Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 16 Literatura contemporânea160
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(Disponível em http://www.caetanoveloso.com.br/
Acessado em 12/10/2019.)
y Havaí é uma ilha do Pacífico, um Estado norte-a
mericano conhecido pelo turismo e por suas praias
paradisíacas que atraem surfistas do mundo inteiro.
y Haiti é uma ilha do Caribe, atualmente sob inter
venção da ONU; é o país mais pobre das Américas,
com mais de 60% da população subnutrida.
3 Unicamp 2020
a) O verso “O Havaí, seja aqui” (texto I), de Caetano
Veloso, e o verso “O Haiti é aqui” (texto II), de Cae-
tano e Gilberto Gil, refletem diferentes posições
em relação aos lugares a que se referem. Expli-
que como o uso do verbo “ser” define cada uma
dessas posições.
b) Explicite as duas visões dos compositores ao dize-
rem: “O Haiti é aqui” / “O Haiti não é aqui” (texto II).
4 Enem 2017
Contranarciso
em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas
o outro
que há em mim
é você
você
e você
assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós
LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.
A busca pela identidade constitui uma faceta da
tradição literária, redimensionada pelo olhar contem
porâneo No poema, essa nova dimensão revela a
A ausência de traços identitários
B angústia com a solidão em público
C valorização da descoberta do “eu” autêntico.
D percepção da empatia como fator de autoconhe-
cimento.
E impossibilidade de vivenciar experiências de per-
tencimento.
5 Enem 2015
Aquarela
O corpo no cavalete
é um pássaro que agoniza
exausto do próprio grito.
As vísceras vasculhadas
principiam a contagem
regressiva
No assoalho o sangue
se decompõe em matizes
que a brisa beija e balança:
o verde – de nossas matas
o amarelo – de nosso ouro
o azul – de nosso céu
o branco o negro o negro
CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje.
Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007
Situado na vigência do Regime Militar que governou o
Brasil na década de 1970, o poema de Cacaso edica
uma forma de resistência e protesto a esse período,
metaforizando
A as artes plásticas, deturpadas pela repressão e
censura.
B a natureza brasileira, agonizante como um pássaro
enjaulado.
C o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexi-
dade com a Ditadura
D o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do
medo e da violência.
E as riquezas da terra, espoliadas durante o apare-
lhamento do poder armado.
6 Enem 2012
Logia e mitologia
Meu coração
de mil e novecentos e setenta e dois
já não palpita fagueiro
sabe que há morcegos de pesadas olheiras
que há cabras malignas que há
cardumes de hienas infiltradas
no vão da unha na alma
um porco belicoso de radar
e que sangra e ri
e que sangra e ri
a vida anoitece provisória
centuriões sentinelas
do Oiapoque ao Chuí.
CACASO. Lero-lero Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 2002
O título do poema explora a expressividade de termos
que representam o conito do momento histórico vivi-
do pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é
correto armar que
A o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas
com significado impreciso.
B “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as ví-
timas do regime militar vigente.
F
R
E
N
T
E
 2
161
C o “porco”, animal difícil de domesticar, representa
os movimentos de resistência.
D o poeta caracteriza o momento de opressão atra
vés de alegorias de forte poder de impacto.
E “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes
que garantem a paz social experimentada
7 UFSC 2016
Fotonovela
Quando você quis eu não quis
Qdo eu quis você ñ quis
Pensando mal quase q fui
Feliz
CACASO. “Fotonovela”. In: WEINTRAUB, Fábio (Org.). Poesia marginal.
São Paulo: Ática, 2006. p. 27. Para gostar de ler; 39.
Conforme o poema anterior de Cacaso, é correto ar
mar que:
01 o título do poema refere-se a narrativas seriadas,
no estilo folhetim, ilustradas por fotografias e que
apresentam tramas equiparadas às de telenovelas
02 ainda que o autor pertença à “geração mimeógra
fo”, as abreviaturas empregadas no poema são
similares ao “internetês” de hoje, um tipo de lin-
guagem condensada empregada no meio virtual.
04 o emprego da expressão “pensando mal” em vez
da expressão usual “pensando bem” enfatiza a
plenitude da felicidade atingida pelo eu lírico.
08 não há marcas textuais no poema que possibilitem
a identificação de gênero do objeto amoroso do eu
lírico, de modo que o tema do fracasso amoroso
poderia ser válido para qualquer identidade sexual
16 como já antecipa o título do poema, em uma fo
tonovela, o final esperado do enredo deveria ser
feliz, condição atingida ao término da história.
32 o poema apresenta um conflito entre o “eu” e o
“você”, num tempo passado, marcado pelo desejo
de “querer” e “não querer”
64 por ser um poema de curta extensão, Cacaso não
utiliza recursos de musicalidade.
Soma:
Texto para a questão 8.
(...)
Eu tenho uma ideia.
Eu não tenho a menor ideia
Uma frase em cada linha. Um golpe de exercício.
Memórias de Copacabana. Santa Clara às três da tarde.
Autobiografia. Não, biografia.
Mulher
Papai Noel e os marcianos.
Billy the Kid versus Drácula.
Drácula versus Billy the Kid
Muito sentimental.
Agora pouco sentimental.
Pensa no seu amor de hoje que sempre dura menos
que o seu
amor de ontem.
Gertrude: estas são ideias bem comuns
Apresenta a jazz-band.
Não, toca blues com ela.
Esta é a minha vida.
Atravessa a ponte.
( )
(Ana Cristina Cesar, A teus pés São Paulo: Companhia das Letras,
2016, p. 9.)
8 Unicamp 2019 Esse trecho do poema de abertura de
A teus pés, de Ana Cristina Cesar,
A expressa nostalgia do passado, visto que mobiliza
referências à cultura pop dos anos 1970.
B requisita a participação do leitor, já que as referên-
cias biográficas são fragmentárias.
C exclui a dimensão biográfica, pois se refere a per
sonagens imaginários e de ficção.
D tematiza a descrença na poesia, uma vez que a
poeta se contradiz continuamente.
9 PUC-PR 2015 Sobre o livro Muitas vozes, lançado em
1999 por Ferreira Gullar, é verdadeiro afirmar:
A Muitas vozes assinala o ponto alto na tomada de
posição de Ferreira Gullar no sentido de uma poe-
sia engajada, comprometida com a luta contra a
opressão e a injustiça.
B É neste livro que se reúnem os poemas neocon-
cretos de Gullar, consolidando a cisão do poeta
maranhense em relação ao concretismo elaborado
e teorizado pelos paulistas Décio Pignatari, Augus-
to e Haroldo de Campos
C É um volume de poemas em que o poeta se afas-
ta da temática engajada dos livros anteriores,
voltando-se, preferencialmente, para temas me-
morialísticos e de reflexão sobre a passagem do
tempo e a morte.
D Muitas vozes é a única incursão de Ferreira Gullar
na poesia dramática, em que cada uma das vozes
do poema que dá nome ao livro representa perso-
nagens típicas do Nordeste brasileiro: o beato, o
cangaceiro, o coronel, o padre etc.
E Em Muitas vozes, Ferreira Gullar rompe definitiva-
mente com o ideário estético da Geração de 1945,
ao qual, de certa forma, estivera preso até então.
Para responder à questão 10, leia o trecho a seguir,
de Lygia Fagundes Telles, retirado da obra Passapor-
te para a China.
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1960.
Diz o horóscopo que os do signo de Áries não devem
de modo algum se arriscar no dia de hoje Sou do signo
de Áries e daqui a pouco, em plena noite, devo embar-
car num avião a jato para a China Escalas? Dacar, Paris,
Praga, Omsk, Irkutsck e finalmente Pequim. Quer dizer,
atravessarei quatro continentes: América, África, Europa
e Ásia. É continente demais, hein! Melhor tomar antes
um chope duplo ali no bar do Lucas, defronte ao mar de
Copacabana, ficar ouvindo a voz espumejante das ondas
e esquecer que passarei horas e horas “naquela coisa”
LÍNGUA PORTUGUESA Capítulo 16 Literatura contemporânea162
que às vezes a gente ouve cortar o céu tão rapidamente e
com um silvo tão desesperado que quando se olha para
as nuvens não se vê maisnada Nada
10 PUC-RS 2016 Com base no texto selecionado e na
obra de Lygia Fagundes Teles, analise as seguintes
afirmativas:
I A narradora enfrenta a ideia de voar com ex
pectativa, pois, além do país asiático, conhecerá
outras cinco cidades
II O texto expressa os sentimentos de uma via
jante momentos antes da partida, enfrentando
o pânico de cruzar o planeta para conhecer um
país distante.
III O emprego reiterado de aliterações no último pa
rágrafo sugere a ideia da velocidade que provoca
temor na viajante supersticiosa
A(s) armativa(s) correta(s) é/são:
A I, apenas.
B II, apenas.
C I e III, apenas.
D II e III, apenas.
E I, II e III.
As questões 11 e 12 referem-se à obra Bagagem, de
Adélia Prado.
11 UFRGS 2020 Leia as seguintes afirmações sobre o
poema “Ensinamento”
I. O sujeito lírico mostra que o sentimento é revela-
do pelas ações das pessoas.
II. A cena recuperada mostra o gesto de amor da
mãe para com o pai.
III O ensinamento do poema é que o amor é mais
importante do que a instrução.
Quais estão corretas?
A Apenas I.
B Apenas II.
C Apenas III.
D Apenas I e III.
E I, II e III.
12 UFRGS 2020 Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso)
as seguintes afirmações sobre poemas da obra.
 “Com licença poética” apresenta intertextualidade
com a obra de Carlos Drummond de Andrade.
 “Sedução” trata do homem amado, prometido para
o casamento.
 “Antes do nome” caracteriza-se como reflexão so-
bre o fazer poético.
 “Páscoa” caracteriza a velhice.
A sequência correta de preenchimento dos parênte-
ses, de cima para baixo, é
A F V F F
B V V F V
C V F V V
D F V V V
E V F V F
13 UFPE 2013 Somente no século XX a produção literá-
ria feminina passou a ser socialmente valorizada no
Brasil e reconhecida pela nossa história da literatura
oficial. Considerando a participação das mulheres nas
letras nacionais e a leitura do texto a seguir, analise as
proposições que se seguem.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
PRADO, Adélia
 A Academia Brasileira de Letras teve como primei-
ra mulher a ocupar um lugar de honra, apenas na
segunda metade do século XX, a escritora Rachel
de Queiroz.
 Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Adélia Pra-
do, Cecília Meireles, entre outras, são nomes que
se destacam na produção literária nacional, pela
qualidade estética de suas obras.
 Como se constata na leitura do poema em apre-
ço, Adélia Prado faz opção por uma estética que
privilegia uma linguagem simples, sem pretensões
acadêmicas, mais próxima do falar cotidiano.
 O poema em questão expressa a condição da mu-
lher em nossa sociedade e dialoga com o poema
de Carlos Drummond de Andrade, como se lê:
“Quando nasci, um anjo torto/ desses que vivem
na sombra/ disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.”.
 No poema, fica claro que a representação da
mulher em nossa sociedade está associada a po-
tência, dignidade e soberania nas atividades sociais
e políticas, ao contrário do que acontece com as
mulheres em outros contextos mundiais.
Texto para a questão 14
A mão no ombro
Fragmento 1
E se cheguei até aqui é porque vou morrer. Já?, hor-
rorizou-se olhando para os lados mas evitando olhar para
trás. A vertigem o fez fechar de novo os olhos. Equili-
brou-se tentando se agarrar ao banco, Não quero!, gritou.
Agora não, meu Deus, espera um pouco, ainda não estou
preparado! Calou-se, ouvindo os passos que desciam tran-
quilamente a escada. Mais tênue que a brisa, um sopro
pareceu reavivar a alameda. Agora está nas minhas costas,
ele pensou, e sentiu o braço se estender na direção do seu
ombro. Sentiu a mão ir baixando numa crispação de quem
(familiar e contudo cerimonioso) dá um sinal, Sou eu. O
toque manso. Preciso acordar, ordenou se contraindo in-
teiro, isso é apenas um sonho! Preciso acordar!, acordar.
Acordar, ficou repetindo e abriu os olhos. (p. 149)

Mais conteúdos dessa disciplina