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Resumo - Próstata, HBP e Adenocarcinoma Prostático

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Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
PRÓSTATA 
 
- Órgão retroperitoneal que envolve o 
colo da bexiga e a uretra. 
- Parênquima hepático possui 4 partes: 
 Zona central 
 Zona periférica 
 Zona de transição 
 Estroma fibromuscular 
 
- HBP: zona central ou de transição 
- Carcinoma: zona periférica 
 
MICROSCOPIA 
- Glândulas revestidas por uma dupla 
camada (interna de células colunares 
secretoras e externa camada basal de 
epitélio cuboide). 
 
- Dobras papilares do epitélio 
- Glândulas são separadas por estroma 
fibromuscular abundante. 
- Os andrógenos testiculares 
controlam o crescimento e a sobrevida 
das células prostáticas. 
- A castração provoca a atrofia da 
próstata causada por apoptose difusa. 
 
 
 
Apenas 3 processos patológicos afetam 
a próstata: 
 Inflamação como prostatites 
 HBP 
 Carcinoma 
 
HIPERPLASIA BENIGNA DA 
PRÓSTATA 
 
- Homens > 50 anos. 
- Hiperplasia do estroma 
fibromuscular e das células 
epiteliais, resultando na formação de 
nódulos grandes. 
- Quando suficientemente grandes, 
comprimem e estreitam a uretra, 
causando obstrução parcial ou completa 
e sintomas urinários. 
 
INCIDÊNCIA 
20% homens 40 anos 
70% homens 60 anos 
90% homens 80 anos 
 
 
 
Renata Bittar 
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PATOGENIA 
- Existe um maior número de células 
epiteliais e estroma na área periuretral 
da próstata. 
- Acredita-se em 2 hipóteses que se 
somam: 
 
 Redução da taxa de morte 
celular (principal componente 
hiperplásico). 
 
 Andrógenos testiculares 
aumentam a proliferação 
celular e inibem a morte 
celular. 
 
- O principal andrógeno na próstata, 
constituindo 90% dos andrógenos 
normais, é a diidrotestosterona (DHT). 
- A DHT é formada na próstata a partir 
da conversão da testosterona pela 5α-
redutase tipo 2. 
 
 
- As enzimas 5α-redutase tipo 2 estão 
localizadas quase totalmente nas 
células do estroma. 
OBS: as células epiteliais da próstata 
não contêm a 5α-redutase tipo 2, 
apenas algumas poucas da camada 
basal. 
 
- AS CÉLULAS ESTROMAIS SÃO 
RESPONSÁVEIS PELO 
CRESCIMENTO PROSTÁTICO 
DEPENDENTE DE ANDRÓGENO 
(DHT). 
 
- A 5α-redutase tipo I não é encontrada 
na próstata ou está em níveis baixos. 
- A 5α-redutase tipo I pode produzir 
pode produzir DHT a partir de 
testosterona no fígado e na pele, e a 
DHT circulante pode agir na próstata por 
um mecanismo endócrino. 
 
- A DHT se liga ao receptor de 
andrógeno (AR) presente em células 
prostáticas estromais e epiteliais. 
- A DHT é mais potente que a 
testosterona porque tem maior afinidade 
pelo receptor de andrógeno (AR) e 
forma um complexo mais estável. 
- DHT + AR = ativa a transcrição dos 
genes dependentes de andrógenos. 
- A transcrição mediada pela DHT 
estimula a produção de vários fatores de 
crescimento, são eles: 
 FBF (fator de crescimento de 
fibroblastos)  FBF7 
(queratinócitos) produzido pelas 
células estromais. 
 FGFs 1 e 2 
 TGFβ 
 
- Embora a causa final da HBP seja 
desconhecida, acredita-se que os 
fatores de crescimento induzidos 
pela DHT atuem aumentando a 
Proliferação de 
fibroblastos 
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proliferação de células e diminuindo 
a morte das células epiteliais. 
 
MICROSCOPIA 
- Aspecto principal: 
NODULARIDADE. 
- A composição dos nódulos varia de 
nódulos fibromusculares 
puramente estromais, no início, e 
nódulos fibroepiteliais com 
predominância glandular. 
- A proliferação glandular assume 
a forma de agregados de 
glândulas cisticamente dilatadas 
pequenas ou grandes, revestidas 
por dupla camada (epitélio colunar 
interno e pitélio cuboide ou 
pavimentoso externo). 
- O diagnóstico por biópsia com 
agulha fina não pode ser feito, uma 
vez que a histologia dos nódulos 
glandulares mistos da HBP não 
pode ser apreciada em amostrar 
limitadas. Além disso, essas 
biópsias geralmente não obtêm 
amostras da zona de transição. 
- Focos de metaplasia escamosa 
reativa que mimetizam 
histologicamente o carcinoma 
urotelial podem ser observados em 
locais adjacentes a infartos 
prostáticos. 
 
 
ADENOCARCINOMA 
PROSTÁTICO 
 
- 29% cânceres em homens. 
 
INCIDÊNCIA 
- Homens > 50 anos. 
- Triagem iniciada aos 45 anos. 
 
PATOGENIA 
- Suspeita-se de vários fatores: 
 Idade 
 Raça 
 História familiar 
 Níveis hormonais 
 Influências ambientais (maior 
consumo de gordura) 
 
- Os andrógenos desempenham um 
papel importante no câncer de próstata. 
 O crescimento e a sobrevida das 
células epiteliais prostáticas e estromais 
precisam do estímulo dos fatores de 
crescimento induzidos pelos 
andrógenos testiculares. 
- Castração ou tratamento com 
antiandrógenos = regressão da doença. 
- Entretanto, o tumor se torna resistente 
ao bloqueio andrógeno. 
Renata Bittar 
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- Mecanismos para driblas o bloqueio 
andrógeno: 
 Hipersensibilidade em níveis 
baixos de hormônios 
(amplificação do gene AR). 
 Mutações no gene AR que faz 
com que ele seja ativado por 
ligantes não andrógenos. 
 Outras alterações epigenéticas 
que ativam outras vias que não 
necessitam de AR. 
 
FAMILIAR 
 Homens com história familiar 
possuem maior risco de ter, e 
mais precocemente. 
 Homens com mutação no gene 
supressor tumoral BRCA2 
possuem risco 20x maior. 
 
- A inflamação pode ser solo fértil para 
o desenvolvimento do carcinoma 
prostático. 
- Reprogramação genética dos genes 
ETS 
- A ALTERAÇÃO EPIGENÉTICA MAIS 
COMUM É NO GENE: 
 
 GSTP1 
(Parte importante da via que previne a 
lesão decorrente de uma grande 
variedade de carcinógenos). 
 
- Outros genes supressores de tumor: 
 PTEN 
 RB 
 P16/INK4a 
 MLH1 
 MSH2 
 APC 
 
- Além do antígeno prostático específico 
(PSA), surgiram outros genes e 
proteínas que podem servir como 
marcadores biológicos do câncer de 
próstata e parecem estar envolvidos na 
biologia do câncer. 
- 3 marcadores dignos de nota são: 
 EZH-2 
 Alfa-metacil-CoA racemase 
(AMARC) 
 PCA3 
 
- Os cânceres de próstata relatam perda 
da proteína E-Caderina (alterada 
também no adenocarcinoma gástrico e 
da mama). 
- O carcinoma prostático é o produto de 
alguma combinação crítica de mutações 
somáticas adquiridas e alterações 
epigenéticas. 
 
MACROSCOPIA 
- Tecido neoplásico granuloso e firme. 
- Disseminação linfática  São as 
primeiras e vão para o nodo obturadores 
e para-aórticos. 
- Disseminação hematogênica  ossos 
(esqueleto axial- coluna lombar, fêmur 
proximal, pelve, coluna torácica e 
costelas) e vísceras. 
 
 
Renata Bittar 
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MICROSCOPIA 
- Padrões glandulares bem definidos, 
facilmente demonstráveis. 
- As glândulas tipicamente são 
menores que as benignas e estão 
revestidas por uma camada única e 
uniforme de epitélio cuboide ou 
colunar. 
- As glândulas são mais aglomeradas 
e não possuem ramificações e 
dobras papilares. 
 A CAMADA DE CÉLULAS BASAIS 
EXTERNAS ESTÁ AUSENTE = sinal de 
malignidade. 
- O citoplasma das células varia de 
pálido ou claro até um aspecto anfofílico 
distinto (mais escuro). 
- Pleomorfismo celular e nuclear: 
 Núcleos grandes e muitas vezes 
contêm 1 ou mais nucléolos 
grandes 
 Variação do tamanho e forma 
dos núcleos 
- Em geral o pleomorfismo não é 
acentuado. 
- Mitosessão raras. 
 
CLASSIFICAÇÃO e ESTADIAMENTO 
 
Escala de Gleason 
- Os cânceres são estratificados em 5 
graus com base nos padrões 
glandulares de diferenciação. 
 Grau I: muito diferenciado 
Glândulas neoplásicas têm aspecto 
uniforme e redondo e estão agrupadas 
em nódulos bem circunscritos. 
 Grau II: indiferenciado 
Células tumorais infiltram estroma na 
forma de cordões, lâminas e ninhos. 
 
- A maioria contém mais de um padrão 
glandular e um grau secundário ao 
padrão dominante. Deve-se somar os 1 
padrões glandulares predominantes na 
lâmina fazer a pontuação de Gleason. 
 
2 a 4: bem diferenciado 
5 a 6: grau intermediário 
8 a 10: alto grau de indiferenciação 
 
- O grau e o estágios são os melhores 
preditores do prognóstico. 
- O estadiamento também é importante 
para a conduta terapêutica. 
 
 
 
Renata Bittar 
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