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Período Letivo: 2023 / 2º Semestre Clínica Cirúrgica - 10º termo Questão dissertativa Um trabalhador de empresa de energia elétrica, 23 anos, sofreu acidente de trabalho por queimadura de alta voltagem sendo a extensão da lesão estimada em 40% da área corporal com queimaduras de terceiro grau. Foi levado pelo SAMU para uma unidade de tratamento de queimados onde foi admitido e recebeu tratamento imediato. Após 48 horas do trauma, mantém estabilidade hemodinâmica, desenvolve escurecimento da urina (cor vermelho acastanhado), elevação importante da creatinaquinase (CPK) sérica (20 vezes acima do normal), hipercalemia e hipocalcemia. Creatinina: 1,6 mg/dL / Ureia: 60 mg/dL. Foi levado ao Pronto Socorro e na eventualidade foi hidratado vigorosamente, submetido a terapia com manitol e alcalinizado a urina; além de sugestão para hemodiálise. Discorra sobre o trauma elétrico explicando clinicamente essa lesão e as suas complicações; Analise o tratamento realizado na emergência tecendo críticas e apontando sugestões. Gabarito sugerido: Sempre que estivermos diante de um trauma elétrico, devemos nos lembrar das três principais complicações relacionadas à essas lesões. São elas: • Insuficiência renal secundária à rabdomiólise e mioglobinúria. • Arritmia cardíaca. • Síndrome compartimental. A rabdomiólise é um evento secundário à necrose muscular intensa, em que ocorre a liberação massiva de elementos intracelulares dos miócitos para a corrente sanguínea. A consequência desse fenômeno inclui, entre outras coisas, a elevação sérica de potássio e de mioglobina. A deposição de mioglobina nos túbulos renais produz necrose tubular aguda e pode levar a insuficiência renal aguda. O achado clínico comum aos pacientes com mioglobinúria é a urina de cor castanho-avermelhada. A insuficiência renal secundária à mioglobinuria é caracterizada por: Oligo/anúria. Aumento da uréia e creatinina sérica. Presença de urina com coloração castanho avermelhada. Assim; a abordagem na Emergência de manter hidratação vigorosa foi correta e é essencial no tratamento da rabdomiólise, visando manter débito urinário de 1ml/kg/h e prevenir a IRA. O uso de manitol endovenoso e alcalinização da urina para o manejo da rabdomiólise não são suportados pela literatura. A hemodiálise está indicada nos pacientes que, por conta da rabdomiólise evoluem para oligúria e aumento significativo das escórias nitrogenadas, o que não é o caso. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. 1. (INSTITUTO E HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE ANÁPOLIS – IHOA – 2023) Uma das finalidades do dreno abdominal após laparotomia é: A) completar a remoção de pus nas infecções localizadas intra-abdominais B) evitar a ascite infectada nas peritonites difusas C) evitar a deiscência de uma sutura de cólon D) prevenir fístulas após anastomoses intestinais Resposta: B. Comentário: A função primária dos drenos abdominais é de “drenar”, como o próprio nome sugere e sabe- se que a sua utilização não evita ou previne fístulas ou deiscências. As infecções são eficazmente e evitada com cuidados rigorosos com assepsia. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _____________________________________________________________________________ 2. (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO – SCMSP – 2019) Um paciente de dezoito anos de idade procurou o serviço médico por ter sofrido uma queda da própria altura há cerca de doze horas, apresentando ferimento na região do braço direito, com dor local. Ao exame, observou-se lesão de 12 cm de extensão no braço, com separação entre as bordas de 3 cm e hiperemia local, além de edema. Determine a alternativa que apresenta a melhor orientação. A) fazer sutura com pontos intradérmicos para obter melhor resultado estético. B) manter a ferida aberta, sem sutura, para evitar infecção. C) fazer o desbridamento das bordas da lesão para poder suturá-la com ponto Donatt. D) fazer sutura com três pontos simples, bem separados, para direcionar a cicatrização. Resposta: D. Comentário: O paciente já tem 12 horas do ocorrido, não estando indicado fechamento primário, principalmente com o uso de pontos intradérmicos. Mas podemos dar alguns pontos separados e distantes, para direcionar a cicatrização e consequentemente ter um menor resultado estético. Dessa forma, a alternativa "D" está " mais correta". O tempo de evolução superior a 12 horas indica fechamento primário retardado, no qual deve ser feita limpeza local, desbridamento da ferida, podendo aproximar as bordas com pontos separados distantes, e curativos diários, os pontos Donatt servem para aproximação em área de tensão coaptando bem as bordas, o que não representa o caso em questão. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. ____________________________________________________________________________ 3. (UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP – 2015) Um homem de 58 anos procurou serviço de urgência por estar com hematúria macroscópica há um dia. No interrogatório, não apresentava queixas urinárias além da hematúria; era fumante, diabético e hipertenso. Durante o exame, teve desejo miccional e urinou num frasco, onde a urina estava com hematúria, com presença de pequenos coágulos. Não tinha massa abdominal palpável e, ao toque retal, a próstata estava discretamente aumentada de tamanho, lisa, parenquimatosa e sem nódulos. O provável diagnóstico é: A) Tuberculose renal. B) Hiperplasia benigna da próstata. C) Tumor vesical. D) Carcinoma da próstata. Resposta: C. Comentário: paciente com principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de bexiga, que é o tabagismo, apresentando hematúria MACROSCÓPICA e presença de coágulos. O carcinoma urotelial (célula de transição) é o tipo histológico predominante sendo responsável por 90% de todos os cânceres de bexiga. Pacientes com câncer de bexiga classicamente apresentam hematúria indolor (macroscópica ou microscópica), embora sintomas irritantes de micção (frequência, urgência, disúria) possam ser a manifestação inicial. O diagnóstico é muitas vezes retardado devido à semelhança desses sintomas com os de distúrbios benignos (infecção do trato urinário, cistite, prostatite, passagem dos cálculos renais), e os atrasos podem levar a um prognóstico ruim devido ao estágio mais avançado ao diagnóstico. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. __________________________________________________________________________ 4. (COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DO AMAZONAS – CERMAM – 2022) Paciente do sexo masculino, 67 anos, procedente de comunidade ribeirinha de Juruá, vem a atendimento médico ambulatorial para avaliação de queixas urinárias. Refere que há cerca de 5 anos vem apresentando dificuldade progressiva para urinar, muitas vezes exigindo esforço para iniciar a micção e saída de jato urinário fraco, continuada sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da frequência de micções durante o dia e vários episódios de noctúria, impactando sua qualidade de vida e suas atividades diárias. Nega hematúria, disúria e dor pélvica. Nega qualquer tipo de tratamento médico para suas queixas. O exame físico do pênis e do escroto não tinham alterações. Não foi palpado bexigoma. O toque retal evidenciou próstata de volume aumentado em 3xx o tamanho normal, consistência fibroelástica,sem nodulações. Sobre o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA: A) A provável evolução para hidronefrose indica urografia excretora para o caso. B) Já que não foram palpadas nodulações prostáticas, não há indicação da realização da ultrassom do trato urinário e próstata, ou da dosagem do PSA sérico. C) O paciente apresenta sintomas graves de obstrução infravesical, estando indicada a prostatectomia para alívio dos sintomas. D) A abordagem terapêutica inicial para o caso provavelmente consistirá no uso de alfabloqueadores como a doxazosina e diminuição da ingesta hídrica à noite. Resposta: D. Comentário: o quadro descito é clássico em patologia obstrutiva do trato urinário inferior (LUTS) tendo como causa mais comum a Hiperplasia Benigna da Próstata, a qual é citada no texto pelo toque retal. Analisando as alternativas não é possível sugerir hidronefrose com os elementos disponíveis, além do que a urografia excretora é um método praticamente esquecido na propedêutica armada moderna. Atualmente, faz parte do rastreio básico do paciente com LUTS a realização de ultrassonografia, dosagem do PSA, provas de função renal e exame de urina tipo I. A decisão sobre tratamento cirúrgico e qual método é ainda recente para esse caso. Portanto parece adequado o uso de alfabloqueadores neste momento enquanto aguarda-se o resultado dos exames complementares. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _____________________________________________________________________ 5. (HOSPITAL REGIONAL DO MATO GROSSO DO SUL – 2009) Com relação à infecção do trato urinário (ITU), é correto afirmar: A) a cateterização vesical contínua não é um importante fator de risco para ITU hospitalar. B) o agente etiológico mais frequente é a Klebsiella. C) combater a constipação intestinal é uma atitude irrelevante para o tratamento de ITU de repetição D) a presença de bactérias (com contagem de colônias >100.000UFC) evidenciadas no exame de urina tipo I, em pacientes sem queixas urinárias, caracteriza bacteriúria assintomática. Resposta: D. Comentário: o uso de sonda vesical de demora é o fator mais frequente e importante nas ITU; o agente etiológico mais frequente é a E. coli e o combate a constipação intestinal é um método comportamental básico para prevenir ITU. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _____________________________________________________________________________ 6. (INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – 2017) Paciente com 54 anos, há 2 anos com infecções urinárias de repetição, vem à consulta médica com urina 1 apresentando pH 7,0, leucocitúria > 1000 000 e urocultura positiva para Proteus mirabilis. Ao raio X de abdome, evidencia-se cálculo com, aproximadamente, 3 cm em topografia renal esquerda. Face ao exposto, a possível composição da nefrolitíase é: A) Oxalato de cálcio. B) Fosfato Amoníaco-magnesiano (estruvita). C) Ácido úrico. D) Fosfato de cálcio. Resposta: B. Comentário: Caracteristicamente o Cálculo de Estruvita é o que está associado a formação de grandes massas calculosas renais de aspecto coraliforme e na maioria das vezes associados ao agente Proteus na sua gênese. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _________________________________________________________________________ 7. (COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA DE ALAGOAS - CEREM – 2021) Homem, 62 anos de idade, comparece à Unidade Básica de Saúde pois deseja fazer avaliação para neoplasia de próstata, após colega de trabalho ter tido a doença. Relata que acorda, eventualmente, uma vez à noite para urinar, mas nega outros sintomas. Mantém calibre do jato urinário normal e nega gotejamento terminal. O paciente é casado, tem vida sexual ativa, sem problemas. Tem antecedentes de uretrite na juventude, tratada com antibióticos. Nega história familiar de carcinoma de próstata, embora relate que sua mãe teve câncer de mama. Ex-tabagista, tendo abandonado o hábito há 20 anos. Carga tabácica prévia: 16 anos/maço. Nega etilismo. Nunca fez exames para Câncer de próstata. Indique o principal fator de risco identificado neste paciente para neoplasia de próstata: A) História familiar de neoplasia de mama. B) História pregressa de tabagismo. C) Antecedentes de uretrite infecciosa. D) Vida sexual ativa. Resposta: A. Comentário: recentemente foi divulgado um estudo no periódico Câncer que mostrou uma relação íntima entre o câncer de próstata e o de mama. Homens que têm parentes do sexo feminino que tiveram câncer de mama apresentam risco aumentado para desenvolver câncer de próstata e vice-versa. O estudo mostrou que homens que têm parentes de primeiro grau com câncer de mama apresentam maior risco de ter o câncer de próstata, principalmente quando a doença se apresenta de forma precoce. Há evidências de que alguns casos de câncer de próstata encontrados em famílias com histórico de câncer de mama e ovário estejam ligados aos genes BRCA 1 e 2. Outras pesquisas devem ser feitas para procurar mais evidências de mutações. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. __________________________________________________________________________ 8. PR - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ - HUM) – 2018 A coluna vertebral é composta por quatro regiões: cervical; dorsal; lombar e sacrococcígea, cada qual, respectivamente, tem uma curva fisiológica que são: A) Cifose, lordose, cifose e lordose. B) Lordose, lordose, cifose e lordose. C) Cifose, cifose, lordose e cifose. D) Lordose, cifose, lordose e cifose. Resposta: D. Comentário: alinhamento sagital da coluna ao nascimento, a coluna tem o alinhamento sagital em forma de C. O primeiro movimento que a criança adquire é o controle da sustentação cervical; com a extensão da cervical, forma-se a lordose cervical, que seria a convexidade anterior. A cifose torácica, ou a convexidade posterior, que já está formada (afinal, antes já era um C), se mantém conforme a criança começa a sentar. Entre o sentar, engatinhar e andar, a criança faz a lordose lombar, que é compensada com a cifose sacral. Desta forma, o dentro de equilíbrio da coluna se mantém sempre alinhado, pois cada curva é contrabalanceada com outra oposta. Bibliografia: HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. ___________________________________________________________________________ 9. (ALIANÇA SAÚDE - PUC PR 2019) No caso de hérnia de disco lombar, a alternativa que correlaciona corretamente a raiz lesada com a alteração clínica produzida é: A) L4 – alteração do reflexo aquileu. B) L4 – alteração motora do músculo gastrocnêmio. C) L5 – alteração do reflexo patelar. D) L5 – alteração motora do músculo glúteo médio. Resposta: D. Comentários: L4 – alteração do reflexo aquileu. Alternativa “a” incorreta: o reflexo aquileu se relaciona à raiz S1. L4 – alteração motora do músculo gastrocnêmio. Alternativa “b” incorreta: o músculo gastrocnêmio é inervado pela raiz S1. L5 – alteração do reflexo patelar. Alternativa “c” incorreta: o reflexo patelar é associado à raiz L4. L5 – alteração motora do músculo glúteo médio. Alternativa “d” correta: o glúteo médio é inervado pelo nervo glúteosuperior, que se origina de L4 a S1. Sua raiz predominante seria a L5. Bibliografia: HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. ________________________________________________________________________ 10. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS – HC 2019) Homem de 38 anos queixa-se de lombalgia, que teve início há cinco dias. Segundo o paciente, a dor começa na região lombar, à direita, desce pela nádega, face posterior da coxa e da perna, calcanhar, borda externa do pé, até o 5° pododáctilo direito. Ao exame físico, observam-se diminuição da força de flexão plantar do pé direito e diminuição do reflexo aquileu direito. Nesse caso, a raiz acometida é a: A) L3. B) L4. C) L5 D) S1. Resposta: D. Comentários: L3. Alternativa “a” incorreta: L3 se relaciona à extensão da perna e à sensibilidade da face anterior da coxa. L4. Alternativa “b” incorreta: L4 se relaciona à dorsiflexão do pé e ao reflexo patelar. L5 Alternativa “c” incorreta: L5 se relaciona à dorsiflexão do hálux e sensibilidade do dorso do pé. S1. Alternativa “d” correta: este exame é compatível com a raiz de nível S1 Bibliografia: HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. _____________________________________________________________________________ 11. EXAME NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA EBSERH (ENARE) - 2022 Referente à osteomielite, é correto afirmar que A) a forma não hematogênica é mais comum em adultos jovens, vítimas de trauma com solução de continuidade na pele. B) a radiografia simples pode auxiliar no diagnóstico, principalmente na fase inicial da doença. C) os marcadores inflamatórios mais comuns (velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa) geralmente são normais nas primeiras 2 semanas de doença. D) o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) é considerado tratamento de primeira escolha. Resposta: A. Comentários: Correta a alternativa A. Em crianças, cabe notar, é mais comum a forma hematogênica. Incorreta a alternativa B, pois a radiografia pode levar até 14 dias para demonstrar alguma alteração na osteomielite. Incorreta a alternativa C, pois os marcadores de inflamação apresentam alteração precoce, em especial a PCR, que aumenta já nas primeiras horas de doença. Incorreta a alternativa D, pois o tratamento de primeira escolha é antibioticoterapia e intervenção cirúrgica, quando indicada. Bibliografia: HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. _____________________________________________________________________________ 12. (MA - UDI HOSPITAL 2021) Sobre os exames de imagem para pacientes com quadro de artrite séptica e/ou osteomielite, assinale a alternativa correta: A) A ultrassonografia é muito sensível e específica tanto para artrite séptica quanto para osteolmielite. B) A radiografia consiste no exame mais sensível para o diagnóstico de osteomielite por ser capaz de evidenciar lesões ósseas precocemente e ser um exame rápido e de fácil acesso. C) A ressonância magnética é evitada em crianças em razão da radiação e da necessidade de sedação. D) A cintilografia é capaz de detectar atividade osteoblástica; porém, é pouco específica, podendo ser positiva em casos de doenças degenerativas, tumores e pós-trauma. Resposta: D. Comentário: Incorreta a alternativa A: no caso da artrite séptica, a ultrassonografia mostra apenas achados inespecíficos compatíveis com processo inflamatório agudo e que não nos permitem realizar diagnóstico diferencial. No caso da osteomielite, este exame poderia ser indicado apenas na indisponibilidade de outros, já que não possui boa sensibilidade para visualizar alterações ósseas. Incorreta a alternativa B: a radiografia convencional não possui boa sensibilidade para o diagnóstico de osteomielite precoce. Com a progressão da doença, especialmente após duas semanas, surgem complicações, como reação periosteal, sequestro ósseo e osteólise, passíveis de identificação na radiografia. Incorreta a alternativa C: a ressonância magnética é o melhor exame para o diagnóstico de osteomielite, sendo o mais sensível. É importante notar que tem alto valor preditivo negativo; ou seja, se não houver alteração, exclui osteomielite. Pode ser realizada em crianças e, além disso, não envolve radiação. Correta a alternativa D: o radiofármaco utilizado na cintilografia óssea se acumula em regiões com alto turnover celular e aumento de atividade osteoblástica e, por isso, apresenta boa sensibilidade para identificar inflamação aguda. No entanto, outras condições que também cursam com inflamação e aumento do turnover, como alterações degenerativas, trauma recente e artrite séptica, podem gerar achados semelhantes. Por isso, tem alto valor preditivo negativo, porém baixa especificidade. Bibliografia: HEBERT, Sizínio K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. _______________________________________________________________________ 13. (PR - HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE – HPP – 2020) Um paciente de 23 anos é admitido no pronto atendimento com queixa de cefaleia intensa com início súbito há 15 minutos, do tipo pressão, com piora a movimentação do corpo e associado a fotofobia. Ao exame físico o paciente apresenta-se agitado e com rigidez de nuca. Seus sinais vitais revelam uma temperatura de 37,2°, pressão arterial de 150x100 mmHg, frequência cardíaca de 104 bpm e frequência respiratória de 18ipm. O médico de plantão então solicita uma tomografia de crânio, a seguir. Determine o diagnóstico: A) Meningite Bacteriana. B) Hemorragia Subaracnóidea. C) Hemorragia Intraparenquimatosa. D) Migrânea Atípica. Resposta: B. Comentários: paciente adulto jovem com quadro de cefaleia intensa e súbita, com rigidez nucal e sem febre – primeira HD é HSA, que foi confirmada pela imagem da TC – hiperdensidade nas fissuras, cisternas e sulcos. Nitrini, Ricardo; Bacheschi, Luiz Alberto (eds). A neurologia que todo médico deve saber [3. ed.]. ______________________________________________________________________ 14- Uma mulher de 58 anos é trazida à unidade de pronto atendimento por quadro de crise convulsiva, sem história prévia de epilepsia, uso de medicações ou doenças prévias. A tomografia de crânio mostra múltiplas lesões supratentoriais, sugestivas de metástases. Determine o sítio primário mais provável das sugestivas metástases dessa paciente. A) Pâncreas. B) Pulmão. C) Colo de útero. D) Bexiga. Resposta: B. Comentário: a principal causa de tumor maligno cerebral, em adultos, é a metástase cerebral. Já em crianças, os tumores primários são mais comuns. Dentre os sítios primários mais associados à metástase cerebral, temos: • Pulmão: 48%; • Mama: 15%; • Melanoma: 9%; • Cólon: 5%; • Outros sítios conhecidos: 13%; • Sítio desconhecido: 11%. Existe alguma variação na literatura, sendo importante destacar o carcinoma renal. Independente da fonte, o que não muda é a "liderança" das neoplasias de pulmão. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. ____________________________________________________________________________ 15. (SP - HOSPITAL SANTA PAULA – HSP – 2017) O tumor primário mais comum no sistema nervoso central é: A) glioblastoma multiforme B) meningioma C) astrocitoma de baixo grau de malignidade D) ependimoma Resposta: A. Comentários: os tumores intracranianos são divididos em primários e secundários (metástases). Os tumores primários podem ser extra-axiais e intra-axiais. Os tumores extra-axiais não são formados por células neuronais e não são considerados tumores do Sistemanervoso. No entanto, são os mais comuns de todos. As metástases mais comuns para o sistema nervoso são a de câncer de pulmão, mama, melanoma e rim. glioblastoma multiforme. Nitrini, Ricardo; Bacheschi, Luiz Alberto (eds). A neurologia que todo médico deve saber [3. ed.]. _________________________________________________________________ 16. PR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR (COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS - CHC) – 2016) Em estudos de necropsia, qual é o tumor que mais frequentemente apresenta metástases para o cérebro? A) de pulmão B) de mama. C) de rim. D) melanoma. Resposta: D. Comentário: preste bem atenção: o examinador NÃO quer saber qual a metástase mais comum para o cérebro (a resposta é PULMÃO). Ele quer saber qual a chance de um paciente submetido à necrópsia ter metástase cerebral em cada uma destas doenças. Metástases cerebrais são encontradas em cerca de 90% das necrópsias de indivíduos com melanoma. Nitrini, Ricardo; Bacheschi, Luiz Alberto (eds). A neurologia que todo médico deve saber [3. ed.]. _______________________________________________________________________ 17. MA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO MARANHÃO - SES MA - 2016 Paciente com cefaleia súbita, de forte intensidade, evoluindo com crise convulsiva, sonolência e rigidez de nuca. Qual o diagnóstico sindrômico mais provável e o exame complementar inicial de escolha? A) Tumor cerebral - ressonância nuclear magnética de crânio. B) Malformação artério-venosa - tomografia computadorizada de crânio com contraste. C) Aneurisma cerebral - angiografia digital. D) Hemorragia subaracnoide - tomografia computadorizada de crânio sem contraste. Resposta: D. Comentário: a questão descreve um tipo muito importante de cefaleia, com um padrão de forte intensidade e de início súbito, que é chamado de cefaleia em trovoada. Esse é um dos sinais de alarme mais importante ao se avaliar um paciente com dor de cabeça. Mediante essa queixa, você deve pensar imediatamente na hipótese de hemorragia subaracnoidea. Nitrini, Ricardo; Bacheschi, Luiz Alberto (eds). A neurologia que todo médico deve saber [3. ed.]. ____________________________________________________________________ 18. RS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS (HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA) – 2015 Paciente masculino, de 54 anos, em tratamento para hipertensão arterial, teve episódio de crise convulsiva generalizada. Foram realizados exames de imagem do sistema nervoso central. Caso a investigação completa mostre lesões cerebrais secundárias múltiplas, qual a conduta mais adequada? A) Imediato tratamento radioterápico (radioterapia de cérebro total). B) Imediato tratamento com radioterapia estereotáxica fracionada cerebral. C) Complementação da investigação clínica e por imagem para diagnóstico da lesão extracerebral primária. D) Tratamento das lesões cerebrais por craniotomia. Resposta: C. Comentário: a decisão pela modalidade de tratamento das metástases cerebrais leva em conta o número, tamanho e local das lesões, bem como o tipo histológico e os tratamentos sistêmicos disponíveis. Em caso de metástase única, recomenda-se ressecção cirúrgica em vez de radioterapia de cérebro inteiro. A cirurgia está indicada principalmente em tumors sintomáticos, volumosos e com edema extenso. A cirurgia estereotáxica é razoável em tumores de difícil acesso. Em alguns casos, recomenda-se a irradiação focal do leito cirúrgico. Em pacientes com metástases de até 3 cm, é recomendável a cirurgia esterotáxica. Nos pacientes sem indicação cirúrgica, com bom performance status, a radiação de cérebro inteiro é a melhor opção, exceto para pacientes com tumores como melanoma e tumor de pulmão de não-pequenas células nos quais a quimioterapia sistêmica deve ser a modalidade preferida. Nitrini, Ricardo; Bacheschi, Luiz Alberto (eds). A neurologia que todo médico deve saber [3. ed.]. _________________________________________________________________________ 19. (Univ Estadual Paulista UNESP – 2023) Com relação às patologias herniárias de localização inguinocrural, é correto afirmar que A) nas mulheres, o tipo mais prevalente são as femorais. B) as técnicas laparoscópicas necessitam obrigatoriamente do uso de próteses. C) a técnica de Lichtenstein permite a correção das hérnias inguinais e crurais, com mínimo dano tecidual e sem tensão. D) nos casos de encarceramento, a abordagem inicial é preferencialmente por laparotomia. Resposta: B. Comentário: a hernioplastia laparoscópica utiliza o conceito de “tension-free”, ou seja, utiliza tela para seu reparo. A tela deve recobrir o orifício miopectínio, que seria uma área de fraqueza da região inguinal que daria origem a todas as hérnias da região, tanto inguinal quanto femoral. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _________________________________________________________________________ 20. (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ – HAOC – 2023) Homem, 50 anos, com diagnóstico prévio de celulite em membro inferior direito há 1 semana, em tratamento com cefalexina e AINEs para analgesia. Procura Pronto Socorro com dor abdominal intensa em região superior do abdome de forte intensidade de início há 48 horas associado a distensão abdominal, anorexia e náuseas. Nega febre, nega vômitos, nega alterações em evacuação, nega alterações urinárias. Exame Físico: regular estado geral, descorado +/4+, anictérico, acianótico, MV+, s/RA; Abdome globoso; timpânico; RHA+; distendido, tenso, dor difusa à palpação superficial e profunda, descompressão brusca positiva na região supraumbilical. Sinal de Jobert positivo. Qual o diagnóstico mais provável? A) Colecistite aguda litiásica. B) Isquemia mesentérica aguda. C) Úlcera péptica perfurada. D) Doença inflamatória intestinal. Resposta: C. Comentário: O sinal de Jobert já é característico de abdome agudo perfurativo que, associado a uso de AINH e piora progressiva corrobora com a opção da alternativa B. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _____________________________________________________________________________ 21. (HOSPITAL ANGELINA CARON - HAC PR – 2023) Qual distúrbio hidroeletrolítico e ácido básico está mais frequentemente associado ao abdome agudo obstrutivo do intestino delgado proximal? A) Alcalose, hipocalemia e hipocloremia. B) Alcalose, hipocalemia e hipercloremia. C) Acidose, hipocaliemia e hipocloremia. D) Acidose, hipocaliemia e hipercloremia. Resposta: A. Comentário: como a obstrução é do intestino delgado proximal, a principal sintomatologia serão os vômitos que provocarão perda de íons H+, potássio e cloro. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _______________________________________________________________________ 22. (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO – SCMRP – 2023) Na maioria dos casos de coledocolitíase, os cálculos formam-se no interior da vesícula biliar e depois podem migrar para a árvore biliar, podendo se apresentar clinicamente de diversas formas. Atualmente, o método mais utilizado no Brasil e no mundo para o tratamento da coledocolitíase é: A) colangiorressonância magnética. B) colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. C) dissolução dos cálculos com uso de ácido ursacólico. D) coledocotomia por via laparoscópica. Resposta: B. Comentário: atualmente o método mais seguro e eficaz para o tratamento deste tipode condição clínica é a via endoscópica com possibilidade de papilotomia endoscópica e/ou implante de prótese de vias biliares. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _________________________________________________________________________ 23. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ – 2020) A gastrostomia endoscópica percutânea é contraindicada em caso de: A) estenose pilórica severa. B) laparotomia exploradora prévia. C) AVC por rotura de aneurisma cerebral. D) derivação ventriculoperitoneal presente. Resposta: A. Comentário: se há estenose pilórica severa, então a via de saída gástrica está obstruída. Nessa situação, não adianta confeccionarmos uma via de comunicação com o estômago. O mais adequado neste seria uma abordagem cirúrgica (jejunostomia ou anastomose gastrojejunal). Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _____________________________________________________________________________ 24. (HOSPITAL ANGELINA CARON - HAC PR – 2021) Abscessos anorretais são coleções purulentas localizadas em torno do reto e do canal anal. Na figura a seguir, temos um esquema de localização dos abscessos anorretais. Sendo assim os abscessos indicados pelos números 4 e 5 são: A) Submucoso e isquiorretal. B) Pelvirretal e perianal. C) Perianal e submucoso. D) Pelvirretal e Interesfincteriano. Resposta: D. Comentário: conforme a imagem a seguir: Logo, os números da imagem apresentada pela questão correspondem à: 1: abscesso perianal; 2: abscesso isquiorretal; 3: abscesso submucoso; 4: abscesso pelvirrenal, retrorretal ou supraelevador; 5: abscesso interesfincteriano. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _______________________________________________________________________ 25. (SIMULADO EMED - RESIDÊNCIA MÉDICA E REVALIDA – 2023) Homem, 72 anos, tabagista e etilista de longa data, apresenta-se com disfagia progressiva e perda de 12 kg em 3 meses. Diante da suspeita clínica, o médico da UBS solicitou esofagograma baritado, que revelou área de estenose irregular no terço médio do esôfago. Aponte o diagnóstico e o exame complementar indicado para confirmação diagnóstica. A) Adenocarcinoma de esôfago médio, endoscopia digestiva alta com biópsias. B) Divertículo mesoesofágico, tomografia computadorizada. C) Carcinoma escamoso de esôfago, endoscopia digestiva alta com biópsias. D) Acalásia, manometria de esôfago. Resposta: C. Comentário: o carcinoma escamoso (também chamado de carcinoma espinocelular ou epidermoide) é o tipo mais comum mundialmente, localizando-se no terço médio do esôfago na maioria das vezes. Os principais fatores de risco desse tumor são o sexo masculino, a idade avançada, além do etilismo e do tabagismo em grande quantidade, exatamente o caso desse paciente. O exame mais importante para o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta com biópsias da lesão. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. _______________________________________________________________________ 26. (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA – SCMGO – 2020) Paciente do sexo feminino, de 35 anos, com história prévia de tratamento de gastrite crônica relacionada ao H. pylori há um ano atrás, tendo utilizado o esquema tríplice (IBP + Amoxicilina 1 g + Claritromicina 500 mg), duas vezes ao dia por sete dias. Na sua última endoscopia, há 20 dias, evidenciou-se úlcera duodenal em cicatrização (fase H2 da classificação de Sakita) com anatomopatológico mostrando gastrite crônica leve, com atividade leve e presença do H. pylori (+/3+). Nesse caso, qual é a melhor conduta? A) Retratar com tratamento tríplice (IBP + Amoxicilina 1 g + Claritromicina 500 mg), duas vezes ao dia, dessa vez estendido por 14 dias. B) Retratar com tratamento tríplice (IBP + Amoxicilina 1 g + metronidazol 500 mg), duas vezes ao dia, por sete dias. C) Retratar com tratamento tríplice (IBP + Amoxicilina 1g), duas vezes ao dia, + Levofloxacina 500 mg, uma vez ao dia, por 14 dias. D) Retratar com tratamento quádruplo (IBP + Amoxicilina 1 g + metronidazol 500 mg + Furazolidona 200 mg), duas vezes ao dia, por sete dias. Resposta: C Comentário: essa paciente teve o diagnóstico de infecção pela bactéria H. pylori no passado e foi tratado com o esquema tríplice, considerado de primeira linha no Brasil para erradicação: Amoxicilina 2g/dia, Claritromicina 1g/dia e IBP. Porém, desde 2018 está indicado esse esquema durante 14 dias para aumentar a efetividade em virtude da alta resistência à Claritromicina, mas perceba que o paciente usou por apenas 7 dias, e agora continua com a bactéria em seu estômago, evoluindo para uma úlcera duodenal. Precisamos usar um esquema de segunda linha, ou seja, uma combinação de drogas indicada para o retratamento. Podemos usar as mesmas medicações anteriores por um tempo mais longo? Não! Esse é um importante conceito sobre o tratamento da H. pylori, nunca repita o mesmo esquema usado anteriormente, mesmo que por um tempo maior. Veja na tabela a seguir os principais esquemas de tratamento e retratamento: Bibliografia: IV Consenso Brasileiro sobre a infecção por Helicobacter pylori. Arq. Gastroenterol. 55 (2) • Apr-Jun 2018. ________________________________________________________________________ 27. (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO – SCMRP – 2020) Mulher, 60 anos de idade, com antecedente de fibrilação atrial crônica em uso de varfarina sódica, é admitida no Pronto Socorro com quadro de dor súbita em membro inferior esquerdo de forte intensidade há 1 hora. Ao exame físico, evidencia-se ausência de pulso em artérias tibiais e pediosa esquerda, além de diminuição importante de temperatura no membro referido. Não há edema em membros inferiores. Qual é a hipótese diagnóstica? A) Flegmasia cerúlea dolens. B) Obstrução arterial aguda. C) Trombose venosa profunda. D) Linfedema. Resposta: B. Comentário: a paciente descrita nessa questão apresenta um quadro claro de oclusão arterial aguda. A dor recente e de início agudo associada à diminuição de temperatura do membro e ausência de pulsos são sinais que deixam pouca dúvida em relação ao diagnóstico. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. ____________________________________________________________________________ 28. (HOSPITAL REGIONAL DE PRESIDENTE PRUDENTE – 2022) No algoritmo de decisão para probabilidade de tromboembolismo pulmonar, qual o critério é encontrado no escore de Wells? A) Idade > 65 anos. B) Acidente vascular cerebral prévio. C) Pressão arterial sistólica > 100 mmHg. D) Hemoptise. Resposta: D. Comentário: o Escore de Wells é um modelo de predição clínica, baseado em sinais e sintomas, fatores de risco e diagnósticos alternativos, estimando a probabilidade pré-teste para TVP. Fazem parte dos critérios para o Escore de Wells: Sinais e sintomas clínicos de TVP Um diagnóstico alternativo menos provável Taquicardia Imobilização ou cirurgia (nas últimas 4 semanas) Episódio de TEP ou TVP Hemoptise Câncer nos últimos 6 meses Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIODE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. ____________________________________________________________________________ 29. O aneurisma de aorta é a dilatação da parede da aorta que tem como principal complicação o seu rompimento. O principal fator de risco para esse aneurisma é: A) hipertensão arterial. B) hereditariedade. C) tabagismo. D) diabetes. Resposta: C Comentário: os principais fatores de risco relacionados ao surgimento dos aneurismas de aorta abdominal serão listados na tabela a seguir, assim como os fatores de proteção. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p. ____________________________________________________________________ 30. (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ – AMP – 2023) Com relação aos fatores de risco e sintomas da Insuficiência venosa primária, assinale a alternativa correta. A) As dores são geralmente tipo pontada e ocorrem mais frequentemente pela manhã. B) Hormônios como estrogênio e progesterona não tem relação com o desenvolvimento das veias varicosas. C) Hipertensão arterial, diabetes e sexo feminino são fatores importantes para o desenvolvimento da hipertensão venosa crônica. D) Claudicação venosa é quando o paciente relata dor em aperto e aliviam com repouso e elevação da perna. É uma manifestação clínica de obstrução do efluxo venoso. Resposta: D. Comentário: a claudicação venosa é caracterizada por uma dor intensa, em aperto, tipicamente nos músculos da coxa, desencadeada por exercícios vigorosos, que melhora ao repouso e elevação da perna. Esse sintoma pode ocorrer nos pacientes com obstrução venosa de longa data. Diabetes e hipertensão não são fatores de risco. Bibliografia: SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p.
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