fumaça; c) outros que
atendam aos parâmetros e eficiência exigida para o sistema;
as aberturas de extração devem estar localizadas longe das entradas de ar, a fim de se evitar
a possibilidade de a fumaça ser deslocada para dentro da edificação;
controle mecânico de fumaça (tipo 2);
a entrada de ar mecânica pode ser composta de abertura de ar por insuflação mecânica, por
meio de grelhas e/ou dutos;
a extração de fumaça mecânica pode ser composta de:
duto e peças especiais;
grelha de extração de fumaça em dutos;
mecanismos elétricos, pneumáticos e mecânicos de acionamento dos dispositivos de
extração de fumaça;
registro corta-fogo e fumaça;
ventiladores de controle mecânico de fumaça;
controle combinado de fumaça (tipo 3);
a entrada de ar natural pode ser composta dos componentes discriminados no item 5.4.1.1;
a extração de fumaça mecânica pode ser composta dos componentes discriminados no item
5.4.2.2.
ELEMENTOS E EQUIPAMENTOS DO SISTEMA
Aqui estão os elementos e os aparatos de equipamentos dos sistemas de controle de fumaça com
ênfase nas áreas de acantonamento e em suas principais características:
áreas de acantonamentos;
os acantonamentos se aplicam em edificações térreas, grandes áreas isoladas em um pavimento e
edificações que tenham seus pavimentos isolados por lajes;
as edificações que tenham áreas que necessitam de sistema de controle de fumaça devem ser
divididas em acantonamentos com uma área máxima de 1.600,0m²;
o comprimento máximode um lado da área de acantonamento não deve ultrapassar 60m.
ÁTRIOS COM CARGA DE INCÊNDIO INFERIOR A
300MJ/M² E MATERIAL DE ACABAMENTO E
REVESTIMENTO CLASSES A E B:
Esse conteúdo foi extraído do subitem 11.5.4.3 da Instrução Técnica nº 41 na íntegra, que tem por
finalidade mostrar a carga de incêndio e os materiais mais aplicados, como também características
importantes, tais como: secção de bases, vazão mínima e velocidade máxima.
Extração de fumaça pode ser obtida:
no Sistema Tipo 1, pelas aberturas instaladas na parte alta do átrio, por meio de uma área livre
igual a da seção de base, com um mínimo de 2,0 m²;
nos sistemas Tipo 2 ou 3, com uma vazão de extração igual a 1,0m³/s, para cada 100,0 m² da
seção de base, e com um mínimo de 3,0m³/s.
para os sistemas Tipo 1 ou Tipo 3, as introduções de ar devem ter uma área livre equivalente
àquela das extrações de fumaça;
para o sistema Tipo 2, a vazão de entrada de ar deve ser igual a 60% da vazão de extração;
a velocidade máxima de entrada de ar para o sistema Tipo 2 será de 5,0m/s e para o sistema Tipo
3 será de 2,0m/s.
as classes de material de acabamentos deverão atender ao previsto na Instrução Técnica
específica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. COM BASE NAS DEFINIÇÕES DOS PROJETOS DE COMBATE A FUMAÇA, O
“VOLUME LIVRE COMPREENDIDO ENTRE O CHÃO E O TETO/TELHADO, OU
FALSO TETO, DELIMITADO POR PAINÉIS DE FUMAÇA” CORRESPONDE À
DEFINIÇÃO DE QUAL TERMO?
A) Altura de referência
B) Altura da zona enfumaçada
C) Átrio
D) Barreiras de fumaça
E) Acantonamento
2. COM BASE NAS DEFINIÇÕES DOS PROJETOS DE COMBATE A FUMAÇA, UM
“ESPAÇO AMPLO CRIADO POR UM ANDAR ABERTO OU CONJUNTOS DE
ANDARES ABERTOS, CONECTANDO DOIS OU MAIS PAVIMENTOS COBERTOS,
COM OU SEM FECHAMENTO NA COBERTURA, EXCETUANDO-SE OS LOCAIS
DESTINADOS A ESCADA, ESCADA ROLANTE E SHAFTS” CORRESPONDE À
DEFINIÇÃO DE QUAL TERMO?
A) Altura de referência
B) Altura da zona enfumaçada
C) Átrio
D) Barreira de fumaça
E) Acantonamento
GABARITO
1. Com base nas definições dos projetos de combate a fumaça, o “volume livre compreendido
entre o chão e o teto/telhado, ou falso teto, delimitado por painéis de fumaça” corresponde à
definição de qual termo?
A alternativa "E " está correta.
 
Segundo a Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais, a alternativa correta é a E, pois está
em conformidade com as definições do item Componentes dos sistemas de controle de fumaça com
base na Instrução Técnica N°41, que determina que o acantonamento é o volume livre compreendido
entre o chão e o teto/telhado, ou falso teto, delimitado por painéis de fumaça.
2. Com base nas definições dos projetos de combate a fumaça, um “espaço amplo criado por um
andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos,
com ou sem fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada
rolante e shafts” corresponde à definição de qual termo?
A alternativa "C " está correta.
 
Segundo a Instrução Técnica nº 41 do estado de Minas Gerais, átrio é o espaço amplo criado por um
andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com ou
sem fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e shafts.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este conteúdo abordou os sistemas de proteção de detecção e alarmes de incêndio, mostrando a
importância dos tipos de sistemas de hidrantes e mangotinhos, assim como suas principais
características. Também foram abordadas as diretrizes da NBR 13714 e as características e funções dos
chuveiros automáticos, mostrando os principais tipos, assim como a classificação das ocupações de
acordo com o risco e a carga de incêndio. Também foram abordadas as limitações de áreas segundo a
NBR 10897. Destacamos as principais definições dos sistemas de alarmes e detecção, evidenciando os
principais critérios para a escolha do sistema mais adequado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10897: sistemas de proteção contra
incêndio por chuveiros automáticos — requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13714: sistemas de hidrantes e de
mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 17240: sistemas de detecção e
alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e
alarme de incêndio – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
CAMILO JÚNIOR, A. B. Manual de prevenção e combate a incêndios. São Paulo, SP: Senac, 1998.
HANSSEN, C. A. Proteção contra incêndios no projeto. Porto Alegre, RS: UFRGS, 1992.
MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros. Instrução Técnica nº 41/2019 – Controle de fumaça. Minas
Gerais: Corpo de Bombeiros, 2019.
SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros. Instrução Técnica Nº 09/2019 - Compartimentação horizontal e
compartimentação vertical. São Paulo, SP: Corpo de Bombeiros, 2019.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, leia:
A NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
CONTEUDISTA
Hermerson Martins de Lima

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