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GUIA COMPLETO 
MÉTODOS DE 
AVALIAÇÃO DA 
COMPOSIÇÃO 
CORPORAL
FÁBIO VERAS
AVALIACAOFISICAAGORA .COM .BR
	 2	
ÍNDICE 
 
1. A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 3 
2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 5 
2.1 MÉTODOS DIRETOS 5 
2.2 MÉTODOS INDIRETOS 6 
2.3 MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS 10 
3. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA 11 
4. DOBRAS CUTÂNEAS 15 
5. % DE GORDURA ATRAVÉS DA FITA MÉTRICA 19 
6. O QUE PODE INTERFERIR NOS RESULTADOS? 23 
7. CONCLUSÃO 25 
 
 
 
 
 
	 3	
INTRODUÇÃO 
 
Meu nome é Fábio Veras, sou Personal Trainer, 
especialista em Nutrição esportiva e avalidador fisico ha 
mais de 20 anos. 
Nesse longo tempo atendendo milhares de pessoas, entre 
alunos, clientes e atletas de alto rendimento, as 
avaliações físicas sempre foram um dos pilares do meu 
trabalho. 
 
Pessoalmente ja realizei mais de 25.000 avaliações 
físicas ao longo da minha carreira, utilizando os mais 
diversos métodos como o adipometro, as balanças de 
bioimpedância, a fita métrica e muitas vezes as próprias 
fotos dessas pessoas (antes e depois) 
Nesse Ebook vou mostrar para vocês os métodos de 
avaliação existentes e qual o meu preferido e que tenho 
usando durante toda minha carreira para entregar os 
resultaods que meus clients e atletas desejavam. 
 
	 4	
1. A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
Esta é uma questão com que os profissionais de 
Educação Física, Nutrição, medicina e fisioterapia se 
deparam quando pretendem orientar um programa para 
redução de gordura corporal e/ou hipertrofia. 
 
Somente a partir dos resultados obtidos em uma 
avaliação prévia é que se pode prescrever com 
segurança, traçar as metas para os alunos e clientes e, 
principalmente, medir o progresso e mostrar para seu 
cliente que esta dando certo! 
 
Além disso, avaliações periódicas permitem verificar a 
eficácia dos programas de treinamento físico e 
reeducação alimentar. 
 
Considerando que grande parte das pessoas que 
procuram os profissionais dessas áreas têm o objetivo de 
reduzir a gordura corporal ou as medidas, é vital para o 
profissional poder ele mesmo avaliar seus alunos ou 
clientes a fim de mostrar resultados que muitas vezes 
apenas a balança e o espelho não mostram. 
	 5	
2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO 
CORPORAL 
 
Existem três tipos de métodos de avaliação da 
composição corporal: métodos diretos, indiretos e 
duplamente indiretos. 
 
Cada um é realizado de uma maneira diferente, com 
equipamentos diferentes e consequentemente fornece 
informações distintas, com maior ou menor grau de 
precisão. 
 
É importante que você saiba que nenhum teste ou 
medida é perfeito, todos estão sujeitos a erros 
relacionados a variações biológicas dos indivíduos, a 
técnica utilizada, experiência do avaliador e condições de 
medida e problemas em equipamentos. 
 
2.1 MÉTODOS DIRETOS 
A dissecação de cadáveres é a única metodologia 
considerada direta; neste método ocorre a separação dos 
diversos componentes estruturais do corpo humano (pele, 
cabelo, vísceras, ossos etc) afim de pesá-los e 
estabelecer relações entre eles e o peso corporal total. 
 
	 6	
Desta forma, podemos perceber a dificuldade de se 
encontrar pesquisas envolvendo este procedimento, o 
que justifica a pequena quantidade de estudos com 
cadáveres. 
 
Entretanto, cabe citar dois estudos de grande relevância 
nesta área que se utilizaram da metodologia direta, o de 
MATIEGKA (1921) e o de DRINKWATER et alii (1984). 
No primeiro, (MATIEGKA, 1921) desenvolveu uma série 
de equações para estimar o peso da pele mais o tecido 
adiposo subcutâneo, dos músculos esqueléticos, dos 
ossos e do tecido residual (órgãos e vísceras). 
 
2.2 MÉTODOS INDIRETOS 
 
Os métodos indiretos são aqueles onde não há a 
manipulação dos componentes separadamente, mas a 
	 7	
partir de princípios químicos e físicos que visam a 
extrapolação das quantidades de gordura e de massa 
magra. 
 
Estes métodos são validados a partir do método direto. 
 
Entre os métodos indiretos podemos citar os métodos 
químicos: 
 
1.contagem de potássio radioativo (K40 e 
K42) 
2.diluição de óxido de deutério 
3.excreção de creatinina urinária 
 
 
Com relação aos métodos físicos os mais conhecidos 
são: 
 
1. o ultra-som 
2. o raio X 
3. raio X de dupla energia 
4. a ressonância nuclear magnética 
5.A densitometria 
6.Pesagem hidrostática 
 
	 8	
As desvantagens são o custo dos procedimentos, pois 
requerem equipamentos caríssimos (US$ milhões de 
dólares), profissionais especializados para manuseá-los e 
local adequado. 
 
São disponíveis somente em alguns hospitais e clínicas 
específicas. 
 
1. DEXA (Dual Energy X-Ray Absorptiometry) – 
Método de imagem que identifica os componentes (massa 
gorda, massa magra e massa óssea) através da diferença 
de densidade de cada tecido. 
 
2. Ressonância Magnética, que emite uma radiação 
elétromagnética e gera uma imagem dos tecidos do 
corpo. 
	 9	
Conforme as características bioquímicas de cada tecido, 
gera um sinal de ressonância de diferente intensidade e 
também uma diferente coloração na imagem, destacando 
cada um. 
 
 
 
A pesagem hidrostática tem sido considerada como 
referência para a validação de métodos duplamente 
indiretos. 
 
Ela é baseada no Princípio de Arquimedes, onde um 
corpo quando mergulhado em água desloca um volume 
de água igual ao seu próprio volume. 
 
	 10	
 
2.3 MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS 
Os métodos de dobras cutâneas e bioimpedância, que 
veremos a seguir, e também outros, foram validados a 
partir de métodos indiretos. 
Foram formuladas equações, através de modelos 
estatísticos, para predizer variáveis associadas a esses 
procedimentos indiretos, ou seja, são duplamente 
indiretos. 
Os métodos duplamente indiretos de avaliação da 
composição corporal são menos rigorosos, porém 
apresentam melhor aplicação prática e menor custo 
financeiro. 
	 11	
3. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA 
Um exemplo é a Bioimpedância Elétrica – Método cujo 
aparelho é portátil e se baseia na condução de uma 
corrente elétrica indolor de baixa intensidade através do 
corpo. 
Atualmente eu trabalho aqui no Centro de Excelência 
Física de Brasília com uma balança de bioimpedância 
alemã, uma das mais precisas do mundo e que avalia 
tanto a composição corporal, quanto massa cellular, nível 
de hidratação intra e extracelular e nível de inflamação 
cellular (angulo de fase). 
Ela ja á uma maquina validada científicamente com os 
métodos “padrão ouro” e atualmente um dos melhores 
equipamentos de bioimpedância do mundo. 
A análise da composição corporal através da impedância 
bioelétrica tem como base a medida da resistência total 
do corpo à passagem de uma corrente elétrica de 500 a 
800 microA e 50 kHz. 
 
 
Os componentes corporais oferecem uma resistência 
diferenciada à passagem da corrente elétrica, os ossos e 
	 12	
a gordura, que contém uma pequena quantidade de água 
constituem um meio de baixa conectividade, ou seja, uma 
alta resistência à corrente elétrica. 
Já a massa muscular e outros tecidos ricos em água e 
eletrólitos, são bons condutores, permitindo mais 
facilmente a passagem de corrente elétrica. 
 
 
Segundo as leis de Ohm, a resistência de uma substância 
é proporcional à variação da voltagem de uma corrente 
elétrica a ela aplicada; desta forma, através de um 
sistema que pode ser bipolar, tetrapolar ou octopolar. 
	 13	
Os eletródos são fixados só nas mãos ou nos pés 
(bipolar), tanto na mão quanto nos pés (tetra e octopolar) 
do avaliado, e então o aparelho irá identificar os níveis de 
resistência e reactância do organismo à corrente elétrica, 
avaliando a quantidade total de água no organismo e 
predizendo, através desta quantidade de água, a 
quantidade de gordura corporal do indivíduo, a 
quantidade de massa magra, taxa metabólica e as 
balanças mais modernasdo mundo ja trazem informação 
de nível de hidratação e inflamação célular. 
A velocidade e a relativa simplicidade de execução do 
método da impedância bioelétrica representam uma 
grande vantagem de sua utilização na academia, no clube 
ou na clínica. 
A principal limitação deste método surge quando o 
avaliado apresenta alterações em seu estado de 
hidratação; assim, a quantidade de alimentos e líquidos 
ingeridos pelo avaliado, bem como a atividade física 
realizada no dia do teste, entre outros fatores como 
nefropatias, hepatopatias e diabetes podem influenciar o 
resultado obtido por este método. 
Segundo LUKASKI (1986), para a realização da análise 
da composição corporal através da impedância bioelétrica 
o avaliado tem uma participação decisiva, devendo 
	 14	
obedecer a uma série de procedimentos prévios ao teste, 
sem os quais poderá estar comprometendo seu resultado. 
4. RECOMENDAÇÕES DE PREPARO PARA 
BIOIMPEDÂNCIA 
1. Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que 
antecedem o teste; 
2. Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que 
antecedem o teste; 
3. Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores 
ao teste; 
4. Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 
horas anteriores ao teste; 
5. Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste, e 
6. Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em 
decúbito dorsal, em total repouso antes da execução do 
teste. 
Além de todos esse cuidados, existem dezenas de 
equações de predição, que devem ser utilizadas conforme 
o perfil do avaliado. As equações se dividem por etnia e 
sexo variando conforme a raça também (negros africanos, 
Americanos, europeus etc) 
	 15	
Cada equação foi derivada de pesquisas que utilizaram, 
como amostragem populacional, indivíduos com 
determinadas características. 
Portanto, se não for escolhida a equação equivalente, 
existe uma margem de erro maior ainda. 
Na prática, vemos no mercado muitos equipamentos de 
bioimpedância que não permitem alterar essa equação. 
É utilizada a mesma para todo mundo. 
4. DOBRAS CUTÂNEAS 
O método de Dobras Cutâneas baseia-se no fato que: 
aproximadamente metade do conteúdo total da gordura 
corporal fica localizada nos depósitos adiposos existentes 
diretamente debaixo da pele (gordura subcutânea). 
Portanto, em cima disso, foram elaboradas equações 
para estimar o percentual de gordura através dos 
milímetros de gordura de todas dobras. 
Esse é o método que mais usei durante toda minha 
carreira com muito sucesso e precisão. 
Ja utilizei diferentes tipos de adipômetro, desde os 
analógicos científicos até os modelos digitais (que uso 
atualmente). 
	 16	
 
 
 
 
 
Existem dezenas de equações para esse fim, mas é muito 
importante ter em mente que estas equações foram 
	 17	
criadas para populações específicas e podem produzir 
resultados distorcidos quando utilizadas em indivíduos 
diferentes daqueles que fazem parte da amostra que deu 
origem à equação (COSTA, 1996). 
 
Para evitar erros acentuados é muito importante, quando 
da escolha de uma equação, verificar com base em que 
população ela foi criada: homens, mulheres, crianças, 
jovens, idosos, indivíduos ativos, atletas, etc. 
Para simplificar eu aplico na maioria das vezes a fórmula 
de 07 dobras de Jackson e Pollock ja que consigo avaliar 
mais dobras do que outras formulas que só usam 3 ou 4 
pontos. 
Com relação a atletas cabe ressaltar que existem 
equações para diversas modalidades esportivas. 
	 18	
Além disso, não podemos esquecer que estas equações 
vêm de outros países, o que também pode causar alguns 
equívocos com relação aos resultados. 
Por isso o que mais indico é que você crie o seu padrão 
de avaliação e seja consistente com ele. Dessa forma 
você reduz, conforme praticar mais e mais, sua margem 
de erro a praticamente de zero. 
Como alternativa à utilização de equações vindas de 
outros países, GUEDES (1985) e PETROSKI (1995), 
produziram equações de predição de densidade corporal 
com base em estudos realizados em população brasileira, 
porém nos dois estudos os sujeitos eram do sul do país. 
 É importante ressaltar nesse caso que, num país de 
dimensões continentais e com grande miscigenação de 
etnias, além das diferenças climáticas e de hábitos 
alimentares, como o Brasil, não podemos considerar que 
uma única equação possa ser utilizada para toda a 
população brasileira, o que sugere a necessidade de 
novos estudos envolvendo indivíduos de outras 
localidades do país. 
Então, por mais que o método de dobras cutâneas 
também dependa de algumas diferentes equações, 
	 19	
conforme o perfil, elas podem ser alteradas diretamente 
no software ou planilha utilizado para os cálculos. 
Os cuidados pré procedimento, para realizar a avaliação 
da composição corporal por meio de dobras, também são 
bem menores e mais simples. 
5. % DE GORDURA ATRAVÉS DA FITA MÉTRICA 
O professor através da medição periódica dos perímetros 
musculares pode controlar a evolução do 
desenvolvimento entre os diferentes grupos musculares e 
utilizer-se de formulas que aferem o % de gordura. 
Por exemplo: 
Protocolo de Dotson e Davis, 1991 (adaptado por 
torres 1998) 
G% Homens = +[85,20969 . log (AB - Pç)] - [69,73016 . 
log (estatura em polegadas)] + 37,26673 (r=0,90) (S.E = 
3,52%) 
{Obs: AB = Circ. abdome e Circ. Pç = pescoço} 
 
G% Mulheres= +[161,27327 . log (AB + GL- Pç)] - 
[100,81032 . log (estatura em polegadas)] - 69,55016 
(r=0,85) (S.E = 3,64%) 
	 20	
{Obs: AB = Circ. abdome; Circ. Pç = pescoço e GL = 
quadril} 
 
G% Homens ideal=12-20% 
 
G% Mulheres ideal=16-30% 
 
De acordo com os estudos de Bjornntorpo (1986), existe 
uma relação entre a distribuição da gordura corporal com 
a maioria dos problemas de saúde nos seres humanos. 
Existem relatos de que a obesidade seja responsável pelo 
aparecimento de 26 doenças crônicas e 15-20% das 
mortes anualmente. 
Exemplos: doenças renais, de fígado, artrites, problemas 
cardíacos, câncer de colo e diabetes, levando-nos a 
concluir que em sua maioria, os indivíduos mais magros 
tendem a viver mais. 
Sendo a obesidade um risco no desenvolvimento de 
doenças crônicas, torna-se de grande importância a 
localização do acúmulo da gordura corporal. 
	 21	
Foram sugeridos classificações de diferentes tipos de 
obesidade, relacionados com esta localização: 
Tipos Andróides (tipo Maçã): Tipo de obesidade 
caracterizada pelo acúmulo de gordura na região 
abdominal, localizada tanto entre os órgãos quanto 
subcutâneo. Conhecida como obesidade de Membros 
Superiores ou "baixo-ventre". 
 
Tipos Genóides (tipo Pêra): Tipo de obesidade 
caracterizada pelo acúmulo de gordura na região glúteo-
femoral (quadril, nádegas e pernas). Conhecida como 
obesidade de membros inferiores. 
 
Através da relação abaixo das medidas de circunferência 
de abdômen e quadril, observou-se que aumentos no 
desenvolvimento de doenças cardíacas em homens estão 
associadas com valores acima de 0,90 e em mulheres 
acima de 0,80. 
WHR ou PCQ= Circunferência do Abdômen/ 
Circunferência do Quadril 
Método para a Medição: 
	 22	
 
- Utilizar uma fita métrica flexível sem apertar ou 
comprimir a gordura ou pele e o testado deve usar roupas 
de ginástica 
- Tomar a medida da circunferência do maior volume do 
quadril (pode ser quadril, nádegas ou pernas), com o 
indivíduo de pé relaxado; 
 
- Tomar a medida da circunferência do Abdômen, ao nível 
do umbigo, sem contrair a barriga. 
 
-Substituir na fórmula WHR: 
WHR ou PCQ= Circunferência do Abdômen/ 
Circunferência do Quadril 
 
- Comparar os resultados abaixo: 
Tabela para Zona de Risco associada 
com o WHR 
 Homens Mulheres 
Alto Risco > 0,95 >0,85 
Risco Moderado 0,90-0,95 0,80-0,85 
Baixo Risco <0,90 <0,80 
Fonte: Nutrition For Fitness and Sport - WILLIAMS, M.H 
RISCO 
	 23	
 
IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTOHOMENS 
20-29 <0,83 0,83 - 0,88 0,89 - 0,94 > 0,94 
30-39 <0,84 0,84 - 0,91 0,92 - 0,96 > 0,96 
40-49 <0,88 0,88 - 0,95 0,96 - 1,00 > 1,00 
50-59 <0,90 0,90 - 0,96 0,97 - 1,02 > 1,02 
60-69 <0,91 0,91 - 0,98 0,99 - 1,03 > 1,03 
 
IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 
MULHERES 
20-29 <0,71 0,71 - 0,77 0,78- 0,82 > 0,82 
30-39 <0,72 0,72 - 0,78 0,79 - 0,84 > 0,84 
40-49 <0,73 0,73 - 0,79 0,80 - 0,87 > 0,87 
50-59 <0,74 0,74 - 0,81 0,82 - 0,88 > 0,88 
60-69 <0,76 0,76 - 0,83 0,84- 0,90 > 0,90 
Adaptado de Bray and Gray, 1988b 
 
 
 
 
6. O QUE PODE INTERFERIR NOS RESULTADOS? 
Como nenhum método é perfeito, existem as 
seguintes possibilidades de interferências: 
• Condições de medida (local): de preferência o 
ambiente deve ser bem iluminado e livre de barulho, 
para boa visualização dos pontos de medida e 
registro dos números corretamente. 
• Técnica de medida: o avaliador precisa de muita 
prática nos procedimentos para ter precisão no 
	 24	
manuseio dos equipamentos e na marcação dos 
locais exatos. 
• Procedimento: é muito comum vermos avaliações 
feitas com pressa, onde são realizadas somente uma 
aferição. O correto é realizar três aferições em cada 
dobra cutânea, de forma não consecutiva, ou seja, 
fazendo um rodízio. E utilizar a dobra mediana como 
registro final, para diminuir a margem de erro. Ex: 
medidas com 10, 10,5 e 11 milímetros de gordura, 
registra-se o 10,5. 
• Calibração de equipamentos: qualquer 
equipamento deve ser calibrado periodicamente e 
conforme a frequência de uso, pois vão se 
descalibrando e perdendo a precisão com o 
tempo. Exemplos: balanças (peso total), plicômetros 
(dobras cutâneas), esfigmomanômetros (pressão 
arterial) e outros. 
• Diferença entre avaliadores: é importante realizar a 
avaliação sempre com o mesmo avaliador, pois por 
mais que as técnicas sejam as mesmas, as 
pequenas diferenças na aplicação delas acabam 
influenciando nos resultados. 
	 25	
Na verdade, todas essas possibilidades de interferências 
listadas também podem ocorrer nos outros métodos, 
portanto a minha sugestão é sempre procurar avaliadores 
experientes. 
Aqui no Centro de Excelência Física de Brasília eu e 
minha equipe realizamos os cursos da ISAK (The 
International Society for the Advancement of 
Kinanthropometry) ou Sociedade Internacional para o 
Avanço da Cineantropometria). 
A ISAK tem o objetivo de padronizar a técnica no mundo, 
justamente pelo fato que mesmo se utilizando uma 
mesma técnica, os métodos estão sujeitos a erros. 
7. CONCLUSÃO 
Considerando que as técnicas mais acessíveis são 
justamente as que podem produzir mais erro, é 
importante que verifiquemos as vantagens e limitações da 
técnica escolhida, para que possamos errar um pouco 
menos. 
Tirando os erros por desconhecimento dos 
procedimentos, problemas com equipamentos e pouca 
habilidade na aplicação das técnicas, uma grande 
	 26	
margem de erro encontra-se justamente na conversão 
de valores reais em percentuais, através de equações. 
Os erros de procedimentos, aplicação e equipamentos 
podem ser facilmente resolvidos com um bom 
profissional. 
Agora quanto as equações, muitas foram elaboradas 
através de amostras populacionais de outros países, com 
características completamente diferentes das nossas em 
termos de estrutura corporal. 
Resultado? Valores subestimados ou superestimados, 
dependendo da equação escolhida. 
Essa “necessidade” de conversão em percentuais está 
muito relacionada com a necessidade de comparação que 
o ser humano tem, principalmente com outras pessoas. 
Com certeza, comparar o seu percentual de gordura com 
o de outras pessoas não vai te trazer nenhum retorno 
positivo, muito menos prático, que vá auxiliar na 
prescrição do seu treinamento. 
Observe na foto abaixo, por exemplo, aonde todas as 
mulhres tem o mesmo peso. Portanto o % de gordura e o 
peso não definem exatamente o que você ve no espelho 
mas certamente são uma forma objetiva e segura de você 
	 27	
julgar se você esta tendo os resultados que deseja, na 
velocidade que deseja ou não. 
 
A verdadeira importância da avaliação é 
justamente identificar oportunidades de melhorias e 
nortear a prescrição. 
Outra função importante é acompanhar o 
desenvolvimento, que não necessariamente tem que ser 
através dos percentuais. 
Todo aluno, cliente ou atleta que atendo me traz 
informações que são subjetivas sobre a forma como estão 
sentindo as mudanças. O sono, o funcionamento do 
intestine, libido, disposição, imunidade e outras questões 
eu sempre gusto de abordar durante as avaliações. 
É uma forma de ter uma visão geral da situação? Sim, 
mas devido aos erros que não temos controle, como no 
	 28	
caso das equações não específicas, que convertem 
medidas reais em percentuais, nem sempre avaliar só o 
% de gordura é a melhor forma de acompanhar o 
desenvolvimento e mostrar resultados que talvez a 
pessoa não tenha se atentado. 
Dentro desse raciocínio, uma das frases mais sensatas 
que tive a oportunidade de me deparar, foi a do Dr. 
Francis Johnston (1982), do Departamento de 
Antropologia da Universidade da Pensilvânia: 
“Antes de converter as dobras em percentual de 
gordura, convêm utilizar as dobras por si mesmas” 
– Dr. Francis Johnston 
Para o acompanhamento do desenvolvimento, uma das 
melhores maneiras, ou seja, com menor margem de erro 
é apenas pelo somatório das dobras. 
Digamos que em uma primeira avaliação, com um 
protocolo de 7 dobras, seu somatório foi de 125 
milímetros de gordura. 
Já na reavaliação, em torno de uns 2 meses depois, 
baixou para 95 milímetros. 
	 29	
Isso quer dizer que você reduziu a gordura corporal e está 
no caminho certo em relação ao treinamento e 
alimentação, que é o que de fato importa! 
Eu particularmente prefiro realizer as avaliações de meus 
cliente e alunos a cada 02 semanas e no caso de atletas 
de alto rendimento até 1 a 2 x por semana. 
Isso porque dependendo do nível de treinamento e dieta 
aplicados, ja é possível aferir pequenas diferenças que 
podem mostrar uma tendência para um lado ou outro e 
isso ja lhe permitirá fazer ajustes pontuais. 
Assim você consegue registrar seus resultados e avaliar a 
eficiência do seu treinamento! 
Agora que você já sabe tudo sobre avaliações físicas, 
faça sua inscrição no curso online AVALIAÇÃO FÍSICA 
AGORA (www.avaliacaofisicaagora.com.br) e ganhe 
como bonus uma Planilha completíssima, para 
acompanhar a evolução da sua composição corporal e 
perímetros do ano inteiro. 
Referências Bibliográficas 
BAUNMGARTNER, T. A. & JACKSON, A. S. 
Measurement for Evaluation in Physical Education and 
Exercise Science. 5ª. ed. Madison. Brown & Benchmark 
	 30	
Publishers, 1995. COSTA, R. F. Avaliação Física. São 
Paulo. Fitness Brasil Collection, 1996. COSTA, R. F. 
Avaliação da Composição Corporal (CD-ROM). Santos, 
FGA Multimídia, 1999. DRINKWATER, D. T. et alii. 
Validation by Cadaver Dissection of Matiegka's Equations 
for the Antropometric Estimation of Anatomical Body 
Composition in Adult Humans. In: DAY, J. A. P. 
Perspectives in Kinanthropometry. Champaign. Human 
Kinetics Publishers, 1984. GUEDES, D. P. Estudo da 
gordura corporal através da mensuração dos valores de 
densidade corporal e da espessura de dobras cutâneas 
em universitários. Dissertação de Mestrado. Santa Maria. 
Universidade Federal de Santa Maria, 1985. GUEDES, D. 
P. & GUEDES, J. E. R. P. Exercício Físico na Promoção 
da Saúde. Londrina. Midiograf, 1995. GUEDES, D. P. & 
GUEDES, J. E. R. P. Controle do Peso Corporal: 
Composição Corporal, Atividade Física e Nutrição. 
Londrina. Midiograf, 1998. KATCH, F. I. & McARDLE, W. 
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