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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO Processo nº: .... Banco Confiança, inscrito no CNPJ/MF:______, com sede à Rua:______, nº:______, bairro:______, com CEP:______, endereço eletrônico:______, vem por seu procurador com escritório à Rua:______, nº:______, bairro:______, com CEP:______, local onde receberá intimações, apresentar tempestivamente sua: CONTESTAÇÃO Nos autos da reclamação trabalhista pelo rito ______, que lhe promove Paulo (sobrenome), nacionalidade:______, estado civil:______, profissão:______, data de nascimento:______, inscrito no RG nº:______ e no CPF nº:______, portador da CTPS nº:______, SÉRIE:______, inscrito no PIS sob o nº:______, nome da mãe:______, endereço eletrônico:______, residente e domiciliado à Rua:______, nº:______, bairro:______, com CEP:______, pelos fatos e fundamento à seguir elencados: I. Da Preliminar de Defeito de Representação O Reclamante ajuizou a ação em 25/01/2017, por meio de seu advogado, conforme consta na inicial. No entanto, não juntou aos autos a procuração do seu representante. Já que o autor optou por ser representado na Reclamação Trabalhista, deve-se ressaltar a obrigação de juntar o instrumento de mandato nos autos, em observância ao que dispõe o Art. 5º, § 1º, da Lei 8.906/94 e o Art. 104 do CPC, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou praticar ato reputado urgente. No caso em tela, pode-se suscitar a prescrição parcial. Mas, mesmo assim, a procuração deve ser exibida no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, como aduz o Art. 104, § 1º, do CPC. Não sendo cumpridas estas determinações, é cabível a extinção do feito sem resolução de mérito, por defeito de representação e, portanto, ausência de pressupostos de constituição válida e regular do processo, nos termos do Art. 76, § 1º, I, combinado com os Arts. 337, IX, e 485, IV, do CPC. Sendo assim, requer o Reclamado a extinção do processo sem resolução de mérito. II. Da Prejudicial de Mérito Caso não seja deferida a extinção do processo sem resolução de mérito, tendo em vista que a presente Reclamatória foi ajuizada em 25/01/2017, cabe arguir a prescrição quinquenal parcial da pretensão do Reclamante, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, com base no Art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF) e art. 11, I, da CLT, aclarados pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST). Portanto, devem ser consideradas prescritas as parcelas relativas ao período laborado anterior a 25/01/2012. Das Horas Extras O empregado exercia o cargo de gerente-geral do Banco Progresso. Percebia, além do salário efetivo, 100% (cem por cento) como gratificação de função. Postula, na inicial, o pagamento de horas extras prestadas desde o ano de 2010. Ocorre que são indevidas horas extras quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% (quarenta por cento) ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prevista no Art. 62, II, e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao interpretar que ao gerente-geral de agência bancária presume-se o exercício de cargo de gestão, aplicando-se lhe o que prescreve o Art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias. Portanto, ao Reclamante não é devido o pagamento de horas extras, por exercer um cargo de gestão na qualidade de gerente-geral e perceber 100% (cem por cento) de gratificação de função, tampouco são devidos os reflexos de tais horas extras. Da Reconvenção Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC, pode o Réu na contestação propor Reconvenção, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir. O Banco Progresso custeou para o Reclamante a realização do curso de MBA em Finanças a título de capacitação, ao investir um total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), estipulando em contrato cláusula de permanência de 2 (dois) anos na instituição, após o término da especialização profissional, sob pena de ressarcimento da quantia, caso ele viesse a se desligar antes deste prazo. Apesar disso, José pediu demissão 6 (seis) meses depois de concluído o curso. Ora Excelência, o Reclamante, mesmo tendo acordado com o Banco sua permanência mínima de 2 (dois) anos após o término do curso, pediu demissão, acarretando prejuízos ao Reclamado, que contava com a colaboração qualificada do empregado durante pelo menos este período. Esta situação enquadra-se no que dispõe o Art. 462, § 1º, da CLT, ao autorizar o desconto do prejuízo causado, já que tal possibilidade foi acordada entre as partes. Assim, ao final requer seja julgado procedente o pedido de reconvenção para condenar o reclamante ao pagamento de RS 30.000,00 (trinta mil reais). III. Do Direito De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa. IV. Do Pedido Ante o exposto requer a V. Exa.: 1) Seja acolhida a preliminar, determinando que reclamante junte procuração no prazo legal, sob pena de extinção do processo sem resolver o mérito na forma do art. 485, inc. IV, do CPC; 2) Seja acolhida a prejudicial de mérito, relativo a prescrição, para as verbas anteriores ao dia 25/01/2012, na forma do inc. II, do Art. 487, do CPC; 3) Seja Julgado procedente o pedido de reconvenção, condenando o reclamante ao pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); 4) Sejam julgados improcedentes todos os pedidos contidos na petição inicial. V. Das Provas Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, notadamente documental e testemunhal, na amplitude do art. 369 do CPC. VI. Do Valor da Causa Relativo à Reconvenção Dá-se à o valor da causa, tendo em vista o Art. 292, do CPC, R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Neste Termos, Pede deferimento. Local e data Nome do Advogado OAB/UF
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