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Milena Aquino, 8° semestre BAHIANA A epiderme é avascular tem espessura relativamente uniforme, composta pelas células epiteliais e células especializadas (como as de Langerhans - defesa e Meckel – receptores de tato e pressão). formada pelas camadas: • Córnea (mais superficial da epiderme, composta por fibras de queratina) • Lúcida • Granulosa • Espinhosa • Germinativa/ basal com as células germinativas – formam os queratinócitos e pelos melanócitos (camada mais profunda da epiderme) A derme é uma camada mais resistente e flexível, formada por tecido conjuntivo, é amplamente vascularizada e controla a temperatura do corpo. Possui duas camadas: Derme papilar Possui ondulações (junção derme-epidérmica onde são encontradas fibras especiais de colágeno, elastina e fibronectina.), é rica em células, capilares, fibras nervosas e corpúsculos táteis. Principais células: • Fibrócitos – síntese de macromoléculas que formam o tecido conjuntivo da derme. • Histiócitos – responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos. • Receptores da dor e temperatura – terminações nervosas livres. • Receptores do tato (corpúsculos de Meissner, em regiões mais sensíveis do corpo). Derme reticular Mais densa, pobre em células, mas rica em colágeno, elastina, fibronectina, fibroblastos, histiócitos e líquido intercelular. Contém estruturas nervosas (receptores de pressão – corpos lamelares), glândulas sebáceas e sudoríparas, além de células fagocitárias que impedem a passagem de bactérias para camadas mais profundas. • Folículos pilosos – favorecem termorregulação. • Glândulas sebáceas – lubrificação da pele. • Glândulas sudoríparas – apócrinas (produzem suor gorduroso, na região axilar e adjacente à genital) e écrinas (suor que contém proteínas, sais, ureia, amônia e ácido úrico, nas palmas das mãos e plantas dos pés). Hipoderme (tela subcutânea) Formada por tecido conjuntivo frouxo (com adipócitos) e tecido adiposo. É uma reserva energética, protege contra choques mecânicos e promove um isolamento térmico. FUNÇÕES DA PELE • Proteção mecânica e comunicação (reduz impactos, estabelece comunicação visual, pode expressar segmento cultural e tem impacto na autoimagem e relações sociais). • Proteção contra radiação UV. • Equilíbrio hidroeletrolítico (controle da perda transepidérmica de água – PTEA). • Manutenção da função físico-química (mantém pH, resistência à infecção etc). • Imunidade • Termorregulação e hemorregulação. • Função metabólica FATORES QUE MODIFICAM A PELE Idade, exposição aos raios UV, hidratação, tensoativos, medicamentos, nutrição e tabagismo. Feridas são rupturas estruturais e fisiológicas do tegumento, ocasionando deformidades e podem ser mais superficiais (epiderme) ou profundas (atingindo estruturas ósseas), agudas, crônicas, fechadas ou abertas. A cicatrização é um fenômeno biológico que tem início com a lesão tecidual de qualquer natureza (de 28-30 dias), sendo composta pela regeneração e proliferação celular, além da produção de colágeno. Ela pode ser dividida em 3 fases: • Fase inflamatória • Fase proliferativa/regenerativa • Fase de maturação/reparativa Milena Aquino, 8° semestre BAHIANA Inflamação > proliferação celular > formação do tecido de granulação > contração da ferida e remodelamento da ferida. FASE INFLAMATÓRIA Início com a morte das células do tecido lesado, pode durar de 72-96h (resposta inflamatória aguda), onde ocorre vasodilatação para promoção da quimiotaxia (aumento da permeabilidade capilar para migração dos neutrófilos para a área lesada). É favorecida por substâncias vasoconstrictoras (tromboxana A2 e prostaglandinas). Nela, ocorre ainda um estímulo à cascata de coagulação para evitar sangramento (coágulo é formado por colágeno, plaquetas e trombina). Ainda há formação de exsudato inflamatório constituído por plasma extravasado e eritrócitos (é rico em fibrinogênio que é transformado em fibrina e serve de suporte para a formação das malhas de fibroblastos e alicerce para as células epiteliais. Observa-se os sinais flogísticos (dor, calor, edema, eritema). FASE PROLIFERATIVA Dura de 1-14 dias. Ocorre a migração das células epiteliais (epitalização) a partir das bordas da ferida, que se replicam por hiperplasia. A partir do 4° dia ocorre ainda a formação de tecido de granulação, até o 8° dia há proliferação endotelial acentuada (neoangiogênese) e intensa atividade dos fibroblastos para deposição de colágeno do tipo III (mais frágil que o da pele original). FASE DE MATURAÇÃO/REMODELAMENTO Tem início no 3° dia e pode durar até 06 meses. Ocorre uma diminuição na densidade celular e na vascularização da ferida (promovendo uma descoloração do tecido, de vermelho para rosado). Há a maturação das fibras colágenas através da produção da colagenase que reverte o colágeno tipo III em tipo I (remodelamento do tecido cicatricial), redução da espessura da cicatriz e aumento da resistência tênsil da pele (porém jamais será igual à da pele original). TIPOS DE CICATRIZAÇÃO • Primária ou imediata (sutura primária) – mínimo de perda tecidual, resposta inflamatória rápida, não há infecção, há uma justaposição das bordas da ferida que é favorecida por pontos de sutura, há uma redução do índice de defeitos da cicatriz e menor incidência de complicações. Em 48h já há a formação da barreira cutânea. • Secundária (granulação) – há grande perda tecidual, o período cicatricial é prolongado. Ocorre a formação de tecido de granulação para repor o tecido perdido, resultando numa resposta inflamatória mais intensa. Tem um maior índice de defeitos de cicatriz (cicatriz hipertrófica e queloides) e maior incidência de complicações, como a deiscência. • Terciária (sutura primária) – há grande perda tecidual, pois a ferida já passou pela fase secundária, com tecido de granulação. A sutura é adiada por aumento da resposta inflamatória (infecção, edema, exsudato), devendo ser feita posteriormente. COMPLICAÇÕES Retração cicatricial Cicatriz inestética Cicatriz hipertrófica Queloide Deiscência Aderências A deiscência pode ser causada por seroma, hematoma, infecção. FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO Sistêmicos – trauma grave (quanto maior a perda tissular mais difícil a cicatrização), idade (crianças tem regeneração mais rápida que os idosos – pela redução de colágeno, elastina etc), mobilidade física (áreas de grande mobilização são difíceis para o fechamento das bordas da ferida), hipovolemia (com hipoperfusão periférica), deficiências vitamínicas (principalmente da vitamina C), desnutrição (deficiência de vitaminas, proteínas e sais minerais), obesidade (quanto mais tecido adiposo, menor a vascularização e trocas de nutrientes e oxigênio), tabagismo (compromete aporte de nutrientes e O2), comorbidades, radioterapia, uso de medicamentos ou drogas, queimaduras (influenciam no equilíbrio hidroeletrolítico), sepse (com aumento da resposta inflamatória), insuficiência hepática, renal, respiratória, além de condições emocionais e psicossociais. Locais – perfusão tissular (isquemia), sangramento (predispõe coágulos e meios de cultura para infecção), localização, infecção, técnica cirúrgica, presença de corpo estranho, edema (pressão tecidual elevada),
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