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Direito Administrativo - Resumo-157

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c.2) Eficácia da lei penal no espaço – em regra, as normas penais vigem dentro
do espaço territorial do País, como decorrência direta da soberania do Estado. O Código
Penal, por sua vez, prevê hipóteses de incidência sobre fatos ocorridos fora de seu
território. Vários são os princípios aplicáveis.
c.2.1) Princípio da territorialidade – a lei penal só tem aplicação no território do
Estado que a determinou.
c.2.2) Princípio da nacionalidade – lei penal plica-se a seus cidadãos, onde quer
que se encontrem. Pode ser ativa, aplicável aos cidadãos que cometem crimes, ou
passiva, quando o cidadão pratica o crime no estrangeiro contra bem jurídico do Estado.
(art. 7, II, b, do CPB)
c.2.3) Princípio da defesa – visa à proteção dos bens jurídicos nacionais,
independentemente do local da prática do delito. (art. 7, I, e § 3)
c.2.4) Princípio da universalidade – possibilidade de o Estado punir qualquer
crime, seja qual for a nacionalidade do agente e da vítima, ou o local de sua prática. (art.
7, II, a)
c.2.5) Princípio da representação, do pavilhão ou da bandeira – atribui ao
Estado, sob cuja bandeira está registrada a embarcação ou aeronave, o poder de sujeitar
à sua jurisdição penal os responsáveis por crimes praticados a bordo. (art. 7, II, c)
c.2.6) Lugar do crime – local onde o fato é praticado. Três teorias são
adotadas.:
- teoria da atividade – local do crime é aquele em que o agente praticou
os atos de execução;
- teoria do resultado – local do crime é aquele onde o resultado foi
produzido;
- teoria mista ou da ubiqüidade – local do crime é tanto aquele onde
foram praticados os atos de execução quanto onde o resultado se produziu. É a adotada
pelo CPB.
c.3) Eficácia da lei penal em relação a determinadas pessoas. Certas pessoas,
por conta das funções que exercem, não se sujeitam à jurisdição penal.
c.3.1) Imunidade diplomática – decorre do Direito Internacional.
Representantes diplomáticos não se sujeitam à jurisdição criminal do país onde estão
acreditados, pois permanecem sob a eficácia da lei do Estado que representam.
c.3.2) Imunidades parlamentares – material, causa funcional de isenção de
pena. Membros do Legislativo estão isentos de punibilidade em relação aos crimes
praticados no exercício de sua função parlamentar. Formal, prerrogativa formal.
Parlamentares só podem ser presos em flagrante delito de crime inafiançável. Iniciada a
ação penal, só prossegue se obtida licença da respectiva Casa Legislativa. (art. 53, CF)
d) Crime
d.1) Conceitos – material, violação de um bem penalmente protegido;
- formal (Damásio de Jesus) – fato típico e antijurídico;
(Assis Toledo) – fato típico, antijurídico e
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