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AULA 6 - ORTOGRAFIA

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Professor Especialista em Língua Portuguesa Everton Eduardo
CV http://lattes.cnpq.br/4017707056859955
Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula.
	a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê)
e E (é)
f F (efe)
g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I (i)
	j J (jota)
k K (cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
	s S (esse)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
Emprego das letras K, W e Y
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
· Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.
· Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
· K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
· Caixa, frouxo, peixe 
Exceção: recauchutar e seus derivados 
2) Após a sílaba inicial "en".
· enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
3) Após a sílaba inicial "me-".
· mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
· abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
5) Nas seguintes palavras:
· bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar etc.
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos:
· bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau etc.
Emprego das Letras G e J
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. 
· gesso: Origina-se do grego gypsos
· jipe: Origina-se do inglês jeep.
Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
· barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
· estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
· engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)
4) Nos seguintes vocábulos:
· algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
1)  Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Exemplos:
· arranjar: arranjo, arranje, arranjem
· despejar: despejo, despeje, despejem
· gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
· enferrujar: enferruje, enferrujem
· viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
· biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
· 
· laranja – laranjeira
· loja – lojista
· lisonja – lisonjeador
· nojo – nojeira
· cereja – cerejeira 
· varejo – varejista
· rijo – enrijecer
· jeito – ajeitar 
4) Nos seguintes vocábulos:
· berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento etc.
Emprego das Letras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical
· 
· análise - analisar
· catálise - catalisador
· casa - casinha, casebre
· liso - alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem
· 
· burguês – burguesa
· chinês – chinesa
· inglês – inglesa
· milanês – milanesa 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
· 
· catarinense, palmeirense 
· gostoso – gostosa
· gasoso – gasosa
· amoroso – amorosa
· teimoso – teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose
· catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose etc.    
5) Após ditongos
· coisa, pouso, lousa, náusea etc. 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados
· pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
· quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
· repus, repusera, repusesse, repuséssemos
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
· Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás
8) Nos seguintes vocábulos:
· abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita etc.
Emprego da letra Z
Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical. 
· 
· deslize- deslizar
· razão- razoável
· vazio- esvaziar
· raiz- enraizar
· cruz- cruzeiro
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos.
· 
· inválido – invalidez
· macio – maciez 
· rígido – rigidez 
· limpo – limpeza
· nobre – nobreza 
· pobre – pobreza
· surdo – surdez 
· frio – frieza 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos.
· 
· civilizar – civilização
· hospitalizar – hospitalização
· colonizar – colonização 
· realizar – realização 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
· cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
5) Nos seguintes vocábulos:
· azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz etc.
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z
· cozer (cozinhar) e coser (costurar) 
· prezar (ter em consideração) e presar (prender)
· traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. 
· exame - exato - exemplo - existir - exótico – inexorável etc.
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe:
Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir", "ender", "verter" e "pelir"
· 
· expandir – expansão 
· pretender – pretensão
· verter – versão
· expelir – expulsão
· estender – extensão 
· suspender – suspensão 
· converter – conversão 
· repelir – repulsão 
Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"
	· ater- atenção
	· torcer- torção
	· deter- detenção
	· distorcer-distorção
	· manter- manutenção
	· contorcer- contorção
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss
· auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos
· acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender etc.
Emprega-se Sç:
Na conjugação de alguns verbos
· nascer- nasço, nasça
· crescer- cresço, cresça
· descer- desço, desça
Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "meter", "ceder", "cutir" e "primir"
· 
· agredir- agressão
progredir- progressão
· demitir- demissão transmitir- transmissão· remeter- remessa comprometer- compromisso
· ceder- cessão exceder- excesso
· discutir- discussão 
repercutir- repercussão
· imprimir- impressão
reprimir- repressão
Emprega-se o Xc e o Xs:
Em dígrafos que soam como Ss
· exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
Observações sobre o uso da letra X
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
· 
· /ch/ - xarope, vexame
· /cs/ - axila, nexo
· /z/ - exame, exílio
· /ss/ - máximo, próximo
· /s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
· excelente, excitar
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida.
Emprega-se o E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
· magoar - magoe, magoes
· continuar- continue, continues
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
· antebraço, antecipar
3) Nos seguintes vocábulos:
· cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea etc.
Emprega-se o I:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
· cair- cai
· doer- dói
· influir- influi
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
· Anticristo, antitetânico
3) Nos seguintes vocábulos:
· aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio etc.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. 
· comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)
· soar (emitir som) e suar (transpirar)
· Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque.
· Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. 
Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
· hábito, hesitar, homologar, Horácio
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
· flecha, telha, companhia
3) Final e inicial, em certas interjeições
· ah! ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico
· anti-higiênico, pré-histórico, super-homem etc.
Observações:
1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. 
· herbívoro, hispânico, hibernal.
Emprego das iniciais maiúsculas e minúsculas
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
· Disse o Padre Antônio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso."
· "Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança…"
(Castro Alves)
Observações:
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula.
"Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro."
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
· Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
· Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
d) Nos nomes mitológicos.
· Dionísio, Netuno.
e) Nos nomes de festas e festividades.
· Natal, Páscoa, Ramadã.
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
· ONU, Sr., V. Ex.ª.
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas.
· Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
· Todos amam sua pátria.
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
· Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
· Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
· Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
Emprego das iniciais minúsculas
2) Utiliza-se inicial minúscula:
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
· carro, flor, boneca, menino, porta etc.
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
· janeiro, julho, dezembro etc.
· segunda, sexta, domingo etc.
· primavera, verão, outono, inverno
c) Nos pontos cardeais.
· Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
· Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
· Nordeste (região do Brasil)
· Ocidente (europeu)
· Oriente (asiático)
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
· Crime e Castigo ou Crime e castigo
· Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
· Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
· Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
· Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
· Excelentíssimo Senhor Reitor, ou excelentíssimo senhor reitor
· Santa Maria ou santa Maria.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.
· Português ou português
· Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
· História do Brasil ou história do Brasil
· Arquitetura ou arquitetura
Emprego do Hífen
O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia, geralmente, sugerindo a ideia de união semântica. As regras de emprego do hífen são muitas, o que faz com que algumas dúvidas só possam ser solucionadas com o auxílio de um bom dicionário.
Entretanto, é possível reduzir a quantidade de dúvidas sobre o seu uso, ao observarmos algumas orientações básicas.
Conheça os casos de emprego do hífen (-):
 1) Na separação de sílabas.
· vo-vó;
· pás-sa-ro;
· U-ru-guai.
2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos e à palavra "eis".
· deixa-o;
· obedecer-lhe;
· chamar-se-á (mesóclise);
· mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo);
· ei-lo.
3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação própria, mas perdem sua significação individual para construir uma unidade semântica, um conceito único.
· 
· Amor-perfeito 
· arco-íris
· conta-gotas 
· decreto-lei
· guarda-chuva
· médico-cirurgião 
· norte-americano
Obs.: certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se sem hífen: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
4) Em compostos nos quais o primeiro elemento é numeral.
· 
· primeira-dama
· primeiro-ministro 
· segundo-tenente 
· segunda-feira
· quinta-feira
5) Em compostos homogêneos (contendo dois adjetivos, dois verbos ou elementos repetidos).
· 
· técnico-científico
· luso-brasileiro 
· quebra-quebra 
· corre-corre
· reco-reco
· blá-blá-blá
6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos.
· Grã-Bretanha
· Grão-Pará
· Passa-Quatro
· Quebra-Costas
· Traga-Mouros
· Trinca-Fortes;
· Albergaria-a-Velha
· Baía de Todos-os-Santos
· Entre-os-Rios
· Montemor-o-Novo
· Trás-os-Montes.
Obs.: os outros topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc. O topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.
7) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposiçãoou qualquer outro elemento.
· 
· couve-flor
· erva-doce
· feijão-verde
· erva-do-chá
· ervilha-de-cheiro
· bem-me-quer (planta)
· andorinha-grande
· formiga-branca
· cobra-d'água
· lesma-de-conchinha
· bem-te-vi
Obs.: não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com hífen) e bico de papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen).
8) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem.
· 
· além-mar
· aquém-fontreiras
· recém-nascido
· sem-vergonha.
9) Usa-se o hífen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
· 
· Anti-inflacionário
· inter-regional
· sub-bibliotecário
· tele-entrega
10) Emprega-se hífen (e não travessão) entre elementos que formam não uma palavra, mas um encadeamento vocabular:
· 
· A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade
· A ponte Rio-Niterói
· A ligação Angola-Moçambique
· A relação professor-aluno
11) Nas formações por sufixação será empregado o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, tais como -açu, -guaçu e -mirim, se o primeiro elemento acabar em vogal acentuada graficamente, ou por tônica nasal.
· 
· Andá-açu 
· capim-açu 
· sabiá-guaçu 
· arumã-mirim 
· cajá-mirim 
12) Usa-se hífen com o elemento mal antes de vogal, h ou l.
· 
· mal-acabado
· mal-estar
· mal-humorado
· mal-limpo
13) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, salvo naquelas já consagradas pelo uso.
· 
· café com leite
· cão de guarda
· dia a dia
· fim de semana
· ponto e vírgula
· tomara que caia.
Locuções consagradas:
· 
· água-de-colônia 
· arco-da-velha
· cor-de-rosa
· mais-que-perfeito
· pé-de-meia
· ao deus-dará
· à queima-roupa
Prefixos e Elementos de Composição
Usa-se o hífen com diversos prefixos e elementos de composição. 
	Usa-se hífen com os prefixos:
	Quando a palavra seguinte começa por:
	· Ante-, 
· Anti-, 
· Contra-, 
· Entre-, 
· Extra-, 
· Infra-, 
· Intra-, 
· Sobre-, 
· Supra-, 
· Ultra-.
	H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO
H: 
· ante-hipófise,
· anti-higiênico, 
· anti-herói,
· contra-hospitalar,
· entre-hostil,
· extra-humano, 
· infra-hepático,
· sobre-humano,
· supra-hepático,
· ultra-hiperbólico.
Vogal Idêntica:
· anti-inflamatório, 
· contra-ataque,
· infra-axilar, 
· sobre-estimar,
· supra-auricular,
· ultra-aquecido.
	· Hiper-, 
· Inter-, 
· Super-
	H / R
· hiper-hidrose, 
· hiper-raivoso, 
· inter-humano, 
· inter-racial,
· super-homem, 
· super-resistente.
	· Sub-
	B - H - R
· sub-bloco, 
· sub-hepático,
· sub-humano, 
· sub-região.
Obs.: as formas escritas sem hífen e sem "h", como por exemplo "subumano" e "subepático" também são aceitas.
	· Ab-, 
· Ad-, 
· Ob-, 
· Sob-
	B - R - D (Apenas com o prefixo "Ad")
· ab-rogar (pôr em desuso),
· ad-rogar (adotar)
· ob-reptício (astucioso), 
· sob-roda,
· ad-digital
	· Ex- (no sentido de estado anterior),
· Sota-, 
· Soto-, 
· Vice-, 
· Vizo-.
	DIANTE DE QUALQUER PALAVRA
· ex-namorada, 
· sota-soberania (não total), 
· soto-mestre (substituto),
· vice-reitor, 
· vizo-rei.
	· Pós-, 
· Pré-, 
· Pró- (tônicos e com significados próprios)
	DIANTE DE QUALQUER PALAVRA
· pós-graduação, 
· pré-escolar,
· pró-democracia.
Obs.: se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen. Exemplos: predeterminado, pressupor, pospor, propor.
	· Circum-, 
· Pan-
	H / M / N / VOGAL
· circum-meridiano,
· circum-navegação, 
· circum-oral,
· pan-americano, 
· pan-mágico,
· pan-negritude.
	Pseudoprefixos (diferem-se dos prefixos por apresentarem elevado grau de independência e possuírem uma significação mais ou menos delimitada, presente à consciência dos falantes.)
· Aero-, 
· Agro-, 
· Arqui-,
· Auto-,
· Bio-,
· Eletro-, 
· Geo-, 
· Hidro-, 
· Macro-,
· Maxi-, 
· Mega, 
· Micro-, 
· Mini-, 
· Multi-, 
· Neo-, 
· Pluri-, 
· Proto-, 
· Pseudo-, 
· Retro-, 
· Semi-, 
· Tele-
	H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO 
· geo-histórico, 
· mini-hospital, 
· neo-helênico, 
· proto-história, 
· semi-hospitalar.
· arqui-inimigo, 
· auto-observação,
· eletro-ótica, 
· micro-ondas,
· micro-ônibus, 
· neo-ortodoxia,
· semi-interno, 
· tele-educação.
Importante
1) Não se utilizará o hífen em palavras iniciadas pelo prefixo ‘co-’. Ele irá se juntar ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste último caso, corta-se o 'h'. Se a palavra seguinte começar com 'r' ou 's', dobram-se essas letras.
· coadministrar, coautor, coexistência, cooptar, coerdeiro corresponsável, cosseno.
2) Com os prefixos pre- e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de palavras começadas por 'e'.
· preeleger, preexistência, reescrever, reedição.
3) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por r ou s, estas consoantes serão duplicadas e não se utilizará o hífen.
· antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, contrarregra, contrassenso, extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, neorrealismo etc.
Atenção:
Não confunda as grafias das palavras autorretrato e porta-retratos. A primeira é composta pelo prefixo auto-, o que justifica a ausência do hífen e a duplicação da consoante 'r'. 'Porta-retratos', por outro lado, não possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com hífen.
4) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por vogal diferente, não se utilizará o hífen.
· antiaéreo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, contraindicação, infraestrutura, intraocular, plurianual, pseudoartista, semiembriagado, ultraelevado etc.
5) Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas quais o segundo elemento tiver perdido o "h" inicial.
· desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
6) Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal.
· não violência, não agressão, não comparecimento.
Lembre-se:
Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra", "penta", “hexa” etc.
· bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, triênio, tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono etc.
Observações:
- Em relação ao prefixo "hidro", em alguns casos pode haver duas formas de grafia.
· "Hidroavião" e "hidravião";
· "hidroenergia" e "hidrenergia"
- No caso do elemento "socio", o hífen será utilizado apenas quando houver função de substantivo (= de associado).
· sócio-gerente / socioeconômico
Travessão e Hífen
Não confunda o travessão com o hífen: o travessão é um sinal de pontuação mais longo do que o hífen.
-  Hífen e translineação
Havendo coincidência de fim de linha com o hífen, deve-se, por clareza gráfica, repeti-lo no início da linha seguinte.
· ex-
· - alferes
· guarda-
· - chuva
· Por favor, diga-
-nos logo o que aconteceu.
Conheça algumas diferenças de significação que o uso (ou ausência) do hífen pode provocar:
	Significado sem uso do hífen
	Significado com uso do hífen
	Meio dia = metade do dia
	Ao meio-dia = às 12h
	Pão duro = pão envelhecido
	Pão-duro = sovina
	
Cara suja = rosto sujo
	Cara-suja = espécie de periquito
	
Copo de leite = copo com leite
	
Copo-de-leite = flor
Emprego dos Porquês
POR QUE
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":
· Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
· Por que você comprou este casaco?
Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
· Estes são os direitos por que estamos lutando.
· O túnel por que passamos existe há muitos anos.
POR QUÊ
Caso surja no final de uma frase, imediatamenteantes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.
· Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
· Será deselegante se você perguntar novamente por quê!
PORQUE
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.
· Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
· Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?
PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
· Não consigo entender o porquê de sua ausência.
· Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
· Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.
Veja abaixo o quadro-resumo:
	Forma
	Emprego
	Exemplos
	Por que
	· Em frases interrogativas (diretas e indiretas)
· Em substituição à expressão "pelo qual" (e suas variações)
	· Por que ele chorou? (interrogativa direta)
· Digam-me por que ele chorou. (interrogativa indireta)
· Os bairros por que passamos eram sujos. (por que = pelos quais)
	Por quê
	· No final de frases
	· Eles estão revoltados por quê?
· Ele não veio não sei por quê.
	Porque
	· Em frases afirmativas e em respostas
	· Não fui à festa porque choveu.
	Porquê
	· Como substantivo
	· Todos sabem o porquê de seu medo.
Notações Léxicas
Para representar os fonemas, muitas vezes há necessidade de recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas.
Emprego do Til
Til (~)
O til sobrepõe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal. Pode aparecer em sílaba:
· Tônica: balão, corações, maçã
· Pretônica: balõezinhos, grã-fino
· Átona: órgão, bênçãos
Outros Exemplos:
Capitães, limão, mamão, bobão, chorão, devoções, põem etc.
Observação:
Se a sílaba onde figura o til for átona, acentua-se graficamente a sílaba predominante.
· Órfãos, acórdão
Emprego do Apóstrofo
Apóstrofo (´)
O uso deste sinal gráfico pode:
a) Indicar a supressão de uma vogal nos versos, por exigências métricas. Ocorre principalmente entre poetas portugueses
· Esp’rança (esperança)
· minh'alma (minha alma)
· 'stamos (estamos)
b) Reproduzir certas pronúncias populares
· Olh'ele aí... (Guimarães Rosa)
· Não s'enxerga, enxerido! (Peregrino Jr.)
c) Indicar a supressão da vogal da preposição de em certas palavras compostas
· copo d´água, estrela d'alva, caixa d'água
Questão 1 - INSTITUTO AOCP - 2022 - Câmara de Bauru - SP – Recepcionista
Texto 2
Superalimentos: o que são e como podem melhorar sua saúde
Cada vez mais as pessoas tem se preocupado em ter uma alimentação saudável. A busca por saúde e bem-estar está diretamente conectada com o que comemos. Todos os alimentos possuem propriedades específicas e atuam de formas diferentes no organismo. Mas existem aqueles que trazem diversos benefícios que ajudam o organismo das mais diferentes formas, os chamados superalimentos.
O termo superalimento é empregado para designar os ingredientes que são ricos em nutrientes, sendo muito benéficos ao organismo. Com grande concentração de vitaminas, proteínas, antioxidantes, fibras e outros, esses alimentos são verdadeiras fontes de saúde. Para se ter êxito com as vantagens que eles oferecem, é importante incluí-los em um plano alimentar equilibrado. Adaptado de: 
https://blog.tudogostoso.com.br/estilo-devida/alimentacao-saudavel/superalimentos/. Acesso em: 13 fev. 2022.
Assinale a alternativa que apresenta o excerto, do Texto 2, em que há duas inadequações: uma de concordância e outra de acentuação.
a) “[...] atuam de formas diferentes no organismo.”. b) “Todos os alimentos possuem propriedades específicas [...]”. c) “A busca por saúde e bem-estar está diretamente conectada com o que comemos.”. d) “Cada vez mais as pessoas tem se preocupado em ter uma alimentação saudável.”. e) “O termo superalimento é empregado para designar os ingredientes que são ricos em nutrientes [...]”.
Questão 2 - INSTITUTO AOCP - 2021 - Prefeitura de João Pessoa - PB – Engenheiro
 Plantas tóxicas: lindas e perigosas 
O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo animais de fazenda podem ser expostos a esse tipo de acidente. Ou seja, a convivência com plantas potencialmente tóxicas requer cuidados preventivos.
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-de Napoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de exposição ao agente tóxico.
 Segundo o Centro de Intoxicações da Califórnia, as plantas tóxicas podem ser classificadas em cinco graus de perigo:
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele, (vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado e o cérebro e requer atendimento médico imediato.
Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais próximo.
Texto adaptado de: <https://drauziovarella.uol.com.br/toxicologia/plantas-toxicas-lindase-perigosas/>. Acesso em: 03 nov. 2020.
Qual alternativa apresenta todas as palavras corretamente grafadas quanto à ortografia e à acentuação gráfica?
a) Ciência; sindrome; botânica; antídoto; farmaco. b) Sintomático; pessonha; infecção; fármaco; síndrome. c) Peçonha; fármaco; orgânico; infecção; sintomático. d) Botânica; infexão; sintomatico; antidoto; orgânico. e) Organico; peçonha; botanica; ciência; sintomatico.
Questão 3 - INSTITUTO AOCP - 2021 - SANESUL – Advogado
Leia o texto apresentado a seguir:
Conheça a história do Cristo Redentor, da idealização à sua construção
Inaugurada em 12 deoutubro de 1931, a estátua foi erguida com auxílio da população. Neste "Quer Que Eu Desenhe?", conheça o passado de um dos maiores símbolos do país.
Bernardo França e Tiemi Osato
12 out. 2021
Há 90 anos, era inaugurada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 12 de outubro de 1931, peregrinos do mundo inteiro se dirigiram para onde hoje é o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, e viram, pela primeira vez, o monumento do Cristo Redentor.
A estátua começou a ser idealizada em meados do século 19, quando o padre francês Pierre Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado. A ideia de erguer um monumento religioso foi resgatada em 1888 pela princesa Isabel.
Após a assinatura da Lei Áurea, abolicionistas sugeriram homenagear a princesa com uma escultura no alto do Corcovado. Paroquiana do padre Boss e apelidada de “redentora”, ela negou a proposta e sugeriu uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, para ela o verdadeiro redentor.
Embora tenha sido promulgado um decreto para viabilizar o monumento, a Proclamação da República e a separação entre Igreja e Estado, em 1889, interromperam os planos. O projeto só saiu do papel em 1921, com os preparativos para a comemoração do centenário da Independência.
Com altura de um prédio de 13 andares, a maior parte da estátua foi construída no Brasil, no estilo art déco. As 50 peças da face e as oito das mãos foram moldadas em Paris e vieram para cá como um quebra-cabeça, com cada parte numerada para ser montada em solo brasileiro.
O Cristo é feito de concreto armado, revestido com pedra-sabão. Sua construção engajou a população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos mosaicos que o constituem. E assim nasceu um dos maiores símbolos do país.
 Disponível em.: Acesso em: 19 out. 2021.
Considerando a Reforma Ortográfica de 2009, observa-se que a palavra “pedra-sabão”, identificada no texto, apresenta hífen. Assinale a alternativa que também apresenta palavras nas quais o hífen é utilizado corretamente. 
a) Pé-de-meia, contra-regra e cor-de-rosa. b) Cor-de-rosa, anti-inflacionário e anti-histórico. c) Mais-que-perfeito, supra-estrutura e cor-derosa. d) Auto-escola, cor-de-rosa e multi-horário. e) Anti-histórico, mini-saia e água-de-colônia.
Questão 4 - INSTITUTO AOCP - 2023 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Agente Auxiliar de Perícia Oficial - Auxiliar de Necropsia - Auxiliar de Perícia
QUANDO OS MORTOS FALAM: A HISTÓRIA DA AUTÓPSIA
 A indagação da causa da morte sempre esteve presente em nossos pensamentos, seja você médico ou não. A palavra autópsia significa "ver por si próprio" e vem do grego clássico αυτοψία, sendo composta por αυτος (autós, "si mesmo") e όψις (ópsis, "visão"). Outro termo grego equivalente e de uso mais recente é νεκροψία (necropsia), composta de νεκρός (nekrós, "morto") e όψις (ópsis, "visão"), isto é, a dissecação do cadáver para determinar, por meio da observação, a causa de morte ou a natureza da doença.
 As origens da autópsia (ou necrópsia) se confundem com a da própria medicina. Seus primeiros registros na antiguidade são, das dissecações com Herófilo e Erasístrato, no século II a. C. Considerado uma das principais figuras da medicina, o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) já recorria a esse recurso, realizando dissecações em animais como porcos, macacos, cavalos e cães, apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécies diferentes.
 No Século IX, o estudo do corpo humano após a morte voltou a crescer, principalmente graças à escola de medicina de Salermo, na Itália, e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois. Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia.
 Passando pelo período do Renascimento, a anatomia humana teve uma grande contribuição com artistas que buscavam nesta ciência as bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres de todas as idades. Dentre seus diversos trabalhos, ele ainda é reconhecido por seus esboços e obras baseados na arte da dissecação.
 Então chegamos ao momento em que a Patologia passa a despontas como especialidade em si, separada do restante da medicina. A principal figura dessa guinada é Antonio Benivieni (1443 - 1502), médico florentino que foi o primeiro a colher sistematicamente dados de autópsias realizadas em seus pacientes. Em seguida, em 1543, o médico Andreas Vesalius lançaria o primeiro livro de anatomia humana: " De Humani Corporis Fabrica". Resultado de seus trabalhos como professor da Universidade de Pádua, onde realizou dissecações de cadáveres, a obra instituiu categoricamente o método correto de dissecação anatômica. Entre todos os nomes, porém, um dos que mais se destaca é o de Rudolf Ludwig Karl Virchow (1804 - 1878). Considerado a maior figura na história da patologia, ele foi um dos primeiros a utilizar o microscópio, um dos principais avanços da óptica em seu tempo, para analisar tecidos.
 Durante todo esse processo histórico, sistematizações e padronizações foram constantes e necessárias para tornar possível a evolução dos procedimentos da autópsia. De um princípio baseado na dissecação de órgãos, essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte de um paciente, permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu.
Adaptado de: https://www.sbp.org.br/quando-os-mortos-falam-a-historia-da -autopsia/. Acesso em: 15 mar.2023.
A letra maiúscula no termo "Renascimento" presente no texto,
a) poderia ser substituída pelo recurso do sublinhado na escrita. b) é uma forma de dar ênfase à palavra. c) é opcional porque a palavra é um adjetivo. d) é obrigatória porque a palavra é um substantivo comum. e) indica que a palavra não está sendo empregada em sua acepção de "ato ou efeito de renascer".
Questão 5 - AOCP - Desenbahia - Técnico Escriturário – 2017
Deu ruim pro Uber?
 Filipe Vilicic
Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a noção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto
Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”. Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana.
Ao Uber era atribuída uma, nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro. Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo de reclamação contra o Uber.
Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de meu círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas como observador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clientes vieram me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam passado por problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que reproduz uma situação pela qual passei trêsvezes (a última, em maio): motoristas cancelarem a corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de partida, aparentemente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem que vale mais a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento.
Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber?
Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância. Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora) criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoproclamam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e, depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas, digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo?
Já era para o Uber?
Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de frear, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentoschave para suas histórias, nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará “adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu -ruim-pro-uber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54
A respeito das palavras destacadas no excerto “Faz parte do processo de amadurecimento”, assinale a alternativa correta.
a) Em “processo”, ocorrem dois encontros consonantais. b) Ocorrem encontros consonantais nas duas palavras. c) Ocorrem dígrafos nas duas palavras. d) Em “processo”, ocorre hiato. e) Em “amadurecimento”, ocorre ditongo nasal.
Questão 6 - AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora - Auditor Fiscal – 2016
Assinale a alternativa em que a grafia de todas as palavras está de acordo com a ortografia oficial e com as regras de acentuação gráfica das palavras da Língua Portuguesa.
a) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatologicas.
b) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.
c) Por pscicopatologia compreende-se o ramo da psciquiatria que estuda as causas e a natureza das doenças mentais, ou seja, pscicopatológicas.
d) Por picicopatologia comprende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.
e) Por pisicopatologia comprende-se o ramo da pisiquiatria que estuda as causas e a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.
Questão 7 - AOCP - Prefeitura de Vitória da Conquista - Gari – 2013
Assinale a alternativa correta quanto à grafia dos pares.
a) Demais – demaziado. b) Lavanderia – lavajem. c) Preciso – precizão. d) Vantajem – vantajoso. e) Limpo – limpeza.
Questão 8 - AOCP - Prefeitura de Vitória da Conquista - Agente de Combate a Endemias – 2013
Aprenda a chamar a polícia...
Luís Fernando Veríssimo
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco viaturas, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
Adaptado de http://saber-literario.blogspot.com.br/2011/11/aprenda-chamar- policia.html
Em “Comandante da Polícia”, as letras maiúsculas foram utilizadas por tratar-se de
a) entidade folclórica. b) nome próprio. c) uma citação referente ao governo. d) uma autoridade de alto cargo e respectiva corporação. e) designação de uma região.
Questão 9 - AOCP - Prefeitura de Vitória da Conquista - Agente Comunitária de Saúde – 2013
Menino Precoce
Sérgio Porto
Diz que era um menino de uma precocidade extraordinária e vai daí a gente perceber logo que o menino era um chato, pois não existe nada mais chato que menino precoce e velho assanhado.
Todos devemos viver as épocas condizentes com as nossas idades; do contrário, enchemos o próximo.
Mas deixemos de sutis filosofias e narremos: diz que o menino era tão precoce que nasceu falando. Quando o pai soube disso não acreditou. O pai não tinha ido à maternidade, no dia em que o filho nasceu, não só porque não precisava, como também porque tinha que apanhar uma erva com o Zé Luís de Magalhães Lins, para pagar a “délivrance” que era quase o preço de um duplex, pois a mulher cismou de ir para a casa de saúde do Guilherme Romano.
Mas isto também não vem ao caso. O que importa é que o menino já nasceu falando.
Quando o pai soube da grande novidade, correu à maternidade para ouvir o que tinha o menino a dizer. Chegou perto da incubadora e o garoto logo se identificou com um “Oba”. O cara ficou assombrado e mais assombrado ficou quando o belo nenenzinho disse: — Papai vaimorrer às 2 horas! — dito o que, passou a chupar o bico da mamadeira e mais não disse nem lhe foi perguntado.
O cara voltou para casa inteiramente abilolado. Sem conter o nervosismo, não contou pra ninguém a previsão do precoce menininho, mas ficou remoendo aquilo. Dez e meia, onze, meio-dia... e o cara começou a suar frio.
Uma da tarde, o cara já estava suando mais que o marcador de Pelé.
Quando deu duas horas ele estava praticamente arrasado e quando passou da hora prevista um minuto ele começou a se sentir mais aliviado.
E estava dando o seu primeiro suspiro, quando ouviu um barulho na casa do vizinho. Uma gritaria, uma choradeira. Correu para ver o que era: o dono da casa tinha acabado de falecer.
 Adaptado de http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4078733
Assinale a alternativa INCORRETA em relação à grafia dos pares.
a) Previsão – previzível. b) Identificou – identificação. c) Chato – chatice. d) Alívio – aliviado. e) Existe – existência.
Questão 10 - AOCP - Prefeitura de Vitória da Conquista - Auxiliar de Serviços Gerais – 2013
Assinale a alternativa correta em relação à grafia dos pares.
a) Repemtino – repentinamente. b) Cansado – cansasso. c) Alta – altives. d) Argumentou – agumentassão. e) Simplesmente – simplicidade.

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