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Relatório Queixa Crime

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Relatório Queixa-Crime Resumo
Queixa Crime é o nome dado à peça inaugural nos crimes de ação penal privada, em que o próprio ofendido, ou quem tiver qualidade para representa-lo expõe o fato criminoso ao judiciário.
Os requisitos legais da queixa-crime estão presentes no Art. 41 do Código de Processo Penal, exige-se a exposição completa do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do querelado ou esclarecimento pelos quais se possa identifica-lo, a classificação do crime e o rol de testemunhas.
A capacidade postulatória da queixa-crime é do ofendido ou a quem tenha qualidade para representa-lo, conforme o Art. 30 do Código de Processo Penal, este ato sendo classificado como princípio da oportunidade.
No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial na esfera civil, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, por expressa previsão no Art. 31 do Código de Processo Penal.
Cabe o direito do exercício da queixa-crime ao curador especial, nas hipóteses de ser menor de 18 anos, mentalmente enfermo ou retardado mental, e não tiver representante legal, como está expresso no Art. 33 do Código de Processo Penal.
Ao advogado cabe o direito de representação mediante procuração com poderes especiais, devendo constar no instrumento de mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, como está expresso no Art. 44 do Código de Processo Penal.
Alguns crimes que se enquadram à espécie da ação penal de iniciativa privada são:
· Crime contra a honra (art. 145 do CP)
· Calúnia (Art. 138 do CP)
· Difamação (Art. 139 do CP)
· Injúria (Art. 140 do CP)
· Esbulho possessório de propriedade particular (Art. 161, parágrafo 3º, do CP)
· Dano qualificado (Art. 163, parágrafo único, inciso IV, do CP)
· Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia (Art. 164 do CP)
· Fraude à execução (Art. 179 do CP)
· Exercício arbitrário das próprias razões (Art. 345, parágrafo único, do CP)
Os artigos 24 ao 62 do Código de Processo Penal falam sobre os requisitos legais da Ação Penal, no qual se destacam a renúncia, a decadência, a perempção e o perdão.
A renúncia se encontra nos artigos 49 e 50 do Código de Processo Penal, onde por meio de manifestação da vontade do ofendido ou seu representante legal ou procurador, de forma tácita ou por escrito, se estenderá a todos os autores do crime.
A decadência se dá pelo simples transcurso do prazo para o exercício da ação penal privada, conforme ensina o artigo 38 do Código de Processo Penal. O prazo que a lei estabelece é de seis meses, contados do dia em que vier, a saber, quem é o autor do crime. Já na hipótese do artigo 29 do Código de Processo Penal, decairá o direito quando se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
A perempção é a perda do direito de prosseguir com a ação penal já proposta, diferentemente da decadência, onde está em jogo o direito do exercício de promover a ação penal. O artigo 60 do Código de Processo Penal exemplifica os casos de perempção, sendo:
· Quando o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
· Não comparecer em juízo no prazo de 60 dias, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, quando ocorrer a morte do querelante;
· Quando o querelante deixar de comparecer a qualquer ato do processo ou deixar de formular pedido de condenação em alegações finais;
· Quando o querelante for Pessoa Jurídica, e houver a extinção, não deixar sucessor.
O perdão há previsão expressa entre os artigos 51 e seguintes do Código de Processo Penal.
Uma vez proposta a ação penal, pode o querelante perdoar o ofensor, ora querelado na ação penal privada, o que resultará em extinção da punibilidade, na forma do artigo 107, inciso V, do Código Penal, após o seu aceite.
A natureza jurídica do perdão é de direito material, ou seja, impõe-se a extinção da punibilidade ao agente.
O perdão que for concedido pelo querelante a um dos querelados, se aproveitará aos demais, salvo se houver recusa. Nesse caso a ação penal seguirá apenas contra ele, extinguindo-se a punibilidade em relação aos demais.
No art. 105 do Código Penal, o perdão do ofendido obsta ao prosseguimento da ação.

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