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Direito Eleitoral Resumo

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Direito Eleitoral
Direito Eleitoral é um ramo autônomo do Direito Público que tem como objetivo regular os direitos políticos e o processo eleitoral.
Abrange todas as etapas do processo eleitoral:
· Alistamento
· Convenção partidária
· Registro de candidatura
· Propaganda política
· Votação
· Apuração
· Diplomação
Elegibilidade (Art. 14, §3º da CF)
Art. 14 = A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§3º = São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a. 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador.
b. 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do DF.
c. 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d. 18 anos para Vereador.
obs! Regra → A idade mínima tem que ter na data da posse.
Exceção → Vereador tem que ter 18 anos na data limite para o registro da candidatura
Art. 11, §2º da Lei 9504/97 = A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos, hipótese em que será aferida na data=limite para o pedido de registro.
Art. 15 da CF = É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4º.
Domicílio Eleitoral 
· Prazo mínimo de 6 meses de domicílio na circunscrição em que deseja concorrer.
Art. 9º da Lei 9.504/97 = Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Domicílio Eleitoral é o que define onde o eleitor irá exercer o direito de votar, seja em eleições municipais ou gerais.
Art. 23 da Res. -TSE 23.659/2021. = Para fins de fixação do domicílio eleitoral no alistamento e na transferência, deverá ser comprovada a existência de vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município.
Filiação Partidária
Não pode ser avulsa a candidatura
Art. 11, §14, Lei 9504/97 = É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária. 
Inelegibilidade (Art. 14, §4 da CF)
§4º = São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§5º = O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.  
§ 9º = Lei complementar (64/90)  estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Art. 1º, I, “e”, da LC 64/90 – São inelegíveis
I - Para qualquer cargo:
e. Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
1. Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
2. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;
3. Contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. Eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
5. De abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;
6. De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
7. De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
8. De redução à condição análoga à de escravo;
9. Contra a vida e a dignidade sexual;
10. Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
§4º = A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.
Propaganda Eleitoral
Pode ter propaganda eleitoral a partir de 16/08.
Não pode propaganda eleitoral em bem público e nem em bem privado.
Art. 37 da Lei 9504/97 = Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
§2º = Não é permitida a veiculação de material de propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de:
I - bandeira ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos;
II - adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas residenciais, desde que não exceda a 0,5m².
obs! A propaganda em bem privado tem que ser gratuita e espontânea.
obs! não pode propaganda eleitoral em outdoor
obs! é proibida a distribuição de brindes (bonés, camisetas, chaveiros e etc) como forma de propaganda
obs! Não podem show nos comícios

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