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DESCRIÇÃO Estado de tensão cisalhante. Treliça de Mörsch. Modelos I e II para cálculo no Estado Limite Último. Dimensionamento das armaduras transversais das peças estruturais. PROPÓSITO É essencial para a formação de um engenheiro civil conhecer as tensões cisalhantes e os modelos de cálculo utilizados para o dimensionamento das armaduras transversais dos elementos estruturais em concreto armado, em construções de pequeno, médio ou grande porte. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos uma calculadora científica ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as tensões e a analogia envolvidas na treliça de Mörsch MÓDULO 2 Formular o dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos ao cisalhamento por meio do modelo I no Estado Limite Último MÓDULO 3 Formular o dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos ao cisalhamento por meio do modelo II no Estado Limite Último MÓDULO 4 Calcular o dimensionamento da armadura transversal dos elementos estruturais em concreto armado BEM-VINDO AOS ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO AO CISALHAMENTO AVISO: orientações sobre unidades de medida. javascript:void(0) ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. MÓDULO 1 Identificar as tensões e a analogia envolvidas na treliça de Mörsch AS TENSÕES PRINCIPAIS E AS FISSURAS ESTUDO DAS TENSÕES E A TRELIÇA DE MÖRSCH Para um bom e correto dimensionamento dos elementos estruturais, é necessário que o engenheiro calculista tenha domínio sobre as tensões que atuam nos elementos e a teoria envolvida em seu dimensionamento. Em vigas, as principais tensões atuantes são: Normal de flexão Provocada pelo momento fletor (σ) (M) . Cisalhante Provocada pelo esforço cortante . A Imagem 1(a) apresenta uma viga biapoiada clássica com carregamento uniformemente distribuído e comprimento . Imagem 1 – (a) Viga biapoiada com carregamento uniforme, seus diagramas de (b) esforço cortante e (c) momento fletor (τ) (V ) (q) (L) Os esforços internos dessa viga são o esforço cortante e o momento fletor, cujos diagramas estão representados nas imagens 1 (b) e (c), respectivamente. Observa-se que o momento fletor é máximo no meio do vão, onde o cortante é nulo. Isso ocorre porque a função do esforço cortante é a derivada da função do momento fletor. Para a viga em questão, o esforço cortante máximo ocorre em seus apoios, e o valor é . ATENÇÃO Nos tópicos seguintes, veremos como se relacionam as tensões normais e cisalhantes em uma viga, a fim de obter as tensões principais no elemento. O foco de nosso estudo será o dimensionamento de elementos submetidos ao cisalhamento. ESTUDOS DAS TENSÕES No estudo das tensões, vamos desprezar a presença de armadura e considerar o elemento estrutural como um material em concreto, homogêneo, elástico linear e que apresenta a razão da altura pelo comprimento pequena. Desse modo, poderemos utilizar a expressão do cálculo de tensões normais com erros muito pequenos, ou seja, admitindo a hipótese de seções planas que permanecem planas após as deformações. Utilizaremos os conceitos da resistência dos materiais para o cálculo das tensões e adotaremos as seguintes equações para tensão normal e tensão cisalhante transversal ( ) q.L2 8 q.L 2 (σ) (τ) , respectivamente: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo: o momento fletor atuante na seção. o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo do centro de gravidade. a distância entre o centro de gravidade da seção transversal e o ponto onde será calculada a tensão. o esforço cortante atuante na seção. o momento de primeira ordem (ou momento estático) da área da seção transversal situada acima de onde se deseja calcular a tensão (área , representada na Imagem 2). a largura da seção transversal no ponto em que se deseja calcular a tensão de cisalhamento (na Imagem 2, esse ponto pode estar localizado em qualquer posição sobre a linha vermelha). σ = ⋅ y M I τ = V ⋅ Q t ⋅ I M I y V Q A′ t Imagem 2 – Esquema que representa uma seção transversal genérica para o cálculo da tensão cisalhante NA IMAGEM ANTERIOR, NA REPRESENTA O EIXO QUE PASSA PELO CENTRO DE GRAVIDADE DA SEÇÃO TRANSVERSAL, OU SEJA, A LINHA NEUTRA; É A DISTÂNCIA DO PONTO ONDE SE DESEJA CALCULAR A TENSÃO CISALHANTE ATÉ A LINHA NEUTRA; É A DISTÂNCIA ENTRE O CENTROIDE DA ÁREA ATÉ A LINHA NEUTRA, E É UM COMPRIMENTO INFINITESIMAL DO ELEMENTO ESTUDADO. y′ ȳ ′ A′ dx Com a finalidade de simplificar o assunto das tensões atuantes em elementos estruturais, iremos restringir nosso estudo das tensões para vigas de seção retangular nos tópicos seguintes. ESTUDO DAS TENSÕES EM UMA VIGA No estudo de tensões, vamos considerar uma viga biapoada com seção retangular de altura e base , com carregamento distribuído uniformemente. Conforme mostra a Imagem 1, a viga vai estar submetida à ação do momento fletor e do esforço cortante. Consequentemente, teremos tensão normal de flexão e tensão de cisalhamento transversal . Nessa situação, para uma seção qualquer da viga, a distribuição de tensões ocorre como ilustra a Imagem 3. Imagem 3 – Distribuição de tensões em viga de seção retangular com carregamento uniformemente distribuído (h) (b) (σ) (τ) Na imagem anterior, podemos observar que a tensão normal de flexão tem distribuição linear com valor máximo nas extremidades e nulo no eixo que passa pelo centroide (linha neutra). Para um momento positivo, temos tensões de compressão acima da linha neutra e tensões de tração abaixo da linha neutra. A TENSÃO MÁXIMA DE COMPRESSÃO OCORRE NA FIBRA SUPERIOR COM DISTÂNCIA DO CENTROIDE IGUAL A , ENQUANTO A TENSÃO MÁXIMA DE TRAÇÃO OCORRE NA FIBRA INFERIOR, COM DISTÂNCIA DO CENTROIDE IGUAL A . ESSE CONCEITO IRÁ DETERMINAR A POSIÇÃO DA ARMADURA LONGITUDINAL NO ELEMENTO ESTRUTURAL. A tensão cisalhante tem o comportamento em formato de parábola. Se o esforço cortante for positivo – o que ocorre até a metade do comprimento da viga, conforme se vê na Imagem 1b –, têm-se apenas tensões cisalhantes positivas. Ao contrário da tensão normal, a tensão cisalhante apresenta valores nulos nas extremidades e máximo na linha neutra (Imagem 3). Para uma seção com esforço cortante negativo, têm-se apenas tensões cisalhantes negativas. Para vigas com outras situações de carregamento, podem ocorrer seções com momentos negativos. Nesse caso, acima da linha neutra, teremos tensões normais de flexão de tração e, abaixo da linha neutra, tensões de compressão. ymáx,C ymáx,T javascript:void(0) ATENÇÃO Vale lembrar que as tensões de compressão são consideradas negativas, e as tensões de tração, positivas. O momento de inércia e o momento estático , para uma viga retangular com área igual a , são dados, respectivamente, por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Substituindo os valores na equação de tensão de cisalhamento, teremos, para a tensão cisalhante máxima em uma seção retangular, a expressão dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal TENSÕES PRINCIPAIS Conhecidas as tensões atuantes em um ponto de uma seção, podemos obter o estado de tensões, as tensões e as direções em qualquer plano desse ponto. O estado plano de tensões (I) (Q) (A) b ⋅ h I = b ⋅ h3 12 Q = ( − y2)b 2 h2 4 τmáx = 1, 5 ⋅ V A de determinado ponto do elemento estrutural pode ser representado em uma visão bidimensional, como ilustra a Imagem 4. Imagem4 – Estado plano de tensões A partir da visão bidimensional, podemos fazer um corte no elemento a partir de um ângulo e, desse modo, determinar as tensões atuantes no plano dado por esse ângulo, por meio do equilíbrio estático, realizando o somatório de forças obtidos pelo esquema obtido na Imagem 5. Imagem 5 – Esquema para determinar as tensões em um plano qualquer do elemento Da resistência dos materiais, sabemos que as tensões normais principais – ou seja, seus valores máximo e mínimo – ocorrem quando a tensão cisalhante é nula. Com isso, podemos determinar as tensões principais para o estado plano de tensões ( (θ) e ) de maneira analítica, utilizando a seguinte equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo a tensão principal maior e a tensão principal menor. A direção dessas tensões é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A fim de compreendermos melhor a diferença entre as tensões atuantes em determinado ponto do elemento e as tensões principais desse ponto, vamos observar as Imagens 6 e 7. Na Imagem 6, temos uma viga engastada com carga pontual aplicada em sua extremidade livre. A Imagem 6 (b) mostra o corte a-a dessa viga, com os pontos de 1 a 5, cujos planos de tensões e as tensões principais de cada ponto são apresentados na Imagem 7. Na Imagem 6 (c), tem-se representado a distribuição de tensões atuantes na seção do corte a-a. Imagem 6 – (a) Viga engastata com carga pontual (b) corte da seção a-a (c) distribuição de tensões σ1 σ2 σ1,2 = ± √( ) 2 + τ 2xy σx + σy 2 σx − σy 2 σ1 σ2 tan 2θ = 2 ⋅ τxy σx − σy Na Imagem 7, podemos observar que, nos pontos extremos 1 e 5, só atua a tensão normal, sendo, no ponto 1, a tensão normal de tração e, no ponto 5, a tensão normal de compressão. Como a tensão cisalhante não atua nesses pontos, a tensão normal de flexão já é a tensão principal. Os pontos 2 e 4 são pontos intermediários, sendo o ponto 2 na região de tração e o 4 na região de compressão. Como a tensão cisalhante atua nesses pontos, as tensões principais não atuam nesse plano e precisam ser calculadas. O ponto 3 da Imagem 6 (b) está posicionado sobre a linha neutra, de modo que, nesse ponto, não atua tensão normal, apenas tensões cisalhantes, como ilustra a Imagem 7. Em situações como a do ponto 3, as tensões principais ocorrem no plano . Imagem 7 – Componentes de tensão e tensões principais da seção a-a da Imagem 6(a) θ = 45° javascript:void(0) A importância de o engenheiro calculista conhecer as tensões principais de um elemento se justifica porque, no concreto, as fissuras são perpendiculares à direção da tensão principal de tração. Desse modo, conhecida a trajetória das tensões principais, é possível determinar as trajetórias das fissuras/trincas e, com isso, determinar o posicionamento das armações do elemento estrutural. A Imagem 8 ilustra a ocorrência de fissuras em um ponto posicionado sobre a linha neutra, onde têm-se apenas tensões cisalhantes atuando. Imagem 8 – Ocorrência de fissura em um ponto sobre a linha neutra de uma seção TRELIÇA DE MÖRSCH Como vimos, em geral, as vigas são solicitadas ao momento fletor e ao esforço cortante. A armadura longitudinal tem a função de resistir às tensões de flexão, e a armadura transversal, de resistir ao cisalhamento. A ruptura ocorre por formação de fissuras inclinadas causadas pelos efeitos combinados de momento fletor e esforço cortante. O MODELO DE CÁLCULO DE UM ELEMENTO EM CONCRETO ARMADO RESISTENTE À TENSÃO CISALHANTE É COMPLEXO, UMA VEZ QUE A RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DEPENDE DE DIVERSOS FATORES. ENTRE TAIS FATORES, PODEMOS CITAR: GEOMETRIA DO ELEMENTO, CLASSE DO CONCRETO, ARMADURA LONGITUDINAL DE FLEXÃO, CARREGAMENTO, VÃO, TIPO DE AÇO ETC. Com a finalidade de simplificar os cálculos, W. Ritter e Mörsch apresentaram uma teoria para o dimensionamento da armadura de cisalhamento que considerava o mecanismo resistente da viga no estado II (fissurada) associado ao de uma treliça, em que as armaduras e o concreto equilibram o esforço cortante de forma conjunta. Ritter e Mörsch propuseram uma analogia entre a viga fissurada e a treliça. Nessa analogia, o banzo superior representa o cordão de concreto comprimido, o banzo inferior representa a armadura longitudinal de flexão , as diagonais comprimidas representam as bielas de concreto entre as fissuras, e as diagonais tracionadas representam a armadura transversal (de cisalhamento . Essa analogia é ilustrada na Imagem 9. Imagem 9 – Analogia de Ritter e Mörsch As hipóteses básicas consideradas para a analogia foram: fissuras (bielas de compressão) com inclinação de 45°, banzos paralelos, treliça isostática (sem engastamento nos nós) e armadura (As) (Asw) de cisalhamento (estribos) com inclinação entre 45° e 90°. A tensão principal de tração será resistida pela armadura de cisalhamento que deverá atravessar as fissuras. Já a tensão principal de compressão será resistida pelo concreto comprimido localizado entre as fissuras (bielas de concreto). SAIBA MAIS A ABNT NBR 6118:2014 admite dois métodos de cálculo para verificação do cisalhamento: Modelo de cálculo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch. Modelo de cálculo II: treliça generalizada de Mörsch. Para resistir aos esforços de cisalhamento, podemos utilizar armaduras no formato de estribos (que serão vistos no módulo 4) e barras dobradas. Nos módulos seguintes, serão apresentados os modelos de cálculo admitidos pela norma, considerando os estribos como armadura cisalhante. VERIFICANDO O APRENDIZADO (σ1) (Asw) (σ2) MÓDULO 2 A FORMULAÇÃO E EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO MODELO I ESTADO LIMITE ÚLTIMO (NBR6118) – MODELO I Segundo a ABNT NBR 6118:2014, o Modelo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch admite bielas com inclinação e esforço cortante resistido por outros mecanismos na seção, independentemente do esforço cortante de cálculo. Deve-se fazer as seguintes verificações do dimensionamento no Estado Limite Último à força cortante (ELU-V): Compressão da diagonal do concreto (biela) – consiste em verificar a ruptura por compressão das diagonais de concreto. Formular o dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos ao cisalhamento por meio do modelo I no Estado Limite Último θ = 45° (Vc) Cálculo da armadura transversal – consiste em determinar a bitola do aço e o espaçamento entre ramos. Força cortante resistida para determinada quantidade de aço – consiste em verificar se a armadura utilizada será capaz de resistir ao esforço cortante aplicado na seção. Desse modo, a condição de segurança do elemento estrutural é satisfatória quando são verificadas e atendidas, simultaneamente, as duas condições a seguir: A) NÃO ESMAGAMENTO DAS BIELAS DE CONCRETO Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo o esforço cortante de cálculo obtido por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde é o esforço cortante solicitante devido às forças permanentes, é o esforço cortante solicitante devido às forças variáveis e é a força cortante de cálculo máxima resistida por compressão diagonal das bielas de concreto. B) DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA TRANSVERSAL Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo VSd ≤ VRd2 VSd VSd = 1, 4 ⋅ (VG + VQ) VG VQ VRd2 VSd ≤ VRd3 = Vc + Vsw VRd3 javascript:void(0) javascript:void(0) a força cortante de cálculo máxima resistida pela diagonal tracionada, a força cortante resistida por outros mecanismos e a força cortante de cálculo resistida pela armadura transversal. A seguir, serão apresentadas as formulações para o modelo I e exemplos de aplicação. FORMULAÇÃO PARA O MODELO I Para obter as formulações que levam às verificações solicitadas pela norma, iremos considerar a Treliça de Mörsch da Imagem 10, na qual o banzo superior e as diagonais comprimidasestão em azul; e o banzo inferior e as diagonais tracionadas, em vermelho. As setas indicam as forças internas referentes aos cortes a-a e b-b. Na formulação utilizada em nosso estudo, iremos considerar os estribos na posição vertical, ou seja, com ângulo de 90°. Imagem 10 – Treliça de Mörsch com representação dos cortes e forças internas Os estribos verticais apresentam execução mais fácil. São elementos independentes, de modo que podem ser melhor distribuídos e ter um diâmetro menor do que as barras longitudinais, o que favorece a aderência e a fissuração. Além disso, auxiliam na montagem da armadura longitudinal e podem resistir sozinhos a todo o esforço cortante. Também auxiliam na Vc Vsw distribuição de tensões de tração produzidas pela transmissão de esforços entre concreto e aço A Imagem 11 apresenta, de forma esquemática, as forças e as distâncias referentes ao corte a- a. Sendo a força de compressão no concreto, a força de tração da armadura longitudinal e a força de compressão das bielas de concreto, que é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Nesse caso, o coeficiente de redução da resistência do concreto fissurado por força cortante é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Imagem 11 – Corte a-a da treliça de Mörsch Fc Fs C C = b ⋅ (z ⋅ cos θ) ⋅ ν ⋅ fcd (ν) ν = 0, 6 ⋅ (1 − ) , sendo fck em MPa fck 250 Do esquema da Imagem 11, podemos realizar o somatório das forças verticais, de modo que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o modelo I, em que , temos que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para a formulação de cálculo da armadura transversal, iremos utilizar o corte b-b da Imagem 10, que está representado na Imagem 12. Imagem 12 – Corte b-b da treliça de Mörsch Do esquema da Imagem 12, podemos realizar o somatório das forças verticais. Com isso, temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde ∑Fy ↑+= 0 : VRd2 − C ⋅ sin θ = 0 VRd2 = b ⋅ z ⋅ v ⋅ fcd ⋅ cos θ ⋅ sin θ VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ θ = 45° VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ ν. fcd ∑Fy ↑+= 0 : VSd − Vsw − Vc = 0 → Vsw = VSd − Vc Vc , para o modelo I de cálculo, é dado por: Para elementos tracionados, quando a linha neutra se situa fora da seção: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para elementos submetidos à flexão simples e flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo a resistência de cálculo do concreto à tração, que é igual a: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que é a resistência característica do concreto à tração e é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde é a resistência média do concreto à compressão e é calculada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo assim, Vc = 0 Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd fctd fctd = fctk 1, 4 fctk fctk = 0, 7 ⋅ fctm fctm fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck Vsw = z ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ Asw s < class='material-icons'> Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde é a resistência de cálculo de escoamento do aço da armadura transversal, dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo a resistência característica de escoamento do aço da armadura transversal. Para aço CA-50, , e para aço CA-60, . Teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como o modelo I considera , a área de aço da armadura transversal será dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde Vsw = 0, 9 ⋅ d ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ Asw s fywd fywd = fywk 1, 15 fywk fywk = 500 MPa fywk = 600 MPa Asw = (Vd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ θ = 45° Asw = (Vd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd é o espaçamento longitudinal entre estribos, sendo utilizado igual a 100cm para obter em . É importante observar que é a armadura transversal por unidade de comprimento da viga, e é a área de todos os ramos verticais do estribo. Como é mais conveniente trabalharmos com valores adimensionais, iremos determinar , que é a taxa geométrica da armadura transversal. Ela é determinada em função do ângulo do estribo, , e, como estamos adotando o estribo vertical, ou seja, , a equação será dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Ao comparar as taxas de aço do estribo com e uma barra de aço dobrada com , verifica-se que as taxas são iguais, de modo que o custo é o mesmo. No entanto, a barra dobrada apresenta uma série de desvantagens, como: s Asw cm2/m Asw s Asw ρsw,α α α = 90° ρsw,90 = = volume de aço volume de concreto 1, 11 ⋅ Vsw b ⋅ d ⋅ fywd α = 90° α = 45° Execução mais difícil, utilizada junto aos estribos, podendo resistir a, no máximo, 60% do Esforço Cortante. Tem bitola maior do que os estribos, prejudicando o controle de fissuração. Apresenta deficiência na ancoragem das bielas comprimidas junto à região tracionada. Caso só haja barras dobradas, aparece um efeito de fendilhamento junto à ancoragem da biela. Pelos motivos citados, não serão desenvolvidas as formulações que consideram . Com o avanço das pesquisas experimentais utilizando o modelo I, verificou-se que os cálculos realizados com esse modelo conduziam a uma armadura transversal exagerada. Isso significa que a tensão real atuante na armadura é menor do que a obtida nos cálculos. Os pesquisadores atribuíram essa diferença a alguns fatores, como: A treliça é hiperestática, e não isostática, como considerada no modelo. Desse modo, os nós não podem ser considerados como articulações perfeitas. Nas regiões com maior força cortante, a inclinação das fissuras é menor do que 45°. No modelo I, admite-se que a inclinação das fissuras seja de 45°. Uma parte do esforço cortante é absorvido na região do concreto comprimido, por conta dos esforços de flexão. Os banzos não são paralelos conforme considerado. O banzo superior, comprimido, é inclinado. As bielas de concreto comprimidas estão parcialmente engastadas na ligação com o banzo comprimido, portanto, são submetidas a esforços de flexocompressão, o que alivia os montantes ou diagonais tracionadas. 45° ≤ α < 90° As bielas são mais rígidas do que os montantes ou diagonais tracionadas, e absorvem uma parcela maior do esforço cortante do que a determinada no modelo I. A quantidade de armadura longitudinal influencia o esforço da armadura transversal, o que também não é considerado no modelo I. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal O Modelo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch é um modelo mais simplificado, que garante valores mais conservadores para área de armadura transversal . No próximo módulo, será apresentado o modelo II de cálculo. TENSÕES NO MODELO I As tensões, por definição matemática, são força dividida pela área. A seguir, apresentamos as tensões envolvidas na formulação do ELU-V para o modelo I: a) Tensão resistida por outros mecanismos – é a tensão relativa à força cortante dos mecanismos, que corresponde ao engrenamento ocorrido entre as partes de concreto separadas pelas fissuras inclinadas e a resistência da armadura longitudinal, que é utilizada como apoio para as bielas de concreto . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal b) Tensão cisalhante solicitante de cálculo (Asw) (τc) (Vc) τc = Vc b ⋅ d (τSd) – é a tensão que corresponde à força cortante solicitante de cálculo que atua na seção . É dada pela equação: Atenção!Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal c) Tensão combatida pela armadura transversal – é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo resistida pela armadura transversal . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal d) Tensão máxima resistida pela biela de concreto comprimida – é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo máxima resistida por compressão diagonal das bielas de concreto . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As formulações de dimensionamento para o ELU-V podem ser obtidas por meio das tensões. A verificação do esmagamento das bielas de concreto pode ser realizada pela comparação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E a área da armadura transversal pode ser obtida por meio da relação: (VSd) τSd = vSd b ⋅ d (τSw) (VSw) τSw = VSw b ⋅ d (τRd2) (VRd2) τRd2 = = 0, 45 ⋅ v ⋅ fcd VRd2 b ⋅ d τSd ≤ τRd2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal APLICAÇÃO PARA O MODELO I – EXEMPLO 1 O carregamento de cálculo e o diagrama de esforço cortante da Viga 1 de um sistema estrutural é mostrado na Imagem 13. Os vãos da viga apresentam comprimento de 5,0m, e os carregamentos são 48,0kN/m nos vãos 1 e 3, e 36kN/m no vão 2. A viga apresenta seção transversal com altura e base . O concreto a ser utilizado terá resistência característica à compressão , e o aço será o CA-50. Imagem 13 – Viga e seu diagrama de esforço cortante do exemplo EXEMPLO A τSw ≥ τSd − τc h = 50cm b = 15cm fck = 30MPa Verifique se ocorre o esmagamento das bielas de concreto e determine a área de aço da armadura transversal a ser utilizada nos vãos 1 e 3. SOLUÇÃO • Verificação do esmagamento das bielas de concreto Temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528 fck 250 30 250 d = 0, 9 ⋅ h VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ = 343, 67kN 3, 0 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 141, 0kN < 343, 67kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 30 2/3 = 0, 2896MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 0, 2896 = 2, 0272MPa fctd = = = 1, 448MPa fctk 1, 4 2, 0272 1, 4 Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1448 = 58, 64kN d = 0, 9 ⋅ h Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EXEMPLO B Verifique se ocorre o esmagamento das bielas de concreto e determine a área de aço transversal a ser utilizada no vão 2. SOLUÇÃO • Verificação do esmagamento das bielas de concreto Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Asw = = = 4, 68cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd (141 − 58, 64) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 50 1,15 v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528fck 250 30 250 d = 0, 9 ⋅ h VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ = 343, 7kN 3, 0 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 90, 0kN < 343, 7kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 30 2/3 = 0, 2896MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 0, 2896 = 2, 0272MPa fctd = = = 1, 448MPa fctk 1, 4 2, 0272 1, 4 Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1448 = 58, 64kN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal APLICAÇÃO PARA O MODELO I – EXEMPLO 2 O proprietário de uma casa resolveu acrescentar um andar para construção de um quarto de visitas sobre a área gourmet, que fica nos fundos da casa. Para isso, contratou um engenheiro calculista que, de posse do projeto estrutural, retirou as seguintes informações de uma viga existente: Altura: Base: Concreto: Aço: CA-50 Área de aço da armadura transversal: d = 0, 9 ⋅ h Asw = = = 1, 78cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd (90, 0 − 58, 64) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 50 1,15 h = 50cm b = 14cm fck = 25MPa Asw = 5, 40cm 2/m Com essas informações, vamos determinar o esforço cortante máximo que essa viga suporta, calculado pelo engenheiro. SOLUÇÃO Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O maior esforço cortante solicitante que poderá ser aplicado a essa viga será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 25 2/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 7955MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 7955 1, 4 Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 14 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1282 = 48, 46kN d = 0, 9 ⋅ h Asw = → Vd = + Vc (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd Asw ⋅ 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd s VSd = + 48, 46 = 143, 55kN 5, 40 ⋅ 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 50 1,15 100 (Vs) Vs = = = 102, 54kN VSd γ 143, 55 1, 4 ALTERAÇÕES DO MODELO I PARA O MODELO II E EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO MODELO II ESTADO LIMITE ÚLTIMO (NBR 6118) – MODELO II MÓDULO 3 Formular o dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos ao cisalhamento por meio do modelo II no Estado Limite Último Por conta das simplificações da estrutura adotada para a formulação do Modelo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch, foram obtidos valores bem acima do necessário para a área de armadura transversal utilizada para resistir ao cisalhamento. No entanto, é extremamente complexo introduzir todas as variáveis no cálculo da treliça, visto que levaria a dificuldades matemáticas consideráveis. A Treliça Generalizada de Mörsch (modelo II) também é um modelo simplificado, mantendo os princípios do modelo da treliça. No entanto, para essa formulação, foram considerados resultados de ensaios. SAIBA MAIS Na ABNT NBR 6118:2014, o Modelo II: treliça generalizada de Mösch admite bielas com inclinação de . O esforço cortante resistido por outros mecanismos na seção sofre redução com o aumento do esforço cortante de cálculo . 30° ≤ θ ≥ 45° (Vc) (VSd) Além disso, deve-se fazer as seguintes verificações para o dimensionamento no Estado Limite Último à Força Cortante (ELU-V): COMPRESSÃO DA DIAGONAL DO CONCRETO (BIELA). CÁLCULO DA ARMADURA TRANSVERSAL. FORÇA CORTANTE RESISTIDA PARA DETERMINADA QUANTIDADE DE AÇO. Desse modo, a condição de segurança do elemento estrutural é satisfatória quando são verificadas e atendidas simultaneamente, pelo ELU-V, as duas condições seguintes: NÃO ESMAGAMENTO DAS BIELAS DE CONCRETO. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA TRANSVERSAL. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal FORMULAÇÃO PARA O MODELO II Para obter as formulações que levam às verificações solicitadas pela norma, iremos considerar novamente a Treliça de Mörsch da Imagem 10, na qual o banzo superior e as diagonais comprimidas estão em azul, e o banzo inferior e as diagonais tracionadas em vermelho. VSd ≤ VRd2 Vd ≤ VRd3 = Vc + Vsw Imagem 10 – Treliça de Mörsch com representação dos cortes e forças internas As setas indicam as forças internas referentes aos cortes a-a e b-b. Na formulação utilizada neste conteúdo, iremos considerar os estribos na posição vertical, ou seja, com ângulo de 90°. A Imagem 11 apresenta, de forma esquemática, as forças e as distâncias referentes ao cortea- a. Imagem 11 – Corte a-a da treliça de Mörsch Sendo a força de compressão no concreto, a força de tração da armadura longitudinal e Fc Fs C a força de compressão das bielas de concreto, que é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde o coeficiente de redução da resistência do concreto fissurado por força cortante é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Do esquema da Imagem 11, podemos realizar o somatório das forças verticais, de modo que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal No modelo II temos: . Para a formulação de cálculo da armadura transversal, iremos utilizar o corte b-b da Imagem 10, que está representado na Imagem 12. C = b ⋅ (z ⋅ cos θ) ⋅ ν\cdotfcd (ν) v = 0, 6 ⋅ (1 − ) , sendo fck em MPa fck 250 ∑Fy ↑+= 0 : VRd2 − C ⋅ sin θ = 0 VRd2 = b ⋅ z ⋅ v ⋅ fcd ⋅ cos θ ⋅ sin θ VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ 30° ≤ θ ≥ 45° Imagem 12 – Corte b-b da treliça de Mörsch Do esquema da Imagem 12, podemos realizar o somatório das forças verticais, de modo que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde para o modelo II de cálculo é dado por: Para elementos tracionados quando a linha neutra se situa fora da seção Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para elementos submetidos à flexão simples e flexo tração com a linha neutra cortando a seção, iremos considerar a seguinte formulação Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo a resistência de cálculo do concreto à tração, que é igual a: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que, é a resistência característica do concreto à tração e é dada por: ∑Fy ↑+= 0 : Vd − Vsw − Vc = 0 → Vsw = Vd − Vc Vc Vc = 0 V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd Vc = V0, se : VSd ≤ V0 Vc = ( ) ⋅ V0, se : VSd > V0 VRd2 − VSd VRd2 − V0 fctd fctd = fctk 1, 4 fctk fctk = 0, 7 ⋅ fctm Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde é a resistência média do concreto à compressão, e é calculada por meio da equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo assim, Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde é o espaçamento longitudinal entre estribos, sendo utilizado igual a 100cm para obter em . É importante observar que é a armadura transversal por unidade de comprimento da viga e é a área de todos os ramos verticais do estribo. No modelo II, temos: fctm fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck Vsw = z ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ Asw s Vsw = 0, 9 ⋅ d ⋅ ⋅ fywd ⋅ cot θ Asw s Asw = (Vd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ s Asw cm2/m Asw s Asw . Como é mais conveniente trabalharmos com valores adimensionais, iremos determinar , que é a taxa geométrica da armadura transversal. Ela é determinada em função do ângulo do estribo, , e, como aqui estamos adotando o estribo vertical, ou seja, , a equação será dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O modelo II é dito refinado quando utilizamos . TENSÕES NO MODELO II Já sabemos que as tensões, por definição matemática, são força dividida pela área. Neste tópico, serão apresentadas as tensões envolvidas na formulação do ELU-V para o Modelo II. a) Tensão resistida por outros mecanismos é a tensão relativa à força cortante dos mecanismos, que corresponde ao engrenamento ocorrido entre as partes de concreto separadas pelas fissuras inclinadas e a resistência da armadura longitudinal, que é utilizada como apoio para as bielas de concreto . É dada pela equação: 30° ≤ θ ≥ 45° ρsw,α α α = 90° ρsw,90 = = volume de aço volume de concreto 1, 11 ⋅ Vsw b ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ θ = 30° (τc) (Vc) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal b) Tensão cisalhante solicitante de cálculo é a tensão que corresponde à força cortante solicitante de cálculo que atua na seção . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal c) Tensão combatida pela armadura transversal é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo resistida pela armadura transversal . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal d) Tensão máxima resistida pela biela de concreto comprimida é a tensão que corresponde à força cortante de cálculo máxima resistida por compressão diagonal das bielas de concreto . É dada pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal τc = Vc b ⋅ d (τSd) (VSd) τSd = VSd b ⋅ d (τSw) (VSw) τSw = VSw b ⋅ d (τRd2) (VRd2) τRd2 = = 0, 45 ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ VRd2 b ⋅ d As formulações de dimensionamento para o ELU-V podem ser obtidas por meio das tensões. A verificação do esmagamento das bielas de concreto pode ser realizada comparando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E a área da armadura transversal pode ser obtida pela relação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal APLICAÇÃO PARA O MODELO II – EXEMPLO 1 A fim de realizarmos uma comparação entre os valores de obtidos para o modelo I e para o modelo II refinado , iremos realizar os mesmos exemplos que vimos no módulo 2, mas com , no modelo II. O carregamento de cálculo e o diagrama de esforço cortante da Viga 1 de um sistema estrutural é mostrado na Imagem 13, que é repetida a seguir. Os vãos da viga apresentam comprimento de 5,0m, e os carregamentos são 48,0kN/m nos vãos 1 e 3, e 36kN/m no vão 2. A viga apresenta seção transversal com altura e base . O concreto a ser utilizado terá resistência característica à compressão τSd ≤ τRd2 τSw ≥ τSd − τc Asw (θ = 45°) (θ = 30°) θ = 30° h = 50cm b = 15cm fck = 30MPa , e o aço será o CA-50. Imagem 13 – Viga e seu diagrama de esforço cortante do exemplo EXEMPLO A Verifique se ocorre o esmagamento das bielas de concreto e determine a área de aço da armadura transversal a ser utilizada nos vãos 1 e 3. SOLUÇÃO • Verificação do Esmagamento das bielas de concreto Temos Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: , OK! v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528 fck 250 30 250 d = 0, 9 ⋅ h VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ ⋅ sin 60 = 297, 65kN 3, 0 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 141, 0kN < 297, 65kN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , pois , é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 302/3 = 0, 2896MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 0, 2896 = 2, 0272MPa fctd = = = 1, 448MPa fctk 1, 4 2, 0272 1, 4 V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1448 = 58, 64kN VSd > V0 141kN > 58, 64kN Vc Vc = ( ) ⋅ V0 = ( ) ⋅ 58, 64 VRd2 − VSd VRd2 − V0 297, 65 − 141 297, 65 − 58, 64 Vc = 38, 43kN d = 0, 9 ⋅ h Asw = = = 3, 36cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ (141 − 38, 43) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ ⋅ cot 3050 1,15 No exemplo, do modelo refinado foi de , enquanto do modelo I foi . Desse modo, utilizando-se o modelo de cálculo I, obteve-se uma taxa de armadura de cerca de 39% maior do que utilizando-se o modelo de cálculo II com . Além da redução da taxa de armadura, pelaformulação do modelo refinado, também se observou uma redução da força cortante de cálculo máxima resistida por compressão diagonal das bielas de concreto . EXEMPLO B Verifique se ocorre o esmagamento das bielas de concreto e determine a área de aço transversal a ser utilizada no vão 2. SOLUÇÃO • Verificação do Esmagamento das bielas de concreto Temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: Asw 3, 36cm²/m 4, 68cm²/m θ = 30° (VRd2) v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 528 fck 250 30 250 d = 0, 9 ⋅ h , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como: , pois: , é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 528 ⋅ ⋅ sin 60 = 297, 65kN 3, 0 1, 4 Vd ≤ VRd2 → 90, 0kN < 297, 65kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 30 2/3 = 0, 2896MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 0, 2896 = 2, 0272MPa fctd = = = 1, 448MPa fctk 1, 4 2, 0272 1, 4 V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 15 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1448 = 58, 64kN VSd > V0 90 kN > 58, 64kN Vc Vc = ( ) ⋅ V0 = ( ) ⋅ 58, 64 VRd2 − VSd VRd2 − V0 297, 65 − 90 297, 65 − 58, 64 Vc = 50, 95kN d = 0, 9 ⋅ h Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como era esperado, e no modelo refinado foram menores do que os valores encontrados utilizando o Modelo I de cálculo. APLICAÇÃO PARA O MODELO II – EXEMPLO 2 O proprietário de uma casa resolveu acrescentar um andar para construção de um quarto de visitas sobre a área gourmet, que fica nos fundos da casa. Para isso, contratou um engenheiro calculista de posso do projeto estrutural, retirou as seguintes informações de uma viga existente: Altura: Base: Concreto: Aço: CA-50 Área de aço da armadura transversal: Asw = = = 1, 28cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ (90 − 50, 95) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ ⋅ cot 3050 1,15 Asw VRd2 h = 50cm b = 14cm fck = 25MPa Com essas informações, determine o esforço cortante máximo que essa viga suporta. SOLUÇÃO Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando , temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Vamos considerar: , e calcular como: Asw = 5, 40cm 2/m fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 25 2/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 7955MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 7955 1, 4 d = 0, 9 ⋅ h V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 14 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 1282 = 48, 46kN v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54 fck 250 25 250 VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 14 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 236, 75kN 2, 5 1, 4 VSd > V0 Vc Vc = ( ) ⋅ V0 = ( ) ⋅ 48, 46 VRd2 − VSd VRd2 − V0 236, 75 − VSd 236, 75 − 48, 46 Vc = 60, 93 − 0, 257 ⋅ VSdkN Asw = → VSd = + Vc (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ Asw ⋅ 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ s Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O maior esforço cortante solicitante que poderá ser aplicado a essa viga será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO VSd = + (60, 93 − 0, 257 ⋅ VSd) 5, 40 ⋅ 0, 9 ⋅ 0, 9 ⋅ 50 ⋅ ⋅ cot 3050 1,15 100 VSd + 0, 257 ⋅ VSd = 164, 7 + (60, 93) 1, 257 ⋅ VSd = 225, 63 VSd = 179, 50kN (Vs) Vs = = = 128, 21kN Vd γ 179, 50 1, 4 MÓDULO 4 Calcular o dimensionamento da armadura transversal dos elementos estruturais em concreto armado EXEMPLO COMPLETO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA VIGA AO ELU- V CÁLCULO DA ARMADURA TRANSVERSAL Nos módulos anteriores, estudamos o comportamento das tensões normais e cisalhantes no elemento e vimos as formulações para os dois modelos de cálculos admitidos pela NBR 6118:2014 para o dimensionamento de elementos submetidos ao cisalhamento. Ambos os modelos de cálculo apresentam formulações para a verificação do esmagamento das bielas de concreto comprimidas e para a determinação da área de aço da armadura transversal. Neste módulo, iremos acrescentar alguns requisitos da norma para o dimensionamento da armadura transversal. Veremos os conceitos e formulações para área e taxa de armadura transversal mínima e dimensionamento dos estribos. Em seguida, será apresentado um exemplo completo de dimensionamento de uma viga quanto ao ELU-V. ÁREA E TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL MÍNIMA A área de armadura transversal mínima é área mínima que pode ser adotada no dimensionamento da armadura. Ou seja, nos cálculos de utilizando o modelo I ou o modelo II, caso aconteça de obter um valor de , deve-se adotar para o projeto , que, segundo a ABNT NBR 6118:2014, pode ser obtida pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Além da área de aço de armadura transversal mínima, também pode-se calcular a taxa mínima de armadura transversal por meio da equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal (Asw,mín) ASw ASw < ASw,mín Asw,mín Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ fctm fywk (ρw,mín) ρw,min = Asw,min b ⋅ s ATENÇÃO Lembrando que as formulações devem considerar estribos na posição vertical. A seguir, serão apresentados o dimensionamento e o detalhamento dos estribos. ESTRIBOS Os estribos, utilizados para resistir ao cisalhamento, podem ser utilizados fechados ou abertos. Segundo a ABNT NBR 6118:2014, os estribos precisam ter um ramo horizontal que envolvam as barras da armadura longitudinal de tração, que é a região de apoio das bielas de concreto, e precisam ser ancorados na extremidade oposta. ATENÇÃO Se a extremidade estiver em região tracionada, o estribo deverá ter o ramo horizontal fechado ou completado por barra adicional. A Imagem 14 mostra como os estribos vêm identificados no projeto estrutural de uma viga. Na parte superior da viga V8, tem-se a informação: N3 c/12, 28 5. Lê-se da seguinte forma: na posição N3, têm-se estribos com diâmetro de 5mm, espaçados a cada 12cm; no comprimento da viga entre o pilar P11 e o pilar P4, serão necessárias 28 peças desse estribo que está representado no corte A. Nesse corte, temos a posição do estribo na seção transversal e as medidas de cada ramo (22cm para os ramos verticais e 9cm para os ramos horizontais). O comprimento total de uma peça desse estribo, que é fechado, é de 77cm, já incluso as dobras. ϕ Imagem 14 – Identificação da armadura transversal (estribos) no projeto de uma viga Na Imagem 15, são apresentados os principais tipos de estribos. Os estribos simples fechado e aberto possuem dois ramos; o estribo duplo fechado possui quatro ramos, e o estribo triplo fechado que possui 6 ramos. Os ramos são obtidos fazendo-se um corte horizontal no estribo. A quantidade de barras “cortadas” é a quantidade de ramos do estribo. Imagem 15 – Principais tipos de estribos O espaçamento entre estribos é dado pela equação: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, o diâmetro da barra do estribo (s) s = Asw ⋅ d ⋅ fywd 1, 10 ⋅ VSd precisa atender aos seguintes limites: . Para barras lisas, o diâmetro não pode ser superior a 12mm. Já em caso de estribos formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode ser reduzido para 4,2mm, desde que tomados os cuidados contra a corrosão. O ângulo de inclinação das armaduras transversais em relação ao eixo do elemento estrutural deve estar entre 45° e 90°. No entanto, devido à facilidade de montagem, na maioria dos projetos, os estribos são posicionados na vertical com . A NORMA PERMITE A UTILIZAÇÃO DE BARRAS TRANSVERSAIS SOLDADAS,DEVIDAMENTE ANCORADAS, COMBINADAS COM ESTRIBOS FECHADOS, MANTIDA NA PROPORÇÃO RESISTENTE DE 60 % PARA AS BARRAS. CASO NÃO SEJAM UTILIZADOS ESTRIBOS, A TOTALIDADE DA ARMADURA TRANSVERSAL DEVE SER DE BARRAS SOLDADAS. A ABNT NBR 6118:2014 estabelece o espaçamento máximo entre estribos e o espaçamento transversal . O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural, deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador para obter um bom adensamento do concreto. O deve atender às seguintes condições: (ϕt) 5mm < ϕt < b 10 (α) α = 90° (smáx) (st,máx) smáx $$s_{max} \leq\left\{\begin{array}{l} 0,6 \cdot d \leq 300 mm,\ \mathrm{se}\ V_{S d} \leq 0,67 \cdot V_{R d 2} \\ 0,3 \cdot d \leq 200 mm,\ \mathrm{se}\ V_{S 0,67 \cdot V_{R d 2} \end{array}\right.$$ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Já o , medido entre ramos sucessivos de estribos, não poderá exceder os seguintes valores: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A Imagem 16 ilustra, de forma esquemática, a representação de e nos cortes da viga longitudinal e transversal, respectivamente. Imagem 16 – Representação esquemática de e st,máx st,max ≤ { d ≤ 800mm, se VSd ≤ 0, 20 ⋅ VRd2 0, 6 ⋅ d ≤ 350mm, se VSd > 0, 20 ⋅ VRd2 smáx st,máx smáx st,máx CARGAS PRÓXIMAS AOS APOIOS Ensaios experimentais com medição da tensão nos estribos mostraram que o modelo de treliça desenvolvido para as vigas é efetivamente válido após uma pequena distância dos apoios. Muito próximo aos apoios, os estribos apresentam tensão menor do que no restante da viga. Em função dessa redução da tensão, na região próxima aos apoios diretos (carga e reação de apoio aplicadas em faces opostas do elemento estrutural, comprimindo-o), a ABNT NBR 6118:2014 permite uma pequena redução da força cortante para o dimensionamento da armadura transversal. Segundo a norma, é permitido: Imagem 17 – Redução de força cortante próxima ao apoio para carregamento distribuído Considerar a força cortante oriunda de carga distribuída, no trecho entre o apoio e a seção situada à distância da face do apoio, constante e igual à desta seção (situada à distância da face do apoio). Imagem 18 – Redução de força cortante próxima ao apoio para carregamento pontual Reduzir a força cortante devido a uma carga concentrada, aplicada à distância d/2 d/2 do eixo teórico do apoio, nesse trecho de comprimento a, multiplicando-a por (ver Imagem 18). Entretanto, essas reduções não se aplicam à verificação da resistência à compressão das bielas de concreto, ou seja, para a comparação entre e , tanto do modelo I quanto do modelo II. Também não se aplica para apoios indiretos, nem para forças cortantes provenientes de cabos inclinados de protensão. SAIBA MAIS Em geral, essa redução do esforço cortante não é muito utilizada pelos projetistas, pois pode gerar uma alteração no espaçamento dos estribos em uma região pequena, o que pode não ser viável na prática. A economia de aço é pequena e, por vezes, não se justifica pela dificuldade na montagem. EXEMPLOS DE APLICAÇÃO Agora, iremos resolver um exemplo completo de cálculo da armadura transversal para uma viga. Primeiramente, será resolvido pelo modelo I e, em seguida, pelo modelo II refinado . A viga e o seu diagrama de esforço cortante obtido por meio de esforços solicitantes são ilustrados na Imagem 19. Sua seção transversal é apresentada na Imagem 20. Essa viga será concretada com concreto com resistência característica de compressão a ≤ 2 ⋅ d a/(2.d) VSd VRd2 (θ = 30°) e armada com aço CA-50, pede-se: a) Dimensionar a armadura transversal utilizando o modelo I para os vãos 1 e 3. b) Dimensionar a armadura transversal utilizando o modelo I para o vão 2. c) Dimensionar a armadura transversal utilizando o modelo II para os vãos 1 e 3. d) Dimensionar a armadura transversal utilizando o modelo II para o vão 2. Imagem 19 – Viga e seu diagrama de esforço cortante solicitante defck = 25MPa Imagem 20 – Seção transversal da viga Solução • Para o dimensionamento, adota-se o maior valor de esforço cortante da seção, em módulo: Para os vãos 1 e 3: Para o vão 2: • O esforço cortante utilizado no dimensionamento é dado por: Para os vãos 1 e 3 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o vão 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A) DIMENSIONAR A ARMADURA TRANSVERSAL UTILIZANDO O MODELO I PARA OS VÃOS 1 E 3 • Verificação do esmagamento das bielas de concreto Teremos: , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Vs = 132, 6kN Vs = 92, 3kN VSd = γ ⋅ VS = 1, 4 ⋅ 132, 6 = 185, 64kN VSd = γ.VS = 1, 4 ⋅ 92, 3 = 129, 22kN v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54 fck 250 25 250 VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ = 429, 59kN 2, 5 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 185, 64kN < 429, 59kN Teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , adota-se: • Espaçamentos dos estribos Adotando estribos com , teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando estribos de dois ramos e fechado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A quantidade de estribos (n) necessária para 100cm da viga será: fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 25 2/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 795MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 795 1, 4 Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 1282 = 76, 15kN Asw = = = 5, 09 cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd (185, 64 − 76, 15) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 50 1,15 Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052cm 2/m fctm fywk 0, 2565 50 Asw > Asw,mín Asw = 5,09cm 2/m ϕt = 6, 3 mm Asw,ϕt = = Asw,6 ⋅ 3 = = 0, 31cm 2 π ⋅ ϕ2t 4 π ⋅ 0, 632 4 Asw,2⋅6⋅3 = 2 ⋅ Asw,6⋅3 = 2 ⋅ 0, 31 = 0, 62cm 2 n = = = 8, 2 = 9 estribos Asw Asw,2⋅ 6 ⋅3 5, 09 0, 62 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Espaçamento longitudinal entre estribos será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Verificação quanto aos espaçamentos máximos definidos pela norma: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Como , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: s = = 11, 11cm; será adotado : s = 11cm100 9 = = 0, 43 VSd VRd2 185, 64 429, 59 smax ≤ { 0, 6 ⋅ d ≤ 300mm, se VSd ≤ 0, 67 ⋅ VRd2 0, 3 ⋅ d ≤ 200mm, se VSd > 0, 67 ⋅ VRd2 smáx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm > 30cm smáx = 30cm 11cm < 30cm st,max ≤ { d ≤ 800mm, seVSd ≤ 0, 20 ⋅ VRd2 0, 6 ⋅ d ≤ 350mm, seVSd > 0, 20 ⋅ VRd2 st,máx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm st,máx = 33cm . Considerando o cobrimento lateral da armadura (c) igual a 2,5cm, teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , OK! Logo, para esta situação, nos vãos 1 e 3, a armadura transversal será data por: 6,3mm a cada 11cm Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal B) DIMENSIONAR A ARMADURA TRANSVERSAL UTILIZANDO O MODELO I PARA O VÃO 2 • Verificação do esmagamento das bielas de concreto Teremos: , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Teremos: st = b − 2 ⋅ c − ϕt =20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm 14, 5cm < 33cm ϕ v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54 fck 250 25 250 VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ = 429, 59kN 2, 5 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 129, 22kN < 429, 59kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 252/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 795MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 795 1, 4 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , adota-se: • Espaçamentos dos estribos Adotando estribos com , teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando estribos de dois ramos e fechado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A quantidade de estribos (n) necessária para 100cm da viga será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Espaçamento longitudinal entre estribos será: ;\ será\ adoptado:\ Vc = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 20 ⋅ 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 0, 1282 = 76, 15kN Asw = = = 2, 47cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd (129, 22 − 76, 15) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 55 ⋅ 50 1,15 Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052 cm 2/m fctm fywk 0, 2565 50 Asw > Asw,mín Asw = 2,47cm 2/m ϕt = 5, 0 mm Asw,ϕt = = Asw,5⋅0 = = 0, 2cm 2 π ⋅ ϕ2t 4 π ⋅ 0, 502 4 Asw,2⋅5⋅0 = 2 ⋅ Asw,5⋅0 = 2 ⋅ 0, 2 = 0, 4 cm 2 n = = = 6, 2 = 7 estribos Asw Asw, 2 ⋅ 5 ⋅ 0 2, 47 0, 40 s = = 14, 29cm 100 7 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Verificação quanto aos espaçamentos máximos definidos pela norma: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: . Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Como , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Considerando o cobrimento lateral da armadura (c) igual a 2,5cm, teremos: s = 14cm = = 0, 30 VSd VRd2 129, 22 429, 59 smax ≤ { 0, 6 ⋅ d ≤ 300mm, se VSd ≤ 0, 67 ⋅ VRd2 0, 3 ⋅ d ≤ 200mm, se VSd > 0, 67 ⋅ VRd2 smáx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm > 30cm smáx = 30cm 14cm < 30cm st,max ≤ { d ≤ 800mm, se VSd ≤ 0, 20 ⋅ VRd2 0, 6 ⋅ d ≤ 350mm, se VSd > 0, 20 ⋅ VRd2 st,máx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm st,máx = 33cm st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , OK! Logo, para esta situação, no vão 2, a armadura transversal será data por: 5,0 mm a cada 14cm Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal C) DIMENSIONAR A ARMADURA TRANSVERSAL UTILIZANDO O MODELO II PARA OS VÃOS 1 E 3 • Verificação quanto ao esmagamento das bielas de concreto Teremos: , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Teremos: 14, 5cm < 33cm ϕ v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54 fck 250 25 250 VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 413, 37kN 2, 5 1, 4 VSd ≤ VRd2 → 185, 64kN < 413, 37kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 25 2/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 795MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 795 1, 4 fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 795 1, 4 V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 1282 = 84, 61kN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como: , pois: , é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , adota-se: • Espaçamentos dos estribos Adotando estribos com: , teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando estribos de dois ramos e fechado: VSd > V0 185, 64 kN > 84, 61kN Vc Vc = ( ) ⋅ V0 = ( ) ⋅ 84, 61 VRd2 − VSd VRd2 − V0 413, 17 − 185, 64 413, 17 − 84, 61 Vc = 58, 59kN Asw = = = 3, 41cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ (185, 64 − 58, 59) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 55 ⋅ ⋅ cot 3050 1,15 Asw,min = 0, 2 ⋅ b. s. = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 052cm 2/m fctm fywk 0, 2565 50 Asw > Asw,mín Asw = 3, 41cm 2/m ϕt = 6, 3mm Asw,ϕt = = Asw,6⋅3 = = 0, 31cm 2 π ⋅ ϕ2t 4 π ⋅ 0, 632 4 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A quantidade de estribos necessária para 100cm da viga será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Espaçamento longitudinal entre estribos será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Verificação quanto aos espaçamentos máximos definidos pela norma: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Como , OK! Asw,2⋅6⋅3 = 2 ⋅ Asw,6⋅3 = 2 ⋅ 0, 31 = 0, 62cm 2 (n) n = = = 5, 5 = 6 estribos Asw Asw,2⋅6⋅3 3, 41 0, 62 s = = 16, 67cm; {será adotado : s = 16cm 100 6 = = 0, 45 VSd VRd2 185, 64 413, 37 smax ≤ { 0, 6 ⋅ d ≤ 300mm, se VSd ≤ 0, 67 ⋅ VRd2 0, 3 ⋅ d ≤ 200mm, se VSd > 0, 67 ⋅ VRd2 smáx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm > 30cm smáx = 30cm 16cm < 30cm st,max ≤ { d ≤ 800mm, se VSd ≤ 0, 20 ⋅ VRd2 0, 6 ⋅ d ≤ 350mm, se VSd > 0, 20 ⋅ VRd2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: . Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Considerando o cobrimento da armadura igual a 2,5cm, teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como: , OK! Logo, para esta situação, nos vãos 1 e 3, a armadura transversal será data por: 6,3 mm a cada 16 cm Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal D) DIMENSIONAR A ARMADURA TRANSVERSAL UTILIZANDO O MODELO II PARA O VÃO 2 • Verificação quanto ao esmagamento das bielas de concreto Teremos: st,máx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm st,máx = 33cm (c) st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5 cm 14, 5cm < 33cm ϕ v = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 6 ⋅ (1 − ) = 0, 54fck 250 25 250 VRd2 = 0, 45 ⋅ b ⋅ d ⋅ v ⋅ fcd ⋅ sin 2θ = 0, 45 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 54 ⋅ ⋅ sin 60 = 413, 37kN 2, 5 1, 4 , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, não ocorre o esmagamento das bielas de concreto! • Área de aço da armadura transversal Teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como: , pois: , é dado por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como VSd ≤ VRd2 → 129, 22kN < 413, 37kN fctm = 0, 3 ⋅ f 2/3 ck = 0, 3 ⋅ 25 2/3 = 2, 565MPa fctk = 0, 7 ⋅ fctm = 0, 7 ⋅ 2, 565 = 1, 795MPa fctd = = = 1, 282MPa fctk 1, 4 1, 795 1, 4 V0 = 0, 6 ⋅ b ⋅ d ⋅ fctd = 0, 6 ⋅ 20 ⋅ 55 ⋅ 0, 1282 = 84, 61kN VSd > V0 129, 22kN > 84, 61kN Vc Vc = ( ) ⋅ V0 = ( ) ⋅ 84, 61 VRd2 − VSd VRd2 − V0 413, 17 − 129, 22 413, 17 − 84, 61 Vc = 73, 2kN Asw = = = 1, 5cm 2/m (VSd − Vc) ⋅ s 0, 9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ cot θ (129, 22 − 73, 2) ⋅ 100 0, 9 ⋅ 55 ⋅ ⋅ cot 3050 1,15 Asw,min = 0, 2 ⋅ b ⋅ s ⋅ = 0, 2 ⋅ 20 ⋅ 100 ⋅ = 2, 05cm 2/m fctm fywk 0, 2565 50 , adota-se: • Espaçamentos dos estribos Adotando estribos com: , teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando estribos de dois ramos e fechado: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A quantidade de estribos necessária para 100cm da viga será: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Espaçamento longitudinal entre estribos será: Atenção! Paravisualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Verificação quanto aos espaçamentos máximos definidos pela norma: Asw > Asw,mín Asw = 2, 05cm 2/m ϕt = 5, 0mm Asw,ϕt = = Asw,5⋅0 = = 0, 2cm 2 π ⋅ ϕ2t 4 π ⋅ 0, 502 4 Asw,2⋅5⋅0 = 2 ⋅ Asw,5⋅0 = 2 ⋅ 0, 2 = 0, 4cm 2 (n) n = = = 5, 13 = 6 estribos Asw Asw,2⋅5⋅0 2, 05 0, 4 s = = 16, 67cm; será adotado : s = 16cm100 6 = = 0, 31 VSd VRd2 129, 22 413, 37 smáx ≤ { 0, 6 ⋅ d ≤ 300mm, se VSd ≤ 0, 67 ⋅ VRd2 0, 3 ⋅ d ≤ 200mm, se VSd > 0, 67 ⋅ VRd2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Como , OK! Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Calculando: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, de acordo com a norma: . Considerando o cobrimento da armadura (c) igual a 2,5cm, teremos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como , OK! Logo, para esta situação, no vão 2, a armadura transversal será dada por: 5,0mm a cada 16cm. smáx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm > 30cm smáx = 30cm 16cm < 30cm st,máx ≤ { d ≤ 800mm, se VSd ≤ 0, 20 ⋅ VRd2 0, 3 ⋅ d ≤ 350mm, se VSd > 0, 20 ⋅ VRd2 st,máx = 0, 6 ⋅ 55 = 33cm < 35cm st,máx = 33cm st = b − 2 ⋅ c − ϕt = 20 − 2 ⋅ 2, 5 − 0, 5 = 14, 5cm 14, 5cm < 33cm ϕ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos, o dimensionamento da área de aço necessária para armaduras transversal de elementos submetidas ao cisalhamento faz parte do dia a dia do engenheiro estrutural. Saber dimensionar a partir de um projeto novo e, além disso, proporcionar soluções para projetos já realizados ou em andamento faz parte do escopo do engenheiro calculista. A compreensão das tensões atuantes no elemento, o cálculo das tensões principais e a determinação do plano da ocorrência de fissuras são indispensáveis para a elaboração do dimensionamento de um projeto estrutural que atenda aos requisitos de norma. O Modelo de cálculo I: treliça clássica de Ritter e Mörsch é mais conservador do que o Modelo de cálculo II: Treliça generalizada de Mörsch, visto que os cálculos do modelo I levam a valores menores da força cortante máxima resistida pelas bielas de concreto e valores maiores para a área da armadura transversal. CONCLUSÃO O dimensionamento ao cisalhamento pelo Estado Limite Último consiste em verificar o elemento estrutural quanto à ruptura das bielas de concreto comprimidas e ao dimensionamento da armadura transversal, que consiste em fornecer o diâmetro da barra adotada para o estribo e seus espaçamentos. O principal objetivo do estudo do dimensionamento de estruturas de concreto armado submetidas ao cisalhamento é proporcionar ao engenheiro civil conhecimentos básicos, de uso rotineiro, para apresentar soluções estruturais às peças submetidas ao esforço cortante. PODCAST Agora, a especialista Larissa Camporez Araújo encerra nosso estudo falando sobre os principais tópicos abordados. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 6892-2 – Materiais metálicos – ensaio de tração. Rio de Janeiro, 2013. CARVALHO, R. C. FILHO, J. R. F. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. 4. ed. São Carlos: EdUFSCar, 2014. HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. PARIZOTTO, L. Concreto armado [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH, 2017. EXPLORE+ Pesquise na internet e leia o artigo Modelos de resistência à força cortante de lajes de concreto estrutural sem armadura transversal, de Alex Micael Dantas de Sousa e Mounir Khalil El Debs. Nele, os autores apresentam um modelo para lajes submetidas à força cortante sem armadura transversal. Pesquise na internet e leia a dissertação de mestrado Avaliação dos mecanismos resistentes ao cisalhamento em concreto armado sem armadura transversal, de Mário Sergio Samora. Nela, o autor aborda os mecanismos resistentes ao cisalhamento nos elementos estruturais de concreto armado. CONTEUDISTA Larissa Camporez Araújo
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