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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nº 176468 Separação por membranas Luciano Zanela Palestra apresentada em Curso de Tecnologia de Tratamento de Águas e Resíduos, 2019, Belém. A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099 www.ipt.br Separação por membranas Prof. Dr. Luciano Zanella Filtração • Filtração – Separação de um ou mais componentes de uma fase líquida ou gasosa baseada, principalmente, na diferença de tamanho dos compostos; – Separação de partículas sólidas imiscíveis, em uma barreira porosa; – Toda a corrente a ser tratada atravessa o meio poroso, deixando para trás os contaminantes; – A força motriz que promove a separação é a pressão hidráulica. Filtração Separação por membranas • Pode separar sólidos imiscíveis e solutos que se encontram dissolvidos; • Permite a passagem de determinados componentes enquanto impede a passagem de outros; membrana atua como barreira seletiva • O fluxo é, usualmente, tangencial à membrana; • Em alguns casos são as espécies de interesse são as que não atravessam a membrana; • São produzidas duas correntes, o concentrado e o permeado ou purificado Separação por membranas Eletrodiálise Separação por membranas • Processos de separação por membranas – Microfiltração (MF); – Ultrafiltração (UF); – Nanofiltração (NF); – Osmose Reversa (OR); – Eletrodiálise (ED). MF – Microfiltração - 0,1 a 10 µm Bactérias, sólidos suspensos UF – Ultrafiltração - 0,002 a 0,1 µm Vírus, colóides NF – Nanofiltração - 0,0005 a 0,005 µm Dureza, íons bivalentes, orgânicos e pesticidas Água OR - Osmose Reversa - 0,0001 a 0,001 µm Íons monovalentes, sais dissolvidos (99%) Separação por membranas Separação por membranas Separação por memebranas Separação por membranas • Fatores relevantes para o desempenho dos sistemas – Tipo da membrana; – Características da água ou efluentes a ser processado; – Contaminantes a serem removidos; – Mecanismo de separação; – Condições de operação; – Presença de microrganismos; – Operações de limpeza química e sanitização. Separação por membranas Classificação das membranas Natureza Sintética Orgânica Polimérica Emborrachado Vitrificado Inorgânica Cerâmica Metálica Zeólita Vítrea Carbônica Biológica Estrutura Simétrica Assimétrica Integralmente assimetrica Composta Geometria Tubular Fibra- oca Plana Mec. de transporte Densa Solução- difusão Transporte facilitado Condução iônica Porosa Difusão de Knudsen Filtração molecular Fluxo superficial seletivo Separação por membranas poliméricas mais amplamente utilizadas mais utilizadas cerâmicas orgânicos inorgânicos • Afinidade à água – membranas hidrofílica • apresentam afinidade à água – membranas hidrofóbicas • não têm afinidade à água • Tratamento de água e efluentes aquosos membrana hidrofílica Separação por membranas Separação por membranas Separação por membranas • Em relação à morfologia – isotrópicas (simétricas) poros de diâmetros regulares ao longo da espessura da membrana – anisotrópicas (assimétricas) poros muito menores em sua camada superior Separação por membranas Membranas assimétricas (anisotrópica) Separação por membranas Separação por membranas • Geometria – Planas • placas planas • enroladas em espiral • Tubulares – Fibra oca (φ < 0,5 mm) – Capilar (0,5 < φ < 5 mm) – Tubular (φ > 5 mm). • Materiais poliméricos qualquer configuração • Materiais cerâmicos tubulares mais comuns Separação por membranas • Membrana de fibra oca Separação por membranas • Módulo – unidade operacional na qual as membranas são mantidas para uso – constituído pela membrana, estrutura para suportar a pressão e dispositivos de entrada e saída – diferem para cada fabricante Separação por membranas • Módulo – projetados para atender a três objetivos: • assegurar uma vazão de circulação do fluído a ser tratado para limitar o fenômeno de polarização de concentrações; • ser uma estrutura compacta, fornecendo a máxima superfície por unidade de volume; • evitar qualquer vazamento entre os compartimentos de alimentação e permeado – devem atender aos seguintes requisitos: • facilidade de limpeza; • facilidade de montagem e desmontagem; • manter o menor volume de fluído no seu interior Separação por membranas • Módulo – Principais tipos de módulos • Placas planas • Tubulares • Fibra oca • Enrolados em espiral Separação por membranas Módulo de fibras ocas Separação por membranas Módulo de fibras ocas Separação por membranas Módulo de fibras ocas Separação por membranas Módulo de fibras ocas Separação por membranas Módulo de fibras ocas Separação por membranas Módulo de placas planas Separação por membranas Módulo de placas planas Separação por membranas Módulo de tubular Separação por membranas Módulo de tubular Separação por membranas Módulo de tubular Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas Módulo de membranas enroladas em espiral Separação por membranas • Fatores associados ao desempenho dos sistemas de separação por membranas – polarização de concentração – depósitos – formação de biofilme Separação por membranas • Polarização de concentração – Quando um fluído escoa próximo a uma superfície ocorre a formação da camada limite; – O atrito entre as paredes e o líquido resulta no atraso das moléculas junto à parede e acelera aquelas mais afastadas – como uma parcela do solvente atravessa a membrana, haverá um aumento na concentração junto à superfície. Separação por membranas • Polarização de concentração – fenômeno resultante da separação de solutos retidos pelas membranas; – formação de camada sobre a superfície da membrana a partir dos compostos que são rejeitados; – camada bastante viscosa ou até mesmo formação de gel dependendo do tipo de soluto e condições de operação. Separação por membranas • Polarização de concentração – fenômeno resultante da separação de solutos retidos pelas membranas; – formação de camada sobre a superfície da membrana a partir dos compostos que são rejeitados; – camada bastante viscosa ou até mesmo formação de gel dependendo do tipo de soluto e condições de operação. Separação por membranas • Polarização de concentração – aumento da resistência ao fluxo de permeado – com a compressão da camada de polarização de concentração o fluxo se torna independente dapressão – fenômeno diferente do depósito, este decorrente das interações entre o soluto e a membrana Separação por membranas • Polarização de concentração Separação por membranas • Polarização de concentração Separação por membranas • Polarização de concentração Separação por membranas • Depósitos (fouling) – A sua ocorrência é resultado do processo de deposição de: • Partículas • Coloides • Emulsões • Suspensões • Macromoléculas • Sais – Ao contrário da polarização de concentração, a formação de depósito é caracterizada por uma redução irreversível ou dificilmente reversível (limpeza química) no fluxo Separação por membranas • Depósitos (fouling) – processos responsáveis pela formação de depósitos: • adsorção; • obstrução de poros; • precipitação; • formação de torta. – ocorrem com maior frequência nos sistemas de MF e UF – membranas de OR depósito de sílica pode ser problemático atenção especial para água subterrânea Separação por membranas Separação por membranas • Formação de biofilme – problema crítico nos processos de membranas; – formação de uma camada viscosa sobre a superfície da membrana pelo acúmulo de microrganismos; – usualmente biofilme mais problemático que incrustações – microrganismos se multiplicam causando danos às membranas – a formação de biofilme é inevitável Separação por membranas • Formação de biofilme – Inicialmente fixação da bactéria na membrana por meio de forças físicas; – bactéria excreta substâncias adesiva substância polimérica extracelular (SPE) – SPE fixação das bactérias e atuação como uma barreira física e química reativa que retarda o fluxo hidráulico e a penetração de agentes de desinfecção no biofilme – efeitos mais pronunciados em sistemas de NF e OR devido à pequena espessura e à fragilidade das membranas; Separação por membranas • Formação de biofilme Seção transversal de um biofilme formado sobre uma membrana de UF (AWWA, 1996) Separação por membranas • Formação de biofilme degradação de membranas por microrganismos (AWWA, 1996) Separação por membranas • Taxa de recuperação – de 10 a 15% por passagem – o rejeito em alguns casos pode ser superior a 50% 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 Separação por membranas • valores típicos do fluxo de água através das membranas são: – Osmose reversa • 15 a 25 L/h.m2; – Nanofiltração • 20 a 30 L/h.m2; – Ultrafiltração • 25 a 50 L/h.m2; – Microfiltração • não há uma regra • valores máximos situam-se na faixa de 50 a 70 L/h.m2. Separação por membranas • Arranjos de sistemas – Sistemas contínuos • de passagem única • com recirculação parcial • de múltiplo estágio • com tratamento parcial • de duplo passe – objetivos: • aumentar da taxa de recuperação • Obtenção de permeado dentro da qualidade desejada Separação por membranas • exemplo de arranjos de sistemas arranjo com recirculação de concentrado Separação por membranas • exemplo de arranjos de sistemas arranjo com duplo passo Separação por membrana dessalinização Separação por membrana osmose reversa Separação por membrana • ETE Capivari II – Sanasa (Campinas) Tanque de aeração Tanque anaeróbio e anóxico Tanque de membranas Tanque de desoxigenação Separação por membrana • ETE Capivari II – Sanasa (Campinas) Vista das membranas Separação por membrana • ETE Capivari II – Sanasa (Campinas) – 6 trens com 8 cassetes de 48 módulos – Total ~ 72.000m² de área de filtração Separação por membrana Separação por membrana Separação por membrana Separação por membrana Separação por membrana Processos Oxidativos Avançados tratamento de efluentes transferência de fase coagulação, floculação, flotação, sedimentação, etc destruição de poluentes incineração, processos oxidativos avançados, etc convencionais avançados processos oxidativos incineração processos biológicos ozônio peróxido de hidrogênio fenton, etc OXIDAÇÃO QUÍMICA processo no qual elétrons são removidos de uma substância, aumentando o seu estado de oxidação processos oxidativos avançados • Oxidação química – Oxidantes comumente utilizados • Peróxido de hidrogênio - H2O2 • Cloro - Cl2 • Ácido hipocloroso - HClO • Permanganato de Potássio – KMnO4 • Ozônio - O3 processos oxidativos avançados oxidantes contaminantes • cloro/hipoclorito • ácido crômico/dicromato • ácido nítrico • permanganato oxidantes limpos • oxigênio • ozônio • peróxido de hidrogênio • radicais hidroxila PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS degradação dos contaminantes pela ação principal de radicais ●OH processos oxidativos avançados • Processos oxidativos avançados – possibilita a completa mineralização de uma série de poluentes orgânicos CnHmOp + ●OH H2O + CO2 – transformação de moléculas ambientalmente indesejáveis em outras menos tóxicas ou mais facilmente tratáveis por outros métodos – Reações pouco seletivas – Considerados como processos limpos processos oxidativos avançados • Processos oxidativos avançados – Primeiro estudo reconhecido • 1886 – De Meritens • utilização de ozônio (03) para desinfecção de água – 1972 – oxidação da água • Fujishima e Honda descrevem a oxidação da água em suspensão de TiO2 gerando hidrogênio e oxigênio – Termo “Tecnologia de oxidação avançada” • Surge em 1973 durante o primeiro Simpósio Internacional em Ozônio para Tratamento de Águas e Efluentes • trabalho que combinava ozônio e UV para oxidar complexos de cianeto – 1976 – fotocatálise heterogênea • publicado o primeiro trabalho utilizando fotocatálise heterogênea na degradação de contaminantes em fase aquosa e gasosa processos oxidativos avançados • Processos oxidativos avançados – Potencial redox de alguns oxidantes processos oxidativos avançados Espécie Potencial redox (V) flúor 3,03 radical hidroxila (●OH) 2,80 oxigênio atômico (O) 2,42 ozônio (O3) 2,07 peróxido de hidrogênio (H2O2) 1,78 permanganato (KMnO4) 1,68 dióxido de cloro (ClO2) 1,57 cloro (Cl2) 1,36 iodo 0,54 Fonte: Teixeira e Jardim (2004) ●OH O3/UV H2O2/O3 H2O2/UV raios gama TiO2/UV fenton H2O2/Fe 2+ foto fenton feixe de elétrons cavitação ultrassom plasma não térmico • Formas de geração de ●OH processos oxidativos avançados • Processos oxidativos avançados – Classificação: – Sistemas Homogêneos • Sistemas onde não existe a presença de catalisadores na forma sólida – Sistemas Heterogêneos • Necessária a presença de catalisadores sólidos semicondutores que aumentam a velocidade de reação processos oxidativos avançados • Sistemas homogêneos – Dois mecanismos de ação: • Fotólise direta com ultravioleta (UV) – menor eficiência – luz única fonte de destruição do poluente – pouco usual para remoção isolada de poluentes • Geração de radical hidroxila (●OH) – alto poder oxidante – oxidantes fortes (H2O2; O3) combinados ou não com irradiação (UV) – oxidação eletroquímica; radiação ionizante, feixe de elétrons, ultrassom, plasma, etc processos oxidativos avançados • Sistemas homogêneos – oxidação eletroquímica • Aplicação de corrente elétrica (de 2 a 20A) em solução aquosa, entre 2 eletrodos. Modificação mais utilizada é o processo de Eletro-Fenton onde o ânodo de sacrifício é de Fe – radiação ionizante, feixe de elétrons • Geração de radicais hidroxila quando as ondas eletromagnéticas, penetrando na água, perdem energia – Ultrassom • US de alta potência (15 kHz a 1 MHz), promove o crescimento e rompimento de bolhas de gás, que alcançamtemperaturas e pressões muito altas (4.000 a 10.000 °C e 1.000 a 10.000 atm). Neste caso as reações podem ocorrer por 3 mecanismos: pela água supercrítica, pela pirólise direta, com os radicais gerados pelo processo térmico (radical hidroxila e peróxido de hidrogênio) processos oxidativos avançados • Sistemas heterogêneos – Catalisadores • catalisadores com pesquisas relatadas: – TiO2, ZnO, Fe2O3, kaolin, SiO2, Al2O3, ZnS, CdS, V2O5 • mais utilizado TiO2 – mais ativo – mais estudado » redução de metais pesados » degradação de cianotoxinas » inativação de bactérias... – Baixo custo – Baixa toxicidade – Insolúvel em água – Fotoestável – Quimicamente estável – Possibilidade de imobilização sobre sólidos – Possibilidade de ativação por luz solar processos oxidativos avançados • Sistemas heterogêneos – Catalisadores • A energia necessária para ativar o TiO2 é cerca de 3,2 eV (elétron volts) que corresponde à irradiação UV de comprimento de onda menor que 387 nm. • comprimentos de onda nesta faixa ~ 3% do espectro solar que atinge a superfície da terra. utilização da luz solar como fonte de radiação processos oxidativos avançados • Sistemas heterogêneos – Fotoativação do TiO2 TiO2 hBV + + eBC - – Reação entre a lacuna e a água adsorvida H2O(ads) + hBV + ●OH processos oxidativos avançados hv fóton lacuna na banda de valência elétron na banda de condução radical hidroxila • Principais processos utilizados processos oxidativos avançados sistema homogêneos com irradiação sem irradiação O3/UV O3/(OH) - H2O2/UV O3/H2O2 H2O2/Fe2 +/UV (vis) H2O2/Fe2 + sistemas heterogêneos com irradiação sem irradiação TiO3/UV eletro fenton TiO3/H2O2/UV • Radiação ultravioleta – Radiação eletromagnética com comprimento de onda menor que a luz visível e maior que o raio X (entre 100nm e 400nm) – Pode ser aplicada tanto em processos oxidativos avançados como na desinfecção de efluentes (254nm) – Pode ser utilizada na degradação de compostos orgânicos em processos fotoquímicos e fotocatalíticos – Aumenta a produção de radicais hidroxila quando utilizada de forma combinada ao ozônio ou peróxido processos oxidativos avançados • Radiação ultravioleta – Radiação gerada por descarga elétrica através de lâmpadas de vapor de mercúrio suspensas ou imersas no líquido a ser tratado; – Lâmpadas UV com comprimento de onda de 254nm são utilizadas para desinfecção – Lâmpadas de UV com comprimento de onda abaixo de 200nm são utilizadas em processos de fotólise de água produzindo ●OH – Dosagens usuais de cerca de 30 a 200 mW.s/cm² – Para sistemas de fotocatálise heterogênea com TiO2 pode ser utilizada radiação UV proveniente da luz solar processos oxidativos avançados • Radiação ultravioleta – Cuidados na utilização • lâminas delgadas de líquido • efluentes com baixa turbidez • efluentes isentos de sólidos em suspensão • manutenção da limpeza dos tubos de quartzo que protegem as lâmpadas – Podem ser utilizadas isoladamente ou associadas a outros oxidantes químicos • Fotólise (UV) • H2O2/UV • O3/UV • Foto-Fenton H2O2/Fe 2+/UV processos oxidativos avançados • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados Sistema de desinfecção de água por UV • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados Sistema de desinfecção de esgoto por UV • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados Sistema de desinfecção de esgoto por UV • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados Sistema de desinfecção de esgoto por UV • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados • Radiação ultravioleta processos oxidativos avançados Consumo máximo de energia – 10W Capacidade de tratamento – 0,5m³/h Consumo máximo de energia – 12500W Capacidade de tratamento –500m³/h • Ozônio – Descoberto em 1785 pelo físico holandês Van Marum – Batizado pelo químico suíço Christian Friedrich em 1840 – Ozônio origina-se do grego ozein e significa cheiro – Forma triatômica do oxigênio O3 – É um gás instável em solução (~3s) processos oxidativos avançados • Ozônio – Gerado in situ • irradiação de uma corrente de ar atmosférico • passagem de ar por uma corrente elétrica - efeito corona • eletrólise da água – Efeito corona processos oxidativos avançados + + O2 O - O- O2 O2 O3 O3 • Ozônio – Pode atuar como oxidante de forma direta ou indireta pela geração de radicais hidroxila • O3/UV 3 O3 + H2O 2 ●OH +4 O2 • O3/H2O2 (peroxônio) H2O2 + 2 O3 3 O2 + 2 ●OH • O3/OH - (solução de pH neutro a alto) 2 O3 + H2O ●OH + O2 + HO2 processos oxidativos avançados hv • Ozônio – No tratamento de efluentes • indústria têxtil • papel e celulose • indústria química • industria alimentícia • industria farmacêutica • remoção de ferro e manganês • desinfecção • efluentes agrícolas • pré-tratamento em sistemas de membranas • etc processos oxidativos avançados • Ozônio – município de Wichita – Kansas - EUA • abastecimento realizado por água subterrânea • contaminação do aquífero com antrazina • ultrafiltração seguida de O3/H2O2 para potabilização processos oxidativos avançados • Ozônio processos oxidativos avançados gerador de O3 – Wichita - EUA • Ozônio processos oxidativos avançados reatores de contato – Wichita - EUA • Ozônio processos oxidativos avançados remoção de ozônio – Wichita - EUA • Ozônio processos oxidativos avançados gerador de ozônio • Peróxido de hidrogênio – fórmula química H2O2 – líquido bastante reativo – facilmente miscível em água – não é persistente no ambiente – decompõe-se espontaneamente em água e oxigênio – possibilidade de estoque no local – possibilidade de geração de dois ●OH por molécula de H2O2 processos oxidativos avançados • Peróxido de hidrogênio – líquido bastante reativo • concentrações usuais 35%, 50%, 70% • mais indicada para tratamento de efluentes 50% • solução de 70% pode produzir misturas explosivas – pode ser aplicado diretamente ou em associação a outros oxidantes processos oxidativos avançados associação poluentes alvo Aplicação direta Cianetos, sulfetos, sulfitos, nitritos, DQO, metais Fenton (H2O2/Fe 2+) Fenóis, corantes, derivados de petróleo, recalcitrantes O3/H2O2 Amônia, corantes, recalcitrantes H2O2/UV Fenóis, corantes, DQO, recalcitrantes • Peróxido de hidrogênio – H2O2/UV • processo mais eficiente que cada um deles utilizado de forma isolada • fotólise do H2O2 em 2 ●OH • Utilizado na degradação de corantes e no pré-tratamento de surfactantes processos oxidativos avançados • Peróxido de hidrogênio • Reação de Fenton H2O2/Fe 2+ – descoberto por H. J. H. Fenton em 1894 – uso para oxidar matéria orgânica tóxica ~ 1960 – necessita de pH ácido ótimo entre 3 e 5 • correção de pH com ácido acético indicada • ácido sulfúrico e fosfórico levam à formação de Fe3+ estável – reação ocorre a temperaturas próximas da ambiente • ideal entre 10 e 40°C acima disto H2O2 é instável • reação de Fenton é exotérmica – prever resfriamento – possibilidade de utilização em soluções opacas processos oxidativos avançados • Peróxido de hidrogênio – Fenton - Formação do radical hidroxila Fe2+ +H2O2 Fe 3+ + ●OH + OH- – em pH ácido OH- + H+ H2O processos oxidativos avançados • Peróxido de hidrogênio – Principais desvantagens (Fenton) • etapa de separação de sólidos ao final do tratamento (coagulação química e uso de polímeros)• tratamento eletrolítico para regeneração dos íons ferrosos no caso de reutilização • formação de intermediários resistentes, como acetonas • perda de eficiência caso ocorra: – complexação dos íons férricos pelos produtos da degradação – rotas competitivas dos radicais processos oxidativos avançados • Peróxido de hidrogênio – Aplicações • hidrocarbonetos de petróleo • benzeno • fenóis e clorofenóis • surfactantes • hidrocarbonetos aromáticos polialogenados • etenos e etanos clorados • PCBs (bifenil policlorado) • dioxinas cloradas • melhoria da biodegradabilidade • redução de toxicidade antes de tratamento biológico processos oxidativos avançados troca entre íons presentes numa solução (contaminantes) por íons menos agressivos presentes em uma resina • Classificação • Pelo grupo Funcional: – Resinas Catódicas de Ácido forte – Resinas Catódicas de Ácido fraca – Resinas Aniônicas de Base Forte – Resinas Aniônicas de Base fraca – Resinas quelantes • Resinas orgânicas naturais – Quitina: É um polímero linear de elevado peso molecular, que existe nas paredes celulares de alguns fungos e na crosta de crustáceos. – Chitosan: É um polímero natural obtido pela hidrólise da quitina, é utilizado como um polímero quelante de metais. – Ácido algínico: É um componente da estrutura das algas marrons, é um polímero forte (dá suporte) e ao mesmo tempo flexível. – Celulose: A celulose natural tem propriedades de troca iônica devido aos grupos carboxilas que tem na sua estrutura. • Resinas inorgânicas –Naturais minerais: • Zeólitas (alumino-silicatos) • Argilas minerais • Feldespatos – Sintéticas: • Óxidos metálicos hidratados (óxido de titânio hidratado) • Sais insolúveis de metais polivalentes (fosfato de titânio) • Sais insolúveis de heteropoliácidos (molibdofosfato amônico) • Zeólitas sintéticas. • Características dos trocadores – Capacidade de Troca • quantidade de íons que uma resina pode trocar em determinadas condições experimentais • depende do tipo do sitio ativo – Capacidade especifica teórica • número máximo de sítios ativos da resina por grama. • valor pode ser maior que a capacidade de troca, já que nem todos os sítios ativos são acessíveis aos íons em solução – Seletividade • propriedade da resina de mostrar maior afinidade por um íon que por outro • maior afinidade com íons que formem uma ligação mais forte • Características dos trocadores • Seletividade – Catiônica H+, Li+, Na+, K+, Mg2+, Ca2+ – Aniônica OH-, HCO3 -, HSiO3 -, CO3 2-, Cl-, SO4 2- • Funcionamento • Trocadores iônicos matrizes sólidas com sítios ativos. • 2(R-—Na+)+Ca2+(aq) (R2)—Ca + 2Na +(aq) • Funcionamento extração Ca++ Mg++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Mg++ Mg++ Mg++ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Ca++ Na+ Na+ • Funcionamento saturação Ca++ Mg++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Mg++ Mg++ Mg++ Ca++ Mg++ Na+ Mg++ Ca++ Ca++ Mg++ Ca++ Mg++ Mg++ Ca++ Na+ Ca++ • Funcionamento Regeneração Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na + Na+ Na+ Na+ Na + Na+ Na+ Na+ Na + Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Mg++ Mg++ Mg++ Mg++ Mg++ Mg++ Mg++ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ • Funcionamento • “Envenenamento” da resina – “envenenamento” da resina quando íons se ligam de uma forma permanente à resina dificultando o processo de regeneração – diminuição da capacidade de troca – substâncias orgânicas, compostos sulfetados, alguns metais e a sílica são agentes comuns de envenenamento – não necessariamente um dano irrecuperável • Coluna de troca iônica • Resina de troca iônica • Utilização de resina de troca iônica – Tratamento de águas industriais – Indústria alimentícia – Indústria farmacêutica – Agricultura – Metalúrgica – Água de alimentação de caldeiras remoção de materiais que causam incrustação ou corrosão: Cálcio, Magnésio, Sílica, Ferro, etc – Processos de abrandamento (redução da dureza) – Desmineralização • desmineralizador capa176468 Separação por membranas-Luciano Zanella-Aula 7
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