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FISIOLOGIA DA PELE E REPARO TECIDUAL Profa. Dra. Mara Dias Pires ORIGEM DOS MELANÓCITOS FIGURA 65.1 Migração de melanócitos da crista neural. Melanócitos migram para o trato uveal dos olhos (íris e coroide), para as leptomeninges e a cóclea do ouvido interno, bem como para a epiderme e para o folículo piloso. Os melanócitos cutâneos também podem surgir de precursores de células de Schwann localizados ao longo dos nervos da pele. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595155190/epubcfi/6/186[%3Bvnd.vst.idref%3Di93]!/4 /2/8/4/8 MELANÓCITOS §Olhos (epiteĺio pigmentar retiniano, iŕis), ouvidos (estrias vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pel̂os, mucosas e pele; §Número de melanoćitos é mediado por sinalização ceratinocítica; §Diminui com a idade, em áreas não foto expostas, na proporca̧õ de 6 a 8% por dećada; §O determinante que mais importa para a cor da pele normal é a atividade dos melanócitos, isto é, a quantidade e a qualidade da produção de pigmentos, e não a densidade dos melanócitos. FIGURA 1.3 Melanócito normal. Uma amostra de epiderme total foi corada para a detecção da enzima tirosinase, que tipifica melanócitos. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595155190/epubcfi/6/186[%3Bvnd.vst.idref%3Di93]!/4 /2/8/4/8 HORMÔNIO MELANOTRÓFICO (MSH) §α-MSH: biologicamente ativo, formada por 13 aa, os quais são os aa iniciais da molécula de ACTH. §α-MSH sintetizado por neurônios hipotalâmicos, onde atua como neurotransmissor ou neuromodulador (supressão de inflamação e a regulação do peso corporal); pelas células de Langerhans e queratinócitos. §Receptor de α-MSH pertence a uma família que inclui o receptor de ACTH. §MC1R - Cel endote ia i s, f ibroblas tos e melanóc i tos : reconhece preferencialmente o α-MSH §MC2R - córtex suprarrenal: reconhece exclusivamente o ACTH §MC3R e MC4R - SNC: reconhecem ACTH e MSH. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527734028/epubcfi/6/174[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter66]!/4/288/1:604[POM%2CC. POMC pró-ópio melanocortina B- endorfina α-MSHACTH POMC*: hipófise, testículos, endotélio e queratinócitos MC1-R §Produtos da clivagem do POMC §ACTH §α-MSH §Doença de Addison: altos níveis de ACTH §Síndrome de Nelson: tumor produtor de ACTH §Administração prolongada de ACTH Receptor de melanocortina 1 **ATENÇÃO** Queratinócitos e melanócitos ainda são os principais indutores da melanogênese. https://www.actasdermo.org/es-sindrome-nelson-una-causa-infrecuente-articulo-S0001731009000040 MUTAÇÕES DO MC1-R §Polimorfimos genéticos §Diferenças étnicas §Respostas diferentes a exposição UV §Pessoas de cabelos vermelhos, efélides e pele bem c lara possuem uma grande quantidade de mutações do MCR-1 § Resposta diminuida ao α-MSH § Redução da eumelanogênese E POLIMORFISMOS FONTE DE FENILALANINA (AA ESSENCIAL) TIROSINA DOPA/DOPAMINA Controle motor, cognição, compensação, prazer, humor, precursora de norepinefrina e a epinefrina. Estimulação da excreção renal de sódio, supressão da liberação de aldosterona, relaxamento do esfíncter esofágico e retardo do esvaziamento do gástrico. Mutações que inativam a tirosinase: Albinismo oculocutâneo tipo 1 • A t i v a ç ã o e e s t a b i l i z a ç ã o d a tirosinase • Síntese de melanossoma • Aumento na razão eu/feo Mutações •Albinismo oculocutâneo tipo 3 •Morte prematura de melanócitos no Vitiligo MELANOGÊNESE § DHI, 5,6-dihidroxi-indol § DHICA, 5,6-di-hidroxi-indol-2-ácido carboxílico § DOPA, di-hidroxifenilalanina § TRP - proteína relacionada à tirosinase. FOLÍCULO PILOSO §100 mil folículos; crescem 0,3 mm/dia §Anágena: dura 3 a 6 anos §Catágena: 2 semanas §Telógena: 3 meses + FOLÍCULO PILOSO §Sensorial §Homeostasia térmica §Proteção dos raios UV §REPARAÇÃO TECIDUAL §Reservatório de células-tronco Funções O Início da diferenciação celular está relacionado com a migração para cima a partir da camada basal. A renovação completa leva 40 a 56 dias. TAC: célula amplificadora transitória BIODERMOCOSMÉTICOS E CÉLULAS TRONCO RELEMBRANDO A FISIOLOGIA DO REPARO E CICATRIZAÇÃO REPARO E CICATRIZAÇÃO § REGENERAÇÃO por proliferação das células residuais não lesadas e maturação de células t ronco tec idua i s , em subs t i t u i ção dos componentes lesados e retorno ao estado normal. § CICATRIZAÇÃO: deposição de tec ido conjuntivo Fig.1.19: Robbins e Cotran DEPOSIÇÃO DE TECIDO CONJUNTIVO 1. Migração e proliferação de fibroblastos 2. Deposição de proteínas da MEC, produzidas por estas células REGULAÇÃO § fatores de crescimento: PDGF, FGF-2 e TGFβ § citocinas de produção local § Produto de macrófagos M2 (EGF e TGF-α) FIBROBLASTOS: penetram a ferida a partir das bordas e migram em direção ao centro, diferenciam- se em miofibroblastos que fazem a contração da ferida “puxando” as margens em direção ao centro TGFβ Citocina mais importante para a síntese e a deposição de proteínas do tecido conjuntivo REMODELAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO Após a cicatriz ser formada ela será remodelada para aumentar a sua força e contratilidade COLÁGENO Ligações cruzadas Filamentos mais alongados Mudança de colágeno III para colágeno I Com o passar do tempo degradação do tecido conjuntivo (família de MMPs) e encolhimento da ferida MMPs: produzidas por macrófagos, fibroblastos, neutrófilos, células sinoviais e cel epiteliais. TIMPs: inibidores teciduais específicos das metaloproteinases Ti po Característi cas Distribuição I Feixes de fibras em bandas com elevada força elástica Pele, osso, tendões II Fibras delgadas; proteína estrutural Cartilagem III Fibras delgadas; elásticas Vasos sanguíneos, útero, pele IV Amorfo Todas as membranas basais V Amorfo/fibralas finas Vasos sanguíneos VI Amorfo/fibralas finas Tecidos intersticiais VII Filamento de ancoragem Junção dermoepidérmica VIII Provavelmente amorfo Membrana do endotélio IX Possível papel na maturação da cartilagem Cartilagem REMODELAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO Fatores que influenciam no reparo • Tipo e extensão da lesão • Localização da lesão • Estado nutricional: def de Vit C • Fatores mecânicos • Má perfusão • Diabetes • Presença de corpo estranho • Uso de glicocorticóides: anti-inflamatório esteroidal (inibe a síntese de TGFβ) CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS FIGURA 3-29 Etapas na cura de feridas através da primeira intenção (esquerda) e da segunda intenção (direita). Na última, observam-se grande quantidade de tecido de granulação e contração da ferida. CURA POR SEGUNDA INTENÇÃO §Perda mais extensa de cé lu las ou tecidos, feridas, abscessos, e necrose isquêmica de órgãos parenquimatosos. §A reação inflamatória é mais intensa, há desenvolvimento abundante de tecido de granulação , acúmulo de MEC e formação de uma grande cicatriz, além de uma contração da ferida pela ação de miofibroblastos. FIGURA 3-30 Cura de úlceras cutâneas. A, Úlcera de pressão da pele, comumente encontrada em pacientes diabéticos. As lâminas histológicas mostram uma úlcera cutânea com grande espaço entre as bordas da lesão (B), uma fina camada de reepitelização epidérmica e extensa formação de tecido de granulação na derme (C) e a contínua reepitelização da epiderme e contração da ferida (D). (Cortesia de Z. Argenyi, MD, Universidade de Washington, Seattle, Wash.) TECIDO DE GRANULAÇÃO Constituído de: vasos capilares neoformados, fibroblastos, fibras colágenas e células inflamatórias. A: úlcera venosa – comum em idosos com problemas venosos ou insuficiência cardíacas congestiva B: úlceras arteriais – arteriopatas difusos, aterosclerose, diabetes C: úlcera diabética - necrose tecidual e cicatrização deficiente (isquemia, neuropatia) D: úlcera de pressão – necrose de tecidos por compressão prolongada contra um osso subjacente. P.ex. pessoas acamadas ANORMALIDADES NO REPARO DE TECIDOS CICATRIZAÇÃOEXCESSIVA § (A) Cicat r ização h iper t ró f ica: crescem rapidamente, possuem g r a n d e q u a n t i d a d e d e miof ibroblastos, mas tendem a regredir após meses ou anos. § (B) Quelóide: cicatrização além dos l imites da ferida original e sem regredir QUELÓIDE qE T I O L O G I A : p r e d i s p o s i ç ã o g e n é t i c a (descendência africana, asiática ou hispânica), tensão cutânea e infecção na ferida. Macroscopicamente: lesões elevadas, que crescem além das margens da lesão. Não regr ide espontaneamente e tende a recorrer após excisão. D i a g n ó s t i c o d i f e r e n c i a l c o m c i c a t r i z hipertrófica https://pt.wikipedia.org/wiki/Queloide FIBROSE EM ÓRGÃOS PARENQUIMATOSOS § Os termos cicatriz e fibrose podem ser usados de forma semelhante, mas fibrose, r e f e r e - se na ma io r ia das vezes, a deposição anormal de colágeno que ocorre em órgãos internos nas doenças crônicas. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA § Reparo tecidual, pg87 § Parte 1 - Reparação de feridas e implicações terapêuticas. § links nas imagens
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