Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA INTRODUÇÃO Consiste em uma elevação sustentada da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD)) ≥ 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos 2 ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti- hipertensiva. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes melito (DM). O diagnóstico é feito entre 30 e 50 anos de idade (fora dessa faixa, investigar causas secundárias!!) 1/3 da população brasileira possui HAS. RACIONAL DA HAS: diagnóstico → estágio → risco cardiovascular → meta → tratamento HAS SECUNDÁRIA Rins → estenose da A. Renal e DRC Endocrinopatias → Síndrome de Cushing, acromegalia, hipertireoidismo, Hipotireoidismo (TSH e T4 livre), hiperparatireoidismo (PTH), hiperaldosteronismo primário (K reduzido) e feocromocitoma (metamefrinas) Coarctação da aorta → crianças e adolescentes Apneia Obstrutiva do Sono (polissonografia) Drogas → AINEs (A COX é vasodilatadora, ao inibi- la causa vasoconstrição e aumento da PA), ACO, Anfetamina, Cocaina, Maconha Obesidade DIAGNÓSTICO PA NO CONSULTÓRIO É necessário pelo menos 2 medidas elevadas em ocasiões diferentes p/ diagnóstico PAS ≥ 140 mmHg PAD ≥ 90 mmHg MAPA Permite avaliar a variabilidade da PA em períodos curtos de tempo e permite leituras noturnas PAS (mmHg) PAD (mmHg) VIGÍLIA ≥ 135 ≥ 85 MAPA 24 HORAS ≥ 130 ≥ 80 SONO ≥ 120 ≥ 70 MRPA Deve-se realizar medições da PA durante 5 dias (3x antes de tomar medicação e 3x _a noite) e realizar a média dos resultados. PAS ≥ 130 mmHg PAD ≥ 80 mmHg DIAGNÓSTICOS POSSIVEIS HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO: PA elevada no consultório e normal na MAPA e MRPA EFEITO DO AVENTAL BRANCO (o paciente já é hipertenso): PA eleva no consultório e é normal na MAPA e MRPA. m HIPERTENSÃO MASCARADA: PA no consultório é normal e é elevada na MAPA e MRPA. DIAGNÓSTICO NA 1ª CONSULTA Estágio III (≥180/110) OU ≥140/90 + alto risco ESTÁGIO CLASSIFICAÇÃO DA PA DE ACORDO COM A MEDIÇÃO NO CONSULTÓRIO A PARTIR DE 18 ANOS DE IDADE CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) PA ótima < 120 < 80 PA normal 120-129 80-84 Pré-hipertensão 130-139 85-89 HA Estágio 1 140-159 90-99 HA Estágio 2 160-179 100-109 HA Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 RISCO CARDIOVASCULAR • Anamnese + Exame físico Hipertensão Arterial ANA LUÍZA ALVES PAIVA / 8° PERÍODO / 2023-2 2 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA • Fatores de risco • LOA • Condições estabelecidas (cardiovascular e/ou renal) FATORES DE RISCO História de doença CV precoce (M <65 anos e H < 55) Idade (M >65 anos e H >55) PERfil lipídico (TG >150; LDL >100; HDL< 40) Tabagismo Elevação de glicemia (DM) N S A Obesidade(IMC ≥ 30 kg/m2) EXAMES HIPERTENSÃO EXAMES DE ROTINA PARA O PACIENTE HIPERTENSO Análise de Urina (EAS) → avaliar DRC (proteinúria, hematúria, globulinúria) Potássio plasmático → causa secundária, uso de medicamentos Glicemia de jejum e HBA1C → DM Ritmo de filtração glomerular estimado Creatinina plasmática Colesterol total, HDL-C e triglicérides plasmáticos Ácido úrico plasmático → potencializa ao SRAA e deposita no glomérulo = aumento da PA Eletrocardiograma → SVE, etiologia de IC, bradicardia EXAMES RECOMENDADOS EM POPULAÇÕES ESPECÍIFICAS Radiograma de tórax (comprometimento cárdio/pulmonar) Ecocardiograma (HVE/IC) Albuminúria (DM com SM ou ≥ 2 FRCV) US de carótidas (sopro carotídeo, DCV ou aterosclerose) US renal ou com Doppler (massa ou sopro abdominal) Teste ergométrico (DAC estável, DM com HF+) LESÃO DE ORGÃO-ALVO NA AVALIAÇÃO DO RISCO ADICIONAL NO HIPERTENSO Hipertrofia ventricular esquerda (Indice Sokolow-Lyon (SV1 + RV5 OU RV6) ≥ 35mm) EMI da carótida > 0,9 mm ou placa carotídea VOP carótido-femoral > 10m/s ITB < 0,9 DRC estágio 3 (RFG-e 30- 60 ml/min/ 1,73m2) Albuminúria entre 30 e 300 mg/24h ou relação albumina-creatinina urinária 30 a 300 mg/g CONDIÇÕES ESTABELECIDAS DOENÇA CV E RENAL ESTABELECIDA Doença cerebrovascular -AVE isquêmico -Hemorragia cerebral -Ataque isquêmico transitório Doença da artéria coronária -Angina estável ou instável -Infarto do miocárdio -Revascularização do miocárdio, percutânea (angioplastia) ou cirúrgica Insuficiência Cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada Doença arterial periférica sintomática dos membros inferiores DRC estágio 4 (RFG < 30 ml/min/1,73 m2) Retinopatia avançada, hemorragias, exsudatos, papiledema CLASSIFICAÇÃO 10 3 2 1 FR, presença de LOA ou doença PRÉ- HIPERTENSÃO PAS 130-139 PAD 85-89 ESTÁGIO I PAS 140- 159 PAD 90- 99 ESTÁGIO II PAS 160- 179 PAD 100- 109 ESTÁGIO III PAS > 180 PAD > 110 Sem FR SEM RISCO B M A 1 ou 2 FR B M A A ≥ 3 FR M A A A 3 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA LOA, DRC estágio 3, DM, DCV A A A A META TERAPÊUTICA ALTO RISCO: <130/80 BAIXO OU MODERADO RISCO: <140/90 META RISCO CARDIOVASCULAR BAIXO OU MODERADO ALTO PA sistólica (mmHg) < 140 120-129 PA diastólica (mmHg) < 90 70-79 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Perda de Peso (mais importante!) Padrão alimentar Pratica de exercício físico Tabagismo Consumo de bebidas alcoólicas Controle do estresse Respiração lenta CONTROLE DO PESO: 20-30% de diminuição da PA para cada 5% de perda de peso QUESTÃO Ao orientar um paciente de 43 anos, hipertenso sedentário, obeso, que ingere 4 taças de vinho diariamente e uma dieta de 12g de sal por dia, qual das medidas abaixo apresenta maior impacto no controle pressórico deste paciente: a) Praticar exercícios resistivos 30min, diariamente. b) Perda de 10kg de peso corporal c)Reduzir ingesta de sal a 4g/dia d) Seguir dieta DASH e) Realizar meditação 30min por dia. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO (ALFA-2 AGOSTISTA) ▪ IECA/BRA ▪ TIAZÍDICO ▪ BCC ▪ ESPIRONOLACTONA ▪ BB ▪ AGENTES DE AÇÃO CENTRAL (ALFA-2 AGONISTA) ▪ VASODILATADORES DIRETOS ▪ ALFA-BLOQUEADORES ▪ INIBIDORES DIRETOS DA RENINA OBSERVAÇÕES Um medicamento para ser indicado deverá, preferencialmente: ▪ Capacidade de reduzir a morbimortalidade CV ▪ Eficaz por via oral; ▪ Bem tolerado; ▪ Menor número de tomadas por dia; ▪ Menores doses efetivas ▪ Usado em associações ▪ Controle de qualidade em sua produção ▪ Período mínimo de 4 semanas antes de modificações, salvo em situações especiais. MONOTERAPIA 1. HA estágio 1 com risco CV baixo 2. PA 130-139/85-89 mmHg de risco CV alto 3. Indivíduos idosos e/ou frágeis TERAPIA COMBINADA 1. Hipertensos estágio 1 de moderado e alto risco. 2. Hipertenso estágios 2 e 3, independente do risco. TIAZÍDICOS Inibem a reabsorção de Na+ e Cl- Aumentam excreção de K+ e BIC Reduzem excreção de Ca2+ e ácido úrico Mecanismo de ação anti-hipertensiva dos diuréticos relaciona-se inicialmente a seus efeitos natriuréticos, com a diminuição do volume circulante e do volume extracelular (hipovolemia). 1ª LINHA HA RESISTENTE VERDADEIRA HA RESISTENTE CONTROLADA HA REFRATÁRIA HA PSEUDORRESISTENTE? 4 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA **A volemia após 3-4 semanas normaliza, mas a PA continua baixa devido a ação direta nos vasos sanguíneos diminuindo a resistência vascular periférica. TIAZÍDICO → excreção de sódio → adrenal libera aldosterona → reabsorve sódio e libera potássio → hipocalemia → fraqueza e câimbras. **Hipocalemia pode vir associada à hipomagnesemia → arritmias ventriculares (extrassístoles). **o Tiazídico é bom p/ quadros de Osteoporose e Nefrolitíase de repetição (hipercalciúria idiopática) O ácido úricoé co-transportador com o Na+ e Cl- Ácido úrico → aumento da atividade do SRAA Deposito no néfron → nefropatia hipertensiva EFEITOS ADVERSOS: Piora da glicemia Aumento do colesterol Disfunção sexual 4 HIPO 4 HIPER HipoNatremia HiperGlicemia HipoVolemia HiperLipidemia HipoCalemia HiperUricemia HipoMagnesemia HiperCalcemia MEDICAÇÃO DOSE HIDROCLOROTIAZIDA 25mg MID CLORTALIDONA 12,5 a 25mg MID INDAPAMIDA 1,5 MG MID *São similares e podem ser usados de maneira similar **CLORTALIDONA → diurético mais potente e com meia vida mais prolongada (preferencialmente na HAS resistente ou refratária) → mais efeitos adversos (distúrbios hidroeletrolíticos, metabólicos e disfunção sexual) → maior redução de eventos CV é controversa. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) RECEPTORES AT1: Rins (a.e); coração (fibrose); vasos (vasoconstrição); hipófise (ADH); Hipotálamo (estimula sede); adrenal aldosterona) ***DOENÇA RENAL NA HAS → Na arteríola eferente há muito receptor AT1 → vasoconstrição → aumento da pressão glomerular → lesão do glomérulo → necrose → glomeruloesclerose IECA e BRA dilatam a arteríola eferente → NEFROPROTETORES INDICAÇÕES ▪ ICFEr ▪ IAM anterior extensão ▪ Nefropatia DM e DRC EFEITOS ADVERSOS TOSSE SECA: principal efeito colateral (5 a 20% dos pacientes) EDEMA ANGIONEURÓTICO e erupção cutânea ocorrem mais raramente Piora da função renal → dilatação da arteríola eferente → menos cr é eliminada → redução do RFG (efeito passageiro) Hipercalemia: diminui liberação de aldosterona → diminui eliminação de K+ **Um fenômeno passageiro observado quando do seu uso inicial em pacientes com insuficiência renal é a elevação de ureia e creatinina séricas, habitualmente de pequena monta e reversível. 5 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA ** Dosar Cr e K 6 a 8 semanas após início, mais breve se maior risco (estenose de artéria renal, idosos com HAS severa) → 3 a 5 dias **Queda do RFG > 30% → suspender (estenose de artéria renal?) PIORA DA FUNÇÃO RENAL E HIPERCALEMIA D = DRC avançada E = Estenose de art. renal C = Cirrose hepática I = ICFEr H =Hipovolemia CONTRAINDICAÇÕES Gravidez: risco de complicações fetais **Monitorar uso em mulheres em idade fértil 1° trimestre: SNC e SCV 2° e 3° trimestre: renais DROGA DOSE CAPTOPRIL 25-150mg 2-3x/dia ENALAPRIL 4-40mg 1-2x/dia BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA I I (BRA) Age nos receptores AT2 Contraindicado na gravidez (e idade fértil) e amamentação Pode ocorrer hipotensão em pacientes tratados com altas doses de diuréticos Pode ocorrer hipercalemia (especialmente em DM2 + proteinúria) No caso de insuficiência hepática, reduzir dose Pode cursar com insuficiência renal Uso concomitante com AINE pode atenuar a ação anti-hipertensiva. DROGA DOSE LOSARTANA 50-100mg 1-2x/dia VALSARTANA 80-329mg 1x/dia BLOQUEADORES DO CANAL DE CÁLCIO (BCC) Exercem efeito vasodilatador predominante, com a mínima interferência na FC e na função sistólica Vasodilatação arterial > venosa (IECA/BRA) → venodilatação EFEITOS ADVERSOS VASODILATAÇÃO ▪ Edema maleolar ▪ Dermatite ocre ▪ Cefaleia latejante ▪ Tontura ▪ Rubor facial (ação rápida) ▪ Hiperplasia gengival (SUSPENDER!!) OBERVAÇÕES Não sofre ação do AINE Não interage com ciclosporina Nifedipina pode ser usado na gestação DROGA DOSE ANLODIPINO 2,5 a 10mg 1x/dia NIFEDIPINO RETARD 10mg 2x/dia; 20mg 2x/dia ESPIRONOLACTONA Antagonista do receptor de mineralocorticoide → inibem a ação da aldosterona em seu receptor no TCD Redução do sódio → redução água → redução da volemia → redução do DC → redução da PA (PA = DC X RVS) E A AMILORIDA? Bloqueio do ENAC (canal condutor de sódio no túbulo coletor) Disponível apenas com associação à HCTZ ou à Clortalidona E A FUROSEMIDA? Utilizada em situações associada a edema ▪ IC ▪ Síndrome nefrótica ▪ DRC (RFGe < 30mL/min/ 1,73m2) Dose: 20 a 40mg 1-3x/dia 6 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA BETABLOQUEADORES (BB) AÇÕES ▪ Diminuição da ação das catecolaminas nas sinapses nervosas ▪ Diminuição da FC ▪ Diminuição do DC e da pré-carga ▪ Diminuição da secreção de renina ▪ Diminuição das catecolaminas nas sinapses ▪ Diminuição do inotropismo, cronotropismo ▪ Aumento da pressão diastólica ▪ Diminuição da secreção de renina Cardioseletividade Lipossolubilidade Atividade simpática intrínseca DROGAS 1ª GERAÇÃO Não seletivos Nadolol, Penbutolol, Propranolol, Timolol e Pindolol 2° GERAÇÃO Seletivos para receptor beta Atenolol, Acebutolol, Bisoprolol, Esmolol e Metoprolol 3° GERAÇÃO Não seletivos Carvedilol, Labetalol Seletivos para receptor beta Nebivolol Vasodilatação → Carvedilol (alfa) e Nebivolol (NO) **NEBIVOLOL → produção e eliminação de oxido nítrico → vasodilatação → melhora disfunção erétil OBS: BB não possui efeito cardioprotetor **BB aumentam em 16% o risco de AVE, sendo que o atenol aumenta risco de AVE em 26% CASOS EM QUE O BB SE TORNA MEDICAÇÃO DE 1ª LINHA ▪ ICFEr ▪ DAC ▪ Taquiarritimias ▪ Cefaleias vasculares ▪ Hipertireoidismo ▪ Mulheres jovens (potencial de engravidar) EFEITOS ADVERSOS ▪ 1ª GERAÇÃO: hiperglicemia e hiperlipidemia **Carvedilol e nebivolol → não atuam no metabolismo lipídico e flicídico (podem melhorar) ▪ Efeito rebote: redução gradativa -Desmame: 2x/dia → 1x/dia (7d) → dias alterados → suspensão OU 1x/dia → ½ dose (7d) → dias alterados → suspensão. ▪ Broncoespasmo (avaliar bisoprolol) ▪ Bradicardia ▪ Distúrbios de condução AV ▪ Vasoconstrição periférica ▪ Insônia ▪ Pesadelos ▪ Astenia ▪ Disfunção sexual ALFA-AGONISTAS CENTRAIS Estimulo alfa-2 → bloqueio da ativação catecolaminérgica (mecanismo simpatoinibitório) AÇÕES: Diminuição da atividade simpática ▪ Hipotensão e bradicardia relativa ▪ Discreta diminuição na RVP e no DC ▪ Diminuição dos níveis de renina ▪ Retenção de fluidos ▪ Sonolência/sedação ▪ Xerostomia ▪ Hipotensão postural ▪ Fadiga ▪ Disfunção erétil PODE SER FAVORÁVEL ▪ Síndrome das pernas inquietas ▪ Retirada de opioides ▪ “Flushes” da menopausa ▪ Diarreia associada a neuropatia diabética ▪ Hiperatividade simpática na cirrose hepática ▪ Gestação ▪ Não interfere na resistência periférica à insulina nem no perfil lipídico. DROGA DOSE ALFA-METILDOPA 500 a 2.000 mg 2x/dia CLONIDINA (ATENSINA) 0,2 a 0,9 mg 2x/dia **ALFA-METILDOPA: pode provocar reações autoimunes, como febre, anemia hemolítica, galactorreia e disfunção hepática (pode ser substituído por outro alfa-agonista de ação central). 7 CARDIOLOGIA / 8° PERÍODO/ 2023-3 ANA LUÍZA ALVES PAIVA **CLONIDINA: tem maior risco de efeito rebote com a descontinuação → muito cuidado no PRÉ- OPERATÓRIO! VASODILATADORES DIRETOS CATECOLAMINAS → estimula receptor alfa → ativa fosfolipase C (PLC) → que converte PIP2 em IP3 → liga-se a receptor de canais e liberação de cálcio sensíveis a IP3 (IRP) no reticulo sarcoplasmático → liberando mais cálcio Inibição da liberação de cálcio → vasodilatação → redução da RVP → redução da PA Dilatação → volume efetivo diminui (hipovolemia relativa) → queda da PA → taquicardia reflexa Não utilizar isoladamente (BB) Dilatação → aumento da perfusão muscular esquelética → melhora tolerância à glicose, queda do LDL e aumento do HDL EFEITOS ADVERSOS HIDRALAZINA: Cefaleia, flushing, taquicardia reflexa e reação lúpus-like (dose-dependente) Uso cuidadoso da DAC Evitar no aneurisma dissecante da aorta (pelo aumento da FC) e episódio recente de hemorrágia cerebral (pelo aumento da FC) MINOXIDIL → Hirsutismo (80% dos casos) DROGA DOSE MINOXIDIL (LONITEN) 5 a 40mg 1-2x/dia CLONIDINA (ATENSINA) 50-200mg 2-3x/dia ALFABLOQUEADORESBloqueia receptor alfa-1 → vasodilatação Melhoram a captação periférica de glicose Atuam no estroma da próstata (dilatação da uretra) Efeito hipotensor pode ser discreto em monoterapia Pode causar hipotensão postural (vasodilatação) EFEITOS ADVERSOS Hipotensão sintomática na primeira dose O fenômeno de tolerância é frequente, necessitando aumento da dose, ao longo do uso Incontinência urinária em mulheres (musculatura lisa da bexiga) Pacientes tratados com doxazosina têm maior risco de incidência de IC. DOXAZOSIN Vasodilatação (queda da PA) → diminui volume efetivo plasmático → reabsorção de sódio/água → congestão → IC Associar com diurético (HCTZ) DROGA DOSE PRAZOSINA (MINIPRESS) 1-20mg, 2-3x/dia DOXAZOSINA (DUOMO) 1-16mg, 1x/dia INIBIDORES DIRETOS DA RENINA Anvisa foi notificada da descontinuidade do RASILEZ desde 2017 DROGA DOSE ALISQUIRENO 150-300mg, 1x/dia
Compartilhar