Buscar

10 -DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DA DOR ABDOMINAL

Prévia do material em texto

P á g i n a | 1 
URGÊNCIA E EMÊRGENCIA I – Aula teórica: Dr Renan 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL 
DOR ABDOMINAL: Queixa frequente em PA, Múltiplas apresentações, Baixo índice de Diagnóstico no 1º 
atendimento, Potencialmente fatal 
O QUE IDENTIFICAR: 
✓ Patologias com índice de mortalidade 
eminente 
✓ Casos de resolução cirúrgica 
✓ Motivos para tratamento hospitalar 
✓ Patologias clínicas que cursam com 
Dor Abdominal 
SINAIS DE GRAVIDADE: 
▪ Retornos frequentes, sintomas 
persistentes 
▪ Peritonite 
▪ Parada de eliminação de flatos 
▪ Vômitos incoercíveis 
▪ Sinais vitais – PULSO é principal 
▪ Taquicardia e Pulso filiforme (fracos): 
Desidratação; Febre; Sepse; Dor 
intensa 
▪ Alta apenas com FC NORMAL
QUADROS TIPICOS: 
1. CATÁSTROFES VASCULARES 
a. EMINÊNCIA DE ROTURA DE ANEURIMA DE AORTA – ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO: Diagnóstico prévio, 
geralmente pacientes idosos e tabagistas. Há presença de massa palpável expansiva (lateralmente 5cm) 
com dor difusa em facada irradiada para as costas. Muitas vezes não há alteração da pressão. 
b. ISQUEMIA MESENTÉRICA – ABDOME AGUDO VASCULAR: Exame paradoxal, Normalmente é um abdome 
flácido sem peritonite (quando já há necrose intestinal-diagnostico ruim). Podendo tem uma FA (pulso) ou 
arteriopata. 
Hemograma com leucocitose com desvio a esquerda. 
Gasometria com acidose metabólica (mediadores vasoativos e endotoxinas bacterianas levam a choque 
séptico e insuficiência renal aguda). O diagnóstico é fechado pela TC. 
2. ABDOME AGUDO PERFURATIVO: Principal causa é ulcera gastroduodenal; Normalmente acomete 
pacientes tabagistas, uso de AINE e AAS.Queixa de dor abdominal intensa associada a peritonite 
difusa; Rx típico (70%) – falso negativo no paciente que não conseguiu ficar em pé para realizar. 
Podemos encontrar o sinal de Jobert (perda da macicez hepática) – há hipertimpanismo na percussão na 
região do fígado. FC altera e pulso filiforme. 
3. PERITONITE: Sempre seguir com investigação diagnóstica.Dor à percussão. Dor contínua, febre e 
taquicardia. 
4. PANCREATITE: Dor epigastrica intensa, normalmente em faixa e vômitos intensos; Defesa abdominal 
involuntária de andar superior. Desidratação 
Diagnóstico laboratorial: Amilase – pode haver falso negativo nos casos de pacientes etilistas 
(normalmente já tem uma injuria prévia, quando inflama normalmente não cai uma grande quantidade 
de amilase na corrente sanguínea) e pancreatite por hipertrigliceridemia (pode ocorrer um fio de lipídeo 
e o aparelho não consegue ler a amilase). 
5. CÓLICA RENAL: Dor em Fossas Iliacas irradiadas para dorso ou testículos; Evolução da dor é Flutuante 
associada a náusea na intensificação; SEMPRE UNILATERAL 
P á g i n a | 2 
Sepse fulminante por Pielonefrite Obstrutiva: Cuidados com febre, disuria, Urina I alterada – orientar 
então sempre o paciente voltar se tiver febre ou ardência urinária. 
6. OBSTRUÇÃO INTESTINAL: Buscar nível da obstrução no RX.Principal causa são bridas (cirurgia prévia) – 
ocorre no delgado. Nos casos de obstrução de cólon a hipótese diagnóstica é tumor. 
 
Figura 1: presença de níveis hidroaéreos. 
Figura 2: presença de empilhamento de 
moedas com o intestino delgado 
dilatado.- EM AMBOS há obstrução de 
delgado. 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: presença de gás no transverso. 
Figura 2: todo o colon do paciente está 
distendido. 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS DE OUTROS SISTEMAS: 
I. Pneumonia de base (principalmente D – pneumonia aspirativa do paciente idoso – ocorre irritação 
da pleura e consequentemente do diafragma) 
II. IAM de parede Inferior 
III. Cetoacidose Diabética (causa irritação peritoneal que leva à dor abdominal) – dor abdominal em 
criança sempre pedir dextro 
IV. Sepse de foco urinário 
Alta para dor abdominal sem risco: Quadros iniciais de doenças graves; Nunca com ATB e analgesia pesada; 
Orientação quanto a fatores de risco e retorno se não melhora dos sintomas

Continue navegando