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Placa aterosclerótica à angiotomografia de coronárias em pacientes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAIO JOSÉ COUTINHO LEAL TELINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLACA ATEROSCLERÓTICA À ANGIOTOMOGRAFIA DE 
CORONÁRIAS EM PACIENTES COM ESCORE DE CÁLCIO 
ZERO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aracaju 
2018 
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CAIO JOSÉ COUTINHO LEAL TELINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLACA ATEROSCLERÓTICA À ANGIOTOMOGRAFIA DE 
CORONÁRIAS EM PACIENTES COM ESCORE DE CÁLCIO 
ZERO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao colegiado do curso de 
Medicina da Universidade Federal de Sergipe, como 
requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em 
Medicina. 
. 
 
 Orientadora: Profª. Dra. Joselina Luzia Menezes Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aracaju 
2018 
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CAIO JOSÉ COUTINHO LEAL TELINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLACA ATEROSCLERÓTICA À ANGIOTOMOGRAFIA DE 
CORONÁRIAS EM PACIENTES COM ESCORE DE CÁLCIO 
ZERO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao colegiado do curso de 
Medicina da Universidade Federal de Sergipe, como 
requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em 
Medicina. 
 
Orientadora: Profª. Dra. Joselina Luzia Menezes Oliveira 
 
 
Aprovada em ____/____/____ 
 
 
 
 
 
Autor: 
Caio José Coutinho Leal Telino 
 
Orientadora: 
Profª. Dra. Joselina Luzia Menezes Oliveira 
 
 
 
 
Aracaju 
2018 
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“Conheça toda a teoria, domine todas as técnicas, 
mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana” 
 
Carl G. Jung 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por me proporcionar a vida e todos os acontecimentos que 
me fizeram chegar até aqui e finalizar este trabalho de conclusão de curso. 
À minha mãe, Jucélia, a pessoa mais importante da minha vida. Me entende e 
me guia nessa jornada, além de ser um exemplo de humildade e bom caráter. 
À minha avó Lia, com quem morei durante toda a infância. Participou 
ativamente da minha educação e me ajudou na escolha pela medicina. Assim como 
minha avó Lurdinha, que exerce seu papal muito além do de avó. 
Ao meu pai, Romero, com quem sempre posso contar e faço questão de 
compartilhar minhas vitórias. E especialmente ao meu padrasto Gildo, que também 
representa uma figura paterna e por quem tenho grande carinho e admiração. 
Aos meus irmãos Gi, Gildinho e Manu. Giulia, com seu jeito moleca e de 
grande coração, me fortalece a cada abraço ou beijo surpresa; Gildinho é um irmão 
para todas as horas, meu parceiro de vida e de quarto. E Manu que, mesmo distante 
fisicamente, mantém uma conexão de amor e companheirismo. Vocês foram 
fundamentais ao longo dessa jornada. 
À minha orientadora Dra. Joselina, que é uma inspiração para mim como 
profissional e como ser humano. Tem me orientado na realização de atividades 
científicas desde o começo do curso e me auxilia no que for preciso. Agradeço a 
todas as oportunidades que tive e pelo carinho e respeito de sempre. 
Agradeço também a todos que fizeram parte comigo da linha de pesquisa em 
Ecoestresse e Angiotomografia de Coronárias, especialmente à querida prima 
Stephanie e aos amigos Flávio, Vítor, Júlia. Aos orientandos da pós-graduação 
representados por Fabíola Gabriel – que foi fundamental para a construção deste 
trabalho. 
A Dr. Sousa, por ser um exemplo de médico e professor e pela dedicação na 
realização dos inúmeros trabalhos da nossa linha de pesquisa. 
Agradeço por fim a todos os pacientes que se voluntariaram para participar 
deste estudo, contribuindo imensamente para o conhecimento científico. 
 
 
 
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ATCC: Angiotomografia computadorizada de coronárias 
AVE: Acidente vascular encefálico 
CAC: Calcificação de artéria coronária 
DAC: Doença arterial coronária 
DCV: Doenças cardiovasculares 
EBCT: Tomografia computadorizada por feixe de elétrons 
EC: Escore de cálcio 
ECG: Eletrocardiograma 
HDL: Lipoproteína de alta densidade 
IAM: Infarto agudo do miocárdio 
LDL: Lipoproteína de baixa densidade 
TCMD: Tomografia computadorizada multidetectores 
VPP: Valor preditivo positivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Quantificação Escore de cálcio (Escore de Agatston) quanto ao risco 
cardiovascular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Imagens representativas de características de placas identificáveis à 
ATCC (adaptado de KOLOSSVÁRY et al., 2017). 
Figura 2 – Imagens representativas de categorias de estenoses mediante ATCC 
(adaptado de KOLOSSVÁRY et al., 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 10 
I. ATEROSCLEROSE ........................................................................................ 11 
II. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE MÚLTIPLOS DETECTORES ... 13 
III. ESCORE DE CÁLCIO ................................................................................. 13 
3.1. Escore de cálcio e eventos cardiovasculares ................................... 16 
3.2. Escore de cálcio e lesão obstrutiva ................................................... 17 
3.3. Escore de cálcio em pacientes sintomáticos ..................................... 18 
IV. ANGIOTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CORONÁRIAS ............ 20 
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 27 
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO ............................................................................... 36 
ARTIGO ORIGINAL ................................................................................................... 47 
RESUMO .......................................................................................................... 49 
ABSTRACT ........................................................................................................ 50 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 51 
MÉTODOS ......................................................................................................... 51 
RESULTADOS ................................................................................................... 54 
DISCUSSÃO ...................................................................................................... 56 
CONCLUSÕES .................................................................................................. 58 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 59 
TABELAS ........................................................................................................... 61 
FIGURAS ........................................................................................................... 66 
ANEXOS ............................................................................................................ 68 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
11 
 
I. ATEROSCLEROSE 
 
Um dos primeiros relatos da aterosclerose ocorreu em meados de 1790 
pelo médico Edwuard Jenner, descobridor da vacina contra a varíola, enquanto 
dissecava um cadáver à procura da causa da morte de um indivíduo que ocorreu 
logo após período de dores no peito. Na ocasião, ele observou no interior de uma 
das artérias, uma substância dura similar à areia, a qual ele descreveu como 
“pequenas pedras” (SILVA et al., 2006). 
Como importante causada doença arterial coronária (DAC) e infarto 
agudo do miocárdio (IAM), a aterosclerose é a principal causa de mortalidade em 
todo o mundo. Trata-se de um processo inflamatório crônico e sistêmico, no qual 
placas se desenvolvem nas artérias e limitam o fluxo sanguíneo (ANDREWS et al., 
2016) 
A aterosclerose é considerada uma doença inflamatória crônica 
progressiva com uma longa fase assintomática com início em locais de lesões 
endoteliais (LIBBY, 2002). Sua progressão está relacionada aos fatores de risco, e 
varia de indivíduo para indivíduo. Essas lesões podem ser resultantes de vários 
fatores como aumento das forças de cisalhamento locais, elevadas concentrações 
plasmáticas de LDL, partículas de lipoproteínas remanescentes, toxinas químicas do 
cigarro, radicais livres, presença de diabetes mellitus, baixos níveis séricos de HDL 
que prejudica o transporte reverso do colesterol, e resistência à insulina, entre outros 
(KAWAMORI et al., 1992). 
O processo que leva ao desenvolvimento da DAC inicia-se precocemente 
nos indivíduos e a progressão da doença, assim como o perfil da placa, depende da 
influência de fatores de risco associados (TOTH, 2008). 
A lesão inicial no vaso diminui a produção de oxido nítrico pelas células 
endoteliais, leva à diminuição da capacidade vasodilatadora e prejudica funções de 
proteção do endotélio vascular. Como consequência, a lipoproteína de baixa 
densidade (LDL) e células do sistema imune começam a se infiltrar na camada 
subendotelial do vaso iniciando a lesão aterosclerótica que passa por vários 
estágios. (LIBBY 2001; NAGHAVI et al., 2003; TOTH, 2008). 
Os fatores inflamatórios têm papel importante no desenvolvimento e 
evolução da lesão aterosclerótica. Esses fatores levam ao aumento da 
permeabilidade vascular, aderência de leucócitos e plaquetas nas áreas lesadas do 
12 
 
endotélio através das moléculas de adesão vascular (VCAM-1), molécula de adesão 
intercelular (ICAM-1), e E-seletina, também conhecida como molécula de adesão de 
fase aguda (LIBBY, 2002). Sendo assim, a placa de ateroma é formada por acúmulo 
de lipídeos principalmente a LDL e células sanguíneas, associada aos fatores 
inflamatórios na camada íntima da artéria após injúrias ao tecido endotelial. As 
partículas de LDL são fagocitadas pelos leucócitos e acabam originando as 
chamadas células espumosas e estrias gordurosas. Com o processo inflamatório 
constante, as lesões passam por diversos estágios de evolução ocasionando um 
maior acúmulo de leucócitos, LDL e proliferação de células musculares lisas levando 
ao espessamento da parede do vaso e redução do lúmen (ROSS, 1999). 
As placas de aterosclerose consideradas instáveis com maior 
probabilidade de ruptura e de ocasionar eventos cardiovasculares são normalmente 
ricas em um núcleo lipídico, com grande número de células inflamatórias e 
proteoglicano. As placas instáveis têm sido observadas mais frequentemente em 
mulheres e a ruptura está mais associada à composição que ao tamanho da placa. 
Sendo as placas não obstrutivas as que sofrem mais ruptura (NAGHAVI et al., 
2003). Por possuírem uma fina camada recobrindo a placa podem sofrer pequenas 
rachaduras, até mesmo com o fluxo sanguíneo ocasionando a formação de trombos 
que pode levar à oclusão da artéria e isquemia do tecido (DAVIES, 1996; FALK, 
1992). 
A placa de ateroma desenvolve-se lentamente, os lipídeos depositados 
são recobertos por uma capa fibrosa, com o desenvolvimento da placa se torna mais 
rígida, podendo haver deposição do mineral cálcio resultando em diferentes graus 
de calcificação da placa (FRIEDLANDER et al., 2001; SUNG et al., 2004). A placa 
continua se desenvolvendo, a proliferação celular pode aumentar ao ponto de a 
placa precipitar-se para a luz da artéria e diminuir o fluxo sanguíneo levando à 
oclusão do vaso. Mesmo que não ocorra oclusão do vaso a placa de ateroma 
continua com o acúmulo de sais de cálcio, o que pode ocasionar o surgimento de 
uma rigidez similar ao osso. 
Em alguns casos de aterosclerose pode haver formação de um núcleo 
necrótico, consequente à morte de células e ativação de macrófagos. Estes 
produzem enzimas de degeneração que atacam a capa fibrosa que recobre a placa, 
levando à vulnerabilidade e instabilidade da placa que pode se romper, expondo seu 
conteúdo na corrente sanguínea e gerando um coágulo capaz de ocluir a artéria e 
13 
 
desencadear eventos como IAM (infarto agudo de miocárdio) e acidente vascular 
encefálico (AVE). As placas vulneráveis e placas consideradas estáveis podem ser 
identificadas por várias técnicas, incluindo, ultrassonografia intravascular, tomografia 
de coerência óptica, tomografia computadorizada e ressonância magnética 
(FUSTER et al., 2005; OHAYON et al., 2008;). 
 
II. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE MÚLTIPLOS DETECTORES 
 
A tomografia computadorizada foi introduzida na medicina em 1970 
através dos estudos do engenheiro britânico Sir Godfrey Newbold Hounsfield. 
Hounsfield junto com o matemático Alan MacLeod Cormack professor de 
matemática da universidade de Tufts (Medford, Massachusets, EUA) - 
demonstraram que estruturas internas de um objeto podem ser reconstruídas por 
computador baseando-se na atenuação de feixes de raios X que o atravessam em 
diferentes ângulos o que lhes renderam em 1979 o prêmio Nobel de Medicina e 
Fisiologia (HOUNSFIELD, 2002; MAHESH, 2002). 
Os feixes de raios X são emitidos pelo tubo de Raios X e capturados por 
um conjunto de detectores posicionado de forma a capturar os raios que atravessam 
o objeto estudado. Os dados coletados pelos detectores são processados e 
digitalizados em Pixels (termo derivado do inglês picture elements – menores 
unidades formadoras da imagem digital) posteriormente reconstruídos, utilizando-se 
de um procedimento denominado, do inglês, filtered back projection. Cada pixel 
apresenta uma escala de cinza que se relaciona à atenuação sofrida pelos raios X. 
A referida escala é definida numericamente, sendo chamada de escala de 
Hounsfield tendo como referência a atenuação dos raios X na água e no ar – em que 
a água representa 0 HU e o ar representa -1000 HU (MAHESH 2002; EMADI et al., 
2014). 
 
III. ESCORE DE CÁLCIO 
 
A quantificação do Escore de cálcio (EC) iniciou-se na cardiologia com o 
desenvolvimento de aparelhos de tomografia por feixe de elétrons (EBCT), sendo 
boa parte da literatura científica fundamentada nesta técnica (BUDOFF et al., 2006). 
14 
 
Entretanto, com o surgimento da tomografia computadorizada multidetectores 
(TCMD), esta passou a ser a modalidade de escolha para a avaliação do EC, 
tornando a tomografia por emissão de feixe de elétrons praticamente indisponível 
atualmente (NEVES, 2017). Uma grande vantagem da quantificação mediante o 
TCMD, é a utilização do mesmo aparelho que realiza a angiotomografia 
computadorizada de coronárias (ATCC). Sendo hoje a TCMD, por sua vez, um 
método com alta sensibilidade para detecção e elevada acurácia para a 
quantificação da calcificação coronária (AGATSTON et al., 1990; RUMBERGER et 
al., 1995). 
Vários sistemas de quantificação do EC coronariano foram propostos, 
incluindo método de Agatston; volume de cálcio; massa de cálcio. Eles apresentam 
algumas diferenças clínicas importantes, no entanto o método de Agatston é 
considerado referência para a maioria dos bancos de dados populacionais e 
publicações com estratificação de risco, sendo, portanto, o mais empregado na 
prática clínica. A quantificação se baseia no grau de atenuação dos raios X e na 
área dos depósitos de cálcio na parede arterial. Para isso, são feitas imagens do 
coração em cortes transversais (em geral de 3 mm de espessura) de maneira 
sincronizada ao ECG, sem a utilização de contraste iodado e com baixa dose de 
radiação (ALLURI et al., 2015). 
O uso do EC cresce na prática clínica e na literatura, visto que já foi 
demonstrado que a calcificação na parede vascularé um fenômeno bastante 
específico do processo de aterosclerose e guarda íntima relação com fatores 
inflamatórios localizados na parede arterial, sendo já evidenciado anteriormente em 
estudo anatomopatológico (LIEBER et al., 1961; ERBEL et al., 2004; DEMER et al., 
2008). Além de o cálcio ser um indicador de presença de aterosclerose, a 
quantidade de calcificação da artéria coronária (CAC) se relaciona com a carga da 
placa aterosclerótica total do indivíduo (OUDKERK et al., 2008). Atualmente, a 
principal utilização do escore de cálcio é a de ferramenta para estratificação de risco 
cardiovascular por meio da detecção de aterosclerose subclínica, especialmente em 
pacientes assintomáticos de risco intermediário (GREENLAND et al., 2007; 2010). A 
ausência de calcificação coronária vem demonstrando uma baixa probabilidade de 
isquemia miocárdica evidenciada por testes funcionais (GREENLAND et al., 2007; 
SARWAR et al., 2009). No entanto, a utilização e interpretação do escore de cálcio 
devem ser realizadas em conjunto com a avaliação dos outros fatores de risco 
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(diabetes, hipertensão, tabagismo e etc.), podendo dessa maneira auxiliar na 
estratificação, especialmente naqueles indivíduos assintomáticos classificados como 
tendo risco intermediário pelos critérios de Framingham (GREENLAND et al., 2007; 
2010; SARA et al., 2014). Nessa população, a utilização do EC permite a 
reclassificação adequada de boa parte dos indivíduos em uma categoria de maior ou 
de menor risco e potencialmente com maior chance de benefício levando a 
alterações do tratamento (SHAW et al., 2009; ERBEL et al., 2004). 
Quanto mais elevado o risco cardiovascular, mais rigorosas devem ser as 
metas de tratamento em relação ao perfil lipídico. Contudo, já estão bem 
estabelecidas, na literatura, as limitações dos algoritmos de estratificação de risco 
quanto à predição do risco de doença coronária. Os fatores de risco clássicos para 
DCV (idade, tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e 
dislipidemia) ajudam na estratificação e identificação de indivíduos sob risco, no 
entanto, metade dos indivíduos que desenvolvem doença coronária não apresentam 
nenhum fator de risco ou apresentam no máximo um fator (GREENLAND et al., 
2003). Nesse contexto, o estudo da aterosclerose subclínica pode evidenciar 
informações adicionais para estratificação de risco individual (SANTOS et al., 2009). 
Vários trabalhos procuraram estabelecer a correlação entre o escore de cálcio 
e a presença de redução luminal coronária. Estes estudos demonstraram que, 
apesar do EC ter alta sensibilidade e valor preditivo negativo para detecção de 
estenose coronária significativa, a especificidade e o valor preditivo positivo foram 
muito baixos. Isso significa que, apesar de a ausência de calcificação coronária se 
traduzir numa baixa probabilidade de estenose coronária evidenciada pela 
angiografia convencional especialmente em pacientes assintomáticos, a presença 
de calcificação não significa necessariamente que haja estenose luminal 
(GREENLAND et al., 2007). 
 Os valores do EC podem ser descritos em números absolutos (Quadro 1) ou 
em valores ajustados para idade, sexo e etnia do paciente, podendo ser descritos 
por percentis de distribuição na população geral calculados por vários bancos de 
dados populacionais comparados entre indivíduos com as mesmas características 
clínicas (MCCLELLAND et al., 2006). 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1 - Quantificação Escore de cálcio (Escore de Agatston) quanto ao risco 
cardiovascular. 
 
3.1. Escore de cálcio e eventos cardiovasculares 
 
Quando comparado a outros métodos não invasivos para detecção de 
aterosclerose subclínica, o escore de cálcio vem mostrando melhor desempenho na 
predição de eventos cardiovasculares (MCCLELLAND et al., 2006; SIMON et al., 
2007). 
Diversos estudos evidenciaram a correlação entre CAC e eventos 
coronários em pacientes sem eventos cardiovasculares prévios. Estudo realizado 
com 632 pacientes assintomáticos por período de 32 ± 7 meses, descreveu a 
ocorrência de 19 eventos relacionados a DAC e 8 óbitos, sendo que desses eventos 
70% ocorreram em pacientes com CAC no último quartil (> 400 Agatston). A 
ausência de CAC estava associada a uma taxa de eventos de 0,11% por ano 
quando comparada com 4,8% por ano com um escore > 400 (RAGGI et al., 2001). 
Outro estudo com seguimento de 37 ± 12 meses, com amostra 8.855 pacientes, 
demonstrou que a CAC foi marcadora de eventos cardíacos e sua presença fornecia 
pontuação adicional a idade e outros fatores de risco, em pacientes previamente 
assintomáticos reclassificando para maior risco (ARAD et al., 2005). Existem 
evidências de que a CAC poderia agregar valor aos fatores de risco tradicionais até 
mesmo ao escore de Framingham na estratificação de risco dos pacientes de 
prevenção primária. 
17 
 
Budoff et al., em uma grande coorte de 25.253 pacientes seguida por 
aproximadamente 12 anos, demonstraram que, quanto maior a quantidade e a 
extensão da calcificação coronária, pior o prognóstico (BUDOFF et al., 2007). Por 
outro lado, a ausência de calcificação coronária esteve associada a um risco muito 
baixo de morte durante o período de seguimento. Tais achados foram corroborados 
em uma meta-análise com mais de 71.500 pacientes assintomáticos, em que a taxa 
de eventos na população com EC ZERO foi de apenas 0,47% em 50 meses de 
seguimento (SARWAR et al., 2009). Vários estudos, tanto retrospectivos quanto 
prospectivos, demonstraram a capacidade do EC para predição de mortalidade e 
eventos cardiovasculares de maneira independente adicionando maior risco aos 
fatores tradicionais (GREENLAND et al., 2007). 
Desde que se iniciou a quantificação da CAC, diversos trabalhos 
realizados com escore de cálcio o descreve como uma excelente ferramenta para 
estratificação risco cardiovascular sendo demonstrado em diversos estudos. No 
entanto uma parcela de indivíduos que apresentam EC=0 apresentam eventos ou 
placa aterosclerótica não calcificada, sendo os valores dessa pequena parcela ainda 
conflitantes na literatura. Visto ainda que, trabalhos publicados recentemente em 
pacientes da unidade de dor torácica têm evidenciado uma prevalência 
significativamente importante de EC ZERO e presença de placa aterosclerótica. 
Mostrado uma parcela de pacientes com lesão obstrutiva e até mesmo eventos. 
Em subanálise do ensaio multicêntrico CORE64 realizado com pacientes 
com suspeita de síndrome coronária aguda evidenciou-se 8% de indivíduos com 
SCA, e 4% sem SCA apresentaram EC=0 e placa com estenose ≥50% da luz do 
vaso (SARA et al.; 2011). Esses dados divergem de informações já descritas na 
presente revisão de literatura, demonstrando a necessidade de mais estudos em 
diferentes populações com o olhar sobre esse grupo, que mesmo pequeno 
apresentam desfecho desconhecido. 
 
3.2. Escore de cálcio e lesão obstrutiva 
 
O escore de cálcio tem se mostrado uma importante ferramenta para 
estratificar riscos cardiovasculares. Sendo a detecção de cálcio nas artérias 
coronárias um indicador de placa aterosclerótica (AZEVEDO et al., 2012). No 
18 
 
entanto, a ausência de calcificação não pode excluir a presença de placa e 
obstrução. Como já descrito anteriormente nesta revisão pode haver placas 
ateroscleróticas, muitas vezes instáveis, sem presença de cálcio (FARB et al., 1996). 
Em estudo sobre avaliação da acurácia diagnóstica do EC comparado à 
ATCC na predição de estenose das artérias coronárias em pacientes com baixo e 
intermediário risco de DAC, foi demonstrado que um escore de cálcio ZERO ou 
menor que 100 não apresenta precisão diagnóstica comparada à ATCC para excluir 
estenose significativa. Entre os pacientes analisados foi observado uma frequência 
de 7,6 lesões obstrutivas em pacientes com EC ZERO (HANIFEHPOUR et al., 
2016). Em outro estudo, 67 pacientes com EC ZEROdemonstraram uma 
prevalência ainda maior de placa. Após realização da cinecoronariografia, 11 
(16,4%) pacientes apresentaram lesões obstrutivas nas coronárias. Por outro lado, 
esse estudo demonstrou lesões com maior gravidade em pacientes com 
quantificação de cálcio >400 (PARSA et al., 2015). 
Segundo relato de caso realizado em um sobrevivente de 45 anos de 
linfoma Hodgkin submetido ao escore de cálcio com quantificação igual a ZERO, 
submetido posteriormente a cinecoronariografia, foi evidenciado placas 
ateroscleróticas em três vasos. Logo, os autores sugeriram que em sobreviventes 
desse tipo de câncer o escore de cálcio pode apresentar uma especificidade ainda 
menor comparado ao restante da população (ENGBERS et al., 2015). 
Em uma coorte com 711 pacientes assintomáticos de alto risco para DAC 
306 pacientes tiveram EC ZERO, dentre eles, 19% apresentaram placas não 
calcificadas à ATCC (PLANK et al., 2014). Uma outra coorte também avaliou a 
presença de placa em pacientes sintomáticos com escore ZERO e demonstrou uma 
frequência similar, 18,9% dos pacientes com EC ZERO apresentaram placas. 
Destes pacientes, 1,9% apresentaram obstrução >50. No entanto, as lesões não 
foram associadas a revascularização futura. (HULTEN et al., 2014). 
 
3.3. Escore de cálcio em pacientes sintomáticos 
 
Sarwar A et al. publicaram uma meta-análise baseada em artigos 
publicados entre 1990 e 2008 e analisaram o EC em pacientes sintomáticos, 
correlacionando a acurácia diagnóstica do EC para isquemia miocárdica, a presença 
19 
 
de estenose significativa em angiografia, a detecção de síndrome coronariana aguda 
no departamento de emergência e a ocorrência de evento cardiovascular. 
(SARWAR et al., 2009). 
Quanto à correlação entre EC ZERO e isquemia miocárdica em estudos 
de perfusão miocárdica, foram incluídos oito estudos, totalizando 3.717 pacientes 
submetidos à perfusão miocárdica com estresse, sendo observada isquemia 
miocárdica, em média, de 7% dos pacientes com EC ZERO e de 13% dos pacientes 
com escore positivo, correspondendo a um odds ratio de 0,086 (IC 95% de 0,024 a 
0,0311; p < 0,0001). O valor preditivo negativo (VPN) foi 93% (SARWAR et al., 
2009). 
A respeito da correlação entre EC ZERO e estenose significativa em 
angiografia coronária, foram incluídos 18 estudos, totalizando 10.355 pacientes 
sintomáticos submetidos à cineangiocoronariografia por suspeita de DAC ou 
síndrome coronariana aguda, sendo observada estenose >50% em 56% dos 
pacientes, e 98% destes apresentando EC positivo. Estes dados, em conjunto, 
revelam sensibilidade de 98% do EC positivo como preditor de estenose >50%, 
especificidade de 40%, VPN de 93% e valor preditivo positivo (VPP) de 68%. Com 
base neste alto VPN, alguns autores sugerem que pacientes com EC ZERO não 
necessitariam de mais exames complementares (SARWAR et al., 2009). Entretanto, 
outros estudos demonstraram que a ausência de calcificação coronariana não é 
capaz de excluir com segurança a presença de redução luminal significativa. 
Destacam-se ainda dois estudos: o subgrupo do estudo CORE64, em que 
Gottlieb et al. demonstraram VPN de 68%, concluindo-se que um EC ZERO não 
exclui doença coronariana. Deve-se considerar, porém, que nesse estudo os 
pacientes apresentavam maior probabilidade pré-teste para doença coronariana 
(GOTTLIEB et al., 2010). Destaca-se também o subgrupo do registro CONFIRM, 
que incluiu 10.037 pacientes sintomáticos, mostrou estenoses coronarianas de 50% 
e 70% em 3,5% e 1,4% dos pacientes com EC ZERO, respectivamente (VILLINES 
et al., 2010). 
Em estudo que correlaciona EC ZERO e síndrome coronariana aguda no 
departamento de emergência, foram incluídos três estudos, totalizando 431 
pacientes com dor torácica aguda, troponina negativa e eletrocardiograma duvidoso, 
sendo observada síndrome coronariana aguda em apenas 1,1% dos pacientes com 
escore ZERO, revelando sensibilidade de 99%, especificidade de 57%, VPN de 99% 
20 
 
e VPP de 24% para EC positivo como preditor de síndrome coronariana aguda. A 
amostra analisada foi pequena, não permitindo concluir o papel do EC na 
emergência (PURSNANI et al., 2015). 
O consenso da ACCF/AHA sugere que o EC possa ser utilizado como 
filtro antes da indicação de angiografia coronariana ou internação hospitalar de 
pacientes com dor torácica, especialmente os com sintomas atípicos (GREENLAND 
et al., 2007). 
O consenso publicado pelo The National Institute for Health and Clinical 
Excellence recomenda que o EC seja realizado em pacientes com dor torácica de 
risco baixo a intermediário. Se EC ZERO, nenhum outro exame estaria indicado; se 
EC entre 1 e 400, o consenso recomenda a angiotomografia computadorizada 
coronária; e se EC>400, a angiografia coronária estaria indicada (SKINNER et al., 
2010). 
A determinação isolada do EC é bastante limitada para avaliação de 
paciente com suspeita de síndrome coronariana aguda. Portanto, a probabilidade 
pré-teste de evento cardiovascular sempre deve ser valorizada na interpretação do 
resultado do EC como filtro ou ferramenta para determinar a conduta clínica e 
indicação de outros métodos diagnósticos, mais ou menos invasivos, em indivíduos 
sintomáticos. 
Quanto à correlação entre EC ZERO e ocorrência de evento 
cardiovascular, foram incluídos sete estudos, totalizando 3.924 pacientes, com 
seguimento médio de 42 meses, sendo observado evento cardiovascular, em média, 
de 1,8% dos pacientes com EC ZERO e de 8,99% dos pacientes com escore 
positivo, correspondendo a um risco relativo de 0,09 (IC 95% de 0,04 a 0,20; p < 
0,001) (SARWAR et al., 2009). 
Apesar de poucos estudos com pacientes sintomáticos, já há evidências 
demonstrando o menor risco de evento cardiovascular nestes indivíduos com escore 
ZERO. Entretanto, mais trabalhos são necessários para demonstrar o real papel do 
EC nos pacientes sintomáticos, juntamente com outros métodos diagnósticos, como 
a angiotomografia das coronárias e a perfusão miocárdica com estresse. 
 
IV. ANGIOTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CORONÁRIAS 
 
21 
 
A TCMD tem sido utilizada com crescente sucesso na prática clínica, seu 
uso revolucionou a abordagem diagnóstica dos pacientes com suspeita de DAC, que 
ainda é a principal causa de mortes nos países desenvolvidos e em 
desenvolvimento. É útil tanto para quantificação da calcificação coronária (por meio 
do EC), como para detecção não invasiva da doença arterial coronária (por meio da 
ATCC). Após o uso do contraste iodado, é possível a visualização da luz das artérias 
coronárias, sendo uma grande aliada na exclusão de obstruções no lúmen coronário 
e na caracterização do tipo de placa. Levando-se em consideração evidências atuais 
de eventos estarem associados a característica da placa e menos ao tamanho 
(SARA et al., 2014; HUNDLEY et al., 2010). 
A realização de angiotomografia computadorizada de coronárias (ATCC) 
foi possível após advento dos tomógrafos helicoidais ou espirais. Permitindo 
atualmente, com utilização do contraste endovenoso, identificar presença de placas 
ateroscleróticas e predizer o grau da estenose, possibilitando também avaliação do 
lúmen e da parede do vaso, além de estruturas adjacentes (KOLOSSVÁRY et al., 
2017). 
 A forma com que a ATCC adquire as imagens consiste em um conjunto 
de detectores paralelos a fonte de raios X que gira continuamente ao redor do 
paciente enquanto a mesa se move captando em uma única apneia respiratória 
imagens volumétricas que posteriormente podem ser reconstruídas 
bidimensionalmente e tridimensionalmente (MAHESH, 2002; GOLDMAN, 2008). É 
importante ter conhecimento que atualmente os tomógrafos utilizados para 
angiotomografia de coronárias devem possuir a partir de 64 colunas de detectores 
(STEIN et al., 2008; SARA et al., 2014). 
Com os crescentes avanços tecnológicos, temos a cada dia tomógrafos 
com velocidade do tubo variando entre 280 e 500 ms, aquisições sincronizadasao 
ECG, com espessura de corte de 0,5 mm e com voxels isotrópicos (simétricos em 
todas as direções), esses avanços nos permite aquisição de imagens em uma única 
apneia respiratória e reconstrução do exame em diversos ciclos cardíacos 
(MAHESH, 2002). 
Diversos trabalhos confirmaram alta acurácia da ATCC, se comparado à 
angiografia coronária convencional (padrão ouro), mostrando poder preditivo 
negativo variando ente 96 a 100%, sensibilidade entre 91 a 99% e especificidade de 
22 
 
74 a 96% (GOPALAKRISHNAN et al., 2008; VANHOENACKER et al., 2007; MARK 
et al., 2010). 
As placas ateroscleróticas visualizadas pela ATCC são classificadas em 
calcificadas, parcialmente calcificadas e não calcificadas. Sendo a última de principal 
interesse no presente estudo, pois não são visualizadas pelo escore de cálcio. No 
entanto, são identificadas pela ATCC após utilização do meio de contraste iodado. 
Outro ponto que se deve levar em consideração a favor da ATCC é que as 
ferramentas para estimativa de probabilidade pré-teste de DAC, entre eles o 
Diamond and Forreste e o CASS, costumam superestimar a chance de paciente 
apresentar DAC obstrutiva verificado pela ATCC segundo estudo CONFIRM. O que 
parece estar de acordo com o grande número de testes ergométricos realizados em 
pacientes de risco intermediário, mas que na verdade são de baixo risco (CHENG et 
al., 2011). Ao serem encaminhados para a cineangiocoronariografia, apresentam 
resultados negativos. Mostrando que a ATCC também seria benéfica para esses 
pacientes, visto que o poder preditivo negativo está entre 96 a 100%, ou seja, tem 
grande poder para excluir os não doentes. 
A literatura estabeleceu o poder da angiografia coronária pela TCMD para 
demonstrar as características das placas através da densidade radiológica obtida. 
Sendo demonstrado em estudo histológico densidades significativamente diferentes 
(p<0,0001). Apresentando os seguintes resultados: em relação a sensibilidade, 
especificidade, e valores preditivo positivo e negativo, placas ricas em lipídio, 92%, 
84%, 67% e 97%; placas fibróticas, 78%, 73%, 61% e 86%; placas calcificadas 
100%, 98%, 86% e 100%; e trombo, 7%, 95%, 33% e 73%, respectivamente 
(SCHROEDER et al., 2004). 
Atualmente o principal emprego da ATCC é direcionado para pacientes 
sintomáticos de risco intermediário, mostrando informações anatômicas importantes 
para, em conjunto com a história clínica e/ou testes funcionais, auxiliar na melhor 
decisão terapêutica. Sendo também, utilizada em pacientes assintomáticos, 
especialmente nos indivíduos de alto risco com história familiar de doença coronária 
precoce, além das situações em que se é importante descartar doença coronária 
obstrutiva, como em pacientes com disfunção ventricular sem etiologia definida e na 
avaliação pré-operatória de cirurgias não cardíacas. Apesar de menor nível de 
evidência nas diretrizes mais recentes (HUNDLEY et al., 2010; SARA et al., 2014). 
23 
 
Está comprovada a importância do conhecimento das características das 
placas de ateroma quanto a sua vulnerabilidade, sendo as placas parcialmente 
calcificadas e não calcificadas as consideradas mais vulneráveis. Mediante a ATCC 
é possível a avaliação de algumas características associadas à placa vulnerável, 
como o volume da placa aterosclerótica, o processo de remodelamento positivo e a 
presença de áreas hipoatenuantes no interior da placa (SCHROEDER et al., 2004; 
SARA et al., 2014; KOLOSSVÁRY et al., 2017). Figura 1. Além de se conhecer as 
características das placas, faz-se necessário o conhecimento do paciente vulnerável 
(quais fatores estão associados a ele). Foi demonstrado por diversos estudos que 
em muitos pacientes o primeiro indício de DAC é o IAM. Revelando que uma grande 
parcela dos indivíduos não está sendo diagnosticada no tempo correto, fazendo-se 
necessária uma metodologia com alta acurácia, não invasiva e que tenha o poder de 
identificar e excluir com segurança a presença de DAC, e até mesmo avaliar outras 
anomalias cardíacas não obstrutivas. Levando-se em consideração que a presença 
de eventos foi observado em pacientes sem doença obstrutiva, reforça-se o uso da 
ATCC – que é capaz de visualizar todas as estruturas cardíacas, podendo identificar 
alterações anatômicas que possam levar a eventos futuros, como anomalias de 
coronárias e pontes miocárdicas (WHOSIS, 2015). 
Baseado em guidelines publicados pela Society of Cardiovascular 
Computed Tomography (SCCT), a estenose luminal pode ser graduada em: mínima 
(<25% de estenose), intermediária (25% a 49% de estenose), moderada (50% a 
69% de estenose), severa (70% a 99% de estenose) e ocluída (LEIPSC et al., 2014). 
Figura 2. À medida que placas coronárias crescem, o fluxo sanguíneo é 
eventualmente interrompido, levando à isquemia distal à lesão. Originalmente, ATCC 
foi considerada como uma alternativa de metodologia não invasiva à 
cineangiocoronariografia, dessa forma muitos estudos investigaram o valor preditivo 
da estenose luminal à ATCC. Dois valores de ponto de corte: ≥50% e ≥70% de 
diâmetro de estenose são frequentemente utilizados para determinar lesões 
obstrutivas. Min e colaboradores investigaram o valor prognóstico de lesão 
obstrutiva em pacientes com lesões ≥50% e ≥70%, demonstrando que estes níveis 
de lesão são preditores de eventos cardíacos futuros (hazard ratio: 2.89; 4.31, 
respectivamente) (MIN et al., 2007). 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Imagens representativas de características de placas identificáveis à 
ATCC (adaptado de KOLOSSVÁRY et al., 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Imagens representativas de categorias de estenoses mediante ATCC 
(adaptado de KOLOSSVÁRY et al., 2017). 
25 
 
O poder da ATCC em distinguir placas com características distintas torna 
o método capaz de auxiliar na detecção de tipos de placa associados a eventos 
cardiovasculares. Foi demonstrado que as características fornecidas pela ATCC 
podem agregar valor na estratificação de risco dos pacientes, considerando-se o 
conhecimento prévio de que placas pouco obstrutivas, como são mais frequentes do 
que as obstrutivas, são as que mais estão relacionadas a evento isquêmico agudo 
(KOLOSSVÁRY et al., 2017). Surgindo o conceito de “placa vulnerável”. Este termo 
foi originalmente utilizado por Little (LITTLE, 1990) ao relatar que a placa 
responsável por um infarto ou angina instável não necessariamente provoca 
obstrução da luz do vaso antes de provocar o evento. Uma placa aterosclerótica 
apresentaria 2 características importantes: primeiro, pode ser obstrutiva; segundo, 
pode ser “vulnerável” ao passo que também pode ser trombogênica se exposta a um 
estímulo desencadeante (VIRMANI et al., 2006). Uma lesão não precisamente deve 
ser obstrutiva para ser trombogênica e também nem todas as lesões obstrutivas são 
trombogênicas. Estudos já publicados, inclusive análise de corações após IAM fatal, 
sugerem que a placa não calcificada (FARB et al., 1996; MOTOYAMA et al., 2009) e 
a placa de composição mista ou parcialmente calcificada (com componente 
calcificado e não calcificado) seriam as placas com maior risco de gerar uma 
síndrome isquêmica aguda (FARB et al., 1996). 
Estudos recentes demonstraram o valor prognóstico incremental das 
características da placa sobre a estenose luminal. A avaliação abrangente da placa 
coronária tem potencial para melhorar significativamente a avaliação de risco 
individual, incorporando características da placa, a extensão e gravidade da carga 
de cálcio da placa aterosclerótica. Como resultado, vários estudos baseados em 
risco de ATCC foram propostas recentemente para determinar pacientes com alto 
risco de eventos adversos (NØRGAARD BL et al., 2014). ATCC tornou-se uma 
modalidade promissora para a avaliação do significado funcional das lesões 
coronárias usando a reserva de fluxo fracionário derivado da TC(FFR-CT) e/ou a 
perfusão miocárdica de CT miocárdica (DOUGLAS et al., 2015). Isso poderia levar a 
uma redução substancial nos procedimentos desnecessários de cateterização 
invasiva e fornecer informações sobre a carga isquêmica da DAC (HLATKY et al., 
2015). A discordância entre o grau de estenose e isquemia foi reconhecida em 
ensaios de referência clínica usando FFR invasivo (DOUGLAS et al., 2016). Tanto a 
estenose da lesão quanto a composição estão possivelmente relacionadas à 
26 
 
isquemia miocárdica (COENEN et al., 2016; YANG et al., 2017). A avaliação da 
isquemia específica da lesão usando informações combinadas da morfologia das 
placas podem, em última instância, melhorar o desempenho diagnóstico da ATCC e, 
portanto, o atendimento ao paciente. No cenário atual de alta morbidade e 
mortalidade relacionada à DAC e outras doenças cardiovasculares, reforça-se a 
necessidade da escolha do melhor método diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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STANFORD, W., TAYLOR, A.J., VAN OOIJEN, P.M., WEXLER, L., AND 
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36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO 
 
37 
 
 
OBJETIVO E POLÍTICA EDITORIAL 
 
ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA (Arq Bras Cardiol), revista da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia, publica artigos sobre temas cardiovasculares, 
após análise por seu Conselho Editorial. Arq Bras Cardiol é uma publicação 
mensal, catalogada no Cumulated Index Medicus, National Library of Medicine, 
Bethesda, Maryland, USA. Ao submeter o manuscrito, os autores assumem a 
responsabilidade do trabalho não ter sido previamente publicado nem estar sendo 
analisado por outra revista. Os manuscritos devem ser inéditos, ter sido objeto de 
análise de todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser 
propriedade da revista, não podendo ser reproduzidos sem consentimento por 
escrito. 
Só serão encaminhados ao Conselho Editorial os artigos que estejam rigorosamente 
de acordo com as normas abaixo especificadas 
PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS 
Instruções 
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Arq Bras Cardiol) é uma publicação mensal da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), indexada no Cumulated Index Medicus 
(NLM - Bethesda) - MEDLINE; EMBASE; LILACS E SCIELO e classificada como 
Qualis C internacional (Medicina, CAPES). Ao submeter o manuscrito, os autores 
assumem a responsabilidade do trabalho não ter sido previamente publicado e nem 
estar sendo analisado por outra revista. Todas as contribuições científicas são 
revisadas pelo Editor Chefe, Editor Executivo e Membros do Conselho Editorial. Só 
são encaminhados aos revisores os artigos que estejam rigorosamente de acordo 
com as normas especificadas. Os trabalhos também são submetidos à revisão 
estatística, sempre que necessário. A aceitação será feita na originalidade, 
significância e contribuição científica para o conhecimento da área. 
Seções 
Artigos Originais 
Arquivos Brasileiros de Cardiologia aceita todos os tipos de pesquisa original na 
área cardiovascular, incluindo pesquisas em seres humanos e pesquisa 
experimental. Todos os manuscritos são avaliados para publicação no menor prazo 
possível; porém, se você acredita que o seu trabalho merece uma avaliação especial 
para publicação imediata ("fast-track"), indique isso na sua carta ao Editor. Se os 
editores concordarem com a sua avaliação, todos os esforços serão realizados para 
revisar o trabalho em menos de uma semana, publicar "online" em 15 dias e publicar 
na revista impressa em, no máximo, 8 semanas. 
38 
 
Editoriais 
Todos os Editoriais dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia são feitos através de 
convite. Não serão aceitos editoriais enviados espontaneamente. 
Ponto de Vista 
Aspectos particulares de determinado assunto, principalmente os polêmicos, 
traduzindo apenas a opinião do autor, sempre que possível fundamentada em 
experiência própria já divulgadaou da literatura disponível. 
Comunicações Breves 
Experiências originais, cuja relevância para o conhecimento do tema justifique a 
apresentação de dados iniciais de pequenas séries, ou dados parciais de ensaios 
clínicos, serão aceitos para avaliação. 
Revisões 
Os Editores formulam convites para a maioria das revisões. No entanto, trabalhos de 
alto nível, realizados por autores ou grupos com histórico de publicações na área 
serão bemvindos. 
Não serão aceitos nessa seção, trabalhos cujo autor principal não tenha vasto 
currículo acadêmico ou de publicações, verificado através do sistema Lattes 
(CNPQ), Pubmed ou SCIELO. Eventualmente, revisões submetidas 
espontaneamente poderão ser reclassificadas como "Atualização Clínica" e 
publicadas nas páginas eletrônicas, na internet (ver adiante). 
Páginas Eletrônicas (Novo) 
Esse formato envolve a publicação de artigos em formato eletrônico, disponibilizados 
na página da revista na internet, devidamente diagramados no padrão da revista, 
indexados no Medline e com o mesmo valor acadêmico. Todos os artigos fazem 
parte do sumário da revista impressa, porém só poderão ser acessados via internet, 
onde poderão ser impressos. 
Atualização clínica (nova seção) 
Essa seção busca focar temas de interesse clínico, porém com potencial de impacto 
mais restrito. Trabalhos de alto nível, realizados por autores ou grupos com histórico 
de publicações na área serão aceitos para revisão. 
Relatos de Casos 
Casos que incluam descrições originais de observações clínicas, ou que 
representem originalidade de um diagnóstico ou tratamento, ou que ilustrem 
situações pouco frequentes na prática clínica e que mereçam uma maior 
compreensão e atenção por parte dos cardiologistas serão aceitos para avaliação. 
39 
 
Correlação Anatomoclínica 
Apresentação de um caso clínico e discussão de aspectos de interesse relacionados 
aos conteúdos clínico, laboratorial e anatomopatológico. 
Correlação Clínico-Radiográfica 
Apresentação de um caso de cardiopatia congênita, salientando a importância dos 
elementos radiográficos e/ou clínicos para a consequente correlação com os outros 
exames, que comprovam o diagnóstico. Ultima-se daí a conduta adotada. 
Imagem Cardiovascular 
Imagens clínicas ou de pesquisa básica, ou de exames complementares que 
ilustrem aspectos interessantes de métodos de imagem, que esclareçam 
mecanismos de doenças cardiovasculares, que ressaltem pontos relevantes da 
fisiopatologia, diagnóstico ou tratamento serão consideradas para publicação. 
Cartas ao Editor 
Correspondências de conteúdo científico relacionadas a artigos publicados na 
Revista nos dois meses anteriores serão avaliadas para publicação. Os autores do 
artigo original citado serão convidados a responder. 
Envio 
Os manuscritos deverão ser enviados via Internet seguindo as instruções 
disponíveis no endereço: http://www.arquivosonline.com.br do portal da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia. Os textos devem ser editados em Word e as figuras, fotos, 
tabelas e ilustrações devem vir após o texto, ou em arquivos separados. Figuras 
devem ter extensão JPEG e resolução mínima de 300 DPI. Todos os artigos devem 
vir acompanhados por uma carta de submissão ao Editor, indicando a seção em que 
o artigo deva ser incluído (vide lista acima), declaração do autor de que todos os 
coautores estão de acordo com o conteúdo expresso no trabalho, explicitando ou 
não conflitos de interesse e a inexistência de problemas éticos relacionados. 
Conflito de Interesses 
Quando existe alguma relação entre os autores e qualquer entidade pública ou 
privada que pode derivar algum conflito de interesse, esta possibilidade deve ser 
comunicada e será informada no final do artigo. O formulário para declaração de 
conflito de interesse se encontra na página da revista na internet. 
Ética 
Os autores devem informar, no texto, se a pesquisa foi aprovada pela Comissão de 
Ética em Pesquisa de sua Instituição em consoante à Declaração de Helsinki. Nos 
trabalhos experimentais envolvendo animais, as normas estabelecidas no "Guide for 
the Care and Use of Laboratory Animals" (Institute of Laboratory Animal Resources, 
40 
 
National Academy of Sciences, Washington, D. C. 1996) e os Princípios Éticos na 
Experimentação Animal do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA) 
devem ser respeitados. 
Norma 
Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia adota as Normas de Vancouver Uniform 
Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journal Editors - "Vancouver 
Group" (www.icmje.org) atualizado em outubro de 2004. 
Idioma 
Os artigos devem ser redigidos em português (com a ortografia vigente) e/ou inglês. 
Para os trabalhos que não possuírem versão em inglês ou que essa seja julgada 
inadequada pelo Conselho Editorial, a revista providenciará a tradução sem ônus 
para o(s) autor (es). Caso já tenha a versão em inglês, deve ser enviado para 
agilizar a publicação. As versões inglês e português serão disponibilizadas na 
íntegra no site da SBC (http://www.arquivosonline.com.br) e no site da SciElo 
(www.scielo.br) permanecendo "online" à disposição da comunidade internacional, 
com links específicos no site da SBC. 
Avaliação pelos Pares (peer review) 
Todos os trabalhos enviados a Arquivos Brasileiros de Cardiologia serão submetidos 
à avaliação inicial dos Editores, que decidirão, ou não, pelo envio para revisão por 
pares (peer review). Os membros do Conselho de revisores de Arquivos Brasileiros 
de Cardiologia (http://www.arquivosonline.com.br/conselhoderevisores/) são 
pesquisadores com publicação regular em revistas indexadas e cardiologistas com 
alta qualificação. Os autores podem indicar até cinco membros do conselho de 
revisores que gostariam que analisassem o artigo, assim como podem indicar até 
cinco revisores que não gostariam que participassem do processo. Os revisores 
farão comentários gerais sobre o trabalho e decidirão se ele deve ser publicado, 
corrigido segundo as recomendações ou rejeitado. Os Editores, de posse desses 
dados, tomarão a decisão final. Em caso de discrepâncias entre os revisores, poderá 
ser solicitada uma nova opinião para melhor julgamento. Quando forem sugeridas 
modificações, essas serão encaminhadas ao autor principal para resposta e, em 
seguida, aos revisores para que verificarem se as exigências foram satisfeitas. Em 
casos excepcionais, quando o assunto do manuscrito assim o exigir, o Editor poderá 
solicitar a colaboração de um profissional que não conste do Conselho de Revisores. 
Os autores têm o prazo de quinze dias para proceder às modificações solicitadas 
pelos revisores e submeter novamente o artigo. A não observância desse prazo 
implicará a retirada do artigo do processo de revisão. A decisão sobre a recusa sem 
encaminhamento para os revisores ocorrerá em até cinco dias; sendo aceito para 
revisão, o parecer inicial dos revisores deverá ser produzido, sempre que possível, 
no prazo de cinco semanas, e o parecer final em até oito semanas, a contar da data 
de seu recebimento. As decisões serão comunicadas por e-mail. Os Editores não 
41 
 
discutirão as decisões por telefone, nem pessoalmente. Todas as réplicas deverão 
sem submetidas por escrito para a revista. 
Direitos Autorais 
Os autores dos manuscritos aprovados deverão encaminhar para Arquivos (Fax: 
011- 3849-6438 -ramal 20), previamente à publicação, a declaração de transferência 
de direitos autorais, assinada por todos os coautores (imprimir e preencher carta no 
link: 
http://publicacoes.cardiol.br/pub_abc/autor/pdf/Transferencia_de_DireitosAutorais.pd
f 
Formatação de Artigos 
Limites por tipo de publicação 
Os critérios abaixo delineados devem ser observados para cada tipo de publicação. 
A contagem eletrônica de palavras deve incluir a página inicial, resumo, texto, 
referências e legenda de figuras. Os títulos têm limite de 100 caracteres (contando-
se os espaços) para Artigos Originais e Artigos de Revisão e de 80 caracteres 
(contando-se os espaços)para as demais categorias. IMPORTANTE: OS ARTIGOS 
SERÃO DEVOLVIDOS AUTOMATICAMENTE SEM ENVIO PARA REVISÃO CASO 
NÃO ESTEJAM DENTRO DOS PADRÕES DA REVISTA. 
 Artigo 
Original 
Editorial Ponto 
de 
Vista 
Artigo 
de 
Revisão 
Relato 
de 
Caso 
Comunicação 
Breve 
Carta 
ao 
Editor 
Imagem 
Cardio-
vascular 
Correlação 
Clínico-
cirúrgica 
Correlação 
Anátomo-
clínica 
Nº máximo 
de autores 
10 2 3 4 6 8 3 2 4 6 
Resumo 
Nº máximo 
de 
palavras 
250 - - - 100 - - - - - 
Nº máximo 
de 
palavras 
5.000 1.000 3.000 6.500 1.500 1.500 400 100 800 4.000 
Nº máximo 
de 
referências 
40 10 20 80 10 10 5 - 10 20 
Nº máximo 
de tabelas 
+ figuras 
8 2 3 8 2 2 - 1 1 6 
 
Seções do Manuscrito 
Os manuscritos deverão seguir a seguinte ordem: 
a) Página de título; 
b) Texto; 
42 
 
c) Agradecimentos; 
d) Legendas de figuras; 
e) Tabelas; 
f) Figuras; 
g) Referências. 
Primeira página 
Deve conter o título completo do trabalho de maneira concisa e descritiva, em 
português e inglês, assim como um título resumido (inferior a 50 caracteres, 
incluindo espaços) para ser utilizado no cabeçalho das demais páginas do artigo. 
Nome completo dos autores e suas afiliações institucionais e o nome da (s) 
instituição (ões) onde o trabalho foi elaborado. Nome e endereço completo do autor 
correspondente, incluindo telefone, fax e e-mail, assim como endereço para pedidos 
de cópias, caso diferente do mencionado. Deve ser incluída a contagem eletrônica 
total de palavras. Esta contagem deve incluir a página inicial, resumo, resumo em 
inglês, texto, referências e legenda de figuras. Também devem ser incluídos de três 
a cinco descritores (palavras-chave), assim como a respectiva tradução para os Key-
words (descriptors). Os descritores devem ser consultados nos sites: 
http://decs.bvs.br/, que contém termos em português, espanhol e inglês ou 
www.nlm.nih.gov/mesh, para termos somente em inglês. 
Segunda página 
• Resumo 
O resumo deve ser estruturado em cinco seções: Fundamento (racional para o 
estudo), Objetivos, Métodos (breve descrição da metodologia empregada), 
Resultados (apenas os principais e mais significativos) e Conclusões (frase(s) 
sucinta(s) com a interpretação dos dados). Evitar abreviações. O número máximo de 
palavras segue as recomendações da tabela. Nos Relatos de Casos, o resumo deve 
ser não estruturado(informativo). O mesmo vale para o abstract. Não cite referências 
no resumo. Limite o emprego de acrônimos e abreviaturas. 
• Texto 
Deve ser dividido em Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão. As 
referências devem ser citadas numericamente, por ordem de aparecimento no texto, 
formatadas sobrescritas. Se forem citadas mais de duas referências em sequência, 
apenas a primeira e a última devem ser digitadas, sendo separadas por um traço 
(Exemplo: 5-8). Em caso de citação alternada, todas as referências devem ser 
digitadas, separadas por vírgula (Exemplo: 12, 19, 23). As abreviações devem ser 
43 
 
definidas na primeira aparição no texto. Ao final da sessão de métodos, indicar as 
fontes de financiamento do estudo. 
a) Introdução: não ultrapassar mais que 350 palavras. Faça uma descrição dos 
fundamentos e do racional do estudo, justificando com base na literatura. 
b) Métodos: descreva detalhadamente como foram selecionados os sujeitos da 
pesquisa observacional ou experimental (pacientes ou animais de experimentação, 
incluindo o grupo controle, quando houver), incluindo idade e sexo. A definição de 
raças só deve ser utilizada quando for possível de ser feita com clareza e quando for 
relevante para o tema explorado. Identifique os equipamentos e reagentes utilizados 
(incluindo nome do fabricante, modelo e país de fabricação) e dê detalhes dos 
procedimentos e técnicas utilizadas de modo a permitir que outros investigadores 
possam reproduzir os seus dados. Justifique o emprego dos seus métodos e avalie 
possíveis limitações. Descreva todas as drogas e fármacos utilizados, doses e vias 
de administração. Descreva o protocolo utilizado (intervenções, desfechos, métodos 
de alocação, mascaramento e análise estatística). Em caso de estudos em seres 
humanos indique se o trabalho foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa e 
se os pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. 
c) Resultados: sempre que possível, subdivididos em itens para maior clareza de 
exposição e apoiados em número não excessivo de gráficos, tabelas, quadros e 
figuras. Orienta-se evitar superposição dos dados como texto e tabela. 
d) Discussão: relacionada diretamente ao tema a luz da literatura, salientando os 
aspectos novos e importantes do estudo, suas implicações e limitações. O último 
período deve expressar conclusões ou, se pertinentes, recomendações e 
implicações clínicas. 
• Agradecimentos 
Devem vir após o texto. Nesta seção é possível agradecer a todas as fortes de apoio 
ao projeto de pesquisa, assim como contribuições individuais. Cada pessoa citada 
na seção de agradecimentos deve enviar uma carta autorizando a inclusão do seu 
nome, uma vez que pode implicar em endosso dos dados e conclusões. Não é 
necessário consentimento por escrito de membros da equipe de trabalho, ou 
colaboradores externos, desde que o papel de cada um esteja descrito nos 
agradecimentos. 
• Referências 
De acordo com as Normas de Vancouver, as referências devem ser numeradas 
sequencialmente conforme aparição no texto. As referências não podem ter o 
parágrafo justificado e sim alinhado à esquerda. Comunicações pessoais e dados 
não publicados não devem ser incluídos na lista de referências, mas apenas 
mencionados no texto e em nota de rodapé na página em que é mencionado. Citar 
todos os autores da obra se forem seis ou menos ou apenas os seis primeiros 
44 
 
seguidos de et al, se forem mais de seis. As abreviações das revistas devem estar 
em conformidade com o Index Medicus/Medline - na publicação List of Journals 
Indexed in Index Medicus ou através do site http://www.nlm.nih.gov/pubs/libprog.html 
at http://locatorplus.gov. Só serão aceitas citações de revistas indexadas, ou, em 
caso de livros, que possuam registro ISBN (International Standard Book Number). 
Resumos apresentados em congressos (abstracts) só serão aceitos até dois anos 
após a apresentação e devem conter na referência o termo "resumo de congresso" 
ou "abstract". 
Política de valorização 
Os editores estimulam a citação de artigos publicados nos Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia. 
Exemplos de Referências de Trabalhos Científicos Publicados 
a) Artigos de Revistas 
Ex: Mattos LA, Sousa AGMR, Feres F, Pinto I, Tanajura L, Sousa JE, et al. Influência 
da pressão de liberação dos stents coronários implantados em pacientes com infarto 
agudo do miocárdio: análise pela angiografia coronária quantitativa. Arq Bras 
Cardiol. 2003; 80(3): 250-9. 
b) Quando houver Suplemento 
Ex: Webber LS, Wattigney WA, Srinivisan SR, Berenson GS. Obesity studies in 
Bogalusa. Am J Med Sci. 1995; 310(Suppl 1): S53-61. 
c) Grupo de Pesquisadores como Autor. Trabalhos Multicêntricos 
Ex: BARI Investigators. The bypass angioplasty revascularization investigation: 
comparison of coronary bypass surgery with angioplasty in patients with multivessel 
disease. JAMA. 1997; 277: 715-21. 
d) Instituição / Entidade como Autor 
Ex: Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Diretrizes para a 
Abordagem das Síndromes Coronarianas Agudas sem Supradesnível de ST. Rev 
SOCERJ. 2000; 13 (Supl B): 1-20. 
e) Autoria Desconhecida 
Ex: 21st century heart solution may have a sting in the tail. BMJ. 2002; 325(7357): 
184. 
f) Abstract / Resumo / Editorial 
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Ex: Lofwall MR, Strain EC, Brooner RK, Kindbom KA, Bigelaw GE. Characteristics of 
older methadone maintenance (MM) patients. [Abstract]. Drug Alcohol Depend. 
2002; 66(Suppl 1): 5105. 
g) Artigo no Prelo, indique ao final da referência 
Ex: Leshner AI. Molecular mechanisms of cocaine addiction. N Engl

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