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DESIGN THINKING E INOVAÇÃO DOS MODELOS DE NEGÓCIO
UNIDADE 4 - Aula 3 
INOVAÇÃO ABERTA E VENTURE CAPITAL
• Ecossistema de inovação e os investimentos em desenvolvimento
tecnológico. 
• Responsividade para sustentar o crescimento dos negócios. 
• Case de sucesso no segmento educacional.
INTRODUÇÃO
O ecossistema de inovação é formado por diversos agentes: universidades,
pesquisadores, empreendedores, investidores, órgãos públicos, empresas, incubadoras,
aceleradoras, hubs, etc. Cada um preenche uma lacuna que, conjuntamente, formam um
ambiente propício para o emprego da tecnologia em prol do desenvolvimento social e
econômico.
Nesta aula, você compreenderá a relação entre empresas e startups e os benefícios
intrínsecos à essa aproximação, bem como estudará algumas formas de aplicar a
inovação em parceria com o ecossistema.
Para finalizar, você também verá, na prática, a alocação de recursos para problemas reais
e entenderá o trade-off na alocação inteligente e estratégica de recursos organizacionais.
Para tanto, o segmento estudado será o da educação frente ao mapeamento de edtechs
existentes no país. 
O QUE SIGNIFICA ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO?
Ecossistema de inovação refere-se aos espaços de intersecção entre diferentes atores
que buscam soluções inovadoras em prol do desenvolvimento tecnológico, social e
econômico do ambiente em que estão imersos.
Incubadoras, hubs, aceleradoras são alguns exemplos de espaços que conectam
empresas, startups, investidores e outros agentes (pesquisadores, universidades e até
mesmo órgãos governamentais) no ecossistema. Perceba que a ideia é justamente
conectar pessoas, posicionadas em diferentes ângulos dessa possível interação.
No Brasil, o ecossistema de inovação apresentou desenvolvimento significativo nos
últimos anos. Hoje, são mais de 13 mil startups espalhadas em 692 cidades do país. Além
disso, contamos com 15 unicórnios (empresas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares),
posicionando o país acima de outros ecossistemas já consolidados, como Alemanha,
Inglaterra e Israel. Creditas, Loft, Loggi, Nubank e QuintoAndar são exemplos de
unicórnios brasileiros.
Do ponto de vista das empresas, colocar as pessoas próximas ao ecossistema de
inovação não somente fomenta uma visão mais ampla do que acontece no segmento,
como também permite a inovação aberta. Nas palavras de Chesbrough (2018, p. 1),
inovação aberta é “o uso de entradas e saídas intencionais de conhecimento para
acelerar a inovação interna e expandir os mercados para uso externo da inovação,
respectivamente”. Tais fluxos de conhecimento podem utilizar mecanismos pecuniários e
não pecuniários, além de envolver: a) o fluxo de entrada de conhecimento na
organização; b) a saída de conhecimento da organização (menos comum); ou, ainda, c)
estabelecer ambas as direções do fluxo de conhecimento (fontes externas mais atividades
de comercialização) (CHESBROUGH; BOGERS, 2018).
Isso quer dizer que a empresa intercambia conhecimento com a comunidade, interagindo
e conectando pessoas e soluções em prol dos interesses da organização e, ao mesmo
tempo, retroalimentando o conhecimento colaborativo do ambiente de inovação. Há casos
de grandes empresas que promovem concursos, com prêmios em dinheiro, para pessoas
que possam solucionar problemas complexos (a Netflix fez isso para aprimorar o sistema
de inteligência artificial que recomenda títulos aos usuários da plataforma).
A essa altura, vale pontuar que a cultura da empresa pode servir como impulsionadora
desse fluxo de conhecimento ou como gargalo. Para ilustrar o quão difícil pode ser esse
intercâmbio de conhecimento, por vezes a empresa precisa estabelecer processos
internos para que pessoas de diferentes setores possam trabalhar em conjunto,
quebrando possíveis silos existentes dentro da própria organização.
Em linhas gerais, portanto, fomentar a aproximação com o ecossistema significa oxigenar
as soluções e os processos da empresa por meio das pessoas. Imagine que você
trabalha em uma startup dedicada à implantação de contratos inteligentes via tecnologia
blockchain. Os potenciais clientes podem ser encontrados em feiras e eventos de
inovação aberta, como também através da rede de contatos dos investidores ou, ainda,
em hubs de inovação.
No caso das grandes empresas, a estratégia da inovação aberta pode garantir a
perenidade dos negócios, pois permite maior responsividade frente ao mercado. Essa
estratégia pode ser tangibilizada tanto em movimentos de aquisição e incorporação como
através do estabelecimento de contrato e até mesmo investimento (financiamento) em
startups do respectivo setor.
É o caso da Cubo, hub de inovação que permite canalizar o financiamento de grandes
empresas ao organizar as startups residentes por segmentos (cada andar é dedicado a
um setor de atuação). Grandes empresas, nesse caso, operam como sponsors dos
negócios.
POR QUE SE ALIAR AO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO?
A empresa conta com recursos limitados, sejam eles financeiros, de capital intelectual ou
mesmo elementos do ativo imobilizado. Nesse sentido, ao assumir essa limitação, a
empresa pode buscar estratégias para alocar tais recursos de forma inteligente e
estratégica. Por exemplo, se a empresa contrata ou adquire uma solução que trará escala
para sua operação e, portanto, habilitará maior margem de lucro, logo a saúde do negócio
poderá sustentar os próximos passos da estratégia do negócio ou assegurar o
patamar/crescimento de market-share da empresa frente aos demais players do mercado,
concorda?
À medida que os líderes da empresa identificam gargalos ou caminhos mais rentáveis
para o negócio, a alocação de recursos deve seguir a estratégia definida. Isso quer dizer,
na prática, preterir processos, produtos ou mesmo contratação de determinados perfis
profissionais, em detrimento de outros.
À título de ilustração, imagine que você é gerente de novos negócios de uma grande
empresa varejista de calçados. Atualmente, você e todo o time de produto, busca
expandir a visibilidade da marca no ambiente online. Em uma das reuniões de definição
do plano de ação do próximo trimestre, no entanto, um dos diretores começa a defender o
desenvolvimento de um marketplace que atenderia todos os segmentos do mercado (tipo
uma Amazon ou um Mercado Livre). Na oportunidade, o que você faria?
Veja, toda alocação de recurso apresenta um trade-off, ou seja, se você alocar recursos
para o projeto A, talvez não sobre capacity do time ou dinheiro para financiar o projeto B.
Com isso, as decisões precisam considerar a limitação de recurso e estar intimamente
ligada à estratégia do negócio.
Se a empresa citada acima não possui expertise em desenvolvimento de software, talvez
não faça sentido enveredar por es se caminho de pivotar radicalmente o negócio –
especialmente se ess a unidade de negócio é rentável e/ou se as barreiras de entrada
para o novo mercado forem muito altas. Logo, talvez faça sentido introduzir o produto em
marketplaces já existentes.
Bom, você viu até aqui algumas razões para a empresa se aproximar do ecossistema
(busca por soluções, oxigenação de ideias, financiamento de projetos, etc.). Agora,
conheça um dos maiores motivos para as startups se aproximarem do ecossistema:
Figura 1 | Mapa de acesso a capital
Fonte: Endeavor Brasil ([s. d.]). 
O Mapa de Acesso a Capital mostra o financiamento ideal para o momento e a estratégia
de crescimento vigente na empresa. Veja, por exemplo, que empresas em estágio inicial
devem buscar financiamento junto a investidores-anjo ou seed capital. Por outro lado,
empresas que já apresentam product-market fit e estão em fase de expansão, devem
buscar investimento série A e B e assim por diante.
Por fim, do ponto de vista de universidades e pesquisadores, a aproximaçãocom o
ecossistema pode viabilizar a comercialização de produtos e serviços a partir de
descobertas e patentes registradas por eles. Com isso, diferentes atores entregam valor
nas lacunas que preenchem dentro de um grande ecossistema de inovação. Incrível, não
é mesmo?
COMO FUNCIONA O FOMENTO À INOVAÇÃO NA PRÁTICA
As edtechs representam hoje o maior segmento entre startups no Brasil (17,3%), de
acordo com o Mapeamento de Comunidades 2020. Essas startups, juntas, já levantaram
mais de 650 milhões de reais em investimento, de acordo com dados do Distrito Edtech
Report de 2020.
Figura 2 | Quadro geral das edtechs no Brasil. Fonte: Abstartups (2020).
Figura 3 | Modelo de negócio
Fonte:
Abstartups
(2020).
Edtech vem da junção das palavras education e technology. É usada para designar
empresas ou startups dedicadas a empregar a tecnologia em prol do processo de ensino-
aprendizagem. De acordo com a Abstartups, “startup é uma empresa que nasce a partir
de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo
um problema real, do mundo real. Oferece uma solução escalável para o mercado e, por
isso, usa a tecnologia como ferramenta central”.
Veja alguns big numbers do mapeamento: 58,7% das edtechs do ecossistema encontram-
se na região Sudeste do país; metade das edtechs mapeadas utiliza o modelo SaaS
(software as a service); 88,8% das edtechs brasileiras conseguiram manter seus times
integralmente durante a pandemia causada pela Covid-19. Dentre os tipos de tecnologias
empregadas, estão desde jogos educativos e objetos digitais de aprendizagem (ODAs)
até sistemas de gestão educacional e ferramentas diversas (de apoio à tutoria,
avaliações, gestão administrativo-financeiro, etc.) (ABSTARTUPS; CIEB, 2020). 
Pois bem, partindo para a prática: imagine que você atua dentro de uma empresa do setor
educacional que constrói e disponibiliza conteúdo para egressos da graduação através de
cursos livres. O foco do negócio é o desenvolvimento de hard skills relacionadas ao
mindset data-driven.
Na posição de analista de projetos, você deve buscar formas de ganhar eficiência nos
processos de produção de material didático. O seu desafio para o próximo semestre é
justamente esse. Perceba, então, que com tantas soluções maduras ou em
desenvolvimento no ecossistema das edtechs, um dos possíveis caminhos é buscar
parcerias.
Por diversas razões, a começar pelo custo e alto turnover mais manutenção do legado,
construir soluções junto ao time interno de desenvolvimento pode ser inviável. Logo,
contratar uma ferramenta externa, não proprietária, que também não apresenta conflito de
interesse com o posicionamento estratégico da empresa (por exemplo, contratar um
Ambiente Virtual de Aprendizagem para uma empresa que está construindo essa solução
talvez não faça sentido), pode ser o melhor caminho. Para isso, você deve se aproximar
do ecossistema, conversar com empreendedores e participar de eventos. É possível
levantar pesquisas e relatórios de fontes secundárias (a exemplo das que foram
discutidas ao longo desta aula). E, quando você tiver a hipótese de experimento
desenhada, parta para o piloto, com indicadores de sucesso predefinidos.
Para testar suas hipóteses (exemplo: a ferramenta X trará 30% de eficiência na
contratação de docentes), é importante que a solução seja testada na prática e que haja o
onboarding de pessoas-chave da empresa durante o experimento. Muitas startups podem
realizar uma POC (Proof of Concept, evidência documentada de que um software pode
ser bem-sucedido), rodar um piloto ou experimento para atestar o fit da solução com o
problema identificado.
Para finalizar, recomendo a leitura do livro A Startup Enxuta, de Eric Ries, para que você
possa desenvolver o pensamento empreendedor focado no uso inteligente e estratégico
de recursos. Tenho certeza de que será de grande proveito para a sua jornada
profissional, pois atualizará o seu repertório de conhecimentos e competências! Leve a
inovação com você, para onde for, pois temos muito a fazer.
Saiba mais
O Black Founders Fund é uma iniciativa do Google for Startups para investir recursos
financeiros, sem qualquer contrapartida ou participação societária, em startups fundadas
e lideradas por empreendedores negros e negras no Brasil.
O objetivo do Google for Startups com essa iniciativa é ampliar a diversidade racial no
ecossistema de startups e apoiar empreendedores negros e negras que estão construindo
negócios com alto potencial de crescimento. Disponível em:
https://www.campus.co/intl/pt_ALL/sao-paulo/black-founders-fund/. Acesso em 03 fev.
2022.
Relatório de impacto do Google for Startups. Após 5 anos de atuação no Brasil, o
programa publicou um relatório com os principais desafios e resultados, além de delinear
a evolução e pontuar oportunidades de alguns dos principais setores da economia
brasileira. Acesse em:
https://drive.google.com/file/d/15GfsXVAMHAb9hdylaUF43L0BxnplsXn1/preview.
Disponível em 03 fev. 2022.
Mapa de Acesso a Capital, publicado pela Endeavor, destaca as boas práticas de
investimentos em venture capital em diferentes estágios de crescimento e
desenvolvimento de negócios. O mapa foi feito a partir da experiência da rede de
empreendedores, especialistas e mentores da própria Endeavor. Disponível em:
https://capital.endeavor.org.br/. Acesso em 03 fev. 2022.
Conheça a LAVCA - Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina.
A organização sem fins lucrativos se dedica a apoiar o crescimento do capital privado na
América Latina e no Caribe. Disponível em: https://lavca.org/. Acesso em 03 fev. 2022.
REFERÊNCIAS
ABSTARTUPS; CIEB. Mapeamento Edtech: investigação sobre as tecnologias
educacionais brasileiras. Abstartups. 2020. Disponível em: https://abstartups.com.br/wp-
content/uploads/2021/04/M2020_edtechs.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021.
ABSTARTUPS. Mas afinal, o que são startups? Abstartups. 2021. Disponível em:
https://abstartups.com.br/definicao-startups/. Acesso em: 13 jan. 2022.
ABSTARTUPS. Mapeamento de Edtech 2020. Abstartups. 2020. Disponível em:
https://abstartups.com.br/mapeamentos-edtech/. Acesso em: 13 jan. 2022.
BUSATO, L. H. Atores, políticas e fomento à inovação – SNI, lei da inovação, incentivos,
venture, capital, anjos, incubadoras, aceleradoras, startups. Curitiba: Contentus, 2020.
CHESBROUGH, H.; BOGERS, M. Explicando a inovação aberta: esclarecendo esse
paradigma emergente para o entendimento da inovação. In: CHESBROUGH, H.; 
VANHAVERBEKE, W.; WEST, J. (orgs.). Novas fronteiras em inovação aberta. São Paulo:
Blucher, 2018, pp. 27-54.
DISTRITO. Distrito Edtech Report de 2020. Distrito. 2020. Disponível em:
https://materiais.distrito.me/distrito-dataminer-edtech-report. Acesso em: 10 dez. 2021.
ENDEAVOR. Mapa de acesso a capital. Endeavor. [s. d.]. Disponível em:
https://capital.endeavor.org.br/. Acesso em: 13 jan. 2022.
PILLER, F.; WEST, J. Empresas, usuários e inovação: um modelo interativo de inovação
aberta acoplada. In: CHESBROUGH, H.; VANHAVERBEKE, W.; WEST, J. (orgs.). Novas
fronteiras em inovação aberta. São Paulo: Blucher, 2018, pp. 55-76.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.

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