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ARTIGO-01-2042-AULA-05

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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES MOTORAS 
FUNDAMENTAIS EM ALUNOS DA 5ª SÉRIE DOS ANOS FINAIS. 
 
 Autora: Roselaine Dautte Merizio Minikowski ¹ 
 Orientador: Prof. Dr. Ernani Xavier Filho ² 
 
RESUMO 
 
 
O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito de um programa de 
intervenção em alunos com déficit de aprendizagem e com desenvolvimento típico, 
nas Habilidades Motoras Fundamentais: corrida, deslizar, receber, arremessar, 
quicar e rolar o corpo para frente. A amostra foi constituída por 26 alunos de 10 a 14 
anos, da 5ª série ou 6º ano do ensino fundamental, do Colégio Estadual Ricardo 
Lunardelli - Porecatu - Pr. O instrumento metodológico utilizado foi a Matriz de 
Análise dos Padrões Fundamentais de Movimento, Gallahue & Ozmun (2005). Para 
análise dos dados foram utilizados os testes de Friedman e Wilcoxon. As diferenças 
foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Com relação ao 
programa de intervenção, os resultados mostraram que houve diferença significativa 
no grupo A, alunos com desenvolvimento típico, no deslize (X2= 0, 0; p=0,05) e de 
quicar (X²= 13,8; p=0,018), sendo que as diferenças no quicar se encontram entre o 
pré-teste para o pós-teste (Z= -2,00; p=0,046) e entre o pré-teste para o teste de 
retenção ( Z= -2,00; p= 0,046) e no rolar o corpo para frente (X²= 16,00; p=0,0), essa 
diferença é encontrada no pré-teste para o pós-teste (Z=-2,828; p=0,005) e no pré-
teste para o teste de retenção( Z=-2,828; p=0,005). No grupo B , alunos com déficit 
cognitivo, na corrida, houve diferença significativa nos momentos (X2 =10,286; 
p=0,006), sendo que o local das diferenças foi entre o pré e pós-testes, (Z=-2,0; 
p=0,046), no deslizar (X2= 6,0; p=0,05), não foi possível detectar o local da 
diferença, no quicar (X²=10,286; p=0,006 ), essas diferenças se encontram entre o 
pré para o pós-teste ( Z= -2,0; p=0,014) e entre o pré-teste para o teste de retenção 
(Z= -2,0; p=0,014), Concluiu-se que a intervenção foi efetiva, pois os alunos 
apresentaram melhoras na execução em algumas das habilidades motoras 
fundamentais analisadas. 
 
 
 
Palavras chave: Habilidades motoras fundamentais; educação física; programa de 
intervenção; desenvolvimento motor. 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________ 
¹ Professora PDE de Educação Física do Estado do Paraná. 
² Professor Doutor adjunto da Universidade Estadual de Londrina – Membro do Grupo de Estudos e 
Pesquisa em Desenvolvimento e Aprendizagem – GEPEDAM. 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 No decorrer de anos de prática no ensino de Educação Física, nas escolas da 
rede estadual de ensino, foi possível observar a dificuldade de alguns alunos no 
desenvolvimento das diversas habilidades motoras básicas como andar, correr, 
saltar, galopar, arremessar e rebater, o que evidencia a falta de experiência e 
oportunidade de prática nesta área e, ao mesmo tempo, uma outra situação que 
gera preocupação entre professores e equipe pedagógica é a incidência de alunos 
com dificuldades de aprendizagem escolar. 
 Há de se considerar que alunos nessas condições se encontram em posição 
de risco psicossocial, o que os coloca em desvantagem educacional e social (Santos 
e Graminha, 2005) e que nesta fase da vida, o desempenho motor encontra-se em 
constante evolução, partindo de movimentos simples e realizados de maneira 
individualizada, para uma série de combinações que virão a ser utilizadas em 
atividades de lazer, esportivas e principalmente cotidianas e concomitantes aos 
processos da aprendizagem escolar e do amadurecimento das principais habilidades 
motoras. (Gallahue & Ozmun, 2005). 
 Para Cunha (1990), há uma possível relação entre o desenvolvimento motor e 
a aprendizagem escolar, sendo que esta relação se apresenta mais acentuada nos 
primeiros anos do ensino fundamental, quando o aluno está sendo alfabetizado e 
que costumam aparecer os primeiros sinais das dificuldades de aprendizagem. 
Porém, alguns alunos nesta fase também não possuem o esperado de suas 
habilidades motoras básicas e passam a ter um desempenho aquém do previsto, 
sendo estes problemas, em alguns casos significativamente graves. (Ferreira, 
Nascimento, Apolinário& Freuenheim,2006). 
 Segundo Gallahue e Ozmun (2005), desenvolvimento motor é a contínua 
alteração no comportamento motor ao longo do ciclo da vida, proporcionado pela 
interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do 
ambiente. 
 O desenvolvimento motor segue padrões típicos da infância, descrevendo 
como ocorre a evolução de suas habilidades, as quais acontecem em idades 
apropriadas. 
 Assim estes padrões representam a média em que a criança consegue 
engatinhar, andar, saltar, entre outros. “Através destes padrões é que se pode 
verificar um desenvolvimento típico de uma criança, bem como seu progresso” 
(BERNS, 2002). 
 Dentro deste processo ordenado, há alguns aspectos da sequência de 
desenvolvimento que merecem ser comentados. Segundo Tani, Manoel; Kokubun e 
Proença (1988) , pode-se dizer que a ordem em que as atividades são dominadas 
depende mais do fator maturacional, enquanto que o grau e a velocidade em que 
ocorre o domínio estão mais na dependência das experiências e diferenças 
individuais. 
 Assim, os alunos devem ser incentivados a aperfeiçoar e combinar entre si os 
movimentos fundamentais de forma a aumentar significativamente o número de 
habilidades realizadas. De acordo com Gallahue e Donnelly (2008), um aluno que 
realizava movimentos fundamentais de forma isolada, agora os realiza de forma 
combinada. Esta evolução deve seguir uma ordem crescente de dificuldade, partindo 
de jogos e atividades mais simples até um grau mais elevado de complexidade. 
 É de fundamental importância que os profissionais de Educação Física 
conheçam as fases do desenvolvimento motor e realizem, com os alunos dos anos 
finais do ensino fundamental, avaliação motora, a fim de detectar os problemas 
inerentes aos movimentos realizados e auxiliar nos futuros planejamentos. 
 
 
1.1- Fases do Desenvolvimento Motor 
 
 
Gallahue e Ozmun (2005), discutem as diversas fases de desenvolvimento 
motor - fase dos movimentos reflexos – útero materno a 1 ano, fase dos movimentos 
rudimentares – 1 a 2 anos, fase dos movimentos fundamentais - 2 a 7 anos, fase 
dos movimentos especializados – 7 a 14 anos. 
A fase dos movimentos reflexos corresponde ao tempo do feto no útero 
materno até 1 ano de vida. Gallahue e Ozmun (2005), explicam que são movimentos 
involuntários (reações ao toque, sons, luz, etc.), para base das outras fases do 
desenvolvimento motor. Após o nascimento são reflexos básicos de sobrevivência. 
Gallahue e Ozmun(2005), descrevem a fase dos movimentos rudimentares 
como característicos durante o período de 1 a 2 anos de vida. Esta fase é dos 
primeiros movimentos voluntários, mas rudimentares. A criança inicia os movimentos 
de locomoção, controle de objetos, controle do corpo. 
A fase de movimentos fundamentais inicia-se entre os 2 ou 3 anos e continua 
até os 7 anos de vida. Os autores Gallahue e Ozmun(2005), explicam que nesta 
fase a criança aprende a responder mediante padrões de movimentos fundamentais 
a uma diversidade de estímulos. Com o transcorrer do tempo, os movimentos vão 
amadurecendo em eficiência e coordenação. 
 É a fase mais importante do desenvolvimento motor, pois é quando o 
profissional de Educação Física tem maior chance de trabalhar com as crianças. Por 
isso, torna-se necessário um maior conhecimento desta fase, para que se realize um 
trabalho mais consciente e centrado nos interesses e nas necessidades das 
crianças. 
 Nesta fase também se dividem os movimentos fundamentais em estágios que 
são: a) Inicial (primeiras tentativas da criança); b) Elementar (maiorcontrole e melhor 
coordenação rítmica); c) Maduro (desempenhos eficientes, coordenados e 
controlados). 
 Na fase dos movimentos especializados Gallahue e Ozmun (2005, p.367) 
afirmam que: 
 
As habilidades motoras especializadas são resultados da fase de 
movimentos fundamentais. Na fase especializada, o movimento torna-se 
uma ferramenta que se aplica a muitas atividades motoras complexas 
presentes na vida diária, na recreação e nos objetivos esportivos. Este é 
um período em que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e 
manipulativas fundamentais são progressivamente refinadas, combinadas 
e elaboradas para o uso em situações crescentemente exigentes. 
 
 Ainda segundo os mesmos autores, a fase de movimentos especializados 
depende de muitos fatores da tarefa, individuais e ambientais e pode ser dividida em 
três estágios: estágio de transição, de aplicação e utilização vitalícia. 
 Conhecendo-se os estágios de desenvolvimento motor, podemos respeitar a 
individualidade de cada aluno dentro de suas potencialidades a serem exploradas. 
Isso possibilita trabalhar os conteúdos da Educação Física de maneira a atender a 
uma turma de alunos com características heterogêneas sem estar impedindo o 
pleno desenvolvimento motor deles. 
 
1.2.1-Fase de Habilidades Motoras Fundamentais e Especializadas 
 
 A aquisição de padrões fundamentais de movimento é de vital importância 
para o domínio das habilidades motoras. Para que essas habilidades sejam 
desenvolvidas é necessário que se dê à criança oportunidades de desempenhá-las. 
 Por volta dos 6 a 7 anos, a criança se caracteriza pela aquisição, 
estabilização e diversificação das habilidades básicas. Nos anos seguintes, até por 
volta dos 10 a 12 anos, teremos o refinamento e diversificação na combinação 
destas habilidades em padrões cada vez mais complexos (TANI G. et al.1988), 
 De acordo com Gallahue e Donnelly (2008), a aquisição de habilidades 
motoras está no núcleo do programa de Educação Física Desenvolvimentista. O 
termo habilidade motora refere-se ao desenvolvimento do controle motor, precisão e 
exatidão na execução dos movimentos fundamentais e especializados. As 
habilidades motoras são desenvolvidas e refinadas até o ponto em que os alunos 
são capazes de utilizá-las com considerável facilidade e eficiência dentro de seu 
ambiente. Por intermédio de uma ampla variedade de jogos e atividades de 
esportes, o aluno vai passando de uma habilidade de movimento fundamental para 
uma habilidade especializada (ou complexa). 
 A habilidade motora fundamental pode ser definida como uma série 
organizada de movimentos básicos e podem ser caracterizados como movimentos 
estabilizadores, locomotores ou manipulativos. 
 Habilidades estabilizadoras são aquelas que possibilitam ao indivíduo 
recuperar e manter o equilíbrio em relação à força da gravidade. Os movimentos 
axiais de aduzir, abduzir, rotação, flexionar e estender, mantendo o corpo estável, 
caracterizam estabilidade. (TANI G. et al. 1988). 
 Habilidades locomotoras são aquelas em que o corpo é transportado na 
direção vertical ou horizontal de um ponto para outro. Atividades como correr, pular, 
saltar, saltitar e pular corda são consideradas movimentos locomotores 
fundamentais (GALLAHAUE; DONNELLY, 2008). 
 As habilidades manipulativas são aqueles movimentos de coordenação 
motora grossa ou rudimentar, tais como, por exemplo, aplicação ou recepção de 
força de objetos. “E também são considerados movimentos manipulativos os 
movimentos de coordenação fina ou refinados, tais como a recepção, passes, drible 
e arremessos” (WEIS; POSSAMAI, 2008). 
Frases motoras são combinações de movimentos e existem num grande 
número, não se encaixando numa categoria específica. Um bom exemplo deste tipo 
de combinação é o basquete, onde o aluno precisa de um movimento para receber a 
bola e se deslocar com a mesma durante uma partida. 
A fase que se estende dos 2 aos 7 anos de idade tem sido entendida como 
fundamental para a aquisição de habilidades motoras. É nele que se observa o 
rápido desenvolvimento de habilidades motoras que vão ser utilizadas durante toda 
a vida. Para Gallahue e Ozmun (2005), na aquisição dessas habilidades, o indivíduo 
passaria por três estágios distintos: 1) estágio inicial; 2) estágio elementar; 3) estágio 
maduro. 
 A fase especializada da habilidade motora inicia-se por volta de 7 anos de 
idade. Nessa idade a maioria dos alunos começa a apresentar um interesse maior 
pelos esportes. O desenvolvimento eficiente de habilidade esportiva tem base no 
ampliação adequada das habilidades motoras fundamentais. Esta fase é subdividida 
em três estágios – transição, aplicação e utilização vitalícia. 
 Estágio transitório: as crianças entre 7 e 8 anos geralmente entram em um 
estágio de habilidades motoras transitório, onde elas começam a combinar e a 
aplicar habilidades motoras fundamentais do desempenho de habilidades 
especializadas no esporte e em ambientes recreacionais. As habilidades transitórias 
são simplesmente aplicações de padrões de movimentos fundamentais em formas 
mais específicas e mais complexas. 
 Estágio de aplicação: este estágio que ocorre, aproximadamente dos 11 aos 
13 anos, pode ser definido como, sofisticação cognitiva crescente e certa base 
ampliada de experiências que tornam o indivíduo capaz de tomar numerosas 
decisões de aprendizado e de participação baseada em muitos fatores das tarefas 
individuais e ambientais. (GALLAHUE ; OZMUN, 2005) 
 No estágio de aplicação os indivíduos começam a evitar ou a buscar a 
participação em atividades específicas. Este é o momento para refinar e usar 
habilidades mais complexas. 
 Estágio de utilização permanente: este estágio começa por volta dos 14 anos 
de idade. É caracterizado pelo uso de todos os movimentos adquiridos pelo 
indivíduo por toda a vida. 
 Como vimos anteriormente, o desenvolvimento de habilidades motoras está 
relacionado à idade, não é dependente dela, pois classificar atividades motoras 
somente pela idade ou série escolar, viola os princípios de apropriação individual. O 
uso de aproximação de idades para as fases de desenvolvimento motor e seus 
estágios correspondentes fornece apenas orientações em relação à faixa etária para 
selecionar experiências motoras e localizar os níveis de aprendizado. 
 Segundo Gallahue e Donnelly (2008), ”os níveis de aprendizado de uma nova 
habilidade motora se classificam em iniciante (nível inicial), intermediário (nível 
prático) e avançado (nível de aprimoramento)” e todas as vezes que os alunos 
aprendem uma nova habilidade de movimento eles progridem através destes níveis. 
 O nível inicial/iniciante é o primeiro nível de aprendizado de uma habilidade 
de movimento. Os movimentos geralmente são desordenados e desajeitados. É a 
etapa de pensamento. Aqui é onde o aluno está trabalhando na sua mente o que 
fazer. É preciso explicar muito claramente as habilidades que eles vão aprender. É 
importante ser muito paciente nessa etapa. O aluno pode facilmente se impressionar 
quando recebe muitas tarefas para aprender de uma vez ou se você o pressiona 
muito rápido. “Esta etapa está completa quando o aluno pode desempenhar a 
habilidade, mesmo que não desempenhe com perfeição.” (GALLAHUE; DONNELLY, 
2008.p. 243). 
 O intermediário/prático é o próximo nível de aprendizagem. O aluno precisa 
ser motivado e receber retorno sobre o desenvolvimento de sua habilidade. A ênfase 
agora está na qualidade da prática para refiná-las. Segundo Gallahue e Ozmun 
(2005), a atividade mental é substituída pelo aprendizado da sequência de 
movimentos para dominar a habilidade. Os alunos trabalham em refinar seu tempo e 
coordenação. Eles precisam saber o que estão fazendo incorretamente e como 
efetuar correções. Retorno tem importância vital neste estágio. Quando a habilidade 
se tornar automática, o aluno terá entrado no estágio avançado. 
 O nívelavançado/de aprimoramento é quando o aluno está desempenhando 
a habilidade. O controle do movimento se torna mais automático. Pode agora focar 
nas mais críticas e aplicar estratégias de sua nova habilidade. É importante notar 
que a melhora nessa área é menor e pode requerer mais motivação para a prática 
do aluno. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008). 
 Adquirir uma habilidade motora é um processo demorado e para que os 
alunos possam fazê-lo com sucesso, cabe ao professor incentivá-los, oferecer 
tempo suficiente para a sua prática e mostrar-se atento a cada nova dificuldade. 
De acordo com as experiências dos autores Weis e Possamai (2008), os 
alunos que tiveram respeitadas as informações de cada um dos estágios de 
aprendizagem motora, alcançaram, de forma gradativa, um melhor entendimento da 
realização das atividades propostas. 
Com base no que foi exposto, destaca-se a importância de avaliações no 
campo do desenvolvimento motor e da dificuldade de aprendizagem para que esse 
instrumento possa tornar-se uma ferramenta na implantação de projetos 
multidisciplinares, buscando sanar ou prevenir possíveis problemas que prejudicam 
o desempenho escolar. 
Diante desses fatos, este estudo tem como objetivo verificar o efeito de um 
programa de intervenção nas Habilidades Motoras Fundamentais de correr, deslizar, 
arremessar, quicar, receber e rolar o corpo para frente, em alunos da 5ª série ou 6º 
ano, com déficit de aprendizagem e com desenvolvimento típico. 
 
2-MATERIAL E MÉTODO 
 
2.1- Participantes 
 A amostra foi composta por 26 alunos, matriculados regularmente na 5ª série 
ou 6º ano, turma C, do turno da manhã, do ensino fundamental anos finais, no 
Colégio Estadual Ricardo Lunardelli- EFMNP, Porecatu –PR. O grupo A é composto 
por 13 alunos com desenvolvimento típico, sendo 7 meninos e 6 meninas, com uma 
média de idade de 10,7 anos. O grupo B é composto por 13 alunos que apresentam 
diagnóstico de déficit de aprendizagem, sendo que são 8 meninos e 5 meninas, com 
uma média de idade de 11,6 anos. 
Os alunos que fizeram parte do grupo B tinham diagnóstico de dificuldade de 
aprendizagem aferidos por profissionais especializados na área de psicopedagogia. 
Esses problemas foram caracterizados por dificuldades inerentes ao processo de 
aprendizagem de alfabetização, não estando vinculados a nenhum tipo de distúrbios 
ou comprometimento causado por doença mental. 
2.2- Procedimentos 
 O projeto foi realizado após a aprovação do diretor do Colégio e todos os 
alunos convidados tiveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
devidamente assinado por seus responsáveis. O delineamento experimental do 
projeto aconteceu na quadra da escola e em horário de contra-turno. 
 Para avaliar os movimentos, foi aplicada a Matriz de Análise dos Padrões 
Fundamentais de Movimento, Gallahue & Ozmun (2005), que os classifica em 
estágio inicial, elementar e maduro e ocorreram em três momentos distintos: pré-
teste, antes de iniciar as aulas, pós-teste depois do programa de intervenção e o 
teste de retenção dez dias após a aplicação do pós-teste, sem trabalhar com o 
conteúdo a ser avaliado. 
 A sequência de execução das tarefas (correr, deslizar, quicar, receber, 
arremessar e rolamento do corpo para frente) no ‘pré-teste’, ‘pós-teste’ e ‘teste de 
retenção’ foi realizada de modo alternado e, o número que indica o momento de 
participação de cada aluno foi distribuído de forma aleatória. 
No pré-teste, para a coleta de dados, o aluno era chamado e a professora lhe 
dava uma explicação geral sobre cada tarefa a ser executada. Feito isso, era 
posicionado no local de execução e orientado a iniciar a tarefa. Para facilitar a 
avaliação e classificação do aluno, o mesmo foi filmado individualmente, para 
posterior análise, realizando três tentativas de cada habilidade num total de 
aproximadamente 20 minutos para cada participante. O teste incluiu seis itens de 
habilidades motoras fundamentais, sendo uma de estabilização: rolamento do corpo 
para frente; três de manipulação: arremesso por cima, receber e quicar; e duas de 
locomoção: corrida e deslizamento. 
O pós-teste aconteceu após as aulas do programa de intervenção que 
ocorreram durante o período de três meses, duas vezes na semana com duração de 
50 minutos cada, com atividades práticas das habilidades motoras previstas nos 
testes. É importante ressaltar que, após a realização do programa de intervenção, o 
pós-teste foi realizado nos mesmos moldes do pré-teste. 
O teste de retenção foi aplicado da mesma forma dos outros testes, após dez 
dias, sendo que neste período não se utilizou de atividades que envolvessem as 
habilidades motoras trabalhadas, com a finalidade de avaliar os conhecimentos 
adquiridos. 
Para a pontuação dos estágios utilizou-se de 1 ponto no estágio inicial para 
cada item apresentado pelo aluno, 2 pontos no estágio elementar e 3 pontos no 
estágio maduro. Usou-se moda para identificar o padrão de movimento do aluno. 
 
2.3- Instruções 
 
Para realização de cada habilidade, buscaram-se procedimentos padrões 
utilizados em estudos anteriores, como os realizados por Paim (2003), Marques e 
Catenassi (2005), Soares e Almeida (2006), e Oliveira e Martins Junior (2008). De 
acordo com os padrões estabelecidos por estes autores, os alunos foram 
submetidos aos seguintes procedimentos na realização de cada tarefa: 
Corrida: O aluno foi instruído a colocar-se de frente à linha demarcada no solo 
e correr sobre a mesma, a toda velocidade, por uma distância de 18 metros, até um 
ponto demarcado. 
Deslizamento: O aluno colocado sobre uma linha reta executou movimentos 
de deslizamento lateral em cima da mesma, por aproximadamente 8 metros, tendo 
como pontos de partida e chegada dois cones. 
Arremesso por cima: O aluno, portando uma bola de tênis, efetuou o 
movimento de arremesso por sobre o ombro, o mais longe possível, utilizando a sua 
mão de preferência e sem o uso de saltos ou corrida prévia. 
Receber: O aluno ficou posicionado sobre uma linha, a uma distância de 
aproximadamente 4,5 metros do lançador. Uma bola de voleibol foi lançada na altura 
do peito do aluno que a recebeu com as duas mãos. Nos lançamentos errados 
foram repetidas as tentativas. 
Quicar: O aluno foi instruído a quicar uma bola de voleibol abaixo da linha da 
cintura, por 4 vezes sem mover os pés, usando uma das mãos e então segurá-la. 
Rolamento: O aluno, de frente para o colchonete foi instruído a agachar, 
aproximar o queixo do peito e com o auxílio das mãos, colocadas no colchonete, 
rolar seu corpo para frente, terminando na posição inicial. 
 
2.4- Tratamento estatístico 
Na análise descritiva dos resultados foi utilizada a moda como medida de 
tendência central e percentis como medida de variabilidade (%), Na análise 
inferencial utilizou-se o Teste de Friedman para verificar as diferenças entre 
momentos e o Teste de Wilcoxon para identificar o local das diferenças entre os 
momentos em cada grupo. Na comparação das diferenças entre os grupos utilizou-
se o teste U de Mann & Whitney. 
 
3-RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Para facilitar a leitura os resultados serão apresentados da seguinte forma: 1) 
Análises descritivas relativas aos três momentos pré, pós e retenção em cada uma 
das habilidades estudadas em cada grupo; 2) Análise inferencial intra grupo 
(momentos); 3) Análise inferencial: comparação entre os grupos. 
Os resultados são apresentados por meio de gráficos, referentes à 
distribuição dos alunos pelos estágios de desenvolvimento na execução das 6 
habilidades avaliadas. 
A figura 1, referente à habilidade corrida, mostra que no grupo A, no pré-teste, 
5 alunos (38%) encontram-se no estágio elementar e 8 alunos (69%%) encontram-
se no estágio maduro. No pós-teste e no teste de retenção, reduz para 3 a 
quantidade de alunos (23%) no estágio elementar e sobe para 10 alunos (77%) no 
estágio maduro. No grupo A, na referida habilidade,não houve diferença significativa 
entre os momentos pré, pós e de retenção. 
GRUPO A - CORRIDA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
pré pós ret
 
inicial
elemntar 
maduro
 
Figura1- Porcentagem de alunos classificados nos níveis inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de corrida do Grupo A. * Significativo p< 0,05 
 
 
Na figura 2, apresenta-se o resultado obtido pelo grupo B, na habilidade 
corrida, sendo que no pré-teste 7 alunos (54%) encontram-se no estágio elementar e 
6 alunos (46%) encontram-se no estágio maduro e, no pós-teste, ocorre um 
aumento no estágio maduro para 11 alunos (85%) e uma redução no estágio 
elementar para 2 alunos (15%). No teste de retenção aumenta novamente o número 
no estágio elementar para 4 alunos (31%) e ocorre a redução no estágio maduro 
para 9 alunos (69%). No Grupo B, na habilidade corrida, houve diferença 
significativa nos momentos (X2 =10,286; p=0,006). Sendo que o local das diferenças 
foi entre o pré e pós-testes, (Z=-2,0; p=0, 046). 
* 
* 
Na análise dos dados do grupo B observou-se que houve uma predominância 
de indivíduos classificados no estagio maduro, mostrado descritivamente. Pode se 
inferir que o projeto de intervenção influenciou na melhoria desta habilidade, visto 
que no inicio encontravam-se, dentre todos os participantes, 12 alunos no estágio 
elementar e 14 alunos no estágio maduro e que após a intervenção, 19 alunos 
avaliados encontram-se no estágio maduro e apenas 7 alunos encontram-se no 
estágio elementar. Outra explicação que pode ser aventada é que a habilidade de 
corrida é uma forma avançada da caminhada, com uma curta fase de elevação em 
cada passada, onde o corpo perde o contato com a superfície de apoio 
(GALLAHUE; OZMUN, 2005), é utilizada com freqüência pelas crianças no dia-a-dia 
e em brincadeiras. 
 
GRUPO B - CORRIDA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
pré pós ret
inicial
elementar 
maduro
 
Figura 2- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de corrida do grupo B 
 
 
Na habilidade motora de deslizar, foi possível observar descritivamente que 
na soma dos participantes o programa de intervenção também trouxe algum 
benefício, pois, 3 alunos estavam no estágio inicial e apenas 1 assim continuou. Dos 
5 alunos que iniciaram no estágio elementar apenas 3 mantiveram-se nele e, de 18 
passou para 22 o número de alunos no estágio maduro. 
Ao analisar os dados para a habilidade motora fundamental de deslizar, 
verificou-se que das 13 crianças investigadas do grupo A, nenhuma delas estava no 
estágio inicial, sendo que, no pré-teste 3 alunos (23%) encontram-se no estágio 
elementar e 10 alunos (77%) encontram-se no estágio maduro. No pós-teste este 
número sobe para 13 alunos (100%) e se mantém no teste de retenção. Veja na 
figura 3. 
Na habilidade de deslizar no grupo A, houve diferença significativa entre os 
momentos e foi identificado pelo teste de Friedman (X2= 6,0; p=0,05). O teste de 
Wilcoxon não foi capaz de localizar onde ocorreu a diferença. 
 
GRUPO A
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
deslizar pré deslizar pós deslizar ret.
inicial
elementar
maduro
Figura 3- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de deslizar do grupo A 
 
 
Conforme figura 4, na habilidade deslizar, no grupo B, no pré-teste, 3 alunos 
(23%), encontram-se no estágio inicial, 2 alunos (15%) encontram-se no estágio 
elementar e 8 alunos (62%) encontram-se no estágio maduro. No pós-teste ocorre 
uma redução no estágio inicial para apenas 1 aluno (8%), um aumento no estágio 
elementar para 3 alunos (23%) e, no estágio maduro para 9 alunos (69%), mantendo 
os mesmos índices do pós-teste no teste de retenção. Essas alterações foram 
significativas (X2= 6,0; p=0,05), porém o teste de Wilcoxon não foi capaz de localizar 
onde ocorreu a diferença. 
 
GRUPO B
0%
20%
40%
60%
80%
deslizar pré deslizar pós deslizar ret
inicial
elementar
maduro
Figura 4- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de deslizar do grupo B 
 
Conforme figuras 5 e 6, na habilidade motora de receber, todos os alunos 
apresentaram características do estágio maduro. Foram feito o cálculo de 
associação para esta variável, não sendo observadas as diferenças entre os 
momentos nessa habilidade. Uma das hipóteses para este fato é que todos estes 
alunos na rede municipal foram bastante estimulados na prática de bola queimada, 
uma atividade que utiliza muito da habilidade motora de receber, portanto quanto 
mais possibilidades o aluno tiver de prática mais ele as dominará e, devemos 
considerar a quantidade destas, “pois as habilidades motoras básicas necessitam de 
oportunidades”. GALLAHUE e OZMUN (2005). 
Para receber um objeto, normalmente braços e antebraços são estendidos 
para frente flexionando-os em direção ao peito no momento da recepção envolvendo 
o uso das mãos a fim de parar objetos arremessados (GALLAHUE E OZMUN 2005, 
p.267). 
 
GRUPO A
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
receber pré receber pós receber ret.
inicial
elementar
maduro
 
Figura 5- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de receber do grupo A 
 
GRUPO B
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
receber pré receber pós receber ret
inicial
elementar
maduro
 
Figura 6- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de receber do grupo B 
 
 
Ao se interpretar os dados da figura 7, observa-se que os alunos na 
habilidade de arremesso encontram se concentrados em maior número no estágio 
maduro e que no grupo A, nos testes aplicados de pré, pós e de retenção, nenhum 
aluno encontra-se no estágio inicial. No pré-teste, 3 alunos (23%) encontram-se no 
estágio elementar e 10 alunos (77%) no estágio maduro. No pós-teste e no teste de 
retenção 2 alunos (15%) encontram-se no estágio elementar e 11 alunos (85%) no 
estágio maduro. Não houve diferença significativa entre os momentos. 
 
GRUPO A
0%
20%
40%
60%
80%
100%
arremesso pré arremesso pós arremesso ret.
inicial
elementar
maduro
Figura 7- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de arremessar do grupo A 
 
 
Conforme figura 8, na habilidade arremesso, no grupo B, na aplicação do pré-
teste, 1 aluno (7%) encontra-se no estágio inicial, 4 alunos (31%) encontram-se no 
estágio elementar e 8 alunos (62%) encontram-se no estágio maduro. No pós-teste 
e no teste de retenção não houve aluno no estágio inicial, ocorreu um aumento no 
estágio elementar para 5 alunos (38%) e mantiveram-se 8 alunos (62%) no estágio 
maduro. Não houve diferença significativa entre os momentos. 
Uma possível explicação para não se ter observado diferença significativa 
entre os momentos nos grupos pode ter sido o fato de que o total de prática não 
tenha sido suficiente para modificar o comportamento referente aos alunos 
classificados no estagio elementar e inicial. Assim percebe-se a importância das 
aulas de educação física em abordar todas as habilidades motoras fundamentais, 
uma vez que são essenciais para o sucesso das crianças. Corroborando com esta 
informação ISAYAMA (1997) em um estudo sobre execução de habilidades motoras 
fundamentais em duas situações ambientais diferentes (laboratorial e “natural”) de 
arremessar e receber, em uma de suas conclusões coloca que: “os alunos devem 
ter uma grande variedades de situaçõesde prática de atividades dentro das aulas de 
Educação Física para que estes possam tornar-se eficiente no meio ambiente em 
que vivem. 
GRUPO B
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
arremesso pré arremesso pós arremesso ret
inicial
elementar
maduro
Figura 8- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de arremessar do grupo B 
 
 
Ao interpretar os dados, sobre a habilidade de quicar, na figura 9, no pré-
teste, pós-teste e teste de retenção, observa-se que dos 26 alunos investigados 
nenhum deles encontra-se no estágio inicial do processo de desenvolvimento motor 
no movimento de quicar. O grupo A, no pré-teste, apresenta 7 alunos (54%) no 
estágio elementar e 6 alunos (46%) no estágio maduro. No pós-teste e no teste de 
retenção ocorre uma redução no estágio elementar para 3 alunos (23%) e um 
aumento no estágio maduro para 10 alunos (77%). 
Na análise quantitativa houve diferença significativa no grupo A entre os 
momentos (X²= 13,8; p=0,018.). Essas diferenças se encontram do pré-teste para o 
pós-teste (Z= -2,00; p=0,046) e entre o pré-teste e o teste de retenção ( Z= -2,00; p= 
0,046). Ao analisar os dados referentes ao grupo A, verificou-se uma diferença 
significativa no movimento quicar, entre o pré-teste para o pós-teste e do pré-teste 
para o teste de retenção, o que demonstra que o projeto criou oportunidades de 
intensidades motoras que garantiram uma mudança duradoura e efetiva. 
 
GRUPO A - QUICAR
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
quicar pré quicar pós quicar ret.
inicial
elementar
maduro
 
Figura 9- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de quicar do grupo A 
 
A figura 10 apresenta o grupo B, na habilidade de quicar, no pré-teste, com 11 
alunos (85%) que se encontram no estágio elementar e 2 alunos (15%) que se 
encontram no estágio maduro. No pós-teste e teste de retenção ocorre uma redução 
no estágio elementar para 5 alunos (38%) e um aumento no estágio maduro para 8 
alunos (62%). No grupo B também houve diferença significativa entre os momentos 
(X²=10, 286; p=0,006). Essas diferenças encontram-se entre do pré para o pós-teste 
(Z= -2,0; p=0,014) e do pré-teste para o teste de retenção (Z= -2,0; p=0,014). 
Os resultados referentes ao grupo B mostram que houve diferença 
significativa entre os momentos do pré-teste para o pós-teste e do pré-teste para o 
teste de retenção evidenciando o que GALLAHUE & OZMUN (2005) afirmam, “que o 
desenvolvimento motor não só depende da qualidade, mas também da quantidade 
de oportunidades motoras e sua diversificação.” 
Desta forma, ao final do programa de intervenção foi possível constatar que 
durante a aprendizagem do movimento de quicar os sujeitos melhoraram seus 
padrões de desenvolvimento, fato comprovado por meio da análise dos dados, com 
a presença de 18 alunos, somados os dois grupos, no estágio maduro. Os 
resultados levaram a concluir também que os avaliados do grupo B mostraram que 
as atividades proporcionadas pelo programa de intervenção acarretaram em uma 
melhora no desenvolvimento motor, diminuindo de 11, no início das atividades, para 
5, no final do programa, o número de alunos no estágio elementar . 
 
GRUPO B - QUICAR
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
quicar pré quicar pós quicar ret
inicial
elementar
maduro
 
Figura 10- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de quicar do grupo A 
 
 
No grupo A, na habilidade de rolar o corpo para frente, no pré-teste, 5 alunos 
(38%) encontram-se no estágio inicial, 6 alunos (46%) encontram-se no estágio 
elementar e 2 alunos (15%) no estágio maduro. No pós-teste há uma redução para 2 
alunos (15%) no estágio inicial, 4 alunos (31%) no estágio elementar e um aumento 
para 7 alunos (54%) no estágio maduro. Esses dados se mantiveram no teste de 
retenção. O grupo A apresenta uma diferença significativa entre os momentos (X²= 
16,00; p=0,00). Essa diferença é encontrada no pré-teste para o pós-teste (Z=-
2,828; p=0,005) e no pré-teste para o teste de retenção (Z=-2,828; p=0,005). Veja 
figura 11. 
Esse resultado mostra que no grupo A houve uma retenção do conteúdo com 
alunos presentes no estágio maduro, no entanto alguns, ainda permaneceram nos 
estágio elementar e inicial. Segundo Barbanti (2005), a habilidade rolamento do 
corpo não é muito utilizada nas atividades da vida diária, por isso, tais crianças 
podem ter dificuldades em realizar essas habilidades pela falta de estimulo em 
idades anteriores. 
 
GRUPO A
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
rolar pré rolar pós rolar ret.
inicial
elementar
maduro
 
Figura 11- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de rolar o corpo para frente do grupo A 
 
 
Ao analisar os dados na figura 12, sobre os testes de habilidade motora 
fundamental de rolar o corpo para frente, observa-se que o grupo B no pré-teste 2 
alunos (15%) encontram-se no estágio inicial, 9 alunos (69%) encontram-se no 
estágio elementar e 2 alunos (15%) encontram no estágio maduro. No pós-teste não 
houve aluno no estágio inicial e teve um aumento para 11 alunos (85%) no estágio 
elementar, mantendo 2 alunos (15%) no estágio maduro. No teste de retenção 
mantiveram-se esses últimos dados. No grupo B, não houve diferença significativa 
entre os momentos. Segundo Gallahue e Ozmun (2005) o rolar requer grande 
controle de equilíbrio e só criança que possuem experiências motoras específicas 
pode atingir o estágio maduro dessa habilidade. Portanto, os sujeitos que praticarem 
mais essas habilidades será aqueles que mais se encontrarão com seu padrão 
desenvolvido. Ainda de acordo com Gallahue e Ozmun (2005) por volta dos 7 anos 
de idade é possível para a criança encontrar-se no estágio maduro do 
desenvolvimento motor na maioria das habilidades motoras, no entanto, por alguma 
restrição do individuo, da tarefa ou do ambiente, esse resultado não pode ser 
confirmado. 
 
GRUPO B
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
rolar pré rolar pós rolar ret.
inicial
elementar
maduro
 
Figura 12- Porcentagem de alunos classificados em nível inicial, elementar e maduro, no pré-teste, 
pós-teste e teste de retenção, na habilidade fundamental de rolar o corpo para frente do grupo B. 
 
 
 Ao analisar os dados abaixo presentes na tabela 1, pode-se constatar que os 
alunos do grupo B, apresentam-se em maior número no estágio elementar em 
relação ao grupo A, evidenciando a ligação entre o déficit de aprendizagem e a 
execução das habilidades motoras. Outros estudos envolvendo este tema mostram 
resultados semelhantes ao encontrado por Fonseca (1995), Silva e Beltrame (2011) 
e Rosa Neto (2007). 
 O desempenho dos alunos na habilidade recepção, se mostrou bastante 
interessante, pois todos os alunos já se encontravam no estágio maduro. 
Possivelmente tiveram mais experiências motoras desta habilidade do que das 
demais. 
 Outro ponto a ser destacado é a presença dos alunos em estágios diferentes 
nas outras habilidades motoras estudadas. Os estudos de Bigotti e Tolocka (2005) 
corroboram com os dados aqui obtidos, uma vez que ambos constataram que 
nenhuma criança encontrava-se no estágio maduro em todas as habilidades. O não 
alcance do estágio maduro deve ser visto como um fator preocupante, porque além 
de ser a base da aquisição de habilidades utilizadas no esporte, atividades 
recreativas e cognitiva, ele contribui significativamente na realização de atividades 
mais complexas do cotidiano. 
 
 
 
 
 
Tabela 1 : Porcentagem dos alunos nos três estágios(inicial, elementar e maduro) nas situaçõesde 
pré-teste, pós-teste e teste de retenção , nas habilidades de deslizar, receber, corrida,quicar, 
arremesso e rolar o corpo para frente, do Grupo A e B. 
 
 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Deslizar pré 0% 23% 77% Deslizar pré 23% 8% 69% 
Deslizar pós 0% 0% 100% Deslizar pós 8% 23% 69% 
Deslizar ret. 0% 0% 100% Deslizar ret 8% 23% 69% 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Receber pré 0% 0% 100% Receber pré 0% 0% 100% 
Receber pós 0% 0% 100% Receber pós 0% 0% 100% 
Receber ret. 0% 0% 100% Receber ret. 0% 0% 100% 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Corrida pré 0% 38% 62% Corrida pré 0% 54% 46% 
Corrida pós 0% 23% 77% Corrida pós 0% 15% 85% 
Corrida ret. 0% 23% 77% Corrida ret. 0% 31% 69% 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Quicar pré 0% 54% 46% Quicar pré 0% 85% 15% 
Quicar pós 0% 23% 77% Quicar pós 0% 38% 62% 
Quicar ret. 0% 23% 77% Quicar ret. 0% 38% 62% 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Arremesso pré 0% 23% 77% Arremesso pré 7% 31% 62% 
Arremesso pós 0% 15% 85% Arremesso pós 0% 38% 62% 
Arremesso ret. 0% 15% 85% Arremesso ret. 0% 38% 62% 
 GRUPO A GRUPO B 
 Inicial Elementar Maduro Inicial Elementar Maduro 
Rolar pré 38% 46% 15% Rolar pré 15% 69% 15% 
Rolar pós 15% 31% 54% Rolar pós 0% 85% 15% 
Rolar ret. 15% 31% 54% Rolar ret. 0% 85% 15% 
4-CONCLUSÃO 
 
A partir do objetivo proposto, verificar o efeito de um programa de intervenção 
em alunos com déficit de aprendizagem e com desenvolvimento típico, constatou-se 
que nas habilidades motoras fundamentais avaliadas: correr, deslizar, receber, 
arremessar, quicar e rolar o corpo para frente, os alunos, de uma forma geral, de 
ambos os grupos, após o programa, apresentaram características do estágio 
elementar ou maduro em todas as habilidades. 
É importante ressaltar que apesar de não se poder observar essa diferença 
estatisticamente significativa, em algumas comparações, intra-grupo e intergrupo, 
pode-se verificar que houve mudanças para níveis mais avançados em ambos os 
grupos o que pode indicar que as oportunidades e intensidades motoras vivenciadas 
durante o programa de intervenção, favoreceram o desenvolvimento motor desses 
alunos. 
Em relação à existência de uma associação entre as dificuldades de apren-
dizagem com o desenvolvimento motor das crianças investigadas, pode se perceber 
que a maior parte dos escolares do grupo B apresenta atrasos nos estágios motores 
em relação ao grupo A. 
Desta forma, os profissionais de Educação Física, em conhecendo aspectos 
do desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais e dificuldades de 
aprendizagem de seus alunos, têm a capacidade de proporcionar maior 
diversificação de conteúdos, os quais podem aumentar as possibilidades de 
movimentos que estimulem e posteriormente afetem de maneira positiva o 
desenvolvimento motor e cognitivo dos alunos. 
Sugere novos estudos que analisem outros fatores que possam estar 
influenciando o estágio de desenvolvimento motor dos alunos. 
Entende-se a necessidade de estudos longitudinais para verificar a relação 
existente entre desenvolvimento e rendimento escolar, bem como a realização de 
programas de monitoramento do desenvolvimento motor e intervenção 
multidisciplinar diante desta população, na qual o profissional de educação física e 
os demais profissionais envolvidos atuem com o objetivo de promover um melhor 
desempenho escolar e social destes alunos. 
5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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6 a 10 anos na cidade de Cruz Alta - RS. [Dissertação de Mestrado – Programa de 
pós-graduação em Ciências do Movimento Humano]. Florianópolis (SC): 
Universidade do Estado de Santa Catarina; 2001. 
 
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antropométricas em crianças na infância avançada. Tema sobre 
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FERRAZ, O. L.; FLORES, K. Z. Educação física na educação infantil: influência 
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FERREIRA L. F., NASCIMENTO, R. O., APOLINARIO, M. R., & FREUDENHEIM, A. 
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WEIS, G. F; POSSAMAI, C L. O Basquetebol: da escola à universidade. Jundiaí, 
SP: Fontoura, p.28-29, 2008 
 
 
 
 
 
 
5-ANEXOS E APÊNDICES 
APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO 
Responsável: ROSELAINE DAUTTE MERIZIO MINIKOWSKI 
 Este é um convite especial para seu filho (a) participar voluntariamentedo 
estudo:HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS ” .Por favor, leia com atenção as 
informações abaixo antes de dar seu consentimento para participar do estudo. Qualquer 
dúvida pode ser esclarecida diretamente com a pesquisadora Roselaine Dautte Merizio 
Minikowski (43) 36231215 
OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO 
Investigar as habilidades motoras fundamentais locomotoras, estabilizantes e 
manipulativas dos alunos e propor uma experiência de aprendizagem com base na 
aquisição de diversas habilidades por meio dos exercícios e pequenos jogos. 
PROCEDIMENTOS 
Seu filho (a) irá participar de um dia de testes específicos, de habilidades motoras, 
antes do inicio do projeto. Depois irá participar do projeto em suas aulas de educação física 
realizadas no Colégio Estadual Ricardo Lunardelli, e ao final do projeto realizará novamente 
os mesmos testes feitos no início,por meio do pós-teste e teste de retenção. 
DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO 
Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos. 
PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA 
A participação de seu filho (a) neste estudo é voluntária e ele (a) terá plena e total 
liberdade para desistir do estudo a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer 
prejuízo para ele (a). 
GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE 
As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer informação 
divulgada em relatório ou publicação será feita sob forma codificada, para que a 
confidencialidade seja mantida. O pesquisador garante que seu nome não será divulgado 
sob hipótese alguma. 
Diante do exposto acima eu, __________________________________, declaro que 
fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do presente estudo. Autorizo 
a participação livre e espontânea de meu filho(a)___________________________________ 
para o estudo em questão. 
 Porecatu, ______ de ______________ de 2011. 
 ____________________________ ___ _____________________________ 
 RESPONSÁVEL (pai ou mãe) Profª. ROSELAINE D. MERIZIO MINIKOWSKI 
 
ANEXOS 
 
 
 
 TESTE LOCOMOTOR - CORRIDA A TESTE LOCOMOTOR - DESLIZAMENTO A 
 
 A. ESTÁGIO INICIAL (1) 
T
 
1 
T 
2 
T
 
3 
 
 A – ESTAGIO INICIAL (1) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1. Jogo de pernas pequeno, limitado. 1-Falta de ritmo com passos mais rápido 
2. Passos largos, irregulares e rígidos. 2-Perna de trás geralmente falha em manter-se atrás e com 
freqüência toca a superfície na frente da perna de condução 
 
3. Fase aérea não observável. 3- Flexão de 45 graus da perna de trás durante fase área 
4. Extensão incompleta da perna de 
apoio. 
 4-Contato em uma combinação calcanhar-dedos 
5. Movimento curto e rígido com graus 
variados de flexão do cotovelo. 
 5-Braços pouco usados para equilíbrio e produção de força 
6. Braços tendem a balançar em 
direção externa e horizontalmente. 
 ________________________________________________ _
_ 
_
_ 
_
_ 
7. Balanço da perna tende para fora do 
quadril. 
 ________________________________________________ _
_ 
_
_ 
_
_ 
8. Balanço do pé com dedos para fora. ________________________________________________ _
_ 
_
_ 
_
_ 
9. Base de apoio larga ________________________________________________ _
_ 
_
_ 
_
_ 
 
 B. ESTÁGIO ELEMENTAR (2) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
 
 B - ESTÁGIO ELEMENTAR (2) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1. Aumento da extensão da passada, 
do balanço do braço e da velocidade. 
 1- Ritmo moderado 
 
 
2. Fase aérea limitada, mas observável. 2-Parece entrecortado e rígido 
3. Extensão mais completa da perna de 
apoio no impulso. 
 3-Perna de trás auxilia a condução durante o vôo, mas pousa 
ao lado ou atrás da perna de condução 
 
4. Aumento da oscilação do braço. 4- Elevação vertical exagerada 
5. Balanço horizontal do braço reduzido 
no movimento para trás. 
 5- Pés tocam superfície em combinação calcanhar-dedo ou 
dedo-dedo 
 
6. Pé de trás cruza linha mediana da 
altura. 
 6- Braços se colocam levemente para as laterais para auxiliar 
o equilíbrio. 
 
 
 C. ESTÁGIO MADURO (3) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
 
 C - ESTÁGIO MADURO (3) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1. Máximo da extensão da passada e 
de sua velocidade. 
 1- Ritmo moderado 
2. Fase aérea definida. 2- Ação rítmica e suave 
3. Extensão completa da perna de 
apoio no impulso. 
 3- Perna de trás pousa ao lado ou atrás da perna de 
condução 
 
4. Coxa de trás paralela ao solo. 4- Ambas as pernas flexionadas em ângulos de 45°graus 
durante o vôo 
 
5. Oscilação vertical dos braços em 
oposição às pernas. 
 5 Padrão de vôo baixo 
6. Braços dobrados em ângulo 
aproximadamente retos. 
 6-Combinação de contato calcanhar-dedo 
7. Mínima ação de rotação do pé e da 
perna de trás. 
 7-Braços não são necessários para o equilíbrio; podem ser 
usados para outros propósitos. 
 
 ESCORE 
PARCIAL 
 ESCORE 
PARCIAL 
 
 ESCORE 
TOTAL 
 
ESCORE TOTAL 
ALUNO= COLETE Nº= 
 
 
 
ALUNO = _________________________________________________________________________ COLETE Nº. ________ 
 
 TESTE MANIPULATIVO - 
QUICAR 
 
A TESTE ESTABELIZADOR – ROLAMENTO PARA 
FRENTE 
A 
 
 A. ESTÁGIO INICIAL (1) 
 
T
1 
T
2 
T 
3 
 
 A. ESTÁGIO INICIAL (1) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1- Bola é segurada com ambas as mãos 1- Cabeça entra em contato com a superfície. 
2-Mãos posicionadas nos lados da bola, 
com palmas de frente uma para a outra. 
 2- Corpo curvado em posição “C” solta. 
3-Ação de forçar a bola para baixo com 
ambas as mãos. 
 3- inabilidade para coordenar o uso dos braços. 
4-Bola toca o chão próxima ao corpo; pode 
tocar o pé 
 4- Não consegue rolar para trás ou para as laterais. 
5-Grande variação na altura do retorno da 
bola. 
 5- Curva-se para posição “L” depois de rolar para 
frente. 
 
 
 B. ESTÁGIO ELEMENTAR ( 2 ) 
 
T
1 
T
2 
T 
3 
 
 B. ESTÁGIO ELEMENTAR ( 2 ) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1- Bola segurada com ambas as mãos, 
uma em cima e outra embaixo. 
 1-Depois de rolar para frente , ações parecem 
segmentadas. 
 
2-Leve inclinação para frente, com bola 
trazida ao nível do peito para iniciar a ação. 
 2-Cabeça conduz a ação em vez de inibi-la 
3- Força para baixo com mão e braço de 
cima 
 3-Topo da cabeça ainda toca a superfície. 
4-Força para baixo inconsistente. 4-Corpo curvado em posição “C” apertada no inicio 
da rolagem. 
 
5- Mão dá tapas subseqüentes na bola 
para quicar. 
 5- Curva-se para a posição “L” ao completar a 
rolagem 
 
6- Pulso se flexiona e estende a palma da 
mão contata a bola em cada drible. 
 6- Auxilio das mãos e dos braços sem técnica, mas 
fornecendo ligeiro impulso. 
 
7- Acompanha visualmente a bola. 7-Pode executar apenas uma rolagem de cada vez. 
8- Controle limitado da bola enquanto 
dribla. 
 _________________________________________ _ _ _ 
 
 C. ESTÁGIO MADURO ( 3 ) 
 
T
1 
T
2 
T 
3 
 
 C. ESTÁGIO MADURO ( 3 ) 
 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1- Pés colocados em posição de pequena 
abertura, com pé oposto para frente. 
 1- Cabeça conduz a ação. 
 
 
2-Leve inclinação do tronco para frente. 2- Parte de trás da cabeça toca a superfície bem 
levemente. 
 
3-Bola é contida na altura da cintura. 3- Corpopermanece em “C” apertado durante todo 
o movimento. 
 
4- Bola empurrada em direção ao chão 
com acompanhamento de braço, pulso e 
dedos. 
 4- Braços auxiliam na produção de força. 
5- Força de movimento para baixo 
controlada. 
 5- Impulso do movimento leva a criança à posição 
inicial. 
 
6- ação repetida de toque e empurrão 
iniciada pelas pontas dos dedos. 
 6-Pode executar rolagens consecutivas 
controladas. 
 
7-Acompanhamento visual desnecessário. _________________________________________ _ _ _ 
8- Controle direcional do drible. _________________________________________ _ _ _ 
 
 ESCORE PARCIAL 
 
ESCORE PARCIAL 
 
 
 ESCORE TOTAL 
 
ESCORE TOTAL 
 
 ALUNO =_______________________________________________________________ COLETE Nº=__________________________ 
 
 
TESTE MANIPULATIVO - ARREMESSO 
POR CIMA 
 
 
 A 
 
 
TESTE MANIPULATIVO - RECEBER 
 
 
 A 
 
 
 A. ESTÁGIO INICIAL ( 1 ) 
T 
 1 
T 
2 
T 
3 
 
 A- ESTÁGIO INICIAL ( 1 ) 
T
 
1 
T 
 
2 
T 
3 
1. Ação é feita principalmente a partir do 
cotovelo. 
 1-Frequentemente, há uma reação de desvio, virando ou protegendo o 
rosto com as mãos ( reação de fuga é aprendida e mais tarde não deve 
estar presente) 
 
2. Cotovelo do braço de arremesso 
mantém-se à frente do corpo; ação parece 
um empurrão. 
 2- Braços se estendem e se mantêm à frente do corpo 
3. Dedos se separam ao liberar a bola. 3-Movimento de corpo é limitado até o contato. 
4. Acompanhamento da bola para frente e 
para baixo. 
 4-Recepção parece ação de cavar. 
5. Tronco se mantém perpendicular ao 
alvo. 
 5-Uso do corpo para segurar a bola 
 
 
6. Pequena ação de giro durante o 
arremesso. 
 6-Palmas são mantidas para cima. 
7. Peso corporal se move levemente para 
trás para manter equilíbrio. 
 7- Dedos são estendidos e mantidos tensos. 
8. Pés permanecem parados. 7-Mãos não são usadas na ação de recepção. 
9. Geralmente não há objetivo na 
movimentação dos pés durante a 
preparação do arremesso. 
 _________________________________________________________ _ _ _
_ 
 
B. ESTÁGIO ELEMENTAR ( 2 ) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
 
 B - ESTÁGIO ELEMENTAR ( 2 ) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
1. Na preparação, o braço é inclinado para 
cima, para os lados e para baixo, para 
posição de cotovelo flexionado. 
 1- Reação de desvio é limitada ao fechamento dos olhos no contato com a 
bola 
 
2. Bola é segurada atrás da cabeça. 2-Cotovelos são mantidos nas laterais com inclinação aproximada de 90 
graus. 
 
3. Braço é inclinado para a frente, bem 
acima do ombro. 
 3-tentativa inicial de tocar na bola com as mãos geralmente mal-sucedida, 
pois os braços batem na bola. 
 
 
4. Tronco se vira para o lado do arremesso 
durante ação preparatória. 
 4- mãos são mantidas em oposição uma à outra; polegares se mantêm 
para cima 
 
5. Ombros se viram para o lado do 
arremesso. 
 5- Ao contato, mãos tentam apertar a bola com movimento irregular e 
insuficientemente rápido. 
 
6. Tronco é flexionado para a frente com 
movimento do braço para a frente. 
 
 C - ESTÁGIO MADURO ( 3 ) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
7. Mudança definida do peso corporal para 
frente. 
 1-Não há reação de desvio. 
8. Passos à frente com perna do mesmo 
lado do braço de arremesso. 
 2-Olhos seguem bola até a mão. 
 
 
 
 C. ESTÁGIO MADURO ( 3 ) 
T 
1 
T 
2 
T 
3 
3-Braços mantêm relaxados nas laterais, e antebraços se mantêm na 
frente do corpo. 
 
1. Braço é inclinado para trás na 
preparação. 
 4-Braços cedem ao contato com a bola para absorver a força. 
2. Cotovelo oposto é elevado para 
equilíbrio como ação preparatória no braço 
de arremesso. 
 5- Braços se ajustam à trajetória da bola. 
3. Cotovelo de arremesso se move para 
frente horizontalmente enquanto se 
estende. 
 6-Polegares se mantêm em oposição um ao outro. 
4. Antebraço gira e polegar aponta para 
baixo. 
 7- Mãos agarram a bola em movimento simultâneo e de bom ritmo. 
5-Tronco gira claramente para o lado do 
arremesso durante ação preparatória. 
 
8-Dedos agarram mais efetivamente. 
 
6-Ombro de arremesso cai levemente. 
 ESCORE PARCIAL 
 
7-Rotação definida através dos quadris, 
pernas, coluna e ombros. 
 
 
 
ESCORE TOTAL 
 
 
8-Peso no pé de trás durante movimento 
preparatório. 
 ESCORE PARCIAL 
9-Conforme o peso se move, um passo é 
dado com o pé oposto 
 ESCORE TOTAL 
 
 
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