Buscar

TIC'S 9 - DIFERENCIAÇÃO DAS CEFALEIAS

Prévia do material em texto

FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.
 Curso: Medicina/ Turma X/ VIII período
Disciplina/Módulo: TIC’S INTEGRADA
NOME DA ALUNA: MARIA CLARA LUSTOSA VERAS
NOME DA ATIVIDADE: DIFERENCIAR AS CEFALEIAS
Trabalho/Atividade apresentada à disciplina/módulo de TIC’S Integrada, ministrada pela Professora: GABRIELLE ROLIM, como requisito para obtenção de nota. 
PARNAÍBA
MÊS /2024
Enquanto a cefaleia do tipo tensional episódica é o tipo de cefaleia mais frequente, em estudos de base populacional, a enxaqueca é o diagnóstico mais comum em doentes que procuram cuidados médicos com cefaleia. Como distinguir as duas patologias? Quais as modalidades de tratamento?
Migrânea/enxaqueca vem do grego e do árabe, respectivamente, ambas denotando “de um lado só da cabeça”. Trata-se de um tipo de cefaleia primária, que se manifesta geralmente por meio de um encadeamento de quatro estágios: pródromos, aura, dor e período de resolução (DA CRUZ et al.,2021).
Pródomos precedem a crise em até 24-48 horas e incluem sintomas como: fadiga, dificuldade de concentração, foto ou fonofobia, náusea, visão turva, alterações de humor (irritabilidade, ansiedade e depressão), distúrbios do sono (bocejos, insônia ou sonolência), anorexia ou compulsão alimentar e retenção hídrica (DA CRUZ et al.,2021).
Aura compreende um conjunto de sintomas neurológicos focais que antecedem os eventos de cefaleia, contudo podem ter início após o início da dor ou perdurar durante esta. Aceita-se um limite de duração de uma hora para tal sintomatologia, exceto quando o comprometimento é motor (DA CRUZ et al.,2021).
Resulta de uma despolarização neuronal, cujo ponto de partida é a região occipital, e se alastra para a área do córtex frontal. A mais comum é a aura visual, presente em cerca de 90% dos enxaquecosos clássicos, e é marcada por luzes cintilantes, linhas em zigue-zague ou recortadas, escotomas, dificuldade para focar ou visão distorcida. Segue-se, em frequência, pela aura sensorial, sendo a mais rara a que acomete a fala (DA CRUZ et al.,2021).
A fase seguinte é a álgica, que habitualmente é hemicraniana ou periorbitária, podendo alterar seu lado de manifestação a cada crise. Por fim, após o pico de intensidade da dor, alcança a fase de resolução, em que o enfermo pode apresentar quadros de êmese e sonolência. Sintomas residuais, como fraqueza, fadiga, dificuldade de concentração e confusão mental, podem estar presentes (DA CRUZ et al.,2021).
De acordo com o ICHD-3, os critérios diagnósticos para cefaleia migrânea sem aura são:
DA CRUZ et al.,2021
Migrânea com aura ou clássica, ocorre em ataques com minutos de duração e quadros de aura unilaterais totalmente reversíveis de sintomas visuais, de fala/linguagem, motores ou outros sintomas de acometimento do sistema nervoso central. A aura comumente surge de forma gradual e é sucedida pela dor de cabeça e seus fatores associados. A crônica ocorre por pelo menos 15 dias no mês, por mais de 3 meses por ano, com características de enxaqueca, comum ou clássica, por no mínimo 8 dias em cada mês (DA CRUZ et al.,2021).
O diagnóstico das cefaleias primárias é clínico, resultando basicamente de uma anamnese criteriosa, enfatizando-se a necessidade da realização de um diagnóstico diferencial entre seus principais tipos através apenas de suas características sintomatológicas, segundo os critérios da IHS (DA CRUZ et al.,2021).
DA CRUZ et al.,2021
TRATAMENTO MIGRÂNEA/ ENXAQUECA (DA CRUZ et al.,2021):
O tratamento não medicamentoso envolve técnicas como de relaxamento, psicoterapia, acupuntura, cognitivo-comportamentais, massagens e yoga.
Os medicamentos utilizados no tratamento de crise são:
· Dor leve: analgésicos simples (aspirina, dipirona, paracetamol).
· Dor moderada: AINES (cetoprofeno, ác. Mefenâmico etc).
· Dor forte: vasoconstrictores (ergotamina, didroergotamina, isometepteno, triptanos), AINE EV, Clorpromazina ou haloperidol.
Os opóides não tem indicação na enxaqueca. Os Procinéticos (domperidona e metoclopramida) são os mais indicados para sintomas gastrointestinais.
Profilaxia farmacológica:
· Betabloqueadores (propanalol);
· Antagonistas dos canais de cálcio;
· Antiepilépticos (topiramato);
· Antidepressivos (amitriptilina, venlafaxina);
· Anticorpos monoclonais do receptor CGRP (enrenumab).
A profilaxia acontece quando as crises são muito frequentes que atrapalham as atividades diárias não se consegue tirar o fator causal.
CEFALEIA TENSIONAL
A cefaleia tensional representa uma das formas mais prevalentes de dor de cabeça, caracterizada por uma sensação bilateral de pressão ou aperto na região craniana, muitas vezes acompanhada por dor no pescoço e ombros. Essa condição, embora geralmente não incapacitante como a enxaqueca, possui um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados, contribuindo para o absenteísmo no trabalho, uso frequente de serviços de saúde e uma redução geral na funcionalidade diária (CARDOSO et al.,2024).
Os critérios diagnósticos para a cefaleia tipo tensional:
	CEFALEIA TENSIONAL
	A – Ao menos 10 episódios de cefaleia ocorrendo em < 1 dia/ mês em média (<12dias/ano) e preenchendo os critérios B-D.
	B – Duração de 30 minutos a 7 dias.
	C – Ao menos Duas das quatros seguintes características:
1. Localização bilateral;
2. Qualidade em pressão ou aperto (não pulsátil);
3. Intensidade fraca ou moderada;
4. Não agrava por atividade física rotineira como caminhar ou subir escada;
	D – Ambos os seguintes:
1. Ausência de náuseas ou vômitos;
2. Não mais que um dos seguintes fotofobia ou fonofobia.
	E – Não melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3.
TRATAMENTO (CARDOSO et al.,2024):
A cefaleia tensional aguda tem como tratamento:
· Crises leves: analgésicos e relaxantes musculares;
· Crises moderadas: AINES.
O uso de antidepressivos é a medida mais eficaz para a terapia da cefaleia tensional tipo crônica, com a necessidade, de auxilio psicológico ou psiquiátrico.
Nesses casos, a profilaxia é feita com antidepressivos tricíclicos ou duais:
· Amitriptilina;
· Nortriptilina;
· Venlafaxina
REFERÊNCIAS:
CARDOSO, Ana Maria Santos et al. MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DA CEFALEIA TENSIONAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 5, n. 1, p. e514826-e514826, 2024.
DA CRUZ, Marina Coimbra et al. Migrânea: revisão de literatura. Archives Of Health Investigation, v. 10, n. 2, p. 307-314, 2021.
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A.
Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI
CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br
image1.png
image2.png
image3.png
image4.png

Continue navegando