Prévia do material em texto
326 Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 326 32. (UNICAMP) O esquema abaixo representa três fases do ciclo celular de uma célula somática de um organismo diploide. Adaptado de Hernandes Faustino de Carvalho de Shirlei Maria Recco-Pimentel, A Célula. Manole, Ed., 2007, p. 380. A) Qual é o número de cromossomos em uma célula haploide do organismo em questão? Justifique sua resposta. B) Identifique se a célula representada é de um animal ou de uma planta. Aponte duas características que permitam fazer sua identificação. Justifique. 33. (UNICAMP) A figura abaixo mostra um corte histológico de um tecido vegetal em que estão assinaladas células em diferentes momentos do ciclo celular. A) Em algumas das células mostradas na figura é esperado encontrar atividades de síntese de RNA mensageiro. Em qual das células, numeradas de 1 a 3, deve ocorrer maior atividade de síntese desse ácido nucléico? Justifique indicando a característica da célula que permitiu a identificação. B) O que faz com que, em mitose, ocorra a separação das cromátides-irmãs de forma equitativa para os pólos das células? Indique em qual das células numeradas na figura está ocorrendo essa separação. 34. (UNICAMP) A colchicina é uma substância de origem vegetal, muito utilizada em preparações citogenéticas para interromper as divisões celulares. Sua atuação consiste em impedir a organização dos microtúbulos. A) Em que fase a divisão celular é interrompida com a colchicina? Explique. B) Se, em lugar de colchicina, fosse aplicado um inibidor da síntese de DNA, em que fase ocorreria a interrupção? 35. (UNICAMP) A figura abaixo mostra uma preparação histológica corada de ponta de raiz de cebola. Que células, dentre as numeradas de 1 a 5, correspondem à interfase, metáfase e anáfase do ciclo celular? Justifique sua resposta, considerando apenas as informações fornecidas pela figura. 36. (UNICAMP) O gráfico 1 representa a evolução da quantidade de DNA ao longo do ciclo celular, no núcleo de uma célula animal. A figura 2 ilustra um segmento de cromatina, que foi fotografado ao microscópio eletrônico. Relacione as figura 2 e em qual fase do ciclo celular, representado na figura 1, este fenômeno ocorre. 37. (UNESP) Uma célula, ao se dividir, apresenta as seguintes características: I. é anastral ou acêntrica. II. forma-se o fragmoplasto, membranas derivadas do Complexo de Golgi. III. a citocinese é centrífuga. Com essas informações, responda. A) Que tipo de célula, ao se dividir, apresenta essas características? B) Justifique sua resposta, conceituando o termo "anastral". 38. (UFRN) Os gráficos abaixo foram obtidos a partir das variações do volume celular e do número de células, observados durante um intervalo de 20 horas em uma cultura de células. 327 Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 327 A partir da análise dos gráficos, atenda às solicitações abaixo. A) Explique por que o volume médio das células varia dessa forma ao longo do tempo de observação. B) Estabeleça uma relação entre os dois gráficos. 39. (UFF) Células eucarióticas que possuem um ciclo de divisão em torno de 24 horas estão sendo cultivadas em meio adequado. Em um determinado momento, coletam-se, aleatoriamente, 100 células dessa cultura e determina-se a quantidade de DNA em cada uma delas. Os resultados estão mostrados abaixo, no gráfico I. O restante da cultura foi, então, dividido em duas porções. Em uma delas, adicionou-se afidicolina e, na outra, colchicina. Após algumas horas, foram retiradas, da mesma forma, 100 células de cada porção, sendo também determinada a quantidade de DNA por célula. Esses resultados estão mostrados nos dois outros gráficos abaixo. Sabendo-se que: - a afidicolina inibe a enzima DNA polimerase; - a colchicina inibe a polimerização das subunidades que formam os microtúbulos. A) analise o resultado do experimento mostrado no gráfico I e calcule a porcentagem de células que se encontram nas fases do ciclo celular G1, S e G2 + M; B) identifique os gráficos que representam, respectivamente, os resultados dos experimentos onde houve adição de afidicolina e de colchicina ao meio de cultura. Justifique sua resposta. 40. (UFRRJ) SUZUKI, D. T. (2002). A figura anterior representa o esquema de um corte longitudinal da região de crescimento de uma raiz. As células dessa região sofrem mitoses sucessivas que garantem o crescimento do órgão. 328 Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 328 A) Quais são as células que estão na interfase? Cite uma característica desta fase. B) Descreva o que ocorre com os cromos somos na fase esquematizada na célula número 7. C) Identifique, na figura, onde ocorre a citocinese, citando a principal característica dessa fase. Aula 24 – Meiose A meiose é uma forma de divisão celular que gera células geneticamente diferentes das células iniciais. Ou seja, nela há variabilidade genética, estando, pois, relaciona a mecanismos de reprodução sexuada. A meiose é uma forma de divisão celular que reduz à metade o número de cromossomos das células-filhas em relação à célula mãe. A meiose é extremamente importante para os organismos vivos. Veja por que: - Reduz o número de cromossomos nos gametas, permitindo a manutenção do número diplóide de cromossomos na espécie. - Permite a variabilidade genética, tão importante para a adaptação dos seres vivos ao meio, graças ao crossing-over e à separação dos cromossomos homólogos. Meiose I e Meiose II A meiose ocorre em duas divisões, com a formação de quatro células. A primeira divisão é dita meiose I ou reducional e efetivamente reduz à metade o número de cromossomos nas células formadas, separando os cromossomos homólogos A segunda divisão é dita meiose II ou equacional e não altera o número de cromossomos nas células, separando apenas as cromátides irmãs. A meiose I possui quatro fases: prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. A meiose II também possui quatro fases: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II. Entre as duas fases, há um breve intervalo, denominado intercinese. Meiose I: divisão reducional 1. Prófase I A prófase I subdivide-se em cinco etapas: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. 1. Leptóteno Nela ocorre o início da espiralização dos cromossomos. Nessa fase, os cromossomos já estão duplicados (desde o período S da intérfase), mas isso não é evidenciado. 2. Zigóteno Ocorre a sinapse, o pareamento dos cromossomos homólogos, que é feito por proteínas denominadas de complexo sinaptonêmico. Esse processo se completa no paquíteno é essencial para o fenômeno de separação dos cromossomos homólogosmais à frente. O par de cromossomos homólogos é dito bivalente ou díade. Apesar dos cromossomos estarem duplicados desde a fase S da interfase, as cromátides ainda estão superpostas, dando a impressão de só haver uma cromátide por cromossomo. 3. Paquíteno Os cromossomos homólogos estão emparelhados, sendo finalmente possível visualizar as duas cromátides em cada um deles. O par de cromossomos homólogos é agora chamado de bivalente ou tétrade. Deve-se diferenciar aqui cromátides homólogas (de cromossomos homólogos) de cromátides irmãs (do mesmo cromossomo). 329 Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 329 Nessa fase pode ocorrer rupturas de segmentos de cromossomos homólogos e trocas de pedaços entre estes homólogos. Esse fenômeno acontece esporadicamente e é dito crossing-over ou permutação. Isso aumenta a variabilidade genética da espécie. Detalhe do crossing-over. 4. Diplóteno Os cromossomos homólogos começam a se afastar um pouco, permanecendounidos nos pontos em que houve crossing-over. Tais regiões de união são ditas quiasmas. O número de quiasmas indica o número de crossing-over ocorridos. Apesar de se iniciar no paquíteno, o crossing-over só é visível a partir do diplóteno, graças aos quiasmas. 5. Diacinese Continua a ocorrer separação dos cromossomos. Os quiasmas deslizam para a extremidade dos cromossomos, mas não desaparecem, processo conhecido como terminalização dos quiasmas. Paralelamente a todos esses eventos, os mesmos fenômenos descritos para a mitose de entrada de água na célula, desorganização da carioteca, desaparecimento do nucléolo, duplicação dos centríolos, que migram para os pólos e início da formação do fuso. 2. Metáfase I O fuso se completa, atinge-se o grau máximo de espiralização dos cromossomos e ocorre posicionamento dos cromossomos aos pares de homólogos na placa equatorial. (Pode-se caracterizar uma prometáfase, como na mitose, com as mesmas carcterísticas.) Duas diferenças devem ser evidenciadas, no entanto, em relação ao processo mitótico: (I) na mitose não há pareamento dos homólogos na placa equatorial e (II) na mitose, as fibras do fuso se ligam bilateralmente aos centrômeros, enquanto que na meiose as fibras do fuso se unem apenas de um lado do centrômero. Veja em detalhe, a seguir, a ligação do fuso, primeiro na mitose, e em seguida, na meiose I. Quiasma Quiasma 3. Anáfase I Não há ruptura do centrômero. Como as fibras do fuso só estão ligadas a um lado do centrômero em cada cromossomo do par de homólogos, quando as fibras do fuso começam a contrair, há a separação dos cromossomos homólogos sem ruptura dos centrômeros. Os quiasmas, entretanto, se desfazem no processo. Não há formação de cromossomos filhos, uma vez que cada cromossomo permanece com suas duas cromátides. Os cromossomos duplos chegam aos polos. 330 Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 330 4. Telófase I Ocorre a reversão dos processos que ocorreram na prófase I, como saída de água da célula, reorganização da carioteca, reaparecimento dos nucléolos, etc. A cariocinese está completa. Ocorre a divisão do citoplasma, citocinese. Intercinese As células passam por um breve período de repouso, a intercinese, Começa a meiose II, normalmente com um plano de divisão perpendicular ao primeiro. Meiose II: divisão equacional É extremamente semelhante à mitose. As células haplóides com cromossomos duplos vão agora separar suas cromátides em cromossomos filhos, originando novas células haplóides, só que com cromossomos simples agora. Não há pareamento de homólogos ou crossing-over. 5. Prófase II Não está subdividida em etapas. Ocorre desintegração da carioteca, desaparecimento de nucléolos, etc. Como já mencionado, o novo fuso formado é normalmente perpendicular ao primeiro (novo plano de divisão). 6. Metáfase II Completa-se o fuso, atinge-se o grau máximo de espiralização e os cromossomos alinham-se na placa equatorial, sem estarem pareados. 7. Anáfase II Agora os centrômeros se dividem longitudinalmente, sendo que os cromossomos passam de duplos a simples. Os cromossomos filhos deslocam-se e chegam aos polos. 8. Telófase II Ocorre a reversão dos eventos da prófase II, ocorrendo desespiralização dos cromossomos, reorganização da carioteca, reaparecimento dos centríolos. Completa-se a cariocinese. Segue-se a citocinese e quatro células-filhas são formadas. Telófase II Quadro resumo comparativo entre meiose I e mitose/meiose II Fase Meiose I Mitose / Meiose II Prófase - Pareamento dos homólogos - Crossing-over e quiasmas - Não há pareamento dos homólogos - Não há crossing-over e quiasmas Metáfase - Cromossomos pareados na placa equatorial - Fibras do fuso ligadas unilateralmente aos centrômeros - Cromossomos não pareados na placa equatorial - Fibras do fuso ligadas bilateralmente aos centrômeros Anáfase - Não ocorre ruptura longitudinal do centrômero - Não há separação das cromátides-irmãs - Ocorre ruptura longitudinal do centrômero - Há separação das cromátides-irmãs Telófase - Em cada pólo da célula há n cromossomos duplicados - Em cada pólo da célula há 2n cromossomos simples na mitose e n cromossomos simples na meiose II