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1 UFSM Assinale a sequência de conjunções que esta- belecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. 1. Correu demais caiu. 2. Dormiu mal, os sonhos não o deixaram em paz. 3. A matéria perece, a alma é imortal. 4. Leu o livro, é capaz de descrever as perso- nagens com detalhes. 5. Guarde seus pertences, podem servir mais tarde. A porque, todavia, portanto, logo, entretanto b por isso, porque, mas, portanto, que c logo, porém, pois, porque, mas d porém, pois, logo, todavia, porque E entretanto, que, porque, pois, portanto 2 Cesgranrio “A nova bomba anunciava o rápido desfe- cho da guerra em curso contra o Japão. Mas também prenunciava uma nova era, cheia de inquietações.” A expressão destacada exprime: A adição. b alternância. c contraste. d conclusão. E explicação. 3 Unimep Observe os períodos. I. Fui às Olimpíadas, mas perdi o ano na escola. II. Perdeu o emprego, mas passou três meses na Europa. III. Todos ficaram apreensivos, mas a responsabilida- de era grande. A conjunção mas introduz orações coordenadas ad- versativas que podem apresentar, no entanto, ideias ou valores diferentes. Em I, II e III há, respectivamente, ideia ou valor de: A compensação, justificativa, contraste. b compensação, compensação, justificativa. c não compensação, não compensação, justificativa. d não compensação, compensação, justificativa. E comparação, objeção, compensação. 4 Cesgranrio No trecho: “Vem, não me abandones; só tu podes quebrar estes ferros que me oprimem”, o que se enuncia após o ponto e vírgula tem valor: A consecutivo. b explicativo. c condicional. d concessivo. E conclusivo. 5 ITA Leia atentamente a frase. Está velho, artrítico, mas é um leão. Qual dos conectivos apresentados abaixo possibilita a reestruturação da frase acima, mantendo ideia de oposição ou contraste entre as orações? A Porquanto b Consoante c Contanto que d Não obstante E Ao passo que 6 Cesgranrio Na frase: “Avançamos muito na tecnologia, mas a perplexidade fundamental é a mesma”, o ter- mo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: A por conseguinte b ainda assim c portanto d logo E pois 7 UEL 2019 “Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os ger- mânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol. Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Lua- na Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica. CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31. Acerca de trechos do texto, considere os exemplos a seguir, quanto à presença de oração coordenada. I. “os germânicos dividiram as cidades”. II. “e luta contra o domínio do espanhol”. III. “os índios perderam sua língua e cultura”. IV. “em cuidar de seus idiomas”. Assinale a alternativa correta. A Somente os exemplos I e II são corretos. b Somente os exemplos I e IV são corretos. c Somente os exemplos III e IV são corretos. d Somente os exemplos I, II e III são corretos. E Somente os exemplos II, III e IV são corretos. 8 Unimep Leia atentamente as frases. I. Mário estudou muito e foi reprovado! II. Mário estudou muito e foi aprovado! Exercícios propostos LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 9 Período composto por coordenação64 Em I e II, a conjunção e tem, respectivamente, valor: A aditivo e conclusivo. b adversativo e aditivo. c aditivo e aditivo. d adversativo e conclusivo. E concessivo e causal. 9 PUC-Rio A grande utilização da conjunção e deve-se, em parte, ao fato de que ela pode assumir diversos significados. Substitua-a em cada frase abaixo por uma conjunção mais característica do significado em questão. a) Todos se prepararam ansiosamente para o do- mingo na praia, e choveu. ) Conformar-se com a situação e mobilizar-se para melhorá-la. 10 Fuvest Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos”. A Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. b Foi até a esquina, parou, tomou fôlego. c Depois que aconteceu aquela miséria, temia pas- sar ali. d Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda inven- tavam juro. E Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era. 11 Cefet-MG 2020 — No futuro, ao mapear o cérebro das pessoas cien- tificamente, poderemos saber se o acusado de um crime está mentindo ao se declarar inocente. Achei aquilo impressionante. Primeiro, porque era impressionante em si, e depois, porque eu não conseguia imaginá-la fazendo algo assim. Parecia um ramo de estudo excessivamente futurista para a minha princesa oriental. Seu interesse no assunto, contudo, era evidentemente sincero. LACERDA, Rodrigo. O Fazedor de Velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 84. O termo em destaque pode ser substituído, sem alte- rar o sentido do texto, por A portanto. b todavia. c então. d assim. 12 FEI “Sem dúvida as árvores se despojaram e enegre- ceram, o açue estanou, as porteiras dos currais se abriram, inúteis.” Classique sintaticamente a oração destacada. A Coordenada sindética aditiva. b Coordenada sindética adversativa. c Coordenada sindética conclusiva. d Coordenada assindética. 13 Unicamp 2020 O telejornalismo é um dos principais produtos televisivos. Sejam as notícias boas ou ruins, ele precisa garantir uma experiência esteticamente agradá- vel para o espectador. Em suma, ser um “infotenimento”, para atrair prestígio, anunciante e rentabilidade. Porém, a atmosfera pesada do início do ano baixou nos telejornais: Brumadinho, jovens atletas mortos no incêndio do CT do Flamengo, notícias diárias de feminicídios, de valentões armados matando em brigas de trânsito e supermerca- dos. Conjunções adversativas e adjuntos adverbiais já não dão mais conta de neutralizar o tsunami de tragédias e violência, e de amenizar as más notícias para garantir o “infotenimento”. No jornal, é apresentada matéria so- bre uma mulher brutalmente espancada, internada com diversas fraturas no rosto. Em frente ao hospital, uma re- pórter fala: “mas a boa notícia é que ela saiu da UTI e não precisará mais de cirurgia reparadora na face...”. Agora, repórteres repetem a expressão “a boa notícia é que...”, buscando alguma brecha de esperança no “outro lado” das más notícias. (Adaptado de Wilson R. V. Ferreira, Globo adota “a boa notícia é que...” para tentar se salvar do baixo astral nacional. Disponível em https://cinegnose. Blogs pot.com/2019/02/globo- adotaboa-noticia-e-que-para.html. Acessado em 01/03 /2019.) Considerando a matéria apresentada no jornal, o uso da conjunção adversativa seguido da expressão “a boa notícia é que” permite ao jornalista A apontar a gravidade da notícia e compensá-la. b expor a neutralidade da notícia e reforçá-la. c minimizar a relevância da notícia e acentuá-la. d revelar a importância da notícia e enfatizá-la. 14 CMRJ 2020 (Adapt.) Imaginemos uma situação. Há mui- tos e muitosanos. Alguém chega a uma terra estranha e inexplorada. Trata de se situar, ver onde há água, de onde vem o vento, que animais e plantas existem nas redondezas. Após algumas tentativas fracassadas, conclui que certo ponto é o local mais adequado para providen- ciar um abrigo. Trata de construí-lo e torná-lo o mais confortável possível. Depois encontra alguns vizinhos distantes, com outras vivências diferentes. Trocam ex- periências, fazem amizade, incorporam mutuamente as descobertas um do outro. Em mais algum tempo, cons- titui-se um novo núcleo familiar. A casa cresce, ganha uma plantação, um cercadinho para os animais. Faz-se uma estradinha e uma ponte para facilitar o convívio com os amigos. Novas e crescentes conquistas e aquisições. E assim por diante. Por várias gerações. Alguns descendentes podem resolver explorar outros lugares. Mas levam a memória da casa, da plantação, das comidas, da ponte. Levam as ferramentas inventadas, os utensílios desenvolvidos, as lembranças acumuladas. E tudo se torna muito mais simples para eles graças a isso. Sua trajetória parte do zero, mas de vitórias e realizações anteriores. Se um desses descendentes sofrer de uma forma de amnésia total, não conseguirá aproveitar nada do que seus ancestrais fizeram. Ele não terá a memória das outras ex- periências. Vai ter que começar do nada. Chegando a uma terra estranha e inexplorada, pode nem ao menos tratar de se situar, ver onde há água, de onde vem o vento, que F R E N T E 1 65 animais e plantas existem nas redondezas... Talvez procure um abrigo na areia onde a cheia do rio o carregue ou onde as feras vêm beber água. Não aprendeu com quem viveu antes. Não tem uma experiência anterior que lhe informe nada. Não sabe pescar nem cozinhar, não maneja uma ferramenta, desconhece armas e utensílios. Pior ainda, pode estar em frente à casa que herdou e não saber para que serve aquilo. Pode ouvir o chamado de seus vizinhos e não entender o que lhe dizem. Reduzido ao instinto, o pobre desmemoriado terá sua própria sobrevivência ameaçada. Um caso de trágico desperdício. Ou então, pode-se imaginar alguém que deseja muito melhorar de vida e tem na sala uma arca cheia de tesouros que os avós e os pais lhe deixaram. Mata-se de trabalhar, mas nunca supôs que aquele baú fosse mais do que uma caixa vazia. Jamais teve o impulso de arrombá-lo ou a curiosidade de procurar uma chave que o abrisse. Todo aquele patrimônio, ali pertinho, ao seu alcance, não lhe serve para nada. Um monumento à inutilidade. De alguma forma, toda a humanidade passa por riscos semelhantes. Temos de herança o imenso patrimônio da leitura de obras valiosíssimas que vêm se acumulando pelos séculos afora. Mas muitas vezes nem desconfiamos disso e nem nos interessamos pela possibilidade de abri- -las, ao menos para ver o que há lá dentro. É uma pena e um desperdício. Talvez essa seja a primeira razão pela qual eu sempre quis explorar tudo o que eu pudesse nessa arca e, mais tarde, aproximar meus filhos dos clássicos. Porque eu sei que é um legado riquíssimo, que se trata de um tesouro inestimável que nós herdamos e ao qual temos direito. Se- ria uma estupidez e um absurdo não exigir nossa parte ou simplesmente abrir mão da parte que nos pertence e deixar que os outros se apoderem de tudo sem dividir conosco. Ah, sim, porque esse risco também sempre esteve presente na história da humanidade. Tradicionalmente, a leitura devia ser para poucos porque ela é sempre um elemento de poder e podia ameaçar as minorias que controlavam os livros (e o conhecimento, o saber, a infor- mação). Esses ideais de alfabetização para todos e acesso amplo aos livros são muito recentes na História. Mas como estão aí e não há mais jeito para conseguir manter a mas- sa na ignorância total, até parece que surgiu outra tática de propósito: distrair a maioria da população com outras coisas, para que ela nem perceba que tem uma arca cheia de um rico tesouro bem à sua disposição, pertinho, ali no canto da sala. (...) Assim, à minha reivindicação de ler literatura (o que, evidentemente, inclui os clássicos), porque é nosso direito, vem se somar uma determinação de ler porque é uma for- ma de resistência. Esse patrimônio está sendo acumulado há milênios, está à minha disposição, uma parte é minha e ninguém tasca. (...) Direito e resistência são duas boas razões para a gente chegar perto dos clássicos. Mas há mais. Talvez a principal seja o prazer que essa leitura nos dá. (MACHADO. Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 16-19. Texto adaptado.) Ana Maria Machado utiliza a construção “Mas há mais” para concluir sua lista de “boas razões para a gente chegar perto dos clássicos”. Os termos desta- cados têm semelhança sonora e diferença de sentido, e correspondem, respectivamente, a A oposição – adição. b conclusão – repetição. c acumulação – finalidade. d explicação – contradição. E alternância – intensidade. 15 IFCE 2020 (Adapt.) Quem foi Carolina Maria de Jesus, que completaria 105 anos em março Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional Marilia Marasciulo Negra, catadora de papel e favelada, Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável. Nasceu em 14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos. Foi maltratada durante a infância, mas aos sete anos frequentou a escola – em pouco tempo, aprendeu a ler e escrever e desenvolveu o gosto pela leitura. Em 1937, após a morte da mãe, ela mudou para São Paulo. Aos 33 anos, desempregada e grávida, mudou-se para a favela do Canindé, na zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora de papel e, nas horas vagas, re- gistrava o cotidiano da favela em cadernos que encontrava no material que recolhia. Um destes diários deu origem a seu primeiro livro, Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada, publicado em 1960. A obra virou best-seller, foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas. (...) Texto adaptado, disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/ noticia/2019/03/quem-foicarolina-maria-de-jesus-que-completaria-105-anos- em-marco.html, acesso em 22 de outubro de 2019. Ao usar a conjunção “mas” no trecho “..., mas aos sete anos frequentou a escola...”, a autora A destaca a comparação entre as etapas da vida de Carolina Maria de Jesus. b expressa a ideia de explicação sobre a capacidade de escrita de Carolina Maria de Jesus. c faz referência à época de nascimento de Carolina Maria de Jesus. d pretende mostrar a consequência dos estudos de Carolina Maria de Jesus. E marca a ideia de oposição em relação à ideia de sofrimento na infância de Carolina Maria de Jesus. 16 EEAR 2020 Insônia infeliz e feliz Clarice Lispector De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 9 Período composto por coordenação66