Buscar

ATIVIDADE 1 1 Vanderson

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RELATÓRIO TÉCNICO DE APOIO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
	I. INFORMAÇÕES SOBRE A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Nome da unidade de conservação: Parque Estadual do Bacanga
Estado: Maranhão
Bairro: Cidade Olímpica
Cidade: São Luís
Coordenada geográfica: 2°32’30”-2°37’30”s e 44°13’35”-44°18’45”w
Representante legal
Nome: Parque Estadual do Bacanga/ Coordenação regional / Vinculação: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão 
	II. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
(Esta etapa deverá ocupar, pelo menos, duas páginas.)
Neste tópico você deverá:
· O Parque Estadual do Bacanga, que está localizado no município no Maranhão, sendo a primeira criada no estado e está completamente inserido nos limites territoriais do município de São Luís, a criação do Parque Estadual do Bacanga é baseada na lei n°4771 de 15 de setembro de 1965 publicada no Diário Oficial da União em 16/09/1965, que instituiu o Novo Código Florestal. Através desta lei foi dado ênfase a certas categorias de áreas de grande susceptibilidade a impactos ambientais e grande necessidade de proteção. Essas áreas são chamadas de Áreas de Proteção Permanente, como dispõe o 3° artigo da lei de n°. 4771 ,que tem como objetivo a conservação e preservação do manancial subterrâneo e corpos hídricos superficiais, especialmente o Reservatório Batatã e o Rio da Prata, a preservação de áreas naturais como testemunho das condições primitivas da flora e da fauna, bem como os resquícios da Floresta Pré-Amazônia na Ilha Upaon-Açú, com sua biodiversidade e sítios arqueológicos, e a manutenção de ambientes naturais favoráveis ao desenvolvimento de atividades humanas de caráter educativo e científico, a área estimada em 2973,927 hectares. A partir desta redefinição, não será permitida a expansão das áreas ocupadas e excluídas, com a construção de moradias ou outra forma de ocupação que venham atingir a área do Parque. Essa lei retoma os limites de criação originários do Parque. A alteração de limites de 2001, segundo Ação Civil Pública no 3202-51.2008.8.10.0001 (3202/2008), havia sido julgada pelo Poder Judiciário como desconformidade com o ordenamento jurídico brasileiro haja vista a ausência de estudos técnicos e de consulta pública previamente à alteração dos limites da referida unidade de conservação. 
Como já foi dito antes, o Parque Estadual do Bacanga é uma Unidade de Conservação que contém um importante manancial de abastecimento de água potável para parte significativa da população da capital do estado do Maranhão. Ou seja, este Parque está localiza-se em uma área de indispensável proteção dos mananciais, que contribuem expressivamente para o abastecimento de água potável da capital do estado, e vem sendo massivamente utilizado pelo processo de urbanização irregular. De acordo com o Sistema Nacional de Unidade de Conservação, o Parque está classificado como área de proteção integral, não sendo, portanto, permitidos usos urbanos dentro de seus limites, no entanto, o crescimento urbano tem ocorrido sobre essa região de forma muito rápida e descontrolada., A Lei 12.651/2012 (Art. 61-A) estabelece que nas Áreas de Preservação Permanente é autorizado a continuidade das atividades agrossilvipastoris, ou seja como “ações realizadas em conjunto ou não relativas à agricultura, à aquicultura, à pecuária, à silvicultura e demais formas de exploração e manejo da fauna e da flora, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. Contudo, a continuidade das atividades acima em uma Área de Preservação Permanente, como de uso consolidado, é dependente da adoção de boas práticas de conservação de solo e água, uma vez que se trata de áreas com diversas fragilidades ambientais, demandando manejos diferenciados aos reservados às áreas produtivas fora das APPs. Para efeito de recomposição de algumas categorias de APP em áreas consideradas consolidadas, a Lei 12.651/2012 estabelece regras transitórias, indicando as dimensões mínimas a serem recompostas com vistas a garantir a oferta de serviços ecossistêmicos a elas associados. A aplicação de tais regras leva em consideração o tamanho da propriedade em módulos fiscais e às características associadas às APPs (ex: largura do curso d'água; área da superfície do espelho d'água).
Sobre a gestão, o Órgão Gestor é a (SEMA) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Ano de criação: 2020
Em relação a Legislação, A compensação ambiental foi instituída pela Resolução Conama no 10, de 03 de dezembro de 1987. Em 1996, a Resolução Conama no 02 estabeleceu que o licenciamento ambiental de empreendimentos que causam significativo impacto ambiental está condicionado à implantação e manutenção de Unidades de Conservação (UC) de uso público e proteção integral. A Lei no 9.985 de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelece que "nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório (Eia/Rima), o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de Unidade de Conservação do grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei". O Decreto no 4.340/2002, que regulamenta a Lei do SNUC, estabelece que os impactos a serem considerados para definição da compensação ambiental são os negativos, não mitigáveis e sujeitos a riscos que possam comprometer uma região ou causar danos a recursos naturais. A revisão do Decreto está em discussão no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
No entanto, mesmo sendo uma Unidade de Conservação protegida por lei, a degradação sempre esteve presente, nos limites e nas zonas de amortecimentos do PEB (SEMATUR, 1992). Segundo Maranhão (1992) durante 36 anos a Floresta Protetora dos Mananciais foi submetida a ações devastadoras tanto pelo poder público como pela iniciativa privada, resultando na consolidação de conjuntos residenciais e bairros de classe média-baixa que logo foram dotados de serviços públicos e infraestrutura básica como água, luz, saneamento básico (alguns bairros) e pavimentação asfáltica.
A Área sofre com alguns problemas ambientais, toda área protegida necessita de um aparato técnico-jurídico para sua consolidação, para isso existem leis que disciplinam a utilização das áreas protegidas a nível federal como a lei Nº. 9.985/2000 que instituiu o SNUC, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), a lei Nº. 4.771/65 que instituiu o Novo Código Florestal, e a nível 45 estadual a Política Estadual do Meio Ambiente, entre outras. Esse aparato jurídico tem, conforme dito anteriormente a finalidade de orientar e racionalizar o modo de uso das áreas protegidas pelo Poder Público, da ação indiscriminada do ser humano no sentido de inviabilizar práticas nocivas que dificultem a manutenção da área como unidade de conservação.
· No Maranhão, as unidades de conservação surgiram a partir da década de 1980, entre elas encontramos o Parque Estadual do Bacanga, criado em 1980. Este possui uma rica biodiversidade, o que justifica sua proteção enquanto unidade de conservação. Além das suas características peculiares da fauna e da flora, encontra-se, no Parque, um conjunto arquitetônico de valor histórico-cultural e uma rede de drenagem natural significativa, que é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 20% de toda a cidade de São Luís. Contudo, apesar de todo o significado ambiental, o Parque Estadual do Bacanga, vem sofrendo nas últimas décadas um intenso processo de descaracterização, o que o compromete enquanto unidade de conservação, e dificulta a inserção de atividades que permitam o uso indireto dos seus recursos. Esse processo de descaracterização é reflexo da passividade do Poder Público em relação ao meio ambiente natural, e a falta de sensibilização ambiental junto à população circunvizinha.
Aspectos geofísicos no que diz respeito à geologia, a área do Parque Estadual do Bacangaocupa o topo da bacia sedimentar de São Luís, apresentando uma caracterização geológica constituída de rochas sedimentares representadas por arenitos e argilitos inconsolidados de idade terciária. Os depósitos argilosos de coloração escura se concentram nas margens dos igarapés e do Rio Bacanga. Com referência à geomorfologia, REIS (1993) destaca que a área do Parque Estadual do Bacanga apresenta tabuleiros com bordas pouco inclinadas, pequenas colinas e vales. Os agentes físicos realizam meteorização por diferenças térmicas e por atrito. O primeiro ocorre nas áreas onde a cobertura vegetal é rarefeita ou ausente. A meteorização por atrito é provocada pelas águas pluviais. As águas pluviais são responsáveis também pelos processos de erosão, transporte e reposição de grande quantidade de sedimentos. Sendo que estes processos são mais intensos nos meses chuvosos e em locais de maior declividade e menor cobertura vegetal. A cobertura vegetal existente apresenta uma grande capacidade de revigorização durante a estação chuvosa, ocorrendo a proteção do solo. A ação antrópica intensifica os processos de erosão, sendo mais intenso onde ocorre queimadas, roças, extração de pedras, barros e madeira, pois o solo fica exposto e desprotegido. Em relação á hidrografia, o complexo hídrico do Parque Estadual do Bacanga foi subdividido de acordo com relatório do Plano de Manejo em quatro sub-bacias.
Os solos do Parque Estadual do Bacanga, apresentam pouca matéria orgânica excetuando os localizados às margens dos cursos d’água. Estes possuem maior espessura que os demais e coloração escura devido a maior concentração de matéria orgânica. As queimadas e os desmatamentos comuns na área, deixam o solo sem cobertura vegetal, portanto desprotegido, ficando passíveis à degradação, o que leva a erosão.
Em relação, a flora existe uma descaracterização da vegetação existente. A fisionomia da área é de campos abandonados com arbustos e subarbustos com diferentes níveis de densidade. As espécies características do Parque Estadual do Bacanga são: Anacardium ocidentale (caju), Symphonia globulifea (guanandi), Carapa Guianensis (andiroba), Euterpe oleracea (juçara), Mauritia flexuosa (buriti), Hyminaea courbaril (jatobá), Platonia insignis (bacuri), Mangifera indica (manga), Achras sapota (saputi), Talasia esculenta (pitomba), Tamarindus indicus (tamarino), entre outras centenas de espécies que garantem ao Parque Estadual do Bacanga características únicas que justificam a sua implantação.
Sobre fauna da região, o Parque Estadual do Bacanga possui um banco genético vasto, possuindo espécies de vários ecossistemas, como: cerrado, floresta amazônica, formação litorâneas, de baixada e ainda espécies típicas de zona de transição como as matas secas e zonas de cocais. A biodiversidade encontrada nos limites do parque é inexistente em grande parte da ilha de São Luís, devido à pressão antrópica exercida principalmente no centro urbano da cidade de São Luís e também nas regiões limítrofes da unidade de conservação. Desta forma tal ecossistema tem todas as condições de funcionar como estoque de espécies para repor ecossistemas circunvizinhos degradados, o que resulta sua importância como unidade de conservação. Entre as espécies faunísticas do parque, podemos destacar, segundo o relatório do Plano de Manejo: vários tipos de rãs, cobra surucucu de fogo, cascavel, gato maracujá, tamanduaí, alguns tipos de preguiças, abelhas e representando o grupo das aves temos as famílias Falconidae, Psittacidaee Tinamidae.
Figura 01: Localização do Parque Estadual do Bacanga, Vista parcial área do manguezal
Figura 02: Rio do Parque Estadual do Bacanga
Figura 03: Parque Estadual do Bacanga
· O Parque Estadual do Bacanga foi delimitado pelo decreto n° 7.545 de 02 de março de 1980, possuindo uma extensão de 3.065 hectares. Segundo o relatório do Plano de Manejo (1992), o parque localiza-se ao norte do estado, mais especificamente na região centro-oeste da Ilha do Maranhão e parte central do município de São Luís, como já foi dito antes, os problemas socioambientais do Parque Estadual do Bacanga são reflexos da política desenvolvimentista proporcionada pelos sucessivos governos por meio da construção de obras públicas na área antes da criação do Parque, onde se destacam a Estrada de Ferro São Luís - Teresina, a instalação e manutenção das linhas de transmissão da Eletronorte, atravessando o Parque de norte a sul, provocando grandes impactos ambientais sobre a geologia, morfologia, solo, formações superficiais e cobertura vegetal da área.
	III. PROPOSTA PARA MELHORIAS NA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO (ANÁLISE CRÍTICA)
Os problemas socioambientais observados na área do Parque Estadual do Bacanga são praticamente reflexos da política desenvolvimentista proporcionada pelos sucessivos governos através da construção de obras públicas dentro da área do parque. Dentre essas obras, pode-se destacar-se a estrada de ferro São Luís-Teresina, no início deste século e a implantação e manutenção das linhas de transmissão da Eletronorte, atravessando o parque de norte a sul e que provoco grandes impactos ambientais sobre a geologia, geomorfologia, solo, formações superficiais e cobertura vegetal da área.
O Parque foi criado pelo Decreto Estadual no7.545/1980 com área total de 3.075ha, principalmente, devido a existência de mananciais superficiais e subterrâneos. No entanto, esse complexo de leis não tem sido suficiente para inibir a ação indiscriminada de alguns aproveitadores que utilizam diretamente os recursos da unidade de conservação, indo também de encontro com a lei n°9.985/2000 que institui as unidades de conservação em seu artigo 7 parágrafo 1°, em que é descrito o objetivo das Unidades de Proteção Integral, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. O Parque vem sofrendo interferências antrópicas há várias décadas, isso contribuiu para sua descaracterização e maximização dos distúrbios ambientais na área. Devido a isso, o Relatório do Plano de Manejo (1992) com o afã de otimizar os resultados e cumprir os objetivos preconizados para o mesmo, dividiu o Parque em zonas específicas. Entre as zonas definidas estava a zona de recuperação que é definido como: “aquela que contém áreas consideravelmente alteradas pelo homem e com intensos sinais de degradação, onde pretende-se alcançar o restabelecimento dos recursos naturais.
Uma proposta de melhoria nessa unidade de conservação, seria a criação de um projeto de gestão que seria executado no interior do Parque Estadual do Bacanga e com o objetivo a recuperação das nascentes, matas ciliares e áreas de recargas situadas dentro da unidade de conservação, e sendo assim, incentivar e promover a recuperação dos ecossistemas, promover a cidadania, a melhoria das condições de vida e a elevação de renda da população em situação de extrema pobreza que exerça atividades de conservação e recuperação dos recursos naturais e assim manter livre de qualquer interferência as áreas de recuperação de modo que possam se restabelecer naturalmente; além de obter a recuperação dos recursos atingidos, de maneira natural, em um tempo mais breve possível, Proporcionar temas de pesquisa e monitoramento ambiental e por fim, apresentando o programa de educação ambiental para a comunidade local, de uma forma que possa incentivar, através de palestras do que pode causar danos ao parque, além de incentivar a participação de seus beneficiários desse projeto de gestão em ações de capacitação ambiental, social, educacional, técnica e profissional. 
Parque Estadual do Bacanga Criado pelo Decreto Estadual no7.545/1980, com área total de 3.075ha, o Parque Estadual do Bacanga é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo sustentável.

Outros materiais