Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
c.2) Eficácia da lei penal no espaço – em regra, as normas penais vigem dentro do espaço territorial do País, como decorrência direta da soberania do Estado. O Código Penal, por sua vez, prevê hipóteses de incidência sobre fatos ocorridos fora de seu território. Vários são os princípios aplicáveis. c.2.1) Princípio da territorialidade – a lei penal só tem aplicação no território do Estado que a determinou. c.2.2) Princípio da nacionalidade – lei penal plica-se a seus cidadãos, onde quer que se encontrem. Pode ser ativa, aplicável aos cidadãos que cometem crimes, ou passiva, quando o cidadão pratica o crime no estrangeiro contra bem jurídico do Estado. (art. 7, II, b, do CPB) c.2.3) Princípio da defesa – visa à proteção dos bens jurídicos nacionais, independentemente do local da prática do delito. (art. 7, I, e § 3) c.2.4) Princípio da universalidade – possibilidade de o Estado punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do agente e da vítima, ou o local de sua prática. (art. 7, II, a) c.2.5) Princípio da representação, do pavilhão ou da bandeira – atribui ao Estado, sob cuja bandeira está registrada a embarcação ou aeronave, o poder de sujeitar à sua jurisdição penal os responsáveis por crimes praticados a bordo. (art. 7, II, c) c.2.6) Lugar do crime – local onde o fato é praticado. Três teorias são adotadas.: - teoria da atividade – local do crime é aquele em que o agente praticou os atos de execução; - teoria do resultado – local do crime é aquele onde o resultado foi produzido; - teoria mista ou da ubiqüidade – local do crime é tanto aquele onde foram praticados os atos de execução quanto onde o resultado se produziu. É a adotada pelo CPB. c.3) Eficácia da lei penal em relação a determinadas pessoas. Certas pessoas, por conta das funções que exercem, não se sujeitam à jurisdição penal. c.3.1) Imunidade diplomática – decorre do Direito Internacional. Representantes diplomáticos não se sujeitam à jurisdição criminal do país onde estão acreditados, pois permanecem sob a eficácia da lei do Estado que representam. c.3.2) Imunidades parlamentares – material, causa funcional de isenção de pena. Membros do Legislativo estão isentos de punibilidade em relação aos crimes praticados no exercício de sua função parlamentar. Formal, prerrogativa formal. Parlamentares só podem ser presos em flagrante delito de crime inafiançável. Iniciada a ação penal, só prossegue se obtida licença da respectiva Casa Legislativa. (art. 53, CF) d) Crime d.1) Conceitos – material, violação de um bem penalmente protegido; - formal (Damásio de Jesus) – fato típico e antijurídico; (Assis Toledo) – fato típico, antijurídico e 157
Compartilhar