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Língua portuguesa - Livro 1-0021

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II. O pronome relativo “cujos” se relaciona com
“triângulo” – o possuidor – e concorda com “la-
dos” – o elemento possuído.
III. O acréscimo de um artigo antes da palavra “la-
dos” tornaria a oração mais adequada ao padrão
culto da língua.
Está(ão) correta(s)
A apenas I.
 apenas II.
C apenas III.
D apenas I e II.
E apenas I e III.
39 Dê uma funcionalidade do numeral no texto dissertativo.
Texto para as questões 40 e 41.
Tubarão ataca caminhoneiro em Recife
Ele nadava em área de risco sinalizada na praia da Boa
Viagem quando foi mordido na perna e na coxa esquer-
das, ontem. Incidente foi o 48 registrado em Pernambuco
desde 1992 e o segundo deste ano; 17 pessoas morreram
no Estado após ataque do peixe.
Fábio Guibu. Folha de S.Paulo. São Paulo, 22 maio. 2006. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2205200614.htm>.
40 A manchete como foi redigida apresenta um efeito de
estranhamento, causado:
A pela ordem das palavras, que acaba provocando
uma ambiguidade.
 pelo uso do verbo no presente do indicativo, que dei-
xa confuso o leitor acerca da data do acontecimento.
C pelo emprego de vocabulário, inadequado para o
contexto (é o caso de “caminhoneiro”).
D pelo emprego da preposição “em”, que está em
desacordo com a norma.
E pela omissão do artigo na manchete, que provoca
uma imprecisão em relação ao “tubarão”.
41 Em relação ao texto lido, considere as seguintes
afirmações.
I. Deduz-se implicitamente do texto que o quadragé-
simo sexto incidente com tubarão em Pernambuco
ocorreu no ano de 2006.
II. Em o “ataque do peixe”, no final do último período,
a enunciação faz referência ao mesmo tubarão ci-
tado na manchete.
III. O período “Ele nadava em área de risco sinaliza-
da na praia da Boa Viagem quando foi mordido
na perna e na coxa esquerdas, ontem” poderia
ser substituído sem prejuízo semântico por: On-
tem, em área de risco sinalizada na praia da Boa
Viagem, nadava o caminhoneiro, ao ser mordido
na coxa e na perna esquerdas.
Está(ão) correta(s):
A apenas I.
 apenas II.
C apenas II e III.
D apenas III.
E nenhuma.
Texto para a questão 42.
[...] os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os
de mais fácil compreensão científica. A sua física é idên-
tica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto
do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas
existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o
sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. [...]
Rubem Alves. “A complicada arte de ver”. Folha de S.Paulo, 26 out. 2004.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/
ult1063u947.shtml>.
42 FGV A respeito do pronome “disso”, na primeira linha
do segundo parágrafo, pode-se dizer que é um:
A possessivo de segunda pessoa e se refere ao con-
teúdo do parágrafo anterior.
 demonstrativo combinado com prefixo e se refere
aos ipês floridos citados a seguir.
C demonstrativo masculino de segunda pessoa e se
refere ao poeta William Blake.
D demonstrativo neutro que tem como referência a
última frase do parágrafo anterior.
E possessivo neutro e se refere a Moisés diante da sar-
ça ardente.
Texto para a questão 43.
– Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia, ajudando à
missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora
na vida de d. Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas
inteiras, gostou, disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé,
ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele,
acercaram-se, amaram-se. Dessa conjunção de luxúrias
vadias brotou d. Plácida. É de crer que d. Plácida não fa-
lasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos
autores de seus dias: – Aqui estou. Para que me chamastes?
E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam:
– Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os
olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de
um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com
o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora,
logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as
mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia
na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos,
num momento de simpatia.
Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.
43 Fuvest No trecho, “pisou-lhe o pé”, o pronome lhe as-
sume valor possessivo, tal como ocorre em uma das
seguintes frases, também extraídas de Memórias pós-
tumas de Brás Cubas:
A “falei-lhe do marido, da filha, dos negócios, de
tudo”.
 “mas enfim contei-lhe o motivo da minha ausência”.
C “se o relógio parava, eu dava-lhe corda”.
D “Procure-me, disse eu, poderei arranjar-lhe alguma
coisa”.
E “envolvida numa espécie de mantéu, que lhe dis
farçava as ondulações do talhe”.
F
R
E
N
T
E
 1
61
44 Fuvest Veja as frases a seguir.
Texto I
Boa parte dos políticos constroem seu discurso com
suas palavras otimistas, com suas ideias utópicas e com
suas promessas irrealizáveis.
Texto II
Meu funcionário não erra!
a) Que problema estilístico observa-se no texto I?
Reescreva-o de modo que elimine o problema.
b) Que efeito de sentido teríamos no texto II se o
pronome estivesse posposto ao substantivo?
45 FCMSCSP Por favor, passe caneta que
está aí perto de você; aqui não serve
para desenhar.
A aquela – esta – mim
 esta – esta – mim
C essa – esta – eu
D essa – essa – mim
E aquela – essa – eu
46 CPII 2019
Disponível em : http://www.ivancabral.com. Acesso em: 1 ago. 2019.
Não era exatamente este tipo de carrinho que eu
queria ganhar!
No Texto, o pronome este foi destacado com a inten-
ção de chamar a atenção do leitor para outro modelo
de carrinho, que provavelmente estaria nas expectati-
vas da criança. Esse outro seria um carrinho de
A feira.
 carga.
C mercado.
D brinquedo.
47 Enem PPL 2019 As alegres meninas que passam na rua,
com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados.
As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando
o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da
professora; essas meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as
diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem
sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca
mais voltassem a rir e falar coisas sem importância.
Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O
corpo da menina encontrado naquelas condições, em
lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa
mais rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas
de uma hora para outra; essas mulheres.
ANDRADE, C. D. Essas meninas. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1985.
No texto, há recorrência do emprego do artigo “as” e
do pronome “essas”. No último parágrafo, esse recur-
so linguístico contribui para
A intensificar a ideia do súbito amadurecimento.
 indicar a falta de identidade típica da adolescência.
C organizar a sequência temporal dos fatos narrados.
D complementar a descrição do acontecimento trágico.
E expressar a banalidade dos assuntos tratados na
escola.
48 Assinale a alternativa em que o pronome tenha valor
possessivo.
A Ofereceu-me um buquê de rosas envenenadas.
 Falou-me de tudo e de todos.
C Assaltou-me a consciência, desgraçado!
D Cortou-se sem querer.
E Solicitou-me um talão de cheques.
49 Famerp 2020 Considere a tirinha Gareld, de Jim
Davis.
(www.folha.uol.com.br)
O pronome “este”, no terceiro quadrinho,
A refere-se ao presente do personagem, em que não
há diversão.
 retoma o sentido das palavras “o mundo”.
C refere-se ao período em que o mundo diverte o
personagem.
D aponta para um momento em que o desejo do per-
sonagem se realizaria.
E retoma o sentido da frase “o mundo existe para me
divertir”.
62 LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 1 Morfologia – Classes gramaticais
Texto para as questões 50 e 51.
Leia o seguinte excerto, extraído da obra de Gil Vicente.
Auto da Lusitânia
Entra Todo o Mundo, homem como rico mercador, e
faz que anda buscando alguma cousa que se lhe perdeu;
e logo após ele um homem, vestido como pobre. Este se
chama Ninguém, e diz:
– Que andas tu aí buscando?Todo o Mundo:
– Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar,
porém ando perfiando,
por quão bom é perfiar.
Ninguém:
– Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo:
– Eu hei nome Todo o Mundo,
e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro,
e sempre nisto me fundo.
Ninguém:
– E eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.
(Berzebu para Dinato)
– Esta é boa experiência!
Dinato, escreve isto bem.
Dinato:
– Que escreverei, companheiro?
Berzebu:
– Que Ninguém busca consciência,
e Todo o Mundo dinheiro.
[...]
 Gil Vicente. Auto da Lusitânia. In: Obras de Gil
Vicente. Porto: Lello & Irmão, 1965, p. 452-3.
50 Considere as seguintes afirmações:
I. Em “ – Mil cousas ando a buscar”, o numeral pos-
sui valor conotativo, não pode ser interpretado ao
pé da letra.
II. Do ponto de vista morfológico, sem levar em
conta o contexto, o artigo em “Todo o Mundo”
confere a ideia de inteiro (o mundo inteiro); já se
fosse “Todo Mundo”, a ausência do mesmo artigo
remeteria à ideia de qualquer (qualquer mundo).
III. Interpretado somente como nome próprio, “Todo
o Mundo” é personagem, pertence ao mundo da
ficção; interpretado como pronome indefinido,
seguido de artigo e substantivo, liga-se de forma
mais abstrata à realidade de uma época, a um gru-
po social e sua visão de mundo.
Estão corretas:
A apenas I.
 apenas II.
C apenas I e II.
D apenas II e III.
E todas.
51 Ainda em relação à obra de Gil Vicente, leia as afirma-
ções a seguir.
I. Em “Ninguém busca consciência”, o duplo sentido
da frase decorre de um investimento nas classes
gramaticais, há um termo que apresenta dupla
função morfológica.
II. O duplo sentido da frase “Ninguém busca consciên-
cia” faz com que a ação de buscar não ocorra, se
interpretarmos “Ninguém” como substantivo próprio.
III. No contexto, a personagem Berzebu interpreta os
nomes “Ninguém” e “Todo o Mundo” como se fos-
sem substantivos próprios e não pronomes.
Estão corretas:
A apenas I.
 apenas II.
C apenas III.
D apenas II e III.
E apenas I e II.
52 IME 2019
O ELEFANTE
Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
Tão alva essa riqueza
a espojar-se nos circos
sem perda ou corrupção.
E há por fim os olhos,
onde se deposita
a parte do elefante
mais fluida e permanente,
alheia a toda fraude.
Eis o meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê em bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores de pano
e nuvens, alusões
a um mundo mais poético
onde o amor reagrupa
as formas naturais.
Vai o meu elefante
F
R
E
N
T
E
 1
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