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TICS 3 DATA: 23/02/2022 O que causou este surto de Doença de Chagas? Como evitar este problema? Quais tipos de alimentos possuem risco potencial semelhante? Na sua forma clássica, a infecção chagásica é adquirida por humanos através do contato com fezes ou urina de triatomíneos hematófagos, conhecido como barbeiro (transmissão vetorial), infectado pelo Trypanosoma Cruzi. Mas existem outras formas de contaminação, como a transfusão de sangue, transmissão acidental (laboratórios, centros cirúrgicos.), transplante de órgão e, por fim, por via oral, que foi o meio de transmissão do caso relatado na notícia. Tais mecanismos de transmissão, em geral, só ocorrem de modo esporádico e têm pouca importância epidemiológica. Há exceções relacionadas a microepidemias de doença de chagas, devidas provavelmente à transmissão oral por meio da contaminação de alimentos em áreas endêmicas. Portanto, nessas áreas, o certo a se fazer é higienizar corretamente os alimentos antes do consumo. Um alimento muito comum na transmissão de doença de chagas é o açaí. Referência: Brasileiro Filho G. Bogliolo Patologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. Qual foi o impacto das ações estratégicas no controle da malária nos municípios impactados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte? Foi relatado que, apesar de gerar benefícios sociais e econômicos e promover a qualidade de vida da população, a construção de grandes represas cria um grande impacto ambiental que pode afetar a saúde humana. Diagnóstico e tratamento precoces e o uso de mosquiteiros com pesticidas de longa ação foram as principais medidas aplicadas, resultando na queda de incidência de malária desses municípios, sendo que a redução foi de 6.275 casos em 2011 para 79 em 2015, e nenhum caso de malária causada por Plasmodium Falciparum foi relatado em qualquer um deles desde abril de 2014. As medidas e a estratégia aplicada foram bastante eficazes no controle da malária e uma melhor gestão pública associada a garantia de suporte financeiro foram fundamentais para alcançar o objetivo. Referência: Ladislau JLB, Póvoa MM, Sucupira IMC, Galardo AKR, Damasceno OC, Cardoso BS, et al. O controle da malária, em área de construção de hidrelétricas no ecossistema amazônico, pode ter êxito? Rev Pan-Amaz Saúde. 2016; 7: 115-22.
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