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Biologia_3__Fisiologia_Humana_,_Ecologia_,_Taxionomia_e_Parasitologia-83

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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
117
Número Organela Função 
1 
2 
3 
4 
 
46. (FUVEST) 
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) diz que 86 índios 
makuxi do município de Normandia (RR), estão com malária 
provocada por garimpeiros evadidos da área Ianomâmi. 
Folha de São Paulo – 25/11/90 
Explique como a malária dos garimpeiros pode ter passado para 
os índios. 
 
47. (UNICAMP) 
Recentemente, a revista Science publicou um artigo que 
apresenta o genoma de três parasitas que, juntos, matam cerca de 
150 mil pessoas por ano no mundo: Trypanosoma cruzi, 
Trypanosoma brucei e Leishmania major, causadores, 
respectivamente, da doença de Chagas, da doença do sono e da 
leishmaniose. Esse trabalho foi o resultado do esforço de pesquisa 
liderado por cientistas norte-americanos, ingleses, suecos e 
brasileiros. 
Adaptado de Carlos Fioravanti, “Genômica: Fascínio e terror”, Revista Pesquisa FAPESP, no. 
114, agosto de 2005, p. 42-45. 
A) Explique como cada uma dessas doenças é transmitida ao 
homem, identificando o organismo transmissor. 
B) Como o organismo transmissor do T. cruzi adquire esse 
parasita? 
C) Indique uma razão que demonstre a importância de se 
conhecer o genoma desses organismos. 
 
48. (UNICAMP) A anemia falciforme é caracterizada por hemácias 
em forma de foice, em função da produção de moléculas anormais 
de hemoglobina, incapazes de transportar o gás oxigênio. 
Indivíduos com anemia falciforme são homozigotos (SS) e morrem 
na infância. Os heterozigotos (Ss) apresentam forma atenuada da 
anemia. Na África, onde a malária é endêmica, os indivíduos 
heterozigotos para anemia falciforme são resistentes à malária. 
A) Explique o que é esperado para a frequência do gene S em 
presença da malária. E em ausência da malária? 
B) Qual é a explicação para o fato dos heterozigotos para anemia 
serem resistentes à malária? 
 
49. (UNICAMP) Os dados referem-se à malária no Brasil. Cerca 
de 99% dos casos foram registrados na Amazônia. 
Número de casos em 1970 = 52 500 
Número de casos em 1980 = 169 000 
Número de casos em 1985 = 400 000 
Número de casos em 1987 = 508 000 
Cite e explique duas causas que contribuíram para o crescimento 
tão acentuado do número de casos dessa doença no nosso país. 
 
50. (UNESP) 
Com a temperatura mais alta, centros de saúde do Sul e do 
Sudeste terão de se preparar para atender [a um aumento no 
número de] casos de malária e de dengue … 
Veja, 21.06.2006. 
O texto refere-se a uma outra possível conseqüência do 
aquecimento global. Considerando-se os agentes causador e 
transmissor, em que a malária difere da dengue e por que o 
aumento da temperatura pode levar ao aumento no número de 
casos dessas doenças nas regiões Sul e Sudeste do país? 
 
51. (UNESP) Ao longo dos meses de fevereiro e março de 2005, a 
doença de Chagas voltou a ser destaque nos meios de 
comunicação, agora em razão da forma inusitada pela qual foi 
adquirida: mais de 30 pessoas apresentaram a forma aguda da 
doença, todas elas contaminadas depois de terem bebido caldo-
de-cana (garapa) em quiosques do litoral norte de Santa Catarina. 
Embora este novo surto da doença tenha merecido destaque nos 
noticiários, cerca de 6 milhões de brasileiros possuem a doença 
de Chagas adquirida na sua forma convencional de contágio. 
A) Normalmente, como se adquire a doença de Chagas? Explique 
o modo pelo qual o caldo-de-cana pode ter sido o veículo do 
agente transmissor da doença. 
B) Produtos obtidos desse caldo-de-cana, tais como melado e 
rapadura, poderiam veicular os agentes transmissores da doença? 
Justifique. 
 
52. (UNESP) Ao longo do primeiro semestre de 2004, jornais e 
estações de rádio e TV do interior do Estado de São Paulo 
noticiaram o aumento de casos de cães que apresentaram 
resultado positivo para os testes de detecção do agente causador 
da leishmaniose. Em alguns municípios, foram confirmados casos 
de leishmaniose humana. Em algumas cidades, o combate à 
epidemia foi feito pela eliminação dos cães infectados. 
A) A que reino e filo pertence o organismo causador da 
leishmaniose? 
B) Como se transmite a doença e por que os cães infectados 
representam perigo ao homem? 
53. (UNESP) Estão representados nas figuras os exames de sangue de dois pacientes brasileiros, que nunca saíram do país, e que revelam a 
presença dos protozoários. 
 
A) Quais são os protozoários que podem ser identificados no sangue dos pacientes I e II? 
 
 
 
 
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B) De que forma estes pacientes poderiam ter adquirido os parasitas? 
 
54. (UFOP) A dengue, juntamente com a malária, é uma das duas mais importantes doenças transmitidas por vetores na atualidade. Os casos 
de dengue são contabilizados aos milhões a cada ano. Estima-se que cerca de 2/5 da população mundial esteja exposta ao risco de contrair 
dengue. Além disso, estima-se que cerca de 2,7 milhões de pessoas, a maioria crianças, morrem de malária anualmente e que mais de 2 
bilhões de pessoas estariam expostas ao risco de adquirir a doença em todo o mundo. No Brasil, ainda que o número de óbitos não seja 
expressivo, há décadas que o número de casos se conta às centenas de milhares. Com base nessas informações, resolva: 
A) Qual a morfologia e classificação dos agentes transmissores? 
B) Cite um sintoma comum entre essas duas doenças. 
C) Qual o tratamento para essas doenças? 
 
55. (UFG) Uma mulher consulta o médico para saber o risco de seu filho recém-nascido apresentar a doença de Chagas e informa que ela e o 
marido, ambos chagásicos, mudaram-se, há cinco anos, da zona rural para Goiânia e que a criança nunca saiu da cidade. 
A) Esse recém-nascido corre risco de apresentar a doença de Chagas? Justifique sua resposta. 
B) Apresente três medidas profiláticas em relação à doença de Chagas. 
 
56. (UFC) Leia o texto a seguir. 
A recente infecção de pessoas pelo Trypanosoma cruzi, em Santa Catarina, com três mortes, chamou a atenção de todo o país para a Doença 
de Chagas. (...). Triatomídeos foram triturados juntamente com os caules de cana-de-açúcar e ingeridos diretamente pelos seres humanos, 
ocorrendo a infecção pela via digestiva. (...). Historicamente, no estado de Santa Catarina, foram identificadas três espécies silvestres de 
triatomídeos e uma espécie doméstica, esta última erradicada do estado no início dos anos 80. 
M. Steindel, J. C. P. Dias, A. J. Romaña, 2005. 
Considerando o texto acima, responda: 
I. Qual o reino do agente infectante? 
II. Levando-se em consideração que o estado de Santa Catarina não é uma região de endemismo da doença em seres humanos, como se 
explica o surgimento de triatomídeos contaminados? 
III. Analise o ciclo de vida do agente infectante ilustrado abaixo. 
 
Com base no local de infecção do parasito, explique o porquê das 
diferenças morfológicas entre as formas epimastigota e 
amastigota. 
 
57. (UFRJ) O diagrama a seguir representa o ciclo do plasmódio 
causador da malária, uma doença que mata milhões de pessoas 
anualmente na África e no Brasil e para a qual não existem 
vacinas. O diagrama mostra os estágios do parasita: esporozoítos, 
merozoítos, trofozoítos, esquizonte e gametócitos. Muitos 
cientistas tentam, no momento, produzir vacinas concentrando 
suas estratégias nos estágios de esporozoítos e merozoítos. 
 
 
 
 
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Explique por que os cientistas selecionam os estágios 
esporozoítos e merozoítos como fontes de antígenos. 
 
58. (UFF) A malária é uma parasitose que afeta mais de 200 
milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente nas regiões 
tropicais. Com relação à malária e ao parasito causador desta 
endemia especifique: 
A) o grupo e o gênero a que pertence o agente etiológico da 
doença; 
B) as células alvo do parasito; 
C) os tipos de reprodução do parasito ao longo de seu ciclo; 
D) duas medidaspreventivas contra a doença. 
 
59. (UNIRIO) Estima-se que em todo o mundo haja um total de 
300 a 500 milhões de casos de malária, com até 2,7 milhões de 
óbitos. Mais de 90% dos casos no Brasil, encontram-se na região 
norte. A malária é causada por diferentes espécies de 
esporozoários do gênero Plasmodium que provocam, entre outros 
sintomas, um quadro clínico onde há ciclos febris, de acordo com 
a espécie de Plasmodium infectante: P. falciparum, que produz a 
febre terçã maligna; P. vivax, agente da febre terçã benigna; P. 
ovale, restrito ao continente africano, causa uma outra forma de 
terçã benigna e P. malariae, responsável pela febre quartã. 
Responda: 
A) Qual é o critério utilizado para classificar a forma de malária 
como febre terçã ou quartã? 
B) A que se devem os picos de temperatura na malária? 
60. (UFMG) Protistas ciliados podem ser facilmente reconhecidos 
pela sua cobertura ciliar e pela presença de macronúcleo (regula o 
metabolismo) e micronúcleo (participa do processo reprodutivo 
sexuado). A figura abaixo ilustra os dois tipos de reprodução em 
Paramecium sp. 
 
 
 
Fonte: <www.biology-resources.com/drawing-paramecium-reproduction> e 
<www.infoescola.com/reinoprotista/ciliados> Adaptado. Acesso: 3 set. 2012. 
Considere um experimento conduzido em dois tubos de ensaio 
com cultivo axênico (culturas puras) de Paramecium sp com 
genomas idênticos, em que não ocorrem fenômenos mutagênicos. 
No tubo 1, os protistas se reproduzem por fissão binária e, no tubo 
2, por fissão binária e por conjugação. Com base na figura e em 
seus conhecimentos sobre o tema, 
1. Cite o(s) tipo(s) de divisão celular que ocorre(m) nos tubos: 
2. Indique se, mantidas as mesmas condições de cultivo, é 
esperada alguma diferença entre a quantidade/densidade de 
indivíduos nos tubos 1 e 2, após cinco dias. Justifique sua 
resposta. 
3. Apresente um argumento contrário à seguinte afirmativa: 
Por serem culturas puras, os paramécios dos tubos 1 e 2 
constituem populações clonais. 
4. Indique se a população do tubo 2 está sujeita à ocorrência de 
endogamia. Justifique sua resposta. 
 
 
Aula 47 – Algas 
 
Algas são organismos autótrofos fotossintetizantes sem 
organização tecidual, restritos a ambientes aquáticos ou 
terrestres úmidos e dotados de clorofila como pigmento 
fotossintetizante. O termo phyceae vem do grego alga, de modo 
que organismos com tal designação devem ter relação com as 
algas. 
O problema é que com as algas é que uma ampla 
variedade de organismos se incluem nesse conceito, o que torna a 
sua classificação sempre problemática em termos taxionômicos. 
 
 
 
 
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Para começar, o termo alga não designa um grupo monofilético 
(para quem não lembra, um grupo monofilético apresenta um 
ancestral comum exclusivo, o que não é o caso das algas, 
definitivamente). São consideradas algas organismos tão diversos 
como os listados a seguir: 
 
- Cianobactérias (ou cianofíceas ou algas azuis), que são 
unicelulares procariontes; 
- Euglenófitas, Pirrófitas e Crisófitas, que são em sua maioria 
unicelulares, sendo todas eucariontes; 
- Rodofíceas, Feofíceas e Clorofíceas, que são em sua maioria 
pluricelulares, sendo todas eucariontes e sem organização 
tecidual (o que as leva a serem conhecidas em conjunto como 
talófitas: o corpo é um talo, uma massa de células não 
organizada em raiz, caule e folhas). 
 
Para alguns grupos de algas, a classificação em termos de 
Reino é bem clara e não há muita discussão entre autores. 
 
- Cianobactérias, por serem procariontes, são classificadas como 
pertencentes ao Reino Monera (ou Reino Bactéria, na 
classificação em 6 reinos). 
- Euglenófitas, Pirrófitas e Crisófitas, por serem basicamente 
unicelulares eucariontes, são classificadas como pertencentes ao 
Reino Protista. 
 
O problema está nas algas pluricelulares, as talófitas. Há 
dois pontos de vista principais: alguns autores as classificam como 
vegetais, enquanto outros as consideram protistas. 
Os argumentos básicos para considerar talófitas como 
pertencentes ao Reino Plantae são a pluricelularidade, que é 
compartilhada com as plantas terrestres (apesar de haver várias 
talófitas unicelulares), e o parentesco das Clorofíceas (algas 
verdes) com as plantas terrestres. Clorofíceas e plantas 
terrestres compartilham de um ancestral comum próximo, o 
que é evidenciado por uma série de semelhanças, entre as quais 
se destacam os mesmos tipos de clorofila (a e b), a mesma 
substância de reserva (amido) e a formação de lamela média à 
base de fragmoplastos após a divisão celular (pelo menos em 
algumas formas de clorofíceas). Apesar disso, Rodofíceas e 
Feofíceas não apresentam esse parentesco próximo com as 
plantas terrestres. Esta classificação foi a adotada por Whittaker 
em 1969, na qual as algas estariam agrupadas em 3 reinos: 
 
- Reino Monera (unicelulares procariontes) – Cyanophyta 
- Reino Protista (unicelulares eucariontes) – Euglenophyta 
 Pyrrophyta 
 Chrysophyta 
- Reino Plantae (pluricelulares eucariontes) – Rodophyta 
 Phaeophyta 
 Chlorophyta 
Os argumentos para considerar talófitas como 
pertencentes ao Reino Protista são vários. O principal é o fato 
de as talófitas não serem dotadas de organização tecidual, o 
que para muitos autores é um requisito para um organismo 
pertencer ao Reino Plantae. Esse aspecto é agravado quando se 
analisa a existência de talófitas unicelulares, principalmente 
entre as Clorofíceas, que são exatamente as que mais guardam 
relação de parentesco comas plantas terrestres. Aliás, este é um 
outro aspecto a se analisar: Rodofíceas e Feofíceas não são 
parentes próximas das plantas terrestres, apesar de 
Clorofíceas serem. Como o principal critério para a classificação 
taxionômica atual (Sistemática) é a filogenia (aspectos evolutivos), 
a classificação de algas como pertencentes ao Reino Plantae seria 
inadequada. Esta é a classificação adotada preferencialmente 
pelos autores mais modernos: talófitas pertencem ao Reino 
Protista. Desse modo, modernamente, as algas se enquadram 
em dois reinos apenas: 
 
- Reino Monera (unicelulares procariontes) – Cyanophyta 
- Reino Protista (unicelulares e pluricelulares sem tecidos 
eucariontes) – Euglenophyta 
 Pyrrophyta 
 Chrysophyta 
 Rodophyta 
 Phaeophyta 
 Chlorophyta 
 
As cianobactérias já foram estudadas junto às bactérias, 
de modo que a discussão será sobre as algas do Reino Protista. 
 
Divisão Euglenophyta: euglenófitas ou 
euglenoides 
As euglenófitas são organismos unicelulares eucariontes 
que, apesar de algas, podem ser fotossintetizantes ou não 
fotossintetizantes. 
Os organismos fotossintetizantes do grupo são na verdade 
mixotróficos, sendo extremamente versáteis em sua nutrição. Em 
ambientes bem iluminados, fazem fotossíntese e se nutrem a 
partir desse processo. Entretanto, em ambientes escuros, podem 
agir como heterótrofos e realizar fagocitose para se manterem. 
São exemplos de euglenófitas fotossintetizantes seres como 
Euglena (Euglena viridis, principalmente) e Phacus. 
Os organismos não fotossintetizantes do grupo são 
heterótrofos. São exemplos de euglenófitas heterótrofas seres 
como Peranema. 
 
Euglena. 
A maioria dos euglenoides é de água doce, apesar de 
haver alguns representantes em hábitat marinho. As espécies de 
água doce têm em seu citoplasma um vacúolo contrátil ou 
pulsátil, que retira o excesso de água da célula que entrou por 
osmose. Isso é necessário porque não há uma parede celular 
bem caracterizada nesses organismos, mas uma estrutura flexívelSimétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
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localizada sob a membrana plasmática denominada película, que 
mantém a forma da célula. (A ausência de parede celular é uma 
adaptação que permite a fagocitose quando o organismo se nutre 
de modo heterotrófico.) 
Os euglenoides possuem dois flagelos, sendo um 
emergente e utilizado na locomoção e outro não emergente. Esses 
flagelos partem de uma reentrância da célula denominada 
reservatório ou saco flagelar. Próximo ao reservatório, existe 
nas formas fotossintetizantes uma estrutura avermelhada 
denominada estigma ou mancha ocelar, que participa dos 
mecanismos de percepção de luz. As euglenas são capazes de se 
orientar segundo a iluminação que recebem, dirigindo-se para os 
locais iluminados. 
Euglenófitas fotossintetizantes possuem clorofilas a e b, 
além de pigmentos acessórios como carotenos e xantofilas. A 
reserva de nutrientes se dá através de paramilo, um 
polissacarídeo exclusivo desse grupo. 
A reprodução nesse grupo é assexuada, através de 
mecanismos de bipartição ou cissiparidade. Não se conhecem 
mecanismos de reprodução sexuada nesse grupo. 
 
 
Bipartição em Euglena. 
 
Divisão Pyrrophyta ou Dynophyta: algas de 
fogo ou dinoflagelados 
As pirrófitas são organismos unicelulares eucariontes 
cujo nome significa “algas de fogo” (pyrro = fogo), por serem 
avermelhadas. Como em euglenófitas, apesar da denominação de 
algas, há representantes fotossintetizantes e não 
fotossintetizantes. Nas formas fotossintetizantes, ocorre um 
estigma ou mancha ocelar para orientar quanto à direção da 
luminosidade. A maioria das pirrófitas vive no mar, existindo, 
entretanto, algumas de água doce. 
Nos dinoflagelados, há um endoesqueleto formado por 
placas de celulose associadas à membrana plasmática. Dessa 
maneira, a parede celular assume uma posição diferente daquela 
das demais algas, uma vez que se localiza internamente à 
membrana plasmática. Algumas formas possuem envoltórios 
compostos por placas espessas de celulose, dando origem a uma 
espécie de armadura denominada teca ou lórica. Essas formas 
são denominadas tecadas, como o autótrofo Ceratium. Em 
contrapartida, algumas formas possuem envoltórios compostos 
por placas de celulose bastante delgadas. Essas formas são 
denominadas atecadas, como o heterótrofo Noctiluca (uma 
exceção entre os membros do grupo, que são basicamente 
autótrofos). Algumas lóricas possuem um reforço de sílica. 
Os dinoflagelados com teca têm geralmente dois flagelos, 
que emergem de um mesmo ponto da célula, mas que se dispõem 
de modo diferente: um deles circunda a célula como uma cinta, e o 
outro fica perpendicular ao primeiro. O batimento desses flagelos 
faz com que as células se desloquem rodopiando como piões. 
As pirrófitas fotossintetizantes são dotadas de clorofilas a 
e c, bem como de pigmentos acessórios como carotenos 
(principalmente peridinina, de cor avermelhada) e xantofilas. 
A reserva se dá através de amido e óleos. 
A reprodução mais comum é a assexuada por bipartição 
ou cissiparidade, mas também ocorre reprodução sexuada 
através da formação de gametas. 
 
Importância ecológica e particularidades 
Alguns dinoflagelados se destacam pela capacidade de 
produção de luz ou bioluminescência. Os membros de gênero 
Noctiluca (“luz da noite”) estão entre os dinoflagelados 
bioluminescentes. A bioluminescência é possível graças à 
oxidação de uma substância denominada luciferina, num 
processo intermediado pela enzima luciferase. A reação, que 
também ocorre em outros organismos bioluminescentes como 
certas águas-vivas e vaga-lumes é descrita abaixo: 
 
luciferina + O2 + ATP → oxiluciferina + ADP + luz 
enzima luciferase 
 
Alguns dinoflagelados se associam a outros organismos 
através de relações mutualísticas. Esses dinoflagelados 
mutualísticos, denominados zooxantelas, não possuem tecas 
(atecados) e a associação pode se dar com uma grande 
diversidade de seres, como esponjas, águas-vivas, anêmonas-do-
mar, corais, vermes turbelários, polvos, lulas, gastrópodes (em 
particular lesmas-do-mar), tunicados e até mesmo outros protistas. 
As zooxantelas respondem pela produtividade dos recifes 
de corais em águas tropicais, que são bastante pobres em 
nutrientes. Como fotossintetizantes, as algas associadas aos 
tecidos dos corais, especialmente em seus tubos digestivos, 
permitem que eles adquiram nutrientes orgânicos. Uma vez que 
necessitam de luz para sobreviver e manter a fotossíntese, as 
zooxantelas fazem com que os recifes de corais que dependem 
delas para sua sobrevivência só existam em águas rasas com 
luminosidade abundante. 
Com a intensificação do efeito estufa nos últimos anos, 
comunidades de corais têm sido amplamente destruídas pelo que 
se está chamando de “síndrome do embranquecimento dos 
corais“. Com o aumento de temperatura da água, o metabolismo 
das zooxantelas acelera de modo que elas passam a produzir 
substâncias tóxicas para si próprias, resultando em sua morte. 
Como são responsáveis pela coloração e nutrição dos corais, 
estes perdem a cor e morrem, o que é um problema ecológico 
particularmente importante quando se considera que eles forma os 
ecossistemas de maio biodiversidade em ambientes marinhos. 
Os dinoflagelados do gênero Gonyaulax e Gymnodinium 
têm uma importância ecológica particular, uma vez que estão 
relacionados à maré vermelha.

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