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O TEXTO ABAIXO É UM FRAGMENTO DO LIVO DA DISCIPLINA. 1) aceita como inquestionável a ordem sócio-política derivada de abril e procura dotar a profissão de referências e instrumentos capazes de responder às demandas que se apresetam nos seus limites – onde alias, o cariz tecnocrático do perfil que pretende atribuir ao Serviço Social no país (...) expressões da renovação profissional adequada à autocracia burguesa (Netto,1991, p. 155 – 156). 2) deve-se entender-se a prática empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada que os agentes realizavam e realizam efetivamente na América Latina (...) paramenta-os uma ética liberal-burguesa e sua teleologia consiste na correção – numa ótica claramente funcionalista – de resultados psicossociais considerados negativos ou indesejáveis, sobre o substrato de uma concepção idealista e/ou mecanicista da dinâmica social, sempre pressuposta a ordenação capitalista da vida como um dado factual ineliminável. (Netto, 1981. p 59 – 69). 3) uma forte tendência, presente em segmentos específicos do meio profissional, à psicologização das relações sociais, que privilegiavam problemas de desintegração e desadaptação social e funcional, isto é, problemas relacionais que devem ser tratados através do diálogo (Iamamoto 1998, p.34) 4) Transformação social, entendida como um “esforço intencional para o conhecimento do mundo, que exige a saída de si para uma abertura de horizontes” (Almeida, 1989, p. 121). Neste sentido, quando me disponho a essa abertura, há uma descoberta, e essa descoberta é a análise crítica... a transformação se dá pela conscientização do homem, de sua intencionalidade e do seu vivido. 5) um esforço no sentido de adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco de estratégias de desenvolvimento capitalista , às exigências postas pelos processos sócio-políticos emergentes no pós-64. (Netto 1991, p. 154). 6) mudou-se o perfil do profissional demandado pelo mercado de trabalho, que as condições novas pelo quadro macroscópico da autocracia burguesa faziam emergir: exige-se um assistente social ele mesmo moderno – com um desempenho onde traços tradicionais (fundamentados em supostos humanistas, abstratos e posturas avessas ou alheias às lógicas de programação organizacional) são deslocados e substituídas por procedimentos racionais (Netto, 1991, p. 123). 7) uma forte tendência, presente em segmentos específicos do meio profissional, à psicologização das relações sociais, que privilegiavam problemas de desintegração e desadaptação social e funcional, isto é, problemas relacionais que devem ser tratados através do diálogo (Iamamoto 1998, p.34) 8) Decorre daí que a intervenção – constituída por meio da ajuda psicossocial – independente de uma análise crítica da realidade social, em seus aspectos macrossociais. É contrária ao positivismo e ao pensamento marxiano. 9) O diálogo é o momento do encontro de saberes e de experiência do usuário e do assistente social. O crivo relacional passa pela consciência e a percepção que esses sujeitos tem do mundo. O diálogo possibilita ao assistente social conhecer o mundo por meio da experiência do outro, uma aproximação da realidade diferente da construída por ele mesmo. Da mesma forma, o usuário, também na relação de diálogo, passa a reconhecer o mundo por meio da percepção do profissional. A percepção social ocorre mediante o diálogo.
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