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1 Pós-Graduação Online Apresentação do conteúdo • Como já mencionado anteriormente, ao contrário das esferas ética e criminal, as quais possuem natureza punitiva, a esfera cível possui natureza indenizatória, de sorte que se o paciente tiver razão nas suas alegações, o prestador de serviço médico/odontológico que injustamente tenha lhe causado prejuízo, ficará obrigado a reparar este dano. Neste sentido, a violação de um dever jurídico configura um ilícito, que, quando acarreta dano a outrem, gera um novo dever jurídico, qual seja, o dever de indenizar o prejuízo (Cavalieri Filho, 2007). A responsabilidade representa a consequência natural do não cumprimento de uma obrigação, do devedor para com o credor. A responsabilidade não equivale à obrigação, mas a substitui e pode ser exigida judicialmente (Barros Júnior, 2011). Especificamente na Odontologia, Daruge et al. (2017) definem a responsabilidade civil do cirurgião-dentista como a obrigação de responder pelos danos que o prestador de serviço odontológico causar no exercício da profissão, decorrentes de ato culposo, comissivo AULA 02 Definição; Responsabilidade civil contratual e extracontratual Responsabilidade civil médica e odontológica 2 Pós-Graduação Online (imprudência e imperícia) ou omissivo (negligência), de ato doloso ou, em certos casos, independentemente de culpa. Também merece destaque a definição apresentada por Maria Helena Diniz. De acordo com esta doutrinadora, a responsabilidade civil consistiria na aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou de animal sob sua guarda, ou ainda, de simples imposição legal. A definição que traduz de forma mais direta o conceito de responsabilidade civil é apresentada por Cavalieri Filho (2007), ao afirmar que a responsabilidade civil pode ser definida como sendo o dever jurídico sucessivo que surge para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário. A responsabilidade civil, então, emerge do descumprimento obrigacional, pela não observância de uma regra estabelecida em um contrato, ou pelo desrespeito de um preceito normativo que regula a vida em sociedade (Tartuce, 2019). A depender do dever jurídico inicialmente existente com o paciente, o prestador de serviço médico/odontológico estará diante de uma responsabilidade civil contratual (também chamada negocial) ou extracontratual (também conhecida como responsabilidade civil aquiliana). Tanto na responsabilidade civil contratual como na responsabilidade civil extracontratual há a violação de um dever jurídico originário; a distinção entre elas reside na fonte do dever jurídico originário. Na responsabilidade civil contratual, a fonte do dever jurídico originário é o contrato celebrado entre as partes. Por seu turno, na responsabilidade civil extracontratual, a fonte do dever jurídico originário seria, nos dizeres de Tartuce, o preceito normativo que regula a vida em sociedade. 3 Pós-Graduação Online Importante destacar que a classificação da responsabilidade em contratual não está condicionada à existência necessária de um contrato escrito. A responsabilidade civil contratual pode estar lastreada em um contrato escrito, mas também em um contrato verbal, por exemplo. Como exemplos de responsabilidade civil contratual tem-se: contratação de médico para realização de cirurgia plástica ou para o acompanhamento obstétrico e contratação de cirurgião-dentista para realização de implante dentário ou procedimentos de harmonização orofacial. Na responsabilidade civil extracontratual não há contrato algum entre as partes (paciente/familiar e médico/cirurgião-dentista). Neste caso, um dever geral/legal de não causar dano a outrem é desrespeitado pelo médico/cirurgião-dentista. Como exemplos de responsabilidade civil extracontratual tem- se: atendimentos médicos/odontológicos em caráter emergencial (paciente que passa mal em aeronave) ou atendimentos realizados no âmbito do serviço público de saúde. Seja na responsabilidade civil contratual, seja na responsabilidade civil extracontratual, em regra, os pressupostos da responsabilidade civil são os seguintes: conduta do agente (médico/cirurgião-dentista), culpa, dano e nexo de causalidade entre a conduta culposa do agente e os danos sofridos pelo paciente/familiar. Para que haja a responsabilidade civil é imprescindível que estejam presentes todos os pressupostos, sendo certo que a ausência de qualquer um dele impedirá a condenação cível do médico/cirurgião- dentista. 4 Pós-Graduação Online Objetivos • De acordo com Gagliano e Pamplona Filho, poderiam ser mencionadas 3 diferenças entre a responsabilidade civil contratual e a responsabilidade civil extracontratual: “...a necessária preexistência de uma relação jurídica entre lesionado e lesionante; o ônus da prova quanto à culpa; e a diferença quanto à capacidade. Com efeito, para caracterizar a responsabilidade civil contratual, faz-se mister que a vítima e o autor do dano já tenham se aproximado anteriormente e se vinculado para o cumprimento de uma ou mais prestações, sendo a culpa contratual a violação de um dever de adimplir, que constitui justamente o objeto do negócio jurídico, ao passo que, na culpa aquiliana, viola-se um dever necessariamente negativo, ou seja, a obrigação de não causar dano a ninguém. Justamente por tal circunstância é que, na responsabilidade civil aquiliana, a culpa deve ser sempre provada pela vítima, enquanto, na responsabilidade contratual, ela é, de regra, presumida, invertendo-se o ônus da prova, cabendo à vítima comprovar, apenas, que a obrigação não foi cumprida, restando ao devedor o onus probandi, por exemplo, de que não agiu com culpa ou que ocorreu alguma hipótese excludente do elo de causalidade. Por fim, vale destacar que, em termos de capacidade, o menor púbere só se vincula contratualmente quando assistido por seu representante legal — e, excepcionalmente, se maliciosamente declarou-se maior (art. 180 do CC/2002) —, somente devendo ser responsabilizado nesses casos, ao contrário da responsabilidade civil aquiliana, em que o prejuízo deve ser reparado, pelo menos na previsão do art. 156 do Código Civil de 1916, sem correspondente no atual diploma civil. O Código Civil de 2002, por sua vez, sem distinguir púberes de impúberes, dispõe que o ‘incapaz será responsabilizado pelos prejuízos que a sua atuação ilícita causar, se as pessoas por ele 5 Pós-Graduação Online responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes’...”. Tendo em vista estas diferenças, já se mostra importante conhecer a distinção entre as responsabilidades civil contratual e extracontratual. Além disso, a classificação, no caso concreto, da responsabilidade e contratual ou extracontratual acarretará consequências muito relevantes quanto ao prazo prescricional e à apuração do valor total da condenação. Isso porque, de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), há diferença do prazo prescricional se a responsabilidade civil for contatual ou se ela for extracontratual. Em apertada síntese, considerando apenas o Código Civil, o prazo prescricional na responsabilidade civil contratual seria de 10 anos (art. 205), ao passo que na responsabilidade civil extracontratual seria de 3 anos (art. 206, §3º, inciso V). Logo, identificar, no caso concreto, a existência de uma responsabilidade civil contratual ou extracontratual pode evitar a propositura de uma ação judicial após decorrido o prazo prescricional (no caso da parte autora) ou permitir que seja alegada a ocorrência da prescrição (pela parterequerida). Quanto aos juros de mora, na responsabilidade civil extracontratual a sua incidência seria desde a data da ocorrência do fato gerador da condenação (Súmula 54, do STJ); nos casos de responsabilidade civil contratual, a incidência dos juros teria início a partir da citação do requerido na ação judicial cível. Portanto, a “simples” distinção entre a responsabilidade civil contratual e extracontratual pode conduzir a um valor total maior ou menor para o autor da ação (ou, no caso do requerido, ao pagamento de uma indenização mais ou menos elevada). 6 Pós-Graduação Online Amplie o seu conhecimento 1. TJSP - Apelação nº 1021676-33.2019.8.26.0224 Relator(a): Elcio Trujillo Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Privado Data do julgamento: 26/08/2021 Ementa: [...] RESPONSABILIDADE CIVIL - Erro médico - Autora que, em outubro de 2002, apresentou quadro neurológico único de parestesia em membro superior esquerdo, com lesão inespecífica na ressonância magnética, sem sinais de outras lesões cerebrais, quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla e começou a fazer uso de medicação injetável para esta patologia - Apenas em 2017/2018, após ter se consultado com outro médico neurologista e realizado novos exames, é que a hipótese diagnóstica da referida doença foi descartada, sendo suspenso o uso do fármaco - Laudo pericial conclusivo no sentido de que não existiam elementos para o diagnóstico de esclerose múltipla, ocasião em que deveria ter sido adotada conduta expectante e não administração da droga - Ao longo dos anos, não foram realizados todos os exames necessários para confirmar o diagnóstico inicial da doença, o que ocorreu somente em 2017, quando a autora procurou outro profissional especializado - Diagnóstico equivocado que implicou em tratamento inadequado - Prestação deficitária dos serviços caracterizada - Dano moral configurado - Indenização fixada em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) - Quantum arbitrado que atende às finalidades compensatória e pedagógica - Decisão recorrida comporta singelo reparo no tocante ao termo inicial dos juros de mora - Na espécie, o dano moral decorre de uma relação contratual havida entre as partes, razão pela qual os juros moratórios de 1% ao mês incidem desde a citação, nos termos do artigo 405 do Código Civil - Sentença reformada em parte - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Trechos do acórdão: 7 Pós-Graduação Online Em que pese o respeito pelo entendimento do d. magistrado a quo, a r. sentença comporta singelo reparo no tocante ao termo inicial dos juros de mora. Na espécie, o dano moral decorre de uma relação contratual havida entre as partes, razão pela qual os juros moratórios de 1% ao mês incidem desde a citação, nos termos do artigo 405 do Código Civil. 2. TJSP - Apelação nº 1000147-07.2017.8.26.0198 Relator(a): Djalma Lofrano Filho Órgão julgador: 13ª Câmara de Direito Público Data do julgamento: 25/08/2021 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ERRO MÉDICO. ÓBITO DE RECÉM-NASCIDO. Pretensão jurisdicional voltada ao recebimento de indenização por dano moral, material e pensão mensal, em decorrência de erro médico. Sentença de parcial procedência na origem. Reforma parcial que se impõe. Acervo probatório, em especial a prova pericial, suficiente para demonstrar a inobservância da boa prática médica. Recém- nascido (1 mês) com quadro clínico geral comprometido, febre e desidratação, não sendo recomendada a alta hospitalar, mas a internação desde a primeira consulta. Hipótese, contudo, em que os prepostos dos réus liberaram a menor, razão pela qual os pais decidiram levá-la a hospital particular, onde ela foi internada na UTI, porém com seu quadro clínico agravado, sem tempo hábil para recuperação. Acervo probatório suficiente para demonstrar a falha no serviço público de saúde. Responsabilidade dos corréus na modalidade subjetiva, em razão da conduta culposa de seus prepostos. Nexo de causalidade comprovado. Dano material. – Laudo pericial que constatou condutas inadequadas nos procedimentos realizados por parte dos prepostos dos corréus. Negligência no atendimento que implicou na realização de atendimento de emergência, em nosocômio particular, cujo valor 8 Pós-Graduação Online é cobrado da parte autora. Cabível a condenação dos corréus ao adimplemento ou reembolso do valor a ser pago. Pensão mensal. – Em se tratando de família de baixa renda, é devido o pensionamento aos pais pela morte de filho menor, sem a necessidade de comprovação da dependência econômica entre as partes. Precedentes do STJ e desta C. Câmara. Inteligência da Súmula nº 471, do STF. Dano moral configurado. Cabível a redução da indenização para R$ 100.000,00 para cada autor, valor que se mostra razoável e em consonância com a regra do artigo 944 do Código Civil. Consectários legais. – Possibilidade de adequação "ex officio", por se tratar de matéria de ordem pública, não havendo "reformatio in pejus". Aplicação do Tema 810 do STF. Correção monetária que incide a partir da data do arbitramento (Súmula nº 362 do STJ) e juros moratórios a partir do evento danoso (Súmula nº 54 do STJ). Honorários advocatícios. Reconhecida a sucumbência total dos réus, porque, na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca, consoante a Súmula nº 326 do Superior Tribunal de Justiça. Majoração dos honorários arbitrados em primeiro grau para 15% do valor da condenação, em face da sucumbência recursal, nos termos do art. 85, § 11, do CPC. Sentença parcialmente reformada. Recursos oficial e voluntários parcialmente providos, com observação. Trechos do acórdão: No mais, no que se refere à disciplina da correção monetária e juros de mora, já reconhecidos pelo Superior Tribunal de Justiça como matéria de ordem pública, a sentença comporta retificação ex officio em relação a certos aspectos. Por se tratar de matéria de ordem pública, sua aplicação ou alteração de ofício não configura reformatio in pejus. Confira-se, neste sentido, o entendimento deste E. Tribunal de Justiça e do C. Superior Tribunal de Justiça: 9 Pós-Graduação Online “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA EM CONDENAÇÕES DA FAZENDA PÚBLICA APÓS DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/1997. (...) Já tendo o STF reconhecido a inconstitucionalidade do art. 5º da Lei 11.960/2009, não cabe novo reconhecimento da inconstitucionalidade por esta Corte, cuja decisão, portanto, não afronta o art. 97 da CF. Além disso, nos termos em que foi editada a Súmula Vinculante 10 do STF, a violação à cláusula de reserva de plenário só ocorreria se a decisão, embora sem explicitar, afastasse a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da CF. (...) Ademais, a correção monetária e os juros de mora, como consectários legais da condenação principal, possuem natureza de ordem pública e podem ser analisados até mesmo de ofício, bastando que a matéria tenha sido debatida na Corte de origem, não cabendo falar em 'reformatio in pejus'.” (STJ - AgRg no AREsp 18.272-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 4/2/2014 - destaques acrescidos). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. JUROS DE MORA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DE OFÍCIO. NÃO OCORRÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA OU REFORMATIO IN PEJUS. DECISÃO MANTIDA. 1. Os juros de mora constituem matéria de ordem pública e a alteração de seu termo inicial, de ofício, não configura reformatio in pejus. Precedentes. Incidencia da Súmula nº 83/STJ. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ 4ª T AgRg no AREsp 741.541/SP Rel. Luis Felipe Salomãoj. 24/11/2015). No mesmo sentido: STJ 6ª T AgRg no Ag 1056885/SP Rel. Nefi Cordeiro j. 3/2/2015 e Embargos de Divergência em Resp nº 1.394.554 SC Rel. Herman Benjamin j. 01.07/2016. Na hipótese, a indenização será acrescida de correção monetária a partir da data do arbitramento (Súmula nº 362 do STJ) e juros moratórios a partir do evento danoso (Súmula nº 54 do STJ). 10 Pós-Graduação Online 3. TJSP – Embargos de Declaração nº 0001736-93.2013.8.26.0100 Relator(a): Carlos Alberto de Salles Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Privado Data do julgamento: 24/08/2021 Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO. ERRO MÉDICO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. Acórdão de parcial provimento da apelação da ré. Embargos de declaração opostos pelos autores apelados. Alegação de omissões. Contratação de enfermeira que é pedido decorrente da causa de pedir da indenização da mãe. Prescrição reconhecida. Ausência de omissão quanto aos danos morais e estéticos, reduzidos no acórdão. Indenização limitada às despesas médicas futuras pela inadmissão de pedido genérico para as despesas já incorridas (art. 324, §1º, CPC). Afastamento de obrigação de fazer, por caracterizar bis in idem em relação à liquidação de despesas médicas futuras. Esclarecimentos quanto à correção monetária sobre as pensões vitalícias vencidas antes do julgamento, a partir dos 14 anos de (-). Cabimento de correção monetária a partir de cada vencimento e juros de mora também de cada vencimento, uma vez que antes de cada vencimento de pensão não havia obrigação da ré. Não aplicação da Súmula 54 do STJ. Sucumbência recíproca mantida. Embargos acolhidos em parte. Trechos do acórdão: Não é caso de aplicação da Súmula 54 do STJ, pois a responsabilidade é contratual, pela relação jurídica existente na prestação dos serviços médicos, que tem essa natureza. 11 Pós-Graduação Online REFERÊNCIAS BARROS JÚNIOR, Edmilson de Almeida. Direito médico: abordagem constitucional da responsabilidade médica, 2. ed. São Paulo: Atlas; 2011. BRASIL. Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 [acesso em 15 Ago 2021]. Institui o Código Civil. Brasília. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil, 7. ed., 3. reimpr. São Paulo: Atlas; 2007. DARUGE, Eduardo, DARUGE JÚNIOR, Eduardo, FRANCESQUINI JÚNIOR, Luiz. Tratado de odontologia legal e deontologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Responsabilidade Civil, Volume VII. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1998. GAGLIANO, Pablo Stolze, PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de direito civil: volume único. 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único, 9. ed., 3. reimpr. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método; 2019.
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