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ATOS DOS APÓSTOLOS n~ Autor '''""'' e trndição, o oome de ''"'· , ) ir_ 1 médico _e companheiro de_ Pa~lo em suas segunda ;,, ~. 1 e terceira Jornadas m1ss1onarias e na viagem a "·· ~ Roma, é aceito como o autor de Atos. As evidên- cias da igreja primitiva apontam para Lucas como sendo o autor. lrineu (c. 130-200 d.C.), Clemente de Alexandria (153-217 d C.), o antigo documento anônimo - Cânon Muratório lc 170 d.C.) e Eusébio (c. 325 d.C.): todos creditam a Lucas a autoria de Atos. Também encontramos evidências para a autoria de Lucas nos conhecidos trechos "nós". encontrados na segunda metade do livro (16.10-17; 20.5-15; 21.1-18; 271-28.16) Estas passa- gens mostram que o narrador de Atos acompanhou Paulo desde Trôade, na Ásia Menor, até Filipos, no continente europeu, retor- nando com ele para Trôade. Mais tarde, ele e Paulo viajaram da Palestina para Roma. O autor era. provavelmente, um gentio com educação formal, como demonstra o estilo e o alto nível do grego utilizado tanto no Evangelho de Lucas quanto no Livro de Atos. Em algumas ocasiões a linguagem grega empregada chega a ser completamente clássi- ca (Lc 1.1-4). A abordagem metódica do autor à escrita e o interes- se pela pesquisa revelam os traços de uma pessoa educada e de treinamento superior. CI 4.14 mostra que Paulo estava com Lucas, "o médico ama- do". No final do século XIX e no início do século XX, vários estudio- sos chamaram atenção para a terminologia médica empregada em Lucas e Atos e para o interesse que o autor demonstrava pelas do- enças (Lc 4.38; 8.43-44; At 3.7; 12.23; 13.11; 20.7-11; 28.3,8) Nos últimos anos, tem-se argumentado que a utilização de termi- nologia médica era comum entre os escritores antigos, de tal for- ma que o autor não teria, necessariamente, sido um médico. Mesmo assim, há um evidente interesse em questões médicas tanto em Lucas como em Atos. Considerar. portanto, Lucas. o mé- dico, como o autor é bastante razoável. Data e Ocasião Existem três datas sugeri- das para o Livro de Atos: antes de 70 d.C.; de 80 a 85 d.C. e de 105 a 130 d.C. As duas datas mais recentes estão baseadas. em parte, na teoria de que Atos tal- vez não tenha sido escrito por Lucas e que este teria obtido suas in- formações a respeito dos revolucionários Teudas e Judas (5.36-37) a partir dos escritos do historiador judaico Josefa 'Antigüidades 18.4-10 e 20.97-98). produzidos na segunda metade do século 1. Mas o Teudas mencionado no Livro de Atos pode ter sido apenas um dos muitos revolucionários que surgiram por ocasião da morte de Herodes, o Grande, e não o Teudas mencionado por Josefa. O conhecimento que Lucas tinha de Judas não foi, necessariamente, derivado de Josefa, da mesma forma que o de Josefa pode ter sido derivado de Lucas. Alguns argumentam que Lucas utilizou o relato da morte do rei Herodes Agripa 1, ocorrida em 44 d.C. (12.19-22). feito por Josefa. uma vez que ambos empregam palavras seme- lhantes na descrição do evento. Os dois relatos, no entanto, diferem consideravelmente. A opinião de que Lucas e Atos foram escritos antes da des- truição de Jerusalém, ocorrida em 70 d.C., é baseada nas seguin- tes considerações: Primeiro, o cap. 28 se encerra com a prisão domiciliar de Paulo. Enquanto esperava para apresentar-se ante César, tinha liberdade de pregar àqueles que o procuravam. Isso deve ter acontecido antes de 64 d.C., ano que marca o grande in- cêndio de Roma, cuJa culpa foi colocada nos cristãos pelo impera- dor Nero. Em segundo lugar, o Livro de Atos não menciona a morte de Paulo, que parece iminente em 2T m 4 e que ocorreu em torno do ano 68 d.C. Em terceiro lugar, quase no final de Atos, Lu- cas apresenta o governo romano como benevolente para com o cristianismo. atitude que mudou depois do ano 64 d.C. Em quarto lugar, parte do vocabulário utilizado aponta para uma data mais antiga. Este vocabulário inclui: "discípulo"; "o primeiro dia da se- mana" (mais tarde tornou-se "o Dia do Senhor", Ap 1.1 O); uma referência ao "povo de Israel", em 4.27 (um termo que, mais tarde. compreenderia tanto os judeus como os gentios; Tt 2.14); o título mais antigo "Filho do Homem" (7.56); bem como a linguagem utilizada na descrição de detalhes geográficos e políticos. Tanto Lc 1.3 quanto At 1.1 são dirigidos a Teófilo. Parece ter sido uma pessoa que dava suporte e proteção, uma espécie de benfeitor de Lucas. Certamente era um gentio que havia recebido instrução cristã ILc 1.4). Como aquele que dava suporte a Lucas, Teófilo teria providenciado o sustento necessário à pesquisa e es- crita dos dois livros. Como comparação, sabemos que o historiador Josefa teve como patrocinadores os generais Vespasiano e Tito, além de outros benfeitores. como, por exemplo, um certo Epafrodi- to. a quem dedicou o seu livro Contra Ápio. Lucas coletou material de sua própria experiência e de fontes semíticas, dentro e fora da Palestina. Menciona o nome de várias pessoas que possivelmente o auxiliaram (16.11; 20.4). Pode ter conversado com Maria, mãe de Jesus, bem como com várias ou- tras "testemunhas oculares e ministros da palavra" (Lc 1.2). 1.---1 Características e Temas o Livro de Atos é uma história cuidadosa do desenvolvimento [ da igreja primitiva. Lucas apresentou uma descrição ' _""':_J cheia de detalhes políticos e geográficos, dos ocupan- tes de cargos governamentais e de suas ações, dos procedimen- tos imperiais, de uma viagem marítima à Itália, contendo uma terminologia náutica exata. Todos esses registros procedem de um pesquisador meticuloso, sendo ele próprio testemunha ocular de muitos desses eventos. Lucas tinha vários propósitos. Nos vs. 1.1-2, indica que, no Evangelho, relatou a vida de Jesus até o momento da ascensão. Resume o tema geral de Atos da seguinte forma: o Senhor irá di- fundir a sua obra "em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". O Livro de Atos é chamado "Atos dos l ATOS 1 1270 Apóstolos'', mas Lucas esboça apenas os ministérios de Pedro (caps. 1-12) e de Paulo (caps. 13-28). Alguns têm detectado, em Lucas, a intenção de defender o cristianismo ou de demonstrar r·Esboço de Ato~ 1. Pedro e o evangelho aos judeus em Jerusalém, Judéia e Samaria (1.1-12.24) A. Instruções de Jesus e a espera pelo Espírito (cap. 1) B. A fundação da igreja em Jerusalém (caps. 2-7) 1. O derramamento do Espírito Santo e o primeiro sermão de Pedro (2.1-41) 2. A comunhão dos crentes (2.42-47) 3. A cura do mendigo e o segundo sermão de Pedro (cap. 3) 4. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31) 5. A igreja: comunidade e disciplina (4.32-5.11) 6. Mais perseguição pelo Sinédrio (5.12-42) 7, A escolha dos sete (6.1-7) 8. Perseguição e morte de Estêvão (6.8-7.60) C. Espalhado pela perseguição, o evangelho se propaga pela Judéia, Samaria e adiante (8.1-12.24) 1. Filipe prega em Samaria e ao eunuco etíope (cap. 8) 2. A conversão de Saulo (9.1-31) 3. O ministério de Pedro em Lida e Jope (9.32-43) 4. O ministério de Pedro em Cesaréia: o Espírito Santo é derramado sobre os gentios (10.1-11.18) Prólogo 1 Escrevi o primeiro livro, ó ªTeófilo, relatando todas as coi· sas que Jesus começou a fazer e a ensinar 2 baté ao dia em que, depois de chaver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, 1 foi elevado às que este não representava uma ameaça ao Império Romano. O Li- vro de Atos é um mapa do progresso da igreja pelo mundo antigo, mostrando o surgimento da presente era. 5. A igreja em Antioquia da Síria (11.19-30) 6. A perseguição de Herodes Agripa 1 à Igreja e a sua morte (12.1-24) li. Paulo e o evangelho aos gentios (12.25--28.31) A. Paulo expande o evangelho até a Ásia Menor e à Europa (12.25-21.16) 1 . A primeira viagem missionária de Paulo - Chipre e Ásia Menor (12.25-14.28) 2. O Concíliode Jerusalém (15.1-35) 3. A segunda viagem missionária de Paulo - o retorno à Ásia Menor e à Europa (15.36-18.22) 4. A terceira viagem missionária de Paulo - o fortalecimento das igrejas da Ásia Menor, Macedônia e Grécia (18.23-21.16) B. Paulo leva o evangelho a Roma (21.17-28.31) 1. A prisão de Paulo, o seu julgamento e encarceramento na Palestina (21.17-26.32) 2. A viagem a Roma (27 .1-28.16) 3. Os dois anos do ministério de Paulo em Roma (28.17-31) que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, ide mim ouvistes. s gPor- que João, na verdade, batizou com água, hmas vós sereis bati- zados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. alturas. 3 dA estes também, depois de ter padecido, se apre- A ascensão de Jesus sentou vivo, com muitas provas 2incontestáveis, aparecendo- 6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes será este o tempo em que restaures o reino a Israel? 7 Res- ao reino de Deus. 4 e E, comendo com eles, determinou-lhes pondeu-lhes: iNão vos compete iconhecer tempos ou épocas • CAPÍTULO 1 1 a Lc 1-;--~~ 1 ~1-9 1 Subiu a~s-céus 3 d M~ 16.12, 14 2 in~;uívocas 4 e Lc 24 ~9 flJo 14.16:·1 ;,26; 15.26] 5 g Mt 3.11 h [JI 2.28] 7i1Ts 5 OMt 24.36 •1. 1 o primeiro livro. O Evangelho de Lucas, conforme mostrado pela referên- cia a Teófilo llc 13) todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar. Um resumo ade- quado do que Lucas registra no Evangelho. •1.2 mandamentos por intermédio do Espírito Santo. Depois da ressurrei- ção, Jesus comunicou a seus apóstolos a realidade de sua ressurreição (Jo 20.21). a verdade de seu chamado como Messias (Lc 2444-49). a bênção do Espírito Santo (Jo 20.22-23) e a realidade do seu corpo físico ressurreto (Lc 24.37-43) que escolhera. A referência à escolha original que Jesus fez de seus apóstolos (Lc 6.12-16). um dos quais (Judas) Jesus sabia que se tornaria um traidor. elevado. Lc 24.50-52 localiza a ascensão perto de Betânia, no lado leste do Jar- dim das Oliveiras, a leste de Jerusalém. •1.3 se apresentou ... muitas provas incontestáveis. As aparições de Cristo após a ressurreição (Mt 28; Me 16; Lc 24; Jo 20; 21. 1Co155-7) foram importan- tes como uma confirmação inabalável da pessoa e da obra sobrenaturais de Cris- to. Era importante que a ressurreição de Jesus fosse vista pelos discípulos (v. 22). quarenta dias. O tempo desde a ressurreição até a ascensão. Depois que Je- sus subiu ao céu, os discípulos ficaram dez dias em Jerusalém esperando pelo derramamento prometido do Espírito Santo que ocorreu no Pentecostes. no qüin- quagésimo dia após a Páscoa. •1.4 comendo com eles. Jesus freqüentemente comungava com seus amigos e discípulos em torno de uma refeição: na alimentaçáo dos cinco mil ILc 9.16), com publicanos e pecadores (Me 2.15-16; Lc 5.29). na casa do fariseu (lc 7.37), na última ceia (Mt 26.21,26) e depois da ressurreição llc 24.42; Jo 21.9-15\ esperassem a promessa do Pai. O Espírito Santo era dom do Pai e dom de Je- sus, o Filho (Jo 14.1,26; 15.26). •1.5 João, na verdade, batizou com água. João Batista batizou grandes mul- tidões de pessoas (Mt 3.5-6, 13-15; Me 1.5,9; Lc 3.7-16,21 ). O batismo de arre- pendimento de João nas águas !Me 1.4) prenunciava o batismo messiânico com o Espírito Santo e com fogo llc 3.16). Ver "O Batismo de Jesus'', em Me 1.9. não muito depois destes dias. Uns poucos dias se passariam antes do Pente- costes. •1.6 será este o tempo em que restaures o reino a Israel. Na base daquilo que Jesus disse em Mt 19.28, os discípulos pensavam que ele poderia expulsar os romanos e restaurar o reino físico a Israel. •1.7 Não vos compete conhecer tempos ou épocas. Os anos ou datas es- A escolha. de Matias 1271 que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; 8 1mas rece- bereis poder, mao descer sobre vós o Espírito Santo, e nsereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Ju- déia e ºSamaria e até aos Pconfins da terra. 9 qDitas estas pala- vras, 'foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. 10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões 5vestidos de branco se puseram ao lado deles 11 e lhes disseram: Varões gali- Jeus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que den- tre vós foi assunto ao céu 1virá do modo como o vistes subir. Os discípulos em]erusalém ATOS 1 15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos 5irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte epes- soas) e disse: 16 Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritu- ra !que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, 8que foi o guia daqueles que prende- ram Jesus, 17 porque hele era contado entre nós e teve parte 1neste ministério. 18i(Ora, este homem adquiriu um campo com 1o 6 preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas 7 as suas entranhas se derramaram; 19 e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jeru- salém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.) 20 Porque está escrito no Livro dos Salmos: 12 ªEntão, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. 13 Quando ali entraram, subiram vpara o cenáculo onde se reuniam xpedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, 2 Simão, o Zelote, e: mFique deserta a sua morada; e não haja quem nela ha- bite; e ªJudas, filho de Tiago. 14 bTodos estes perseveravam 3 unâ- nTome outro o seu 8encargo. nimes em 4 oração, com cas mulheres, com Maria, mãe de Je- 21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompa- sus, e com os dirmãos dele. nharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, • 8i[A~21.4],;Lc2449"Lc24~~.;14PCl123 9Hc24~-51TAt1.2 10SJo20.12 1110n7.13 12Ulc24.52 13 V Me 14.15; Lc 22.12; At 9.37.39; 20.8 XMt 10.2-4 Zlc 6.15 ªJd 1 14 b At 2.1.46 Clc 23.49.55 dMt 13.55 3com um só propósito ou pensamento 4 Cf. NU; TR e M oração e súplica 15 e Lc 22.32; Ap 3.4 5Cf. NU; TR e M discípulos 16/SI 41.9 8Mt 26.47; Me 14.43; Lc 22.47; Jo 18.3 17 h Mt 10.4 i At 1.25 18 /Mt 27.3-1OIMt18.7; 26.14-15,24; Me 14.21; Lc 22.22; Jo 17.12 ô recompensa. prêmio 7 os seus intestinos 20 m SI 69.25 n SI 109.8 8 Gr. episkopen, cargo de superintendente pecíficas (que alguns. em todos os tempos. tentam predizer) da segunda vinda de Cristo (cf. 1Ts 52). •1.8 ao descer sobre vós o Espírito Santo. Jesus quer dizer que o Espírito Santo mostrará o seu controle sobre eles com manifestações visíveis: o soprar de um vento violento, o aparecimento de línguas de fogo e o falar em línguas estran- geiras (cap. 2). minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Sa- maria e até aos confins da terra. D Livro de Atos segue esta estratégia. D tes- temunho de Jerusalém (cap. 2) apresenta. em miniatura. o ministério mundial de Deus: os "judeus ... de todas as nações" 12.5) que ouviram e creram carregaram a mensagem para bem longe. No resto de Atos. o evangelho se espalha a Jerusa- lém (3.1-8.1 ). à Judéia e Samaria, a Antioquia da Síria (8.1-12 25) e aos con- fins da terra 113.1-28.31). •1.9 foi Jesus elevado às alturas. Ver "A Ascensão de Jesus", em Lc 24.51. •1.1 O dois varões vestidos de branco. Pessoas descritas como vestidas de branco são comumente seres sobrenaturais ou glorificados: Jesus Cristo (Mt 17.2; Me 9.3; Ap 1.14); anjos (Mt 28.3; Me 16.5; Lc 24.4; Jo 20.12) e santos glo- rificados (Lc 9.30-31; Ap 3.4-5.18; 4.4; 7.14). •1.11 Varões galileus. Os onze eram da Galiléia; Judas lscariotes era de Oueri- ote, em Judá. do modo. Jesus retornará no seu corpo ressurreto. vindo sobre as nuvens do céu (Mt 24.30; 26.64; Me 14.62; 1Ts 4.16-17; Ap1 7) Ver "A Segunda Vinda de Je- sus". em 1Ts 4.16. •1.12 do monte chamado Olival. Uma colina além do vale de Cedrom. logo a leste da cidade murada de Jerusalém. Os discípulos tinham estado com Jesus no monte perto de Betânia (Lc 24.50). a jornada de um sábado. A partir da cidade. a distância calculada pelos rabinos como sendo cerca de 1100 metros. •1.13 subiram para o cenáculo onde se reuniam. Provavelmente onde os discípulos tinham estado se escondendo com medo dos judeus. Esta pode ter sido a mesma sala onde eles tinham celebrado a Páscoa e onde Jesus havia insti- tuído a Ceia do Senhor (Me 14.15). ou uma sala na casa de Maria. a tia de Barna- bé (CI 4 1 O). onde os cristãos mais tarde se reuniam (12.12) Localizava-se, provavelmente, próximo aos átrios do templo. onde as multidões de judeus visi- tantes estavam reunidas (2.5-12). Bartolomeu. Também conhecido como Natanael (Jo 1.45; 21.2). Tiago, filho de AHeu. Também conhecido como Tiago, o menor (Me 15.40). Zelote. Provavelmente referindo-se à antiga participação de Simão no grupo re- volucionário dos Zelotes. Judas, filho de Tiago. Também conhecido como Tadeu (Mt 10.3; Me 3.18). •1.14 perseveravam ... em oração. Jesus estabeleceu um padrão de oração na vida de seus discípulos. Para exemplos de Jesus orando, ver Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28-29; 11.1; 22.32.41; 23.34.46. com as mulheres. Certas mulheres que tinham seguido Jesus. sustentado sua obra e cuidado dele em sua morte (Mt 27.55-56; 28.1; Me 15.40-41; Lc 8.2-3; 23.49; 24.1; 24 22) Maria, mãe de Jesus. Esta é a última referência, no Novo Testamento, à mãe de Jesus. os irmãos dele. Os meio-irmãos de Jesus. filhos de Maria e José (Mt 13.55; Lc 1426; Jo 7.3.10) •1.15 Naqueles dias. Os dez dias entre a ascensão e o Pentecostes (2.1 ). •1.16 Irmãos. Os homens são particularmente mencionados aqui, porque Pedro está falando a respeito de substituir Judas lscariotes. um dos doze que Jesus ha- via originalmente escolhido como apóstolos (Mt 10.2-4). convinha que se cumprisse a Escritura. Os SI 69.25; 109.8, citados no v. 20, são aplicados por Pedro a Judas lscariotes que, como um inimigo de Deus. tinha sido deposto de seu apostolado. Agora. "seu cargo" tinha que ser preenchido no- vamente. o Espírito Santo proferiu ... por boca de Davi. O Espírito Santo inspirou Davi a compor estas palavras usando seus talentos poéticos. •1.17 teve parte neste ministério. Em seu plano, Deus permitiu que Judas. um inimigo do Salvador. servisse por um tempo no ministério dos discípulos. •1.18 este homem adquiriu um campo. Judas indiretamente comprou o campo quando devolveu o dinheiro aos principais sacerdotes e anciãos. que. por sua vez, compraram um cemitério para estrangeiros. chamado "Campo de San- gue". com o preço. As trinta moedas de prata (Mt 26.15). provavelmente valendo cer- ca de 120 denários. ou o salário de 120 dias de trabalho (Mt 20.2). precipitando-se. Mateus registra que Judas "enforcou-se" (Mt 27.5). Aparen- temente durante. ou logo depois do enforcamento, seu corpo caiu no chão e foi rompido ou decomposto. •1.21 entre nós. Isto inclui todo o tempo do ministério público de Jesus. desde seu batismo até sua ascensão. ATOS 1, 2 OS APÓSTOLOS At 1.26 1272 Ainda que os Evangelhos chamem as mesmas pessoas de "discípulos" e "apóstolos" (Mt 10.1-2; Lc 6.13), os termos não são sinônimos. "Discípulo" significa "aluno", "aquele que aprende"; "apóstolo" significa "emissário", "representante", alguém enviado com a autoridade daquele que o enviou. Os doze apóstolos (Ap 21.14), como distintos dos apóstolos ("mensageiros") das igrejas (2Co 8.23 e a nota sobre o texto) e do resto dos discípulos, foram escolhidos e enviados por Jesus (Me 3.14), exa- tamente como o próprio Jesus, "o Apóstolo ... da nossa confissão" (Hb 3.1 ), foi preordenado e enviado pelo Pai l 1 Pe 1.20). Assim como rejeitar Jesus é rejeitar o Pai, também rejeitar os apóstolos é rejeitar Jesus (Lc 10.16). Paulo, o "apóstolo dos gentios" (Rm 11.13; GI 2.8), declara-se como um apóstolo nas palavras de abertura da maioria de suas cartas. Pelo fato de ter visto Cristo no caminho de Damasco e ter sido comissionado por ele (At 26.16-18), ele foi tão ver- dadeiramente uma testemunha da ressurreição de Jesus (que um apóstolo tinha de ser, At 1.21-22; 10.41-42), como foram todos os outros. Tiago, Pedro e João aceitaram Paulo no colégio apostólico (GI 2.9), e Deus confirmou sua condição de após- tolo pelos sinais de um apóstolo (milagres e sinais, 2Co 12.12; Hb 2.3-4) e pelos frutos do seu ministério (1 Co 9.2). Os apóstolos foram agentes de Deus na revelação das verdades que se tornariam a regra de fé e de vida cristãs. Como tais e através da escolha deles feita por Cristo como seus representantes autorizados (2Co 10.8; 13.1 O), os apóstolos exerceram uma autoridade peculiar na Igreja. Não há apóstolos hoje, ainda que alguns cristãos realizem ministérios que, de modo parti- cular, são apostólicos em estilo. Nenhuma nova revelação canônica está sendo dada; a autoridade do ensino apostólico resi- de nas Escrituras canônicas. A ausência de nova revelação não coloca a Igreja contemporânea em desvantagem quando comparada com a Igreja dos dias dos apóstolos, porque o Espírito Santo interpreta e aplica as Escrituras ao povo de Deus con- tinuamente. - 1 som, como de um vento impetuoso, e cencheu toda a casa onde estavam assentados. J E apareceram, distribuídas entre eles, 2 1ínguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. 4 dTodos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram e a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. O dom de línguas 22 começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós ºfoi levado às alturas, um destes se Ptorne testemunha conosco da sua ressurreição. 23 Então, propuseram dois: José, chamado qBarsabás, cognominado Justo, e Matias. 24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, rque conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido 25 5 para pre- encher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar. 26 E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, vo- tado lugar com os onze apóstolos. s Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, /homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6 Quan- do, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a gmultidão, que se A descida do Espírito Santo possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar 2 Ao cumprir-se ªo dia de Pentecostes, bestavam todos na sua própria língua. 7Estavam, pois, atônitos e se admira-1 reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um vam, dizendo: Vede! Não são, porventura, hgalileus todos es- 6 ;~;t19PAt18;232 ;3;At~~22 24T1Sm16.7 2ss;;~ CAPÍTULO 2 1 ª Lv 23.15 b At 1.14 I Cf NU; TR e M com o mesmo propósito, de forma unânime 2 e At 431 3 2Qu línguas repartidas, como de fogo, asquaispousaramsobrecada um deles 4 dAt 1.5 eMc 16.17 5 /Lc 2.25; At 8 2 6 gAt4.32 7 hMt 2673; At 1.11 •1.23 propuseram dois. Parece que José e Matias foram escolhidos dentre um número maior de testemunhas Ide acordo com o v. 15, cerca de 120 pessoas es- tavam presentes). Nenhum deles é mencionado em nenhum outro lugar das Escrituras. •1.24 Tu ... tens escolhido_ Pedro e os discípulos reconheciam que sua respon- sabilidade e escolha humana de um homem para suceder a Judas ocorriam den- tro dos limites da soberana vontade de Deus. •1.26 os lançaram em sortes. Sortes são mencionadas no Antigo Testamento como uma maneira de averiguar a vontade de Deus IÊx 28.30, nota). apóstolos. Ver nota teológica "Os Apóstolos" •2.1 dia de Pentecostes. Lit, o "Oúinquagésimo Ora" depois do sábado da sema- na da Páscoa llv 23.4-7, 15-16) O Pentecostes era celebrado no primeiro dia da se- mana e era uma das três grandes festas anuais de Israel, precedidapela Páscoa llv 23.4-8; Nm 28.16-25) e seguida, quatro meses mais tarde, pela Festa dos Taberná- culos (Lv 23.33-43; Nm 29. J Z-38; cf. Jo 7.1-44) O Pentecostes é também chama- do de "Festa das Semanas" porque era celebrado sete semanas depois da Páscoa IDt 16.1 O); de "festa da Colheita", porque os primeiros frutos da colheita eram en- tão juntados (Êx 23.16); e de "o dia das primícias" iNm 28.26). estavam todos reunidos. Todos os apóstolos 11.16) estavam lá, e provavel- mente muitos dos 120 antes mencionados 11.15). no mesmo lugar. Uma expressão idiomática que significa "juntos". •2.2 um som ... de um vento impetuoso. Três sinais !vento, fogo e pregação inspirada) da presença de Deus foram testemunhados IÊx 3.2; 13.21; 2417; 40.38; 1Rs 19.11-13). Vento é um símbolo da presença do Espírito Santo iEz 37.9, 13; Jo 38). enquanto o fogo é um símbolo de seu poder purificador e julga- dor (Mt 3.11-12). As línguas eram vários idiomas falados em todas as partes da região mediterrânea oriental, de Roma à Pérsia. •2.4 Todos. Todos os 12011.15) Ver JJ 2.28, que fala do Espírito de Deus derra- mado "sobre toda a carne" cheios do Espírito Santo. Eles estavam sob a direção e influência especiais do Espírito, particularmente evidenciados pelo seu falar em línguas conhecidas !"ou- tras línguas") que não haviam previamente aprendido !ver 10.46; 19.6) Paulo dis- cute o dom espiritual de línguas em 1 Co 12-14. A vinda do Espírito é o cumprimento da promessa de Jesus relatada em 1.5,8 e Lc 24.49, mas isto não quer dizer que o Espírito Santo não estivesse presente e atuando com o povo de Deus no Antigo Testamento !"Espírito Santo" aparece em SI 51.11; Is 63.10-11; "Espirita do SENHOR", em Jz 310; 1 Sm 10.6; Is 11 2). Ver "O Espírito Santo", em Jo 14.26. o Espírito lhes concedia que falassem. Em toda a vida cristã, nada é realizado à parte de Deus IEf 2.1 O; Fp 2.12-13). •2.5 judeus, homens piedosos. Ver 8.2; 22.12; Lc 2.25. Provavelmente a maior parte destes estivesse visitando Jerusalém para o Pentecostes. 1273 ÃTOS2 ses que aí estão falando? 8 E como os ouvimos falar, cada um 3 em nossa própria língua materna? 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, iCapadócia, Ponto e Ásia, 10 da Frígia, da Panfi1ia, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui resi- dem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e 4arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grande- zas de Deus? 12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém, zom- bando, diziam: Estão embriagados! O discurso de Pedro 14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habi- tantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. 15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, isendo esta a 5terceira hora do dia. 16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 1E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, mque derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos fi- lhos e nvossas filhas profetizarão, vossos jovens terão vi- sões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas der- ramarei do meu Espírito naqueles dias, ºe profetizarão. 19 PMostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 qO sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, an- tes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. 21 E acontecerá que rtodo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazare- no, varão aprovado por Deus diante de vós 5 com milagres, pro· dígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio • 8 3 L1t no próprw dialeto 9'1Pe 1 1 ~~árabes -~ i1;5~ 59 horas da ma~hã----;; lls 44.3; Ez~19; JI 2.28-32; [Zc 12.10; Jo 738] m At 10.45 n At 21 9 18 ° At 21.4,9; 1 Co 12.1 O 19 P JI 2.30 20 q Is 13.1 O; Ez 32.7; Mt 24.29; Me 13.24-25; Lc 21 25; Ap 6.12 21rRm10.13 22 s1s 50.5; Jo 3.2; 5.6; At 10.38 •2.6-7 A multidão estava maravilhada com o fato de que galileus de origem rural, com seus sotaques peculiares, pudessem ter aprendido essas línguas estrangeiras. •2.8-11 A lista das pessoas de quinze nações começa com o Leste ("partos. me- dos e elamitas, e os naturais da Mesopotâmia". onde judeus haviam sido levados cativos para a Assíria e Babilônia). A lista prossegue em direção oeste para Ju- déia, e daí ao norte para a Ásia Menor (Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia e Panfília), daí para o Norte da Africa (Egito, regiões da Líbia nas imediações de Cirene). e en- tão para Roma. Finalmente, a lista inclui dois lugares bem separados. Creta e Ará- bia. •2.15 a terceira hora. Considerando as seis da manhã como a primeira hora, faz com que esta seja nove da manhã. Era costume jejuar nos dias de festa pelo menos até a quarta hora. Assim, a embriaguez alegada era muito improvável. •2.17-21 A citação, do texto grego do Antigo Testamento, é de JI 2.28-32 Mar Mediterrâneo (31-5) O fato de Pedro usar as palavras "nos últimos dias" (cf. Is 2.2; Os 3.5; Mq 4.1; 1Tm 4.1; 2T m 3.1; 1 Pe 1.20; 1 Jo 2.18) torna explícito que Joel está se refe- rindo aos últimos tempos prometidos por Deus. Pedro interpreta as palavras de Joel como referentes à nova aliança. em contraste com os dias antigos da velha aliança (Hb 8.7; 9.1). •2.22 Jesus, o Nazareno. Este título é usado nos demais lugares por Lucas (6 14; 10.38; 22.8; 26.9; Lc 18.37; 24 19) No sermão, Pedro enfatiza estes im- portantes fatos sobre Jesus: Sua morte (v. 23), sua ressurreição corpórea (vs. 24-32). sua exaltação (v. 33). sua coroação (vs. 34-36) e a vitória na sua segunda vinda (v 35). aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais. Embo- ra ter vindo de Nazaré fosse uma pedra de tropeço {cf Jo 1.46), através da confir- mação de milagres, Deus demonstrou amplamente que Jesus era o Messias. Mar Negro \G\I' ~~ ~ CAPADÓCIA As nações do Pentecostes No século 1 da era cristã, havia comunidades judaicas especialmente na parte leste do Império Romano, onde o grego era o idioma comum. Mas também havia comunida- des de oeste a leste, desde a Itália até a Babilônia. Além dos povos aqui mencionados. a presença no dia de Pentecos- tes (At 2.9-11) inclui visitantes ,,_1>-P..~'"' da Mesopotâmia e de regiões n mais distantes do Oriente. da '----------------------~-~~----~ Pártia, Média e Elão (atual Irã). ATOS2 1274 dele entre vós, como vós mesmos sabeis; 23 1sendo este entre- 28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher- gue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, uvós6 o me-ás de alegria na tua presença. matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24 vao qual, po- 29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respei- rém, Deus ressuscitou, 7rompendo 8os grilhões da morte; por- to ªdo patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu tú- quanto não era possível fosse ele retido por ela. 25 Porque a mulo permanece entre nós até hoje. 30 Sendo, pois, profeta b e respeito dele diz Davi: sabendo que Deus lhe havia jurado que um 9dos seus descen- xoiante de mim via sempre o Senhor, porque está à mi- dentes se assentaria no seu trono, 31 prevendo isto, referiu-se à nha direita, para que eu não seja abalado. ressurreição de Cristo, e que nem foi deixado na morte, nem o 26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua seu corpo experimentou corrupção. 32 d A este Jesus Deus res- exultou; além disto, também a minha própria carne re- suscitou, edo que todos nós somos testemunhas. 33fE.xaltado, pousará em esperança, pois, gà / destra de Deus, htendo recebido do Pai a promessa do 27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem per- Espírito Santo, ;derramou isto que vedese ouvis. 34 Porque mitirás que o teu Santo veja 2 corrupção. Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: • 23 ~~t ;64; Lc 22.22, At ;18; ;;:8; l1Pe ~20]~t 5 30 óCf. N~ TR e~acre;centam to--::ian~~~. vós,~~ omi~ 24 ~Rm-;11] ldestruindoouabolindoBLitasdores 25XSl16.8-11 27"At1330-37 29ªAt13.36 30bSJ132.119Litdofrutodeseuslombos 31 cs116.10 32 d At 2.24 e At 1.8; 315 33/[At 5.31] g [Hb 10 12] h [Jo 14 26] i At 21-11,17; 10.45 I Ou pela •2.23 pelo determinado desígnio e presciência de Deus. Embora por sua própria vontade homens ímpios, tanto judeus como gentios 14.27-28), tivessem le- vado Jesus à morte, suas ações estavam dentro da soberana determinação de Deus lcf. 17.26; 2Cr 25.16; Jr 21.10; Dn 1136) Deus ordenou a morte de seu Filho, mas os executores imediatos levam a culpa por crucificarem Jesus 13.17-18; 4.27-28; 13.27). Deus ordena tanto os meios quanto os fins dos acontecimentos humanos sem violar a liberdade e a responsabilidade humanas. Os judeus não puderam pas- sar sua culpa aos romanos; eles tinham pedido aos romanos para crucificarem Je- sus. Pedro ensina que os Judeus eram responsáveis 1315; 4.1 O; 5.30; 10.39). crucificando-o. Lucas novamente enfatiza como Jesus morreu llc 24.39). Arqueólogos descobriram na Palestina os ossos do calcanhar perfurados de uma vítima de crucificação, do século 1 a.e. •2.25 diz Davi. No SI 16, Davi está em primeiro lugar falando de sua própria ex- periência e sofrimento humano, mas nos versos citados aqui ele está, em última análise, falando sobre Jesus lv. 25), o Santo de Deus, cujo corpo não viu corrup- ção (v 27) •2.33 Exaltado ... à destra de Deus. D plano de Deus foi além da ressurreição A obra do Espírito Santo (2.4) No Principio • Ativo e presente na criação, movendo-se sobre condições ainda não ordenadas (Gn 1.2) No Antigo Testamento • A origem de habilidades sobrenaturais (Gn 41.38) • O doador de talentos artísticos (Êx 31.2-5) • A fonte de poder e força (Jz 3.9-1 O) • A inspiração da profecia (1 Sm 19.20,23) • O que equipa mensageiros de Deus (Mq 3.8) Nas Profecias do Antigo Testamento • A purificação do coração para uma vida santa (Ez 36.25-29) Na Salvação • Regenera o crente (Tt 3.5) • Habita no crente (Rm 8. 9-11) •Santifica o crente (2Ts 2.13) No Novo Testamento • Declara as verdades sobre Cristo (Jo 16.13-14) • Reveste do poder necessário à proclamação do evangelho (At 1.8) • Derrama o amor de Deus nos corações (Rm 5.5) • Intercede (Rm 8.26) • Concede os dons para o ministério (1 Co 12.4-11) • Possibilita os frutos necessários a uma vida santa (GI 5.22-23) • Fortalece o ser interior (Ef 3.16) Na Palavra Escrita • Inspirou as Sagradas Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 1-21) 1275 ATOS 2, 3 !Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha di- reita, 35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. 36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Três mil batizados 37 Ouvindo eles estas coisas, 'compungiu-se-lhes o cora- ção e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que fare- mos, irmãos? 38 Respondeu-lhes Pedro: m Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para 2 remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Pois para vós outros é a promessa, npara vossos fi- lhos e ºpara todos os que ainda estão longe, isto é, para quan- tos o Senhor, nosso Deus, chamar. 40 Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração 3 perversa. 41 Então, os que lhe aceitaram 4 a pa- lavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. Como l/il/iam os convertidos 42 PE perseveravam 5 na doutrina dos apóstolos e naco- munhão, no partir do pão e nas orações. 43 Em cada alma ha- via temor; e qmuitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. 44 Todos os que creram estavam juntos e rtinham tudo em comum. 45 6Vendiam as suas propri- edades e bens, 5distribuindo7 o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 4ó 1Diariamente perseveravam unânimes "no templo, vpartiam pão de casa em casa e toma- vam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes8 xo Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. A cura de um coxo 3 Pedro e João subiam ªao templo para a oração bda hora nona. 2 Era levado cum homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formo- sa, d para pedir esmola aos que entravam. 3 Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. 4 Pedro, fitando·o, juntamente com João, disse: Olha para nós. s Ele os olhava atentamente, esperando rece- ber alguma coisa. 6 Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: •em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! 7 E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; Bfde um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. 9 8Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, 10 e reconhe- ceram ser ele o mesmo que esmolava, n assentado à Porta For- mosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera . • 34 /SI 68.18; 110.1 37 ILc 3.10,12,14 38 m Lc 2447 2 perdão 39 n JI 2.28,32 ° Ef 2.13 40 3 pervertida 41 4Cf. NU; TR e M acrescentam alegremente; NU omite 42PAt1.14 5no ensino 43 q At 2.22 44 rAt 4.32,34,37; 5.2 45 s1s 58.7 ó Venderiam ?repartindo 46 t At 1.14 u Lc 24.53 v At 242; 20.7 47 x At 5.14 8 Cf. NU; TR e M à igreja, NU omite CAPÍTULO 3 ta At 246 b SI 55.17 2 e At 14.8 d Jo 9.8 6 e At 4.10 8/ls 35.6 9 g At 4.16,21 10 h Jo 9.8 de seu Filho, que deve ser exaltado à posição que ele ocupava com o Pai desde a eternidade IJo 17.5). tendo recebido do Pai ... Espírito Santo, derramou. A doutrina da Trindade está implícita: Pedro mostrou como o Pai (vs. 32-33) operava na vida, morte, res- surreição e exaltação de Jesus, seu Filho, e o Espírito Santo produzia o milagre de fazer com que seus servos falassem em línguas. •2.36 Nesta declaração culminante, Pedro não somente realça que Jesus é o Messias de Deus do Antigo Testamento 13.18,20; 4.26; 542; Is 11.1; Lc 4.18-21), mas também que ele é o Senhor exaltado IRm 10.9; Fp 2.9-11) e o Rei vitorioso 11Co 15.24-25; Ap 19.16). •2.38 Arrependei-vos, e ... seja batizado. O arrependimento !voltar-se para Deus com tristeza pelo pecado) e o batismo eram partes importantes da mensa- gem de João Batista IMt 3.1; Me 14) e de Jesus IMt 4.17; 11.20; Lc 13.3,5) e eram centrais na pregação e no ensino da igreja (Mt 28.18- 19). Ver "O Batismo", em Rm 6.3. em nome de Jesus Cristo. Um resumo de Mt 28.18-19 (batismo em nome do Pai, Filho e Espírito Santo}, mencionando aqui somente o nome de Jesus, uma vez que o sermão de Pedro tinha a ver com Jesus e seu ministério. para remissão dos ... pecados. O batismo é um sinal e um selo da limpeza es- piritual que o Espírito efetua através do perdão dos pecados ITt 3.5). o dom do Espírito Santo. O dom da habitação interior da pessoa do Espírito Santo, assim como o dom do perdão iEf 1. 7) e da capacitação para o ministério. É significativo que Pedro não fale aqui sobre o recebimento do dom de línguas. Os dons do perdão e da habitação interior do Espírito Santo são essenciais para pro- duzir o fruto do Espírito na vida dos crentes IGI 5.22-23) e para exercer os dons que o Espírito escolhe dar em diferentes tempos a diferentes crentes (1 Co 124-11). •2.39 Pedro proclama que a salvação através do Messias de Deus é prometida aos judeus, a seus filhos e a todos que ainda estão longe listo é, os gentios, Ef 2.11-13). Aqui novamente estáa mensagem de Atos - o evangelho é para ju- deus e gentios. Ver "O Batismo Infantil", em Gn 17.11. quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. A salvação é baseada na escolha e no chamado de Deus IJo 6.37; Ef 14-5). •2.42 na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Este é o resumo dos elementos essenciais necessários no discipulado cristão. Eram elementos que os apóstolos haviam aprendido de sua experiência com Jesus: seu ensinamento a respeito de sua pessoa e obra (Mt 16.18-19; Lc 2446) e sobre a responsabilidade deles como seus seguidores IMt 5-7}, a co- munhão de Cristo com seus discípulos (Jo 13), a Ceia do Senhor - o partir do pão (Mt 26.17-30) - e sua vida de oração pelos discípulos e com eles (Mt 6.5-13; Lc 11.1-13; Jo 171 •2.44 Todos os que creram estavam juntos. Isto demonstra a unidade do Espírito, que Paulo mais tarde advoga iEf 4.3). •2.45 Vendiam as suas propriedades. Unificados no Espírito, os crentes esta- vam sintonizados com as necessidades físicas dos outros, e voluntariamente 14.34; 54) contribuíam para suprir aquelas necessidades 14.32, "tudo, porém, lhes era comum"). •2.46 partiam pão de casa em case. Isto se refere às refeições diárias co- muns, compartilhadas nos lares. •2,47 acrescentava-lhes o Senhor. A igreja pertence ao Senhor e ele é aquele que soberanamente constrói sua igreja (Mt 16.18; 1Co3.9). •3.1 ao templo, Os átrios do templo e, particularmente, a porta chamada "For- mosa" (v. 2). Esta porta pode ter sido a "Porta de Nicanor", feita de bronze de Co- rinto. Sua localização exata é incerta. •3.3 iam entrar no templo. Como judeus, Pedro e João podiam andar através do átrio das mulheres até o átrio de Israel, mas os não-judeus estariam restritos ao átrio dos gentios. ATOS 3, 4 1276 O discurso de Pedro no templo 11 Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atô- nito para junto deles no pórtico 'chamado de Salomão. 12 À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos fei- to andar? 13 iQ Deus de Abraão, de !saque e de Jacó, o Deus de nossos pais, 1glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós 111 traístes e nnegastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá- lo. 14 Vós, porém, negastes ºo Santo Pe o Justo e qpedistes que vos concedessem um homicida. 15 Dessarte, matastes o / Au- tor da vida, 'a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, 5 do que nós somos testemunhas. 16 1Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora ve- des e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós. 17 E agora, ir- mãos, eu sei que o "fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades; 18 mas Deus, assim, cumpriu vo que dan- tes anunciara xpor boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer. 19 z Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, 20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele 2 o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, 21 ªao qual é ne- cessário que o céu receba até aos tempos da brestauração de to- das as coisas, cde que Deus falou por boca dos seus santos profetas 3desde a antiguidade. 22 Disse, na verdade, Moisés: dQ Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. 23 Acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta será exterminada do meio do povo. 24 E e todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos quantos depois falaram, também 4 anunciaram estes dias. 25 fV ós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: gNa tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra. 26 Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o hprimei- ramente a vós outros para vos abençoar, 1no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades. Pedro e João presos 4 Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sa-cerdotes, o capitão do templo e os ªsaduceus, 2 ressenti- dos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; 3 e os prenderam, recolhen- do-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde. 4 Mui- tos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil. Pedro e João perante o Sinédrio s No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autorida- des, os anciãos e os escribas 6 com o sumo sacerdote b Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do e~;0:i;;-o;; 13iJo~i l;o 7;;; 1;-23~3; TnMt2~2 ,;-Mt2~ 2~ ;:; o;;c1;~t7~2 ~Jo ~4;- 1~ TAt22~ SAt2~;1o;; Príncipe, Chefe, lit. aquele que inicia (torna a frente) ou que causa (dá origem) 16 t Mt 9.22 17 u Lc 23.34 18 v At 26.22 x 1 Pe 1.1 O 19 z [At 2.38; 26 20] 20 2TR Jesus Cristo, que 21 a At 1.11 b Mt 17.11 e Lc 170 3 Lit. desde os séculos ou tempos antigos 22 dDt 18.15,18-19 24 ele 24.25 4Cf. NU e M; TRpredisseram 25 /[Rm 94,8] gGn 12.3; 1818; 22.18; 264; 28.14 26 h [Rm 1.16; 2 9] iMt 1.21 CAPÍTULO 4 1 a Mt 22.23 6 b Lc 3.2 •3.11 pórtico chamado de Salomão, Um pórtico construído por Herodes, o Grande, ao longo do lado leste da plataforma do templo. Jesus ensinou aqui certa ocasião IJo 10.23) •3.13 O Deus de Abraão, de lsaquee deJacó. O apelo aos patriarcas era im- portante nos sermões dos servos de Cristo 17.32; 1317). •3.14 negastes o Santo e o Justo, A frase "o Santo", referindo-se a Deus, aparece várias vezes no Antigo Testamento. A frase "o Santo de Israel" ocorre em Is 1.4; 5.24 lcf Lc 1.35) Isaías também fala de Deus como "o Justo" lls 24.16; cf. At 7.52; 22 14) Ao aplicar esta descrição a Jesus, Pedro indica a divindade de Cristo. •3.18 dantes anunciara por boca de todos os profetas. Ver Lc 24.26-27, 44-47. Pedro poderia também ter citado passagens como Dt 18.15 !citada no v. 22); Is 53; SI 2; 16.8-11; 22 lcf. 1 Pe 1.10-11) •3.19 Arrependei-vos ..• convertei-vos. O sermão de Pedro ilustra os dois la- dos do arrependimento, isto é, desviar-se do pecado com tristeza e voltar-se para Deus em fé. O chamado ao arrependimento e à fé é um elemento necessário da pregação apostólica 12.38; 17.30; 20.21 ). cancelados ... pecados. Na ordem do evangelho, arrependimento e fé recebem de Deus perdão e remoção de pecados •3.20 tempos de refrigério. A frase, como "a restauração de todas as coisas" lv. 21) parece se referir à segunda vinda do Messias. •3.25 dizendo a Abraão: Na tua descendência. Como um clímax, Pedro se refere a outro patriarca e profeta, Abraão. através de quem Deus enviou "ades- cendência" de Abraão, o Messias (GI 3.16), para abençoar todos os povos sobre a terra. Como membros da posteridade de Abraão, todos aqueles que pertencem a Cristo são chamados também de "descendência de Abraão" IRm 4.16; GI 3.29). •4.1 os sacerdotes. Diversos sacerdotes, servindo a sua parte determinada dos serviços semanais do templo llc 1.8,23), estavam perto das colunas de Salo- mão e podiam ouvir as declarações de Pedro sobre Jesus, o Messias. Alarmados com o que era considerado perigoso pregar contra a autoridade judaica, é prová- vel que eles tenham alertado o capitão da guarda do templo. Este capitão era o comandante da força policial do templo e um membro de uma das mais impor- tantes famílias sacerdotais. Os sacerdotes também alertaram os saduceus, que tinham posições proeminentes no Sinédrio, o concílio judaico. •4.2 anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos. Os sadu- ceus estavam aflitos porque os apóstolos estavam ensinando o povo acerca da ressurreição 11 Co 15.12-20). Os saduceus, diferentemente dos fariseus, não criam na ressurreição do corpo 123.6-8) •4.3 recolhendo-os ao cárcere ... pois já era tarde. Estaatitude era neces- sária porque os sacrifícios do templo haviam sido concluídos e as portas do tem- plo estavam fechadas; atitudes oficiais teriam que ser tomadas pelo Sinédrio no dia seguinte. •4.4 Apesar da perseguição, a 1gre1a cresceu de três mil no dia de Pentecostes para cinco mil. A ênfase aqui é nos homens, porque naquele tempo os nomens teriam se juntado por si próprios para ouvir a mensagem, e as mulheres teriam estado no átrio das mulheres lcl Jo 6.10) Em Israel, hoje, homens e mulheres fi- cam separados na sua adoração no Muro das Lamentações. •4.5 autoridades, os anciãos e os escribas. Estes grupos constituíam o con- selho religioso judaico, o Sinédrio. Lc 22.66 descreve o corpo de principais sacer- dotes e escribas como "a assembléia". Este corpo incluiria o sumo sacerdote, membros de sua família (v. 6). saduceus e fariseus (Mt 27.62). tais como Nicode- mos !que é chamado de um dos principais dos judeus e "mestre em Israel'', Jo 3 1, 10) e Gamaliel 15.34; 22.3) •4.6 Os homens listados neste versículo constituíam o que poderia ser chama- do de comitê executivo do conselho. Anás, o sogro de Caifás, que era o sumo 1277 ATOS4 SALVAÇÃO At 4.12 O tema central do evangelho cristão é a salvação. O evangelho proclam&'qtJe, assim como Deus salvou Israel cJo Egito e o salmista da morte (b 15.2; SI 116.6), do mesmo modo salvará do pecado e suas conseqüências a todos os que confiam em Cristo. Essa salvação do pecado e da morte é obra inteiramente de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus" (Ef2.8). ''Ao SENHOR pertence a salvação" (Jn 2.9). As palavras hebraicas que expressam a idéia de salvação, no Antigo Testamento, têm o sentido geral de "livramento" de perigo físico ou sofrimento moral (SI 85.8-9; Is 62.11 ). Em tais passagens, a Septuaginta (versão grega do Antigo TeStatnento) emprega palavras gregas que significam salvar da morte ou de perigos, bem como preservar ou curar. Passagens do Novo Testamento que falam de salvação usam todas essas idéias para explicar os atos de Deus em favor do perdido. A salvação livra o crente do juízo de Deus, do domínio do pecado e do poder da morte (Rm 1.18; 3.9; 5.21; 1Ts 5.9). Deus li- vra os pecadores da condição natural de serem dominados pelo mundo, pela carne e pelo diabo (Jo 8.23-24; Rm 8.7-8; 1Jo 5.19). Deus livra os crentes dos temores gerados por uma vida pecaminosa (Rm 8.15; 2Tm 1.7; Hb 2.14-15) e dos hábitos de- pravados que os escravizavam (Ef 4.17-24; 1Ts 4.3-8; Tt 2.11-3.6). A salvação não traz apenas a promessa de integTidade espiritual e de paz, mestambém de cura física (Mt 9.21-22; Me 10.52 e a nota do texto; Tg 5.15-16). Não obstante os cristãos terem já recebido a salvação, eles experimentarão os benefícios na sua plenitude somente quando Cristo voltar, no fim desta era (Hb 9.28; 1Pe 1.3-5). · A salvação é realizada através daquilo que Cristo fez na história e por aquilo que ele continua a fazer nos crentes através do Espírito Santo. A base de nossa salvação é a morte de Jesus na cruz (ver "A Expiação", em Rm 3.25) e a justiça que ele alcan- çou para nós em sua obediência ativa. A salvação é realizada em nossa vida quando Cristo vive em nós (40 15.4; 17 .26; CI 1.27) e nós vivemos em Cristo, unidos a ele em sua morte e em sua vida ressurreta (Rm 6.3-1 O; CI 2.12,2013.1). Essa união vi- tal, sustentada pelo Espírito através da fé e realizada em nós pelo novo nascimento, pressupõe nossa eterna eleição em Cristo (Ef 1.4-6). Jesus foi preordenado para representar-nos e pagar nossos pecados como nosso substituto (1Pe1.18-20; cf. Mt 1.21 ). Fomos escolhidos para sermos eficazmente chamados, conformados à sua imagem e glorificados pelo poder do Espíri- to (Rm 8.11,29-30). sumo sacerdote; 7 e, pondo-os perante eles, os argüiram: e com intrepidez de Pedro e João, isabendo que eram homens iletrados que poder ou em nome de quem fizestes isto? 8 dEntão, Pedro, e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles esta- cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e an- do com Jesus. 14 Vendo icom eles o homem que fora curado, ciãos, 9 visto que hoje somos interrogados a propósito do berre- nada tinham que dizer em contrário. 15 E, mandando-os sair do fício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, Sinédrio, consultavam entre si, 16 dizendo: 10ue faremos com lOtomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, ede estes homens? Pois, na verdade, é mmanifesto 1 a todos os habi- que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucifi- tantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não castes, f e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em o podemos negar; 17 mas, para que não haja maior divulgação seu nome é que este está curado perante vós. 11 Este Jesus é gpe- entre o povo, ameacemo-los para não mais falarem neste nome a dra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tomou a pedra quem quer que seja. 18 nchamando-os, ordenaram-lhes que ab- angular. 12 hE não há salvação em nenhum outro; porque abai- solutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Je- xo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os ho- sus. 19 Mas Pedro e João lhes responderam: ºJulgai se é justo mens, pelo qual importa que sejamos salvos. 13 Ao verem a diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; • 7CMt21.23 SdLc12.11-12 1oeAt2.22;3.6,16/At2.24 11gs111s.22 12h[1Tm2.5-6] 1JiMt1125;[1Co1.27] 14/At 3.11 t61Jo 11.47 mAt3.7-10 ibemconhecido 18 nAt5.28,40 19ºAt5.29 sacerdote oficial (Jo 18. 13), é aqui chamado de sumo sacerdote. Ele era o po- der atrás do cargo e, provavelmente, ainda considerado como sumo sacerdote por muitos judeus, uma vez que o cargo era vitalício. Os romanos tinham depos- to Anás em 15 d.C. João é, possivelmente, Jônatas, filho de Anás, que foi apon- tado como sumo sacerdote em 36 d.C., ou Jônatas ben laceai, que se tornou presidente da grande sinagoga depois da queda de Jerusalém. Nada é sabido de Alexandre. •4.7 am nome da quem. A resposta é dada no v. 10: "em nome de Jesus Cris- to, o Nazareno". Há freqüente ênfase no nome de Jesus ou no nome do Senhor (destacando a pessoa e a obra do Senhor), em Atos (2.21,38; 3.16; 4.10,12; 8.16; 9.15,28; 15.26; 16 18). •4.8 cheio do Espfrito Santo. Ver 2.4; Ef 5.18. •4.11 pedra rejeitada ... pedra angular. Em Atos, a defesa do evangelho fre- qüentemente inclui referência ao cumprimento das profecias do Antigo Testa- mento; aqui, o SI 118.22 é citado (também em Mt 21.42; 1Pe 2.7; cf. Rm 9.33). •4.12 nenhum outro nome. Assim como o nome de Jesus tinha sido a única esperança para a cura física do homem coxo de nascença, assim também o nome de Jesus é a única esperança para a cura espiritual da humanidade. Esta exclusiva e total confiança em Jesus para a salvação é o ensinamento claro tanto de Jesus como do Novo Testamento em geral (Jo 14.6; 1Tm 2.5). Ver nota teoló- gica "Salvação". •4.13 incultos. A coragem e o pronto testemunho de Pedro e João são cumpri- mento da promessa de Cristo aos discípulos em Mt 1 O 19-20. A coragem e oco- nhecimento dos iletrados pescadores galileus deixaram atônito o Sinédrio. Notando que estes homens "tinham estado com Jesus", o conselho, sem dúvida, lembrou-se de como Jesus também, embora sem treinamento formal, os tinna surpreendido com seus ensinamentos (Lc 2.46-47; Jo 7.15). •4.19 ouvir-vos antas a vós outros do que a Deus. O dever da adoração e do testemunho religiosos antecede os direitos do Estado, e o dever de uma cons- ciência cristã perante Deus em proclamar o evangelho é superior aos direitos do Sinédrio. O Estado é um servo, ordenado por Deus para manter a paz e a ordem (Rm 13.1-7). Ver "Os Cristãos e o Governo Civil", em Rm 13.1. ATOS 4, 5 1278 20 Ppois nós não podemos deixar de falar das coisas que qvimos e ouvimos. 21 Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram,não tendo achado como os castigar, rpor causa do povo, por- que todos 5glorificavam a Deus pelo 'que acontecera. 22Qra, tinha mais de quarenta anos aquele em quem se operara essa cura milagrosa. A igreja em oração 23 Uma vez soltos, "procuraram os irmãos e lhes contaram quantas coisas lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos. 24 Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: vTu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; 25 que disseste 2por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: xpor que se enfureceram os gentios, e os povos imagina- ram coisas vãs? 26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajun- taram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; 27 porque zverdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o ªteu santo Servo Jesus, bao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 cpara faze- nidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo 1e, com intrepi- dez, anunciavam a palavra de Deus. A comunidade cristã 32 Da multidão dos que creram 1 era um o coração e a alma. 1Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. 33 Com "'grande poder, os apóstolos davam "testemunho da ressurrei- ção do Senhor Jesus, e em todos eles havia ºabundante graça. 34 Pois nenhum necessitado havia entre eles, Pporquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valo- res correspondentes 35 qe depositavam aos pés dos apóstolos; rentão, se distribuía a qualquer um à medida que alguém ti- nha necessidade. · A oferta de Barnabé 36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barna- bé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chi- pre, 37 ·1como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos. . rem tudo o que a tua mão e o teu propósito predetermina- Ananías e Safira ram; 29 agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede 5 Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua aos teus servos d que anunciem com toda a intrepidez a tua mulher Safira, vendeu uma propriedade, 2 mas, em acor- palavra, 30 enquanto estendes a mão para fazer curas, e sinais do com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restan- e prodígios /por intermédio do nome do gteu santo Servo Je- te, depositou-o aos pés dos apóstolos. sus. 31 Tendo eles orado, htremeu o lugar onde estavam reu- 3 ªEntão, disse Pedro: Ananias, por que encheu bSatanás • ~O P~ 1 8~2 3; ;At 22 15~o 1~,31 21 rMt 21.26; Lc 20.6,19; 22.2; At 5.26 sMt ;~1 tAtJ;:~ 23 uAt 2.44-46; 12.12 24 vÊx 20.11 25 x SI 2.1-2 2 TA e M pela boca de teu servo Davi 27 z Lc 22.2; 23 1,8 a !Lc 135] b Jo 1036 28 e At 2.23; 3.18 29 d At 4.13,31; 927; 13.46; 143; 19.8; 26.26 30 e At 2.43; 5.12 l At 36, 16 g At 4.27 31 h At 2.2,4; 16.26 i At 4.29 32 /Rm 15.5-6 1 At 2.44 33 m /At 1 8] n At 1.22 °Rm 6.15 34 PAt 2.45 35 q At 437; 5.2 rAt 2.45; 6.1 37 SAt 434-35; 5.1-2 CAPÍTULO 5 3 ªNm 30.2; Dt 23.21; Ec 5.4 bMt 4.10; Lc 223; Jo 13.2,27 •4.24 levantaram a voz a Deus. Esta atividade era um resultado natural do treinamento dos apóstolos com Jesus e dos hábitos que eles haviam formado (2.42). Tu, Soberano Senhor. Um termo usado para expressar o total poder criativo e controle do Senhor sobre sua criação física e sobre os negócios da humanidade (cf. vs 25.26; Jr 1 O 12). •4.25 por boca de Davi... teu servo. Um resumo sucinto de inspiração verbal. Os autores das Escrituras falaram e escreveram sob a direção do Espírito (2Pe 121) •4.27 Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel. Os crentes entenderam corretamente que tanto judeus como gentios eram responsáveis pela crucificação de Jesus. Estes eram Herodes Antipas, que era o filho de Hero- des, o Grande, e tetrarca listo é, autoridade subordinada aos romanos) da Galiléia e Peréia (Lc 3.1; 23.6-7) e Pôncio Pilatos, que foi procurador romano (governador) da Palestina de 26 a 36 d.C. (Lc 3.1; 23.1-24). Os principais sacerdotes e anciãos persuadiram o povo a rejeitar Jesus e pedir por Barrabás (Mt 27 20-26). •4.28 tua mão e o teu propósito. Uma afirmação clara de que nada, nem mes- mo a morte injusta do Filho de Deus, acontece à parte da vontade e do controle soberanos de Deus. A certeza do plano de Deus para o mundo é estabelecida pelo seu soberano "propósito" e assegurado pela sua "mão" todo-poderosa. Os pri- meiros capítulos de Atos ensinam a compatibilidade entre a soberania divina e a responsabilidade humana Embora os assassinos de Jesus tenham agido de acor- do com o que Deus havia determinado, eles eram agentes moralmente responsá- veis e eram considerados como aqueles que deveriam prestar contas (3.15). •4.29 Esta oração da comunidade crente ilustra a maneira pela qual a igreja devia ser fortalecida e encorajada pela soberania de Deus. Em face da ameaça de vio- lência física, a igreja afirmava o controle de Deus sobre a situação !v. 28) e, enco- rajada por isto, pedia maior ousadia. Senhor. A palavra grega para Senhor é kyrios, usada na Septuaginta (0 Antigo Testamento grego) para traduzir o nome divino Javé. É usada no Novo T estamen- to para referir-se tanto a Deus como a Jesus especificamente 1236; 731) •4.32-35 Por serem os crentes de "um coração" (v. 32), eles estavam conscientes dos necessitados na igreja e, conseqüentemente, ajudavam vendendo terras e do- ando o valor para os apóstolos, visando aquelas necessidades. Este ato cristão de contribuir era proporcional à real necessidade. Era voluntário, não obrigatório (5.4). •4.33 da ressurreição do Senhor Jesus. A comprovação suprema da salva- ção completada em Jesus Cristo foi sua ressurreição dentre os mortos. Os apóstolos, como testemunhas principais, tiveram que testificar sobre esse acontecimento redentor (1.22). graça. Graça em testemunhar e viver. •4.36 José, a quem ... deram o sobrenome de Barnabé ... levita. No Antigo Testamento, os levitas não tinham terra herdada, como as outras tribos, embora lhes coubessem cidades por sorteio (Js 21 ). Contudo, Já nos tempos do Novo Testamento, é possível que um levita como José Barnabé tenha possuído terras. Isto talvez fosse o caso num país fora da Palestina, tal como Chipre. Por outro lado. a terra possuída pode ter pertencido a sua esposa. A introdução de Barnabé aqui coloca fundamentos para referência posterior à significativa influência deste destacado crente na vida das igrejas judias e gentias e na vida de Paulo. •4.37 como tivesse um campo, vendendo-o. Como "filho da exortação" (v. 36), Barnabé apresentou urn bom exemplo de um cristão que contribuía para as ne- cessidades de outros (em contraste com o exemplo egoísta de Ananias e Safira, 5.1-11 ). Barnabé também intercedeu por Paulo (9.27), encorajou a igreja em Antio- quia na Síria (1122), liderou um trabalho missionário no exterior (13.2-3) e continuou no trabalho missionário apesar de um desentendimento com Paulo (15.37-39). •5.2 reteve parte do preço. Ananias e sua mulher Safira tinham o direito de re- ter todo o produto da venda de sua terra, uma vez que a terra e o dinheiro eram deles (v. 4). O testemunho de toda a igreja estava em risco por causa dos peca- dos de uns poucos (cf. Lv 10.1-2; Nm 16.23-35; Js 7.19-25; 2Sm 6 1-7) 1279 ATOS5 teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando )làl:te do va\or do campo? 4 Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos ho- mens, mas a Deus. 5 Ouvindo estas palavras, Ananias 'caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. 6 Le- vantando-se os moços, d cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram. 7 Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. 8 Então, Pedro, dirigin- do-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me,vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. 9 Tornou-lhe Pe- dro: Por que entrastes em acordo epara tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu mari- do, e eles também te levarão. 10/No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. 11 gE so- breveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouvi- ram a notícia destes acontecimentos. Os apóstolos fazem muitos milagres 12 h Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. ;E costumavam todos reunir-se, de co- mum acordo, no Pórtico de Salomão. 13 iMas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; 1porém o povo lhes tributava grande admiração. 14 E crescia mais e mais a multidão de cren- tes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor, 15 a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem so- bre leitos e macas, mpara que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. 16 Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando "doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados. que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, toma- ram-se de inveja, 18 Pprenderam os apóstolos e os recolhe- ram à prisão pública. 19 Mas, de noite, qum anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhes disse: 20 Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo rtodas as palavras desta Vida. 21 Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. 5 Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que com ele estavam, convocaram o 1 Sinédrio e todo o senado dos filhos de Israel e mandaram buscá-los no cárcere. 22 Mas os guar- das, indo, não os acharam no cárcere; e, tendo voltado, rela- taram, 23 dizendo: Achamos o cárcere fechado com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos 2 junto às portas; mas, abrindo-as, a ninguém encontramos dentro. 24 Quan- do 3 o 1capitão do templo e os principais sacerdotes ouviram estas informações, ficaram perplexos a respeito deles e do que viria a ser isto. 25 Nesse ínterim, alguém chegou e lhes comunicou: 4 Eis que os homens que recolhestes no cárcere, estão no templo ensinando o povo. 26 Nisto, indo o capitão e os guardas, os trouxeram sem violência, "porque temiam ser apedrejados pelo povo. 27 Trouxeram-nos, apresentan- do-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 28 di- zendo: vExpressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutri- na; xe quereis lançar sobre nós o zsangue desse homem. 29 Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: ªAntes, importa obedecer a Deus do que aos homens. 30 bO Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, e pendurando-o num madeiro. 31 dOeus, porém, com a sua destra, o exaltou a epríncipe e/Salvador, ga fim de conce- der a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. 32 Ora, hnós somos testemunhas destes fatos, e bem assim A prisão dos apóstolos o Espírito Santo, ique Deus outorgou aos que lhe obede- 17 ºLevantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os cem. A-5CEz11.1~~t5-;;;-11 ~dJol;,;-~- 9eMt4.7;At5.3-4 10/Ez1113;At5.5 11gAt2.43;5.5;19.17 12hAt2.43;4.30;6.8; 14.3; 15.12; [Rm 1519]; 2Co 1212; Hb 2.4 i At 3.11; 4.32 13 i Jo 9221 At 2.47; 4.21 15 m Mt 9.21. 14.36; At 19.12 16 n Me 16.17-18; [Jo 14 12] 17 °Mt 3.7; At 4 1-2.6 18 Plc 21.12; At 4.3; 16.37 19 qMt 1.20,24; 2.13. 19; 28.2; Lc 1.11, 2.9; At 12.7; 16.26 20 r[Jo 6 63.68; 17.3; 1 Jo 5 11 I 21 s At 4.5-6 1 Ou concílio de anciãos 23 2Cf. NU e M; TR acrescenta no lado de fora; NU e M omitem 24 t Lc 22.4; At 4.1; 5.26 3 TR e M acrescentam o sumo sacerdote 25 4 TR acrescenta dizendo 26 u Mt 21.26 28 v At 4.17-18 x At 2 23,36ZMt 23.35 29 ªAt 4.19 30 b At 3.13, 15 C[l Pe 2 24] 31 d[At 2.33,36] e At 3.15/Mt 1.21 ilc 24.47 32 hJo 15.26-27 iAt 2.4; 10.44 •5.3 encheu Satanás teu coração. Outro exemplo da influência de Satanás é vista na vida de Pedro IMc 8.33). Mais tarde. Pedro alertou os cristãos contra a potencial influência de Satanás sobre eles (1 Pe 5.8). mentisses ao Espírito Santo. No v. 4 Pedro diz a Ananias que ele tinha mentido a Deus. As palavras de Pedro indicam que o Espírito Santo é Deus lv 9). •5.11 toda a igreja. Esta é a primeira de mais de vinte ocorrências em Atos da palavra grega ekkleslii, geralmente traduzida por "igreja". Estêvão usa esta pala- vra para o que seria, no Antigo Testamento. a "congregação" do povo (7.38]. Na Septuaginta lo Antigo Testamento grego). a assembléia do povo de Deus que pratica a adoração é freqüentemente designada por esta palavra. Na Grécia anti- ga, a ekklesia era a "assembléia" política dos cidadãos (19.32). O Novo Testa- mento usa a palavra inicialmente para se referir a um corpo organizado de crentes 18.1; 11.22; 13.1). •5.13 dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles. Nenhum dos cren- tes insinceros e superficiais ousava se identificar com a igreja. Os padrões de mo- ralidade eram altos. •5.14 crentes, tanto homens como mulheres. Crentes apresentavam-se e 1untavam-se à igreja. Lucas freqüentemente menciona mulheres no Evangelho (Lc 7 28; 8.2-3; 17 .35; 23.27.29.49.55) e em Atos (1.14; 8.3, 12; 9 2.36; 13.50; 16.1.13-14; 17.4,12,34; 18.2; 215) •5.15 Pedro ... sua sombra. Assim como quando o poder curador de Jesus fluiu de suas vestes ao toque da mulher que havia estado sujeita ao fluxo de sangue (Me 5.27-28). aqui Deus permite que a sombra de Pedro efetue uma cura. assim como ele fez também através de panos e aventais que Paulo tinha usado 11911-12) •5.21 o Sinédrio. O grande concílio religioso em Jerusalém, composto de cerca de setenta homens. Ele incluía saduceus, fariseus, e seus associados. Sob os ro- manos. o Sinédrio tinha larga autoridade na Palestina. De acordo com antiga tradi- ção judaica. os membros sentavam-se em semicírculo, com dois empregados e três fileiras de estudantes na frente. •5.28 lançar sobre nós o sangue desse homem. Em 2.23; 3.15-16; 4.10-11. Pedro e seus companheiros culparam os membros do Sinédrio pela morte de Je- sus. O povo tinha ouvido esta acusação. •5.31 Deus ... com a sua destra, o exaltou. Esta declaração seria entendida pelo Sinédrio como uma referência à ressurreição. Tal exaltação por Deus faria este Jesus ressurreto igual a Deus (cf. Jo 5.18; 10.33) 1 1 ATOS 5, 6 1280 O parecer de Gamaliel 33 Eles, porém, ouvindo, se /enfureceram e queriam ma- tá-los. 34 Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chama- do 1Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo, mandou retirar os homens, por um pouco, 35 e lhes disse: Israelitas, 5atentai bem no que ides fazer a estes homens. 36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual 6 se agregaram cerca de quatro· centos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe presta· vam obediência se dispersaram e deram em nada. 37 Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamen- to, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. 38 Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conse- lho ou esta obra vem de homens, perecerá; 39 mmas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventu· ra, achados n1utando contra Deus. E concordaram com ele. 40 ºChamando os apóstolos, Paçoitaram-nos e, ordenando- lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. 41 E eles se retiraram do Sinédrio qregozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por 7 esse Nome. 42 E todos os dias, rno templo e de casa em casa, 5 não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas ena distribuição diária. 2 Então, os doze convocarama comu- nidade dos discípulos e disseram: dNão é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3 Mas, irmãos, e escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste /serviço; 4 e, quanto a nós, gnos consagraremos à ora- ção e ao ministério da palavra. s O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, hhomem cheio de fé e do Espírito Santo, 1Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e /Nicolau, prosélito de Antioquia. 6 Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, 1orando, lhes mimpuseram as mãos. 7 Crescia na palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multipli- cava o número dos discípulos; também muitíssimos ºsacer- dotes obedeciam à fé. Estêvão perante o Sinédrio s Estêvão, cheio de 2 graça e poder, fazia Pprodfgios e gran- des sinais entre o povo. 9 Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da sinagoga chamada dos Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e Ásia, e discutiam com Estêvão; 10 e qnão podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava. 11 rEntão, subornaram homens que dis- sessem: Temos ouvido este homem proferir blasfêmias contra A instituição dos diáconos Moisés e contra Deus. 12 Sublevaram o povo, os anciãos e os 6 Ora, naqueles dias, ªmultiplicando-se o número dos dis- escribas e, investindo, o arrebataram, levando-o ao Sinédrio. cípulos, houve murmuração dos bhelenistas 1 contra os 13 Apresentaram testemunhas falsas, que depuseram: Este • 33 i At 2 37; 7.54 34 1 At 22.3 35 5 tomai cu1~ado 36 6 seguiram 39 m 1Co 1.25 n At 7.51; 9.5 40 o At 4.18 P Mt 10.17 41 q [1 Pe 4.13-16) 7TR seu nome; Mo nome de Jesus 42 r At 2.46 s At 4.20.29 CAPÍTULO 6 1 ª At 2.41; 4.4 b At 9.29; 11.20 e At 4.35; 11.29 1 Judeus que falavam grego 2 d Êx 18.17 3 e 1Tm 3.7f1T m 3.8-13 4gAt 2.42 S hAt 6.3; 11.24 iAt 8.5,26; 21.8/ Ap 26,15 6 IAt 1.24 m [2Tm 1 6) 7 nAt 12.24 oJo 12.42 8 PAt 2.43; 5.12; 8.15; 14.3 2TR e M fé 10 Qlc 21.15 11r1Rs21.10,13 •5.34 Gamaliel. Um dos mais famosos rabinos de seu tempo. Gamaliel foi pro- fessor de Paulo (22.31 e provavelmente um neto do rabino Hilel. o líder de uma das duas grandes escolas de interpretação legal judaica. Em contraste com a escola de Samai, Gamaliel e a escola de Hilel eram conhecidos por sua indulgente inter- pretação da lei IMt 19.3 e nota). •5.37 Judas, o galileu. O historiador judeu Josefa (Guerras dos Judeus 20.11 B) fala de um certo galileu que despertou uma revolta porque ele resistia à subser- viência e ao pagamento de impostos aos romanos. A revolta falhou, mas pode ter assentado a base para o partido dos Zelotes. O apóstolo Simão. o Zelote 11.13; Mt 10.4 e nota). pode ter sido anteriormente um membro deste grupo. dias do rescenseamento. Não é o censo de Lc 2.1. que foi ordenado pelo impe- rador Augusto em cerca de 8 a.C. leque se estendeu até 5 ou 6 a C ) . mas o cen- so feito catorze anos mais tarde. em 6 d.C., no tempo do procurador Copônio. •5.40 açoitaram-nos. Os apóstolos receberam a tradicional "quarentena de açoites menos um" (2Co 11.24). •6.1 viúvas ... estavam sendo esquecidas. O Antigo Testamento requeria cui- dado pelos pobres e necessitados (SI 9.18, nota). Esta solicitude é vista na ação social que acontece em 2.44-45; 4.34-37. Aqui o velho problema da discrimina- ção tinha emergido: as viúvas dos judeus gregos (ou de fala grega) eram conside- radas forasteiras pelos judeus nativos e assim não estavam recebendo sua porção na distribuição de alimentos, provavelmente derivada em parte da gene- rosa doação de 4.34-37. •6.2 os doze. Os doze apóstolos, incluindo Matias 11.26). Esta é uma mudança de "os onze" 11.26; 2.14; Lc 24 9,33) discípulos. A primeira das várias vezes em que os crentes são chamados "discí- pulos" em Atos (p. ex., v. 7; 9.1, 11.26; 13.52). Paulo não usa este termo para identificar cristãos. a palavra de Deus. Nesta organização inicial da igreja do Novo Testamento, dois ministérios estão listados: o ministério da palavra e oração lv. 4) e o ministério de satisfazer as necessidades físicas do povo. tal como servir à mesa. O verbo grego é diakoneo ("servir"). do qual deriva a palavra "diácono". Em 6.1, o respectivo substantivo é traduzido por "distribuição" e, no v. 4, por "o ministério". O ofício de diácono. que pode ter tido seu começo aqui. é descrito em 1Tm 3.8-13. •6.3 irmãos, escolhei ... sete homens. Os membros da igreja elegeram os sete, e os apóstolos puseram-nos à parte (ordenaram) pela oração e pela imposi- ção de mãos (v. 6). cheios do Espírito e de sabedoria. Os dois requisitos para um ministério de ser- viço, em todos os tempos, são obediência ao Espírito e ação guiada pela sabedoria. •6.5 Estêvão ... Nicolau. Todos os sete homens tinham nomes gregos, o que pode indicar o fato de serem eles judeus da dispersão, embora muitos judeus pa- lestinos também tivessem nomes gregos. Atributos são citados para o primeiro e o último dos sete: para Estêvão ("cheio de fé e do Espírito Santo") que aparece em 6.8-7.60, e para Nicolau, "prosélito de Antioquia". Antioquia logo tornou-se um centro de atividade missionária. O ministério posterior de Filipe em Samaria e com o eunuco etíope estão descritos no cap. 8. •6.8 Estêvão ... fazia prodígios e grandes sinais. Filipe, outro dos sete, tam- bém fez milagres mais tarde, assim como os apóstolos que os haviam ordenado 18.6) •6.9 sinagoga ... dos Libertos. Composta de judeus libertos da escravidão, que neste caso eram de Cirene, uma cidade bem conhecida do Norte da África. Cillcia. Uma província romana da parte sudeste da Ásia Menor, sendo Tarso (9.11,30; 11.25). cidade natal de Paulo, uma de suas cidades principais. Ásia. A província romana na parte oeste da Turquia atual. •6.11 blasfêmias contra Moisés e contra Deus. Embora à luz do evangelho ele possa ter começado a expressar preocupação a respeito da observância vazia dos detalhes técnicos da lei, Estêvão só dizia, como está evidente no cap. 7. que Moisés, como Jesus - e como o próprio Estêvão - foi rejeitado pelo povo 17.35,39). Isto não poderia ser tomado como blasfêmia contra Moisés e Deus. 1281 ATOS 6, 7 homem não cessa de falar 3 contra o lugar santo e contra a lei; 14 sporque o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu. 15 Todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo. A defesa de Estêvão 7 Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto assim? 2 Estêvão respondeu: Varões ªirmãos e pais, ouvi. O bDeus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quan· do estava na Mesopotâmia, antes de habitar em cHarã, 3 e lhe disse: dSai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. 4 Então, esaiu da terra dos caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a/morte de seu pai, Deus o trou· xe para esta terra em que vós agora habitais. 5 Nela, não lhe deu herança, nem sequer o espaço de um pé; mas li'prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho. 6 E falou Deus hque a sua descendência seria peregrina em terra estrangeira, onde seriam íescravizados e maltratados por quatrocentos anos; 7 eu, disse Deus, !julgarei 'a nação da qual forem escravos; me, depois disto, sairão daí e me servirão neste lugar. 8 n Então, lhe deu a aliança da circunci· são; 0 assim, nasceu !saque, e Abraão o circuncidou ao oitavo dia; Pde !saque procedeu Jacó, e qdeste, os doze patriarcas. 9 ros patriarcas, invejosos de José, 5 venderam-no para o Egi· to; 1mas Deus estava com ele 10 e livrou-o de todas as suas aflições, uconcedendo·lhe também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador daquela na· ção e de toda a casa real. 11 vsobreveio, porém, fome em todo o Egito; e, em Canaã,
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