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F R E N T E 1 69 Podemos provar que: Dv = A N Essa propriedade pode também ser aplicada para um gráfico a × t qualquer: a A tt1 t2 0 Fig. 11 Variação de velocidade em um movimento qualquer. vAtenção Veja o exemplo: v (m/s) t (s)0 –4 6 4 6 1 8 Fig. 12 Variação de espaço negativa. Entre 1 s e 4 s: A = 1 2 · 3 · 6 = 9 1 Como a área está acima do eixo t, então: Ds1 = 9 m Entre 4 s e 6 s: A = 1 2 · 2 · 4 = 4 2 Como a área está abaixo do eixo t, então: Ds2 = –4 m D D DEntre 1 s e 6 s: s = s + s 1 2 D ⇒ Ds = (9 m) + (–4 m) s = 5 m Sabemos que a distância efetivamente percorrida é a soma dos módulos das variações de espaço em cada sentido do movimento. Assim, a distância percorrida entre 1 s e 6 s é dada por: D D ⇒d = s + s = (9 m) + (4 m) d = 13 m 1 2 No instante t = 4 s, houve inversão no sentido do mo- vimento. Gráficos do movimento uniforme Análise do gráfico s × t A função horária do espaço é dada por: s = s0 + v · t com s0 e v constantes. Essa é uma função do primeiro grau em t; portanto, o gráfico s × t é uma reta, sendo: s0 – coeficiente linear v – coeficiente angular Se v > 0, o movimento é progressivo, e a função é crescente. s t0 s 0 s t0 s 0 s t0 s 0 s 0 > 0 s 0 = 0 s 0 < 0 Fig. 13 Gráficos s × t no MU progressivo. Se v < 0, o movimento é retrógrado, e a função é decrescente. s t0 s 0 s t0 s 0 s t0 s 0 s 0 > 0 s 0 = 0 s 0 < 0 Fig. 14 Gráficos s × t no MU retrógrado. Como v é o coeficiente angular da reta, para uma reta qualquer, então: θ v = tg θ s 0 t s0 N Fig. 15 Coeficiente angular da reta s × t no MU. Análise do gráfico v × t A função horária da velocidade é constante: v = constante Se a velocidade não varia com o tempo, o gráfico v × t é uma reta paralela ao eixo t. Se v > 0, o movimento é progressivo, e a reta está acima do eixo t. v t0 v > 0 Fig. 16 Gráfico v × t no MU progressivo. FÍSICA Capítulo 4 Análise gráfica70 Se v < 0, o movimento é retrógrado, e a reta está abaixo do eixo t. v t0 v < 0 Fig. 17 Gráfico v × t no MU retrógrado. Análise do gráfico a × t A função horária da aceleração é nula: a = 0 O gráfico a × t é uma reta coincidente com o eixo t, tanto para v > 0 como para v < 0. a t0 a = 0 Fig. 18 Gráfico a × t no MU. Na figura 19, temos os gráficos de espaço, velocidade e aceleração no movimento uniforme. v t0 v × t v t0 v × t s t0 s0 s × t Movimento uniforme progressivo (v > 0) Movimento uniforme retrógrado (v < 0) a t0 a × t a t0 a × t s t0 s0 s × t Fig. 19 Gráficos s × t, v × t e a × t no MU. vAtenção Gráficos do movimento uniformemente variado Análise do gráfico s × t A função horária do espaço é dada por: s = s + v · t + a 2 · t 0 0 2 com s0, v0 e a constantes. Essa é uma função do segundo grau em t, portanto o gráfico s × t é uma parábola. Se a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima: s t0 a > 0 s 0 Fig. 20 Gráfico s × t no MUV com a > 0. Se a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo: s t0 a < 0 s 0 Fig. 21 Gráfico s × t no MUV com a < 0. Vale lembrar que, nos dois gráficos anteriores, pode- mos ter s0 > 0, s0 = 0 ou s0 < 0. A parábola pode interceptar o eixo t em dois, um ou nenhum ponto, o que significa que o móvel passa pela origem dos espaços duas, uma ou nenhuma vez, respectivamente. F R E N T E 1 71 Vamos analisar mais detalhadamente os dois casos: a > 0 e a < 0. I. a > 0 Quando a aceleração escalar é positiva, temos um grá- fico s × t como na figura 22. O ponto P é o vértice da parábola e representa o espaço mínimo sP atingido pelo móvel no instante tP. y Para t < tP: O espaço é decrescente, o que significa velocida- de escalar negativa (v < 0). Como a > 0 para todo o movimento, a e v têm sinais contrários, portanto o movimento é retardado. Logo, o módulo da velocidade escalar diminui. y No ponto P (t = tP): A velocidade se anula, e o móvel muda o sentido de seu movimento. y Para t > tP: O espaço é crescente, o que significa velocidade escalar positiva (v > 0). Como a > 0 para todo o movimento, a e v têm mesmos sinais, portanto o movimento é acelerado. Logo, o módulo da ve- locidade escalar aumenta. Em todo o movimento, a aceleração é sempre positiva, apesar de haver mudança no sinal da velocidade. t0 v = 0 s tp sp P s decrescente v < 0 movimento retardado s crescente v > 0 movimento acelerado a > 0 Fig. 22 Análise do MUV com a > 0. II. a < 0 Quando a aceleração escalar é negativa, temos um gráfico s × t como na figura 23. O ponto P é o vértice da parábola e representa o espaço máximo sp atingido pelo móvel no instante tP. y Para t < tP: O espaço é crescente, o que significa velocidade escalar positiva (v > 0). Como a < 0 para todo o movimento, a e v têm sinais contrários e, portanto, o movimento é retardado. Logo, o módulo da ve- locidade escalar diminui. y No ponto P (t = tP): A velocidade se anula, e o móvel muda o sentido de seu movimento. y Para t > tP: O espaço é decrescente, o que significa velocida- de escalar negativa (v < 0). Como a < 0 para todo o movimento, a e v têm mesmos sinais e, portanto, o movimento é acelerado. Logo, o módulo da ve- locidade escalar aumenta. Em todo o movimento, a aceleração é sempre negativa, apesar de haver mudança no sinal da velocidade. t0 v = 0 s tp sp P s decrescente v < 0 movimento acelerado s crescente v > 0 movimento retardado a < 0 Fig. 23 Análise do MUV com a < 0. Observação: Podemos observar que a velocidade se anula quando o es- paço é máximo ou mínimo. Isso acontece não só para o MUV como para qualquer movimento variado. Verificamos também que, para t < tP , em ambos os casos, o movimento é sempre retardado. Para t > tP , em ambos os casos, o movimento é sempre acelerado. Análise do gráfico v × t A função horária da velocidade é dada por: v = v0 + a · t com v0 e a constantes. Essa é uma função do primeiro grau em t; portanto, o gráfico v × t é uma reta, sendo: v0 – coeficiente linear a – coeficiente angular Se a > 0, a função é crescente: t0 v tp v0 v < 0 a > 0 movimento retardado a > 0 v > 0 a > 0 movimento acelerado θ = Na tg θ Fig. 24 Gráfico v × t no MUV com a > 0. Esse gráfico mostra o que já foi analisado no gráfico s × t da figura 22. Para t < tP , temos v < 0. Como a > 0, o movimento é retardado. Para t = tP , temos v = 0. FÍSICA Capítulo 4 Análise gráfica72 Para t > tP , temos v > 0. Como a > 0, o movimento é acelerado. Se a < 0, a função é decrescente: t0 v tp v0 v > 0 a < 0 movimento retardado a < 0 v < 0 a < 0 movimento acelerado θ = Na tg θ Fig. 25 Gráfico v × t no MUV com a < 0. Esse gráfico mostra o que já foi analisado no gráfico s × t da figura 23. Para t < tP , temos v > 0. Como a < 0, o movimento é retardado. Para t = tP , temos v = 0. Para t > tP , temos v < 0. Como a < 0, o movimento é acelerado. Análise do gráfico a × t A função horária da aceleração é constante: a = constante Se a aceleração não varia com o tempo, o gráfico a × t é uma reta paralela ao eixo t. Se a > 0, a reta está acima do eixo t. a t0 a > 0 Fig. 26 Gráfico a × t no MUV com a > 0. Se a < 0, a reta está abaixo do eixo t. a t0 a < 0 Fig. 27 Gráfico a × t no MUV com a < 0. v Quando a aceleração é nula, não temos movimento uniformemente variado, e sim movimento uniforme. Atenção Na figura 28, temos os gráficos de espaço, velocidade e aceleração no movimento uniformemente variado. Movimento uniformemente variado (a > 0) Movimento uniformemente variado (a < 0) a t0 a × t v t0 v × t v0 s t0 s × t s0 s t0 s × t s0 v t0 v × t v0 a t0 a × t Fig. 28 Gráficos s × t, v × t e a × t no MUV. Exercícios resolvidos 1 O gráfico a seguir refere-se ao espaço de uma partí- cula em função do tempo. 85 11 14 2 6 0 10 s (m) –3 –4 t (s) Determine: a) o espaço inicial. b) os instantes em que a partícula passa pela origem dos espaços. c) os intervalos emque o movimento é progressivo. d) os intervalos em que o movimento é retrógrado. e) a equação horária do espaço para t < 5 s. f) o gráfico v × t.
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