Aula 9 - Reparação tecidual e pigmentação patologica

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Reparação 
tecidual 
Cicatrização e 
Regeneração
Reparação tecidual
• Ocorre durante ou ao final do processo inflamatório
com o objetivo de restabelecer a integridade
morfofuncional do local que sofreu a agressão
(reparar os danos)
• Reparação tecidual pode ocorrer por dois
mecanismos:
 1) Regeneração
 2) Cicatrização
• Dependerá do tipo de célula que forma o tecido
ou da gravidade da lesão
Capacidade de Reparação:
Tipos Celulares
• Três tipos de células:
Lábeis
Estáveis
Permanentes
Células lábeis
São células pouco especializadas, com tempo de vida
(ciclo vital) curto (duram dias) e originadas de
células com alta capacidade de multiplicação e que
portanto, estão em constante renovação
Exemplos:
- Tecido epitelial
(Pele, mucosas)
Células estáveis
São células com um tempo de vida (ciclo vital)
superior ao das células lábeis (podendo durar meses
ou anos)
Mantem um ritmo de multiplicação de forma muito
lenta por não terem a necessidade de reposição
continua
Porém frente a alguma lesão são capazes de se
reproduzir mais rapidamente.
Exemplos: 
Células parenquimatosas:
Fígado, rins, pâncreas
Células permanentes
São células altamente especializadas, com tempo
de vida longo (duram por toda a vida) e que
perderam a sua capacidade de reprodução.
Exemplo: 
- Neurônios 
- Células musculares (esqueléticas 
e cardíacas 
Reparação tecidual:
1) Regeneração
• Substituição de células perdidas por células
semelhantes, estrutural e funcionalmente.
• A regeneração ocorre em tecidos formados por
células lábeis e células estáveis em que a lesão não
tenha sido muito grave, extensa ou profunda.
Reparação Tecidual:
2) Cicatrização
• Ocorre quando os tecidos lesados não são capazes de
se reconstruírem por completo, sendo substituído
por tecido fibroso (cicatriz)
• Acontece quando as estruturas são gravemente
lesadas ou em tecidos que não apresentam
capacidade regenerativa (células permanentes)
Regeneração X Cicatrização
Regeneração Cicatrização
Principalmente em 
células lábeis e estáveis
Principalmente em 
células permanentes
Lesão tecidual mais 
limitada (menor 
gravidade)
Lesão tecidual extensa e 
profunda (maior 
gravidade)
Poucas alterações na 
função tecidual
Prejuízo na função do 
órgão ou tecido
Fases do reparo tecidual: 
Cicatrização
• O reparo de um tecido pode ser dividido em três
fases:
• Fase Inflamatória:
 Inicia-se no momento da lesão
 Formação de um coagulo para estancar a hemorragia
 Processo inflamatório agudo (dor, calor, rubor, edema).
 Tem como função a limpeza da área lesionada
Fases do reparo tecidual: 
Cicatrização
• Fase Proliferativa: células não lesionadas na margem da
lesão se reproduzem para cobrir a superfície lesada.
 Ação fibroblástica: produção de novas
fibras colágenas e elásticas
 Angiogênese: Formação de novos
vasos sanguíneos
• Fase de Remodelamento:
 maturação celular
 reorganização do novo tecido
 orientação das fibras de
colágeno no tecido cicatricial
Tecido de 
granulação
(tecido de 
preenchimento)
Fases do Processo de 
Cicatrização: resumo
Processo de cicatrização 
• Classificação: Primeira, segunda ou terceira intensão
• Primeira intensão:
 Processo de cicatrização mais simples
 Ferida não infectada, com perda mínima de tecido onde
as bordas do tecido permanecem próximas ou são
aproximadas por sutura
 Exemplo: corte na pele ou incisão cirúrgica
Processo de cicatrização 
• Segunda Intensão: 
 Processo de cicatrização
mais complicada
 Ferida mais grave e extensa com
perda de tecido
 Afastamento maior das bordas
das feridas
 Podendo haver ou não contaminação
do local (infecção)
Processo de cicatrização 
• Terceira intensão:
 Ferida é deixada aberta para tratamento do processo
infeccioso grave
 Após tratamento adequado a ferida é fechada por meio
de suturas ou enxertos
Fatores que interferem na 
cicatrização
• Infecção da ferida
• Ação mecânica: tração e movimentação
• Tamanho, tipo, profundidade e
localização da ferida
• Distúrbios circulatórios
• Alterações metabólicas
(ex: diabetes mellitus)
• Estado nutricional
• Idade
Cicatrização Patológica
• Ocorre devido abundante síntese de colágeno na região
lesada
• Cicatriz hipertrófica: cicatriz elevada que não ultrapassa
os limites do ferimento ou incisão e regride
espontaneamente
• Queloide: cicatriz espessa e elevada que ultrapassa os
limites do ferimento ou da incisão cirúrgica, sendo uma
situação definitiva
PIGMENTAÇÃO 
PATOLOGICA 
Pigmentação patológica 
• Definição: acumulo ou formação anormal de
pigmentos indicando perda da homeostasia celular
devido a agressões sofridas pela célula podendo gerar
várias doenças
• Divida em:
 Pigmentação patológica exógena:
pigmentos de origem externa ao corpo
 Pigmentação patológica endógena:
pigmentos produzidos pelo próprio organismo
Pigmentação patológica exógena
• Antracose: pigmentação por sais de carbono.
 Ex: mineradores de carvão, fumantes ou
moradores de grandes cidades com alta
concentração de poluição. Essa poeira de
carvão entra pelas vias aéreas e se
deposita nos pulmões produzindo uma
coloração que varia do amarelo escuro ao preto.
 A longo prazo pode causar graves problemas pulmonares
• Siderose: pigmentação por óxido de ferro
 Ex: atinge principalmente trabalhadores de mineradoras de
ferro. Atinge os pulmões por inalação destas partículas
produzindo uma coloração ferrugem
Pigmentação patológica exógena
• Argiria: pigmentação por sais de prata.
 Ex: causada por contaminação sistêmica
de alguns medicamentos, produzindo
uma cor acinzentada nos tecidos como a pele
• Saturnismo: contaminação por sais de chumbo.
 Cor: azulada ou negra, dependendo da profundidade do
tecido onde se encontra.
 Na gengiva, a contaminação por sais
de chumbo ou bismuto produz uma coloração
negra denominada de LINHA DE BURTON.
Pigmentação patológica exógena
• Tatuagem: feita por sais de enxofre, mercúrio, ferro
e outros corantes. Coloração depende da cor do
pigmento
• Tatuagem por amálgama: áreas de coloração
azulada na mucosa bucal. Essa introdução pode ser
devida a lesão na mucosa no local da
restauração no momento de inclusão
do amálgama na cavidade.
Pigmentação Patológica Endógena 
• Pigmentos hemáticos: Esses pigmentos se originam 
da degradação da hemoglobina (proteína presente 
nas hemácias do sangue)
P
ig
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e
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co
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T
IP
O
S
Hemossiderina
Porfirinas
Hematoidina 
Bilirrubina: seu 
acumulo causa icterícia
Pigmentação Patológica Endógena 
• Pigmentos melânicos: pigmentos originados da 
melanina
Nevus celulares
Melanomas
Sardas
Mancha mongólica 
Vitiligo
Albinismo 
Aumento da 
pigmentação
Diminuição da 
pigmentação