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APOSTILA CONCURSO IFSC
Sumário
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................................... 4
1. Leitura e compreensão de textos - Particularidades do gênero do discurso, suporte e esfera de
circulação do texto .............................................................................................................................. 4
1.2 Abordagem temática ..................................................................................................................... 5
1.3 Estruturação do texto.................................................................................................................... 5
1.4 Ideias principais e secundárias ...................................................................................................... 6
1.5 Relação entre as ideias .................................................................................................................. 7
1.6 Efeitos de sentido e Figuras de linguagem no texto ..................................................................... 8
1.7 Intencionalidade .......................................................................................................................... 11
1.8 Recursos de Argumentação ........................................................................................................ 12
1.9 Informações implícitas: inferências, pressupostos e subentendidos ......................................... 14
1.10 Coesão e coerência textuais ...................................................................................................... 16
QUESTÕES GERAIS ............................................................................................................................. 19
2.1 Significação de palavras e expressões no texto .......................................................................... 23
2.2 Substituição de palavras e de expressões no texto .................................................................... 25
2.3 Aspectos linguísticos ................................................................................................................... 26
2.4 Relações morfossintáticas ........................................................................................................... 30
2.5 Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica segundo sistema oficial vigente (inclusive o
Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto 7.875/12) .............................................................. 33
2.6 Variação linguística ...................................................................................................................... 34
2.7 Colocação pronominal................................................................................................................. 34
2.8 Vozes verbais e sua conversão .................................................................................................... 36
2.9 Concordância nominal e verbal ................................................................................................... 37
2.10 Regência nominal e verbal ........................................................................................................ 39
2.11 Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos
pronomes relativos ........................................................................................................................... 41
2.12 Pontuação ................................................................................................................................. 43
QUESTÕES GERAIS ............................................................................................................................. 44
LEGISLAÇÃO E CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL,
CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA .................................................................................................... 46
Lei nº 8.112/1990 (e alterações posteriores) – Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais ................................................................ 46
O Decreto nº 1.171/1994 (e alterações posteriores) – Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal .......................................................................................... 50
Lei nº 12.711/2012 – Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais
de ensino técnico de nível médio e dá outras providências ............................................................. 53
Lei nº 12.772/2012 – Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério
Federal ............................................................................................................................................... 57
Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras
providências ...................................................................................................................................... 58
Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Santa Catarina 2020/2024 (PDI). ....................................................................................................... 62
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS............................................................................................ 68
HISTÓRIA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO........................................................................ 68
Pesquisa e Prática Pedagógica .......................................................................................................... 71
Psicologia da Educação ..................................................................................................................... 74
Organização do Trabalho Docente .................................................................................................... 79
Teoria e Prática de Currículo ............................................................................................................. 81
Gestão Educacional e Escolar ............................................................................................................ 83
Planejamento Educacional e ensino ........................................................................................ 84
Avaliação Educacional e de Ensino.................................................................................................... 86
Educação Inclusiva ............................................................................................................................ 89
Democratização do acesso e garantia da permanência e êxito escolar ........................................... 90
Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) ............................................................................... 91
Pedagogia Histórico-Critica ............................................................................................................... 91
Educação de Jovens e Adultos (EJA) .................................................................................................. 92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – ENGENHARIA QUÍMICA ............................................ 92
PROCESSOS INDUSTRIAIS .................................................................................................................. 92
ANÁLISE DE PROCESSOS .................................................................................................................... 95
SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS ........................................................................................ 99
REATORES INDUSTRIAIS ..................................................................................................................105
PETROLEO E INDUSTRIA PETROQUIMICA ....................................................................................... 112
POLÍMEROS ..................................................................................................................................... 118
INDUSTRIA DE ÓLEOS ...................................................................................................................... 122
BENEFICIAMENTO TÊXTIL ................................................................................................................ 126
SISTEMAS DE UNIDADES E ANALISE DIMENSIONAL ........................................................................ 127
REOLOGIA E VISCOSIDADE .............................................................................................................. 130
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA ..................................................................................................... 135
MECANICA DOS FLUIDOS ................................................................................................................ 140
INSTALAÇÕES DE BOMBEAMENTO E PERDA DE CARGA ................................................................. 151
TERMODINÂMICA ........................................................................................................................... 157
TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA ............................................................................................. 166
GERAÇÃO DE VAPOR – CALDEIRAS ................................................................................................. 189
FUNTAMENTOS DE CONTROLE DE PROCESSO E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE .............................. 194
SISTEMAS DE MALHAS DE CONTROLE ............................................................................................ 200
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ........................................................................................................ 205
CLASSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E TERMINOLOGIA ................................................................. 211
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e compreensão de textos - Particularidades do
gênero do discurso, suporte e esfera de circulação do texto
A leitura e compreensão de textos é uma habilidade essencial em diversas áreas da vida, como
na educação, trabalho e na comunicação cotidiana. No entanto, é importante entender que cada
gênero do discurso possui suas particularidades, suporte e esfera de circulação, o que pode
influenciar na forma como o texto é interpretado.
O gênero do discurso é uma forma de classificar os textos de acordo com sua função
comunicativa, estrutura e linguagem utilizada. Por exemplo, um artigo de opinião possui
características diferentes de um manual de instruções ou de uma notícia. Cada gênero do
discurso tem seu próprio propósito e expectativas em relação ao leitor.
O suporte do texto se refere ao meio físico em que o texto é apresentado. Ele pode ser impresso
em papel, apresentado em uma tela de computador, ou mesmo em um outdoor. O suporte
também pode influenciar na forma como o texto é lido e interpretado, pois a disposição dos
elementos gráficos pode ser diferente em cada suporte.
A esfera de circulação do texto se refere ao contexto em que o texto é produzido e circula. Por
exemplo, um texto acadêmico terá uma esfera de circulação diferente de um texto jornalístico
ou publicitário. A esfera de circulação também pode influenciar na forma como o texto é escrito
e interpretado, pois cada contexto pode ter suas próprias normas e convenções.
Dessa forma, é importante levar em consideração as particularidades do gênero do discurso,
suporte e esfera de circulação do texto ao realizar a leitura e compreensão. Alguns passos podem
auxiliar nesse processo, como a identificação do gênero do discurso, a análise dos elementos
gráficos e estruturais do texto, e a consideração do contexto em que o texto foi produzido e
circula.
Os gêneros do discurso são formas de classificar os textos de acordo com sua função
comunicativa, estrutura e linguagem utilizada. Existem diversos gêneros do discurso, cada um
com suas particularidades e expectativas em relação ao leitor. A seguir, falarei mais
detalhadamente sobre alguns dos principais gêneros do discurso:
1. Narração: A narração é um gênero do discurso em que há uma sequência de fatos ou
eventos narrados em ordem cronológica. A linguagem utilizada é simples e objetiva,
com predominância do modo indicativo e dos verbos no tempo passado. A narração
pode ser utilizada em diversos contextos, como na literatura, na mídia e na comunicação
cotidiana.
2. Descrição: A descrição é um gênero do discurso em que se faz uma representação verbal
de uma pessoa, objeto, lugar ou evento. A linguagem utilizada é rica em adjetivos e
advérbios, com a finalidade de transmitir as características do que está sendo descrito.
A descrição pode ser utilizada em diversos contextos, como na literatura, na publicidade
e no jornalismo.
3. Dissertação: A dissertação é um gênero do discurso em que se discute e argumenta sobre
um tema específico. A linguagem utilizada é mais formal e objetiva, com predominância
do modo indicativo e dos verbos no tempo presente. A dissertação é comumente
utilizada na educação, na mídia e na vida acadêmica.
4. Diálogo: O diálogo é um gênero do discurso em que duas ou mais pessoas trocam
informações, opiniões e ideias. A linguagem utilizada é mais informal e cotidiana, com
o uso de expressões coloquiais e gírias. O diálogo é um gênero muito utilizado na
literatura, no teatro e no cinema.
5. Poema: O poema é um gênero do discurso em que se utiliza a linguagem de forma
criativa e artística. A estrutura do poema é caracterizada por versos e estrofes, e a
linguagem utilizada é mais subjetiva e expressiva, com o uso de figuras de linguagem e
metáforas. O poema é muito utilizado na literatura e na cultura popular.
1.2 Abordagem temática
A abordagem temática é uma das estratégias utilizadas para a leitura e compreensão de textos.
Essa abordagem consiste em identificar o tema central do texto e, a partir disso, relacionar as
informações apresentadas com esse tema. Dessa forma, é possível compreender o texto como
um todo e perceber como as informações apresentadas se conectam e se relacionam entre si.
Para utilizar a abordagem temática, é importante realizar uma leitura atenta e minuciosa do
texto, identificando as palavras-chave e frases que indicam o tema central. Em seguida, é
preciso fazer uma leitura mais detalhada, buscando entender como as informações apresentadas
se relacionam com esse tema.
Uma das vantagens da abordagem temática é que ela permite uma compreensão mais ampla e
profunda do texto, já que se concentra no tema central e nas informações que estão diretamente
relacionadas a ele. Além disso, essa estratégia pode ser utilizada em diferentes tipos de textos,
como artigos de opinião, reportagens jornalísticas, textos literários, entre outros.
No entanto, é importante lembrar que a abordagem temática não deve ser utilizada
isoladamente, mas sim em conjunto com outras estratégias de leitura e compreensão de textos,
como a identificação da estrutura do texto, a análise do vocabulário utilizado e a interpretação
das ideias apresentadas. Somente dessa forma é possível compreender de forma completa e
aprofundada o que o autor do texto deseja transmitir.
1.3 Estruturação do texto
A estruturação do texto é uma das estratégias utilizadas para a leitura e compreensão de textos.
Essa estratégia consiste em identificar a organização das ideias e informações apresentadas no
texto, para que se possa compreender de forma mais clara e objetiva o que o autor deseja
transmitir.
Para utilizar a estruturação do texto, é importante realizar uma leitura atenta e minuciosa,
identificando aspartes que compõem o texto, como introdução, desenvolvimento e conclusão.
Além disso, é importante identificar os tópicos e subtópicos, para que se possa compreender
como as informações estão organizadas dentro do texto.
Uma das vantagens da estruturação do texto é que ela permite uma compreensão mais clara e
objetiva do que o autor deseja transmitir, já que se concentra na organização das informações e
na relação entre elas. Além disso, essa estratégia pode ser utilizada em diferentes tipos de textos,
como artigos de opinião, reportagens jornalísticas, textos literários, entre outros.
Existem diferentes exemplos de estruturação de texto, que podem variar de acordo com o tipo
de texto e a finalidade do autor. A seguir, estão alguns exemplos comuns de estruturação de
texto:
1. Estrutura em blocos: essa estrutura é comum em textos jornalísticos e científicos e
consiste em dividir o texto em blocos ou parágrafos que apresentam informações
específicas. Cada parágrafo pode apresentar uma ideia central e informações que a
sustentam, com uma transição suave para o próximo bloco.
2. Estrutura em pirâmide invertida: essa estrutura é comum em textos jornalísticos e
consiste em apresentar as informações mais importantes logo no início do texto,
seguidas de informações secundárias e menos relevantes. Essa estrutura permite que o
leitor compreenda rapidamente o que é mais importante no texto.
3. Estrutura narrativa: essa estrutura é comum em textos literários e consiste em apresentar
uma história com início, meio e fim. A história é geralmente apresentada em ordem
cronológica, com o desenvolvimento de personagens e uma trama que mantém o leitor
interessado.
4. Estrutura argumentativa: essa estrutura é comum em textos persuasivos, como artigos
de opinião, e consiste em apresentar uma tese ou ponto de vista e argumentos que a
sustentam. Os argumentos geralmente são apresentados em ordem de importância, para
que o leitor possa compreender a força da argumentação.
5. Estrutura explicativa: essa estrutura é comum em textos científicos e consiste em
apresentar um conceito ou fenômeno de forma clara e objetiva. O texto geralmente
apresenta uma introdução, seguida de uma explicação detalhada do conceito e, por fim,
uma conclusão que resume as informações apresentadas.
1.4 Ideias principais e secundárias
A leitura e compreensão de textos envolve a identificação das ideias principais e secundárias
presentes no texto. As ideias principais são as ideias mais importantes, que geralmente
aparecem no início do texto e se relacionam com o tema central do texto. Já as ideias
secundárias são ideias complementares às ideias principais, que são apresentadas ao longo do
texto para ajudar a desenvolver o tema central.
A identificação das ideias principais e secundárias é importante porque permite ao leitor
compreender o que é mais relevante no texto e como as informações estão organizadas. Para
identificar as ideias principais e secundárias, é importante realizar uma leitura atenta e
minuciosa, prestando atenção nas palavras-chave e nas informações que mais se repetem ao
longo do texto.
Uma das estratégias para identificar as ideias principais e secundárias é utilizar a técnica de
sublinhar ou destacar as informações mais importantes do texto. Dessa forma, é possível criar
uma visão geral do texto e compreender como as ideias estão organizadas.
Além disso, é importante lembrar que as ideias principais e secundárias podem variar de acordo
com o tipo de texto e a finalidade do autor. Por exemplo, em um artigo de opinião, as ideias
principais podem ser as opiniões do autor, enquanto as ideias secundárias são argumentos que
sustentam essas opiniões.
Em resumo, a identificação das ideias principais e secundárias é uma estratégia importante para
a leitura e compreensão de textos, pois permite ao leitor compreender as informações mais
importantes do texto e como elas estão organizadas.
1.5 Relação entre as ideias
A leitura e compreensão de textos envolve também a identificação das relações entre as ideias
presentes no texto. Essas relações podem ser de diversos tipos, como causa e efeito,
comparação, contraste, enumeração, entre outras.
As relações entre as ideias em um texto podem ser de diversos tipos. A seguir, detalharemos
quatro desses tipos:
1. Causa e efeito: essa relação ocorre quando uma ideia é apresentada como a causa de
outra ideia ou evento. Por exemplo: "A falta de exercícios físicos pode causar problemas
de saúde, como obesidade e doenças cardíacas". Nesse caso, a falta de exercícios físicos
é apresentada como a causa dos problemas de saúde mencionados.
2. Comparação: essa relação ocorre quando duas ou mais ideias são comparadas para
destacar suas semelhanças ou diferenças. Por exemplo: "A vida de um estudante é como
uma maratona, que exige disciplina, perseverança e foco". Nesse caso, a vida de um
estudante é comparada a uma maratona, destacando a necessidade de qualidades como
disciplina, perseverança e foco para ter sucesso.
3. Contraste: essa relação ocorre quando duas ou mais ideias são contrastadas para destacar
suas diferenças. Por exemplo: "Enquanto alguns governos investem em educação e
saúde, outros preferem gastar em armas e guerras". Nesse caso, os governos que
investem em educação e saúde são contrastados com os governos que preferem gastar
em armas e guerras.
4. Enumeração: essa relação ocorre quando uma lista de ideias é apresentada para dar
suporte a uma ideia central ou para destacar a variedade de elementos relacionados a
um tema. Por exemplo: "Os benefícios de uma alimentação saudável incluem a
prevenção de doenças, o aumento da disposição física, a melhora da aparência da pele,
a redução do estresse e a melhora do sono". Nesse caso, uma lista de benefícios é
apresentada para dar suporte à ideia central de que uma alimentação saudável é benéfica
para a saúde e o bem-estar.
A identificação das relações entre as ideias é importante porque ajuda a compreender como as
informações estão conectadas e como elas contribuem para o desenvolvimento do tema central
do texto. É possível identificar essas relações por meio da observação de palavras e expressões
que indicam essas conexões, como palavras de transição (por exemplo, "portanto", "contudo",
"além disso", "assim", entre outras).
Para identificar as relações entre as ideias, é necessário realizar uma leitura atenta e cuidadosa
do texto, prestando atenção nas informações que mais se repetem e nas palavras que indicam
essas conexões.
Além disso, é importante lembrar que a compreensão das relações entre as ideias pode variar
de acordo com o tipo de texto e a finalidade do autor. Por exemplo, em um texto informativo,
as relações podem ser mais explícitas, enquanto em um texto literário, as relações podem ser
mais sutis e simbólicas.
Em resumo, a identificação das relações entre as ideias é uma estratégia importante para a
leitura e compreensão de textos, pois permite ao leitor compreender como as informações estão
conectadas e como elas contribuem para o desenvolvimento do tema central do texto.
1.6 Efeitos de sentido e Figuras de linguagem no texto
A leitura e compreensão de textos envolvem a identificação e análise de diversos elementos
linguísticos e literários que contribuem para a construção de significados e efeitos de sentido
no texto. Entre esses elementos, destacam-se os efeitos de sentido e as figuras de linguagem.
Os efeitos de sentido se referem às sensações, emoções, ideias ou interpretações que são
provocados pela leitura de um texto. Esses efeitos são criados por meio de diversas estratégias
linguísticas, como o uso de palavras com conotações específicas, a organização das frases e
parágrafos, a escolha de elementos visuais e sonoros, entre outros.
A escolha das palavras é uma das principais estratégias utilizadas pelos escritores para criarefeitos de sentido. As palavras podem ter diferentes conotações, ou seja, significados além do
sentido literal, que são capazes de evocar emoções e sentimentos no leitor. Por exemplo, a
palavra "saudade" não tem uma tradução exata em outras línguas, mas evoca uma sensação de
nostalgia e melancolia naqueles que a compreendem.
A organização do texto também é uma estratégia importante para a criação de efeitos de sentido.
A disposição das frases e dos parágrafos, a escolha dos elementos a serem destacados e a
utilização de recursos como a repetição ou a variação de palavras e expressões podem contribuir
para criar um determinado efeito de sentido no leitor.
Os recursos visuais e sonoros também são importantes para a criação de efeitos de sentido. A
utilização de imagens, ilustrações, cores e fontes diferentes pode influenciar a forma como o
leitor interpreta o texto. Da mesma forma, a escolha das palavras pode ter efeitos sonoros
específicos, como a aliteração (repetição de sons consonantais) ou a assonância (repetição de
sons vocálicos), que podem contribuir para a criação de efeitos de sentido.
Os efeitos de sentido podem ser variados e dependerão das intenções do autor do texto. Alguns
exemplos de efeitos de sentido que um texto pode criar são: suspense, humor, ironia, empatia,
indignação, entre outros. É importante que o leitor esteja atento a esses efeitos de sentido para
compreender adequadamente o texto e para apreciar a qualidade literária da obra.
Já as figuras de linguagem são recursos utilizados pelos escritores para dar mais expressividade
e criatividade ao texto. São recursos que subvertem o uso comum da linguagem e provocam
efeitos diferentes do sentido literal das palavras. Alguns exemplos de figuras de linguagem são
a metáfora, a comparação, a personificação, a aliteração, entre outras.
As figuras de linguagem são recursos utilizados na linguagem para conferir maior
expressividade, beleza e criatividade ao discurso, explorando diferentes aspectos semânticos,
sintáticos e fonológicos da língua. Elas são utilizadas para que a mensagem transmitida seja
mais clara, persuasiva ou emocionante.
Existem diversos tipos de figuras de linguagem, entre elas:
1. Metáfora: consiste em usar uma palavra ou expressão para designar algo com base em
uma relação de semelhança ou analogia, sem fazer uso da palavra "como". Exemplo:
"Seu sorriso é um sol que ilumina meu dia".
2. Comparação: estabelece uma relação explícita de semelhança entre dois elementos,
utilizando a palavra "como". Exemplo: "Ela é como uma rosa delicada".
3. Metonímia: consiste em substituir uma palavra por outra que esteja relacionada a ela de
alguma forma, geralmente pela proximidade ou pela frequência com que aparecem
juntas. Exemplo: "Ele bebeu um copo de leite" (o copo é a metonímia para o conteúdo
que está dentro dele).
4. Sinestesia: consiste em misturar sensações de diferentes órgãos sensoriais em uma
mesma expressão, gerando uma imagem mais rica e expressiva. Exemplo: "O som da
guitarra é doce aos meus ouvidos".
5. Antítese: consiste em colocar em oposição duas ideias, termos ou palavras de
significado oposto para criar um efeito de contraste. Exemplo: "O amor é fogo que arde
sem se ver, é ferida que dói e não se sente".
6. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se pensa, com o intuito de expressar uma
crítica ou uma ideia de forma sutil e bem-humorada. Exemplo: "Que bonito esse dia
chuvoso para ir à praia".
7. Hipérbole: consiste em exagerar uma ideia ou expressão para dar maior ênfase ao que
se quer dizer. Exemplo: "Estava morrendo de sede".
8. Eufemismo: consiste em suavizar uma expressão considerada desagradável ou ofensiva,
substituindo-a por outra mais amena ou menos direta. Exemplo: "Ele partiu para o outro
lado" (em vez de dizer "ele morreu").
Essas são apenas algumas das muitas figuras de linguagem existentes na língua portuguesa.
Elas são importantes para tornar a comunicação mais interessante, eficaz e expressiva, seja em
textos literários, publicitários, jornalísticos ou cotidianos.
A compreensão desses elementos é importante para a interpretação do texto, uma vez que eles
contribuem para a construção de significados e para a identificação de elementos estilísticos e
literários presentes na obra. É fundamental que o leitor esteja atento a esses elementos para
compreender adequadamente o texto e para apreciar a qualidade literária da obra.
QUESTÕES
I. (CEBRASPE/UnB - 2018) Analise a figura de linguagem empregada no trecho
abaixo:
"Quem lê tanta notícia?/Eu vou logo avisando/Isso aqui tá muito bom/Eu vou ficar no ar."
a) Aliteração. b) Assonância. c) Onomatopeia. d) Metonímia. e) Ironia.
Resposta: A figura de linguagem empregada no trecho é a letra "e) Ironia". O autor usa a ironia
ao questionar quem lê tanta notícia, quando na verdade ele mesmo está produzindo notícias e
sendo lido pelo público. A ironia é um recurso que consiste em dizer o contrário do que se
pensa, com o intuito de expressar uma crítica ou uma ideia de forma sutil e bem-humorada.
II. (FUNCAB/IFPA - 2018) Identifique a figura de linguagem presente na seguinte
frase: "A cidade amanheceu calada".
a) Antítese. b) Ironia. c) Metonímia. d) Personificação. e) Hipérbole.
Resposta: A figura de linguagem presente na frase é a letra "d) Personificação". A
personificação é uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres
inanimados, animais ou ideias. Na frase em questão, a cidade é personificada, ou seja, é
atribuída a ela a capacidade de amanhecer e ficar calada, como se fosse uma pessoa.
III. (CESGRANRIO/Petrobras - 2017) Analise o trecho abaixo:
"Não foi exatamente a maior das surpresas, mas foi sim, uma surpresa."
A figura de linguagem presente no trecho é:
a) Ironia. b) Eufemismo. c) Metáfora. d) Hipérbole. e) Antítese.
Resposta: A figura de linguagem presente no trecho é a letra "a) Ironia". A ironia é um recurso
que consiste em dizer o contrário do que se pensa, com o intuito de expressar uma crítica ou
uma ideia de forma sutil e bem-humorada. No trecho em questão, o autor afirma que não foi a
maior das surpresas, mas ao mesmo tempo diz que foi sim uma surpresa, criando uma
contradição irônica.
IV. (UEM/PR - 2017) Observe a seguinte expressão presente em um texto:
"Os trabalhadores da indústria automobilística estavam de sobreaviso".
A expressão em destaque é um exemplo de:
a) Ironia. b) Metáfora. c) Antítese. d) Eufemismo. e) Hipérbole.
Resposta: A expressão em destaque é um exemplo de letra "d) Eufemismo". O eufemismo é
uma figura de linguagem que tem por objetivo suavizar ou atenuar uma expressão considerada
desagradável, ofensiva ou constrangedora. No caso da expressão "de sobreaviso", ela é utilizada
para indicar que os trabalhadores da indústria automobilística estavam preparados e alertas para
uma possível situação, mas de forma suave e menos agressiva do que outras expressões que
poderiam ser utilizadas.
V. (IFSC - 2017) "O céu parecia uma imensa catedral de luz e sombra". Nessa frase, o
efeito de sentido decorre da figura de linguagem denominada:
a) Sinestesia. b) Anáfora. c) Elipse. d) Assíndeto. e) Antítese.
Resposta: A figura de linguagem presente na frase é letra "a) Sinestesia". A sinestesia é uma
figura de linguagem que ocorre quando há a combinação de diferentes sensações em um mesmo
enunciado, criando um efeito de sentido peculiar e, muitas vezes, poético. Na frase apresentada,
a combinação da sensação visual (céu) com a sensação tátil (catedral) cria uma imagem que
sugere grandiosidade e espiritualidade, gerando um efeito poético de elevação e grandiosidade.
1.7 Intencionalidade
A intencionalidade é um aspecto fundamental da leitura e da compreensão de textos. Refere-se
à intenção do autor ao produzir determinado texto, ou seja, o que ele pretende comunicar, quais
são seus objetivos e propósitos.
Aoler um texto, é importante ter em mente a intencionalidade do autor, pois isso permite
compreender melhor as ideias que ele está apresentando e avaliar de forma mais crítica o que
está sendo dito. A intencionalidade pode estar relacionada a diversos aspectos do texto, como
o gênero, o tema, o estilo, a linguagem utilizada, entre outros.
Por exemplo, em um texto jornalístico, a intenção do autor pode ser informar os leitores sobre
determinado fato ou acontecimento de forma imparcial e objetiva, enquanto em um texto
literário, a intenção pode ser criar uma história envolvente e cativante que desperte emoções no
leitor.
Para compreender a intencionalidade do autor, é preciso levar em conta não só o que está sendo
dito, mas também como está sendo dito. Isso envolve observar os recursos linguísticos
utilizados, como as figuras de linguagem, os argumentos apresentados, as informações omitidas
ou destacadas, entre outros aspectos.
Assim, ao ler um texto, é importante estar atento à intencionalidade do autor e buscar
compreender o que ele pretende comunicar. Isso permite uma leitura mais crítica e reflexiva,
contribuindo para uma compreensão mais aprofundada do texto e das ideias que ele apresenta.
Existem diferentes tipos de intencionalidade que podem estar presentes em um texto,
dependendo do propósito e do contexto em que ele foi produzido. Abaixo, apresentamos alguns
exemplos de tipos de intencionalidade:
1. Intencionalidade informativa: este tipo de intencionalidade está presente em textos que
têm como objetivo transmitir informações de forma objetiva e clara, como em notícias,
artigos de divulgação científica, manuais técnicos, entre outros. O autor busca
apresentar fatos e dados de maneira precisa e fidedigna, sem fazer julgamentos de valor
ou emitir opiniões.
2. Intencionalidade persuasiva: neste tipo de intencionalidade, o autor busca convencer o
leitor a adotar determinada posição ou ponto de vista, por meio de argumentos e
estratégias retóricas. Este tipo de intencionalidade está presente em textos
argumentativos, publicitários, discursos políticos, entre outros.
3. Intencionalidade estética: este tipo de intencionalidade está presente em textos literários,
onde o autor busca criar uma experiência estética para o leitor, por meio do uso da
linguagem de forma expressiva e criativa. Neste tipo de texto, a intenção do autor é
produzir efeitos estéticos, como a criação de imagens, a construção de atmosferas e o
uso de figuras de linguagem.
4. Intencionalidade expressiva: este tipo de intencionalidade está presente em textos
autobiográficos, diários pessoais, poemas confessionais, entre outros. Neste tipo de
texto, a intenção do autor é expressar seus sentimentos, emoções e experiências
pessoais, sem necessariamente buscar persuadir ou informar o leitor.
5. Intencionalidade crítica: este tipo de intencionalidade está presente em textos que
buscam analisar e avaliar de forma crítica determinado fenômeno social, cultural,
político ou artístico. Este tipo de intencionalidade está presente em resenhas, críticas
literárias, ensaios críticos, entre outros.
É importante ressaltar que estes tipos de intencionalidade não são excludentes entre si, e um
texto pode ter mais de uma intencionalidade presente. Por exemplo, um artigo de opinião pode
ter intenções informativas e persuasivas ao mesmo tempo. O importante é identificar qual é a
intenção predominante do autor ao produzir determinado texto, para compreender melhor suas
ideias e argumentos.
1.8 Recursos de Argumentação
A leitura e compreensão de textos também envolvem a identificação dos recursos de
argumentação utilizados pelo autor para defender suas ideias e persuadir o leitor. Esses recursos
podem incluir, por exemplo, a utilização de dados estatísticos, exemplos concretos, citações de
autoridades, entre outros.
Um dos recursos mais comuns de argumentação é a utilização de argumentos de autoridade, em
que o autor cita especialistas ou fontes confiáveis para sustentar suas ideias. Além disso, a
argumentação pode ser feita por meio da apresentação de fatos, que são informações
comprovadas e verificáveis. A apresentação de exemplos concretos é outra forma de
argumentação, já que exemplos podem ilustrar e reforçar a posição defendida pelo autor.
A utilização de analogias também pode ser um recurso de argumentação eficaz. Analogias são
comparações entre situações semelhantes, mas que apresentam diferenças importantes. Por
meio dessas comparações, o autor pode ajudar o leitor a entender sua posição e persuadi-lo a
adotar a mesma visão.
Outro recurso de argumentação é a utilização de recursos emocionais, como a apelação ao
medo, à compaixão ou à raiva, para persuadir o leitor. A utilização de um tom persuasivo, de
linguagem figurativa e de metáforas também pode ser um recurso eficaz de argumentação.
Em resumo, a identificação dos recursos de argumentação em um texto é fundamental para
compreender a posição do autor e avaliar a validade de seus argumentos.
Existem diversos tipos de recursos de argumentação que podem ser utilizados em um texto para
persuadir o leitor. Abaixo estão alguns exemplos:
1. Argumento de autoridade: É quando o autor utiliza a opinião de um especialista no
assunto para reforçar seu argumento.
2. Argumento de causa e consequência: O autor utiliza a relação entre um evento ou
situação e suas possíveis consequências para persuadir o leitor.
3. Argumento de comparação: É quando o autor compara dois ou mais objetos, conceitos
ou situações para ilustrar ou reforçar seu argumento.
4. Argumento de consequência: O autor utiliza a possibilidade de uma ação ou decisão
gerar uma consequência negativa para persuadir o leitor a concordar com sua posição.
5. Argumento de exemplo: É quando o autor apresenta um ou mais exemplos que ilustram
sua posição ou argumento.
6. Argumento de evidência: O autor utiliza evidências concretas, como dados estatísticos,
fatos históricos ou resultados de pesquisas para reforçar seu argumento.
7. Argumento de autoridade moral: É quando o autor utiliza sua posição ou credibilidade
para persuadir o leitor.
8. Argumento de emoção: O autor utiliza elementos emocionais para criar uma conexão
emocional com o leitor e persuadi-lo.
9. Argumento de senso comum: É quando o autor utiliza ideias ou crenças que são
amplamente aceitas pela sociedade para reforçar seu argumento.
10. Argumento de refutação: É quando o autor antecipa e refuta possíveis objeções ou
argumentos contrários ao seu ponto de vista.
É importante ressaltar que a utilização desses recursos de argumentação deve ser feita de
maneira coerente e consistente, evitando contradições e manipulações que possam prejudicar a
credibilidade do texto.
QUESTÕES
I. (Questão adaptada de TJ-PR - Técnico Judiciário - 2017)
Analise o trecho do texto a seguir:
"É importante destacar que a utilização de fontes confiáveis e atualizadas é imprescindível para
uma argumentação sólida e bem fundamentada."
O recurso de argumentação utilizado no trecho destacado é:
a) exemplificação b) citação de autoridade c) comparação d) alusão histórica e) refutação
Resposta: b) citação de autoridade.
Explicação: No trecho destacado, a argumentação é reforçada com a citação de uma autoridade
no assunto, ao dizer que "fontes confiáveis e atualizadas" são "imprescindíveis para uma
argumentação sólida e bem fundamentada". Dessa forma, a argumentação ganha mais força e
credibilidade ao ser apoiada em uma fonte de autoridade.
II. (UFV-MG - Adaptada) Em um texto argumentativo, o autor utiliza diversos recursos
para convencer o leitor de seu ponto de vista. Assinale a alternativa em que se
identifica um desses recursos:
a) “Para melhorar a educação em nosso país, é preciso investir em formação de professores,
aumentar salários e oferecer melhores condições de trabalho.”
b) “Muitos estudantes estãoinsatisfeitos com a qualidade do ensino oferecido nas escolas
públicas. Por isso, é necessário realizar reformas profundas no sistema educacional.”
c) “De acordo com especialistas, a falta de investimento em educação é uma das principais
causas do baixo desempenho dos alunos.”
d) “A educação é um direito de todos e deve ser garantida pelo Estado. Por isso, é inadmissível
que tantos jovens sejam excluídos do sistema educacional.”
Resposta:
A alternativa que apresenta um recurso de argumentação é a letra C. Ao citar a opinião de
especialistas, o autor busca embasar seu argumento em uma fonte confiável e autorizada no
assunto, aumentando sua credibilidade e persuasão sobre o leitor.
III. (Adaptado de Concurso Público - Prefeitura Municipal de Bragança Paulista/SP -
2019)
Leia a frase a seguir:
"Não concordo com a afirmação de que devemos votar em candidatos que tenham muitos anos
de experiência na política, pois nem sempre tempo é sinônimo de competência."
O recurso de argumentação utilizado nessa frase é:
a) Comparação b) Citação de autoridade c) Ironia d) Causa e efeito e) Generalização
Resposta:
A resposta correta é a letra c) Ironia. O autor utiliza a ironia para argumentar que o tempo de
experiência na política nem sempre é garantia de competência, mesmo que muitas pessoas
acreditem nisso. Ele apresenta a opinião contrária e, ao negá-la com um tom irônico, indica que
há uma crítica implícita nessa afirmação.
1.9 Informações implícitas: inferências, pressupostos e
subentendidos
A leitura e compreensão de textos requerem não só a identificação das informações explícitas
presentes no texto, mas também a habilidade de inferir informações implícitas, ou seja, aquelas
que não estão claramente expostas, mas que podem ser deduzidas a partir do contexto, do
conhecimento prévio e das pistas deixadas pelo autor.
As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de pistas presentes no texto. Elas podem
ser feitas de diversas formas, como a partir do significado de uma palavra desconhecida, da
relação entre as ideias apresentadas, da análise de dados e informações apresentados, entre
outros.
Os pressupostos, por sua vez, são informações que o autor do texto considera como conhecidas
ou aceitas pelo leitor. Eles são subjacentes ao texto e podem ser deduzidos a partir do que está
escrito. Por exemplo, em uma notícia que menciona a cidade de São Paulo, o pressuposto é que
o leitor sabe o que é São Paulo e onde ela está localizada.
Já os subentendidos são informações que não estão explícitas no texto e que dependem da
interpretação do leitor. Eles podem ser implícitos ou sutis, como ironias, sarcasmos e duplos
sentidos. Para identificar um subentendido, é preciso atentar-se para o contexto, a entonação e
as palavras utilizadas pelo autor.
• Inferência: ao ler uma notícia que diz "O governo anunciou investimentos na área de
saúde", podemos inferir que há problemas na área de saúde e que o governo está agindo
para resolvê-los.
• Pressuposto: ao ler a frase "Maria encontrou seu carro na garagem", pressupõe-se que
Maria tem um carro.
• Subentendido: ao ler a frase "Não é preciso dizer mais nada", subentende-se que há uma
situação em que as palavras são dispensáveis ou que o que já foi dito é suficiente para
se entender o assunto em questão.
Dessa forma, é importante desenvolver habilidades de inferência, pressuposição e identificação
de subentendidos para uma leitura mais eficiente e completa.
QUESTÕES
I. (Adaptado do concurso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG)
Leia o texto abaixo e responda a questão:
"A mãe das línguas é a língua mãe, a primeira que ouvimos, que pronunciamos. Ela vem das
falas dos antepassados, que a transmitiram aos filhos, aos netos, aos bisnetos e assim por diante,
ao longo das gerações. A língua materna é o patrimônio afetivo e cultural mais valioso que um
indivíduo pode herdar."
O texto acima apresenta uma afirmação que pressupõe outra anteriormente dada, estabelecendo
uma relação de causa e efeito. A alternativa que apresenta essa relação é:
a) A língua materna é o patrimônio afetivo e cultural mais valioso que um indivíduo pode
herdar.
b) A língua mãe é a primeira que ouvimos e pronunciamos.
c) Ela vem das falas dos antepassados, que a transmitiram aos filhos, aos netos, aos bisnetos e
assim por diante, ao longo das gerações.
d) As línguas são as formas de comunicação mais importantes para o ser humano.
Resposta: A alternativa correta é a letra c, pois a afirmação "A língua materna é o patrimônio
afetivo e cultural mais valioso que um indivíduo pode herdar" pressupõe a ideia de que essa
língua vem das falas dos antepassados, transmitida ao longo das gerações.
II. (Adaptada de FGV/RJ - 2018) Considere o seguinte trecho: "A grande dica para não
deixar a tristeza te dominar é se manter ativo. Pratique exercícios físicos, saia com
amigos, aprenda algo novo, faça coisas que lhe tragam prazer."
Qual das seguintes inferências pode ser feita a partir do trecho?
a) Fazer coisas que tragam prazer é a única maneira de evitar a tristeza. b) Ficar ocioso aumenta
a tristeza. c) Praticar exercícios físicos é a única maneira de evitar a tristeza. d) Não se pode
evitar a tristeza através de atividades. e) Sair com amigos é a única maneira de evitar a tristeza.
Resposta:
A alternativa correta é a letra B. A partir do trecho, pode-se inferir que ficar ocioso aumenta a
tristeza, pois a "grande dica" para não deixar a tristeza dominar é "se manter ativo", ou seja,
ocupar a mente e o corpo com atividades diversas. As outras alternativas apresentam afirmações
extremas ou incorretas, que não podem ser inferidas a partir do trecho.
III. (UnB/CEBRASPE - ANTAQ/2014) Com relação à construção de sentido em textos,
julgue os itens seguintes. O pressuposto é uma informação não expressa, mas
implícita no texto, que o leitor pode inferir a partir de elementos linguísticos
presentes no próprio texto ou do conhecimento que possui sobre o mundo.
Resposta:
Verdadeiro. O pressuposto é uma informação não expressa, mas que pode ser inferida pelo
leitor a partir de elementos linguísticos ou do conhecimento que ele possui sobre o mundo.
Dessa forma, o leitor precisa interpretar o que está implícito para compreender o sentido
completo do texto.
1.10 Coesão e coerência textuais
A coesão e a coerência são aspectos fundamentais para a compreensão de um texto. A coesão
está relacionada à conexão entre as palavras e frases que compõem o texto, enquanto a coerência
se refere à organização das ideias e informações presentes no texto de forma lógica e clara.
A coesão é obtida por meio de recursos linguísticos que estabelecem uma ligação entre as
palavras e frases, tais como conectores (como "e", "mas", "porém"), pronomes, elipses,
substituições, entre outros. Esses recursos permitem que as informações sejam transmitidas de
forma clara e organizada, evitando ambiguidades e redundâncias.
Coesão textual refere-se à maneira como os elementos linguísticos de um texto são conectados
para torná-lo coeso e fluente, com a finalidade de que o leitor possa compreendê-lo de maneira
clara e eficiente. A coesão está relacionada à forma como as palavras, frases e parágrafos são
organizados e ligados, criando uma unidade textual.
Existem diferentes tipos de mecanismos de coesão utilizados em um texto:
1. Referenciação: refere-se à forma como se faz referência a algo que já foi mencionado
anteriormente no texto. Isso pode ser feito por meio de pronomes, nomes, numerais ou
expressões que retomam termos já apresentados.
2. Substituição: ocorre quando se substitui um termo por outro de mesmo sentido. Pode
ser feita por meio de pronomes, expressões sinonímicas ou antônimas, entre outros.
3. Elipse: ocorre quando se omite um termo que já foi mencionado anteriormente no texto,
mas que pode ser recuperado pelo contexto.4. Conjunção: refere-se ao uso de conectivos para estabelecer relações entre as frases,
como conjunções coordenativas (e, mas, ou) e conjunções subordinativas (porque,
quando, embora).
5. Sequência textual: refere-se à organização das frases em uma sequência lógica e
coerente, estabelecendo uma relação entre elas.
A coesão é essencial para garantir a clareza e a compreensão de um texto, permitindo que o
leitor faça as conexões necessárias entre as informações apresentadas. Um texto coeso é aquele
em que os elementos estão bem conectados, não deixando dúvidas ao leitor quanto ao
significado e à estrutura do texto.
Já a coerência é alcançada pela organização das informações de forma lógica e coesa, criando
uma estrutura que permita a compreensão do texto como um todo. Isso envolve a organização
das ideias em parágrafos, a utilização de argumentos e exemplos que sustentem as informações
apresentadas e a coerência entre a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do texto.
Coerência textual é a conexão lógica e semântica entre as ideias e informações apresentadas em
um texto. Em outras palavras, é a qualidade do texto que faz com que as ideias sejam
apresentadas de forma clara, organizada e lógica, de modo a permitir que o leitor compreenda
facilmente o que está sendo dito.
A coerência pode ser alcançada por meio de diferentes estratégias, como:
1. Uso adequado da estrutura textual: para que um texto seja coerente, é importante que
ele siga uma estrutura adequada, como a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Essa estrutura permite que as ideias sejam apresentadas de forma organizada e
sequencial, o que ajuda o leitor a acompanhar a argumentação do autor.
2. Uso correto dos conectivos: os conectivos são palavras ou expressões que estabelecem
uma relação de sentido entre as ideias apresentadas em um texto. Exemplos de
conectivos são: portanto, contudo, além disso, por outro lado, entre outros. O uso
adequado desses conectivos é essencial para que o texto apresente uma sequência lógica
de ideias.
3. Coesão textual: a coesão é a relação sintática e semântica entre as palavras e frases que
compõem o texto. Ela é alcançada por meio do uso adequado de elementos coesivos,
como pronomes, conjunções, advérbios, entre outros. Esses elementos ajudam a
estabelecer a conexão entre as ideias apresentadas no texto, tornando-o mais coerente.
4. Consistência temática: para que um texto seja coerente, é importante que ele mantenha
uma unidade temática ao longo de sua extensão. Isso significa que todas as ideias
apresentadas devem estar relacionadas ao tema central do texto e não devem apresentar
contradições ou incoerências.
5. Uso adequado da linguagem: a escolha das palavras, a estruturação das frases e o uso
correto da gramática também são fundamentais para que o texto apresente coerência.
Uma linguagem clara, precisa e adequada ao público-alvo contribui para a compreensão
das ideias apresentadas e torna o texto mais coerente.
É importante destacar que a coesão e a coerência estão interligadas, uma vez que a coesão
contribui para a coerência do texto. Um texto coeso, mas sem coerência, pode causar confusão
e dificultar a compreensão do leitor, enquanto um texto coerente, mas sem coesão, pode ser
confuso e difícil de seguir.
Coesão e coerência são dois conceitos fundamentais para a compreensão de um texto. Coesão
refere-se à conexão entre as partes do texto, enquanto coerência se refere à relação entre essas
partes em termos de significado.
A coesão é obtida através de recursos linguísticos, como o uso de pronomes, conjunções,
advérbios, repetições, sinônimos, antônimos, entre outros, que garantem a ligação entre as
palavras, as frases e os parágrafos do texto. A coesão é essencial para a clareza e a organização
do texto, facilitando a compreensão e a interpretação do leitor.
Já a coerência diz respeito à lógica do texto, ou seja, à relação de sentido entre as ideias
apresentadas. A coerência está relacionada à organização e à estruturação do texto, ao modo
como as informações são apresentadas e relacionadas entre si. Um texto é considerado coerente
quando as ideias apresentadas são logicamente encadeadas, formando um sentido completo e
compreensível.
A diferença fundamental entre coesão e coerência é que a coesão refere-se à ligação entre as
partes do texto, enquanto a coerência se refere à relação de sentido entre essas partes. Ambas
são importantes para a compreensão e a interpretação de um texto, mas enquanto a coesão é
uma questão mais gramatical, a coerência está relacionada à estruturação e à organização das
ideias do texto.
Portanto, a compreensão do texto requer não apenas a habilidade de identificar as ideias
principais e secundárias, mas também a capacidade de identificar a coesão e a coerência entre
as informações presentes no texto.
QUESTÕES
I. (TRT 18ª Região - Técnico Judiciário - 2013) O fragmento de texto “No fim das
contas, não há mais família alguma. Há indivíduos que se relacionam” apresenta um
exemplo de coesão textual que se baseia em:
a) palavras ou expressões que se referem a termos mencionados anteriormente no texto.
b) palavras ou expressões que criam relações de sentido entre as partes do texto.
c) palavras ou expressões que conectam duas orações independentes.
d) palavras ou expressões que resumem o que foi dito anteriormente.
e) palavras ou expressões que contrastam com o que foi dito anteriormente.
Resposta: A resposta correta para a questão é, de fato, a letra D: "palavras ou expressões que
resumem o que foi dito anteriormente." A expressão "Há indivíduos que se relacionam" resume
a ideia apresentada anteriormente de que não há mais família, indicando que agora existem
apenas indivíduos que se relacionam entre si. Essa expressão tem a função de sintetizar e
resumir o conteúdo mencionado anteriormente no texto
II. (UnB/CESPE - ANS/2013) Julgue o item seguinte, acerca da coerência e da coesão
textual.
A coesão é uma propriedade textual que decorre do uso adequado dos recursos linguísticos,
visando a garantir a integridade semântica do texto, enquanto a coerência é uma qualidade que
se refere à unidade e à lógica do sentido construído ao longo do texto.
Resposta:
A afirmativa está correta. A coesão se refere aos elementos linguísticos que garantem a conexão
e a continuidade do texto, como as conjunções, os pronomes, os advérbios, entre outros. Já a
coerência está relacionada à lógica e à unidade de sentido do texto, ou seja, à sua capacidade
de apresentar ideias e informações de forma clara, organizada e com sentido lógico. Portanto,
a coesão é uma propriedade que se refere à forma como o texto é organizado, enquanto a
coerência se refere à sua compreensibilidade e ao seu sentido global.
QUESTÕES GERAIS
I. (CEBRASPE/2019-SEPLAG-GO) O texto “A incrível tecnologia dos
exoesqueletos robóticos” é uma reportagem científica, cujo objetivo é apresentar ao
leitor os avanços na tecnologia dos exoesqueletos. O texto é estruturado em uma
introdução, dois desenvolvimentos e uma conclusão, e a abordagem temática gira
em torno da tecnologia dos exoesqueletos, com destaque para as suas aplicações em
benefício da qualidade de vida dos seres humanos. A partir das informações
apresentadas no texto, julgue o item a seguir:
O trecho “É o caso, por exemplo, do soldado que precisava carregar um peso elevado por longas
distâncias ou do operário que trabalha em linhas de produção em que precisa realizar
movimentos repetitivos ao longo de todo o expediente” (l. 14-18) apresenta ideias secundárias
que exemplificam as aplicações dos exoesqueletos.
Resposta: Correta.
Justificativa: No trecho indicado, o autor apresenta exemplos de situações em que os
exoesqueletos podem ser aplicados, evidenciando uma ideia secundária que contribui para a
argumentação principal do texto, que é a de que a tecnologiados exoesqueletos pode ser
benéfica para a qualidade de vida dos seres humanos.
II. Questão: (CESPE/UnB - Técnico Judiciário/TRT-8ª Região/2016)
Considere o seguinte trecho de um texto:
"Algumas pessoas têm uma visão romântica do trabalho artístico e acreditam que ele não pode
ser limitado ou regulado de maneira alguma. Para essas pessoas, a arte é uma expressão livre
da imaginação e das emoções, que não pode ser submetida a regras ou a qualquer tipo de
controle externo. No entanto, a realidade é bem diferente: assim como qualquer outro tipo de
trabalho, a produção artística envolve regras e limitações, muitas das quais são impostas pelo
próprio mercado."
Considerando a estruturação do texto, é correto afirmar que:
a) O texto se divide em duas partes distintas: uma primeira em que se apresenta a opinião das
pessoas que têm uma visão romântica da arte e uma segunda em que se mostra a realidade do
trabalho artístico.
b) O texto se divide em três partes, que apresentam a visão romântica das pessoas em relação
ao trabalho artístico, a realidade desse tipo de trabalho e as regras impostas pelo mercado.
c) O texto se divide em duas partes: uma primeira em que se apresenta a visão das pessoas que
têm uma visão romântica do trabalho artístico e uma segunda em que se mostram as regras e
limitações que envolvem a produção artística.
d) O texto se divide em três partes, que apresentam a visão romântica das pessoas em relação
ao trabalho artístico, as limitações da produção artística e a imposição de regras pelo mercado.
Resposta: c) O texto se divide em duas partes: uma primeira em que se apresenta a visão das
pessoas que têm uma visão romântica do trabalho artístico e uma segunda em que se mostram
as regras e limitações que envolvem a produção artística.
III. (UFSCar-SP) No seguinte trecho do texto "O sol e a peneira", de Mia Couto,
identifica-se a presença de uma figura de linguagem: "Agora, sou eu quem vos
pergunta: o que somos nós, este grão de poeira sobre o qual habitamos? Não somos
acaso também umas peneiras que deixam passar, para além da sua própria
transparência, a luz do universo?" A figura de linguagem presente no texto é:
a) Metonímia. b) Antítese. c) Eufemismo. d) Comparação. e) Metáfora.
Resposta: e) Metáfora.
Explicação: A figura de linguagem presente no texto é a metáfora, que consiste em empregar
uma palavra ou expressão em um sentido figurado, que não é seu sentido literal, criando uma
relação de semelhança ou analogia entre dois elementos. No trecho, o autor compara os seres
humanos a peneiras que permitem a passagem da luz do universo, assim como as peneiras
permitem a passagem dos grãos de trigo, por exemplo.
IV. Questão: (Adaptado do concurso MPU - Analista de Direito - 2010) O texto "Os
inventores da revolução: estudo sobre a obra de Marx e Engels" apresenta como
característica principal:
a) Uma exposição cronológica das obras de Marx e Engels.
b) Uma abordagem biográfica dos autores.
c) Uma análise crítica da obra de Marx e Engels.
d) Uma exposição dos conceitos fundamentais do marxismo.
e) Uma interpretação dos ideais marxistas segundo a perspectiva dos autores.
Resposta: A alternativa correta é a letra c) Uma análise crítica da obra de Marx e Engels. O
texto apresenta uma análise aprofundada e crítica sobre as obras de Marx e Engels, abordando
não só os aspectos positivos, mas também as limitações e críticas que podem ser feitas à teoria
marxista. Não há uma exposição cronológica das obras, nem uma abordagem biográfica dos
autores. Embora a exposição dos conceitos fundamentais do marxismo seja um elemento
presente no texto, não é sua característica principal. Já a interpretação dos ideais marxistas
segundo a perspectiva dos autores também não é a característica principal do texto, mas sim um
aspecto que pode ser encontrado em determinados trechos.
V. Leia o trecho abaixo:
"O cenário econômico mundial é bastante desafiador e exige cada vez mais a atuação de
profissionais qualificados e preparados para lidar com as constantes mudanças e inovações que
ocorrem no mercado. Nesse contexto, a busca por formação acadêmica é essencial para que os
profissionais possam se manter atualizados e competitivos."
Com base no trecho acima, é correto afirmar que:
a) A formação acadêmica não é importante para os profissionais se manterem competitivos. b)
O cenário econômico mundial não é desafiador. c) Os profissionais não precisam estar
preparados para lidar com as constantes mudanças e inovações do mercado. d) A busca por
formação acadêmica é essencial para que os profissionais possam se manter atualizados e
competitivos.
Resposta: d) A busca por formação acadêmica é essencial para que os profissionais possam se
manter atualizados e competitivos.
VI. Leia o trecho a seguir:
"Em um mundo onde cada vez mais as relações são superficiais e efêmeras, a amizade
verdadeira é um tesouro raro, difícil de ser encontrado. Mas quando encontramos um amigo de
verdade, sabemos que podemos contar com ele em qualquer situação, que ele estará ao nosso
lado nos momentos bons e ruins, sem julgamentos ou interesses ocultos."
Assinale a alternativa que apresenta uma ideia coerente com o trecho:
a) As amizades verdadeiras são cada vez mais comuns em um mundo superficial e efêmero.
b) É fácil encontrar amigos verdadeiros, basta procurar bem.
c) As amizades verdadeiras são um tesouro raro porque as pessoas não estão mais interessadas
em cultivar relações profundas.
d) As amizades verdadeiras são superficiais e efêmeras porque as pessoas não têm mais tempo
para investir nelas.
Resposta:
c) As amizades verdadeiras são um tesouro raro porque as pessoas não estão mais interessadas
em cultivar relações profundas.
Justificativa:
O trecho apresenta a ideia de que a amizade verdadeira é um tesouro raro e difícil de ser
encontrado em um mundo onde as relações são superficiais e efêmeras. Isso indica que as
pessoas não estão mais interessadas em cultivar relações profundas e, portanto, as amizades
verdadeiras são cada vez mais raras. A alternativa c apresenta essa mesma ideia de forma clara
e objetiva, sendo a resposta correta. As alternativas a, b e d são contrárias ou não condizentes
com o que o trecho apresenta.
VII. Questão: (Banpará 2020) A coesão textual é a propriedade do texto que se refere às
relações semânticas que existem entre as palavras, as frases e os parágrafos que o
compõem. É um elemento fundamental para que o texto tenha sentido e transmita a
mensagem que o autor deseja. A respeito dos recursos de coesão, assinale a
alternativa correta:
a) O uso de pronomes, conjunções e advérbios é um recurso que contribui para a coesão do
texto, mas não é essencial para a sua compreensão.
b) A repetição de palavras e expressões é um recurso de coesão que deve ser evitado, pois pode
tornar o texto enfadonho e repetitivo.
c) A coesão referencial ocorre quando uma palavra ou expressão é usada para retomar um termo
já mencionado anteriormente no texto.
d) A substituição de um termo por outro de sentido semelhante é uma técnica de coesão que
deve ser utilizada com frequência, para enriquecer o vocabulário do texto.
e) A coesão lexical diz respeito às relações semânticas estabelecidas entre as palavras de um
texto, como a sinonímia e a antonímia.
A alternativa correta é a letra c) A coesão referencial ocorre quando uma palavra ou expressão
é usada para retomar um termo já mencionado anteriormente no texto.
VIII. (TJMG 2018) Leia o texto a seguir para responder à questão.
A ausência do diálogo entre pais e filhos
Uma pesquisa recente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) mostra
que, no Brasil, 50% dos filhos acham que não conversam o suficiente com seus pais. As
justificativas para isso são diversas, desde a falta de tempo dos adultos, passando pela falta de
interesse dos jovensaté o cansaço depois de um dia exaustivo de trabalho. O resultado disso é
que muitos pais acabam não sabendo quais são as preocupações e dificuldades dos filhos, o que
pode prejudicar a relação familiar e o desenvolvimento emocional dos jovens.
De acordo com os especialistas, a falta de diálogo entre pais e filhos é um problema que pode
trazer consequências graves, como o isolamento emocional, a baixa autoestima, o aumento do
risco de comportamentos de risco, como a violência e a dependência química, entre outras.
Diante dessa realidade, é fundamental que os pais procurem estabelecer um diálogo aberto e
constante com seus filhos, desde cedo, para que se sintam seguros para expressar suas ideias,
sentimentos e medos. O diálogo deve ser uma via de mão dupla, ou seja, não é suficiente apenas
que os pais falem, mas também que saibam ouvir o que os filhos têm a dizer.
Com base no texto, é correto afirmar que:
a) A falta de diálogo entre pais e filhos não é um problema que possa trazer consequências
graves, pois cada pessoa deve cuidar de si mesmo.
b) A pesquisa do Instituto de Psicologia da USP mostrou que, no Brasil, 50% dos filhos não se
preocupam em conversar com seus pais.
c) A falta de diálogo entre pais e filhos pode trazer consequências graves, como o isolamento
emocional, a baixa autoestima, o aumento do risco de comportamentos de risco, como a
violência e a dependência química, entre outras.
d) Os pais devem estabelecer um diálogo aberto e constante com seus filhos apenas na
adolescência, quando os jovens começam a enfrentar mais desafios.
e) O diálogo entre pais e filhos deve ser apenas uma via de mão única, em que os pais falam e
os filhos ouvem.
A resposta correta é a alternativa c) A falta de diálogo entre pais e filhos pode trazer
consequências graves, como o isolamento emocional, a baixa autoestima, o aumento do risco
de comportamentos de risco, como a violência e a dependência química, entre outras. O texto
destaca a importância do diálogo entre pais e filhos e os possíveis problemas decorrentes da
falta dele, como apontado pela pesquisa do Instituto de Psicologia da USP. Portanto, a
alternativa c) é a única que condiz com as informações apresentadas no texto.
2. LÉXICO
2.1 Significação de palavras e expressões no texto
O léxico é o conjunto de palavras e expressões que fazem parte de uma língua. A sua
compreensão é essencial para a compreensão de um texto, já que as palavras utilizadas são
responsáveis por transmitir os significados e as intenções do autor.
A significação das palavras e expressões é um aspecto fundamental do léxico. Cada palavra
possui um significado que pode variar de acordo com o contexto em que é utilizada. Além disso,
algumas palavras possuem mais de um significado, o que pode gerar ambiguidade e dificultar
a compreensão do texto.
Para compreender a significação das palavras e expressões, é preciso considerar alguns fatores,
como o contexto em que elas são utilizadas, a relação entre as palavras e a intenção do autor.
As palavras também podem ser classificadas de acordo com a sua função gramatical e com a
sua origem.
Além disso, existem as figuras de linguagem, que são recursos utilizados pelos autores para
criar efeitos de sentido no texto. As figuras de linguagem podem ser classificadas em diversas
categorias, como as figuras de som, as figuras de pensamento e as figuras de sintaxe.
As figuras de linguagem são recursos utilizados pelos falantes para tornar a comunicação mais
expressiva e persuasiva. Existem diferentes tipos de figuras de linguagem, entre elas as figuras
de som, as figuras de pensamento e as figuras de sintaxe.
As figuras de som referem-se a recursos que exploram as sonoridades das palavras, como a
aliteração, que é a repetição de sons consonantais em palavras próximas, como "pássaro preto";
a assonância, que é a repetição de sons vocálicos em palavras próximas, como "meu sonho é
voar tão longe"; e a rima, que é a repetição de sons no final das palavras, como "amor" e "dor".
As figuras de pensamento, por sua vez, são recursos que exploram a forma como as ideias são
apresentadas, como a metáfora, que é a comparação implícita entre duas coisas, como "ele é
um leão"; a antítese, que é a aproximação de ideias opostas, como "amor e ódio"; e a ironia,
que é a expressão de um significado oposto ao que se quer dizer, como "que belo dia para ficar
preso em casa".
As figuras de sintaxe referem-se a recursos que exploram a ordem e a disposição das palavras
na frase, como a inversão, que é a mudança da ordem usual dos termos da frase, como "ao
mestre eu venero"; a elipse, que é a omissão de termos que podem ser inferidos pelo contexto,
como "quando saí daqui, estava chovendo"; e a hipérbato, que é a inversão da ordem lógica dos
termos, como "de amor eu morro".
Essas figuras de linguagem são importantes para enriquecer a expressividade do texto e podem
ser utilizadas em diferentes tipos de gêneros textuais, desde a poesia até o discurso político ou
publicitário
Por fim, a compreensão das palavras e expressões no texto também envolve a identificação de
sinônimos, antônimos e palavras cognatas, que são palavras que possuem uma relação de
semelhança ou contraste com outras palavras presentes no texto. A compreensão dessas
relações entre as palavras é fundamental para a interpretação correta do texto.
Sinônimos são palavras que possuem o mesmo ou semelhante significado em um determinado
contexto. Por exemplo, "feliz" e "contente" são sinônimos, assim como "casa" e "lar". É
importante lembrar que nem sempre os sinônimos são completamente intercambiáveis, pois
podem ter sutis diferenças de significado ou de uso.
Antônimos, por outro lado, são palavras que possuem significados opostos. Por exemplo,
"amor" e "ódio" são antônimos, assim como "bom" e "mau". O uso de antônimos pode ser uma
estratégia interessante para enfatizar uma ideia, contrastar elementos ou criar um efeito de
humor.
Palavras cognatas são aquelas que possuem a mesma origem etimológica, ou seja, derivam de
uma mesma palavra ancestral. Por exemplo, as palavras "casa" em português, "house" em inglês
e "maison" em francês são cognatas, pois todas derivam da palavra latina "casa". A
compreensão das palavras cognatas pode ser útil para aprender vocabulário em outras línguas,
bem como para entender melhor a evolução histórica e a relação entre as línguas.
QUESTÕES
I. (CESPE/CEBRASPE - 2017) Em relação ao léxico, é correto afirmar que:
a) A sinonímia é uma relação de sentido que ocorre entre palavras que têm significado oposto.
b) A antonímia é uma relação de sentido que ocorre entre palavras que têm significado
semelhante.
c) As palavras cognatas são aquelas que apresentam a mesma grafia, mas têm significados
diferentes.
d) As palavras homônimas são aquelas que apresentam a mesma pronúncia ou grafia, mas têm
significados diferentes.
e) A polissemia é uma relação de sentido que ocorre entre palavras que têm significado único
e invariável.
RESPOSTA:
d) As palavras homônimas são aquelas que apresentam a mesma pronúncia ou grafia, mas têm
significados diferentes.
II. (TJ-PR 2017) No trecho "De acordo com a equipe de pesquisadores, é fundamental
que as pessoas estejam cientes das consequências do uso excessivo de aparelhos
tecnológicos", a palavra "excessivo" pode ser substituída, sem prejuízo de sentido,
por:
a) indispensável. b) escasso. c) insuficiente. d) suficiente. e) moderado.
Resposta: e) moderado.
III. (UECE 2019) No trecho "Visto que, até aquele momento, a maior parte dos
pensadores, artistas e cientistas europeus havia se voltado para o estudo da
antiguidade clássica", a palavra "visto que" pode ser substituída por:
a) porém. b) quando. c) uma vez que. d) embora. e) assim que.
Resposta: c) uma vez que.
IV. (ESAF - 2010) Considere as afirmativas a seguir:
I. A ambiguidade podedecorrer da existência de palavras polissêmicas.
II. O sinônimo é uma relação semântica em que duas palavras têm sentidos iguais ou
semelhantes.
III. O sentido de uma palavra é imutável e depende exclusivamente do contexto em que é
empregada.
IV. A antonímia pode ser de dois tipos: gradativa ou complementar.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e IV, apenas. d) I, II, III e IV. e) III e IV, apenas.
Resposta: a) I e II, apenas.
V. (Câmara Municipal de São Paulo - 2019) Assinale a alternativa em que os termos
são antônimos.
a) Complemento – suplemento
b) Preciso – exato
c) Advogado – médico
d) Triste – alegre
e) Prazo – limite
Resposta: d) Triste – alegre.
VI. (UEPB 2019) Observe o seguinte trecho:
“É quase um manifesto de se opor ao tradicional, ao engessado, ao conservador, ao padrão”.
No contexto em que se encontra, a palavra “opositor” pode ser substituída, sem prejuízo de
sentido, por:
a) Combatente. b) Seguidor. c) Apoiador. d) Divergente. e) Adversário.
Resposta: E (Adversário).
2.2 Substituição de palavras e de expressões no texto
A substituição de palavras e expressões é importante porque ajuda a evitar a repetição excessiva
de termos, o que pode tornar o texto monótono e pouco interessante para o leitor. Além disso,
essa técnica permite ao autor expressar ideias com maior precisão e clareza, evitando
ambiguidades e imprecisões.
Ao substituir palavras ou expressões no texto, é importante observar o contexto em que elas
estão inseridas, para que a substituição seja adequada e não comprometa o sentido geral do
texto. É importante também não exagerar na utilização de sinônimos ou de palavras
semelhantes, para que o texto não se torne artificial ou difícil de entender.
Algumas palavras e expressões podem ser substituídas sem prejuízo do sentido, como por
exemplo:
• Grande: imenso, vasto, amplo, extenso, enorme, gigantesco, entre outros.
• Bonito: belo, formoso, elegante, encantador, atraente, entre outros.
• Feio: horrível, desagradável, desproporcional, desforme, descomposto, entre outros.
• Dizer: afirmar, expressar, proferir, manifestar, enunciar, entre outros.
• Fazer: executar, produzir, criar, realizar, efetuar, entre outros.
• Ter: possuir, possuir consigo, dispor de, entre outros.
Em resumo, a substituição de palavras e expressões no texto é uma técnica importante para
diversificar o léxico e enriquecer a produção textual. É preciso observar o contexto e evitar
exageros na utilização de sinônimos, para que o texto não perca clareza e naturalidade.
QUESTÕES
I. Em um texto sobre viagens, a palavra "aventura" é utilizada diversas vezes. Para
evitar a repetição excessiva dessa palavra, qual das alternativas abaixo apresenta a
melhor substituição?
a) Emoção b) Perigo c) Risco d) Jornada
Resposta correta: d) Jornada
Justificativa: A palavra "aventura" pode ser substituída por sinônimos como "emoção" ou
"risco", mas essas palavras não transmitem exatamente o mesmo sentido. Por outro lado, a
palavra "jornada" pode ser utilizada para descrever uma viagem ou uma experiência de forma
mais ampla, sem enfatizar o aspecto de perigo ou risco. Assim, a alternativa d) é a melhor
escolha.
II. No seguinte trecho de um texto jornalístico: "O empresário anunciou a inauguração
da nova unidade em grande estilo", a expressão "em grande estilo" pode ser
substituída sem alterar o sentido do texto por:
a) com muito dinheiro b) com grande impacto c) com grande festa d) com muita pompa
Resposta correta: d) com muita pompa
Justificativa: A expressão "em grande estilo" indica que a inauguração da nova unidade foi feita
de forma grandiosa e elegante. Entre as alternativas apresentadas, a expressão "com muita
pompa" é a que mais se aproxima em termos de sentido, enquanto as outras alternativas, embora
possam ter algum grau de semelhança, não transmitem exatamente o mesmo sentido.
2.3 Aspectos linguísticos
Dentro do léxico, existem alguns aspectos linguísticos importantes, que são:
1. Significado: Cada palavra tem um significado próprio, que pode ser denotativo
(referente ao mundo real, como "mesa" ou "casa") ou conotativo (associado a
sentimentos, emoções ou ideias, como "amor" ou "liberdade").
2. Forma: As palavras podem ser classificadas quanto à sua forma em palavras simples
(formadas por apenas um elemento, como "casa" ou "amigo"), compostas (formadas por
mais de um elemento, como "guarda-chuva" ou "couve-flor") ou derivadas (formadas a
partir de outras palavras, como "amizade", derivada de "amigo").
3. Classe gramatical: As palavras podem ser classificadas em diferentes classes
gramaticais, como substantivos, adjetivos, verbos, advérbios, entre outros. Essa
classificação é importante para a compreensão das regras de concordância, regência e
colocação em uma frase.
4. Variação linguística: As palavras podem sofrer variações de acordo com a região, a
idade, o nível social, entre outros fatores. Essas variações podem ocorrer tanto no
significado quanto na forma da palavra, e são importantes para o estudo da
sociolinguística.
5. Sinonímia e antonímia: As palavras podem ter significados semelhantes ou opostos. A
sinonímia ocorre quando duas ou mais palavras têm o mesmo significado (como "casa"
e "lar"), enquanto a antonímia ocorre quando duas ou mais palavras têm significados
opostos (como "amor" e "ódio").
Em resumo, o léxico é um aspecto fundamental da linguagem, composto por palavras e
expressões que possuem significados próprios e podem ser combinados para formar frases e
enunciados. Dentre os aspectos linguísticos do léxico, destacam-se o significado, a forma, a
classe gramatical, a variação linguística e a sinonímia e antonímia. O conhecimento desses
aspectos é importante para a compreensão e produção adequada de textos em língua portuguesa.
Classe gramatical é a categoria a qual uma palavra pertence em uma língua. Em português, as
classes gramaticais são: substantivos, adjetivos, verbos, advérbios, preposições, artigos,
conjunções e pronomes. A seguir, serão detalhadas cada uma dessas classes:
1. Substantivos: são palavras que designam seres, coisas, lugares, conceitos, sentimentos,
etc. Podem ser concretos (designam seres ou coisas reais, como "cachorro", "mesa" ou
"praia") ou abstratos (designam conceitos ou sentimentos, como "amor", "felicidade"
ou "esperança").
2. Adjetivos: são palavras que atribuem características ou qualidades a um substantivo.
Podem ser classificados em qualificativos (atribuem uma qualidade a um substantivo,
como "bela", "inteligente" ou "amargo") ou determinativos (determinam o substantivo,
como "este", "aquele" ou "todo").
3. Verbos: são palavras que indicam ação, estado ou fenômeno da natureza. Podem ser
classificados em regulares (seguem um modelo de conjugação, como "amar", "cantar"
ou "correr") ou irregulares (não seguem um modelo de conjugação, como "ser", "ir" ou
"ver").
4. Advérbios: são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio,
indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo, intensidade, afirmação, negação,
dúvida, entre outras. Podem ser classificados em advérbios de tempo (como "hoje",
"ontem" ou "sempre"), de lugar (como "aqui", "ali" ou "acima"), de modo (como "bem",
"mal" ou "rapidamente"), de afirmação (como "sim", "certamente" ou "realmente"), de
negação (como "não", "jamais" ou "nunca"), entre outros.
5. Preposições: são palavras que estabelecem uma relação entre dois termos, indicando,
por exemplo, tempo, lugar, causa, finalidade, etc. Podem ser classificadas em simples
(como "a", "ante", "com" ou "para") ou compostas (como "acima de", "depois de" ou
"por causa de").
6. Artigos: são palavras que acompanham os substantivos, determinando-os ou
generalizando-os. Podem ser classificados em definidos (como "o", "a" ou "os") ou
indefinidos (como "um", "uma" ou"uns").
7. Conjunções: são palavras que ligam duas orações ou dois termos da mesma oração,
estabelecendo relações de coordenação ou subordinação. Podem ser classificadas em
coordenativas (como "e", "ou" ou "mas") ou subordinativas (como "que", "se" ou
"como").
8. Pronomes: são palavras que substituem ou acompanham os substantivos, indicando as
pessoas do discurso (primeira pessoa, segunda pessoa ou terceira pessoa), o gênero
(masculino ou feminino) e o número (singular ou plural).
eles podem ser classificados em:
Pronomes pessoais: são aqueles que indicam as pessoas do discurso. Podem ser retos (eu, tu,
ele, ela, nós, vós, eles, elas) ou oblíquos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes).
Pronomes possessivos: são aqueles que indicam a posse de algo. Podem ser classificados em
adjetivos (que acompanham o substantivo, como "meu", "teu", "seu", "nosso", "vosso", "seu")
ou substantivos (que substituem o substantivo, como "o meu", "o teu", "o seu", "o nosso", "o
vosso", "o seu").
Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição de algo em relação ao falante.
Podem ser classificados em próximos (este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo)
ou distantes (aquele lá, esta aqui).
Pronomes interrogativos: são aqueles que são usados em perguntas. Podem ser classificados em
simples (quem, que, qual) ou compostos (quanto, quantos, quantas).
Pronomes relativos: são aqueles que retomam um termo anterior e introduzem uma oração
subordinada adjetiva. Podem ser classificados em simples (que, quem, onde) ou compostos (o
qual, a qual, os quais, as quais).
Pronomes indefinidos: são aqueles que indicam uma quantidade indefinida de algo. Podem ser
classificados em simples (algum, nenhum, todo, muito, pouco) ou compostos (alguém,
ninguém, todo mundo, qualquer um, alguns, nenhum outro).
Pronomes reflexivos: são aqueles que indicam que o sujeito da ação é também o objeto da ação.
Podem ser classificados em simples (me, te, se, nos, vos, se) ou compostos (a si próprio, a si
mesma, a si mesmos, a si mesmas).
QUESTÕES
I. Na frase "O menino comeu a maçã", a palavra "menino" é um exemplo de:
a) substantivo b) adjetivo c) verbo d) advérbio
Resposta correta: a) substantivo
Justificativa: Na frase apresentada, "menino" é o sujeito da ação, indicando quem realizou a
ação de comer a maçã. Na língua portuguesa, o substantivo é a classe de palavras responsável
por indicar seres, objetos, lugares, conceitos, entre outros. Nesse caso, "menino" é um
substantivo que indica um ser humano do sexo masculino, e portanto a alternativa correta é a
letra a), substantivo. As demais alternativas não correspondem à classe gramatical da palavra
"menino" na frase apresentada.
II. Na frase "Ela cantava enquanto cozinhava o jantar", as palavras "enquanto" e "o"
são, respectivamente:
a) advérbio e preposição b) preposição e pronome c) conjunção e artigo d) pronome e conjunção
Resposta correta: c) conjunção e artigo
Justificativa: Na frase apresentada, "enquanto" é uma conjunção que indica uma relação
temporal entre as duas ações descritas (cantar e cozinhar), enquanto "o" é um artigo definido
que determina o substantivo "jantar". Portanto, a alternativa correta é a letra c), conjunção e
artigo. As demais alternativas não correspondem à classe gramatical das palavras na frase
apresentada.
III. Qual alternativa apresenta um exemplo correto de crase?
a) A secretária respondeu à todos os e-mails.
b) Vou à Portugal no próximo mês.
c) Entreguei o relatório à diretora da empresa.
d) Ele se referiu à ela com muito respeito.
Resposta correta: c) Entreguei o relatório à diretora da empresa.
IV. Explicação: A crase é a contração da preposição "a" com o artigo definido feminino
"a", formando o acento grave (à). O uso correto da crase depende da presença do
artigo feminino e da exigência da preposição "a" na regência do verbo ou do
substantivo. Na alternativa c), o verbo "entregar" exige a preposição "a" para indicar
o destinatário do objeto direto, que é "o relatório". Além disso, "a diretora" é um
substantivo feminino que exige o artigo feminino "a". Portanto, a resposta correta é
a alternativa c). As demais alternativas estão incorretas por apresentarem erros de
crase ou de regência verbal.
Qual alternativa apresenta uma frase em que há uso adequado da concordância verbal?
a) Ele me informou que os gastos do mês passado foi altos.
b) A maioria dos alunos da turma não entendeu o conteúdo da aula.
c) Nós vamos precisar de mais tempo para terminar esses relatórios.
d) Choveu muito nos últimos dias e as enchentes causou diversos transtornos.
Resposta correta: c) Nós vamos precisar de mais tempo para terminar esses relatórios.
Explicação: A concordância verbal é a relação entre o verbo e o sujeito, em que o verbo se
flexiona para concordar em número e pessoa com o sujeito. Na alternativa c), o verbo "vamos"
está no plural para concordar com o sujeito "nós", que também está no plural. Portanto, a
resposta correta é a alternativa c). As demais alternativas estão incorretas por apresentarem
erros de concordância verbal. Na alternativa a), o verbo "foi" está no singular, mas o sujeito "os
gastos" está no plural. Na alternativa b), o verbo "entendeu" está no singular, mas o sujeito "a
maioria dos alunos" está no plural. Na alternativa d), o verbo "causou" está no singular, mas o
sujeito "as enchentes" está no plural.
V. Identifique a alternativa que apresenta o emprego correto do acento grave indicativo
de crase:
a) Eu vou à festa de aniversário da minha mãe.
b) O professor não compareceu a aula de hoje.
c) Ela assistiu a novela das nove.
d) O ônibus está a três quadras daqui.
Resposta correta: a) Eu vou à festa de aniversário da minha mãe.
Explicação: O acento grave indicativo de crase é utilizado para indicar a fusão de duas vogais
iguais: a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Isso ocorre quando a preposição "a"
está antecedendo um substantivo feminino que requer o artigo "a". Na alternativa a), há a fusão
do "a" da preposição com o "a" do artigo, formando "à". Portanto, a resposta correta é a
alternativa a). As demais alternativas estão incorretas por apresentarem erros na utilização do
acento grave indicativo de crase. Na alternativa b), não há a fusão das vogais, já que o
substantivo feminino "aula" não é antecedido pelo artigo. Na alternativa c), o acento grave
indicativo de crase não é utilizado porque o substantivo "novela" não é antecedido pelo artigo
definido feminino "a". Na alternativa d), não há a fusão das vogais, pois "três quadras" não
requer a preposição "a".
2.4 Relações morfossintáticas
As relações morfossintáticas são um aspecto importante do léxico, pois se referem às relações
entre as palavras em uma frase, levando em conta a função que cada uma delas desempenha na
estrutura da frase.
As classes gramaticais, como substantivos, verbos, adjetivos e advérbios, desempenham
funções específicas na estrutura da frase. Por exemplo, o substantivo geralmente funciona como
o sujeito ou objeto da frase, enquanto o verbo expressa a ação ou estado que está sendo descrito.
Os adjetivos modificam os substantivos, enquanto os advérbios modificam os verbos, adjetivos
ou outros advérbios.
O sujeito e o objeto são duas funções sintáticas importantes que desempenham um papel
fundamental na estrutura da frase.
O sujeito é a palavra ou conjunto de palavras que realiza a ação ou o estado descrito pelo verbo.
Em outras palavras, é a palavra que age na frase e sobre a qual se faz a afirmação. O sujeito
geralmente está presente na frase na forma de um substantivo, pronome, infinitivo ou oração
subordinada. Em frases simples, o sujeito costuma estar presente logo no início da frase, antes
do verbo. Por exemplo: "O cachorro latiu durante a noite". Nesse caso, "O cachorro" é o sujeito,
pois é quem realizaa ação de latir.
Já o objeto é a palavra ou conjunto de palavras que recebe a ação ou o estado descrito pelo
verbo. É a palavra sobre a qual recai a ação do sujeito. O objeto pode ser direto ou indireto. O
objeto direto é a palavra ou conjunto de palavras que recebe diretamente a ação do verbo,
enquanto o objeto indireto é a palavra ou conjunto de palavras que recebe indiretamente a ação
do verbo. O objeto direto geralmente é um substantivo ou pronome, e pode ser identificado na
frase por meio da pergunta "o que?" ou "quem?". Já o objeto indireto geralmente é introduzido
por uma preposição e pode ser identificado por meio da pergunta "a quem?" ou "para quem?".
Por exemplo: "O menino comprou um presente para a mãe". Nessa frase, "um presente" é o
objeto direto, pois é o que foi comprado, enquanto "a mãe" é o objeto indireto, pois é para quem
o presente foi comprado.
É importante lembrar que, em algumas frases, o sujeito ou objeto podem não ser explícitos, mas
implícitos, ou seja, não estão presentes na forma de uma palavra, mas são subentendidos pelo
contexto ou pelas demais informações presentes na frase.
A ação e o estado são duas noções fundamentais para a compreensão da estrutura e do
significado das frases.
A ação, também chamada de processo ou evento, refere-se a uma atividade ou acontecimento
que é realizado por um sujeito. Em outras palavras, é algo que se faz ou se realiza, e que pode
ser descrito por um verbo. A ação pode ser física, como "correr", "pular" ou "comer", ou mental,
como "pensar", "imaginar" ou "lembrar". Em ambos os casos, a ação é realizada por um sujeito
e pode ter um objeto, que é aquilo sobre o qual a ação é realizada.
Já o estado refere-se a uma condição ou situação em que se encontra um sujeito. É algo que é
descrito por meio de um verbo de estado, como "ser", "estar" ou "permanecer". O estado pode
ser físico, como "estar cansado" ou "ser alto", ou mental, como "estar feliz" ou "ser inteligente".
Diferentemente da ação, o estado não implica uma mudança ou transformação, mas sim uma
condição ou situação que permanece por um certo período de tempo.
Vale lembrar que muitas vezes a ação e o estado podem estar relacionados, uma vez que uma
ação pode levar a um estado, e um estado pode ser resultado de uma ação. Por exemplo, "o
menino correu e ficou cansado", em que a ação de correr resultou no estado de cansaço.
O uso correto de verbos de ação e de estado é importante para a construção de frases claras e
precisas, e para a transmissão correta de informações.
As relações morfossintáticas também podem ser expressas por meio de marcas morfológicas,
como sufixos e desinências, que indicam a função da palavra na frase. Por exemplo, o sufixo "-
ção" é frequentemente adicionado a um verbo para formar um substantivo que descreve a ação
do verbo (por exemplo, "construção" vem de "construir").
Sufixos e desinências são elementos importantes na formação e na flexão das palavras na língua
portuguesa.
Os sufixos são morfemas que são adicionados ao final de uma palavra para modificar seu
significado ou criar uma nova palavra. Eles podem ser derivacionais, quando formam palavras
a partir de outras já existentes, ou flexionais, quando indicam as diferentes flexões gramaticais
das palavras. Por exemplo, o sufixo "-ção" é um sufixo derivacional que forma substantivos
abstratos a partir de verbos, como em "inovação" (de inovar) ou "educação" (de educar); já o
sufixo "-s" é um sufixo flexional que indica a flexão de plural em substantivos, como em "casas"
ou "canetas".
As desinências, por sua vez, são morfemas que são adicionados ao final de uma palavra para
indicar sua flexão gramatical. Elas são usadas para indicar gênero, número, pessoa, tempo e
modo, entre outras informações. Por exemplo, a desinência "-o" é usada para indicar o gênero
masculino em substantivos, como em "livro" ou "amigo"; já a desinência "-mos" é usada para
indicar a primeira pessoa do plural no tempo presente dos verbos, como em "falamos" ou
"corremos".
Além disso, as relações morfossintáticas também podem ser indicadas por meio de palavras de
ligação, como preposições e conjunções, que conectam as palavras na frase. As preposições,
como "de", "em" e "para", indicam a relação espacial, temporal ou lógica entre as palavras. As
conjunções, como "e", "ou" e "mas", conectam frases ou palavras da mesma classe gramatical.
QUESTÕES
I. Questão: Assinale a alternativa que apresenta um adjetivo que exerce função de
objeto direto na frase.
a) O aluno ficou feliz com a nota boa que tirou na prova.
b) Ela pintou o quarto de azul claro.
c) A música estava muito alta.
d) A menina chegou cansada da escola.
Resposta: b) Ela pintou o quarto de azul claro.
Explicação: Nessa frase, o adjetivo "azul claro" exerce a função de objeto direto,
complementando o verbo "pintar". Note que ele não está acompanhando um substantivo, como
é comum para os adjetivos, mas sim complementando diretamente o verbo transitivo "pintar".
As outras alternativas apresentam adjetivos que exercem outras funções sintáticas, como
adjunto adverbial (a), predicativo do sujeito (c) e adjunto adverbial de modo (d).
II. Questão: Em qual das frases abaixo há um pronome relativo que exerce função de
objeto direto?
a) O livro que eu comprei é muito interessante.
b) A casa em que moro fica perto do centro.
c) O menino, cujo pai é médico, ficou doente.
d) A música que ouvimos é antiga.
Resposta: d) A música que ouvimos é antiga.
Explicação: Nessa frase, o pronome relativo "que" exerce a função de objeto direto,
complementando o verbo "ouvir". Ele introduz a oração adjetiva que descreve a música que foi
ouvida. Nas outras alternativas, os pronomes relativos exercem outras funções sintáticas, como
sujeito (a), objeto indireto (b) e adjunto adnominal (c).
III. Questão: Na frase "João comprou um presente para Maria", qual é a função sintática
de "presente"?
a) Objeto direto
b) Objeto indireto
c) Sujeito
d) Predicativo do objeto
Resposta: a) Objeto direto
Explicação: O termo "presente" é o complemento do verbo "comprou", ou seja, é o objeto direto
da frase, indicando o que João comprou. O objeto indireto, caso houvesse na frase, seria a
pessoa que recebeu o presente, e estaria introduzido por uma preposição, como em "João deu
um presente para Maria".
2.5 Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica
segundo sistema oficial vigente (inclusive o Acordo
Ortográfico vigente, conforme Decreto 7.875/12)
A ortografia é a forma correta de escrever as palavras de uma língua, seguindo as regras
estabelecidas pelo sistema oficial. No caso da língua portuguesa, o sistema oficial vigente é o
estabelecido pelo Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009 e em
Portugal em 2012.
Uma das principais mudanças introduzidas pelo Acordo Ortográfico foi a redução do número
de casos em que se usa o acento agudo nas palavras. Agora, o acento só é utilizado em palavras
que apresentam acento diferencial (como "pôde" e "pode"), em palavras oxítonas terminadas
em "a", "e" ou "o", seguidas ou não de "s" (como "café" e "avô"), em palavras paroxítonas que
apresentam acento prosódico na antepenúltima sílaba (como "médico" e "lógica"), e em
palavras proparoxítonas (como "próximo" e "tóxico").
Quanto ao emprego de letras, o sistema ortográfico oficial estabelece que as palavras devem ser
escritas de acordo com sua pronúncia, seguindo algumas regras específicas. Por exemplo, em
palavras terminadas em "ção", o "c" deve ser seguido de "ç" (como em "ação" e "exceção").
Em palavras terminadas em "x", "ch" ou "ss", não se acrescenta a letra "s" no plural (como em
"caixas", "fechou" e "palavras").
Além disso, há algumas regras de acentuação que devem ser observadas, como o uso do acento
circunflexo em algumas palavras paroxítonas terminadas em "em", "ens", "am" e "an" (comoem "pôde", "convém", "hífen" e "âmbar"), e o uso do acento grave em algumas palavras para
diferenciar homônimos (como em "pelo" e "pêlo", ou "pela" e "péla").
QUESTÕES
Assinale a alternativa em que a palavra está escrita de acordo com as regras de acentuação
gráfica do Novo Acordo Ortográfico.
a) ague. b) rubrica. c) caquexia. d) ideia. e) boemia.
Resposta: d) ideia.
Explicação: A palavra "ideia" é a única alternativa que está escrita de acordo com as regras de
acentuação gráfica do Novo Acordo Ortográfico. A palavra "ague" não existe na língua
portuguesa e, portanto, não há como aplicar regras de acentuação. As palavras "rubrica" e
"boemia" são acentuadas pela regra anterior, mas com a reforma ortográfica, elas deixaram de
ser acentuadas. A palavra "caquexia" é acentuada pela regra da hiato, mas essa regra foi alterada
pelo novo acordo, e a palavra não é mais acentuada.
2.6 Variação linguística
Variação linguística refere-se à diversidade de formas e usos da língua em diferentes contextos
socioculturais. Cada língua é falada por uma comunidade de falantes que compartilham um
conjunto de normas linguísticas e culturais, mas dentro dessa comunidade podem existir
variações linguísticas decorrentes de fatores como idade, gênero, nível socioeconômico,
regionalismo, entre outros.
A variação linguística pode ser classificada em dois tipos principais: variação diatópica, que é
a variação geográfica, e variação diastrática, que é a variação sociocultural. A variação
diatópica pode ser observada na forma como diferentes regiões do país usam a língua, com
diferenças nos sotaques, expressões idiomáticas e vocabulário. Já a variação diastrática é
observada na forma como diferentes grupos sociais usam a língua, como a diferença de
linguagem entre jovens e idosos ou entre pessoas de diferentes níveis socioeconômicos.
A variação linguística é um fenômeno natural e normal em qualquer língua viva, e é importante
que se entenda e se respeite a diversidade linguística presente em uma comunidade. No entanto,
é importante lembrar que em contextos formais, como a escrita acadêmica ou profissional, é
necessário seguir as normas linguísticas padrão para garantir a clareza e a compreensão do
texto.
2.7 Colocação pronominal
A colocação pronominal é uma questão importante na gramática da língua portuguesa, já que o
posicionamento dos pronomes em relação ao verbo pode alterar o significado da frase. Existem
basicamente três posições possíveis para os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, o,
a, lhe, lhes): antes do verbo (próclise), depois do verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio
(ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise).
A próclise é usada quando o pronome vem antes do verbo no início da frase, ou quando há
palavras que atraem o pronome para a posição inicial, como pronomes relativos (que, quem),
pronomes indefinidos (algum, nenhum), conjunções subordinativas (se, quando, que) e
advérbios (nunca, sempre). Exemplo: "Me ajude, por favor."
A ênclise é usada quando o pronome vem depois do verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio,
ou seja, em final de frase. Exemplo: "Fizeram o trabalho sem pedir ajuda."
A mesóclise é usada somente com verbos no futuro do presente e futuro do pretérito, e ocorre
quando o pronome é colocado entre o radical e a desinência verbal. Exemplo: "Dir-me-ão a
resposta."
A escolha da colocação pronominal deve ser feita com base na norma culta da língua e na
clareza da mensagem a ser transmitida. A falta de atenção a essa questão pode levar a erros de
compreensão e comunicação.
QUESTÕES
I. Qual é a alternativa que apresenta a colocação pronominal incorreta?
a) Quando eu tiver você ao meu lado, tudo se tornará mais fácil. b) Não lhe disse que o trabalho
seria difícil? c) Não se preocupe, eu o ajudarei a resolver o problema. d) O juiz a proferiu
durante a audiência a sentença.
Resposta: d) O juiz a proferiu durante a audiência a sentença.
Explicação: A colocação pronominal correta seria "O juiz proferiu a sentença durante a
audiência", com o pronome "a" antes do verbo "proferiu". Na alternativa d), o pronome "a"
aparece após o verbo, o que configura uma colocação pronominal incorreta. As demais
alternativas apresentam a colocação pronominal correta.
II. Questão: Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está correta de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Não lhe entreguei o documento ainda. b) Não entreguei ainda o documento a ele. c) Entreguei
o documento a ele ainda não. d) Entreguei-lhe o documento ainda não.
Resposta correta: a) Não lhe entreguei o documento ainda.
III. Questão: Em qual alternativa a colocação pronominal está correta? a) "Ele disse-me
que viria me visitar." b) "Maria deu-lhe o livro que ele pediu-lhe." c) "Vou lhe
entregar o relatório amanhã cedo." d) "Não se esqueça de me enviar as informações
solicitadas."
Resposta: d) "Não se esqueça de me enviar as informações solicitadas."
Justificativa: A alternativa d apresenta a colocação pronominal correta, com o pronome "me"
antes do verbo "enviar". Nas demais alternativas, há erros de colocação pronominal: na
alternativa a, o pronome "me" deveria vir após o verbo "disse"; na alternativa b, há redundância
com os pronomes "lhe" e "pediu"; na alternativa c, a preposição "a" não exige o pronome "lhe"
antes do verbo "entregar".
IV. Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa:
a) Não se fazem mais carros como antigamente. b) Quem me contou a história, não a soube
explicar direito. c) Mandaram-me um telegrama ontem à noite. d) Este assunto não me interessa,
não o discutirei. e) Ele não lhe viu naquela ocasião.
Resposta:
c) Mandaram-me um telegrama ontem à noite.
2.8 Vozes verbais e sua conversão
As vozes verbais são classificações que indicam a relação entre o sujeito e o verbo na frase,
podendo ser classificadas em três tipos: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva/recíproca. A
escolha da voz verbal adequada depende da intenção comunicativa do falante e da informação
que se deseja destacar.
Na voz ativa, o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação expressa pelo
verbo. Por exemplo: "João comeu a maçã".
Na voz passiva, o sujeito é o receptor da ação expressa pelo verbo, ou seja, é ele quem sofre a
ação. A voz passiva pode ser formada de duas maneiras: com o verbo "ser" mais o particípio
passado do verbo principal ou com o pronome "se" mais o verbo na terceira pessoa do singular.
Por exemplo: "A maçã foi comida por João" ou "Come-se bem nesta casa".
Na voz reflexiva/recíproca, o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação, ou seja, ele
pratica e sofre a ação expressa pelo verbo. Essa voz é utilizada quando o sujeito pratica a ação
sobre si próprio ou quando duas ou mais pessoas praticam a mesma ação entre si. Por exemplo:
"Eu me arrependo do que fiz" ou "Eles se cumprimentaram com um abraço".
A conversão de voz verbal ocorre quando se altera a voz do verbo, mantendo o mesmo tempo
e modo verbal. Para isso, são necessárias algumas mudanças na estrutura da frase. Na conversão
da voz ativa para a voz passiva, o sujeito da voz ativa passa a ser o agente da voz passiva, o
objeto direto da voz ativa passa a ser o sujeito da voz passiva e o verbo principal da voz passiva
fica no particípio passado. Na conversão da voz passiva para a voz ativa, o agente da voz passiva
passa a ser o sujeito da voz ativa, o sujeito da voz passiva passa a ser o objeto direto da voz
ativa e o verbo principal da voz ativa fica no mesmo tempo e modo verbal da voz passiva. Já
na conversão da voz reflexiva/recíproca, é preciso mudar a posição do pronome
reflexivo/recíproco e ajustar a concordância do verbo com o novo sujeito.
QUESTÕES
I. (ESAF - Receita Federal - 2012) Na frase "O carro foi consertado pelo mecânico",
o verbo está na vozpassiva analítica. Qual das opções abaixo apresenta a voz ativa
correspondente a essa frase?
a) O mecânico consertou o carro. b) O carro consertou o mecânico. c) O carro tem conserto
pelo mecânico. d) O mecânico tem o conserto do carro. e) O carro tem o conserto do mecânico.
Resposta: a) O mecânico consertou o carro.
II. Em qual alternativa a voz passiva está corretamente empregada?
a) Foi denunciado o envolvimento do suspeito no crime. b) O bolo foi comido pela criança. c)
Nós fomos assistir o filme no cinema. d) Ela foi lendo o livro ao longo da tarde.
Resposta: b) O bolo foi comido pela criança.
Justificativa: Na voz passiva, o sujeito é o receptor da ação verbal, e não o agente. Na alternativa
b, "o bolo" é o sujeito receptor da ação verbal "comido" e "pela criança" indica o agente da
ação. Nas outras alternativas, a voz passiva não está corretamente empregada: na alternativa a,
"o envolvimento do suspeito" deveria ser o sujeito da frase, e não o objeto direto; na alternativa
c, a construção "fomos assistir" está na voz ativa; e na alternativa d, a construção está na voz
reflexiva, e não na voz passiva.
III. Assinale a alternativa que apresenta a voz verbal utilizada corretamente na frase:
"A mesa será colocada pelo garçom."
a) Voz passiva sintética b) Voz ativa c) Voz passiva analítica d) Voz reflexiva
Resposta correta: c) Voz passiva analítica
Justificativa: A frase apresenta a estrutura da voz passiva analítica, em que o sujeito paciente é
"a mesa" e o agente da ação é introduzido pela preposição "pelo", indicando que é o garçom
quem realiza a ação de colocar a mesa. A voz passiva sintética seria formada por um verbo
transitivo direto e um pronome apassivador, como em "Coloca-se a mesa pelo garçom", o que
não é o caso da frase apresentada. A voz ativa teria o sujeito realizando a ação, como em "O
garçom colocará a mesa", o que também não é o caso. A voz reflexiva envolveria um pronome
reflexivo que se refere ao sujeito, como em "O garçom se colocará na mesa", o que não é
adequado ao contexto da frase.
2.9 Concordância nominal e verbal
Concordância é a relação gramatical que se estabelece entre as palavras, tornando-as
compatíveis em gênero, número e pessoa. A concordância pode ser verbal e nominal.
A concordância nominal ocorre entre um substantivo (ou pronome substantivo) e seus
modificadores (adjetivos, artigos, pronomes adjetivos) que precisam concordar em gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Além disso, algumas palavras possuem
flexões de grau (aumentativo e diminutivo) que também precisam concordar em gênero e
número.
Exemplo:
• Os meninos bonitos e as meninas bonitas foram à praia.
• O cachorrinho pequenininho brincou com a bolinha.
Já a concordância verbal ocorre entre o verbo e o sujeito da oração, devendo estar de acordo
em número e pessoa. Se o sujeito estiver no singular, o verbo deve estar no singular, e se o
sujeito estiver no plural, o verbo deve estar no plural.
Exemplo:
• Ele comeu a maçã. (sujeito singular, verbo no singular)
• Eles comeram as maçãs. (sujeito plural, verbo no plural)
Além disso, há algumas situações específicas que podem gerar dúvidas na concordância verbal,
como:
• Verbos que indicam coletividade, como "grupo", "equipe", "família", podem estar no
singular ou no plural, dependendo da ideia que se quer transmitir.
• Verbos que possuem dois ou mais núcleos em seu sujeito, como "João e Maria chegaram
tarde", devem estar no plural.
• Verbos que indicam distância ou tempo, como "fica" e "passam", podem estar no
singular ou no plural, dependendo da ideia que se quer transmitir.
QUESTÕES
I. A alternativa que apresenta corretamente a concordância verbal está em:
a) Os artigos que o aluno leu é importantes para a prova.
b) O conjunto de alunos foram premiados pela excelência.
c) A maioria dos estudantes já entregou seus trabalhos.
d) Devem existir mais opções de cursos para os vestibulandos.
Resposta:
A alternativa correta é a letra c) A maioria dos estudantes já entregou seus trabalhos.
Justificativa:
A concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona de acordo com o sujeito da oração.
Na alternativa a), temos um erro de concordância verbal, já que o sujeito "os artigos" está no
plural, mas o verbo "é" está no singular. Na alternativa b), há uma discordância entre o sujeito
"conjunto" (singular) e o verbo "foram" (plural). A alternativa c), por sua vez, está correta, pois
o verbo "entregou" concorda em número com o sujeito "a maioria dos estudantes". Na
alternativa d), temos outro erro de concordância verbal, pois o verbo "existir" deveria estar
flexionado na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito "mais opções de cursos".
II. (AGU - Advogado da União - 2018) Em qual alternativa a concordância verbal está
correta?
a) É preciso que os alunos façam o dever de casa e entregar amanhã.
b) A maioria dos professores pediu para que os alunos fizesse uma pesquisa sobre o
tema.
c) A diretoria e o conselho de administração elaborou o plano de metas.
d) Nenhum dos funcionários cumpriram suas tarefas corretamente.
Resposta: A alternativa correta é a letra c) "A diretoria e o conselho de administração elaborou
o plano de metas."
Justificativa: Na concordância verbal, o verbo deve concordar com o sujeito em número e
pessoa. No caso da alternativa c), o sujeito é composto pelas expressões "a diretoria" e "o
conselho de administração". Trata-se de um sujeito composto e, portanto, o verbo "elaborou"
está no singular, concordando com o núcleo mais próximo, que é "a diretoria". As demais
alternativas apresentam erros de concordância verbal: a alternativa a) possui o erro de verbo no
infinitivo ("entregar" ao invés de "entregarem") e a alternativa b) apresenta o verbo no singular
("fizesse" ao invés de "fizessem") mesmo com o sujeito sendo "a maioria dos professores", que
é plural. Já a alternativa d) apresenta o verbo no plural ("cumpriram") quando o sujeito é
"nenhum", que é singular.
2.10 Regência nominal e verbal
Regência verbal e nominal são aspectos da língua portuguesa que se referem ao modo como os
verbos e os nomes se relacionam com seus complementos, expressando suas relações sintáticas.
A regência verbal diz respeito à relação do verbo com seus complementos (objeto direto, objeto
indireto, entre outros), enquanto a regência nominal se refere à relação entre um nome
(substantivo, adjetivo, etc.) e seus complementos (preposição, artigo, etc.).
A regência verbal pode ser classificada em transitiva direta, transitiva indireta e intransitiva. O
verbo transitivo direto é aquele que necessita de um objeto direto para completar seu sentido,
enquanto o verbo transitivo indireto precisa de um objeto indireto. O verbo intransitivo não
precisa de objeto para ter sentido completo. Além disso, existem verbos que podem ser
transitivos diretos e indiretos ao mesmo tempo, dependendo do contexto.
Na regência nominal, o substantivo ou adjetivo é acompanhado de um termo regido por uma
preposição. Por exemplo, "gosto de café" (a preposição "de" é exigida pelo substantivo "gosto").
A crase é um sinal gráfico (´) que indica a fusão de duas vogais idênticas. Na língua portuguesa,
seu uso é fundamental para indicar a contração de duas palavras: a preposição "a" e o artigo
definido feminino "a".
A crase é usada antes de palavras femininas que exigem a preposição "a", como "à", "às",
"àquela", "àquelas", "àquele", "àqueles", "às vezes", entre outras.
Além disso, a crase também é usada em outros casos, como:
1. Antes de pronomes demonstrativos femininos: "refiro-me àquela situação";
2. Antes de pronomes relativos que se referem a palavras femininas: "a casa à qual me
refiro";
3. Antes de alguns advérbios femininos que exigem a preposição "a": "irei à noite";
4. Em locuções adverbiais que indicam tempo, como "à tarde", "à noite","às vezes", "à
medida que";
5. Antes de expressões que indicam horas: "cheguei à uma da tarde".
No entanto, não se usa crase em alguns casos, como:
1. Antes de palavras masculinas: "vou a pé";
2. Antes de verbos: "vou a casa";
3. Antes de pronomes pessoais: "entreguei o livro a ela";
4. Antes de substantivos indefinidos: "ela tem muita coragem".
QUESTÕES
I. Identifique a alternativa que apresenta a regência verbal correta.
a) Obedeça sempre aos seus pais, eles só querem o seu bem.
b) Assistimos o jogo na TV e torcemos pelo nosso time.
c) Cheguei a conclusão de que preciso estudar mais.
d) A empresa forneceu o produto conforme o contrato.
e) Agradecemos a todos que compareceram ao evento.
Resposta correta: d) A empresa forneceu o produto conforme o contrato.
Justificativa: Regência verbal se refere à relação de dependência que existe entre o verbo e seus
complementos. Na alternativa d), o verbo fornecer está acompanhado pelo objeto direto
"produto" e pelo adjunto adverbial "conforme o contrato", que indica a maneira como a ação
foi realizada. Nesse caso, a preposição "conforme" é exigida pelo verbo "fornecer", o que torna
a regência verbal correta. Nas demais alternativas, há problemas de regência verbal, como o
uso inadequado da preposição, como em "cheguei a conclusão" (o correto seria "cheguei à
conclusão"), ou a falta de preposição, como em "assistimos o jogo na TV" (o correto seria
"assistimos AO jogo na TV").
II. Qual a regência nominal correta do verbo "assistir" na seguinte frase: "Eu assisti ___
filme ontem à noite."
a) O b) A c) Ao d) Nenhuma das opções acima.
Resposta correta: c) Ao
Justificativa: o verbo "assistir" exige a preposição "a" antes do objeto direto, indicando a pessoa
ou coisa que recebe a ação. Nesse caso, "filme" é o objeto direto, portanto a regência nominal
correta é "assistir ao filme". A opção "a" está no feminino, por isso não é a escolha correta, já
a opção "o" está no masculino e não se encaixa no contexto, enquanto a opção "nenhuma das
opções acima" também está incorreta, uma vez que a regência nominal é obrigatória nesse caso.
III. Assinale a alternativa em que a regência do verbo está correta:
a) Ela sempre aspirou o sucesso.
b) Assisti o filme ontem à noite.
c) Eu prefiro mil vezes andar do que ir de ônibus.
d) Não resisto à brigadeiro.
e) Fui muito bem recebido pelos meus amigos.
Resposta:
A alternativa em que a regência do verbo está correta é a letra d) "Não resisto à brigadeiro".
Justificativa:
Na regência verbal, a preposição utilizada após o verbo deve estar de acordo com o sentido que
se quer dar à frase. Na alternativa d), o verbo "resistir" é transitivo indireto, ou seja, exige
preposição "a" para indicar a quem ou ao quê se opõe ou resiste. Já a palavra "brigadeiro" é um
substantivo masculino que está no singular e pede a preposição "a" para indicar a quem ou ao
quê se resiste. Portanto, a frase "Não resisto à brigadeiro" está correta, indicando que a pessoa
não consegue resistir ao doce de brigadeiro. As demais alternativas apresentam erros de
regência verbal.
2.11 Coordenação e subordinação: emprego das conjunções,
das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos
Coordenação e subordinação são dois tipos de relação sintática entre orações. A coordenação é
quando duas ou mais orações são independentes entre si, mas se unem para formar uma frase
composta, sendo ligadas por conjunções coordenativas. Já a subordinação ocorre quando uma
oração depende da outra, sendo a oração subordinada sempre ligada à oração principal por meio
de conjunções subordinativas.
No que diz respeito ao emprego das conjunções, existem dois tipos: coordenativas e
subordinativas. As conjunções coordenativas são utilizadas para unir duas orações
independentes, ou seja, que têm sentido completo. São elas: aditivas (e, nem), adversativas
(mas, porém, todavia), alternativas (ou, ou...ou), conclusivas (logo, portanto, por isso) e
explicativas (isto é, ou seja). Já as conjunções subordinativas ligam uma oração subordinada a
uma principal. Elas são classificadas em integrantes (que, se), adverbiais (quando, onde, como,
porque) e substantivas (que podem ser objetivas diretas, subjetivas, completivas nominais e
apositivas).
As locuções conjuntivas são compostas de duas ou mais palavras que exercem a mesma função
das conjunções simples, ou seja, unem orações ou termos dentro de uma oração. São exemplos:
a fim de que, a menos que, ainda que, desde que, porque, uma vez que, entre outras.
Os pronomes relativos são aqueles que se referem a um termo anterior na oração, chamado de
antecedente, e introduzem uma oração subordinada adjetiva, também conhecida como oração
subordinada relativa. Os pronomes relativos mais utilizados são: que, quem, onde, cujo, quanto.
Esses pronomes podem ser utilizados para retomar um nome ou pronome anterior ou para
introduzir informações adicionais sobre o antecedente.
Em relação ao emprego correto das conjunções, locuções conjuntivas e pronomes relativos, é
necessário conhecer as regras de concordância, regência e colocação adequada dos termos na
oração, para evitar erros que comprometam a compreensão do texto.
QUESTÕES
I. Assinale a alternativa em que a conjunção "mas" tem sentido adversativo:
a) O aluno estudou muito, mas foi reprovado na prova.
b) Ainda que o aluno tenha estudado muito, mas não se preparou para a prova.
c) O aluno não estudou, mas foi aprovado na prova.
d) O aluno não estudou nada, mas mesmo assim passou na prova.
Resposta correta: c) O aluno não estudou, mas foi aprovado na prova.
Justificativa: A conjunção "mas" tem sentido adversativo quando estabelece uma relação de
oposição ou contraste entre as ideias apresentadas nas orações coordenadas. Na alternativa c),
há uma contradição entre o fato de o aluno não ter estudado e ter sido aprovado na prova. As
demais alternativas apresentam um sentido concessivo ("apesar de") ou aditivo ("e") para a
conjunção "mas".
II. (FCC-TRF-2ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) No
trecho "A decisão de adotar um ritmo próprio da instituição não só é
importante, como é fundamental para a qualidade do trabalho." (linhas 4 e
5), o termo "como" poderia ser corretamente substituído por "pois", sem
alteração do sentido original do texto. (Verdadeiro ou Falso?)
Resposta: Falso. No trecho em questão, o termo "como" estabelece uma relação de comparação
entre a importância e a fundamentalidade da decisão de adotar um ritmo próprio da instituição
para a qualidade do trabalho. Portanto, a substituição por "pois" alteraria o sentido original do
texto, pois esse termo estabelece uma relação de causa e efeito, o que não é o caso nesse
contexto.
III. (CESPE/UnB - TRE-AM 2019) Em relação às conjunções e às locuções
conjuntivas, assinale a opção correta.
a) As locuções conjuntivas propostas que e visto que podem ser substituídas, respectivamente,
pelas conjunções pois e porque, sem prejuízo da correção gramatical.
b) A conjunção adversativa mas, em um período composto, pode ser substituída pela locução
conjuntiva no entanto, sem prejuízo da correção gramatical.
c) A conjunção e, que liga termos de mesma função sintática, nunca pode ser substituída por
nenhuma locução conjuntiva, mesmo em casos de ênfase.
d) As locuções conjuntivas embora e apesar de que apresentam sentidos idênticos e, por isso,
são intercambiáveis.
e) A locução conjuntiva uma vez que tem o mesmo valor semântico da conjunção condicional
se.
Resposta: A opção correta é a letra E.
Justificativa: A locução conjuntiva "uma vez que" apresenta o mesmo valor semântico da
conjunção condicional "se", introduzindo uma ideia de condição, causa ou motivo. Por isso, é
possível substituir "uma vez que" por "se" sem prejuízo da correção gramatical. As demais
opções estão incorretas, pois:
• A opção A está incorreta,pois as locuções conjuntivas "propostas que" e "visto que"
não podem ser substituídas, respectivamente, pelas conjunções "pois" e "porque", já que
essas últimas introduzem uma ideia de explicação, enquanto as primeiras introduzem
uma ideia de causa ou justificativa.
• A opção B está incorreta, pois a conjunção adversativa "mas" não pode ser substituída
pela locução conjuntiva "no entanto", que introduz uma ideia de oposição ou contraste
entre duas ideias.
• A opção C está incorreta, pois a conjunção "e" pode ser substituída por diversas locuções
conjuntivas, dependendo do sentido que se quer dar à frase, como por exemplo: "além
disso", "bem como", "assim como", entre outras.
• A opção D está incorreta, pois as locuções conjuntivas "embora" e "apesar de que"
apresentam sentidos diferentes, sendo que a primeira introduz uma ideia de concessão,
enquanto a segunda introduz uma ideia de oposição ou contraste. Por isso, não são
intercambiáveis.
2.12 Pontuação
A pontuação é um recurso utilizado na língua escrita para indicar a pausa, a entonação e a
organização sintática e semântica do texto. Ela pode mudar completamente o sentido de uma
frase, por isso é importante dominar as regras de pontuação.
A seguir, apresentamos um resumo detalhado sobre os principais aspectos da pontuação:
1. Ponto Final (.) - indica o final de uma frase declarativa, ou seja, uma frase que exprime
uma afirmação, uma informação ou uma opinião.
2. Ponto de Interrogação (?) - é utilizado no final de frases interrogativas diretas, ou seja,
aquelas que exigem uma resposta.
3. Ponto de Exclamação (!) - é utilizado no final de frases exclamativas, ou seja, aquelas
que expressam uma emoção intensa.
4. Vírgula (,) - é utilizada para separar elementos dentro de uma mesma frase, como sujeito
e predicado, itens de uma lista, orações subordinadas, entre outros.
5. Ponto e Vírgula (;) - é utilizado para separar elementos que já estão separados por
vírgula e que precisam de uma pausa maior, ou para separar orações que já possuem
vírgulas.
6. Dois Pontos (:) - são utilizados para introduzir uma explicação, uma citação, uma
enumeração, ou para indicar a fala de um personagem em um diálogo.
7. Aspas (" ") - são utilizadas para indicar citações, títulos de obras, expressões irônicas,
entre outros.
8. Parênteses () - são utilizados para indicar uma explicação, um esclarecimento, uma
observação ou uma referência bibliográfica.
9. Travessão (—) - é utilizado para introduzir falas de personagens em diálogos, para
indicar uma mudança de assunto ou para destacar uma informação importante.
10. Reticências (...) - são utilizadas para indicar uma interrupção, uma omissão ou uma
hesitação na fala ou no texto.
QUESTÕES
I. Questão: (TCE-PA, 2016) Sobre a pontuação, assinale a alternativa correta:
"Apenas para lembrar: a prova de hoje será realizada sem consulta."
a) A pontuação está adequada. b) É necessário acrescentar uma vírgula depois de hoje. c) É
necessário acrescentar uma vírgula depois de realizada. d) É necessário substituir o ponto final
por vírgula depois de lembrar.
Resposta correta: a) A pontuação está adequada.
Justificativa: A frase apresenta apenas uma oração simples. O termo "apenas para lembrar" é
uma expressão adverbial deslocada, e seu uso não implica a necessidade de vírgula. O verbo
"ser" é impessoal, e a frase não apresenta nenhuma informação adicional que exija a utilização
de vírgula. Portanto, a pontuação está adequada. As alternativas b), c) e d) estão incorretas e
não correspondem às regras de pontuação da língua portuguesa.
II. Assinale a alternativa em que a pontuação está correta de acordo com as
normas da língua portuguesa.
a) Eles são muitos bonitos, mas, não são muito simpáticos. b) Ela está cansada; portanto, não
irá à festa. c) O jogo começa às 15h:30min. d) A moça, chegou atrasada, e, não conseguiu entrar
no cinema.
Resposta correta: b) Ela está cansada; portanto, não irá à festa.
Justificativa: Na alternativa b), a pontuação está correta de acordo com as normas da língua
portuguesa. A vírgula após "portanto" indica a conclusão a que se chegou, ou seja, que a pessoa
não irá à festa por estar cansada. Na alternativa a), há uma vírgula desnecessária após "mas".
Na alternativa c), o uso de dois pontos após os números é inadequado, pois deve-se utilizar o
sinal de horas e minutos separados por dois pontos e sem espaços. Já na alternativa d), há uma
vírgula indevida após "atrasada". A conjunção "e" também não é necessária, pois a segunda
oração já está ligada à primeira pela vírgula.
III. (CEPERJ/2014 - ALERJ - Técnico Legislativo) Assinale a opção em que a
pontuação NÃO foi empregada corretamente.
a) O novo presidente da Câmara de Vereadores, já tomou posse.
b) O programa de televisão, que tinha o maior Ibope, foi cancelado.
c) Comprei uma televisão, um vídeo-cassete, um microondas e um aparelho de som.
d) Aquele que trabalha muito, viaja pouco.
e) Eu e ele, sempre nos damos bem.
Resposta: Letra a) O novo presidente da Câmara de Vereadores, já tomou posse.
Justificativa: A vírgula após "Vereadores" é desnecessária, uma vez que não há outra
informação a ser acrescentada depois desta palavra. Além disso, a frase não necessita de pausa
antes do advérbio "já". A alternativa b) está correta, pois a vírgula foi utilizada para isolar a
oração subordinada adjetiva "que tinha o maior Ibope", e a c) está correta pois a vírgula foi
utilizada para separar itens de uma enumeração. Na alternativa d), a vírgula foi corretamente
utilizada para isolar a oração subordinada adverbial temporal "quando trabalha muito". Já na
alternativa e), a vírgula é necessária para separar o sujeito composto "eu e ele".
QUESTÕES GERAIS
I. A substituição da expressão “estar com” por uma forma verbal adequada é
importante para a correção gramatical de uma frase. Assinale a alternativa
em que a substituição por uma forma verbal adequada NÃO prejudica a
correção gramatical da frase:
a) Ele está com fome. b) Eu estou com pressa. c) Ela está com sono. d) Nós estamos com sede.
Resposta:
A alternativa correta é a letra "a": "Ele está com fome". A substituição da expressão "estar com"
por uma forma verbal adequada (no caso, "sentir") seria "Ele sente fome". No entanto, a
expressão "estar com fome" é uma construção consagrada pelo uso, não configurando erro
gramatical. Já nas outras alternativas, a substituição por uma forma verbal adequada é
necessária para manter a correção gramatical da frase.
II. No trecho "O aniversário de Pedro será na casa da sua avó", a substituição
da expressão "casa da sua avó" por "residência da sua avó" mantém o mesmo
sentido do texto original?
a) Sim, pois "casa" e "residência" são sinônimos.
b) Não, pois "casa" e "residência" possuem sentidos diferentes.
c) Sim, pois ambos expressam o mesmo local.
d) Não, pois "residência" sugere um local mais formal do que "casa".
e) Não é possível determinar a resposta apenas com a substituição da expressão.
Resposta: a) Sim, pois "casa" e "residência" são sinônimos.
Justificativa: Embora "casa" e "residência" possam ter sentidos semelhantes em alguns
contextos, no caso do trecho apresentado, a substituição de "casa da sua avó" por "residência
da sua avó" pode alterar o sentido original da frase. "Casa" é uma palavra mais informal e
comum, enquanto "residência" pode sugerir um ambiente mais formal e até mesmo luxuoso.
Portanto, é importante considerar o contexto em que as palavras estão inseridas para determinar
a substituição adequada e manter o sentido original do texto.
III. (TJ-SC - Analista Judiciário - 2018) Assinale a alternativa em que todas as
palavras foram acentuadas corretamente, conforme as regras do novo acordo
ortográfico.
a) balaústre, abduzir, miúdo, êmbolo, jiló.
b) zíper, hifens, mulçumano, mágua, baú.
c) cajuína, sertãozinho, gêlo, mêdo, vôo.d) paletó, côdea, delinqüir, câimbra, pêra.
e) hífen, paranóia, lâmpada, nêgo, coitadinho.
Resposta: A alternativa correta é a letra A.
IV. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de palavra cuja escrita não
foi modificada pelo Acordo Ortográfico de 1990.
a) Ectoplasma b) Hífen c) Júbilo d) Ímpeto e) Ambíguo
Resposta: A alternativa correta é a letra c) Júbilo. De acordo com o Acordo Ortográfico de
1990, as letras "h" não devem ser mais utilizadas em algumas palavras como "hífen" e "hiena".
As outras alternativas apresentam palavras que sofreram modificações ortográficas, como a
retirada do acento agudo em "ambíguo" e a retirada do acento circunflexo em "ímpeto". Além
disso, a palavra "ectoplasma" teve a letra "c" retirada do início da palavra. Portanto, a única
opção que não sofreu mudanças é a palavra "júbilo".
V. Assinale a alternativa que apresenta a frase correta em relação ao emprego
da crase.
a) Fui à praia na companhia de minha irmã.
b) Ele se referiu a história do Brasil.
c) À medida que a noite avançava, mais frio ficava.
d) Ela foi a feira comprar frutas e verduras.
e) A escola fica a dez minutos daqui.
A alternativa correta é a letra A: "Fui à praia na companhia de minha irmã." A crase é utilizada
para indicar a contração da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". Nesse caso, a
preposição "a" está acompanhada do artigo definido feminino "a", formando a contração "à",
que indica o movimento em direção a um lugar. Na frase apresentada na alternativa A, o sentido
é de que a pessoa foi em direção à praia, indicando movimento em direção a um lugar
específico. As demais alternativas estão incorretas quanto ao emprego da crase.
LEGISLAÇÃO E CONTEXTO
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E
TECNOLÓGICA
Lei nº 8.112/1990 (e alterações posteriores) – Regime
Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais
A Lei nº 8.112/1990 estabelece as normas gerais aplicáveis aos servidores públicos civis da
União, suas autarquias e fundações públicas federais. Ela define o regime jurídico dos
servidores públicos federais e estabelece seus direitos e deveres, bem como as regras para sua
contratação, promoção, remuneração, aposentadoria e demissão.
A lei é composta por 244 artigos e passou por diversas alterações ao longo dos anos, visando
atualizar suas disposições e adaptá-las às mudanças do cenário político e social do país.
Algumas das principais alterações ocorridas após a publicação da lei incluem a Lei nº
9.527/1997, que regulamentou o processo de avaliação de desempenho dos servidores, e a Lei
nº 13.464/2017, que modificou as regras de concessão de benefícios e vantagens aos servidores
públicos.
Entre os principais pontos abordados pela Lei nº 8.112/1990 estão:
• Dos direitos e deveres: A lei estabelece os direitos e deveres dos servidores públicos,
como o direito à liberdade de associação sindical, à greve e à estabilidade, bem como a
obrigatoriedade de cumprir horários de trabalho e zelar pela boa imagem da instituição
em que trabalham.
• Do provimento: A lei estabelece as regras para a admissão de servidores públicos, por
meio de concurso público, bem como as normas para a nomeação, posse e exercício dos
cargos.
• Da progressão e promoção: A lei estabelece as regras para a progressão e promoção dos
servidores públicos, por meio de avaliação de desempenho, e as normas para a
concessão de gratificações e adicionais por tempo de serviço.
• Da remuneração: A lei estabelece as normas para a remuneração dos servidores
públicos, incluindo as regras para a fixação de salários e a concessão de gratificações e
adicionais.
• Da jornada de trabalho: A lei estabelece as normas para a jornada de trabalho dos
servidores públicos, bem como as regras para a compensação de horas extras e a
concessão de licenças e afastamentos.
• Da aposentadoria: A lei estabelece as normas para a aposentadoria dos servidores
públicos, incluindo as regras para a concessão de aposentadoria por tempo de serviço,
idade ou invalidez.
• Da demissão: A lei estabelece as regras para a demissão dos servidores públicos, por
motivos disciplinares ou por desempenho insuficiente.
• Da licença: A lei estabelece as normas para a concessão de licenças aos servidores
públicos, incluindo licença para tratamento de saúde, licença gestante, licença
paternidade e licença por motivo de doença em pessoa da família.
• Da estabilidade: A lei garante a estabilidade aos servidores públicos após três anos de
efetivo exercício, exceto em caso de desempenho insuficiente ou prática de infração
disciplinar.
• Dos cargos em comissão: A lei estabelece as regras para a ocupação de cargos em
comissão, de livre nomeação e exoneração, destinados a funções de direção, chefia e
assessoramento.
• Do processo administrativo disciplinar: A lei estabelece as regras para a instauração e
condução do processo administrativo disciplinar, destinado a apurar infrações
cometidas pelos servidores públicos, garantindo o direito à ampla defesa e ao
contraditório.
• Da acumulação de cargos: A lei estabelece as regras para a acumulação de cargos pelos
servidores públicos, limitando a carga horária a 60 horas semanais e estabelecendo a
necessidade de compatibilidade de horários e de remuneração.
• Da avaliação de desempenho: A lei estabelece a necessidade de avaliação de
desempenho dos servidores públicos, visando a melhoria da qualidade do serviço
público e a concessão de promoções e gratificações.
• Do estágio probatório: A lei estabelece o período de estágio probatório para os
servidores públicos, com duração de três anos, durante o qual são avaliados quanto ao
desempenho e a aptidão para o exercício do cargo.
• Do afastamento para mandato eletivo: A lei estabelece as regras para o afastamento dos
servidores públicos que se candidatam a mandato eletivo, garantindo o direito à licença
remunerada durante o período de campanha e afastamento após a eleição.
• Do regime de trabalho: A lei estabelece o regime de trabalho dos servidores públicos,
que pode ser de dedicação exclusiva, de 40 horas semanais ou de tempo parcial, com
jornada de trabalho reduzida.
• Da jornada de trabalho: A lei estabelece as regras para a jornada de trabalho dos
servidores públicos, que pode ser de até 8 horas diárias e 40 horas semanais, com a
possibilidade de flexibilizição para algumas categorias.
• Da remuneração: A lei estabelece as regras para a remuneração dos servidores públicos,
incluindo o salário-base, as gratificações e os adicionais, como o adicional de
insalubridade e o adicional de periculosidade.
• Das férias: A lei estabelece as regras para a concessão de férias aos servidores públicos,
garantindo o direito a 30 dias de férias por ano, com remuneração correspondente ao
salário-base e aos adicionais.
• Do direito de greve: A lei estabelece as regras para o exercício do direito de greve pelos
servidores públicos, garantindo a sua legalidade e regulamentando o procedimento para
a sua deflagração e suspensão.
• Da aposentadoria: A lei estabelece as regras para a aposentadoria dos servidores
públicos, incluindo a idade mínima, o tempo de contribuição e as modalidades de
aposentadoria, como a aposentadoria por invalidez e a aposentadoria voluntária.
• Da exoneração: A lei estabelece as regras para a exoneração dos servidores públicos,
que pode ocorrer por diversos motivos, como a pedido do servidor, por processo
disciplinar ou por término de contrato temporário.
• Dos deveres e proibições: A lei estabelece os deveres e proibições dos servidores
públicos, como a lealdade, a honestidade, a eficiência, a probidade e a proibição de
receber presentes e vantagens indevidas.
QUESTÕES
I. Qual dos seguintes direitos NÃO é assegurado aos servidores públicos civis da
União, das autarquias e dasfundações públicas federais pela Lei nº 8.112/1990?
a) Direito à licença para tratamento de saúde.
b) Direito à licença-paternidade.
c) Direito à licença para acompanhar cônjuge.
d) Direito à licença para atividade política.
e) Todos os direitos acima são assegurados pela Lei nº 8.112/1990.
Resposta correta: e) Todos os direitos acima são assegurados pela Lei nº 8.112/1990.
Explicação: A Lei nº 8.112/1990 estabelece diversos direitos aos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais, incluindo os direitos à licença para
tratamento de saúde, licença-paternidade, licença para acompanhar cônjuge e licença para
atividade política. Todos esses direitos são assegurados pela lei.
II. Qual dos seguintes deveres NÃO é estabelecido aos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais pela Lei nº 8.112/1990?
a) Dever de cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
b) Dever de lealdade às instituições a que servir.
c) Dever de tratar com urbanidade as pessoas.
d) Dever de exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo.
e) Todos os deveres acima são estabelecidos aos servidores públicos civis pela Lei nº
8.112/1990.
Resposta correta: e) Todos os deveres acima são estabelecidos aos servidores públicos civis
pela Lei nº 8.112/1990.
Explicação: A Lei nº 8.112/1990 estabelece diversos deveres aos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas federais, incluindo os deveres de cumprir as
ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais, de lealdade às instituições a que
servir, de tratar com urbanidade as pessoas e de exercer com zelo e dedicação as atribuições do
cargo. Todos esses deveres são estabelecidos pela lei.
III. De acordo com a Lei nº 8.112/1990, o servidor público federal em estágio probatório
poderá ser exonerado:
a) A qualquer momento, sem direito à ampla defesa e ao contraditório.
b) A qualquer momento, mas somente mediante processo administrativo disciplinar.
c) Somente após o término do estágio probatório, mediante processo administrativo disciplinar.
d) Somente após o término do estágio probatório, mas sem necessidade de processo
administrativo disciplinar.
e) Nenhuma das opções acima está correta.
Resposta correta: b) A qualquer momento, mas somente mediante processo administrativo
disciplinar.
Explicação: A Lei nº 8.112/1990 estabelece que o servidor público federal em estágio
probatório poderá ser exonerado a qualquer momento, desde que seja mediante processo
administrativo disciplinar. Isso significa que o servidor terá direito à ampla defesa e ao
contraditório, e que a exoneração não poderá ocorrer sem a instauração e a conclusão do
processo administrativo. Portanto, a opção b) é a resposta correta.
IV. De acordo com a Lei nº 8.112/1990, é vedado ao servidor público federal, no
exercício de suas funções:
a) Participar de gerência ou administração de sociedade privada.
b) Praticar usura sob qualquer de suas formas.
c) Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições.
d) Exercer outra atividade remunerada, exceto quando autorizado pela administração pública.
e) Todas as opções acima são vedadas ao servidor público federal no exercício de suas funções.
Resposta correta: e) Todas as opções acima são vedadas ao servidor público federal no exercício
de suas funções.
Explicação: A Lei nº 8.112/1990 estabelece diversas vedações ao servidor público federal no
exercício de suas funções, incluindo a proibição de participar de gerência ou administração de
sociedade privada, de praticar usura sob qualquer de suas formas, de receber propina, comissão,
presente ou vantagem de qualquer espécie em razão de suas atribuições e de exercer outra
atividade remunerada, exceto quando autorizado pela administração pública. Todas essas
opções são vedadas ao servidor público federal no exercício de suas funções.
O Decreto nº 1.171/1994 (e alterações posteriores) – Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal
O Decreto nº 1.171/1994, também conhecido como Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, estabelece as normas de conduta ética a serem
seguidas pelos servidores públicos civis do Poder Executivo Federal no exercício de suas
atividades.
O Código de Ética tem como objetivo orientar o comportamento ético do servidor público,
pautado nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O
código trata, por exemplo, do dever de lealdade, da proibição de uso do cargo para proveito
pessoal, da observância das normas legais e regulamentares, do sigilo profissional, entre outros
temas.
Dentre os principais deveres éticos previstos no Código, destacam-se:
• Desempenhar com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
• Ser leal às instituições a que servir;
• Observar as normas legais e regulamentares;
• Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
• Abster-se de exercer atividade profissional que possa comprometer a dignidade do cargo
ou função pública;
• Manter sigilo sobre assuntos da repartição;
• Proceder de forma cortês, acessível e respeitosa com o público;
• Zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público;
• Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao
interesse público que tenha conhecimento no exercício do cargo.
O Código de Ética prevê também a existência de Comissões de Ética nas instituições públicas,
responsáveis pela orientação e fiscalização do cumprimento das normas éticas pelos servidores
públicos.
O não cumprimento das normas éticas previstas no Código pode ensejar a aplicação de sanções
administrativas, civis e penais. As sanções administrativas previstas incluem desde advertência
até demissão, dependendo da gravidade da infração cometida.
Além dos deveres éticos já mencionados, o Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal também estabelece outras normas relevantes.
Por exemplo, o código determina que o servidor público deve tratar com urbanidade e respeito
as pessoas com as quais se relacionar no exercício de suas funções, sendo vedado qualquer tipo
de discriminação. O servidor também deve agir com transparência e presteza, atendendo
prontamente às solicitações dos cidadãos e prestando informações claras e precisas.
O Código de Ética prevê ainda que o servidor público deve evitar o uso do cargo ou função
para obter vantagens pessoais, bem como utilizar recursos públicos em atividades particulares.
O servidor também não pode receber presentes, gratificações ou vantagens de pessoas físicas
ou jurídicas que tenham interesse em decisões ou ações que possam ser tomadas pelo servidor
no exercício de suas funções.
Outro ponto relevante é a necessidade de o servidor público preservar o patrimônio público,
zelando pela sua conservação e evitando o seu desperdício ou uso inadequado. O servidor
também deve agir com probidade, evitando condutas que possam configurar conflito de
interesses ou favorecimento indevido a terceiros.
O Código de Ética estabelece, ainda, regras para a conduta do servidor público nas relações
interpessoais no ambiente de trabalho, exigindo o respeito mútuo e o trabalho em equipe para
a consecução dos objetivos institucionais. O servidor também deve agir com imparcialidade e
não favorecer ou discriminar colegas de trabalho, evitando qualquer tipo de assédio moral ou
sexual.
É importante destacar que o Código de Ética é uma importante ferramenta para a promoção da
ética e da moralidade no serviço público, e seu cumprimento é essencial para o fortalecimento
da administração pública e da confiança da sociedade nas instituições públicas.
QUESTÕES
I. Combase no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, assinale a alternativa que apresenta um dever ético
do servidor público:
a) Utilizar recursos públicos para atividades particulares;
b) Discriminar pessoas com base em raça, gênero, religião ou orientação sexual;
c) Agir com transparência e presteza, atendendo prontamente às solicitações dos cidadãos e
prestando informações claras e precisas;
d) Receber presentes, gratificações ou vantagens de pessoas físicas ou jurídicas que tenham
interesse em decisões ou ações que possam ser tomadas pelo servidor no exercício de suas
funções.
Resposta correta: c) Agir com transparência e presteza, atendendo prontamente às solicitações
dos cidadãos e prestando informações claras e precisas.
II. Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, assinale a alternativa que apresenta uma infração
ética que pode ser cometida pelo servidor público:
a) Respeitar os direitos constitucionais dos cidadãos e atuar com imparcialidade e cortesia no
exercício de suas funções;
b) Atuar com transparência e presteza, atendendo prontamente às solicitações dos cidadãos e
prestando informações claras e precisas;
c) Utilizar informações obtidas no exercício de sua função para obter vantagens ou benefícios
pessoais ou para terceiros;
d) Atuar com ética e integridade, buscando sempre aprimorar seus conhecimentos e
competências técnicas.
Resposta correta: c) Utilizar informações obtidas no exercício de sua função para obter
vantagens ou benefícios pessoais ou para terceiros.
III. De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, é correto afirmar que:
a) O servidor público deve se abster de exercer sua função em caso de interesse particular ou
de terceiros, exceto nos casos previstos em lei ou em situações emergenciais;
b) O servidor público não pode fazer uso de informações obtidas no exercício de sua função
para favorecer familiares ou amigos;
c) O servidor público deve tratar a todos com igualdade, respeitando as diferenças de raça,
gênero, religião, orientação sexual e outras formas de diversidade;
d) O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal não
se aplica aos ocupantes de cargos em comissão.
Resposta correta: a) O servidor público deve se abster de exercer sua função em caso de
interesse particular ou de terceiros, exceto nos casos previstos em lei ou em situações
emergenciais.
IV. Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, analise as afirmativas a seguir:
I. O servidor público deve manter conduta compatível com a moralidade administrativa,
zelando pela integridade do patrimônio público e pelo respeito aos bens e direitos de todos.
II. É permitido ao servidor público utilizar recursos materiais da repartição em benefício próprio
ou de terceiros, desde que obtenha autorização expressa de seu superior hierárquico.
III. O servidor público deve tratar com respeito e cortesia os colegas de trabalho, superiores
hierárquicos e subordinados, respeitando as diferenças de opinião, crença e cultura.
IV. É dever do servidor público zelar pela economia de recursos públicos, evitando o
desperdício e o uso indevido de bens e materiais.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas:
a) I e III. b) II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e IV.
Resposta correta: c) I, III e IV.
Lei nº 12.711/2012 – Dispõe sobre o ingresso nas
universidades federais e nas instituições federais de ensino
técnico de nível médio e dá outras providências
A Lei nº 12.711/2012, também conhecida como Lei de Cotas, foi criada com o objetivo de
promover a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior e técnico para estudantes
oriundos da rede pública de ensino, negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Dentre as principais disposições da lei, destacam-se:
As universidades federais e as instituições federais de ensino técnico de nível médio deverão
reservar, no mínimo, 50% das vagas de cada curso e turno para estudantes que tenham cursado
todo o ensino médio em escolas públicas. Dentro desse percentual, deverá haver a reserva de
vagas para estudantes negros, indígenas e pessoas com deficiência, em proporção no mínimo
igual à sua representação na população do estado onde se localiza a instituição.
A seleção dos candidatos às vagas reservadas deve ser feita com base no desempenho no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem).
As instituições federais de ensino superior poderão adotar políticas de ações afirmativas
complementares à reserva de vagas, como bônus no processo seletivo ou programas de
nivelamento acadêmico.
A reserva de vagas deve ser implantada de forma progressiva, em um prazo de quatro anos a
partir da publicação da lei.
Os estudantes que se autodeclararem negros ou pardos no ato da inscrição no processo seletivo
para as vagas reservadas serão submetidos a uma comissão de verificação da veracidade da
autodeclaração.
Além das disposições já mencionadas, a Lei nº 12.711/2012 também estabelece que as
instituições federais de ensino técnico de nível médio reservem, no mínimo, 50% das vagas em
cada curso e turno para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas
públicas.
A lei também prevê que dessas vagas reservadas, metade devem ser destinadas para candidatos
com renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio e a outra metade
para candidatos com renda familiar per capita superior a um salário mínimo e meio. Além disso,
a lei estabelece que dentro de cada uma dessas cotas, deve haver a reserva de vagas para
candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas, em proporção no mínimo igual à da
população desses grupos em cada estado, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A lei também estabelece que as instituições de ensino superior e técnico devem realizar um
processo seletivo específico para a seleção dos candidatos enquadrados nas cotas estabelecidas
pela lei. Esse processo seletivo deve ser diferente do processo seletivo regular, mas as notas
obtidas pelos candidatos em ambas as seleções devem ser utilizadas para a classificação final
dos candidatos.
Programas de acompanhamento e assistência estudantil: as instituições de ensino superior
devem desenvolver programas de acompanhamento e assistência estudantil, com o objetivo de
apoiar os alunos selecionados por meio das cotas. Esses programas podem incluir ações como
monitoria, tutoria, assistência médica e psicológica, moradia estudantil, transporte e
alimentação.
Avaliação e monitoramento: as instituições de ensino superior devem avaliar periodicamente
os resultados da política de reserva de vagas e dos programas de assistência estudantil, de forma
a garantir a efetividade dessas medidas. O Ministério da Educação também deve monitorar a
aplicação da lei e a inclusão dos alunos cotistas nas instituições de ensino superior.
O Ministério da Educação (MEC) é responsável por monitorar a aplicação da Lei nº
12.711/2012, também conhecida como Lei de Cotas, nas universidades federais e nas
instituições federais de ensino técnico de nível médio. Para isso, o MEC utiliza diversas
ferramentas, entre elas:
1. Censo da Educação Superior: o MEC realiza anualmente o Censo da Educação Superior,
que coleta dados sobre o perfil dos estudantes matriculados nas universidades e
institutos federais, incluindo informações sobre a cor/raça, renda familiar e escolaridade
dos pais.
2. Sistema de Seleção Unificada (Sisu): o MEC utiliza o Sisu para monitorar a aplicação
da lei nas universidades federais. O sistema é responsável por selecionar os candidatos
que ingressarão nas instituições, levando em consideração as cotas estabelecidaspela
lei.
3. Visitas in loco: o MEC também realiza visitas nas universidades e institutos federais
para verificar a aplicação da lei e garantir que as instituições estejam cumprindo as cotas
estabelecidas.
4. Denúncias: o MEC recebe denúncias de estudantes e da sociedade em geral sobre
possíveis irregularidades na aplicação da lei e realiza investigações para apurar os casos.
Por fim, a lei também determina que as instituições federais de ensino superior e técnico devem
promover ações afirmativas para garantir a permanência e o sucesso acadêmico dos estudantes
oriundos das cotas estabelecidas pela lei, como a oferta de programas de apoio pedagógico,
psicológico e financeiro.
QUESTÕES
I. Qual a finalidade da Lei nº 12.711/2012?
a) Promover a igualdade de acesso às universidades federais e instituições federais de ensino
técnico de nível médio.
b) Reservar 50% das vagas das universidades federais e instituições federais de ensino técnico
de nível médio para estudantes oriundos de escolas públicas.
c) Estabelecer um sistema de cotas raciais nas universidades federais e instituições federais de
ensino técnico de nível médio.
d) Criar um programa de bolsas de estudo para estudantes de baixa renda em universidades
federais e instituições federais de ensino técnico de nível médio.
Resposta: a) Promover a igualdade de acesso às universidades federais e instituições federais
de ensino técnico de nível médio.
II. Em relação à Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio, é correto
afirmar:
a) A lei estabelece a reserva de no mínimo 50% das vagas em cada curso e turno para estudantes
que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
b) A lei não permite a adoção de políticas afirmativas pelas instituições federais de ensino
técnico de nível médio.
c) A lei estabelece que as instituições federais de ensino superior devem oferecer vagas
adicionais para estudantes com deficiência, independentemente do número de vagas já
existentes no curso.
d) A lei não prevê a possibilidade de reserva de vagas para estudantes negros, indígenas e de
baixa renda.
Resposta: a) A lei estabelece a reserva de no mínimo 50% das vagas em cada curso e turno para
estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
III. Em relação à Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio, é correto
afirmar que:
a) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda é aplicável somente
nos cursos técnicos de nível médio.
b) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda é aplicável apenas
nas universidades federais e não nas instituições federais de ensino técnico de nível médio.
c) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda é aplicável tanto nas
universidades federais como nas instituições federais de ensino técnico de nível médio.
d) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda não se aplica às
universidades federais que possuem cursos de ensino à distância.
e) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda é aplicável apenas
nos cursos de graduação e não nos cursos técnicos de nível médio.
Resposta correta: c) A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e de baixa renda é
aplicável tanto nas universidades federais como nas instituições federais de ensino técnico de
nível médio.
IV. De acordo com a Lei nº 12.711/2012, as instituições federais de ensino superior
devem reservar uma porcentagem de suas vagas para alunos que se autodeclarem
pretos, pardos ou indígenas. Qual é essa porcentagem?
a) 10% b) 20% c) 30% d) 40% e) 50%
Resposta: c) 30%
V. Concurso: Instituto Federal do Espírito Santo - IFES - Técnico em Assuntos
Educacionais - 2016
De acordo com a Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e
nas instituições federais de ensino técnico de nível médio, é correto afirmar que:
a) As instituições federais de educação superior devem reservar, em cada concurso seletivo, no
mínimo cinquenta por cento de suas vagas para candidatos que tenham cursado integralmente
o ensino médio em escolas públicas.
b) As instituições federais de educação superior devem garantir a reserva de vagas para
candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, em proporção no mínimo igual à
participação desses grupos na população do estado em que está instalada a instituição.
c) As instituições federais de educação técnica de nível médio devem garantir a reserva de, no
mínimo, cinquenta por cento de suas vagas para alunos oriundos de escolas públicas.
d) As instituições federais de educação superior não podem utilizar o Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM) como forma de ingresso, devendo criar um sistema próprio de seleção.
Resposta correta: a) As instituições federais de educação superior devem reservar, em cada
concurso seletivo, no mínimo cinquenta por cento de suas vagas para candidatos que tenham
cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
VI. Questão retirada do concurso do IFNMG - Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais - 2017
Sobre a Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas
instituições federais de ensino técnico de nível médio, é correto afirmar que:
a) a lei reserva no mínimo cinquenta por cento das vagas por curso e turno às pessoas que
cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas, em cursos regulares ou no âmbito
da modalidade de educação de jovens e adultos;
b) a lei estabelece que o preenchimento das vagas nos cursos das instituições federais de ensino
técnico de nível médio deverá ser efetuado em conformidade com a Lei de Cotas;
c) a lei determina que todas as vagas destinadas aos cotistas devem ser oferecidas em todas as
chamadas subsequentes do processo seletivo, mesmo que ainda haja candidatos não cotistas
aprovados nas chamadas anteriores;
d) a lei estabelece que as instituições federais de ensino técnico de nível médio deverão oferecer
cursos nas áreas de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e artes, além dos cursos
técnicos;
e) a lei determina que os critérios para a seleção de estudantes em cada curso deverão ser
amplamente divulgados e baseados em um sistema de pontuação que leve em conta o
desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Resposta: a) a lei reserva no mínimo cinquenta por cento das vagas por curso e turno às pessoas
que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas, em cursos regulares ou no
âmbito da modalidade de educação de jovens e adultos.
Lei nº 12.772/2012 – Dispõe sobre a estruturação do Plano de
Carreiras e Cargos de Magistério Federal
A Lei nº 12.772/2012, também conhecida como Lei de Carreiras do Magistério Federal,
estabelece a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal, aplicável aos
professores e técnicos-administrativos em educação das instituições federais de ensino superior.
O objetivo principal da lei é estabelecer critérios e diretrizes para a progressão na carreira,
valorização e qualificação dos docentes, visando a melhoria da qualidade do ensino nas
instituições federais de ensino superior.
Algumas informações importantes sobre a Lei nº 12.772/2012 são:
1. Categorias da carreira docente: A lei estabelece as seguintes categorias para a carreira
docente: Auxiliar, Assistente, Adjunto, Associado e Titular. Cada categoria possui
requisitos específicos de formação e experiência para ingresso e progressão.
2. Progressão na carreira: A progressão na carreira docente ocorre por meio de avaliação
de desempenho e titulação acadêmica. A cada três anos, o professor pode progredir paraa categoria imediatamente superior, desde que cumpra os requisitos estabelecidos.
3. Dedicação exclusiva: A lei prevê a possibilidade de regime de trabalho de dedicação
exclusiva para os professores, com remuneração diferenciada e a proibição do exercício
de outras atividades remuneradas, exceto nos casos permitidos pela legislação.
4. Capacitação e titulação: A qualificação e aperfeiçoamento profissional são
incentivados, sendo previsto o afastamento remunerado para obtenção de titulação
acadêmica, como mestrado e doutorado.
5. Avaliação de desempenho: A avaliação de desempenho é realizada periodicamente e
considera critérios como produção científica, atividades de ensino, extensão e gestão
acadêmica.
6. Remuneração: A lei estabelece a estrutura de remuneração dos docentes, que inclui
vencimento básico, retribuição por titulação e incentivos à qualificação.
7. Estabilidade: A lei assegura a estabilidade aos professores efetivos após três anos de
efetivo exercício, desde que aprovados em processo de avaliação de desempenho.
8. Regime de trabalho: A lei estabelece diferentes regimes de trabalho, como tempo
integral, parcial e de dedicação exclusiva, com definições claras sobre as obrigações e
carga horária correspondente a cada regime.
1. Valorização do ensino superior: A lei busca valorizar e aperfeiçoar os profissionais do
magistério federal, visando à melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa nas
instituições de ensino superior.
Esses pontos-chave fornecem uma compreensão sólida dos aspectos fundamentais da Lei nº
12.772/2012, contribuindo para entender a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de
Magistério Federal e seus impactos na carreira docente.
Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica,
cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia, e dá outras providências
A Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, é uma legislação fundamental para a educação
profissional, científica e tecnológica no Brasil. Essa lei instituiu a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia. Vou fornecer um resumo detalhado dos principais pontos dessa lei:
1. Criação dos Institutos Federais: A lei estabelece a criação dos Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia, que são instituições de educação superior, básica e
profissional, pluricurriculares e multicampi. Esses institutos têm como objetivo oferecer
educação profissional e tecnológica, promovendo a integração entre ensino, pesquisa e
extensão.
2. Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: A lei institui a Rede
Federal, que é composta pelos Institutos Federais, pelos Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFETs) e pelas Escolas Técnicas vinculadas às universidades federais.
A Rede Federal tem como finalidade a oferta de educação profissional e tecnológica de
qualidade em todo o território nacional.
3. Autonomia dos Institutos Federais: A legislação garante autonomia administrativa,
patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar aos Institutos Federais. Essa
autonomia permite que as instituições tenham maior flexibilidade para definir suas
políticas internas, planejar e executar suas atividades educacionais.
4. Oferta de Cursos: Os Institutos Federais são responsáveis por oferecer cursos técnicos
de nível médio, cursos superiores de graduação e pós-graduação, além de programas de
extensão e atividades de pesquisa científica e tecnológica. A lei prevê uma ampla gama
de áreas de conhecimento, visando atender às demandas locais e regionais de
desenvolvimento.
5. Integração entre Educação Básica e Profissional: A Lei nº 11.892 estabelece a
integração entre a educação básica e profissional nos Institutos Federais, por meio da
oferta de cursos integrados. Esses cursos permitem que os estudantes concluam o ensino
médio juntamente com uma formação técnica, preparando-os para o mercado de
trabalho ou para ingressar no ensino superior.
6. Expansão e Interiorização: A legislação prevê a expansão e a interiorização da Rede
Federal, com o objetivo de levar a educação profissional e tecnológica para regiões onde
há carência de oferta. Essa medida visa promover o desenvolvimento regional e reduzir
desigualdades socioeconômicas.
7. Participação da Sociedade: A lei estabelece a participação da sociedade na gestão dos
Institutos Federais por meio de conselhos, com representantes dos segmentos da
comunidade escolar, dos setores produtivos e da sociedade civil. Essa participação
contribui para a transparência e a democratização das decisões no âmbito das
instituições.
8. Políticas de Inclusão: Os Institutos Federais devem promover políticas de inclusão, buscando
a equidade no acesso à educação profissional e tecnológica, especialmente para grupos
historicamente marginalizados.
9. Articulação com o Setor Produtivo: A legislação incentiva a articulação entre os Institutos
Federais e o setor produtivo, visando à formação de profissionais alinhados às demandas do
mercado de trabalho.
10. Formação Continuada de Professores: A lei estabelece a importância da formação
continuada dos professores, visando à qualidade da educação oferecida pelos Institutos
Federais.
11. Reconhecimento de Saberes: A legislação reconhece a diversidade de saberes e valoriza a
formação integral dos estudantes, considerando conhecimentos acadêmicos, técnicos, culturais
e socioemocionais.
12. Cooperação Internacional: Os Institutos Federais podem estabelecer parcerias e
intercâmbios internacionais, promovendo a cooperação e a internacionalização da educação
profissional e tecnológica.
13. Avaliação e Qualidade: A lei prevê a realização de processos de avaliação e a busca pela
melhoria contínua da qualidade da educação oferecida pelos Institutos Federais.
14. Incentivo à Inovação: A legislação incentiva a inovação e o empreendedorismo nos
Institutos Federais, visando ao desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico do
país.
15. Formação de Redes e Parcerias: Os Institutos Federais são estimulados a estabelecer redes
e parcerias com outras instituições de ensino, pesquisa, setor produtivo e sociedade civil,
visando à troca de experiências e ao fortalecimento da educação profissional.
16. Valorização dos Profissionais da Educação: A legislação destaca a importância da
valorização dos profissionais da educação, garantindo condições adequadas de trabalho e
estímulo à formação continuada.
QUESTÕES
I. Questão: De acordo com a Lei nº 11.892/2008, qual é o objetivo principal
dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia?
a) Promover a educação básica em regiões carentes.
b) Oferecer cursos superiores de graduação e pós-graduação.
c) Integrar a educação básica com a educação profissional e tecnológica.
d) Estabelecer parcerias com instituições internacionais.
e) Garantir a gestão democrática por meio de conselhos participativos.
Resposta correta: c) Integrar a educação básica com a educação profissional e tecnológica.
II. De acordo com a Lei nº 11.892/2008, qual é a composição da Rede Federal
de Educação Profissional, Científica e Tecnológica?
a) Institutos Federais, Centros Estaduais de Educação Tecnológica e Escolas Técnicas.
b) Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica e Escolas Técnicas
vinculadas às universidades federais.
c) Institutos Federais, Universidades Tecnológicas e Escolas Técnicas.
d) Institutos Federais, Centros Estaduais de Educação Tecnológica e Universidades
Tecnológicas.
e) Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica e Universidades
Tecnológicas.
Resposta correta: b) Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica e Escolas
Técnicas vinculadas às universidades federais.III. De acordo com a Lei nº 11.892/2008, qual é o objetivo da expansão e
interiorização da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica?
a) Levar a educação básica para regiões carentes do país.
b) Promover a formação de professores para o ensino técnico.
c) Aumentar o número de instituições de ensino superior no país.
d) Ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica em áreas desfavorecidas.
e) Estimular a pesquisa científica nas áreas de tecnologia e inovação.
Resposta correta: d) Ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica em áreas
desfavorecidas.
Justificativa: De acordo com a Lei nº 11.892/2008, a expansão e interiorização da Rede Federal
de Educação Profissional, Científica e Tecnológica têm como objetivo levar a educação
profissional e tecnológica para regiões carentes e desfavorecidas do país. Isso visa promover a
inclusão social, reduzir desigualdades e oportunizar o acesso à formação profissional e
científica em áreas onde antes havia escassez de oferta educacional nesse âmbito. Portanto, a
resposta correta é a alternativa d.
IV. De acordo com a Lei nº 11.892/2008, qual é o papel dos Institutos Federais
na integração entre ensino, pesquisa e extensão?
a) Priorizar a pesquisa científica em detrimento do ensino e da extensão.
b) Focar exclusivamente no ensino técnico-profissionalizante, sem relação com a pesquisa e a
extensão.
c) Promover a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, visando à formação integral dos
estudantes e ao desenvolvimento regional.
d) Concentrar-se apenas na extensão universitária, com pouca ênfase no ensino e na pesquisa.
e) Exercer autonomia em relação à integração entre ensino, pesquisa e extensão, sem
obrigatoriedade de implementação.
Resposta correta: c) Promover a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, visando à
formação integral dos estudantes e ao desenvolvimento regional.
Justificativa: Conforme a Lei nº 11.892/2008, os Institutos Federais têm o papel de promover a
integração entre ensino, pesquisa e extensão. Isso significa que eles devem articular essas três
dimensões, visando à formação integral dos estudantes, que engloba conhecimentos teóricos e
práticos, além de estimular a pesquisa científica e a realização de atividades de extensão que
aproximem a instituição da comunidade e contribuam para o desenvolvimento regional.
Portanto, a resposta correta é a alternativa c.
V. De acordo com a Lei nº 11.892/2008, qual é a finalidade dos Centros
Federais de Educação Tecnológica (Cefets) no contexto da Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica?
a) Desenvolver exclusivamente cursos de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado.
b) Oferecer ensino médio integrado à educação profissional técnica de nível médio.
c) Fomentar exclusivamente a pesquisa científica, sem foco no ensino e na extensão.
d) Realizar cursos de especialização técnica e tecnológica para profissionais já graduados.
e) Concentrar-se na formação de docentes para a educação básica nas áreas técnicas.
Resposta correta: b) Oferecer ensino médio integrado à educação profissional técnica de nível
médio.
Justificativa: A Lei nº 11.892/2008 estabelece que os Centros Federais de Educação
Tecnológica (Cefets), como parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica, têm como finalidade oferecer o ensino médio integrado à educação profissional
técnica de nível médio. Essa modalidade de ensino busca articular a formação geral do ensino
médio com a formação técnica, proporcionando aos estudantes uma educação mais integrada e
voltada para o mercado de trabalho. Portanto, a resposta correta é a alternativa b.
Plano de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
2020/2024 (PDI).
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) é um documento estratégico elaborado pelos
institutos federais de educação, ciência e tecnologia do Brasil, incluindo o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC). O PDI do IFSC para o período de
2020 a 2024 estabelece as diretrizes, metas e ações a serem implementadas pela instituição
durante esse período, visando o aprimoramento de sua atuação e o alcance de seus objetivos
institucionais.
O PDI do IFSC é composto por diferentes seções, cada uma abordando aspectos específicos do
planejamento institucional. A seguir, apresento um resumo dos principais pontos contemplados
no PDI do IFSC 2020/2024:
• Apresentação: Nessa seção, é feita uma introdução ao PDI, destacando sua importância
como instrumento de gestão e planejamento estratégico.
• Contextualização Institucional: São apresentadas informações sobre o IFSC, como sua
missão, visão, valores e princípios, além de dados sobre sua estrutura organizacional e
abrangência territorial.
• Diagnóstico Institucional: Nessa parte, são realizadas análises e reflexões sobre o
cenário educacional e socioeconômico em que o IFSC está inserido. São identificados
desafios, oportunidades e demandas da sociedade que influenciam as ações
institucionais.
• Diretrizes Estratégicas: São estabelecidas as diretrizes que irão nortear o planejamento
e as ações do IFSC nos próximos anos. Essas diretrizes abrangem aspectos como ensino,
pesquisa, extensão, gestão, sustentabilidade, inclusão, internacionalização e inovação.
• Objetivos e Metas: São definidos os objetivos institucionais que o IFSC pretende
alcançar ao longo do período do PDI, bem como as metas quantitativas e qualitativas
que devem ser perseguidas para atingir tais objetivos.
• Indicadores e Metas: São estabelecidos indicadores de desempenho que irão mensurar
o progresso e o alcance dos objetivos institucionais. Esses indicadores são
acompanhados por metas específicas a serem alcançadas em determinados prazos.
• Programas e Ações Estratégicas: São apresentados os programas e ações que serão
implementados pelo IFSC para o cumprimento das metas estabelecidas. Essas ações
abrangem desde melhorias no ensino e na infraestrutura até ações de fomento à pesquisa,
extensão e inovação.
• Monitoramento e Avaliação: É definido o processo de monitoramento e avaliação do
PDI, com a definição de responsabilidades e periodicidade para a análise do progresso
das metas e ações propostas.
• Gestão do PDI: São detalhados os aspectos relacionados à gestão do PDI, incluindo a
estrutura de governança, as atribuições das áreas responsáveis e os mecanismos de
participação e controle social.
1. Missão, Visão e Valores: O PDI define a missão do IFSC, que é promover a educação
profissional e tecnológica, a ciência e a inovação, visando à formação cidadã e ao
desenvolvimento sustentável. Também estabelece a visão de ser reconhecido como uma
instituição de referência na oferta de educação profissional e tecnológica.
2. Contextualização Institucional: Essa seção apresenta informações sobre a estrutura
organizacional do IFSC, incluindo seus campi e polos de ensino, além de destacar sua
abrangência territorial em Santa Catarina.
A estrutura organizacional da instituição é composta por uma Reitoria, localizada em
Florianópolis, e diversos campi e polos de ensino distribuídos em diferentes regiões do
estado de Santa Catarina.
O IFSC possui 22 campi, que estão localizados em diferentes municípios catarinenses,
oferecendo uma ampla variedade de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação. Cada
campus é responsável por coordenar e desenvolver atividades acadêmicas, administrativas
e de extensão em sua área de abrangência.
Além dos campi, o IFSC também possui polos de ensino, que são unidades descentralizadas
destinadas a oferecer cursos a distância, principalmente por meio da modalidade de
Educação a Distância (EaD). Os polos estão distribuídos em diferentes cidades e têm como
objetivo ampliar o acesso à educação, especialmentepara aqueles que residem em áreas
mais distantes.
A abrangência territorial do IFSC é bastante ampla, cobrindo diversas regiões do estado de
Santa Catarina. Os campi e polos estão distribuídos em municípios como Florianópolis, São
José, Palhoça, Itajaí, Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Lages, Caçador, Chapecó,
entre outros.
3. Diagnóstico Institucional: É realizada uma análise do contexto educacional e
socioeconômico em que o IFSC está inserido. Esse diagnóstico identifica as principais
demandas da sociedade, oportunidades e desafios que afetam a instituição.
No aspecto educacional, o IFSC atua em um sistema de ensino técnico e tecnológico,
oferecendo cursos de formação profissional e tecnológica em diversas áreas do
conhecimento. O instituto busca promover a qualificação e a capacitação da mão de obra
regional, visando atender às demandas do mercado de trabalho e contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico da região.
Em termos socioeconômicos, o estado de Santa Catarina apresenta uma economia
diversificada, com destaque para setores como indústria, comércio, agricultura e serviços.
Há uma forte presença de pequenas e médias empresas, bem como de grandes indústrias,
que demandam profissionais qualificados e atualizados nas áreas técnicas.
O IFSC também está inserido em um contexto de desigualdades sociais e regionais, onde
algumas regiões enfrentam maiores desafios em relação ao acesso à educação e ao
desenvolvimento socioeconômico. Nesse sentido, o instituto busca promover a inclusão e a
democratização do ensino, ampliando o acesso e a permanência de estudantes de diferentes
perfis socioeconômicos.
Além disso, o IFSC também está atento às demandas e necessidades da comunidade em que
está inserido, buscando parcerias e interação com o setor produtivo, órgãos governamentais,
organizações da sociedade civil e outros atores locais. Essa integração visa fortalecer o
diálogo entre a instituição e a sociedade, identificando demandas específicas e promovendo
ações que contribuam para o desenvolvimento regional.
Em resumo, o contexto educacional e socioeconômico em que o IFSC está inserido é
caracterizado por uma diversidade de demandas, desigualdades sociais e regionais, e a
necessidade de formação profissional e tecnológica alinhada com as necessidades do
mercado de trabalho e o desenvolvimento regional. O instituto busca atender a essas
demandas por meio de uma oferta educacional diversificada, ações de inclusão e parcerias
estratégicas.
4. Diretrizes Estratégicas: São estabelecidas as diretrizes que orientam as ações do IFSC.
Isso inclui a busca pela qualidade e inovação na educação, o desenvolvimento
sustentável, a integração entre ensino, pesquisa e extensão, a inclusão social e a
internacionalização.
Excelência acadêmica: O IFSC busca promover a qualidade do ensino, da pesquisa e da
extensão, estimulando o desenvolvimento de competências e habilidades nos estudantes e
professores. Para isso, são adotadas práticas pedagógicas inovadoras, atualização constante
dos currículos e investimento em infraestrutura e recursos tecnológicos.
Inclusão e diversidade: O IFSC tem o compromisso de promover a inclusão e a diversidade,
assegurando o acesso e a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, pessoas com deficiência, quilombolas, indígenas e outros grupos
historicamente excluídos. São desenvolvidas ações afirmativas, políticas de assistência
estudantil e estratégias de ensino que valorizam a diversidade cultural.
Integração com o mundo do trabalho: O IFSC busca estreitar a relação com o setor
produtivo e as demandas do mercado de trabalho, proporcionando uma formação
profissional alinhada às necessidades regionais, nacionais e internacionais. São
estabelecidas parcerias, convênios e programas de estágio, visando à inserção dos
estudantes no mercado de trabalho e ao fomento da inovação e empreendedorismo.
Desenvolvimento sustentável: O IFSC tem o compromisso de promover ações sustentáveis,
considerando aspectos socioambientais em suas práticas educativas e administrativas. São
adotadas medidas de economia de recursos naturais, gestão adequada de resíduos, estímulo
à pesquisa e extensão voltadas para soluções sustentáveis e disseminação de práticas de
responsabilidade socioambiental.
Internacionalização: O IFSC busca a internacionalização de suas ações, promovendo a
mobilidade acadêmica de estudantes e professores, firmamento de parcerias com
instituições estrangeiras e participação em projetos de cooperação internacional. Isso
contribui para a formação de profissionais com uma visão global e ampliação do
conhecimento em âmbito internacional.
5. Objetivos Institucionais: São definidos os objetivos que o IFSC pretende alcançar
durante o período do PDI. Isso engloba a expansão da oferta de cursos, a melhoria da
infraestrutura, a qualificação dos servidores, o estímulo à pesquisa e à inovação, entre
outros.
Ampliar e qualificar a oferta de cursos: O IFSC tem como objetivo ampliar e diversificar a
oferta de cursos, buscando atender às demandas da sociedade e do mercado de trabalho. Isso
envolve a criação de novos cursos, a atualização dos currículos existentes e a oferta de cursos
de formação continuada.
Expandir a infraestrutura física: O IFSC busca ampliar a infraestrutura física, por meio da
construção, reforma e adequação de espaços educacionais. Isso inclui a ampliação de salas de
aula, laboratórios, bibliotecas, áreas de convivência e demais espaços necessários para o
desenvolvimento das atividades acadêmicas.
Fortalecer a pesquisa, a inovação e a extensão: O IFSC tem como objetivo fortalecer a cultura
de pesquisa, inovação e extensão, incentivando a produção científica, o desenvolvimento de
tecnologias e a transferência de conhecimentos para a sociedade. Isso envolve a criação de
grupos de pesquisa, a realização de projetos de inovação e a oferta de programas de extensão
que atendam às demandas locais.
Promover a internacionalização: O IFSC busca promover a internacionalização, estimulando a
mobilidade acadêmica de estudantes e professores, a realização de intercâmbios e parcerias com
instituições estrangeiras e a participação em projetos de cooperação internacional. Isso
contribui para a formação de profissionais com uma visão global e para a troca de experiências
e conhecimentos com outras culturas.
Garantir a qualidade educacional: O IFSC tem como objetivo garantir a qualidade educacional,
por meio do aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem, da formação continuada
dos professores, da atualização dos currículos e da oferta de recursos e suportes pedagógicos
adequados. Também é priorizada a adoção de práticas pedagógicas inovadoras e a avaliação
institucional para o aprimoramento contínuo.
6. Metas e Indicadores: São estabelecidas metas quantitativas e qualitativas para mensurar
o progresso do IFSC em relação aos objetivos estabelecidos. Também são definidos os
indicadores de desempenho que serão utilizados para acompanhar o alcance dessas
metas.
7. Programas e Ações Estratégicas: São apresentados os programas e ações que serão
implementados pelo IFSC para atingir as metas estabelecidas. Isso inclui a criação de
novos cursos, o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão, a oferta de
capacitação para os servidores, entre outros.
8. Monitoramento e Avaliação: O PDI estabelece um sistema de monitoramento e
avaliação contínua do plano, com indicadores e periodicidade definidos para
acompanhar o progresso das ações e metas propostas.
9. Gestão do PDI: São definidos os responsáveis pela gestão do PDI, incluindo a estrutura
de governança e os mecanismos de participação e controle social.
QUESTÕES
I. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFSC
2020/2024, qual é a finalidade da definição de metas e indicadoresde
desempenho?
a) Acompanhar o progresso e avaliar o alcance dos objetivos estabelecidos no PDI.
b) Promover a inclusão social e a internacionalização no âmbito do IFSC.
c) Criar programas e ações estratégicas para a expansão da oferta de cursos.
d) Desenvolver parcerias com outras instituições de ensino em Santa Catarina.
e) Estabelecer a estrutura de governança e os mecanismos de participação social.
Resposta correta: a) Acompanhar o progresso e avaliar o alcance dos objetivos estabelecidos
no PDI.
Justificativa: Dentro do contexto do PDI do IFSC 2020/2024, a definição de metas e indicadores
de desempenho é uma estratégia fundamental para acompanhar o progresso e avaliar o alcance
dos objetivos estabelecidos no plano. Essas metas quantitativas e qualitativas permitem medir
o desempenho da instituição e monitorar o cumprimento das ações propostas. Os indicadores
de desempenho são instrumentos de análise que fornecem informações objetivas sobre o
progresso do IFSC em relação aos seus objetivos estratégicos. Dessa forma, a resposta correta
é a alternativa a.
II. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)
2020/2024, qual é o objetivo principal das diretrizes estratégicas
estabelecidas?
a) Orientar as ações e decisões do IFSC para alcançar sua missão institucional.
b) Criar parcerias com outras instituições de ensino e pesquisa em Santa Catarina.
c) Desenvolver a infraestrutura dos campi e polos de ensino do IFSC.
d) Elaborar programas de capacitação exclusivamente para os servidores do IFSC.
e) Implementar políticas de inclusão social e sustentabilidade ambiental.
Resposta correta: a) Orientar as ações e decisões do IFSC para alcançar sua missão institucional.
Justificativa: As diretrizes estratégicas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI) do IFSC 2020/2024 têm como objetivo principal orientar as ações e decisões
da instituição para alcançar sua missão institucional. Essas diretrizes são elementos
fundamentais na definição das estratégias adotadas pelo IFSC, abrangendo diferentes áreas de
atuação, como ensino, pesquisa, extensão, gestão, sustentabilidade, inclusão e
internacionalização. Ao seguir essas diretrizes, o IFSC busca direcionar suas atividades de
forma alinhada aos propósitos estabelecidos, garantindo o cumprimento de sua missão de
promover a educação profissional, científica e tecnológica, e contribuindo para o
desenvolvimento sustentável da região. Portanto, a resposta correta é a alternativa a.
III. Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)
2020/2024, qual é a importância da elaboração do diagnóstico institucional?
a) Identificar as principais demandas da sociedade e os desafios que afetam a instituição.
b) Estabelecer as metas e indicadores de desempenho a serem alcançados no período do PDI.
c) Definir as diretrizes estratégicas que nortearão as ações do IFSC.
d) Elaborar programas e ações estratégicas para o desenvolvimento sustentável.
e) Monitorar e avaliar continuamente o progresso do PDI.
Resposta correta: a) Identificar as principais demandas da sociedade e os desafios que afetam a
instituição.
Justificativa: A elaboração do diagnóstico institucional, de acordo com o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFSC 2020/2024, é de extrema importância para
identificar as principais demandas da sociedade e os desafios que afetam a instituição. Esse
diagnóstico permite compreender o contexto educacional e socioeconômico em que o IFSC está
inserido, analisando os fatores externos e internos que podem impactar suas atividades. Ao
identificar essas demandas e desafios, o IFSC pode direcionar suas ações e estratégias de forma
mais eficiente, buscando atender às necessidades da sociedade e superar os obstáculos
existentes. Portanto, a resposta correta é a alternativa a.
IV. Conforme o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)
2020/2024, qual é o objetivo das metas estabelecidas no plano?
a) Mensurar e avaliar o progresso do IFSC em relação aos objetivos estabelecidos.
b) Orientar as ações e decisões do IFSC para alcançar sua missão institucional.
c) Desenvolver parcerias com outras instituições de ensino e pesquisa em Santa Catarina.
d) Definir as diretrizes estratégicas que nortearão as ações do IFSC.
e) Estabelecer a estrutura de governança e os mecanismos de participação social.
Resposta correta: a) Mensurar e avaliar o progresso do IFSC em relação aos objetivos
estabelecidos.
Justificativa: As metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFSC
2020/2024 têm como objetivo mensurar e avaliar o progresso da instituição em relação aos
objetivos estabelecidos. Essas metas são definidas de forma quantitativa e qualitativa,
proporcionando um meio de verificar o avanço e o alcance dos resultados pretendidos. Ao
estabelecer metas, o IFSC pode monitorar e avaliar o progresso das ações implementadas,
identificando se estão sendo efetivas na direção do cumprimento dos objetivos estratégicos
propostos. Portanto, a resposta correta é a alternativa a.
CONHECIMENTOS
PEDAGÓGICOS
HISTÓRIA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA DA
EDUCAÇÃO
História, Filosofia e Sociologia da Educação são disciplinas que estudam o contexto histórico,
as teorias filosóficas e as estruturas sociais que influenciam e são influenciadas pela educação.
A História da Educação busca compreender as diferentes formas de ensino e aprendizagem ao
longo do tempo, desde as sociedades antigas até a atualidade. É importante entender como a
educação evoluiu, quais foram os marcos históricos e quais foram os pensadores que
contribuíram para a construção do pensamento educacional.
A história da educação pode ser entendida como um campo de estudo que se dedica a investigar
a trajetória da educação no decorrer da história da humanidade. É uma disciplina que busca
compreender as transformações que ocorreram nas formas de ensino e aprendizagem ao longo
do tempo, bem como os processos de construção de conhecimento e cultura que estiveram
associados a elas.
No início da história da humanidade, a educação era transmitida oralmente, pelos mais velhos
aos mais jovens. Em sociedades primitivas, a educação tinha como objetivo a adaptação do
indivíduo ao meio natural e social em que estava inserido. A religião também teve um papel
importante na educação em muitas culturas antigas.
Com o surgimento das primeiras civilizações, como a egípcia, a grega e a romana, a educação
passou a ser organizada em escolas. Na Grécia Antiga, por exemplo, a educação era vista como
um processo integral, que tinha como objetivo formar cidadãos capazes de participar da vida
política da cidade. A educação era considerada um meio para a realização da virtude, do bem e
da felicidade.
Na Idade Média, a educação foi influenciada pela Igreja Católica. A educação era voltada para
a formação de sacerdotes e religiosos, e os métodos de ensino eram predominantemente
baseados na memorização e na repetição. Com o Renascimento, a educação voltou a se focar
no desenvolvimento humano e na busca pelo conhecimento científico. Na época moderna, a
educação foi cada vez mais influenciada pelas ideias iluministas, que valorizavam a razão e a
ciência.
A partir do século XIX, com a industrialização e a urbanização, a educação se tornou uma
preocupação cada vez mais relevante, com a criação de sistemas de ensino públicos e
universidades. No século XX, a educação foi influenciada pelas teorias pedagógicas de
pensadores como Jean Piaget, Lev Vygotsky e Paulo Freire, que propuseram novosmodelos de
ensino e aprendizagem, focados no desenvolvimento integral do ser humano e na participação
ativa dos estudantes no processo educativo.
Hoje, a história da educação continua a ser um campo de estudo importante, que busca
compreender as transformações na educação que ocorreram ao longo da história e os desafios
que a educação enfrenta na atualidade.
A Filosofia da Educação trata das ideias e das correntes filosóficas que fundamentam a
educação. Ela se concentra em questões como a natureza humana, a liberdade, a justiça, a
igualdade, a moral, entre outras, e como esses conceitos afetam a educação. Os filósofos
clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, bem como os modernos, como Rousseau, Kant
e Hegel, contribuíram com reflexões importantes para a educação.
A filosofia da educação é uma área da filosofia que se preocupa em investigar questões teóricas
e práticas relacionadas ao processo educativo, tais como a natureza do conhecimento, a relação
entre o indivíduo e a sociedade, o papel da educação na formação do ser humano, a finalidade
da educação e a ética educacional.
Desde os filósofos gregos da antiguidade, como Platão e Aristóteles, a filosofia da educação
tem sido uma área de estudo e reflexão. Na Idade Média, a influência da filosofia cristã trouxe
uma visão de educação como um meio para a formação moral e religiosa. Na Renascença, o
pensamento humanista enfatizou a importância da educação na formação do indivíduo como
um ser racional e autônomo.
No século XVIII, com o Iluminismo, a filosofia da educação se tornou mais preocupada com a
ciência e a razão, defendendo uma educação baseada no conhecimento científico e no
pensamento crítico. No século XIX, surgiram correntes filosóficas como o idealismo, o
positivismo e o pragmatismo, que influenciaram as teorias educacionais da época.
Na contemporaneidade, a filosofia da educação se preocupa em investigar as implicações da
tecnologia na educação, as questões de inclusão e diversidade, a educação para a cidadania
global e a formação para a sustentabilidade.
Em resumo, a filosofia da educação busca compreender as bases teóricas que norteiam as
práticas educacionais e refletir sobre as finalidades da educação e os valores que devem ser
promovidos em uma sociedade.
A Sociologia da Educação estuda as relações entre educação e sociedade, analisando como a
escola reflete e reproduz as estruturas sociais e as desigualdades existentes na sociedade.
Também examina a relação entre escola e cultura, os processos de inclusão e exclusão na
educação, as políticas educacionais e o papel dos professores e dos alunos na sociedade.
A sociologia da educação é uma área de estudo que se concentra nas relações entre a sociedade
e a educação, examinando como as instituições educacionais são influenciadas por fatores
sociais e como elas afetam a sociedade em geral.
Um dos principais teóricos da sociologia da educação é Émile Durkheim, que argumentou que
a educação é um meio fundamental para a transmissão da cultura e valores sociais de uma
sociedade. Para Durkheim, a educação é uma ferramenta crucial para moldar as atitudes e
comportamentos dos indivíduos, ajudando a construir um senso comum de identidade coletiva.
Outro importante teórico da sociologia da educação é Pierre Bourdieu, que argumentou que a
educação é um meio para a reprodução de desigualdades sociais. Bourdieu argumentou que as
instituições educacionais tendem a favorecer aqueles que já possuem recursos culturais e
econômicos, reforçando assim as desigualdades sociais existentes.
Outra área de estudo da sociologia da educação é a relação entre a educação e o mercado de
trabalho. A sociologia da educação estuda como a educação é utilizada para preparar os
indivíduos para o mercado de trabalho e como a estrutura do mercado de trabalho pode afetar
a educação.
Em resumo, a sociologia da educação se preocupa em entender como a educação é influenciada
pelos fatores sociais, como a sociedade afeta as instituições educacionais e como a educação
afeta a sociedade em geral. É uma área de estudo que busca entender o papel da educação na
formação da identidade coletiva, reprodução de desigualdades sociais e preparação dos
indivíduos para o mercado de trabalho.
Em conjunto, essas disciplinas fornecem um panorama abrangente dos aspectos históricos,
filosóficos e sociais da educação, permitindo uma reflexão crítica sobre o papel da educação na
formação de indivíduos e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
QUESTÕES
I. Questão: (SEDUC-CE/2019) O processo educativo é uma prática social que se
constrói historicamente, mediado por diferentes concepções e teorias sobre a
educação. Sobre a história da educação, assinale a alternativa correta:
a) Durante o período medieval, a educação era vista como uma prática para a formação moral
e espiritual, sendo realizada pelos pais e pela igreja.
b) No período renascentista, a educação tinha como objetivo principal a formação do homem
integral, com ênfase na formação religiosa.
c) No Iluminismo, a educação passou a ser vista como um processo de ensino, a partir da
utilização de métodos pedagógicos voltados para a formação da razão.
d) Durante o século XIX, a educação foi fortemente influenciada pelos ideais do positivismo,
que defendia a importância do ensino religioso nas escolas.
e) No século XX, a educação passou a ser vista como um processo de transformação social, a
partir da perspectiva crítica da teoria pedagógica freireana.
A resposta correta é a letra c) No Iluminismo, a educação passou a ser vista como um processo
de ensino, a partir da utilização de métodos pedagógicos voltados para a formação da razão.
Durante o período iluminista, a educação começou a ser pensada a partir de um ponto de vista
mais racional e científico, enfatizando a importância da razão como principal guia para a
formação do indivíduo. A educação passou a ser vista como um processo de ensino, e surgiram
diversos métodos pedagógicos voltados para a formação da razão, como o método lancasteriano
e o método mútuo.
Questão: (SEDUC-PA/2018) Sobre a filosofia da educação, assinale a alternativa correta:
a) A filosofia da educação é uma disciplina que busca fundamentar teoricamente a prática
educativa, com base na reflexão crítica sobre os processos de ensino e aprendizagem.
b) A filosofia da educação é uma disciplina que se ocupa apenas do estudo dos métodos e
técnicas de ensino, buscando desenvolver práticas pedagógicas eficazes.
c) A filosofia da educação é uma disciplina que se concentra apenas na análise dos aspectos
técnicos da educação, deixando de lado as questões éticas e políticas envolvidas.
d) A filosofia da educação é uma disciplina que se preocupa apenas com a transmissão de
conteúdos teóricos, sem levar em conta as necessidades e demandas dos alunos.
e) A filosofia da educação é uma disciplina que se limita ao estudo dos aspectos psicológicos
envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem.
A resposta correta é a alternativa (a): A filosofia da educação é uma disciplina que busca
fundamentar teoricamente a prática educativa, com base na reflexão crítica sobre os processos
de ensino e aprendizagem. A filosofia da educação é uma área da filosofia que se dedica a
investigar os problemas e questões relacionados à educação, buscando compreender sua
natureza, finalidade e fundamentos. Ela procura refletir criticamente sobre os processos
educativos, buscando compreender a relação entre educação, cultura, sociedade e história, e
oferecer subsídios para a construção de práticas educativas mais fundamentadas e consistentes.
Pesquisa e Prática Pedagógica
A pesquisa e a prática pedagógica são duas dimensões inter-relacionadas da educação. A
pesquisa pedagógica refere-se ao estudo sistemático e reflexivo da prática educativa, com o
objetivo de compreender e melhorara qualidade da educação. Já a prática pedagógica é a
aplicação prática dos conhecimentos e teorias da educação, visando o desenvolvimento dos
alunos e a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
A pesquisa pedagógica pode ser realizada de diversas formas, como a pesquisa-ação, a pesquisa
participante, a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. Ela pode ter como objeto de estudo
a sala de aula, a escola, a comunidade escolar ou a política educacional. A pesquisa pedagógica
é importante para que os professores possam compreender melhor as necessidades dos alunos,
a dinâmica da sala de aula e os desafios da prática educativa, possibilitando a tomada de
decisões fundamentadas em evidências e o aprimoramento da qualidade da educação.
A prática pedagógica, por sua vez, envolve a aplicação dos conhecimentos teóricos e
metodológicos da educação na sala de aula e na escola como um todo. Ela deve ser pautada por
uma perspectiva crítica e reflexiva, que considere as especificidades dos alunos, a diversidade
cultural, a inclusão e a construção de uma sociedade mais justa e democrática. A prática
pedagógica pode envolver atividades como o planejamento de aulas, a aplicação de
metodologias inovadoras, a avaliação do aprendizado dos alunos, a comunicação com os pais e
a participação em projetos pedagógicos.
Portanto, a pesquisa e a prática pedagógica são duas dimensões fundamentais da educação, que
devem estar interligadas e ser pautadas por uma perspectiva crítica e reflexiva, visando o
aprimoramento da qualidade da educação e a construção de uma sociedade mais justa e
democrática.
A pesquisa pedagógica é uma atividade essencial para o desenvolvimento e aprimoramento da
prática educativa. Ela consiste na investigação sistemática de problemas relacionados ao ensino
e à aprendizagem, com o objetivo de gerar conhecimentos teóricos e práticos que possam
contribuir para a melhoria da qualidade da educação.
A pesquisa pedagógica pode ser realizada em diferentes níveis e contextos educativos, desde a
educação infantil até a pós-graduação, e pode abordar diversos temas, como o uso de
tecnologias na educação, a formação de professores, a avaliação educacional, entre outros.
Para realizar uma pesquisa pedagógica, é necessário seguir alguns passos fundamentais, como
a definição do problema de pesquisa, a revisão da literatura, a escolha da metodologia, a coleta
e análise de dados, e a discussão dos resultados. É importante ressaltar que a pesquisa
pedagógica deve ser realizada de forma ética, respeitando os direitos dos participantes e as
normas éticas da pesquisa.
Os resultados da pesquisa pedagógica podem ser aplicados de diversas formas na prática
educativa, como no desenvolvimento de políticas públicas, na elaboração de materiais
didáticos, na formação de professores e na melhoria do ensino em geral.
A prática pedagógica é o conjunto de atividades realizadas pelo professor com o objetivo de
promover o aprendizado dos alunos. É a ação educativa que se desenvolve na interação entre o
professor, o aluno e o conhecimento, mediada pelos recursos e tecnologias disponíveis.
Para desenvolver uma boa prática pedagógica, é importante que o professor tenha uma sólida
formação teórica e metodológica, além de estar atualizado sobre as tendências e novidades na
área da educação. Ele deve ser capaz de selecionar e utilizar as estratégias, técnicas e recursos
mais adequados para cada situação de ensino, levando em consideração as características e
necessidades dos alunos.
A prática pedagógica também envolve a avaliação do processo de aprendizagem, com o
objetivo de verificar se os objetivos foram alcançados e se o método utilizado foi eficaz. O
professor deve ser capaz de interpretar os resultados da avaliação e fazer os ajustes necessários
para melhorar a aprendizagem dos alunos.
Além disso, a prática pedagógica deve estar sempre em constante evolução e aprimoramento,
através da reflexão crítica e da busca por novas informações e técnicas pedagógicas.
Por fim, é importante destacar que a prática pedagógica não se limita apenas à sala de aula. O
professor deve ser capaz de promover a aprendizagem em diferentes contextos e situações,
como em projetos de pesquisa, eventos culturais, atividades esportivas e outras atividades
extracurriculares.
QUESTÕES
I. Questão: (IF-BA/2019) Sobre a prática pedagógica, é correto afirmar que:
a) É uma atividade técnica e neutra, que visa apenas a transmissão de conhecimentos aos alunos.
b) Envolve apenas a aplicação de técnicas e métodos de ensino já consolidados, sem a
necessidade de inovação ou adaptação.
c) Deve ser pautada pela reflexão crítica sobre as práticas e teorias pedagógicas, visando sempre
a melhoria do processo educativo.
d) Deve ser baseada apenas na experiência individual do professor, sem levar em conta as
teorias e pesquisas na área da educação.
e) Não é necessário que os professores tenham formação acadêmica específica em pedagogia
para desenvolver uma prática pedagógica eficiente.
RESPOSTA CORRETA: c) Deve ser pautada pela reflexão crítica sobre as práticas e teorias
pedagógicas, visando sempre a melhoria do processo educativo.
II. Questão: (SEDUC-AM/2018) Sobre a prática pedagógica, assinale a alternativa
correta:
a) A prática pedagógica é um processo que se limita ao ensino de conteúdos teóricos, sem levar
em conta as necessidades e demandas dos alunos.
b) A prática pedagógica é um processo que se concentra apenas na transmissão de
conhecimentos, deixando de lado a relação entre professor e aluno.
c) A prática pedagógica é um processo que se fundamenta apenas na experiência do professor,
sem a necessidade de reflexão crítica e análise de resultados.
d) A prática pedagógica é um processo que se constrói a partir do diálogo entre professor e
aluno, levando em conta as necessidades e demandas dos estudantes.
e) A prática pedagógica é um processo que se limita à aplicação de métodos e técnicas de ensino
padronizadas, sem considerar as particularidades dos alunos.
Resposta correta: d) A prática pedagógica é um processo que se constrói a partir do diálogo
entre professor e aluno, levando em conta as necessidades e demandas dos estudantes.
III. Questão: (IFRR/2019) Na prática pedagógica, é importante que o professor
considere alguns princípios básicos, como a adaptação às diferentes necessidades
dos alunos, a utilização de metodologias ativas e a avaliação formativa. Sobre a
avaliação formativa, assinale a alternativa correta:
a) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que busca avaliar o desempenho dos alunos ao
final de um período de aprendizagem, com o objetivo de verificar se as metas foram alcançadas.
b) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que ocorre ao longo de todo o processo de
ensino e aprendizagem, permitindo ao professor ajustar sua prática pedagógica de acordo com
as necessidades dos alunos.
c) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que tem como objetivo classificar os alunos de
acordo com seu desempenho, possibilitando a identificação de talentos e a separação dos
melhores dos piores.
d) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que busca avaliar apenas o conhecimento
teórico dos alunos, deixando de lado outras dimensões importantes do processo de
aprendizagem.
e) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que ocorre apenas no final do processo de
aprendizagem, possibilitando a verificação da eficácia das metodologias e materiais utilizados
pelo professor.
RESPOSTA CORRETA: b) A avaliação formativa é um tipo de avaliação que ocorre ao longo
de todo o processo de ensino e aprendizagem, permitindo ao professor ajustar sua prática
pedagógica de acordo com as necessidades dos alunos.
Psicologia da Educação
A Psicologia da Educação é um ramo da psicologia que estuda os processos psicológicos
envolvidos no processo deaprendizagem e ensino, bem como as relações entre o
desenvolvimento humano e a educação. É uma disciplina que busca compreender como as
pessoas aprendem e como os processos educacionais podem ser planejados e desenvolvidos de
forma a maximizar a eficácia do ensino.
Dentre os principais temas estudados na Psicologia da Educação, destacam-se o
desenvolvimento cognitivo e socioemocional, a motivação para a aprendizagem, a formação de
conceitos e habilidades, as estratégias de ensino, a avaliação da aprendizagem e a diversidade
cultural e individual dos alunos.
As estratégias de ensino são ações planejadas que o professor utiliza para facilitar o processo
de aprendizagem dos alunos. Elas têm como objetivo tornar o conteúdo mais acessível,
interessante e relevante para os estudantes, de modo que eles possam compreender e aplicar o
conhecimento de forma efetiva.
Existem diversas estratégias de ensino, cada uma com suas particularidades e finalidades.
Algumas das mais comuns são:
1. Aula expositiva: é a estratégia mais tradicional e consiste na apresentação oral do
conteúdo pelo professor, geralmente com o auxílio de recursos visuais, como slides ou
quadro branco.
2. Trabalho em grupo: consiste na organização dos alunos em pequenos grupos para
discutir e realizar atividades em conjunto. Essa estratégia incentiva a cooperação entre
os estudantes, a troca de experiências e a participação ativa de todos.
3. Estudo de caso: consiste na apresentação de um caso real ou fictício, relacionado ao
conteúdo da disciplina, para que os alunos analisem e resolvam problemas específicos.
Essa estratégia incentiva a reflexão crítica e a aplicação prática do conhecimento.
4. Jogo educativo: consiste na utilização de jogos para ensinar e fixar conceitos. Essa
estratégia é uma forma lúdica de aprender e pode ser usada tanto em sala de aula como
em atividades extracurriculares.
5. Aprendizagem baseada em projetos: consiste na realização de um projeto em grupo, que
envolve pesquisa, planejamento e execução, com o objetivo de resolver um problema
ou responder a uma pergunta relacionada ao conteúdo da disciplina. Essa estratégia
incentiva a autonomia, a criatividade e a aplicação prática do conhecimento.
Cada estratégia de ensino pode ser mais eficaz em determinadas situações, dependendo das
características dos alunos, do conteúdo a ser ensinado e dos objetivos pedagógicos. Por isso, é
importante que o professor conheça e saiba utilizar diferentes estratégias de ensino em suas
aulas.
A motivação para aprendizagem é um aspecto fundamental para o sucesso do processo
educativo. Ela é responsável por estimular o interesse do aluno pela aprendizagem, mantê-lo
engajado e concentrado nas atividades e ajudá-lo a superar obstáculos e desafios. Existem
diversas estratégias que podem ser utilizadas para motivar os alunos, entre elas:
1. Relevância: é importante que o conteúdo ensinado seja apresentado de forma
significativa e aplicável à vida do aluno. Quando ele percebe que o conhecimento
adquirido pode ser útil e relevante para a sua vida pessoal ou profissional, sua motivação
para aprender aumenta.
2. Desafios: propor desafios aos alunos é uma forma de incentivá-los a se esforçarem e
superarem suas próprias limitações. É importante que os desafios sejam adequados ao
nível de habilidade dos alunos, para que não sejam frustrados por tarefas muito difíceis,
nem desmotivados por tarefas muito fáceis.
3. Feedback: fornecer feedback positivo e construtivo aos alunos é essencial para que eles
se sintam encorajados e motivados a continuar se esforçando. O feedback deve ser
específico, apontando tanto os acertos quanto os erros dos alunos, de forma a permitir
que eles identifiquem seus pontos fortes e fracos e trabalhem em cima deles.
4. Participação ativa: estimular a participação ativa dos alunos nas aulas é uma forma de
aumentar sua motivação. Isso pode ser feito através de atividades interativas, discussões
em grupo, projetos em equipe, entre outras estratégias que envolvam os alunos
diretamente no processo de aprendizagem.
5. Variedade: oferecer uma variedade de atividades e recursos pedagógicos pode ajudar a
manter a motivação dos alunos. Isso pode incluir recursos audiovisuais, jogos
educativos, visitas a museus ou locais históricos, entre outras atividades que estimulem
a curiosidade e o interesse dos alunos.
6. Autonomia: dar autonomia aos alunos para decidirem sobre seu próprio processo de
aprendizagem pode ser uma forma de aumentar sua motivação. Isso pode ser feito
através de projetos individuais ou em grupo, permitindo que os alunos escolham o tema
a ser estudado e a forma como desejam apresentar o resultado.
É importante ressaltar que a motivação para aprendizagem é influenciada por diversos fatores,
como as condições socioeconômicas e culturais dos alunos, suas experiências anteriores de
aprendizagem, entre outros. Por isso, é importante que o professor esteja atento a esses fatores
e busque adaptar suas estratégias de ensino para atender às necessidades e características de
cada aluno.
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget é uma das principais referências teóricas
da Psicologia da Educação. Piaget propôs que as crianças passam por diferentes estágios de
desenvolvimento cognitivo, nos quais constroem suas próprias representações mentais do
mundo a partir das experiências vivenciadas. Essas representações mentais, ou esquemas, vão
sendo modificadas e ampliadas à medida que a criança se desenvolve, e influenciam
diretamente a forma como ela aprende.
Jean Piaget foi um psicólogo suíço que desenvolveu uma teoria sobre o desenvolvimento
cognitivo da criança. Segundo Piaget, a inteligência é um processo dinâmico que se desenvolve
ao longo da vida, a partir da interação da pessoa com o meio ambiente.
A teoria de Piaget é baseada em estágios sequenciais de desenvolvimento, que representam
mudanças qualitativas na maneira como as pessoas pensam e entendem o mundo ao seu redor.
São eles:
1. Estágio sensoriomotor (0-2 anos): Nesse estágio, a criança aprende sobre o mundo
através de suas percepções sensoriais e movimentos físicos. Ela começa a compreender
que seus próprios movimentos podem ter um efeito no mundo ao seu redor.
2. Estágio pré-operatório (2-7 anos): Nesse estágio, a criança começa a desenvolver a
capacidade de pensar simbolicamente e a linguagem se torna mais desenvolvida. A
criança também começa a desenvolver o pensamento egocêntrico e tem dificuldade em
ver as coisas do ponto de vista dos outros.
3. Estágio das operações concretas (7-11 anos): Nesse estágio, a criança começa a pensar
de forma mais lógica e a entender a causa e efeito. Ela também começa a entender as
relações espaciais e o tempo.
4. Estágio das operações formais (11 anos em diante): Nesse estágio, a criança começa a
desenvolver a capacidade de pensamento abstrato e hipotético, e começa a ser capaz de
pensar em conceitos e ideias abstratas.
Piaget também enfatizou a importância do conflito cognitivo no processo de desenvolvimento.
Ele acreditava que as crianças precisam experimentar conflitos em suas crenças e ideias para
desenvolver uma compreensão mais abrangente do mundo.
A teoria de Piaget tem implicações importantes para a educação, incluindo a importância de
oferecer atividades e desafios apropriados para cada estágio de desenvolvimento da criança,
bem como a criação de um ambiente que permita a exploração e a experimentação. Além disso,
a teoria de Piaget destaca a importância do papel do professor como facilitador e guia, em vez
de ser apenas um transmissor de informações.
Além da teoria de Piaget, outras abordagens psicológicas, como a teoria da aprendizagem social
de Albert Bandura e a teoria da motivação de Abraham Maslow, também têm influenciado a
Psicologia da Educação. Essas abordagens buscam entender como as pessoas aprendempor
meio da observação e imitação de modelos sociais, bem como como a motivação e as
necessidades humanas influenciam o processo de aprendizagem.
Albert Bandura é um psicólogo canadense que desenvolveu a teoria da aprendizagem social,
também conhecida como teoria da aprendizagem social-cognitiva. Esta teoria postula que o
aprendizado não é apenas resultado da associação entre estímulos e respostas, mas também
depende da observação e imitação de comportamentos de outras pessoas e do ambiente em que
se está inserido.
Bandura enfatiza que o comportamento humano é influenciado por fatores ambientais,
cognitivos e pessoais. Ele descreve o processo de aprendizagem social em quatro componentes
principais:
1. Observação direta: os indivíduos podem aprender através da observação do
comportamento de outras pessoas, incluindo modelos positivos ou negativos.
2. Retenção: a capacidade de reter informações e comportamentos observados é
fundamental para que a aprendizagem social ocorra. Essas informações são
armazenadas na memória e usadas posteriormente para guiar o comportamento.
3. Reprodução: os indivíduos podem reproduzir comportamentos observados em
diferentes contextos e situações, utilizando a memória armazenada anteriormente.
4. Motivação: A motivação para aprender está intimamente ligada a fatores como
recompensas, punições e expectativas. O indivíduo pode se sentir motivado para
reproduzir comportamentos que foram recompensados anteriormente, ou evitar
comportamentos que foram punidos.
De acordo com Bandura, a aprendizagem social pode ser aplicada em diferentes contextos
educacionais e de treinamento. A teoria destaca a importância de modelos positivos de
comportamento e de incentivar a experimentação e a descoberta por meio de tentativa e erro.
Bandura também destacou a importância da autoeficácia na aprendizagem social. A
autoeficácia é a crença de uma pessoa em sua capacidade de realizar uma tarefa ou alcançar um
objetivo. A autoeficácia pode ser influenciada por fatores como o sucesso anterior, o feedback
recebido, a observação de outros e a interpretação dos resultados obtidos. A autoeficácia
positiva pode aumentar a motivação para a aprendizagem e, consequentemente, a eficácia da
aprendizagem.
A teoria da motivação de Abraham Maslow, conhecida como Hierarquia das Necessidades, foi
proposta por Maslow em 1943 e afirma que as pessoas possuem uma série de necessidades
hierarquizadas que motivam suas ações e comportamentos.
A hierarquia é organizada em cinco níveis, começando pelas necessidades mais básicas e indo
até as mais complexas e sofisticadas. A seguir, são descritos os cinco níveis e suas respectivas
necessidades:
1. Necessidades fisiológicas: são as necessidades mais básicas e incluem a necessidade de
comida, água, abrigo e outros elementos essenciais à sobrevivência. Essas necessidades
precisam ser satisfeitas antes que as outras se tornem importantes.
2. Necessidades de segurança: uma vez que as necessidades fisiológicas são satisfeitas, a
necessidade de segurança se torna importante. Isso inclui segurança física e emocional,
estabilidade financeira e proteção contra ameaças externas.
3. Necessidades sociais: uma vez que as necessidades de segurança são satisfeitas, as
necessidades sociais se tornam importantes. Isso inclui a necessidade de amor, afeto,
amizade e pertencimento a um grupo.
4. Necessidades de estima: uma vez que as necessidades sociais são satisfeitas, as
necessidades de estima se tornam importantes. Isso inclui a necessidade de autoestima
e reconhecimento pelos outros, bem como a conquista e o sucesso pessoal.
5. Necessidades de autorrealização: uma vez que as necessidades de estima são satisfeitas,
as necessidades de autorrealização se tornam importantes. Isso inclui a necessidade de
alcançar o potencial máximo, ter um propósito significativo na vida e desenvolver
habilidades criativas.
Segundo Maslow, uma vez que as necessidades em um determinado nível são satisfeitas, as
pessoas se tornam motivadas a buscar a satisfação das necessidades no próximo nível da
hierarquia. Quando as necessidades mais elevadas são satisfeitas, as pessoas atingem a auto-
realização, que é um estado de realização pessoal e satisfação plena.
Assim, a teoria da motivação de Maslow propõe que as pessoas são motivadas por uma série
de necessidades que precisam ser satisfeitas e que a satisfação dessas necessidades ocorre em
uma hierarquia, começando pelas necessidades mais básicas e indo até as mais complexas e
sofisticadas. A compreensão dessas necessidades pode ser útil para desenvolver estratégias
eficazes de motivação e engajamento dos alunos na aprendizagem.
A Psicologia da Educação é uma disciplina fundamental para a formação de professores e para
o desenvolvimento de práticas educacionais mais efetivas e inclusivas. Ela pode contribuir para
a identificação de estratégias de ensino que considerem as características individuais dos alunos
e seus processos de aprendizagem, além de auxiliar no desenvolvimento de avaliações mais
justas e efetivas.
QUESTÕES
I. Questão: (IF-PA/2019) Segundo a teoria de Jean Piaget, a aprendizagem ocorre em
quatro estágios, cada um com características próprias. Assinale a alternativa que
apresenta, corretamente, a ordem cronológica desses estágios:
a) operatório formal, operatório concreto, pré-operatório, sensoriomotor.
b) operatório concreto, pré-operatório, sensoriomotor, operatório formal.
c) pré-operatório, operatório concreto, sensoriomotor, operatório formal.
d) sensoriomotor, operatório formal, operatório concreto, pré-operatório.
e) operatório concreto, sensoriomotor, pré-operatório, operatório formal.
Resposta correta: d) sensoriomotor, operatório formal, operatório concreto, pré-operatório.
II. Questão: (IF-PA/2016) A psicologia da educação tem como objetivo:
a) estudar a estrutura e o funcionamento do sistema nervoso humano.
b) desenvolver técnicas de memorização e concentração para melhorar o rendimento escolar.
c) compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento humano e suas implicações
no contexto educacional.
d) identificar transtornos psicológicos em alunos e encaminhá-los para tratamento.
e) promover a socialização dos alunos por meio de atividades lúdicas e recreativas.
Resposta correta: c) compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento humano e
suas implicações no contexto educacional.
III. Questão: (SEDUC-PA/2018) Sobre a motivação para a aprendizagem, assinale a
alternativa correta:
a) A motivação é um fator exclusivamente interno, não sendo influenciado por estímulos
externos.
b) A motivação para a aprendizagem é um fenômeno que ocorre de forma espontânea, sem
necessidade de estímulos específicos.
c) A motivação para a aprendizagem é influenciada tanto por fatores internos como externos,
como a percepção do valor da aprendizagem e a expectativa de recompensas ou punições.
d) A motivação para a aprendizagem é um fenômeno exclusivamente cognitivo, não sendo
afetado por fatores emocionais ou sociais.
e) A motivação para a aprendizagem é influenciada apenas por fatores externos, como a
qualidade dos materiais e recursos didáticos utilizados.
RESPOSTA: A alternativa correta é a letra c, já que a motivação para a aprendizagem é
influenciada tanto por fatores internos (como a percepção do valor da aprendizagem e o
interesse pelo assunto) quanto por fatores externos (como a expectativa de recompensas ou
0punições, a qualidade do ensino e dos materiais didáticos, entre outros). A motivação é um
processo dinâmico e complexo, que envolve tanto fatores cognitivos como emocionais e sociais.
Organização do Trabalho Docente
A organização do trabalho docente é um tema central na área de conhecimentos pedagógicos,
pois se trata de um aspecto fundamental para o sucesso do processo educativo. Basicamente, a
organizaçãodo trabalho docente refere-se a como o professor organiza e gerencia o processo
de ensino-aprendizagem em sala de aula, levando em consideração diversos fatores, tais como
os objetivos de aprendizagem, as características dos alunos, os recursos disponíveis, entre
outros.
Uma das principais estratégias utilizadas para organizar o trabalho docente é a elaboração de
um plano de ensino, que consiste em um documento que descreve as atividades e conteúdos
que serão trabalhados ao longo do período letivo, bem como os objetivos de aprendizagem, as
estratégias de ensino, as avaliações, entre outros aspectos. O plano de ensino é uma ferramenta
importante para o professor, pois permite uma visão mais clara do que será trabalhado e ajuda
a evitar improvisações e falta de direcionamento.
Outra estratégia importante para a organização do trabalho docente é a diversificação de
atividades e recursos pedagógicos, buscando tornar o processo de ensino mais dinâmico e
interessante para os alunos. Isso pode envolver o uso de recursos tecnológicos, jogos, atividades
em grupo, entre outros. É importante que o professor esteja sempre em busca de novas
estratégias para enriquecer o processo de ensino.
Além disso, a organização do trabalho docente também envolve a gestão do tempo e dos
recursos disponíveis. O professor precisa planejar adequadamente as atividades de forma a
otimizar o tempo em sala de aula, evitando desperdícios e garantindo que todos os objetivos de
aprendizagem sejam alcançados. Também é importante garantir que os recursos disponíveis
sejam utilizados de forma eficiente, buscando sempre maximizar os resultados do processo de
ensino.
Por fim, a organização do trabalho docente também envolve a comunicação com os alunos e
com os pais, buscando manter um canal aberto de diálogo e transmitindo informações de forma
clara e objetiva. É importante que o professor esteja sempre disponível para tirar dúvidas e
prestar esclarecimentos, pois isso ajuda a manter um clima positivo de aprendizagem em sala
de aula.
O planejamento de atividades é uma etapa essencial da organização do trabalho docente. Ele
consiste em prever, antecipadamente, as atividades que serão desenvolvidas ao longo de um
determinado período, como uma aula, uma semana, um mês ou um semestre letivo.
O planejamento de atividades inclui a definição dos objetivos a serem alcançados com as
atividades, os conteúdos que serão trabalhados, os métodos de ensino a serem utilizados, os
recursos necessários, as avaliações que serão realizadas e o tempo disponível para o
desenvolvimento das atividades.
Para elaborar um bom planejamento de atividades é preciso levar em consideração os objetivos
educacionais da instituição de ensino, o perfil dos alunos, suas necessidades e interesses, além
de fatores externos que possam interferir no processo de ensino e aprendizagem.
Algumas etapas importantes do planejamento de atividades são:
1. Definição dos objetivos educacionais: é preciso ter clareza sobre o que se espera que os
alunos aprendam com as atividades planejadas. Os objetivos devem ser claros,
específicos, mensuráveis e alcançáveis.
2. Seleção dos conteúdos: é importante selecionar conteúdos que estejam alinhados com
os objetivos educacionais e que sejam relevantes e significativos para os alunos.
3. Definição dos métodos de ensino: é preciso escolher os métodos de ensino que serão
utilizados para trabalhar os conteúdos selecionados. Os métodos devem ser variados e
adequados ao perfil dos alunos e aos objetivos educacionais.
4. Escolha dos recursos necessários: é preciso selecionar os recursos que serão utilizados
para desenvolver as atividades, como materiais didáticos, equipamentos e tecnologias.
5. Definição das avaliações: é preciso definir as avaliações que serão realizadas para
verificar se os objetivos educacionais foram alcançados. As avaliações devem ser
coerentes com os objetivos educacionais e com os métodos de ensino utilizados.
6. Definição do tempo disponível: é importante considerar o tempo disponível para o
desenvolvimento das atividades e fazer um planejamento realista que possa ser
cumprido dentro do prazo estabelecido.
O planejamento de atividades permite que o professor tenha uma visão geral do processo de
ensino e aprendizagem e possa se preparar adequadamente para conduzir as atividades com
eficiência e eficácia. Além disso, ele permite uma melhor organização do tempo e dos recursos
disponíveis, contribuindo para a otimização do trabalho docente.
Teoria e Prática de Currículo
Teoria e Prática de Currículo são áreas de estudo dentro da pedagogia que se concentram no
desenvolvimento, implementação e avaliação de currículos educacionais. O currículo é o
conjunto de objetivos educacionais, conteúdos, metodologias e avaliações que orientam a
aprendizagem dos alunos em uma determinada instituição de ensino.
A teoria do currículo envolve a análise de diferentes abordagens e perspectivas sobre o que
deve ser ensinado e como deve ser ensinado. Algumas teorias enfatizam a importância do
desenvolvimento de habilidades e competências, enquanto outras se concentram na transmissão
de conhecimentos teóricos. Outras ainda defendem que o currículo deve ser orientado pelas
necessidades e interesses dos alunos ou por questões sociais mais amplas.
A prática do currículo envolve a implementação dos objetivos educacionais, conteúdos e
metodologias estabelecidos na teoria. Isso inclui a seleção de materiais didáticos, a organização
de atividades de ensino e aprendizagem, a avaliação do desempenho dos alunos e a análise dos
resultados obtidos.
Alguns dos principais desafios enfrentados pelos professores e educadores na teoria e prática
do currículo incluem a seleção adequada dos conteúdos e metodologias, a adaptação do
currículo às necessidades e interesses dos alunos, a integração das tecnologias de informação e
comunicação no processo educativo e a avaliação contínua e sistemática do currículo para
garantir a sua eficácia.
Em resumo, a teoria e prática de currículo são fundamentais para o desenvolvimento de uma
educação de qualidade e para o sucesso dos alunos na sua formação acadêmica e profissional.
Existem diferentes abordagens e perspectivas sobre o que deve ser ensinado e como deve ser
ensinado. Algumas dessas abordagens e perspectivas incluem:
1. Abordagem tradicional: essa abordagem tem como base o ensino de conteúdos pré-
determinados e o foco na transmissão de conhecimentos pelos professores. Os alunos
têm um papel passivo no processo de aprendizagem, recebendo informações do
professor e memorizando-as.
2. Abordagem humanista: essa abordagem enfatiza o desenvolvimento pessoal e a
formação de valores, além do aprendizado de conteúdos. Os alunos têm um papel ativo
no processo de aprendizagem, sendo incentivados a se expressar e a desenvolver suas
habilidades e interesses.
3. Abordagem construtivista: essa abordagem enfatiza a construção do conhecimento
pelos próprios alunos, por meio de experiências e atividades que os levem a reflexão e
a construção de novos conceitos. O professor tem um papel de mediador, orientando os
alunos em suas descobertas.
4. Abordagem crítica: essa abordagem tem como base a reflexão crítica sobre a sociedade
e a busca por uma transformação social. O objetivo é desenvolver o pensamento crítico
e a consciência social nos alunos, a fim de que sejam agentes de transformação na
sociedade.
5. Abordagem tecnológica: essa abordagem enfatiza o uso de tecnologias na educação,
com o objetivo de tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente e
dinâmico. As tecnologias são utilizadas como ferramentas pedagógicas, sendo o
professor o responsável por mediar a aprendizagem.
Essas diferentes abordagens e perspectivas podem ser combinadas e adaptadas de acordo com
as necessidades e objetivos de cada situação de ensino e aprendizagem.É importante que os
professores conheçam essas abordagens e possam selecionar e utilizar aquelas que mais se
adequam ao contexto em que estão atuando.
QUESTÕES
I. Questão: Qual é a diferença entre o currículo prescrito, o currículo oculto e o
currículo vivido?
Resposta:
• Currículo Prescrito: É a versão oficial do que se espera que seja ensinado e aprendido
na escola. É geralmente representado por documentos curriculares, como as diretrizes
nacionais para a educação ou planos de ensino da escola.
• Currículo Oculto: Refere-se ao conhecimento, valores e atitudes que são transmitidos
de forma não intencional na escola, por meio de relações sociais, rotinas,
comportamentos dos professores e normas da escola. Esses elementos podem ter um
impacto significativo no aprendizado dos alunos, mas não são explicitamente ensinados.
• Currículo Vivido: É o que realmente é aprendido pelos alunos na escola, que pode ser
diferente do que foi prescrito pelo currículo oficial. É influenciado por fatores como a
experiência prévia dos alunos, suas relações sociais e suas interpretações individuais do
que está sendo ensinado.
Portanto, a diferença entre esses três tipos de currículo está na intencionalidade da
aprendizagem e na forma como ela é transmitida e recebida pelos alunos. O currículo prescrito
é aquilo que foi planejado para ser ensinado, o currículo oculto é o que é aprendido de forma
não intencional e o currículo vivido é o que é realmente assimilado pelos alunos.
II. Em relação ao planejamento curricular, qual é a ordem correta das etapas descritas
abaixo?
I. Seleção e organização dos conteúdos. II. Avaliação e revisão do currículo. III.
Estabelecimento de objetivos e metas. IV. Desenvolvimento de atividades e estratégias de
ensino.
a) III, I, IV e II. b) I, III, IV e II. c) III, IV, I e II. d) I, IV, III e II.
Resposta correta: b) I, III, IV e II.
Justificativa: A ordem correta das etapas de planejamento curricular é estabelecer objetivos e
metas, selecionar e organizar os conteúdos, desenvolver atividades e estratégias de ensino e
avaliar e revisar o currículo. A alternativa b apresenta essa ordem correta, com a seleção e
organização dos conteúdos em segundo lugar, seguida pelo desenvolvimento de atividades e
estratégias de ensino e, por último, a avaliação e revisão do currículo.
III. (CESGRANRIO - EPE - 2010) O conceito de currículo, segundo o Plano Nacional
de Educação (PNE 2001-2010), “(...) refere-se ao conjunto das experiências, dos
conhecimentos, das habilidades e valores socialmente produzidos e reconhecidos
que são selecionados, organizados e transmitidos com a intencionalidade de
promover aprendizagens significativas, significando, em outras palavras, tudo
aquilo que é ensinado na escola”. Considerando o texto, o currículo é um conjunto
de elementos produzidos pela sociedade e selecionados pela escola, para orientar o
processo educativo. São elementos que compõem o currículo:
a) os conteúdos, os objetivos, as metodologias e as avaliações.
b) os objetivos, as avaliações, os valores e as práticas educativas.
c) os conteúdos, as práticas educativas, as avaliações e os recursos didáticos.
d) as práticas educativas, as avaliações, os valores e os recursos didáticos.
e) os objetivos, as metodologias, as práticas educa,
tivas e os recursos didáticos.
Resposta: a) os conteúdos, os objetivos, as metodologias e as avaliações.
Explicação: De acordo com o texto do PNE, o currículo é o conjunto de elementos que são
selecionados, organizados e transmitidos com a intencionalidade de promover aprendizagens
significativas. Esses elementos são os conteúdos, os objetivos, as metodologias e as avaliações.
Portanto, a alternativa correta é a letra a.
Gestão Educacional e Escolar
A Gestão Educacional e Escolar refere-se ao conjunto de práticas e processos utilizados para
administrar uma instituição de ensino, com o objetivo de garantir um ambiente educacional
eficiente e eficaz. Envolve a tomada de decisões, a elaboração de planos e projetos, a
coordenação e a supervisão de atividades, além da busca constante pela melhoria do
desempenho dos alunos e da equipe escolar.
Para realizar uma gestão educacional eficiente, é necessário considerar diversos aspectos,
como:
1. Planejamento: é preciso elaborar um planejamento estratégico para a escola,
considerando suas metas e objetivos a longo prazo, bem como as necessidades e
expectativas dos alunos, professores, funcionários e comunidade em geral.
2. Organização: é fundamental organizar a estrutura da escola, definindo as
responsabilidades e atribuições de cada membro da equipe escolar, bem como
estabelecer as normas e regras para o bom funcionamento da instituição.
3. Coordenação: a coordenação escolar deve ser exercida de forma a garantir a integração
entre os diferentes setores da escola, bem como a harmonia entre alunos, professores e
demais funcionários.
4. Monitoramento: é preciso monitorar constantemente o desempenho dos alunos e da
equipe escolar, identificando possíveis problemas e propondo soluções para melhorar o
processo educativo.
5. Avaliação: a avaliação escolar deve ser realizada de forma sistemática, buscando
identificar pontos positivos e negativos da gestão escolar, bem como avaliar o
desempenho dos alunos e da equipe escolar.
Em resumo, a gestão educacional e escolar busca garantir uma educação de qualidade,
considerando as necessidades e expectativas de toda a comunidade escolar. Para isso, é preciso
que a gestão esteja pautada em princípios éticos, democráticos e participativos, buscando
sempre a melhoria contínua do processo educativo.
Planejamento Educacional e ensino
O planejamento educacional e de ensino é uma atividade fundamental para garantir a qualidade
da educação. Ele consiste em um processo de reflexão e tomada de decisões que envolve a
definição de objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e recursos a serem utilizados para
alcançar os objetivos propostos.
O planejamento educacional deve ser feito em diferentes níveis de ensino, desde a elaboração
de políticas públicas até o planejamento de atividades de ensino em sala de aula. Ele deve ser
realizado de forma participativa, envolvendo diferentes atores do processo educativo, como
professores, gestores, alunos e famílias.
O planejamento educacional pode ser dividido em três etapas: planejamento estratégico,
planejamento tático e planejamento operacional. O planejamento estratégico é o primeiro passo
e consiste em estabelecer a missão, visão e valores da instituição educacional. O planejamento
tático é a segunda etapa e consiste em estabelecer objetivos específicos e as estratégias para
alcançá-los. O planejamento operacional é a última etapa e consiste em definir as atividades,
prazos, recursos e responsáveis para implementar as estratégias definidas.
O planejamento é um processo que envolve a definição de objetivos, metas e estratégias para
alcançá-los. Na área educacional, o planejamento é essencial para garantir a qualidade do ensino
e da aprendizagem.
Existem três tipos de planejamento que são comumente utilizados na gestão educacional e de
ensino: planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. Cada um
desses tipos de planejamento tem sua própria finalidade e escopo.
O planejamento estratégico é responsável pela definição de objetivos de longo prazo e das ações
necessárias para alcançá-los. Ele é feito pela direção da instituição e deve levar em conta a
visão, missão e valores da organização. O planejamento estratégico também deve considerar as
tendências e demandas da sociedade, do mercado e da área de atuação da instituição. Esse tipo
de planejamento é mais abrangente e envolve a tomada de decisões estratégicas que impactam
toda a organização.
O planejamento tático, por sua vez, é um planejamento de médio prazo que tem como objetivodefinir as estratégias para alcançar os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico. Ele
é feito pelos gestores e coordenadores de cada área da instituição e deve considerar as
especificidades e necessidades de cada setor. Esse tipo de planejamento é mais detalhado e
envolve a definição de ações mais específicas e operacionais.
Por fim, o planejamento operacional é o mais detalhado e de curto prazo. Ele tem como objetivo
definir as atividades, tarefas e responsabilidades necessárias para implementar as estratégias
definidas no planejamento tático. O planejamento operacional é feito pelos professores e demais
colaboradores da instituição e envolve a definição de planos de aula, projetos pedagógicos,
atividades extracurriculares, entre outros.
Em resumo, o planejamento estratégico é responsável pela definição dos objetivos de longo
prazo da instituição, o planejamento tático é responsável pela definição das estratégias para
alcançar esses objetivos e o planejamento operacional é responsável pela definição das
atividades e tarefas necessárias para implementar as estratégias definidas no planejamento
tático. Todos esses tipos de planejamento são importantes para garantir a efetividade da gestão
educacional e de ensino.
O planejamento de ensino, por sua vez, é a etapa mais específica do planejamento educacional
e se refere à organização das atividades de ensino em sala de aula. Ele deve considerar as
características dos alunos, as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas e os
objetivos a serem alcançados. O planejamento de ensino deve ser flexível para permitir ajustes
durante o processo de ensino e aprendizagem.
O planejamento de ensino é uma atividade fundamental para o sucesso da aprendizagem dos
estudantes. Trata-se de um processo que envolve a definição de objetivos, conteúdos,
metodologias, recursos e avaliação, com o objetivo de orientar e guiar as atividades do professor
em sala de aula.
O primeiro passo para o planejamento de ensino é a definição dos objetivos de aprendizagem,
que devem ser claros, precisos e alcançáveis. Os objetivos devem estar alinhados com o
currículo e levar em consideração as habilidades e competências que os estudantes precisam
desenvolver.
Em seguida, é importante selecionar os conteúdos que serão abordados em cada aula, levando
em consideração o nível de conhecimento prévio dos estudantes e o tempo disponível para a
aula. Os conteúdos devem ser organizados de forma lógica e sequencial, de modo a permitir a
construção do conhecimento pelos estudantes.
A escolha da metodologia adequada é outro aspecto importante do planejamento de ensino. As
estratégias pedagógicas devem ser selecionadas de acordo com os objetivos e conteúdos a serem
ensinados, bem como com as características dos estudantes. Algumas das metodologias mais
utilizadas são aulas expositivas, trabalhos em grupo, debates, simulações, entre outras.
Os recursos didáticos também são fundamentais para o sucesso do planejamento de ensino. Eles
incluem materiais como livros, vídeos, jogos, quadro branco, projetor multimídia, entre outros.
A escolha dos recursos deve ser feita de acordo com os objetivos e conteúdos a serem ensinados,
bem como com as características dos estudantes.
Por fim, a avaliação é uma etapa essencial do planejamento de ensino. Ela permite ao professor
verificar se os objetivos foram alcançados e se os estudantes conseguiram aprender o que foi
proposto. As avaliações devem ser planejadas de acordo com os objetivos e conteúdos da aula,
utilizando diferentes instrumentos, como provas, trabalhos individuais ou em grupo,
apresentações, entre outros.
Em resumo, o planejamento de ensino é um processo complexo que envolve a definição de
objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e avaliação. Ele permite ao professor orientar e
guiar as atividades em sala de aula, de modo a garantir uma aprendizagem significativa e eficaz
para os estudantes.
É importante ressaltar que o planejamento educacional e de ensino não deve ser visto como um
processo burocrático, mas sim como uma ferramenta fundamental para a melhoria da qualidade
da educação. Ele deve ser um processo contínuo, que envolve avaliação e ajustes constantes
para garantir que os objetivos propostos sejam alcançados.
Avaliação Educacional e de Ensino
A avaliação educacional e de ensino é um processo contínuo e sistemático de coleta de
informações sobre o desempenho dos alunos, a fim de identificar os resultados e progressos
obtidos na aprendizagem, bem como as necessidades de aprimoramento dos processos
educativos. É uma das principais ferramentas para verificar se as metas educacionais estão
sendo alcançadas e orientar a tomada de decisões para a melhoria da qualidade do ensino.
Existem diversas formas de avaliação educacional e de ensino, sendo que as principais são:
1. Avaliação Diagnóstica: É realizada no início do ano letivo ou antes do início de um
novo conteúdo, com o objetivo de identificar o conhecimento prévio dos alunos, suas
habilidades e dificuldades, a fim de ajustar o planejamento e desenvolver estratégias de
ensino mais adequadas.
2. Avaliação Formativa: É realizada durante todo o processo de ensino e aprendizagem,
com o objetivo de identificar o desempenho dos alunos em relação aos objetivos
estabelecidos, permitindo o ajuste e a melhoria das estratégias de ensino.
3. Avaliação Somativa: É realizada ao final de um período de ensino (semestre, ano letivo),
com o objetivo de verificar o alcance das metas educacionais estabelecidas para o
período, e serve como instrumento de avaliação do desempenho do aluno.
4. Autoavaliação: É realizada pelo próprio aluno, com o objetivo de identificar seu próprio
desempenho, suas habilidades e dificuldades, e definir estratégias de estudo mais
eficazes.
Para que a avaliação educacional e de ensino seja efetiva, é importante que seja realizada de
forma sistemática, com critérios claros e objetivos, levando em conta as habilidades e
conhecimentos dos alunos e utilizando instrumentos diversificados, como provas, trabalhos,
projetos, observação do desempenho em sala de aula, entre outros.
A avaliação educacional e de ensino deve ser utilizada como um processo de feedback para o
aluno, fornecendo informações sobre seu desempenho e auxiliando-o a aprimorar suas
habilidades e conhecimentos, e também para o professor, permitindo que ele identifique suas
estratégias de ensino mais eficazes e realize ajustes no planejamento, caso necessário.
QUESTÕES
I. (SEDUC-CE/2018) Em relação à avaliação da aprendizagem, assinale a
alternativa correta:
a) A avaliação da aprendizagem deve se restringir a uma única forma de avaliação, para garantir
que todos os estudantes tenham as mesmas oportunidades.
b) A avaliação da aprendizagem é uma atividade contínua, que deve ser realizada apenas no
final do processo de ensino.
c) A avaliação da aprendizagem deve ser utilizada apenas para identificar os erros dos
estudantes, não sendo necessário apontar os acertos.
d) A avaliação da aprendizagem deve ser diversificada, utilizando diferentes instrumentos e
técnicas, a fim de possibilitar a avaliação de diferentes habilidades e competências dos
estudantes.
Resposta: A alternativa correta é a letra d. A avaliação da aprendizagem deve ser diversificada
e utilizar diferentes instrumentos e técnicas para possibilitar a avaliação de diferentes
habilidades e competências dos estudantes, além de contribuir para um diagnóstico mais preciso
do processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, é possível identificar não só as
dificuldades, mas também os acertos dos estudantes, possibilitando um feedback adequado e
um planejamento mais eficiente do processo educativo.
II. (PROVA CESPE - TCE-PA - 2016) A avaliação educacional tem como uma
das principais finalidades:
a) avaliar o professor.
b) avaliar o aluno.
c) avaliaro processo de ensino e aprendizagem.
d) avaliar o conhecimento prévio do aluno.
Resposta: C
Justificativa: A avaliação educacional tem como uma de suas principais finalidades avaliar o
processo de ensino e aprendizagem, identificando aspectos que necessitam ser aprimorados
para que o aprendizado do aluno seja mais efetivo. Não se trata apenas de avaliar o professor
ou o aluno isoladamente, mas sim de observar e analisar todo o processo de ensino e
aprendizagem.
III. (IFNMG - 2016) Sobre a avaliação formativa, é correto afirmar que:
a) é uma forma de avaliação que ocorre ao final do processo de ensino e aprendizagem, para
verificar o nível de aprendizagem dos estudantes.
b) é uma forma de avaliação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem,
permitindo ao professor verificar o nível de aprendizagem dos estudantes em tempo real e
possibilitando ajustes no processo.
c) é uma forma de avaliação que ocorre apenas no início do processo de ensino e aprendizagem,
para identificar as dificuldades dos estudantes.
d) é uma forma de avaliação que ocorre apenas durante a elaboração das atividades avaliativas.
e) é uma forma de avaliação que ocorre apenas na finalização do planejamento de ensino.
Resposta: A alternativa correta é a letra b) é uma forma de avaliação que ocorre durante todo o
processo de ensino e aprendizagem, permitindo ao professor verificar o nível de aprendizagem
dos estudantes em tempo real e possibilitando ajustes no processo. A avaliação formativa é um
tipo de avaliação contínua e sistemática, que ocorre durante todo o processo de ensino e
aprendizagem, com o objetivo de fornecer informações ao professor e ao estudante sobre o
progresso da aprendizagem, possibilitando ajustes no processo de ensino. É uma forma de
avaliação que visa fornecer feedback ao estudante, para que ele possa aprimorar sua
aprendizagem e também é uma forma de avaliação que auxilia o professor a aprimorar seu
processo de ensino.
IV. Questão: Quais são os tipos de avaliação educacional?
Resposta: Existem diferentes tipos de avaliação educacional, cada um com um objetivo
específico. Dentre eles, podemos destacar:
1. Avaliação diagnóstica: é realizada no início do processo de ensino-aprendizagem, com
o objetivo de identificar as habilidades, conhecimentos e dificuldades dos alunos, para
que o professor possa planejar sua prática pedagógica de acordo com as necessidades
individuais de cada um.
2. Avaliação formativa: é realizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem, com o
objetivo de acompanhar o desempenho dos alunos e fornecer feedbacks que possibilitem
a melhoria contínua do aprendizado. Nessa modalidade, o foco não é apenas verificar
se o aluno aprendeu ou não, mas sim como ele está aprendendo e o que pode ser feito
para aprimorar esse processo.
3. Avaliação somativa: é realizada ao final do processo de ensino-aprendizagem, com o
objetivo de verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Nessa
modalidade, geralmente são aplicadas provas, testes ou trabalhos finais, e os resultados
são utilizados para atribuir notas ou conceitos aos alunos.
4. Avaliação externa: é realizada por instituições ou órgãos externos à escola, com o
objetivo de verificar a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos em nível
regional, estadual ou nacional. Geralmente, os resultados dessas avaliações são
utilizados para aprimorar as políticas educacionais e promover mudanças nas escolas
que apresentam desempenho insatisfatório.
Educação Inclusiva
A educação inclusiva é uma abordagem que busca garantir a igualdade de oportunidades para
todos os alunos, independentemente de suas diferenças e limitações. A ideia é que a escola deve
estar preparada para atender às necessidades educacionais de todos os alunos, promovendo a
inclusão e a convivência social.
Para que a educação inclusiva seja efetiva, é importante que a escola esteja preparada para lidar
com as diferenças individuais de seus alunos. Isso inclui a adaptação do currículo escolar e das
metodologias de ensino para que possam atender a diferentes estilos de aprendizagem,
necessidades especiais e limitações dos alunos.
Além disso, é fundamental que a escola crie um ambiente acolhedor e inclusivo, que respeite
as diferenças e valorize a diversidade. É importante que os alunos se sintam acolhidos e
valorizados, independentemente de suas diferenças.
A inclusão escolar pode ser alcançada por meio de diferentes estratégias, como a adoção de
materiais didáticos e recursos tecnológicos que auxiliem na aprendizagem, a contratação de
profissionais especializados em educação inclusiva e a formação de professores para lidar com
a diversidade.
A educação inclusiva é um direito assegurado pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (LDB), que estabelecem a obrigatoriedade de as escolas proporcionarem
uma educação inclusiva e de qualidade para todos os alunos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é a principal lei brasileira que regula a educação
no país, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional. Entre os principais pontos da
LDB, destacam-se:
1. Educação como direito de todos: A LDB define a educação como um direito de todos,
garantido pelo Estado, e que deve ser oferecida de forma gratuita e obrigatória dos 4 aos
17 anos.
2. Ensino fundamental e médio: A lei estabelece que o ensino fundamental e médio são
obrigatórios e devem ser oferecidos pelo Estado, de forma gratuita.
3. Educação infantil: A LDB reconhece a educação infantil como a primeira etapa da
educação básica, destinada a crianças de até cinco anos de idade.
4. Autonomia das instituições educacionais: A lei estabelece a autonomia das instituições
educacionais, permitindo que elas possam definir suas próprias propostas pedagógicas.
5. Avaliação do desempenho escolar: A LDB prevê a realização de avaliações periódicas
do desempenho escolar, com o objetivo de verificar a qualidade da educação oferecida.
6. Formação de professores: A lei estabelece que a formação de professores deve ser feita
em cursos de licenciatura de graduação plena, reconhecidos pelo Ministério da
Educação.
7. Educação inclusiva: A LDB reconhece o direito à educação inclusiva, garantindo o
atendimento educacional especializado a estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
8. Gestão democrática: A lei prevê a gestão democrática das instituições educacionais,
com a participação da comunidade escolar na tomada de decisões.
9. Financiamento da educação: A LDB estabelece que a educação é uma prioridade de
investimento, devendo receber recursos públicos suficientes para garantir a sua
qualidade.
Cabe ressaltar que a educação inclusiva é uma abordagem em constante evolução e que exige
um comprometimento de todos os envolvidos no processo educacional, desde os gestores
escolares até os professores, alunos e suas famílias.
Democratização do acesso e garantia da permanência e êxito
escolar
A democratização do acesso e a garantia da permanência e êxito escolar são princípios
fundamentais da educação que visam proporcionar uma educação de qualidade e inclusiva para
todos os estudantes.
A democratização do acesso refere-se ao direito de todos os cidadãos de terem acesso à
educação, independente de sua condição social, econômica, cultural, religiosa ou de gênero.
Isso significa que o Estado deve oferecer educação de qualidade para todos, por meio de escolas
públicas, garantindo o acesso aos bens culturais, científicos e tecnológicos.
A garantia da permanência e êxito escolar refere-se à responsabilidade do Estado em garantir
que todos os estudantes possam permanecer na escola, concluindo com êxito seu percurso
escolar. Isso implica na adoção de políticas que promovam a igualdade de oportunidades de
aprendizagem, a inclusãoe o combate à evasão escolar.
Algumas medidas que podem ser adotadas para garantir a democratização do acesso e a
permanência e êxito escolar incluem:
• Acesso universal à educação de qualidade, incluindo a educação infantil, o ensino
fundamental, médio e superior;
• Políticas de inclusão, tais como ações afirmativas para grupos historicamente excluídos,
como negros, indígenas e pessoas com deficiência;
• Políticas de financiamento público da educação, visando garantir o acesso de todos os
estudantes;
• Criação de programas de apoio aos estudantes, como bolsas de estudos, transporte
escolar e alimentação escolar;
• Políticas de valorização dos profissionais da educação, visando garantir a qualidade do
ensino;
• Avaliação contínua dos processos educativos e dos resultados, visando a melhoria da
qualidade do ensino.
Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
As relações entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS) são um campo de estudos que tem por
objetivo analisar como as transformações tecnológicas e científicas afetam a sociedade e como
a sociedade, por sua vez, influencia o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
A abordagem CTS considera a ciência e a tecnologia como atividades humanas que não podem
ser dissociadas do contexto social, político, econômico e cultural em que ocorrem. Nesse
sentido, as transformações científicas e tecnológicas têm impactos significativos na vida das
pessoas, na organização das sociedades e nas relações de poder.
A perspectiva CTS valoriza a participação democrática na tomada de decisões sobre questões
científicas e tecnológicas, defendendo que o desenvolvimento dessas áreas deve ser pautado
pela responsabilidade social e pela busca de soluções para problemas concretos da sociedade.
Dentre as principais temáticas abordadas na perspectiva CTS, podemos destacar:
• A relação entre ciência, tecnologia e meio ambiente: estuda como as transformações
tecnológicas e científicas afetam o meio ambiente e como a natureza influencia o
desenvolvimento dessas áreas.
• A relação entre ciência, tecnologia e saúde: investiga como as inovações científicas e
tecnológicas influenciam a saúde humana, considerando aspectos éticos e sociais.
• A relação entre ciência, tecnologia e gênero: analisa como as questões de gênero
influenciam o desenvolvimento científico e tecnológico, além de investigar como a
ciência e a tecnologia podem afetar as relações de gênero.
• A relação entre ciência, tecnologia e educação: estuda como a ciência e a tecnologia
podem ser utilizadas para a formação de cidadãos críticos e conscientes, além de
investigar como as escolas e universidades podem contribuir para o desenvolvimento
dessas áreas.
Em resumo, a perspectiva CTS busca entender como as relações entre ciência, tecnologia e
sociedade se dão e como essas áreas podem ser utilizadas para o benefício da sociedade de
forma democrática e responsável.
Pedagogia Histórico-Critica
A Pedagogia Histórico-Crítica é uma teoria educacional crítica desenvolvida por Dermeval
Saviani na década de 1980. Ela tem como objetivo transformar a sociedade por meio da
educação, buscando a superação das desigualdades sociais e a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.
Essa teoria se baseia na concepção de que a educação é um instrumento de transformação social
e deve estar a serviço dos interesses da classe trabalhadora. A Pedagogia Histórico-Crítica
propõe uma prática educativa voltada para a formação de indivíduos críticos, capazes de
compreender as contradições da sociedade e de atuar de forma consciente na transformação da
realidade.
O método de ensino da Pedagogia Histórico-Crítica é dialético, ou seja, parte da análise crítica
da realidade para a construção do conhecimento. O professor deve estimular o aluno a
questionar, debater e refletir sobre a realidade social, política e econômica, buscando
compreender as contradições e desigualdades existentes e pensando em estratégias de
transformação.
A Pedagogia Histórico-Crítica também enfatiza a importância da cultura como instrumento de
transformação social. O conhecimento cultural deve ser resgatado e valorizado, principalmente
aquele produzido pelos grupos socialmente subalternos.
Além disso, a Pedagogia Histórico-Crítica propõe uma educação escolar que seja integrada à
vida social, ou seja, que considere as experiências e vivências dos alunos fora da escola e as
relacione com o conteúdo curricular.
Em resumo, a Pedagogia Histórico-Crítica é uma teoria educacional crítica que busca a
transformação da sociedade por meio da educação, valorizando a cultura, a prática social e a
formação de indivíduos críticos e conscientes de sua realidade. Seu método de ensino é dialético
e busca a análise crítica da realidade como ponto de partida para a construção do conhecimento.
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que busca atender às
necessidades educacionais de pessoas que não tiveram acesso ou não concluíram a educação
básica na idade regular. A EJA pode ser oferecida tanto na modalidade presencial quanto a
distância e é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Entre os objetivos da EJA estão a promoção da escolarização e a garantia do direito à educação,
além da ampliação das oportunidades educacionais e do desenvolvimento de habilidades e
competências que possibilitem a inserção no mercado de trabalho e a participação social plena.
A EJA também tem como objetivo combater o analfabetismo e o abandono escolar, buscando
garantir a permanência e o êxito dos alunos.
A EJA possui currículos específicos para cada etapa da educação básica (ensino fundamental e
médio), que devem ser adaptados às características e necessidades dos alunos, levando em
consideração suas experiências de vida e conhecimentos prévios. Além disso, a EJA valoriza a
participação ativa dos alunos e o diálogo entre educador e educando, buscando uma educação
mais democrática e inclusiva.
Para atender às demandas da EJA, é preciso que as políticas públicas ofereçam condições
adequadas de ensino, como a formação continuada dos professores, a adequação de recursos
didáticos e a adaptação da estrutura física das escolas. Também é importante considerar as
questões sociais e culturais dos alunos da EJA, garantindo a equidade e a inclusão na educação.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
– ENGENHARIA QUÍMICA
PROCESSOS INDUSTRIAIS
INTRODUÇÃO
Os processos industriais são operações que envolvem transformações físicas, químicas e/ou
biológicas de matérias-primas em produtos finais. A engenharia química é a disciplina que se
dedica a projetar, implementar e otimizar esses processos.
Os processos industriais são um conjunto de operações integradas que transformam matérias-
primas em produtos acabados. Esses processos são aplicados em diversas áreas, desde a
produção de alimentos e bebidas até a fabricação de produtos químicos e equipamentos
eletrônicos.
Os processos industriais envolvem diversas etapas, como o tratamento de matérias-primas, a
realização de reações químicas, a separação de componentes, o transporte de materiais e a
geração de energia. O projeto desses processos é realizado pela engenharia química, que busca
otimizar a produção, minimizando os custos e maximizando a qualidade dos produtos.
Na engenharia química, os processos industriais são estudados a partir de uma perspectiva
macroscópica, considerando as propriedades das matérias-primas, a geometria dos
equipamentos, as condições operacionais, entre outros fatores. Com base nesses estudos, são
desenvolvidos modelos matemáticos que permitem prever o comportamento do processo em
diferentes condições.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS INDUSTRIAIS
Os processos industriais podem ser classificados de acordo com diversos critérios, como a
natureza da transformação,o tipo de matéria-prima, o modo de operação, entre outros. Alguns
exemplos de classificações comuns são:
Processos físicos: envolvem mudanças no estado físico da matéria, como filtração, destilação,
evaporação, cristalização, entre outros.
Processos químicos: envolvem reações químicas entre as matérias-primas, como síntese,
decomposição, combustão, entre outros.
Processos biológicos: envolvem o uso de organismos vivos para realizar as transformações,
como fermentação, tratamento de água e esgoto, entre outros.
Processos contínuos: operam em regime contínuo, com alimentação e retirada constante de
produtos.
Processos em batelada: operam em lotes, com alimentação inicial de matérias-primas e retirada
final de produtos.
ANÁLISE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
A análise de processos industriais é uma etapa fundamental para o projeto e otimização desses
sistemas. Algumas ferramentas e técnicas utilizadas nessa análise são:
Balanço de massa: equaciona as entradas e saídas de massa em um processo, permitindo o
cálculo de diversas variáveis importantes, como a vazão, a concentração e a pureza dos
produtos.
Balanço de energia: equaciona as entradas e saídas de energia em um processo, permitindo o
cálculo de diversas variáveis importantes, como a temperatura, a pressão e o consumo de
combustíveis.
Análise de custos: avalia os custos envolvidos na implementação e operação do processo,
permitindo a identificação de oportunidades de redução de despesas.
Simulação de processos: utiliza software específico para modelar o comportamento do processo
em diferentes cenários, permitindo a avaliação de diversas variáveis simultaneamente.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM PROCESSOS INDUSTRIAIS
Os processos industriais utilizam diversos equipamentos, de acordo com as características do
processo em questão. Alguns exemplos de equipamentos comuns são:
Reatores químicos: utilizados em processos que envolvem reações químicas, permitindo o
controle de temperatura, pressão, agitação e outros parâmetros.
Trocadores de calor: utilizados para transferência de calor entre fluidos, permitindo o
aquecimento ou resfriamento de matérias-primas e produtos.
Separadores: utilizados para separação de misturas líquidas, sólidas ou gasosas, permitindo a
obtenção de produtos mais puros.
Compressores: utilizados para compressão de gases, permitindo o armazenamento e transporte
de matérias-primas e produtos em alta pressão.
Bombas: utilizadas para movimentação de fluidos, permitindo o controle da vazão e da pressão
do processo.
Fornos: utilizados para aquecimento de matérias-primas em alta temperatura, permitindo a
realização de transformações físicas ou químicas.
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
As operações unitárias são operações básicas envolvidas nos processos industriais. Algumas
operações unitárias comuns são:
Mistura: combinação de dois ou mais componentes, geralmente líquidos, sólidos ou gases, para
produzir um produto final com propriedades desejadas.
Separação: separação de misturas líquidas, sólidas ou gasosas.
Transferência de calor: aquecimento ou resfriamento de matérias-primas e produtos.
Transferência de massa: transferência de componentes químicos entre fases, como líquido e
vapor.
Reação química: transformação de matérias-primas em produtos por meio de reações químicas.
TIPOS DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
Existem diferentes tipos de processos industriais, que variam de acordo com as características
dos produtos e das matérias-primas envolvidas. Alguns exemplos são:
Processos de transformação química: são aqueles em que há uma reação química para
transformar as matérias-primas em produtos acabados. Exemplos incluem a produção de
fertilizantes, polímeros, produtos farmacêuticos e alimentos.
Processos físicos: são aqueles em que há uma mudança física nas matérias-primas para produzir
o produto acabado. Exemplos incluem a produção de papel, vidro, metais e plásticos.
Processos de separação: são aqueles em que os componentes da mistura são separados para
produzir o produto acabado. Exemplos incluem a separação de água e óleo, purificação de água,
separação de gases e extração de minerais.
Processos de biotecnologia: são aqueles que utilizam microrganismos ou células vivas para
produzir produtos acabados. Exemplos incluem a produção de enzimas, vacinas, anticorpos e
produtos alimentícios.
ETAPAS DE UM PROCESSO INDUSTRIAL
Um processo industrial típico consiste em várias etapas, que podem variar de acordo com o tipo
de processo. Algumas das etapas comuns incluem:
Tratamento das matérias-primas: as matérias-primas são recebidas, armazenadas e preparadas
para o processo industrial. Essa etapa pode envolver a limpeza, a moagem, a mistura e outras
operações para garantir a qualidade das matérias-primas.
Reações químicas: se o processo envolve uma reação química, essa etapa consiste em controlar
as condições de temperatura, pressão e outras variáveis para obter o produto desejado.
Separação dos componentes: se o processo envolve a separação de componentes de uma
mistura, essa etapa consiste em utilizar diferentes processos, como filtração, destilação,
extração e outras operações para obter o produto desejado.
Tratamento dos resíduos: a geração de resíduos é inevitável em qualquer processo industrial.
Essa etapa consiste em tratar os resíduos gerados para minimizar o impacto ambiental e garantir
a conformidade com as regulamentações ambientais.
CONCLUSÃO
Os processos industriais são fundamentais para a produção de bens e serviços em diversos
setores da economia. A engenharia química é a disciplina que permite o projeto, implementação
e otimização desses processos, utilizando diversas ferramentas e técnicas. É importante ressaltar
que cada processo industrial é único e requer análises e soluções específicas, de acordo com
suas características.
ANÁLISE DE PROCESSOS
ANÁLISE DE FLUXO
A análise de fluxo é uma técnica utilizada para mapear e compreender como os materiais e as
informações fluem através de um processo industrial. Ela ajuda a identificar gargalos, estoques
excessivos, tempos de espera, retrabalho e outras ineficiências que afetam o desempenho do
processo.
Existem diversas ferramentas e técnicas utilizadas na análise de fluxo, incluindo o diagrama de
fluxo de processo, o mapa de fluxo de valor, o gráfico de Gantt e outras. Cada uma delas é útil
em diferentes situações, mas todas compartilham a mesma finalidade: mapear o processo de
maneira clara e fácil de entender.
DIAGRAMA DE FLUXO DE PROCESSO
O diagrama de fluxo de processo (DFP) é uma das ferramentas mais utilizadas na análise de
fluxo. Ele representa graficamente o fluxo de materiais e informações em um processo,
mostrando as atividades, os tempos de espera, os fluxos de material e outras informações
importantes.
Existem diferentes tipos de DFP, como o diagrama de blocos, o diagrama de fluxo de atividades,
o diagrama de fluxo de documentos, entre outros. Cada tipo é adequado para diferentes tipos
de processos e propósitos.
MAPA DE FLUXO DE VALOR
O mapa de fluxo de valor (MFV) é uma ferramenta utilizada para mapear o fluxo de valor em
um processo, que é definido como a sequência de atividades que criam valor para o cliente. O
MFV permite identificar onde o valor é criado e onde ocorrem as ineficiências que afetam a
eficiência e a qualidade do processo.
O MFV é geralmente dividido em duas partes: o fluxo de valor atual (FVA), que representa o
processo atual, e o fluxo de valor futuro (FVF), que representa o processo ideal. O FVA é
utilizado para identificar as ineficiências e oportunidades de melhoria, enquanto o FVF é
utilizado para definir um plano de ação para alcançar o processo ideal.
GRÁFICO DE GANTT
O gráfico de Gantt é uma ferramenta utilizada para visualizar o cronograma de um projeto ou
processo. Ele representa as atividades do processo em uma linha do tempo, mostrandoas datas
de início e término, as dependências entre as atividades e outras informações relevantes. O
gráfico de Gantt é útil para identificar atrasos e problemas de cronograma, permitindo que sejam
tomadas medidas para corrigi-los.
O gráfico de Gantt é uma ferramenta utilizada para o gerenciamento de projetos, que permite
visualizar o cronograma das atividades ao longo do tempo. Ele é composto por uma série de
barras horizontais, que representam as tarefas do projeto, posicionadas em uma escala de tempo.
Cada barra horizontal representa uma atividade específica, e seu comprimento indica a duração
dessa atividade. O início e o fim da atividade são indicados pelas extremidades da barra. É
possível também utilizar cores diferentes para representar diferentes tipos de atividades, como
por exemplo atividades críticas.
O gráfico de Gantt é muito útil para o planejamento e acompanhamento de projetos, pois
permite identificar as atividades críticas, ou seja, as que não podem atrasar sem atrasar todo o
projeto. Além disso, ele possibilita visualizar o tempo total necessário para a conclusão do
projeto e a alocação dos recursos necessários para cada atividade.
Uma das vantagens do gráfico de Gantt é a sua simplicidade e facilidade de compreensão,
tornando-o uma ferramenta muito popular no gerenciamento de projetos. Ele pode ser criado
utilizando softwares específicos ou até mesmo em uma planilha eletrônica, como o Excel.
No entanto, é importante lembrar que o gráfico de Gantt é uma ferramenta visual e não substitui
o planejamento detalhado do projeto. Ele deve ser utilizado em conjunto com outras técnicas
de gerenciamento de projetos para garantir o sucesso do projeto.
CONCLUSÃO
A análise de fluxo é uma técnica fundamental na análise de processos, permitindo identificar
gargalos, ineficiências e oportunidades de melhoria. Existem diversas ferramentas e técnicas
utilizadas na análise de fluxo, como o diagrama de fluxo de processo, o mapa de fluxo de valor
e o gráfico de Gantt, cada uma com sua finalidade e aplicação específica. A escolha da
ferramenta adequada depende do tipo de processo e dos objetivos da análise.
BALANÇO DE MASSA
O balanço de massa é uma técnica utilizada para analisar o fluxo de massa em um processo
industrial. Ele consiste em uma equação que relaciona as entradas e saídas de massa em um
sistema, de forma que a quantidade de massa que entra no sistema seja igual à quantidade de
massa que sai do sistema. A equação geral do balanço de massa é:
Entradas - Saídas = Acumulação
Onde "Entradas" são as quantidades de massa que entram no sistema, "Saídas" são as
quantidades de massa que saem do sistema e "Acumulação" é a quantidade de massa que se
acumula no sistema. O balanço de massa pode ser utilizado para calcular a quantidade de massa
em um sistema, identificar possíveis vazamentos e perdas de material, além de avaliar a
eficiência do processo.
BALANÇO DE MASSA:
Suponha que estamos analisando o processo de produção de açúcar a partir de cana-de-açúcar.
Nesse processo, a cana-de-açúcar é moída e lavada para extrair o caldo, que é então tratado e
evaporado para produzir o açúcar. O balanço de massa para esse processo seria:
Entradas: Cana-de-açúcar
Saídas: Açúcar, bagaço e água
Acumulação: Não há acumulação
A equação de balanço de massa seria:
Entrada de massa = Saída de massa
Cana-de-açúcar = Açúcar + Bagaço + Água
Ou seja, a quantidade de cana-de-açúcar que entra no processo deve ser igual à soma da
quantidade de açúcar, bagaço e água que saem do processo. Com base nessa equação, é possível
avaliar se o processo está sendo eficiente, se está ocorrendo algum vazamento ou desperdício
de material, entre outros aspectos.
BALANÇO DE ENERGIA
O balanço de energia é uma técnica utilizada para analisar o fluxo de energia em um processo
industrial. Ele consiste em uma equação que relaciona as entradas e saídas de energia em um
sistema, de forma que a quantidade de energia que entra no sistema seja igual à quantidade de
energia que sai do sistema. A equação geral do balanço de energia é:
Entradas - Saídas = Acumulação + Geração - Consumo
Onde "Entradas" são as quantidades de energia que entram no sistema, "Saídas" são as
quantidades de energia que saem do sistema, "Acumulação" é a quantidade de energia que se
acumula no sistema, "Geração" é a quantidade de energia gerada no sistema e "Consumo" é a
quantidade de energia consumida pelo sistema.
O balanço de energia pode ser utilizado para calcular a quantidade de energia em um sistema,
identificar possíveis desperdícios e perdas de energia, além de avaliar a eficiência energética
do processo. Ele é particularmente importante em processos que envolvem a transformação de
energia, como a geração de energia elétrica ou a produção de vapor.
Suponha agora que estamos analisando uma caldeira que gera vapor para alimentar um motor
a vapor em uma fábrica. O balanço de energia para esse processo seria:
Entradas: Combustível (ex: carvão), ar de combustão e água de alimentação
Saídas: Vapor, gases de combustão e condensado
Acumulação: Não há acumulação
A equação de balanço de energia seria:
Entrada de energia = Saída de energia + Geração de energia - Consumo de energia
Energia do combustível + Energia do ar = Energia do vapor + Energia dos gases de combustão
+ Energia do condensado
Ou seja, a quantidade de energia fornecida pelo combustível e pelo ar de combustão deve ser
igual à soma da quantidade de energia do vapor, dos gases de combustão e do condensado. Com
base nessa equação, é possível avaliar a eficiência energética da caldeira, identificar possíveis
perdas de energia e oportunidades de melhoria, entre outros aspectos.
CONCLUSÃO
O balanço de massa e energia são técnicas fundamentais na análise de processos industriais,
permitindo entender e controlar o fluxo de massa e energia em um sistema. O balanço de massa
é utilizado para analisar a quantidade de massa em um sistema, enquanto o balanço de energia
é utilizado para analisar a quantidade de energia em um sistema. Ambos podem ser utilizados
para identificar desperdícios, ineficiências e oportunidades de melhoria em um processo
industrial.
Além do balanço de massa e energia, a análise de processos também envolve o estudo de outras
áreas importantes, tais como:
Termodinâmica: que trata das leis que governam o comportamento da energia em um sistema.
A termodinâmica é fundamental na análise de processos industriais, pois ajuda a determinar as
propriedades dos materiais e das substâncias envolvidas nos processos, como a temperatura, a
pressão, a entalpia, a entropia, entre outras.
Cinética Química: que estuda a velocidade das reações químicas e como elas são influenciadas
pelas condições do processo, tais como a concentração de reagentes, a temperatura, a pressão e
o catalisador. A cinética química é importante para o projeto de reatores químicos e para o
controle da qualidade de produtos químicos.
Operações Unitárias: que são as etapas básicas de um processo industrial, tais como a separação,
a mistura, a destilação, a filtração, a secagem, entre outras. Cada operação unitária envolve
princípios físicos e químicos específicos e pode ser otimizada para maximizar a eficiência do
processo.
Controle de Processos: que é a área que se dedica ao monitoramento e controle dos processos
industriais para garantir a qualidade do produto final e a segurança das operações. O controle
de processos envolve o uso de técnicas avançadas, como o controle por realimentação, controle
multivariável, controle preditivo, entre outros.
A análise de processos é uma área multidisciplinar que envolve conhecimentos em química,
física, matemática, engenharia mecânica, elétrica, computação, entre outras. O objetivo é
entender o comportamento dos sistemas e processos industriais para otimizar o desempenho e
a eficiência, reduzircustos, melhorar a qualidade do produto e garantir a segurança das
operações.
SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Sistema de tratamento de resíduos é uma área importante da engenharia química que se
concentra em métodos para minimizar a poluição e reduzir os resíduos que são gerados em
diversos processos industriais. Nesta área, há uma variedade de tecnologias disponíveis para
tratar diferentes tipos de resíduos, como líquidos, sólidos e gases.
Os principais métodos de tratamento de resíduos incluem:
Tratamento físico: Este processo envolve a separação dos componentes sólidos e
líquidos do resíduo por meio de processos como filtragem, sedimentação e centrifugação. Este
processo é frequentemente usado para tratar águas residuais.
Os métodos de tratamento físico incluem separação por gravidade, sedimentação, filtração,
centrifugação e flotação.
Separação por gravidade: É um processo em que os materiais sólidos mais pesados se depositam
no fundo de um recipiente devido à sua gravidade específica mais alta. Este processo é
frequentemente usado para tratar águas residuais que contêm sólidos em suspensão, como areia
e partículas minerais.
Sedimentação: A sedimentação é um processo em que as partículas sólidas em suspensão são
separadas da água pela força da gravidade. A água é deixada em repouso em um tanque ou
recipiente, permitindo que as partículas se depositem no fundo. A água clarificada é então
removida da parte superior do tanque. Este processo é frequentemente usado para remover
partículas sólidas e suspensas de águas residuais.
Filtração: A filtração é um processo em que um material sólido é removido de um líquido
através de um meio poroso, como um filtro. A filtração pode ser usada para remover partículas
sólidas e suspensas de águas residuais.
Centrifugação: A centrifugação é um processo em que a força centrífuga é usada para separar
materiais com diferentes densidades em suspensão em um líquido. A suspensão é colocada em
um rotor em alta velocidade, fazendo com que as partículas mais pesadas se depositem no fundo
do rotor. Este processo é frequentemente usado para separar sólidos de líquidos em águas
residuais.
Flotação: A flotação é um processo em que as partículas sólidas são separadas do líquido através
da criação de bolhas de ar finas na suspensão. As partículas sólidas aderem às bolhas de ar e
flutuam até a superfície da suspensão. Este processo é frequentemente usado para remover
gorduras e óleos de águas residuais.
Esses são apenas alguns exemplos dos métodos de tratamento físico utilizados para tratar
resíduos. Cada método tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha do método
depende do tipo de resíduo a ser tratado e das metas específicas de tratamento. Os engenheiros
químicos avaliam vários fatores antes de decidir qual método de tratamento é mais adequado
para uma aplicação específica.
Tratamento químico: Este processo envolve a adição de produtos químicos ao resíduo
para remover ou transformar seus componentes. Isso pode incluir processos como
neutralização, oxidação e redução.
Esses métodos envolvem a adição de produtos químicos para alterar as características dos
resíduos, a fim de remover ou degradar as substâncias tóxicas.
Os principais métodos de tratamento químico incluem:
Oxidação: É um processo químico que envolve a adição de um agente oxidante, como peróxido
de hidrogênio ou cloro, para degradar os contaminantes químicos. Este processo pode destruir
muitos tipos de poluentes, incluindo hidrocarbonetos, fenóis e cianetos.
Precipitação: A precipitação é um processo químico em que um reagente é adicionado a uma
solução para formar um sólido insolúvel que pode ser separado do líquido. Este processo é
frequentemente usado para remover metais pesados, como chumbo e cádmio, que podem
formar precipitados com sulfato ou hidróxido.
Neutralização: A neutralização é um processo químico em que um ácido ou base é adicionado
a uma solução para ajustar o pH. Este processo pode ser usado para neutralizar ácidos ou bases
fortes que podem estar presentes em resíduos.
Adsorção: A adsorção é um processo em que os contaminantes são removidos da solução por
adesão em superfícies sólidas, como carvão ativado ou zeólita. Este processo é frequentemente
usado para remover compostos orgânicos voláteis.
Coagulação/Floculação: A coagulação/floculação é um processo em que um agente coagulante
é adicionado à solução para formar aglomerados de partículas finas. Em seguida, um agente
floculante é adicionado para aglutinar as partículas em flocos maiores que podem ser removidos
da solução. Este processo é frequentemente usado para remover partículas finas e coloidais.
Tratamento biológico: Os métodos de tratamento biológico envolvem a utilização de
microrganismos, como bactérias, fungos e protozoários, para degradar e remover os
contaminantes presentes nos resíduos. Esses microrganismos são capazes de utilizar os
contaminantes como fonte de alimento ou energia, transformando-os em produtos mais simples
e menos tóxicos.
Existem diversos métodos de tratamento biológico, cada um com características específicas e
aplicabilidades distintas. Entre eles, destacam-se:
Lodos ativados: Este método envolve a utilização de bactérias aeróbicas para decompor a
matéria orgânica presente nos resíduos. A água residuária é agitada para fornecer oxigênio às
bactérias, que metabolizam a matéria orgânica, convertendo-a em dióxido de carbono, água e
novas células bacterianas. O lodo resultante é então separado do efluente e pode ser recirculado
para manter a população bacteriana.
Filtro biológico: Este método envolve a passagem do efluente através de um meio suporte,
como pedras ou plástico, em que uma camada de microrganismos é estabelecida. Esses
microrganismos decompõem os contaminantes presentes no efluente, convertendo-os em
produtos mais simples e menos tóxicos. À medida que o efluente passa pelo meio suporte, os
contaminantes são removidos e o efluente tratado é coletado.
Digestão anaeróbia: Este método envolve a utilização de bactérias anaeróbias para decompor a
matéria orgânica presente nos resíduos em um ambiente sem oxigênio. O processo de digestão
anaeróbia produz biogás, que pode ser utilizado como fonte de energia renovável.
Wetlands construídos: Este método envolve a utilização de plantas e microrganismos para
remover contaminantes do efluente. Os wetlands construídos podem ser construídos com
diversos tipos de plantas, como juncos e taboas, que fornecem um ambiente favorável para o
crescimento de microrganismos que decompõem os contaminantes presentes no efluente.
Tratamento térmico: Este processo utiliza calor para destruir os componentes do
resíduo. Isso pode incluir processos como incineração, pirólise e gaseificação.
O tratamento térmico é um método de tratamento de resíduos que envolve a utilização de calor
para destruir contaminantes ou reduzir o volume dos resíduos. Esse método é especialmente
indicado para resíduos perigosos, como resíduos hospitalares e químicos, que não podem ser
tratados de forma eficiente por outros métodos de tratamento.
Existem diversos métodos de tratamento térmico, cada um com características específicas e
aplicabilidades distintas. Entre eles, destacam-se:
Incineração: A incineração envolve a queima dos resíduos em altas temperaturas, geralmente
acima de 800°C. Durante o processo de incineração, os contaminantes presentes nos resíduos
são destruídos, produzindo gases e cinzas. Os gases resultantes são tratados para reduzir a
emissão de poluentes na atmosfera, enquanto as cinzas são coletadas e dispostas em aterros
sanitários.
Pirólise: A pirólise envolve a degradação dos resíduos em um ambiente de alta temperatura,
geralmente entre 400°C e 800°C, na ausência de oxigênio. O processo de pirólise produz gases,
líquidos e sólidos, que podem ser utilizados como fontede energia ou matérias-primas para a
produção de novos produtos.
Gaseificação: A gaseificação envolve a transformação dos resíduos em um gás combustível,
chamado gás de síntese, em um ambiente de alta temperatura e baixa oxigenação. O gás de
síntese pode ser utilizado como fonte de energia ou como matéria-prima para a produção de
produtos químicos.
Plasma: O tratamento por plasma envolve a utilização de um plasma de alta temperatura para
destruir os contaminantes presentes nos resíduos. O plasma é uma mistura de gases ionizados e
elétrons que atingem altas temperaturas, geralmente acima de 1000°C. Durante o processo de
tratamento, os contaminantes presentes nos resíduos são destruídos e convertidos em produtos
mais simples e menos tóxicos.
Algumas das fórmulas importantes utilizadas no tratamento de resíduos incluem:
Fórmula para a determinação do pH: pH = -log[H+], onde [H+] é a concentração de íons
hidrogênio na solução.
A diferença entre um ácido forte e um ácido fraco está relacionada com a capacidade do ácido
em se dissociar em solução aquosa. Ácidos fortes são aqueles que se dissociam completamente
em íons hidrônio (H+) e ânion em solução aquosa, enquanto ácidos fracos são aqueles que se
dissociam parcialmente.
Para identificar um ácido forte, podemos observar algumas características como:
• Quando dissolvido em água, o ácido forte produz uma solução altamente ácida (pH
baixo);
• A constante de dissociação ácida (Ka) do ácido forte é grande, indicando que a
dissociação é favorecida;
• Ácidos fortes geralmente são compostos de elementos altamente eletronegativos, como
Cl, Br, I, N, S e H.
Para identificar uma base forte, podemos observar algumas características como:
• Quando dissolvida em água, a base forte produz uma solução altamente básica (pH alto);
• A constante de dissociação básica (Kb) da base forte é grande, indicando que a
dissociação é favorecida;
• Bases fortes geralmente são compostas de metais alcalinos e alcalino-terrosos, como
NaOH, KOH, Ca(OH)2, Ba(OH)2.
Já uma base fraca apresenta as seguintes características:
• Quando dissolvida em água, a base fraca produz uma solução levemente básica (pH
próximo a 7);
• A constante de dissociação básica (Kb) da base fraca é pequena, indicando que a
dissociação é desfavorecida;
• Bases fracas geralmente são compostas de compostos orgânicos que possuem grupos
funcionais básicos, como NH3 e aminas.
Fórmula para a determinação da concentração de um composto: C = m/V, onde C é a
concentração do composto, m é a massa do composto e V é o volume da solução.
Fórmula para o cálculo da DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio): DBO = (O2 consumido
no teste - O2 consumido no branco) x F, onde F é o fator de diluição da amostra.
Fórmula para o cálculo da DQO (Demanda Química de Oxigênio): DQO = (O2 consumido no
teste - O2 consumido no branco) x F x K, onde F é o fator de diluição da amostra e K é o fator
de equivalência entre a quantidade de oxigênio consumido e a quantidade de composto orgânico
presente na amostra.
Em resumo, o tratamento de resíduos é um processo complexo que envolve várias tecnologias
e métodos de tratamento. As fórmulas acima mencionadas são algumas das ferramentas
importantes utilizadas pelos engenheiros químicos para determinar a eficiência do tratamento
de resíduos.
QUESTÕES
I. Uma solução de ácido acético (CH3COOH) tem uma concentração
de 0,1 mol/L e um pH de 2,9. Determine a porcentagem de ionização
do ácido acético na solução.
Resolução:
O ácido acético é um ácido fraco e, portanto, ele não se dissocia completamente em água. A
equação de dissociação do ácido acético é dada por:
CH3COOH + H2O ↔ H3O+ + CH3COO-
Onde H3O+ é o íon hidrônio e CH3COO- é o íon acetato.
A constante de equilíbrio para a dissociação do ácido acético é conhecida como Ka. A expressão
para Ka é dada por:
Ka = [H3O+][CH3COO-]/[CH3COOH]
Onde [H3O+], [CH3COO-] e [CH3COOH] representam as concentrações de íons hidrônio,
acetato e ácido acético, respectivamente.
A relação entre o pH e a concentração de íons hidrônio é dada por:
pH = -log[H3O+]
Substituindo os valores dados na questão, temos:
pH = 2,9
[CH3COOH] = 0,1 mol/L
Para calcular a concentração de íons hidrônio na solução, é necessário usar a fórmula do pH:
pH = -log[H3O+]
2,9 = -log[H3O+]
[H3O+] = 1,3 x 10^-3 mol/L
Substituindo os valores de [H3O+], [CH3COO-] e [CH3COOH] na expressão de Ka, temos:
Ka = (1,3 x 10^-3) x (x) / (0,1 - x)
Onde x é a concentração de acetato (CH3COO-) na solução, que é igual à concentração de íons
hidrônio ([H3O+]) devido à neutralidade elétrica da solução.
Reorganizando a equação, temos:
x^2 + Ka x - Ka [CH3COOH] = 0
Substituindo os valores de Ka e [CH3COOH], temos:
x^2 + 1,75 x 10^-5 x - 0,1 x 1,75 x 10^-5 = 0
Resolvendo a equação do segundo grau, temos:
x = 0,0056 mol/L
A porcentagem de ionização do ácido acético na solução é dada por:
% de ionização = (concentração de acetato / concentração inicial de ácido acético) x 100%
% de ionização = (0,0056 / 0,1) x 100% = 5,6%
II. Um técnico precisa preparar uma solução de ácido sulfúrico
(H2SO4) com concentração de 1 mol/L. Sabendo que ele possui um
frasco contendo 500 mL de ácido sulfúrico com concentração de 5
mol/L, determine a quantidade de ácido sulfúrico e de água que ele
deve utilizar para preparar essa solução.
Para resolver essa questão, podemos utilizar a fórmula de diluição:
C1V1 = C2V2
Onde:
• C1: concentração inicial da solução (mol/L);
• V1: volume inicial da solução (mL ou L);
• C2: concentração final da solução (mol/L);
• V2: volume final da solução (mL ou L).
Substituindo os valores conhecidos na fórmula, temos:
5 mol/L x V1 = 1 mol/L x 500 mL
V1 = (1 mol/L x 500 mL) / 5 mol/L
V1 = 100 mL
III. A DBO de uma amostra de esgoto foi determinada em laboratório e
o valor obtido foi de 200 mg/L. Sabendo que a eficiência de remoção
de DBO de uma estação de tratamento de esgoto é de 80%, qual é a
concentração de DBO na saída da estação de tratamento?
Para resolver essa questão, podemos utilizar a fórmula:
DBO saída = DBO entrada x (1 - E)
Onde:
• DBO saída: concentração de DBO na saída da estação de tratamento (mg/L);
• DBO entrada: concentração de DBO na entrada da estação de tratamento (mg/L);
• E: eficiência de remoção de DBO da estação de tratamento (adimensional).
Substituindo os valores conhecidos na fórmula, temos:
DBO saída = 200 mg/L x (1 - 0,8)
DBO saída = 40 mg/L
Portanto, a concentração de DBO na saída da estação de tratamento é de 40 mg/L. Isso significa
que a estação de tratamento de esgoto foi capaz de remover 80% da DBO presente na amostra
de esgoto, resultando em uma água com menor carga orgânica e, consequentemente, menos
poluente para o meio ambiente.
IV. Uma amostra de efluente industrial tem uma DQO de 500 mg/L.
Qual é a quantidade de oxigênio necessário para oxidar
completamente a matéria orgânica presente nessa amostra?
Para resolver essa questão, podemos utilizar a fórmula:
Oxigênio necessário (mg/L) = DQO (mg/L) / fator de oxigênio
Onde:
• Oxigênio necessário: quantidade de oxigênio necessário para oxidar completamente a
matéria orgânica presente na amostra (mg/L);
• DQO: Demanda Química de Oxigênio da amostra (mg/L);
• Fator de oxigênio: quantidade de oxigênio necessária para oxidar completamente um
mol de matéria orgânica (mg O2/mmol).
O fator de oxigênio para a matéria orgânica pode variar de acordo com a composição da
amostra. Por exemplo, para a maioria dos compostos orgânicos, o fator de oxigênio é de
aproximadamente 1,5 mg O2/mmol.
Substituindo os valores conhecidos na fórmula, temos:
Oxigênio necessário (mg/L) = 500 mg/L / 1,5 mg O2/mmol
Oxigênio necessário (mg/L) = 333,3 mg/L
Portanto, a quantidade de oxigênio necessário para oxidar completamente a matéria orgânica
presente na amostra é de 333,3 mg/L.
REATORES INDUSTRIAISReatores industriais são equipamentos utilizados em processos químicos para produzir
compostos químicos a partir de reagentes, através de reações químicas controladas. A escolha
do tipo de reator a ser utilizado depende das características do processo químico, como a
cinética da reação, a temperatura e a pressão de operação, entre outras.
Existem vários tipos de reatores industriais, cada um com características e aplicações
específicas. Alguns exemplos são:
O reator de tanque agitado (RTA) é um dos tipos mais comuns de reatores utilizados na
indústria química. Consiste em um tanque fechado, equipado com um ou mais agitadores
mecânicos que misturam os reagentes e promovem a reação química.
Os RTAs são amplamente utilizados em processos que requerem uma mistura rápida e
homogênea dos reagentes, além de serem indicados para produções em pequena escala. A
agitação é fundamental para a mistura completa dos reagentes, evitando a formação de zonas
mortas onde a reação não ocorre de forma eficiente.
Os RTAs podem ser operados em batelada, onde a carga dos reagentes é adicionada de uma só
vez, ou em regime contínuo, onde há uma alimentação constante dos reagentes e remoção dos
produtos formados. A escolha entre os dois modos de operação depende das características do
processo químico e das necessidades específicas da produção.
O controle da temperatura é fundamental no RTA, pois muitas reações químicas são sensíveis
à temperatura e podem sofrer alterações indesejadas caso a temperatura não seja controlada
adequadamente. Geralmente, a temperatura é controlada por meio de um sistema de
aquecimento ou resfriamento, que mantém a temperatura desejada durante todo o processo.
Os RTAs também podem ser equipados com sensores para monitorar o pH, a concentração de
reagentes e produtos, além de outros parâmetros importantes para o controle da reação química.
Esses sensores permitem que o operador do reator monitore a reação em tempo real, ajustando
os parâmetros conforme necessário para manter a eficiência da reação.
Apesar de ser um tipo comum de reator, o RTA apresenta algumas desvantagens, como o alto
custo de instalação e manutenção, a necessidade de grande espaço físico e a dificuldade de
operação em larga escala. Entretanto, esses problemas são geralmente contornados com a
utilização de outros tipos de reatores em processos químicos de maior escala e com a evolução
de tecnologias de controle e monitoramento de processos industriais.
Os reatores de leito fixo são amplamente utilizados em processos químicos e petroquímicos
para reações catalíticas, adsorção e outras reações heterogêneas. Nesses reatores, o catalisador
é colocado em um leito fixo, onde o fluido de reação flui através do leito de maneira
perpendicular ou paralela à direção do fluxo do fluido.
Os reatores de leito fixo têm a vantagem de ter uma alta eficiência de transferência de massa e
calor, uma vez que o catalisador é imobilizado em um leito fixo e, portanto, não é facilmente
removido do reator. Além disso, o catalisador é facilmente regenerado e reciclado em processos
contínuos.
No entanto, um dos principais desafios dos reatores de leito fixo é o problema de obstrução do
leito, que ocorre devido ao acúmulo de produtos de reação ou impurezas no catalisador, que
diminui a eficiência do reator. Por isso, é importante ter uma boa compreensão das propriedades
físicas e químicas do catalisador e do processo de reação, para evitar obstruções e garantir uma
operação eficiente e segura do reator.
Existem vários tipos de reatores de leito fixo, incluindo reatores de leito fixo de fluxo
ascendente, reatores de leito fixo de fluxo descendente e reatores de leito fixo de fluxo radial.
Cada tipo de reator tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha do tipo de reator
depende das propriedades do catalisador, das condições de operação e do tipo de reação que
está sendo realizada.
Os reatores de leito fixo são amplamente utilizados em várias indústrias, como a química,
petroquímica, de polímeros e de processamento de alimentos, e desempenham um papel
importante na produção de produtos químicos, combustíveis, polímeros e outros materiais.
As vantagens dos reatores de leito fixo incluem:
• Alta eficiência de transferência de massa e calor: como o catalisador está imobilizado
em um leito fixo, o fluido de reação flui através do leito, o que garante uma boa
distribuição do catalisador e um contato íntimo entre o catalisador e o fluido de reação.
Isso garante uma alta eficiência de transferência de massa e calor, que é importante para
reações catalíticas e outras reações heterogêneas.
• Facilidade de regeneração e reciclagem do catalisador: em processos contínuos, é
importante regenerar e reciclar o catalisador para manter a eficiência do reator. Os
reatores de leito fixo permitem a regeneração e reciclagem do catalisador com relativa
facilidade.
• Operação contínua: os reatores de leito fixo são adequados para operações contínuas
devido à alta eficiência de transferência de massa e calor e à facilidade de regeneração
e reciclagem do catalisador.
No entanto, os reatores de leito fixo também apresentam algumas desvantagens, como:
• Problemas de obstrução do leito: o acúmulo de produtos de reação ou impurezas no
catalisador pode causar obstrução do leito, o que diminui a eficiência do reator. É
necessário ter uma boa compreensão das propriedades físicas e químicas do catalisador
e do processo de reação para evitar obstruções.
• Dificuldade em controlar a distribuição do catalisador: em reatores de leito fixo, a
distribuição do catalisador é importante para garantir uma boa eficiência de
transferência de massa e calor. No entanto, é difícil controlar a distribuição do
catalisador, especialmente em reatores de grande escala.
• Problemas de transferência de massa em reações com baixa solubilidade: em reações
com baixa solubilidade, a transferência de massa pode ser limitada pela difusão do
reagente através do leito. Isso pode limitar a eficiência do reator.
Em geral, os reatores de leito fixo são amplamente utilizados em processos químicos e
petroquímicos para reações catalíticas e outras reações heterogêneas devido à sua alta eficiência
de transferência de massa e calor e facilidade de regeneração e reciclagem do catalisador. No
entanto, a escolha do tipo de reator depende das propriedades do catalisador, das condições de
operação e do tipo de reação que está sendo realizada.
Os reatores de leito fluidizado são amplamente utilizados em processos químicos e
petroquímicos, principalmente para a produção de polímeros, produção de combustíveis,
reforma de gás natural, craqueamento catalítico, entre outros. Eles são caracterizados pela
presença de um leito de partículas fluidizadas, ou seja, partículas sólidas que são mantidas em
suspensão no interior do reator através da passagem de um fluido (gás ou líquido) em alta
velocidade.
O funcionamento do reator de leito fluidizado ocorre da seguinte forma: o fluido de entrada é
injetado no fundo do reator e passa através de um distribuidor que fornece a energia necessária
para manter o leito de partículas em suspensão. À medida que o fluido passa através do leito,
ocorre a transferência de massa e calor entre as partículas e o fluido, promovendo as reações
químicas desejadas.
Existem dois tipos principais de reatores de leito fluidizado: o reator de leito fluidizado
borbulhante (BFB) e o reator de leito fluidizado circulante (CFB). No reator BFB, o fluido é
injetado no fundo do leito e passa através das partículas em uma velocidade relativamente baixa,
o que resulta em uma fluidização mais suave. Já no reator CFB, o fluido é injetado em alta
velocidade, o que provoca a formação de uma espécie de "redemoinho" dentro do reator,
permitindo a circulação das partículas em todo o leito.
Algumas vantagens dos reatores de leitofluidizado incluem a alta eficiência na transferência
de massa e calor, a possibilidade de utilização de partículas de tamanhos variados, a facilidade
de operação e manutenção, e a redução do risco de formação de pontos quentes no reator. No
entanto, a complexidade do processo e o alto custo de instalação e operação são algumas das
desvantagens desse tipo de reator.
Vantagens:
• Elevada transferência de massa e calor: devido à alta turbulência dos sólidos no leito
fluidizado, a transferência de massa e calor é muito eficiente.
• Alta superfície específica: os sólidos em leito fluidizado apresentam alta superfície
específica, o que favorece a adsorção e a catálise.
• Boa distribuição do catalisador: o catalisador é facilmente distribuído no leito
fluidizado, o que permite uma boa conversão das moléculas alimentadas.
• Reação em estado estacionário: o leito fluidizado permite a manutenção de um estado
estacionário na reação, o que é importante para garantir uma conversão constante ao
longo do tempo.
• Controle da temperatura: a alta transferência de calor no leito fluidizado permite um
controle preciso da temperatura do reator.
Desvantagens:
• Custo elevado: os reatores de leito fluidizado são geralmente mais caros do que outros
tipos de reatores.
• Necessidade de sólidos específicos: a seleção dos sólidos apropriados para o leito
fluidizado é importante para garantir o sucesso da reação.
• Dificuldade de escala: é difícil escalar um reator de leito fluidizado para tamanhos
maiores, o que limita sua aplicação em algumas indústrias.
• Possibilidade de quebra do catalisador: em alguns casos, a alta turbulência do leito pode
resultar na quebra do catalisador, o que reduz a eficiência da reação.
• Problemas de obstrução: a formação de depósitos no leito fluidizado pode levar à
obstrução do reator e reduzir a eficiência da reação.
Os reatores de membrana são uma classe de reatores que combinam a reação química com a
separação por membrana. Eles utilizam uma membrana seletiva que permite a passagem de
certos produtos ou espécies químicas enquanto impede a passagem de outras. Dessa forma, é
possível separar o produto da reação em tempo real e evitar reações secundárias indesejadas.
Os reatores de membrana podem ser utilizados para uma variedade de processos químicos, tais
como reações de esterificação, hidrogenação, oxidação, entre outros. Eles podem ser operados
em modo contínuo ou em batelada e apresentam diversas vantagens, como alta seletividade,
redução de subprodutos, melhoria da eficiência do processo, aumento do rendimento e
diminuição dos custos operacionais.
Existem vários tipos de membranas que podem ser utilizadas em reatores de membrana, como
as de polímeros sintéticos, cerâmicas e metálicas. A escolha do tipo de membrana a ser utilizada
depende das características do processo químico, das propriedades dos reagentes e produtos,
das condições operacionais, entre outros fatores.
Uma das principais desvantagens dos reatores de membrana é o custo elevado da membrana
seletiva, que pode tornar o processo economicamente inviável em alguns casos. Além disso, a
presença de sólidos ou impurezas no fluido de alimentação pode causar entupimento e reduzir
a eficiência do processo.
QUESTÕES
I. Qual é a vazão mássica de um produto em um reator de tanque
agitado com capacidade de 1000 L, alimentado com uma solução de
500 g/L de um reagente e operando em regime contínuo, com uma
vazão de alimentação de 10 L/min e um tempo de retenção de 2
horas, considerando que a conversão do reagente é de 80%?
Para resolver essa questão, podemos utilizar a seguinte fórmula para determinar a vazão
mássica:
Vazão mássica = Vazão volumétrica x Densidade x Conversão x Concentração
Onde:
• Vazão volumétrica é a vazão de alimentação do reagente, que é de 10 L/min
• Densidade é a densidade do produto formado, que pode ser estimada com base na
concentração e nas propriedades físicas dos reagentes e produtos
• Conversão é a porcentagem do reagente que é convertido em produto, que é de 80%
• Concentração é a concentração do reagente na solução de alimentação, que é de 500 g/L
Para calcular a densidade, podemos assumir que o produto formado tem densidade semelhante
à da água (1 g/mL).
Substituindo os valores na fórmula, temos:
Vazão mássica = 10 L/min x 1 g/mL x 0,8 x 500 g/L Vazão mássica = 4000 g/min
Portanto, a vazão mássica do produto formado é de 4000 g/min.
II. Um reator de leito fixo tem uma altura de 2 metros e um diâmetro
interno de 50 centímetros. Ele é preenchido com um catalisador
sólido, com uma densidade aparente de 1,2 kg/L e uma porosidade
de 0,4. Qual é o volume total do catalisador no reator?
Resolução:
Primeiro, precisamos calcular a área da seção transversal do reator, que é dada por:
Área = π * (diâmetro/2)² Área = π * (0,5/2)² Área = 0,19635 m²
Em seguida, podemos calcular o volume total do leito de catalisador usando a fórmula:
Volume = altura * área da seção transversal * porosidade
Substituindo os valores, temos:
Volume = 2 m * 0,19635 m² * 0,4 Volume = 0,157 m³
Finalmente, podemos calcular a massa total do catalisador no reator, usando a densidade
aparente:
Massa = Volume * densidade aparente Massa = 0,157 m³ * 1,2 kg/L Massa = 0,188 kg
Portanto, o volume total do catalisador no reator é de 0,157 m³ e a massa total é de 0,188 kg.
III. Um reator de leito fluidizado é utilizado para a produção de um
produto químico. A alimentação do reator é composta por uma
mistura líquida com uma vazão de 10 L/min contendo 20% em massa
do reagente A e 80% em massa do reagente B, com uma
concentração de A de 0,2 mol/L. A temperatura no reator é de 25°C
e a pressão é de 2 atm. O leito fluidizado é formado por partículas de
catalisador de diâmetro médio de 0,1 mm e densidade aparente de
500 kg/m³. A velocidade superficial do fluido é de 0,5 m/s e a
porcentagem de vazão de gás na mistura é de 40%. O reagente A é
completamente consumido e o rendimento da reação é de 95%.
Calcule:
a) A vazão volumétrica de gás na alimentação do reator.
b) A concentração de B na alimentação do reator.
c) O diâmetro mínimo do reator para garantir que as partículas de catalisador não sejam
arrastadas pela corrente de fluido. Considere uma velocidade mínima de fluidização de 0,15
m/s e uma densidade da partícula de 2.000 kg/m³.
a) A vazão molar de A na alimentação pode ser calculada como:
vazão molar de A = vazão volumétrica x concentração de A vazão molar de A = (10 L/min x
20% x 0,2 mol/L) / 1000 mL/L vazão molar de A = 0,004 mol/min
Como o reagente A é completamente consumido, a vazão molar total na alimentação é igual à
vazão molar de B:
vazão molar total = vazão molar de A + vazão molar de B vazão molar de B = vazão molar total
- vazão molar de A
A vazão molar total pode ser encontrada a partir da porcentagem de vazão de gás na mistura:
vazão molar total = vazão volumétrica x (1 - porcentagem de vazão de gás) vazão molar total
= (10 L/min x 60%) / 1000 mL/L vazão molar total = 0,006 mol/min
Substituindo os valores na equação, temos:
vazão molar de B = 0,006 mol/min - 0,004 mol/min vazão molar de B = 0,002 mol/min
A vazão volumétrica de gás pode ser encontrada a partir da relação entre a vazão molar total e
a concentração de B:
vazão volumétrica = vazão molar total / concentração de B vazão volumétrica = 0,006 mol/min
/ (0,8 mol/L x 10 L/min) vazão volumétrica = 0,00075 m³/min
b) A concentração de B na alimentação do reator.
A partir da informação de que a mistura líquida contém 20% em massa do reagente A e 80%
em massa do reagente B, podemos determinar a concentração de B na alimentação do reator.
Primeiro, vamos determinar a massa do reagente B na alimentação:
Massa de B na alimentação = massa total da alimentação x fração em massa de B na alimentação
Massa de B na alimentação = 10 L/min x 80% x 1000g/L Massa de B na alimentação = 8000
g/min
A partir da equação estequiométrica da reação, sabemos que o reagente A é completamente
consumido e que o rendimento da reação é de 95%. Portanto, podemos determinar a quantidade
de B consumida:
Mols de A consumidos = vazão volumétrica x concentração de A Mols de A consumidos = 10
L/min x 0,2 mol/L Mols de A consumidos = 2 mol/min
Como a proporção estequiométrica entre A e B é de 1:1, a quantidade de B consumida também
é de 2 mol/min. Como o rendimento da reação é de 95%, a quantidade de B produzida será de:
Mols de B produzidos = 2 mol/min x 0,95 Mols de B produzidos = 1,9 mol/min
Agora podemos determinar a concentração de B na alimentação:
Concentração de B na alimentação = mols de B na alimentação / vazão volumétrica
Concentração de B na alimentação = (8000 g/min / 1000 g/mol) / 10 L/min Concentração de B
na alimentação = 0,8 mol/L
Portanto, a concentração de B na alimentação do reator é de 0,8 mol/L.
c) Para calcular o diâmetro mínimo do reator, é necessário determinar a velocidade mínima
de fluidização (Umf) das partículas de catalisador. A equação de Wen-Yu é comumente usada
para calcular a velocidade mínima de fluidização de partículas em leito fluidizado:
Umf = [(ρs - ρf)gd]/[(150(1 - ε))μ]
onde:
ρs = densidade da partícula (kg/m³)
ρf = densidade do fluido (kg/m³)
g = aceleração da gravidade (m/s²)
d = diâmetro da partícula (m)
ε = fração de vazios do leito
μ = viscosidade do fluido (Pa·s)
Substituindo os valores dados na questão, temos:
IV. Um reator de membrana é utilizado para produzir uma solução de
açúcar a partir de uma solução inicial contendo 10% de açúcar em
massa. A alimentação do reator tem uma vazão de 10 L/min e uma
concentração de açúcar de 5% em massa. A solução é separada em
duas correntes pela membrana, sendo que uma corrente contém
90% da água e a outra corrente contém 90% do açúcar. Se a vazão
da corrente com açúcar é de 2 L/min, qual é a vazão da corrente
com água?
a) 8 L/min
b) 10 L/min
c) 12 L/min
d) 15 L/min
Para resolver essa questão, podemos utilizar o conceito de conservação de massa, que nos diz
que a massa total de um sistema é constante, ou seja, a massa que entra no sistema é igual à
massa que sai do sistema.
Sabemos que a vazão total de alimentação do reator é de 10 L/min e que a concentração de
açúcar na alimentação é de 5% em massa. Portanto, a vazão de açúcar que entra no sistema é:
Qaçúcar = 10 L/min x 0,05 = 0,5 kg/min
Também sabemos que a vazão da corrente com açúcar é de 2 L/min e que essa corrente contém
90% do açúcar da alimentação, o que significa que a massa de açúcar que sai da corrente com
açúcar é:
maçúcar = 0,9 x 0,5 kg/min = 0,45 kg/min
Como a massa total é conservada, a massa de açúcar que sai do sistema é igual à massa de
açúcar que entra no sistema. Portanto, a massa de açúcar que sai pela corrente com água é:
maçúcar = 0,5 kg/min - 0,45 kg/min = 0,05 kg/min
Agora podemos utilizar a informação de que a corrente com água contém 90% da água da
alimentação. Isso significa que a massa de água que sai do sistema é:
mágua = 0,9 x (10 L/min x 0,1 kg/L - 0,5 kg/min) = 0,81 kg/min
Para calcular a vazão de água, basta dividir a massa de água pela densidade da água:
Qágua = mágua / ρágua = 0,81 kg/min / 1 kg/L = 0,81 L/min
Portanto, a resposta correta é a letra c) 12 L/min.
PETROLEO E INDUSTRIA PETROQUIMICA
Certo, vamos falar sobre Petróleo e Indústria Petroquímica. O petróleo é uma substância oleosa
e escura, composta principalmente por hidrocarbonetos, encontrada em rochas sedimentares. É
uma fonte de energia importante, uma vez que é a principal fonte de combustíveis fósseis usados
para geração de energia elétrica, transporte e aquecimento. A indústria petroquímica utiliza
produtos derivados do petróleo como matéria-prima para produzir uma variedade de produtos
químicos.
Os principais processos envolvidos na produção e refinamento de petróleo são a perfuração de
poços de petróleo, extração do petróleo bruto do subsolo, separação dos componentes do
petróleo bruto em uma refinaria e processamento dos componentes para produzir diferentes
produtos.
Entre os principais componentes do petróleo bruto, temos:
Gás natural: composto principalmente por metano e etano, é utilizado como combustível para
aquecimento e geração de energia elétrica.
Gasolina: utilizada como combustível para automóveis.
Diesel: utilizado como combustível para motores de veículos pesados.
Querosene: utilizado como combustível para a aviação e aquecimento doméstico.
Lubrificantes: utilizados para lubrificação de motores e maquinários.
Asfalto: utilizado na pavimentação de estradas.
A indústria petroquímica utiliza produtos derivados do petróleo para produzir uma variedade
de produtos químicos, como plásticos, borrachas, fibras sintéticas, tintas, solventes, produtos
farmacêuticos e fertilizantes. A produção desses produtos envolve processos químicos
complexos, incluindo polimerização, craqueamento e oxidação.
Apesar de ser uma importante fonte de energia e matéria-prima para a indústria, a produção e
uso do petróleo têm impactos ambientais significativos, como a poluição do ar e da água,
emissão de gases de efeito estufa e danos à fauna e flora marinha. Por isso, é importante buscar
alternativas mais sustentáveis para a geração de energia e a produção de produtos químicos.
O petróleo bruto é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, compostos formados por átomos
de carbono e hidrogênio, com uma ampla gama de pesos moleculares. A produção dos
principais componentes do petróleo bruto envolve processos de separação, conversão e
tratamento químico para produzir produtos úteis.
O processo começa com a extração do petróleo bruto do solo ou do fundo do mar. Em seguida,
o petróleo bruto é transportado para refinarias por meio de oleodutos ou navios-tanque. Na
refinaria, o petróleo bruto passa por um processo de separação conhecido como destilação
fracionada. Nesse processo, o petróleo bruto é aquecido e vaporizado em uma torre de
destilação, onde os diferentes hidrocarbonetos são separados de acordo com seus pontos de
ebulição.
Os hidrocarbonetos mais leves, como o gás natural, são separados no topo da torre de destilação,
enquanto os hidrocarbonetos mais pesados, como a parafina, são separados na base. Os
hidrocarbonetos intermediários, como a gasolina, querosene e diesel, são coletados em bandejas
específicas na torre.
Os hidrocarbonetos separados na torre de destilação fracionada passam por processos adicionais
de conversão e tratamento químico para produzir produtos úteis, como gasolina, diesel,
querosene, lubrificantes e asfalto. A conversão química envolve processos como craqueamento,
reforma e hidrogenação, que quebram ou rearranjam os hidrocarbonetos para produzir
moléculas mais desejáveis. O tratamento químico envolve processos de purificação,
desulfurização e hidrogenação seletiva para remover impurezas e melhorar a qualidade do
produto final.
Os principais componentes do petróleo bruto incluem o gás natural, a gasolina, o querosene, o
diesel, os lubrificantes e o asfalto. Cada um desses componentes é produzido por meio de um
processo específico de separação, conversão e tratamento químico. A produção desses produtos
é fundamental para a economia global, uma vez que eles são usados em vários setores, como
transporte, energia, indústria química e construção.
A polimerização é um processo químico que envolve a união de muitas moléculas menores,
conhecidas como monômeros, para formar uma cadeia longa e ramificada chamada polímero.
Os polímeros são amplamente utilizados na indústria, especialmente na fabricação de plásticos,
borrachas, fibras e resinas.
Existem dois tipos principais de polimerização: adição e condensação. Na polimerização de
adição, os monômeros reagem uns com os outros sem perder nenhumoutro subproduto. Na
polimerização por condensação, os monômeros reagem uns com os outros liberando um
subproduto, geralmente água ou um álcool.
Os processos de polimerização podem ser realizados em solução, suspensão ou em massa. Na
polimerização em solução, o monômero é dissolvido em um solvente e o polímero é formado
na solução. Na polimerização em suspensão, os monômeros são misturados com um agente de
suspensão em um meio líquido, formando partículas suspensas que são polimerizadas. Na
polimerização em massa, os monômeros são aquecidos e misturados em um recipiente, onde
ocorre a polimerização.
Os processos de polimerização podem ser controlados para produzir diferentes propriedades
nos polímeros resultantes, como peso molecular, tamanho de cadeia, densidade e propriedades
mecânicas. Por exemplo, a polimerização em cadeia controlada permite que o tamanho da
cadeia seja controlado, resultando em polímeros com pesos moleculares específicos e
distribuições estreitas de peso molecular.
O controle do processo de polimerização é fundamental para produzir polímeros com as
propriedades desejadas. A polimerização também pode ser influenciada por outros fatores,
como temperatura, concentração de monômero e catalisadores. A escolha do tipo de processo
e dos parâmetros de polimerização depende da aplicação final do polímero.
Existem dois principais tipos de produção de plásticos: produção por polimerização e produção
por condensação.
Na produção por polimerização, os monômeros são combinados para formar polímeros de
cadeia longa. Este processo ocorre através de uma reação química chamada de polimerização
em massa, na qual os monômeros são misturados e aquecidos juntos até que a reação de
polimerização seja iniciada. Alternativamente, a polimerização em solução ocorre quando os
monômeros são dissolvidos em um solvente e, em seguida, a reação é iniciada por meio da
adição de um iniciador de polimerização. Em ambos os casos, os polímeros resultantes são
moldados em formas desejadas por meio de moldagem por injeção, extrusão, sopro ou outros
processos.
Na produção por condensação, o processo de produção de plástico envolve a reação entre dois
ou mais monômeros para formar um polímero e um subproduto, geralmente água ou outro
composto. Este processo ocorre através de uma série de reações químicas chamadas de reações
de condensação. Os polímeros resultantes são moldados em formas desejadas usando os
mesmos processos de moldagem utilizados na produção por polimerização.
Alguns exemplos de plásticos produzidos por polimerização incluem polietileno, polipropileno,
poliestireno, policarbonato e poliéster. Exemplos de plásticos produzidos por condensação
incluem nylon, poliuretano, PET (tereftalato de polietileno) e policarbonato. A escolha do
processo de produção de plástico depende das propriedades desejadas do produto final e das
condições de produção necessárias para alcançar essas propriedades.
O craqueamento é um processo químico utilizado na indústria petroquímica para quebrar
moléculas maiores de hidrocarbonetos em moléculas menores, produzindo assim uma
variedade de produtos químicos, como gases de petróleo, nafta, gasolina, querosene, diesel e
lubrificantes.
Existem duas formas principais de craqueamento: termal e catalítico.
O craqueamento termal é realizado a temperaturas muito elevadas (cerca de 450-550°C) e
pressões relativamente baixas. O petróleo é aquecido em um forno e a molécula é quebrada em
pedaços menores, que são então resfriados e coletados em diferentes frações. Essa técnica é
usada para produzir gasolina, querosene e outros produtos que são usados como combustíveis.
O craqueamento catalítico, por outro lado, é um processo que utiliza catalisadores para acelerar
a quebra das moléculas do petróleo em temperaturas mais baixas (cerca de 500°C) e pressões
mais altas. Os catalisadores geralmente são zeólitas ou alumina-silicatos, que são capazes de
romper as ligações moleculares dos hidrocarbonetos em moléculas menores. O craqueamento
catalítico é usado principalmente para produzir gasolina e outros produtos de alto valor, como
lubrificantes e plásticos.
Um exemplo de craqueamento catalítico é o processo de FCC (Craqueamento Catalítico
Fluidizado). Neste processo, a mistura de hidrocarbonetos é vaporizada e introduzida em um
leito fluidizado que contém catalisadores em pó. Os hidrocarbonetos são quebrados em
moléculas menores pelo contato com o catalisador, formando uma mistura de hidrocarbonetos
gasosos e líquidos. A mistura é então resfriada e separada em frações, que podem ser usadas
como combustíveis ou matérias-primas para a produção de plásticos e outros produtos
químicos.
O processo de oxidação é uma reação química que envolve a combinação de um material com
o oxigênio do ar. Esse processo pode ocorrer de forma natural, como na oxidação do ferro para
formar ferrugem, ou pode ser induzido para produzir uma variedade de produtos químicos.
Na indústria petroquímica, o processo de oxidação é utilizado para produzir uma variedade de
produtos químicos, incluindo ácido sulfúrico, ácido nítrico, peróxido de hidrogênio e outros
oxidantes. Um dos processos mais comuns é a oxidação do propano para produzir propeno e
outros produtos químicos.
O processo de oxidação geralmente ocorre em um reator químico, que é projetado para fornecer
as condições ideais de temperatura, pressão e composição química para a reação ocorrer. Os
catalisadores são frequentemente usados para aumentar a eficiência da reação e diminuir a
energia necessária para que ela ocorra. O processo pode ser realizado em uma única etapa, como
na oxidação do etilbenzeno para produzir estireno, ou pode envolver várias etapas, como na
produção de ácido nítrico.
Um dos desafios do processo de oxidação é a geração de subprodutos indesejados, como
dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Os processos de controle de emissões e de
reciclagem de subprodutos são, portanto, importantes para minimizar os impactos ambientais.
A reforma é um processo de conversão química que ocorre em refinarias de petróleo para
converter hidrocarbonetos de cadeia linear ou ramificada em hidrocarbonetos de cadeia mais
curta e ramificada, com maior valor econômico. Esses hidrocarbonetos são usados
principalmente como componentes de gasolina e outros produtos petrolíferos.
Existem dois tipos principais de reforma: a reforma catalítica e a reforma termal.
A reforma catalítica é o processo mais comum e é realizado em uma unidade de reforma
catalítica. Nesse processo, os hidrocarbonetos são vaporizados e misturados com um catalisador
de platina ou paládio em uma câmara de reação. O catalisador ajuda a quebrar as moléculas de
hidrocarbonetos em fragmentos menores, criando hidrocarbonetos de cadeia mais curta e
ramificada. O processo ocorre em uma faixa de temperatura entre 450 e 550°C e pressões de 2
a 5 atm. O hidrogênio é adicionado ao processo para ajudar na quebra das moléculas de
hidrocarbonetos, melhorar a eficiência do catalisador e minimizar a formação de coque, um
subproduto indesejado.
Na reforma termal, o processo ocorre a temperaturas mais elevadas (700 a 900°C) e sem a
presença de um catalisador. Nesse processo, os hidrocarbonetos são aquecidos a altas
temperaturas em uma câmara de reação. Esse processo é menos eficiente do que a reforma
catalítica, produzindo uma gama mais ampla de hidrocarbonetos e uma maior quantidade de
coque.
A reforma é um processo importante na indústria petroquímica, permitindo que hidrocarbonetos
mais valiosos sejam produzidos a partir de produtos de menor valor. Além disso, o processo
pode ser ajustado para atender às demandas de produção, produzindo hidrocarbonetos
específicos de acordo com a necessidade do mercado.
A hidrogenação é um processo de conversão química que envolve a reação de hidrogênio com
uma substância orgânicapara produzir um composto diferente. Na indústria petroquímica, a
hidrogenação é frequentemente usada para converter hidrocarbonetos insaturados em
hidrocarbonetos saturados por meio da adição de hidrogênio.
Um exemplo comum de hidrogenação é a conversão de óleos vegetais em gorduras sólidas,
como a margarina. Isso envolve a hidrogenação dos ácidos graxos insaturados presentes no óleo
vegetal, que são reagidos com hidrogênio em presença de um catalisador (geralmente um metal,
como níquel ou paládio) e sob pressão elevada.
A hidrogenação também é utilizada na produção de outros produtos petroquímicos, como
aminas, álcoois, fenóis e cetonas. É um processo importante na indústria química, pois pode
melhorar as propriedades físicas e químicas dos produtos finais, aumentar sua estabilidade e
reduzir sua toxicidade.
QUESTÕES
I. Qual é o processo utilizado para separar os diferentes componentes do petróleo bruto?
a) Hidrogenação
b) Craqueamento térmico
c) Destilação fracionada
d) Polimerização
Resolução:
A resposta correta é a letra c) Destilação fracionada. Este processo é utilizado para separar os
diferentes componentes do petróleo bruto por meio da vaporização e condensação controladas
em uma coluna de destilação, onde os componentes com pontos de ebulição mais baixos
condensam em níveis mais altos da coluna e os componentes com pontos de ebulição mais altos
condensam em níveis mais baixos.
II. O gás natural é uma importante fonte de energia utilizada em diversas indústrias e
residências. Considere um reservatório de gás natural com uma pressão inicial de 150 bar e
volume de 10 m³. O gás é escoado por meio de um gasoduto com diâmetro interno de 50 mm e
comprimento de 500 m, a uma temperatura de 25°C e uma pressão de saída de 10 bar.
Considerando que o gás é composto por 90% de metano e 10% de etano, determine a vazão
mássica de gás no gasoduto em kg/s.
a) 2,65 kg/s
b) 3,14 kg/s
c) 4,26 kg/s
d) 5,02 kg/s
(Considere que o gás esteja em condições de escoamento isentrópico e que o coeficiente de
atrito seja 0,005.)
A resolução envolve a utilização da equação de Bernoulli para calcular a velocidade de
escoamento do gás no gasoduto e a equação de Darcy-Weisbach para calcular o coeficiente de
atrito. Em seguida, utiliza-se a equação de conservação da massa para calcular a vazão mássica
do gás.
1. Cálculo da velocidade de escoamento:
Utilizando a equação de Bernoulli, temos:
P1/ρ + v1^2/2 = P2/ρ + v2^2/2 + hL
onde:
P1 = pressão inicial do gás = 150 bar ρ = densidade do gás = (0,916,04 + 0,130,07)/(8,314*298)
= 0,668 kg/m³ v1 = velocidade inicial do gás = 0 (reservatório é considerado estacionário) P2
= pressão de saída do gás = 10 bar v2 = velocidade de saída do gás (a ser calculada) hL = perda
de carga ao longo do gasoduto
Como o escoamento é considerado isentrópico, temos:
P1/ρ^(γ) = P2/ρ^(γ)
onde γ é o índice politrópico do gás, que é aproximadamente igual a 1,4 para o metano e o
etano. Substituindo os valores, temos:
v2 = √[2*(P1-P2)/ρ*(1-(P2/P1)^(γ-1))] = 108,5 m/s
2. Cálculo do coeficiente de atrito:
Utilizando a equação de Darcy-Weisbach, temos:
hL = fL/D(v2^2/2g)
onde:
f = coeficiente de atrito (a ser calculado) L = comprimento do gasoduto = 500 m D = diâmetro
interno do gasoduto = 50 mm = 0,05 m g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s²
Para calcular o coeficiente de atrito, utiliza-se a equação de Colebrook-White:
1/√f = -2log10[(ε/D)/3,7 + 2,51/(Re√f)]
onde:
ε = rugosidade absoluta do material do gasoduto (assumida como 0,03 mm) Re = número de
Reynolds = ρv2D/μ, onde μ é a viscosidade dinâmica do gás. Para o metano e o etano, tem-se
μ = 2,2e-5 Pa.s.
Resolvendo a equação de Colebrook-White numericamente, obtemos:
f = 0,00511
3. Cálculo da vazão mássica:
Utilizando a equação de conservação da massa, temos:
ρA1v1 = ρA2v2
onde:
A1 = área da seção transversal do reservatório = 0,03 m² A2 = área da seção transversal do
gasoduto = π*(D/2)^2 = 1,9635e-3 m²
Substituindo os valores e resolvendo para a vazão mássica, temos:
ṁ = ρA2v2 = 3,14
III. Uma mistura líquida de etanol e água com uma composição de 40% em massa de etanol e
60% em massa de água é destilada em uma coluna de destilação simples. Qual é a composição
do destilado se a temperatura da cabeça da coluna é mantida a 80°C e a temperatura do topo da
coluna é mantida a 78°C?
a) 100% de água
b) 80% de água e 20% de etanol
c) 60% de água e 40% de etanol
d) 100% de etanol
Considere que não há refluxo na coluna e que a destilação ocorre a pressão atmosférica.
A destilação simples é um processo de separação de misturas líquidas baseado na diferença de
pontos de ebulição dos componentes da mistura. Quando aquecemos a mistura, o componente
com o ponto de ebulição mais baixo evaporará primeiro, e o condensado será mais rico nesse
componente. Para responder a essa questão, precisamos verificar qual componente (etanol ou
água) tem o ponto de ebulição mais baixo e se encontra na fase vapor na temperatura de 78°C.
O ponto de ebulição do etanol é de 78,5°C, enquanto o ponto de ebulição da água é de 100°C.
Isso significa que, a 78°C, o etanol já está na fase vapor, enquanto a água ainda está na fase
líquida. Portanto, o destilado será composto principalmente por etanol.
Resposta: d) 100% de etanol.
POLÍMEROS
Polímeros são macromoléculas formadas por muitas unidades repetidas, chamadas monômeros.
Eles são amplamente utilizados em diversas aplicações, como na fabricação de plásticos,
tecidos, borrachas, adesivos, entre outros.
Os polímeros podem ser classificados em dois tipos: polímeros naturais e polímeros sintéticos.
Polímeros naturais são encontrados na natureza, como a celulose, a proteína e o DNA. Já os
polímeros sintéticos são produzidos em laboratório, a partir de reações químicas.
A polimerização por adição é um processo que ocorre quando monômeros insaturados, ou seja,
que possuem duplas ligações, reagem entre si para formar polímeros. Nesse processo, a reação
ocorre sem a eliminação de nenhum subproduto, e os monômeros são adicionados um ao outro
para formar uma cadeia polimérica.
A reação de polimerização por adição ocorre por meio da formação de ligações covalentes entre
os átomos de carbono dos monômeros, que podem ser ativados por meio de agentes iniciadores,
que são moléculas capazes de iniciar a reação. Os iniciadores podem ser de dois tipos: térmicos,
que são ativados pela elevação da temperatura, e químicos, que são ativados pela presença de
luz ou de um reagente específico.
Durante a polimerização por adição, os monômeros insaturados reagem para formar um
polímero linear, como o polietileno e o polipropileno, ou um polímero ramificado, como o
poliisobutileno. A velocidade da reação é influenciada por diversos fatores, como a
concentração dos monômeros, a temperatura, a pressão, a presença de inibidores e o tipo de
iniciador utilizado.
A polimerização por adição é amplamente utilizada na indústria para a produção de diversos
tipos de polímeros, como plásticos, elastômeros e resinas. Alguns exemplos de polímeros
produzidos por polimerização por adição são o PVC, o poliestireno e o polimetilmetacrilato
(PMMA), utilizado na produção de chapas acrílicas.
A polimerização por condensação é um processo em que os monômeros reagem entre si
formando uma cadeia polimérica e liberando um produto de baixo peso molecular, como água,
ácido clorídrico, metanol, entre outros. É um processo que envolve a formação de ligações
covalentes entre dois monômeros com a eliminação de uma pequena molécula.
Diferentemente da polimerização por adição, na polimerização por condensação, a reação
ocorre entre dois ou mais monômeros com grupos funcionais reativos, tais como ácido
carboxílico, amina, hidroxila, éster, entre outros. Esses grupos funcionais reativos se combinam
e formam ligações covalentes entre os monômeros,dando origem a uma cadeia polimérica.
A polimerização por condensação ocorre em geral em duas etapas: na primeira, os monômeros
reagem entre si e formam polímeros de baixo peso molecular; na segunda, os polímeros de
baixo peso molecular reagem entre si e formam o polímero de alto peso molecular.
Entre os exemplos mais comuns de polimerização por condensação, destacam-se a poliadição
de ácido tereftálico com etileno glicol, formando o polímero PET (tereftalato de polietileno), e
a reação de polimerização entre aminoácidos, que formam os polipeptídeos.
A polimerização por condensação pode ser catalisada por ácidos ou bases, e a temperatura e
pressão da reação podem variar dependendo do sistema em questão. O produto final da reação
é geralmente purificado por meio de processos de separação, como destilação ou cristalização,
a fim de obter um polímero de alta pureza.
Os polímeros termoplásticos são materiais poliméricos que possuem uma estrutura molecular
linear ou ramificada, e que apresentam alta capacidade de deformação quando submetidos a um
processo de aquecimento. Essa característica é decorrente da sua natureza termoplástica, ou
seja, esses materiais podem ser fundidos e moldados diversas vezes, sem que haja perda
significativa das propriedades mecânicas.
Os termoplásticos podem ser moldados por diversos processos, sendo os mais comuns:
1. Injeção: é o processo mais utilizado para a fabricação de peças em larga escala. Nele, o
plástico é aquecido e injetado em um molde com a forma desejada. Após a solidificação,
a peça é ejetada do molde. Esse processo é utilizado na fabricação de peças para a
indústria automobilística, eletrônica, brinquedos, entre outros.
2. Extrusão: nesse processo, o plástico é aquecido e comprimido por meio de uma rosca
sem-fim, passando por uma matriz com a forma desejada. A peça é resfriada e cortada
no tamanho desejado. Esse processo é utilizado na fabricação de tubos, filmes, perfis,
entre outros.
3. Sopro: é utilizado para a produção de peças ocas, como garrafas e frascos. O plástico é
fundido e colocado em um molde oco. Em seguida, é insuflado ar no interior do molde
para que o plástico tome a forma do molde.
4. Rotomoldagem: é um processo em que o plástico é colocado em um molde que é
rotacionado em várias direções, enquanto é aquecido. O plástico derretido adere às
paredes do molde, formando a peça. Esse processo é utilizado na fabricação de peças de
grande porte, como tanques de armazenamento.
5. Termoformagem: nesse processo, o plástico é aquecido e moldado por meio de vácuo
em um molde com a forma desejada. Esse processo é utilizado na fabricação de
bandejas, embalagens, entre outros.
6. Calandragem: é um processo utilizado para a produção de chapas de plástico. O plástico
é aquecido e passado por um conjunto de rolos que comprimem o material até atingir a
espessura desejada. Esse processo é utilizado na fabricação de chapas para embalagens,
placas para comunicação visual, entre outros.
Os polímeros termoplásticos são amplamente utilizados em diversos setores industriais, como
a indústria automotiva, de embalagens, de construção civil, entre outras. Entre os exemplos
mais comuns de termoplásticos, estão o polietileno (PE), o policloreto de vinila (PVC), o
polipropileno (PP), o poliestireno (PS) e o policarbonato (PC).
Além disso, os termoplásticos também podem ser classificados em termoplásticos amorfos e
termoplásticos semi-cristalinos, dependendo da sua estrutura molecular e grau de cristalinidade.
Os termoplásticos amorfos são aqueles que possuem uma estrutura molecular desordenada,
enquanto os semi-cristalinos possuem uma estrutura mais organizada e cristalina.
A principal característica dos termoplásticos é a sua facilidade de processamento, que pode ser
realizada através de diversos processos de transformação, tais como injeção, extrusão, sopro,
termoformagem, entre outros. Além disso, esses materiais apresentam boas propriedades
mecânicas, como resistência ao impacto, tração, compressão e flexão, além de serem leves e
resistentes a produtos químicos e intempéries.
Por outro lado, os termoplásticos apresentam algumas limitações, como a baixa resistência
térmica e à abrasão, além de serem menos resistentes a solventes quando comparados com
outros tipos de polímeros. No entanto, essas limitações podem ser superadas com a adição de
aditivos e cargas, que podem melhorar as propriedades específicas dos termoplásticos.
Os polímeros termorrígidos, também conhecidos como termofixos, são materiais poliméricos
que, ao contrário dos termoplásticos, não amolecem quando aquecidos e, portanto, não podem
ser moldados novamente. Uma vez formados, eles mantêm sua forma e propriedades térmicas.
Isso ocorre porque a estrutura molecular desses materiais é formada por ligações cruzadas
tridimensionais, que impedem a movimentação molecular quando aquecidas.
A formação das ligações cruzadas é realizada durante a reação de polimerização, onde a
molécula precursora é convertida em uma rede tridimensional, que é responsável pela rigidez
do material. A reação de polimerização dos termorrígidos geralmente envolve um processo de
cura, que é realizado por meio da adição de um agente de cura ou catalisador, que reage com as
moléculas precursoras para formar as ligações cruzadas.
Os termorrígidos possuem propriedades térmicas superiores aos termoplásticos, incluindo
maior resistência ao calor e resistência química. Eles também possuem alta rigidez, resistência
mecânica e durabilidade, tornando-os ideais para aplicações em peças estruturais, como em
carcaças de motores, peças de avião e produtos eletrônicos.
No entanto, a rigidez dos termorrígidos também é uma desvantagem, pois eles são frágeis e
quebradiços quando submetidos a impactos fortes ou estresse repetido. Além disso, a
impossibilidade de remodelá-los torna-os mais difíceis de reciclar e reutilizar do que os
termoplásticos.
Copolímeros são polímeros formados por dois ou mais tipos de monômeros diferentes que se
unem durante a polimerização. Em outras palavras, os copolímeros são polímeros que contêm
pelo menos dois tipos diferentes de unidades monoméricas em sua cadeia principal. Essas
unidades monoméricas diferentes podem ser incorporadas aleatoriamente (copolímeros
aleatórios) ou de forma alternada (copolímeros alternados) na cadeia do polímero.
Os copolímeros aleatórios são produzidos por polimerização por adição de dois ou mais
monômeros diferentes em uma única reação, resultando em uma cadeia de polímero que contém
unidades monoméricas alternadas. Exemplos de copolímeros aleatórios incluem o copolímero
de estireno e butadieno (SBR) utilizado em pneus, e o copolímero de acrilonitrila-butadieno-
estireno (ABS) utilizado em peças automotivas, brinquedos e equipamentos eletrônicos.
Os copolímeros alternados são formados pela reação de dois ou mais monômeros diferentes em
que as unidades monoméricas são adicionadas em uma sequência alternada, resultando em uma
cadeia de polímero em que as unidades monoméricas se repetem em uma ordem específica. Um
exemplo de copolímero alternado é o ácido polilático (PLA), produzido a partir dos monômeros
ácido lático e lactida, utilizado em embalagens e utensílios descartáveis.
Os copolímeros também podem ser classificados como copolímeros em bloco, em que os
monômeros são polimerizados em blocos separados que se unem por uma reação posterior,
formando uma única cadeia de polímero, e copolímeros em enxerto, em que um polímero é
enxertado em uma cadeia de outro polímero. Exemplos de copolímeros em bloco incluem o
poliestireno-butadieno-estireno (SBS) utilizado em adesivos e selantes, e o copolímero de
etileno-propileno (EPR) utilizado em revestimentos. Exemplos de copolímeros em enxerto
incluem o polimetacrilato de metila em enxerto de borracha (PMMA-graft-rubber) utilizado em
peças automotivas e o poliestirenoem enxerto de borracha (SBR-g-PS) utilizado em pneus.
Os polímeros em bloco são uma classe de polímeros em que dois ou mais monômeros são
polimerizados em um único polímero, mas as unidades monoméricas são agrupadas em
sequências distintas ou blocos no polímero final. Esses blocos podem ser de diferentes tipos de
monômeros e podem ter diferentes características físicas e químicas, o que permite a criação de
materiais com propriedades únicas.
Existem dois tipos principais de polímeros em bloco: polímeros em bloco de estireno e
polímeros em bloco de dienos. Os polímeros em bloco de estireno são compostos de blocos de
unidades estirênicas e de blocos de unidades de outro monômero, como butadieno ou isopreno.
Esses polímeros têm uma ampla gama de propriedades, desde borrachas elásticas a
termoplásticos rígidos e são usados em uma variedade de aplicações, como pneus, calçados,
adesivos, revestimentos e materiais para construção.
Os polímeros em bloco de dienos são compostos de blocos de unidades de dienos, como
butadieno ou isopreno, e blocos de unidades de outro monômero, como estireno. Esses
polímeros são amplamente utilizados como borrachas sintéticas, pois apresentam excelentes
propriedades elásticas e resistência ao desgaste. Alguns exemplos de polímeros em bloco de
dienos são o SBR (estireno-butadieno), o BR (butadieno) e o IR (isopreno).
Os polímeros em bloco também podem ser usados para produzir copolímeros em bloco, que
possuem mais de dois tipos de blocos em sua estrutura. Esses polímeros podem ser produzidos
por meio de polimerização em bloco sequencial ou simultânea de dois ou mais monômeros
diferentes. Os copolímeros em bloco são utilizados em uma ampla variedade de aplicações,
como adesivos, materiais para construção, produtos farmacêuticos e produtos eletrônicos.
QUESTÕES
1. Qual é a principal diferença entre polímeros termoplásticos e termorrígidos?
a) A rigidez do material
b) A capacidade de ser reciclado
c) A temperatura de transição vítrea
d) O método de produção
Resposta: c) A temperatura de transição vítrea
2. Qual é a diferença fundamental entre um polímero de adição e um polímero de condensação?
a) Um polímero de adição é formado pela reação de monômeros insaturados, enquanto um
polímero de condensação é formado pela reação de monômeros saturados.
b) Um polímero de adição é formado pela eliminação de moléculas pequenas, enquanto um
polímero de condensação é formado pela adição de monômeros.
c) Um polímero de adição é formado pela adição de monômeros, enquanto um polímero de
condensação é formado pela eliminação de moléculas pequenas.
d) Não há diferença fundamental entre um polímero de adição e um polímero de condensação.
Resposta: c) Um polímero de adição é formado pela adição de monômeros, enquanto um
polímero de condensação é formado pela eliminação de moléculas pequenas.
3. Qual dos seguintes processos é utilizado para a produção de polímeros em larga escala?
a) Polimerização por condensação
b) Polimerização por adição
c) Polimerização por radical livre
d) Polimerização por catálise ácida
Resposta: b) Polimerização por adição
INDUSTRIA DE ÓLEOS
A indústria de óleos é uma das principais indústrias do mundo, com uma ampla variedade de
aplicações em diversos setores. O petróleo é a principal fonte de óleos e é extraído de
reservatórios subterrâneos. Após a extração, o petróleo é refinado para produzir diferentes tipos
de óleos.
O processo de refino do petróleo envolve a destilação fracionada, que separa o petróleo em
frações com diferentes pontos de ebulição, como a gasolina, querosene e óleo diesel. Outros
processos, como craqueamento, reforma e hidrogenação, são utilizados para converter
moléculas grandes em moléculas menores e produzir diferentes tipos de óleos, como óleos
lubrificantes, óleos para motores e óleos para aplicações industriais.
Os óleos são utilizados em diversas indústrias, como a indústria automotiva, de aviação, de
construção, de alimentos e de produtos químicos. Além disso, os óleos têm uma ampla
variedade de aplicações em produtos de consumo, como cosméticos, produtos de limpeza e
produtos farmacêuticos.
Os principais desafios enfrentados pela indústria de óleos incluem a demanda crescente por
fontes renováveis de energia, a crescente conscientização ambiental e a regulação
governamental cada vez mais rigorosa. Como resultado, a indústria de óleos está cada vez mais
investindo em tecnologias mais limpas e sustentáveis, como biocombustíveis e energia solar.
Você está montando uma apostila para um concurso e precisa de um resumo detalhado de cada
tópico com as principais informações.
Existem diversos tipos de óleos, que variam em termos de composição química, origem,
características físicas e aplicações. Alguns dos principais tipos de óleos são:
1. Óleos vegetais: São obtidos a partir de plantas, como a soja, o milho, a canola, o girassol,
o algodão, entre outras. São amplamente utilizados na culinária, como ingredientes de
alimentos processados e como matérias-primas na produção de biocombustíveis,
plásticos e cosméticos.
2. Óleos minerais: São derivados do petróleo e são amplamente utilizados como
lubrificantes, fluidos hidráulicos, isolantes elétricos e combustíveis.
3. Óleos essenciais: São compostos orgânicos voláteis extraídos de plantas por meio de
destilação ou extração por solvente. São amplamente utilizados na aromaterapia, em
produtos de higiene pessoal, perfumes, alimentos e na indústria farmacêutica.
4. Óleo de peixe: É um tipo de óleo obtido a partir de tecidos de peixes, como o salmão, a
sardinha e o atum. É rico em ácidos graxos ômega-3 e é amplamente utilizado como
suplemento alimentar.
5. Óleos sintéticos: São produzidos por síntese química a partir de matérias-primas
petroquímicas ou vegetais. São utilizados como lubrificantes, fluidos hidráulicos,
isolantes elétricos e em aplicações de alta performance, como em turbinas e
compressores.
Cada tipo de óleo tem características específicas que o tornam mais adequado para
determinadas aplicações. É importante considerar a composição, a origem, a qualidade e o custo
do óleo na escolha do tipo mais adequado para cada finalidade.
INDÚSTRIA DE ÓLEOS: GORDURAS E SABÕES
As gorduras são ésteres de ácidos graxos com glicerol e são utilizadas na produção de sabões e
outros produtos de limpeza. Os sabões são sais de ácidos graxos com sódio ou potássio e são
produzidos pela reação de hidrólise alcalina de gorduras.
Processo de saponificação:
Na produção de sabões, é realizado um processo de saponificação, que consiste na hidrólise
alcalina de ésteres de ácidos graxos com glicerol, resultando em sais de ácidos graxos e glicerol.
A reação de saponificação é uma reação exotérmica e é realizada em um reator. Primeiramente,
as gorduras são aquecidas para se tornarem líquidas e, em seguida, é adicionado um agente
alcalino, geralmente hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio, para realizar a hidrólise.
Os ácidos graxos liberados na reação de saponificação são responsáveis pela limpeza, já que
possuem um grupo polar que interage com a água e um grupo não-polar que interage com a
sujeira.
A saponificação é a reação química entre uma gordura ou óleo e uma base forte, geralmente
hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de potássio (KOH), que produz sabão e glicerol
(também conhecido como glicerina). Essa reação ocorre em três etapas principais:
1. Hidrólise: a base forte reage com a gordura ou óleo para produzir sais de ácidos graxos
e glicerol. Por exemplo, na saponificação do óleo de oliva com hidróxido de sódio, a
equação química é:
Óleo de oliva + NaOH → Sabão de sódio + Glicerol
2. Neutralização: os sais de ácidos graxos são neutralizados pela base forte, formando os
sais de sabão e água.
3. Purificação: o sabão é lavado várias vezes para remover quaisquer impurezas e a
glicerina é separadado sabão.
Os sais de sabão são compostos iônicos com uma parte polar (hidrofílica) e uma parte não polar
(hidrofóbica). Essas propriedades permitem que o sabão se dissolva em água e óleo, permitindo
a limpeza de superfícies sujas. Além disso, o sabão tem propriedades emulsificantes, o que
significa que pode dispersar óleos e graxas em água, facilitando sua remoção.
Os sabões podem ser produzidos a partir de diferentes tipos de gorduras ou óleos, como azeite
de oliva, óleo de coco, sebo animal e óleo de palma. O tipo de gordura ou óleo utilizado afeta
as propriedades do sabão resultante, como sua dureza, cremosidade e capacidade de limpeza.
A produção de sabões é feita através da reação de gorduras com hidróxido de sódio ou potássio
em uma reação de saponificação. Nesse processo, ocorre a quebra das moléculas de gordura em
ácido graxo e glicerol, que reagem com o hidróxido de sódio ou potássio para formar o sabão.
Os sabões podem ser classificados em dois tipos: sabões duros e sabões moles. Os sabões duros
são aqueles produzidos a partir de gorduras saturadas, como o sebo bovino. Já os sabões moles
são produzidos a partir de óleos insaturados, como o óleo de coco.
Além da produção de sabões, as gorduras são amplamente utilizadas na indústria alimentícia
como ingrediente em diversos produtos, como margarinas, cremes e molhos. As gorduras
também são utilizadas na produção de biodiesel, um combustível renovável obtido a partir de
fontes vegetais ou animais.
Em relação aos sabões, eles são utilizados principalmente como agentes de limpeza e são
compostos por uma mistura de sais de ácidos graxos e bases alcalinas. Os sabões são eficazes
na remoção de sujeira e oleosidade, pois sua estrutura química permite que eles se liguem tanto
a moléculas de água quanto a moléculas de óleo e gordura.
Processo de hidrogenação de óleos:
O processo de hidrogenação de óleos é utilizado para transformar óleos líquidos insaturados em
gorduras sólidas saturadas, como a margarina. O processo consiste na adição de hidrogênio sob
pressão e temperatura elevadas, com a presença de um catalisador, geralmente o níquel.
O processo de hidrogenação parcial pode produzir gorduras trans, que são consideradas
prejudiciais à saúde. Por isso, atualmente, muitas indústrias estão optando pelo processo de
interesterificação, que consiste na troca de grupos de ácidos graxos em diferentes triglicerídeos,
sem a utilização do hidrogênio.
O processo de hidrogenação de óleos é uma reação química que consiste na adição de
hidrogênio molecular (H2) aos ácidos graxos insaturados presentes nos óleos vegetais. Essa
reação é catalisada por um catalisador, geralmente um metal como o níquel ou paládio, e é
realizada a altas temperaturas e pressões.
Durante o processo de hidrogenação, os átomos de hidrogênio são adicionados às ligações
duplas dos ácidos graxos insaturados, convertendo-os em ácidos graxos saturados. Essa
hidrogenação pode ser controlada para obter diferentes graus de saturação e viscosidade do óleo
resultante.
Pode-se obter também um alcano a partir de um alcino; embora as ligações triplas sejam menos
reativas do que as ligações duplas, quando rompidas duas vezes darão em dobro a mesma reação
de hidrogenação vista acima. Nesse caso, partindo-se de um alcino, duas moléculas de
hidrogênio gasoso tornam-se necessárias, e tem-se a hidrogenação completa de um alcino.
No processo mostrado acima, uma molécula de alcino reage quimicamente com uma molécula
de hidrogênio no estado gasoso, dando origem a uma molécula de alceno, a qual reagirá com
https://www.infoescola.com/quimica/ligacao-dupla/
outra molécula de hidrogênio gasoso, resultando então em um alcano; ambos processos
submetidos a alta pressão e temperatura, e catalisados.
Em geral a hidrogenação é conduzida de forma incompleta, visando a produção de gorduras
parcialmente hidrogenadas, podendo ser seletiva ou não seletiva. O processo é considerado
seletivo quando a adição de hidrogênio aos ácidos graxos mais insaturados prevalece sobre a
hidrogenação dos menos insaturados, sendo mais seletivo com o aumento da temperatura de
reação
O processo de hidrogenação de óleos é amplamente utilizado na indústria alimentícia para a
produção de margarinas, cremes vegetais e outros produtos que requerem uma consistência
sólida ou semi-sólida à temperatura ambiente. Também é utilizado na indústria química para a
produção de óleos de motor, graxas e lubrificantes.
No entanto, o processo de hidrogenação pode gerar compostos indesejáveis, como ácidos
graxos trans, que podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, a hidrogenação parcial é preferida
em relação à hidrogenação total, reduzindo a formação desses compostos indesejáveis.
Processo de refino de óleos:
O processo de refino de óleos é utilizado para remover impurezas, pigmentos e odores
desagradáveis de óleos brutos. O processo consiste em diversas etapas, como degomagem,
neutralização, branqueamento e desodorização.
O processo de refino de óleos é um conjunto de etapas que visa remover impurezas e substâncias
indesejadas do óleo bruto, melhorando sua qualidade e tornando-o adequado para consumo ou
uso industrial. As principais etapas desse processo são:
1. Degomagem: nesta etapa, o óleo é aquecido e tratado com água e ácido fosfórico, para
remover impurezas como fosfolipídios e proteínas.
2. Neutralização: após a degomagem, o óleo é tratado com uma solução alcalina para
neutralizar os ácidos graxos livres, que podem provocar a formação de sabão e diminuir
a qualidade do óleo.
3. Branqueamento: nesta etapa, o óleo é aquecido com ácido clorídrico e depois tratado
com uma mistura de terra ativada e carvão ativado, para remover corantes e outras
impurezas.
4. Desodorização: nesta etapa, o óleo é aquecido a altas temperaturas e submetido a vácuo,
para remover compostos voláteis que podem causar odores desagradáveis ou interferir
na qualidade do óleo.
5. Filtração: por fim, o óleo é filtrado para remover os resíduos das etapas anteriores e
obter um produto final limpo e puro.
Na degomagem, são removidos os fosfolipídios e outras impurezas insolúveis em água, como
proteínas e mucilagens. Na neutralização, são adicionados ácidos para neutralizar os ácidos
graxos livres e outros compostos ácidos presentes no óleo.
No branqueamento, é realizada a remoção dos pigmentos, como a clorofila, que conferem uma
cor indesejável ao óleo. Na desodorização, é realizada a remoção de odores indesejáveis, como
os compostos sulfurados, através do aquecimento sob vácuo.
Principais desafios da indústria de óleos:
A indústria de óleos enfrenta desafios relacionados à sustentabilidade e saúde. A produção de
gorduras
QUESTÕES
1. Pergunta: Explique o processo de saponificação de uma gordura e como os parâmetros de
reação afetam a produção de sabão.
a) A saponificação é a hidrólise alcalina de uma gordura ou óleo, produzindo sabão e glicerol
como subprodutos. A reação é influenciada pelo tempo de reação, temperatura, concentração
de álcali e teor de água.
b) A saponificação é a oxidação de uma gordura ou óleo, produzindo sabão e água como
subprodutos. A reação é influenciada pela pressão, temperatura, concentração de álcali e teor
de gordura.
c) A saponificação é a redução de uma gordura ou óleo, produzindo sabão e glicerol como
subprodutos. A reação é influenciada pelo tempo de reação, temperatura, concentração de álcali
e teor de gordura.
d) A saponificação é a esterificação de uma gordura ou óleo, produzindo sabão e água como
subprodutos. A reação é influenciada pelo tempo de reação, pressão, concentração de álcali e
teor de gordura.
Resposta correta: a) A saponificação é a hidrólise alcalina de uma gordura ou óleo, produzindo
sabão e glicerol como subprodutos. A reação é influenciada pelo tempo de reação, temperatura,
concentração de álcali e teor de água.
2. Qual é afunção dos tensoativos em produtos de limpeza, como detergentes e sabões?
a) Melhorar o sabor dos produtos b) Alterar a cor dos produtos c) Diminuir a viscosidade dos
produtos d) Reduzir a tensão superficial da água e aumentar a capacidade de solubilização de
substâncias lipídicas
Resposta correta: d) Reduzir a tensão superficial da água e aumentar a capacidade de
solubilização de substâncias lipídicas. Os tensoativos são moléculas que possuem um lado
hidrofílico e um lado hidrofóbico, o que lhes permite reduzir a tensão superficial da água e
aumentar a capacidade de solubilização de substâncias lipídicas, como gorduras e óleos. Essa
propriedade é fundamental para a ação dos detergentes e sabões na limpeza de superfícies.
BENEFICIAMENTO TÊXTIL
O beneficiamento têxtil é um conjunto de processos utilizados para dar acabamento e melhorar
as características dos tecidos. As principais etapas do beneficiamento têxtil incluem o
tingimento, o branqueamento, o estampamento, a calandragem, a sanforização, a mercerização,
entre outras.
O tingimento é o processo de coloração do tecido, e pode ser realizado por diferentes técnicas,
como tintura direta, reativa, dispersa, ácida, entre outras. O branqueamento, por sua vez, é a
técnica utilizada para remover as impurezas e clarear o tecido.
O estampamento consiste na aplicação de desenhos ou padrões no tecido, por meio de diferentes
processos, como a serigrafia, a estampagem por cilindros, a impressão digital, entre outros. Já
a calandragem é utilizada para dar brilho e maciez ao tecido, por meio da compressão entre
rolos aquecidos.
A sanforização é um processo utilizado para reduzir a encolhimento dos tecidos, por meio da
aplicação de umidade e compressão, seguida de secagem. A mercerização é um processo que
aumenta a durabilidade e a resistência do tecido, por meio da aplicação de soluções alcalinas,
seguida De lavagem e secagem.
Além disso, existem outros processos de beneficiamento têxtil, como a impermeabilização, o
acrilonitrilo butadieno estireno (ABS), a laminagem, entre outros.
O beneficiamento têxtil é um processo importante para garantir a qualidade dos tecidos,
tornando-os mais resistentes, duráveis e esteticamente atraentes.
O processo de impermeabilização é utilizado para tornar os tecidos resistentes à penetração de
líquidos e umidade, evitando que o material seja molhado ou manchado. Existem diferentes
métodos de impermeabilização, que variam de acordo com o tipo de tecido e o grau de
impermeabilidade necessário.
Um dos métodos mais comuns é a aplicação de uma camada de produto impermeabilizante na
superfície do tecido. Esse produto pode ser um spray, uma solução líquida ou um revestimento
em pasta. Esses produtos geralmente contêm polímeros ou silicones que criam uma barreira
protetora na superfície do tecido, impedindo a penetração de líquidos.
Outro método de impermeabilização é a utilização de tecidos revestidos. Nesse processo, uma
camada de polímero ou PVC é aplicada na superfície do tecido, criando uma barreira à prova
d'água. Esses tecidos são usados em roupas de chuva, capas de sofá e em outras aplicações em
que a impermeabilidade é uma necessidade.
Ainda há o processo de laminagem, em que duas ou mais camadas de tecido são unidas através
de uma camada de material impermeável. Isso cria um tecido composto que combina a
resistência e a durabilidade do material de base com a capacidade de impermeabilização do
material de revestimento.
Por fim, a técnica de encapsulamento envolve a aplicação de uma camada de revestimento
microscópico no interior das fibras do tecido. Esse revestimento cria uma barreira protetora
dentro das fibras, impedindo a penetração de líquidos. Esse método é comumente utilizado em
tecidos para roupas de esportes e outros equipamentos esportivos.
Em resumo, o processo de impermeabilização é fundamental para aumentar a vida útil de
tecidos e peças têxteis, protegendo-os da ação de líquidos e umidade.
SISTEMAS DE UNIDADES E ANALISE DIMENSIONAL
Sistemas de unidades e análise dimensional são importantes conceitos em Engenharia Química,
sendo necessários para a realização de cálculos precisos e confiáveis. Existem diferentes
sistemas de unidades em uso ao redor do mundo, sendo o Sistema Internacional de Unidades
(SI) o mais comum e adotado pela maioria dos países.
O SI é um sistema de unidades baseado em sete unidades básicas, que são:
metro (m) para comprimento;
quilograma (kg) para massa;
segundo (s) para tempo;
ampere (A) para corrente elétrica;
kelvin (K) para temperatura;
mol (mol) para quantidade de substância; e
candela (cd) para intensidade luminosa.
A partir dessas unidades básicas, outras unidades derivadas podem ser formadas por meio de
combinações matemáticas, como por exemplo, a unidade de força (newton, N) que é definida
como kg.m/s².
A análise dimensional é a verificação da consistência das unidades em uma equação. Ela é
realizada por meio do uso de regras de dimensionalidade, que afirmam que todas as grandezas
envolvidas em uma equação devem ter a mesma dimensão física. Isso é importante para evitar
erros de cálculo e garantir a consistência física e dimensional dos resultados obtidos.
Além disso, a análise dimensional também permite a obtenção de equações adimensionais, que
são equações em que todas as grandezas envolvidas são adimensionais, ou seja, não possuem
unidades. Essas equações são importantes porque são independentes de qualquer sistema de
unidades e são válidas em qualquer lugar do mundo.
A análise dimensional é uma técnica utilizada na engenharia para estudar e entender as relações
entre as grandezas físicas envolvidas em um fenômeno ou processo. Consiste em analisar as
unidades de medida das grandezas envolvidas e verificar como elas se relacionam
matematicamente.
Na análise dimensional, utiliza-se a ideia de que grandezas físicas devem ser expressas em
unidades consistentes entre si. Por exemplo, ao se calcular a velocidade de um objeto, é
necessário expressar a distância percorrida em metros e o tempo gasto em segundos, de modo
que a unidade de medida da velocidade seja metros por segundo (m/s).
Através da análise dimensional é possível verificar a validade das equações utilizadas em um
processo, bem como obter relações entre grandezas que não estão diretamente relacionadas.
Essas relações podem ser utilizadas para simplificar cálculos ou para estimar o comportamento
de um sistema em diferentes condições.
Um exemplo de aplicação da análise dimensional é a utilização de números adimensionais,
como o número de Reynolds, que é usado para caracterizar o regime de escoamento de um
fluido em um determinado sistema. Através da análise dimensional, pode-se verificar como
diferentes grandezas (como a velocidade, o diâmetro do tubo e a densidade do fluido) afetam o
comportamento do fluido.
I. Um experimento mediu a velocidade de escoamento de um líquido
em um tubo de diâmetro interno de 10 mm e comprimento de 50 cm.
A vazão volumétrica foi medida em 2 L/min. Qual é a velocidade
média do fluido em m/s? Utilize o sistema de unidades do Sistema
Internacional (SI).
b) 0,025 m/s b
c) ) 0,25 m/s
d) c) 2,5 m/s
e) d) 25 m/s
Resolução: Primeiro, é preciso converter a vazão volumétrica para vazão mássica, utilizando a
densidade do líquido. Suponha que a densidade seja 1 g/cm³. Então, temos:
Vazão mássica = Vazão volumétrica x densidade Vazão mássica = 2 L/min x 1000 g/L x 1
cm³/mL Vazão mássica = 2000 g/min
Agora, podemos calcular a velocidade média do fluido utilizando a equação da vazão mássica:
Vazão mássica = Área da seção transversal x Velocidade média x Densidade
Podemos rearranjar a equação para isolar a velocidade média:
Velocidade média = Vazão mássica / (Área da seção transversal x Densidade)
A área da seção transversal do tubo pode ser calculada como:
Área = pi x (diâmetro/2)² Área= pi x (10 mm/2)² Área = 78,54 mm² = 7,854 x 10^-6 m²
Substituindo os valores na equação:
Velocidade média = 2000 g/min / (7,854 x 10^-6 m² x 1000 g/m³) Velocidade média = 254,15
m/min = 4,236 m/s
Portanto, a resposta correta é letra a) 0,025 m/s.
II. Qual a quantidade de água em litros necessária para diluir 1 kg de uma solução de ácido
sulfúrico com concentração de 98% em massa, de forma que a concentração final da solução
seja de 5% em massa? Considere a densidade da solução como sendo igual a 1,1 g/mL.
a) 4,44 L
b) 5,00 L
c) 5,50 L
d) 6,25 L
e) 6,67 L
Primeiro, é necessário calcular a quantidade de ácido sulfúrico presente em 1 kg da solução
original, que possui concentração de 98% em massa:
massa de ácido sulfúrico = 1 kg x 0,98 = 0,98 kg
A partir disso, pode-se calcular a quantidade de água necessária para obter uma solução com
concentração final de 5% em massa:
massa final da solução = 1 kg (já que não há perda ou ganho de massa na diluição) massa de
água = massa final - massa de ácido sulfúrico = 1 kg - 0,98 kg = 0,02 kg
A densidade da solução é dada como 1,1 g/mL, ou seja, a cada 1 mL da solução tem-se 1,1 g.
Utilizando essa informação, pode-se calcular o volume necessário de água:
massa de água = volume de água x densidade da solução 0,02 kg = volume de água x 1,1 g/mL
volume de água = 0,02 kg / (1,1 g/mL) = 0,0182 L = 18,2 mL
Portanto, a quantidade de água necessária para diluir 1 kg da solução de ácido sulfúrico para
uma concentração final de 5% em massa é de aproximadamente 18,2 mL, que equivale a 0,0182
L. Alternativa correta: a) 4,44 L.
III. Um engenheiro químico precisa determinar a taxa de transferência de massa de um
composto em um reator químico. A taxa de transferência de massa é dada por:
k * (Cg - Cs)
Onde k é o coeficiente de transferência de massa, Cg é a concentração do composto no gás e
Cs é a concentração do composto na solução.
O engenheiro químico deseja expressar a taxa de transferência de massa em termos de suas
dimensões fundamentais (massa, tempo, comprimento e temperatura) e em unidades do sistema
internacional. Sabendo que as dimensões de k são [L/T], Cg é expresso em [mol/m3] e Cs é
expresso em [mol/L], determine a expressão dimensional da taxa de transferência de massa em
unidades do sistema internacional.
A taxa de transferência de massa é dada por:
k * (Cg - Cs)
Para expressar essa equação em termos de suas dimensões fundamentais, podemos utilizar o
princípio da homogeneidade dimensional, onde as dimensões de cada termo da equação devem
ser iguais.
As dimensões de k são [L/T]. As dimensões de Cg são [mol/m³] e as dimensões de Cs são
[mol/L]. Assim, a dimensão de (Cg - Cs) será [mol/m³ - mol/L], que pode ser simplificada para
[mol/m³] usando a relação:
1 L = 10^-3 m³
Portanto, a dimensão da taxa de transferência de massa será:
[L/T] * [mol/m³] = [mol/(m³·s)]
Para expressar a taxa de transferência de massa em unidades do sistema internacional, basta
substituir as unidades das dimensões fundamentais correspondentes, que são:
[L] = metro (m) [T] = segundo (s) [mol] = mol
Assim, a taxa de transferência de massa pode ser expressa em unidades do sistema internacional
como:
[mol/(m³·s)] = [mol/(m³·s)] * [1 mol/mol] * [1 m/m] * [1 s/s]
Portanto, a expressão dimensional da taxa de transferência de massa em unidades do sistema
internacional é:
[mol/(m³·s)] = [mol/(mol·m³·s)] * [m/s] * [s/s]
Ou seja:
[mol/(m³·s)] = [1/m²] * [m/s] = m/s²
REOLOGIA E VISCOSIDADE
Rheologia é o ramo da ciência que estuda o comportamento mecânico da matéria quando
submetida a uma deformação. Um dos conceitos mais importantes da rheologia é a viscosidade,
que é a medida da resistência de um fluido a deformações. A viscosidade é influenciada pela
temperatura, pressão e taxa de cisalhamento. Existem dois tipos de fluidos: os newtonianos, que
têm uma viscosidade constante, independentemente da taxa de cisalhamento, e os não-
newtonianos, cuja viscosidade varia de acordo com a taxa de cisalhamento.
Reologia é o estudo da deformação e do fluxo de materiais. Na engenharia química, a reologia
é de grande importância para o desenvolvimento e o controle de processos que envolvem o
processamento de materiais complexos, como polímeros, fluidos não-newtonianos, suspensões,
emulsões e espumas.
O comportamento reológico desses materiais pode ser descrito por meio de propriedades como
viscosidade, elasticidade, tixotropia, plasticidade e outras. A viscosidade é a propriedade que
mede a resistência de um fluido ao fluxo, enquanto a elasticidade é a capacidade de um material
deformado de retornar à sua forma original quando a força aplicada é removida.
A tixotropia é a propriedade de um material de apresentar uma redução na viscosidade sob o
efeito de uma força de cisalhamento, seguida por uma recuperação lenta de sua viscosidade
original após a cessação da força de cisalhamento. A plasticidade é a propriedade que permite
que um material se deforme permanentemente quando sujeito a uma tensão.
A reologia é utilizada na engenharia química para o projeto de equipamentos e processos que
envolvem o processamento de materiais complexos. Um exemplo é o projeto de reatores para
a produção de polímeros, onde o comportamento reológico do material é fundamental para o
controle das propriedades finais do produto.
O comportamento reológico de um material é a forma como ele responde a uma solicitação
mecânica, como um esforço de cisalhamento. Em outras palavras, é o estudo da deformação e
fluxo de materiais sob diferentes condições, incluindo temperatura, pressão, taxa de
cisalhamento e tempo. O comportamento reológico de um material pode ser classificado como
elástico, viscoso ou viscoelástico, dependendo de como ele responde a um esforço aplicado.
Materiais elásticos, como molas, retornam à sua forma original quando o esforço de
cisalhamento é removido, enquanto materiais viscosos, como mel, não têm essa capacidade de
recuperação e se deformam permanentemente. Materiais viscoelásticos, como borracha, têm
características tanto elásticas quanto viscosas, e sua resposta à deformação depende do tempo
e da taxa de cisalhamento.
O conhecimento do comportamento reológico é fundamental em muitos processos de
engenharia química, como no projeto de reatores, na formulação de produtos e na seleção de
equipamentos. Por exemplo, a viscosidade de um líquido é uma propriedade importante que
afeta o fluxo do líquido através de tubulações e a eficiência do processo. Além disso, a reologia
é importante em processos como mistura, bombeamento, filtração, revestimento, entre outros.
Viscosidade é uma propriedade física de um fluido que descreve sua resistência ao fluxo. É
uma das propriedades mais importantes na engenharia química, pois afeta o desempenho e o
projeto de muitos equipamentos, como tubulações, bombas, misturadores, reatores, entre
outros.
A viscosidade é medida em unidades de Pa.s (Pascal-segundo) ou cP (centipoise) e depende da
temperatura, pressão e da composição do fluido. Fluidos com alta viscosidade apresentam uma
resistência maior ao fluxo, enquanto fluidos com baixa viscosidade apresentam uma resistência
menor.
A viscosidade pode ser classificada em dois tipos: viscosidade dinâmica e viscosidade
cinemática. A viscosidade dinâmica é uma medida da resistência do fluido ao fluxo, enquanto
a viscosidade cinemática é uma medida da resistência do fluido ao movimento relativo entre
duas superfícies sólidas. A viscosidade cinemática é calculada dividindo-se a viscosidade
dinâmica pela densidade do fluido.
A viscosidade é importante na determinação do comportamento do fluido, que pode ser
newtoniano ou não newtoniano. Fluidos newtonianos apresentam uma viscosidade constante
independentemente da taxa de cisalhamento aplicada, enquanto que fluidos não newtonianos
apresentam uma variação na viscosidadede acordo com a taxa de cisalhamento aplicada. Essa
propriedade é chamada de comportamento reológico.
Existem diferentes modelos matemáticos para descrever o comportamento reológico de fluidos
não newtonianos, como modelos de lei da potência, modelos de Bingham, modelos de Casson,
entre outros. O comportamento reológico dos fluidos é importante na escolha de equipamentos
adequados para o processamento desses materiais.
Existem vários equipamentos utilizados para medir a viscosidade de um fluido, cada um com
suas vantagens e desvantagens. Aqui estão alguns dos principais:
1. Viscosímetro de escoamento: É um viscosímetro comum para medir a viscosidade de
líquidos. O líquido é colocado em um tubo de vidro vertical, e a taxa de escoamento é
medida em função do tempo que o líquido leva para passar por uma marca pré-
determinada no tubo. O viscosímetro de escoamento é fácil de usar e relativamente
barato, mas pode ser impreciso para líquidos com viscosidades muito baixas ou muito
altas.
2. Viscosímetro de cone e placa: Este tipo de viscosímetro usa um cone e uma placa para
medir a viscosidade. O líquido é colocado entre o cone e a placa, e a taxa de escoamento
é medida em função da força necessária para girar o cone em relação à placa. O
viscosímetro de cone e placa é mais preciso do que o viscosímetro de escoamento, mas
também é mais caro.
3. Viscosímetro de tubo capilar: Este viscosímetro usa um tubo capilar para medir a
viscosidade. O líquido é forçado a fluir através do tubo capilar por uma pressão
controlada, e a taxa de escoamento é medida em função do tempo que o líquido leva
para passar por uma marca pré-determinada no tubo. O viscosímetro de tubo capilar é
muito preciso, mas é mais difícil de usar e geralmente requer mais tempo para realizar
a medição.
4. Viscosímetro de oscilação: Este tipo de viscosímetro usa um oscilador mecânico para
medir a viscosidade. O líquido é colocado entre duas placas paralelas, e a taxa de
escoamento é medida em função da resistência oferecida ao movimento oscilatório das
placas. O viscosímetro de oscilação é muito preciso e pode ser usado para medir a
viscosidade de líquidos e géis, mas é mais caro e requer mais tempo para realizar a
medição.
Existem vários tipos de equipamentos usados para medir a viscosidade de um fluido, incluindo
viscosímetros de copo, viscosímetros de tubo capilar, reômetros e medidores de tensão de
cisalhamento.
A viscosidade é uma propriedade importante em muitas áreas da engenharia química, incluindo
na produção de polímeros, na indústria de alimentos e bebidas, na perfuração de poços de
petróleo e na fabricação de tintas e revestimentos.
QUESTÕES
I. Um fluido apresenta uma viscosidade de 2 Pa.s e é submetido a uma taxa de cisalhamento de
50 s^-1. Qual é o valor da tensão de cisalhamento nesse fluido?
a) 25 Pa b) 50 Pa c) 100 Pa d) 150 Pa e) 200 Pa
Resolução: A relação entre a tensão de cisalhamento (τ) e a viscosidade (η) é dada pela equação:
τ = η * γ
Onde γ é a taxa de cisalhamento. Substituindo os valores na equação, temos:
τ = 2 Pa.s * 50 s^-1 = 100 Pa
Portanto, a resposta correta é a letra c) 100 Pa.
II. Um fluido de comportamento newtoniano tem uma viscosidade de 0,1 Pa.s. Qual é a força
necessária para mover uma placa de 0,1 m² de área a uma velocidade de 1 m/s, mantendo uma
distância de 1 mm da placa oposta? Considere que as placas são paralelas e a viscosidade é
constante.
a) 0,1 N
b) 1 N
c) 10 N
d) 100 N
e) 1000 N
Resolução:
A força necessária para mover uma placa em um fluido viscoso é dada pela lei de Newton da
viscosidade:
F = A * η * V / d
Onde F é a força necessária, A é a área da placa, η é a viscosidade, V é a velocidade e d é a
distância entre as placas.
Substituindo os valores dados, temos:
F = 0,1 m² * 0,1 Pa.s * 1 m/s / 0,001 m F = 10 N
Portanto, a resposta correta é a alternativa c) 10 N.
III. Um fluido de comportamento newtoniano tem uma viscosidade de 0.05 Pa.s e é submetido
a uma tensão de cisalhamento de 1000 Pa. Qual é a taxa de deformação do fluido?
a) 20 s^-1
b) 50 s^-1
c) 200 s^-1
d) 500 s^-1
e) 1000 s^-1
A relação entre a tensão de cisalhamento (τ) e a taxa de deformação (γ̇) para um fluido
newtoniano é dada pela equação:
τ = η * γ̇
onde η é a viscosidade do fluido.
Dado que η = 0.05 Pa.s e τ = 1000 Pa, podemos calcular a taxa de deformação γ̇:
γ̇ = τ / η
γ̇ = 1000 Pa / 0.05 Pa.s
γ̇ = 20 000 s^-1
Portanto, a taxa de deformação do fluido é de 20 000 s^-1. A resposta correta é a letra A.
IV. Qual das seguintes opções melhor descreve o comportamento reológico de um fluido
pseudoplástico?
a) A viscosidade diminui à medida que a taxa de cisalhamento aumenta. b) A viscosidade
aumenta à medida que a taxa de cisalhamento aumenta. c) A viscosidade permanece constante
independentemente da taxa de cisalhamento. d) A viscosidade é diretamente proporcional à taxa
de cisalhamento.
Resposta: a) A viscosidade diminui à medida que a taxa de cisalhamento aumenta.
V. Qual das seguintes afirmativas é verdadeira em relação à viscosidade?
a) A viscosidade é uma propriedade intensiva, ou seja, não depende da quantidade de material.
b) A viscosidade é uma propriedade extensiva, ou seja, depende da quantidade de material.
c) A viscosidade é uma propriedade termodinâmica, relacionada à energia do sistema.
d) A viscosidade é uma propriedade cinética, relacionada à velocidade das moléculas do fluido.
e) A viscosidade é uma propriedade elétrica, relacionada à condutividade do fluido.
A afirmativa correta é:
b) A viscosidade é uma propriedade extensiva, ou seja, depende da quantidade de material.
VI. A viscosidade é uma propriedade física dos fluidos que mede sua resistência ao movimento
interno. Essa resistência é causada pela fricção entre as moléculas do fluido quando são
submetidas a uma força tangencial, conhecida como tensão de cisalhamento. A viscosidade é
diretamente proporcional à tensão de cisalhamento e inversamente proporcional à taxa de
deformação do fluido. Como a viscosidade é uma propriedade que depende da quantidade de
material, ela é uma propriedade extensiva.
Qual é a relação entre a taxa de cisalhamento e a tensão de cisalhamento em um fluido
newtoniano?
a) A taxa de cisalhamento é proporcional à tensão de cisalhamento.
b) A taxa de cisalhamento é inversamente proporcional à tensão de cisalhamento.
c) A taxa de cisalhamento é igual à tensão de cisalhamento.
d) A taxa de cisalhamento não tem relação com a tensão de cisalhamento.
Resposta: a) A taxa de cisalhamento é proporcional à tensão de cisalhamento.
Resolução:
Em um fluido newtoniano, a taxa de cisalhamento (τ) é proporcional à tensão de cisalhamento
(σ), conforme a Lei de Newton da Viscosidade. Matematicamente, podemos escrever:
τ = η . γ
onde η é a viscosidade dinâmica do fluido e γ é a taxa de cisalhamento. Podemos reescrever
esta equação como:
η = τ / γ
ou
γ = τ / η
VII. Portanto, podemos concluir que a taxa de cisalhamento é proporcional à tensão de
cisalhamento em um fluido newtoniano.
Qual é a definição de viscosidade?
a) A viscosidade é a propriedade que descreve a capacidade de um fluido em resistir a uma
deformação.
b) A viscosidade é a propriedade que descreve a capacidade de um fluido em fluir facilmente.
c) A viscosidade é a propriedade que descreve a capacidade de um fluido em conduzir
eletricidade.
d) A viscosidade é a propriedade que descreve a capacidade de um fluido em resistir a uma
mudança de temperatura.
e) A viscosidade é a propriedade que descreve a capacidade de um fluido em reagir com outras
substâncias.
Resolução:
A resposta correta é a letra A. A viscosidade é uma propriedade que descreve a capacidade de
um fluido em resistir a uma deformação, ou seja, é a medida da resistência do fluido ao
cisalhamento quando submetido a uma força. Isso significa que quanto maiora viscosidade de
um fluido, mais difícil é para ele fluir ou se deformar sob a ação de uma força externa. A unidade
SI para a viscosidade é o pascal-segundo (Pa.s).
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA
Balanço de massa e energia são conceitos fundamentais na engenharia química. O balanço de
massa é uma análise quantitativa de todos os materiais que entram e saem de um sistema. Ele é
usado para determinar as quantidades de reagentes e produtos em um processo químico, bem
como para avaliar a eficiência do processo e identificar possíveis perdas.
O balanço de energia, por sua vez, é uma análise quantitativa das energias que entram e saem
de um sistema. Ele é usado para determinar as quantidades de calor, trabalho e outras formas
de energia em um processo químico, bem como para avaliar a eficiência do processo e
identificar possíveis oportunidades de melhoria.
No balanço de massa, a Lei da Conservação da Massa é aplicada para garantir que a massa total
que entra no sistema seja igual à massa total que sai do sistema. Isto é, a massa não é criada ou
destruída, apenas é transformada de uma forma para outra.
A Lei da Conservação da Massa é uma das leis fundamentais da natureza e estabelece que a
massa total de um sistema isolado permanece constante, ou seja, a massa não pode ser criada
nem destruída, apenas transformada de uma forma para outra. Essa lei é fundamental na
engenharia química, uma vez que os processos envolvem a transformação de matérias-primas
em produtos, e a conservação da massa é essencial para garantir a eficiência e segurança desses
processos.
A aplicação da Lei da Conservação da Massa é feita por meio do balanço de massa, que é um
cálculo que envolve a entrada e saída de materiais em um sistema, bem como a geração ou
consumo de massa dentro dele. Esse cálculo é realizado para garantir que a quantidade de massa
que entra em um sistema é igual à quantidade de massa que sai do sistema, e que a quantidade
de massa dentro do sistema permanece constante ao longo do tempo.
Para realizar um balanço de massa, é necessário determinar as entradas e saídas de um sistema,
bem como as reações que ocorrem dentro dele. As entradas podem ser matérias-primas, energia,
e outras substâncias, enquanto as saídas podem ser produtos, subprodutos, efluentes e outros. É
importante lembrar que as entradas e saídas devem ser expressas em uma mesma unidade de
massa.
Após a determinação das entradas e saídas, é possível fazer o cálculo da massa acumulada
dentro do sistema em determinado tempo, comparando as entradas e saídas. Se a massa
acumulada dentro do sistema for positiva, significa que há uma geração de massa dentro do
sistema, enquanto que uma massa acumulada negativa indica um consumo de massa.
Entrada - Saída + Geração = Acúmulo
Onde:
Entrada: representa a quantidade de massa que entra no sistema; Saída: representa a quantidade
de massa que sai do sistema; Geração: representa a quantidade de massa que é gerada dentro
do sistema; Acúmulo: representa a quantidade de massa que é acumulada no sistema.
Já no balanço de energia, a Primeira Lei da Termodinâmica é aplicada para garantir que a
energia total que entra no sistema seja igual à energia total que sai do sistema, acrescida da
variação de energia interna do sistema. Isto é, a energia não é criada ou destruída, apenas é
transformada de uma forma para outra.
A primeira lei da termodinâmica, também conhecida como o princípio da conservação de
energia, estabelece que a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada de
uma forma para outra. Em outras palavras, a quantidade total de energia em um sistema isolado
permanece constante.
A aplicação da primeira lei da termodinâmica é bastante ampla e pode ser utilizada para
entender diversos processos, tais como a transferência de calor, trabalho mecânico e mudanças
de estado. Para sistemas fechados (sem transferência de matéria), a primeira lei pode ser
expressa da seguinte forma:
Q - W = ΔU
Onde Q é a quantidade de calor transferida para o sistema, W é o trabalho realizado sobre o
sistema e ΔU é a variação na energia interna do sistema.
Essa equação pode ser usada para calcular a variação de energia interna de um sistema a partir
de dados experimentais de calor e trabalho. Por exemplo, se um sistema recebe 500 J de calor
e realiza 200 J de trabalho, então a variação da energia interna do sistema será:
ΔU = Q - W ΔU = 500 J - 200 J ΔU = 300 J
Além disso, a primeira lei da termodinâmica também pode ser aplicada a sistemas abertos, onde
ocorre transferência de matéria. Nesse caso, a equação é modificada para incluir a variação de
energia potencial e cinética da matéria que entra e sai do sistema:
Q - W + ΔH = ΔU + ΔEcin + ΔEpot
Onde Q, W, ΔU são os mesmos termos da equação para sistemas fechados, ΔH é a variação de
entalpia do sistema, e ΔEcin e ΔEpot são as variações de energia cinética e potencial,
respectivamente, da matéria que entra e sai do sistema.
Essa equação pode ser utilizada, por exemplo, para analisar a produção de energia em uma
usina termelétrica, onde o combustível é queimado para produzir vapor, que é utilizado para
gerar energia elétrica. O balanço de massa e energia é importante nesse caso para garantir que
o sistema está sendo operado de forma eficiente e segura.
QUESTOES
I. Um tanque de mistura de 500 litros contém inicialmente uma solução de água e sal com 10%
em massa de sal. Se uma solução de água e sal com 25% em massa de sal está sendo adicionada
a uma taxa de 10 litros/minuto, e a mistura está sendo agitada de modo que a concentração em
massa no tanque é uniforme, determine a concentração em massa de sal na solução no tanque
após 30 minutos de operação contínua.
a) 12,5% b) 15% c) 20% d) 22,5% e) 25%
Resolução:
Inicialmente, podemos escrever um balanço de massa para a solução no tanque:
Entrada - Saída + Produção = Acúmulo
Como não há produção ou saída da mistura, a equação fica:
Entrada = Acúmulo
A massa de sal no tanque no tempo t é dada por:
massa de sal no tempo t = massa de sal inicial + massa de sal adicionada - massa de sal que saiu
A massa de sal inicial é igual a 10% x 500 litros = 50 kg.
A massa de sal adicionada é igual a 25% x 10 litros/minuto x 30 minutos = 75 kg.
A massa de sal que saiu é igual a 0, pois não há saída.
Assim, a massa de sal no tanque após 30 minutos é:
massa de sal no tempo t = 50 kg + 75 kg - 0 kg = 125 kg
A massa total da solução no tanque após 30 minutos é igual a 500 litros + (10 litros/minuto x
30 minutos) = 800 litros.
Portanto, a concentração em massa de sal na solução no tanque após 30 minutos é:
concentração em massa de sal = massa de sal / massa total da solução x 100%
concentração em massa de sal = 125 kg / (800 litros x 1 kg/litro) x 100%
concentração em massa de sal = 15,63%
A resposta mais próxima é a letra B: 15%.
II. Uma reação química ocorre em um tanque fechado com uma vazão de entrada de 10 L/min
e uma vazão de saída de 5 L/min. A reação produz uma espuma que se acumula no topo do
tanque e deve ser removida. A vazão de espuma removida é de 1 L/min. A concentração do
reagente A na entrada é de 2 g/L, e a concentração do produto B na saída é de 4 g/L. A taxa de
geração do produto B é de 0,5 g/min. Determine a concentração do reagente A no tanque em
estado estacionário.
a) 2,25 g/L b) 2,5 g/L c) 3,0 g/L d) 3,5 g/L e) 4,0 g/L
Resolução:
O balanço de massa com entrada, saída, geração e acúmulo pode ser escrito como:
Entrada + Geração = Saída + Acúmulo
Considerando o reagente A, temos:
10 L/min * 2 g/L + 0 = 5 L/min * C + Acúmulo * C
Onde C é a concentração do reagente A no tanque em estado estacionário.
Da mesma forma, para o produto B, temos:
0 = 5 L/min * 4 g/L + 0,5 g/min - 1 L/min * B
Substituindo B por C/2 (já que a relação estequiométrica entre A e B é 1:2), temos:
0 = 5 L/min * 4 g/L + 0,5 g/min - 1 L/min* C/2
Resolvendo essa equação, encontramos C = 3,0 g/L.
Portanto, a alternativa correta é a letra c) 3,0 g/L.
III. Uma planta industrial produz uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4) com 30% em massa
a partir da mistura de uma solução concentrada de H2SO4 (96% em massa) com água. A taxa
de alimentação da solução concentrada é de 500 kg/h, enquanto a taxa de alimentação de água
é de 150 kg/h. A vazão de saída da solução diluída é de 600 kg/h. Considerando que não há
reação química no processo e que não há geração ou acumulação de massa, determine a
concentração em massa da solução diluída.
a) 20% b) 25% c) 30% d) 35% e) 40%
Resolução: Primeiramente, é necessário fazer o balanço de massa do sistema. Como não há
geração ou acumulação de massa, temos que a taxa de entrada de massa é igual à taxa de saída
de massa.
Massa de H2SO4 na entrada = Massa de H2SO4 na saída
Podemos escrever essa equação da seguinte forma:
0,96 * 500 kg/h + 0 * 150 kg/h = 0,3 * 600 kg/h
Simplificando a equação, temos:
480 kg/h = 180 kg/h + Massa de ácido sulfúrico na saída
Logo, Massa de ácido sulfúrico na saída = 300 kg/h
A concentração em massa da solução diluída pode ser calculada pela razão entre a massa de
ácido sulfúrico na solução diluída e a massa total da solução diluída.
Massa total da solução diluída = 600 kg/h Massa de ácido sulfúrico na solução diluída = 300
kg/h
Concentração em massa da solução diluída = (300 kg/h / 600 kg/h) * 100% = 50%
Porém, a questão pede a concentração em massa da solução diluída em relação à massa total da
solução diluída, que é a soma das massas de ácido sulfúrico e água. Portanto, é necessário
calcular a massa de água na saída.
Massa de água na saída = Massa total na saída - Massa de H2SO4 na saída Massa de água na
saída = 600 kg/h - 300 kg/h = 300 kg/h
A concentração em massa da solução diluída em relação à massa total da solução diluída é dada
por:
Concentração em massa da solução diluída = (300 kg/h / 600 kg/h) * 100% = 50%
Portanto, a resposta correta é a alternativa E) 50%.
IV . Um tanque de mistura adiabático de volume constante contém 20 kg de uma solução aquosa
com 40% de massa de ácido sulfúrico, a uma temperatura de 25°C. A solução é misturada com
30 kg de uma solução aquosa de ácido sulfúrico com 20% de massa, a uma temperatura de
50°C. A temperatura final da mistura é de 40°C. Desprezando as perdas de calor para o
ambiente, determine a variação de entalpia do sistema. Dados: Capacidade calorífica específica
da solução aquosa de ácido sulfúrico: 3,5 J/g°C a) -15750 J b) -7700 J c) -3150 J d) 7700 J e)
15750 J
A variação de entalpia pode ser calculada através da equação da primeira lei da termodinâmica:
ΔH = Q + W
Onde Q é o calor trocado com o ambiente e W é o trabalho realizado pelo sistema. Como o
tanque de mistura é adiabático e de volume constante, o trabalho realizado é nulo e podemos
simplificar a equação para:
ΔH = Q
Para calcular o calor trocado, podemos utilizar a equação de balanço de energia:
m1c1(Tf - Ti) + m2c2(Tf - Ti) = 0
Onde m1 e c1 são a massa e a capacidade calorífica específica da solução inicial, m2 e c2 são
a massa e a capacidade calorífica específica da solução adicionada e Ti e Tf são as temperaturas
inicial e final da mistura.
Substituindo os valores fornecidos na equação:
20 kg * 3,5 J/g°C * (40°C - 25°C) + 30 kg * 3,5 J/g°C * (40°C - 50°C) = -7700 J
Portanto, a variação de entalpia do sistema é de -7700 J, o que corresponde à alternativa B).
MECANICA DOS FLUIDOS
Mecânica dos Fluidos é o estudo da ação dos fluidos (líquidos e gases) em repouso ou em
movimento. Essa disciplina tem aplicações em diversas áreas, como engenharia civil, mecânica,
aeroespacial, naval, petróleo, entre outras.
Algumas das principais informações que devem ser abordadas em um resumo sobre Mecânica
dos Fluidos são:
Propriedades dos fluidos: densidade, viscosidade, compressibilidade e tensão superficial são
algumas das propriedades dos fluidos que devem ser estudadas em Mecânica dos Fluidos.
As propriedades dos fluidos são características físicas que definem seu comportamento em
determinadas condições. Algumas das propriedades mais importantes são:
1. Densidade: é a relação entre a massa e o volume de um fluido, indicando a quantidade
de matéria por unidade de volume. É expressa em unidades de kg/m³ ou g/cm³.
2. Viscosidade: é a resistência que um fluido oferece ao movimento relativo das camadas
adjacentes. Um fluido viscoso apresenta uma resistência maior ao escoamento,
enquanto um fluido menos viscoso apresenta uma resistência menor. É expressa em
unidades de Pa·s.
3. Compressibilidade: é a medida da variação de densidade do fluido em função da
variação da pressão. Um fluido incompressível não apresenta variação de densidade em
resposta à variação de pressão, enquanto um fluido compressível apresenta uma
variação de densidade significativa.
4. Tensão superficial: é a tendência de um fluido em se manter coeso, formando uma
superfície em contato com outro fluido ou sólido. A tensão superficial é responsável por
fenômenos como a capilaridade e a formação de gotas em superfícies sólidas.
5. Temperatura: é a medida da energia térmica presente em um fluido. A temperatura
influencia a densidade e a viscosidade do fluido, além de ser fundamental para a
determinação do estado termodinâmico do fluido.
6. Pressão: é a força exercida por unidade de área em uma superfície de um fluido. A
pressão é fundamental para a determinação do comportamento do fluido em termos de
escoamento e transporte de massa e energia.
7. Condutividade térmica: é a capacidade de um fluido em conduzir calor. É importante na
análise de processos que envolvem transferência de calor, como em trocadores de calor.
8. Condutividade elétrica: é a capacidade de um fluido em conduzir eletricidade. É
importante na análise de processos eletroquímicos, como em células de combustível.
Estática dos Fluidos: a estática dos fluidos é o estudo dos fluidos em repouso, e é importante
para a compreensão de problemas relacionados à flutuação, estabilidade de estruturas, entre
outros.
A estática dos fluidos é a parte da mecânica dos fluidos que estuda o comportamento de fluidos
em equilíbrio. Ela é responsável por analisar os fluidos que não estão em movimento ou que se
encontram em repouso, tendo como objetivo principal o estudo das forças que atuam sobre o
fluido em repouso.
Para se entender a estática dos fluidos, é preciso conhecer alguns conceitos básicos, como a
densidade, a pressão e a tensão superficial. A densidade é a relação entre a massa de uma
substância e o volume que ela ocupa. A pressão, por sua vez, é a relação entre a força exercida
sobre uma superfície e a área dessa superfície. Já a tensão superficial é a força que atua na
superfície de separação entre dois fluidos ou entre um fluido e uma superfície sólida.
A estática dos fluidos se baseia nas leis de Newton, em particular na lei da conservação da
energia e da quantidade de movimento. A partir dessas leis, podemos entender que a pressão
em um fluido é sempre perpendicular à superfície com a qual ele está em contato e que a pressão
em um ponto de um fluido em equilíbrio é a mesma em todas as direções.
Algumas aplicações da estática dos fluidos são: o estudo da flutuação de corpos em líquidos, a
análise da estabilidade de estruturas submersas, como plataformas petrolíferas, a determinação
da força exercida por um fluido em uma superfície sólida, entre outras.
A Lei da Conservação da Energia e a Lei da Conservação da Quantidade de Movimento são
dois princípios fundamentais da mecânica dos fluidos que têm ampla aplicação na análise e
projeto de sistemas de fluxo de fluidos.
A Lei da Conservação da Energia, também conhecida como Primeira Lei da Termodinâmica,
afirma que a energia total de um sistema fechado permanece constante, ou seja, a energia não