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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEVRA - NOVO TESTAMENTO - 17. Tito

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r 
1 
Epístola de Paulo a 
TITO 
' 
-
Autor Tito foi escrito por Paulo. Ver "Introdução a 
1Timóteo: Autor". 
Data e Ocasião A Epístola a Tito. como 1Ti-
móteo, foi escrita enquanto Paulo estava ainda em 
sua quarta viagem missionária e, provavelmente, sua 
· ·"'-~- data esteja entre 62-64 d.C. Ver "Introdução a 1Timó-
teo: Data e Ocasião". 
Tito era um cristão gentio que foi, provavelmente, convertido 
por Paulo (1.4). O Novo Testamento provê pouca informação a respeito 
dele, e ele não é mencionado em Atos. Paulo levou-o a Jerusalém no 
princípio de sua obra missionária, onde não permitiu que ele fosse 
circuncidado (GI 2.1-3). Tito, aparentemente, acompanhou Paulo em 
sua segunda e terceira viagens missionárias e em parte da quarta. 
Era um companheiro confiável, com quem Paulo podia contar em si-
tuações delicadas como aquela de Corinto (2Co 2.13; 7.6,13-14; 
8.6, 16,23; 12.18). Tito, mais tarde, serviu como representante de 
Paulo na ilha de Creta (1.5) e na província de Dalmácia (2Tm 4.10). 
Paulo escreveu a Tito da Macedônia (3.12). Numa parte ante-
rior de sua viagem, ele e Tito tinham estado envolvidos em ativida-
de missionária na ilha de Creta. Quando Paulo partiu, deixou Tito 
para trás para que continuasse a obra (1.5). Nesta carta, Paulo es-
creveu a Tito para encorajá-lo a completar o seu ministério na ilha. 
Especificamente, Paulo queria que Tito completasse a organização 
das igrejas (1.5-9). tratasse com os falsos mestres que estavam 
presentes (1.10-14; 3.9-11). e desse instruções às igrejas a respei-
to da conduta adequada (2.1-3.8). Quando um substituto che-
gasse, Tito deveria encontrar Paulo em Nicópolis (3.12). 
Características e Temas Assim como 
1Timóteo, esta epístola é digna de nota por sua infor-
mação a respeito da organização da igreja. Fornece 
uma longa lista de qualificações para o ofício de bispo 
e presbítero (1.6-9). bem como importante evidência de que os ter-
mos "bispo" e "presbítero" referem-se a um mesmo ofício, e não a 
dois distintos. 
Como 1Timóteo, Tito mostra uma grande preocupação pela sã 
Esboço de Tito 
1. Saudação (1.1-4) 
li. Or{laràtndo as igooias em Creta ( 1.5-16) 
A. Por qtlePSufadeixou Tito em Creta (1.5) 
B. Qualificações para presbíteros (1.6-9) 
C. Tratando com falsos mestres (1.10-16) 
Ili. Instruindo vários grupos (cap. 2) 
A. Instruções para Tito e para aqueles sob seu cuidado 
(2.1-10) 
doutrina (1.9, 13; 2.1-2) e contém duas meditações teológicas ma-
ravilhosas sobre a graça que Deus oferece através de Jesus Cristo 
(2.11-14; 3.4-7). Estas incluem afirmações sobre a segunda vinda 
de Cristo (2.13). sobre a expiação vicária de Cristo (2.14). sobre a 
regeneração pelo Espírito Santo (3.5) e sobre a justificação pela 
graça (3.5,7). Tito também afirma a d·1vindade de Cristo de uma 
maneira contundente - o título "Salvador" é aplicado livremente e 
nos mesmos contextos, tanto a Deus (1.3; 2.1 O; 3.4) quanto a Cris-
to (1.4; 2.13; 3.6); 2.13 fala de "nosso grande Deus e Salvador, 
Cristo Jesus". 
A preocupação de Paulo nesta carta quanto à sã doutrina é con-
trabalançada por uma ênfase na conduta cristã adequada. Para Pau-
lo, as duas claramente caminham de mãos dadas. Em particular, 
destaca a qualidade de sobriedade mental (no grego, 1.8; 
2.2,4-6, 12) e a importância de fazer o que é bom (2. 7, 14; 3.1,8, 14). 
Dificuldades de Interpretação Paulo 
descreve a falsa doutrina em Creta como algo que ti-
nha vindo de dentro da igreja (1.1O,16). Se caracteri-
1- zava por um interesse pelos mitos judaicos (1.14). 
genealogias e discussões sobre a lei (3.9) e mandamentos huma-
nos (1.14). Os falsos mestres vieram de uma perspectiva estrita-
mente judaico-cristã (1.1 O) e procuravam posições de liderança 
para ganho financeiro ( 1 .11). Tinham sido eficientes em fazer o 
povo se desviar, e causavam divisões (1.10; 3.10). 
Virtualmente, tudo o que Paulo diz em Tito sobre a falsa doutrina 
em Creta tem paralelos com o que ele diz em 1 e 2Timóteo sobre o 
mesmo problema em Éfeso (Introdução a 2Timóteo: Dificuldades 
de Interpretação). Não se sabe bem a razão disso. Não há razão 
para crer que houvesse algum tipo de ligação direta entre as duas 
falsas doutrinas, ou que tudo o que estava sendo ensinado em um 
lugar estivesse sendo ensinado no outro. Por outro lado, as falsas 
doutrinas nas duas áreas geográficas podem ter sido manifesta-
ções similares de um movimento sincretista mais geral no Império 
Romano neste período (comparar com os problemas de que Paulo 
trata em suas cartas aos Colossenses e Efésios). 
A respeito da evidência para uma "quarta" viagem missioná-
ria de Paulo, ver "Introdução a 1Timóteo: Dificuldades de Interpre-
tação". 
B. As bases teol6't:as para a vida cristã (2. 11-14) 
C. Encargo conclusivo para Tito (2.15) 
IV. Instruções sobre fazer o que é bom (3.1-11) 
A. Encargo inicial (3.1-2) 
B. Depravação humana sem Cristo (3.3) 
C. O pecador e sua experiência da graça de Deus (3.4-7) 
D. Encargo final (3.8-11) 
V. Conclusão (3.12-15) 
1457 TITO 1 
Prefácio e saudação 
1 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para pro-mover a fé que é dos eleitos de Deus e ªo pleno conheci-
mento da verdade bsegundo a piedade, 2 na esperança da 
vida eterna que o Deus que cnão pode mentir prometeu an-
tes dos tempos eternos 3 e, em tempos devidos, manifestou a 
sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por 
mandato de Deus, nosso Salvador, 4 a dTito, verdadeiro filho, 
segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e 1 de 
Cristo Jesus, nosso Salvador. 
DeYeres e qualificações dos ministros 
5 Por esta causa, te deixei em Creta, para que epusesses 
em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, 
constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: 6 alguém 
que seja irrepreensível, marido de uma só mulher,! que tenha 
filhos crentes que não são acusados de 2 dissolução, nem são 
insubordinados. 7 Porque é indispensável que o 3bispo seja ir-
repreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não 
irascível, gnão dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de 
torpe ganância; 8 antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, 
justo, piedoso, que tenha domínio de si, 9 apegado à palavra 
fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tan-
to para exortar pelo reto ensino como para convencer os que 
o contradizem. 
Os falsos mestres e as falsas doutrinas 
10 Porque existem muitos insubordinados, hpalradores frí-
volos e enganadores, especialmente os da circuncisão. 11 É 
preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas intei-
ras, ensinando o que não devem, ipor torpe ganância. 12 ifoi 
mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, 
sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. 13 Tal 
testemunho é exato. 1Portanto, repreende-os severamente, 
para que sejam sadios na fé 14 e não se ocupem com fábulas 
judaicas, nem com mmandamentos de homens desviados da 
verdade. 15 nrodas as coisas são puras para os puros; todavia, 
para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a 
~~~~~~~~~~~~ ~ CAPÍTULO 1 1 ª2Tm 2.25 b[lTm 3.16] 2 cNm 23.19 4 d2Co 2.13; 8.23; GI 2.3; 2Tm 4.10 1 Cf. NU; TR e M do Senhor Jesus Cristo 
5 eico 11.34 6/1Tm 3.2-4; Tt 1.6-8 2devassidão, litincorrigibilidade 7gLv10.9 3Lit.supervisor 10 hTg 1.26 11 ilTm 6.5 12 i At 
17.28 1Ji2Co13.10;2Tm4.2 t4mls29.13 tsnLc11.41;Rm14.14,20;1Co6.12 
•1.1-4 Saudação de abertura, composta de remetente, destinatário e bênção. 
•1.1 servo de Deus. Alguém que pertence e que serve a Deus IRm 1.1; Fp 1.1 ). 
apóstolo de Jesus Cristo. Alguém enviado como um representante oficial de 
Cristo 11Tm 1.1, nota). 
a fé ... a piedade. Os objetivos do apostolado de Paulo. 
eleitos de Deus. Aqueles a quem Deus escolheu para crer em Cristo 12T m 
210). 
•1.2 na esperança da vida eterna. As bênçãos asseguradas por Cristo IH m 
1.1,16, nota;2Tm 1.1). 
que não pode mentir. Uma afirmação da perfeita confiabilidade de Deus INm 
2319). 
prometeu antes dos tempos eternos. Uma afirmação do caráter eterno do 
decreto divino da redenção por rneio de Cristo 12T rn 1.9). 
•1.3 Deus, nosso Salvador. Como autor da aliança da graça, Deus é Salvador 
12.10; 3.4; 1Tm 1.1; 2.3; 4.10). 
•1.4 verdadeiro filho. Lit "filho legítimo" llT rn 1.2) Provavelmente indicando 
que Tito foi um dos convertidos de Paulo. 
graça e paz. Ver nota em 1T m 1.2. 
Cristo Jesus, nosso Salvador. Como mediador da aliança da graça, Cristo é 
Salvador (2.13; 3.6; 2Tm 1.10\. Ao longo desta carta, Paulo usa o título "Salva-
dor" para Deus e para Cristo lv. 3, notai. indistintamente. Dessa maneira ele de-
monstra sua fé na divindade de Cristo 1213). 
•1.5·9 Paulo se dirige ao corpo da carta. Seu propósito é instruir Tito sobre como 
este deverá agir em Creta na qualidade de representante de Paulo !Introdução: 
Data e Ocasião). Começa pela abordagem da organização eclesiástica. 
•1.5 pusesses em ordem as coisas restantes. Como deixa claro a segunda 
parte do versículo, a organização das igrejas recém-formadas havia ficado por 
completar. 
presbíteros. Um grupo de pessoas encarregadas do cuidado geral de urna igreja 
local IAt 14.23; 20.17; 1Trn 5.17). O v. 7 esclarece que Paulo usou, de forma alter-
nada, o termo "presbítero" e "bispo" ("bispo" significa supervisor. v. 7. nota textu-
al). Paulo discute as qualificações dos bispos em termos semelhantes em 1T m 
3.2-7, porém. com algumas dWerenças. Ele não tenciona apresentar nenhuma 
dessas listas como se fosse completa. Seu propósito é simplesmente indicar as 
qualidades pessoais daqueles que haveriam de servir como líderes eclesiásticos. 
•1.6 marido de uma só mulher. Refere-se, provavelmente, à fidelidade conju-
ga/ 11Tm 3.2, nota). 
•1.7 o bispo. Isto é, um supervisor !ver nota textual) A mudança casual de 
"presbítero" para "bispo" mostra que Paulo entende os dois termos como desig-
nação do mesmo ofício: "presbítero" sugerindo o caráter Imaturidade espiritual) e 
"bispo" sugerindo o encargo (At 20.17,28). 
cobiçoso de torpe ganância. Ninguém deveria almejar a liderança eclesiástica 
visando ganho de dinheiro lv. 11; 1T m 6 5.1 O). Por outro lado, Paulo efetivamente 
apoia o conceito de remuneração para certos líderes eclesiásticos llT m 5.17). 
•1.8 sóbrio. Ou sensato. Uma ênfase relevante nesta carta (2.2,4-6,12). 
•1.9 apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina. Como em suas car-
tas a Timóteo, Paulo está preocupado com que a sã doutrina, que é segundo o 
evangelho, seja transmitida e que exista o comprometimento para com a mesma 
llT m 1.10, nota). 
exortar ... convencer os que contradizem. Duas atribuições do presbítero que, 
em função dos falsos mestres em Creta. são de especial relevância: o ensino da sã 
doutrina e a refutação da que é falsa. Ver "Pastores e Cuidado Pastoral", em 1Pe 5.2. 
•1.10-16 A afirmação de Paulo sobre a necessidade de refutar o falso ensino leva-o 
a comentar a respeito dos falsos mestres e indicar como Tito deve tratar com eles. 
•1.1 O os da circuncisão. Refere-se a pessoas oriundas de uma estrita pers-
pectiva judaico-cristã IAt 15.1,5; GI 6 12-13). Ver Introdução: Dificuldades de 
Interpretação. 
•1.11 pervertendo casas inteiras. Uma possível referência à atividade de fal-
sos mestres nas igrejas locais que funcionavam em casas. Daí a necessidade de 
melhor organização lv. 5). 
ensinando o que não devem. O ensino deles não era segundo a "sã doutrina" 
lv 9) 
torpe ganância. Ver nota no v. 7. 
•1.12 um seu profeta. Paulo c·1ta Epimênides, um poeta e reformador rengioso 
do século VI a.C .. natural de Cnossos, em Creta, conhecido por suas predições e 
sabedoria. Paulo não está colocando Epimênides no mesmo nível dos profetas do 
Antigo Testamento; ele simplesmente recorre para a estima que Epimênides des-
frutava no mundo antigo. 
•1.13 repreende-os ... para que sejam. Refere-se aos falsos mestres 12Tm 
2.25-26) e, provavelmente. também aos seus seguidores. 
•1.14 fábulas judaicas. Talvez uma referência às lendas do gênero sobre per-
sonagens do Antigo Testamento que são encontradas em muitos dos escritos 
apócrifos judaicos (1Tm 1.4; 4.7; 2T m 4.4). 
mandamentos. Relacionados. provavelmente, àquelas interpretações peculia-
res da lei judaica que caracterizam os falsos mestres 13.9; 1T m 1. 7; 4.3). 
•1.15 Todas as coisas são puras para os puros. Os falsos mestres, aparen-
temente. proibiram o uso de certas coisas llT m 4.3, nota). Ver a resposta de Pau-
lo em 1T m 4.3-5. 
TITO 1-3 1458 
mente como a consciência deles estão corrompidas. 16 No to-
cante a Deus, professam ºconhecê-lo; entretanto, Po negam 
por suas obras; é por isso que são 4abomináveis, desobedien-
tes q e reprovados para toda boa obra. 
Os deveres das várias classes de pessoas crentes 
2 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 2 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, 
sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. 3 Quanto às 
muiheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu 
proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; 
sejam mestras do bem, 4 a fim de instruírem as jovens re-
cém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, s a serem 
sensatas, honestas, ªboas donas de casa, bondosas, bsujeitas 
ao marido, cpara que a palavra de Deus não seja difamada. 
6 Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que, em 
todas as coisas, sejam criteriosos. 7 Torna-te, pessoalmente, 
dpadrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reve-
rência, 1 B linguagem sadia e irrepreensível, para que o adver-
sário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma 
que dizer a 2nosso respeito. 9 Quanto aos e servos, que sejam, 
em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de sa-
tisfação; não sejam respondões, 10 não 3 furtem; pelo contrá-
rio, dêem prova de toda a 4 fidelidade, a fim de ornarem, em 
todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador. 
Os gloriosos beneficias da graça salvadora de Cristo 
11 Porquanto /a graça de Deus se manifestou salvadora a 
todos os homens, 12 educando-nos para que, renegadas a im-
piedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, 
sensata, justa e piedosamente, 13 gaguardando a bendita hes-
perança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e 
Salvador Cristo Jesus, 14 io qual a si mesmo se deu por nós, a 
fim de remir-nos de toda iniqüidade ie purificar, para si mes-
mo, um 1povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. 
15 Dize estas coisas; mexorta e repreende também com 
toda a autoridade. Ninguém te despreze. 
A obediência às autoridades. 
A salvação pela graça leva às boas obras 
3 Lembra-lhes ªque se sujeitem aos que governam, às au-toridades; sejam obedientes, bestejam prontos para toda 
boa obra, 2 não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, 
mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos 
os homens. 3 Pois e nós também, outrora, éramos néscios, de-
sobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e 
... ~~~~~~~~~~~~ ~ 16 o Mt 7.20-23; 25.12; 1Jo 2.4 P [2Tm 3.5,7] q Rm 1.28 4detestáveis 
CAPÍTULO 2 5ª1Tm 5.14b1Co14.34; 1Tm 2.11 cRm 2.24 7 dFp 3.17; 1Tm 4.12 1 Cf NU; TR e M acrescentam1ncorruptibilidade; NU 
omite 8 2,Cf. NU e M; TR vosso 9 enm 6.1 10 3roubem 4honestidade 11/[Rm5.15] 13 g1Co 1.7 h [CI 3.4] 14 iGI 1.4j[Hb 
1.3; ~.14] IEx 15.16 15 m2Tm4.2 
CAPITUL03 Ja1Pe2.13bCl1.10 3C1Co6.11 
•1.16 o negam. O Novo Testamento ensina que a ausência de ações condizen-
tes com a vida transformada leva a pessoa a duvidar da fé em Cristo (Mt 7 .16-20; 
Tg 2.14-16; 1Jo 317). 
por suas obras. Paulo não condena apenas a doutrina dos falsos mestres mas 
também as suas ações (2Tm 3.2-5). Tanto a sã doutrina como ações condizentes 
com uma vida transformada são necessárias aos cristãos. 
•2.1-15 Paulo passa a tratar agora das coisas que Tito, em oposiçãoaos falsos 
mestres, deve ensinar. E conclui com uma reflexão sobre a graça de Deus. 
•2.1 sã doutrina. Ver nota em 1.9. 
•2.2-6 Ver 1Tm 5.1-2. 
•2.2 temperantes. A virtude da temperança domina o conselho de Paulo nesta 
seção (vs. 4-6, 12; 1.8 e nota) 
•2.3 mestras do bem. Como o próximo versículo sugere, provavelmente no 
sentido do procedimento delas no lar. 
•2.4 instruírem. Isto é, "conduzi-las à sensatez". Essa é uma forma verbal do 
adjetivo traduzido como "temperantes" (v. 2) e "sensatas" (v. 5) ao longo desta 
seção. Paulo tem em mente, provavelmente, os problemas que algumas das viú-
vas mais jovens encontraram em Éfeso (1Tm 5.11-13). 
•2.5 sensatas. Lit. "sóbrias" (vs. 2,4,6, 12; 1.8 e nota). 
donas de casa. Ou "ocupadas ~o lar". Compare com o procedimento de algu-
mas das viúvas mais jovens em Efeso (1T m 5 13) 
sujeitas. Ver nota em 1 T m 2 .11. 
para que a palavra de Deus não seja difamada. A principal preocupação de 
Paulo nesta seção é que o procedimento dos cristãos reftita positivamente no 
evangelho (vs 8, 1 O). 
•2.7 Torna-te ... padrão. Paulo dá um conselho semelhante a Timóteo (1Tm 
4.12, nota). 
boas obras. Um dos temas principais que Paulo desenvolve daqui em diante 
nesta carta (v. 14; 3.1,8, 14) 
•2.9 servos. Paulo dá instruções aos servos em EI 6.5-8; CI 3.22-25; 1T m 6.1-2. 
•2.1 O ornarem ... a doutrina de Deus. Ver nota no v. 5. 
•2.11-14 Estes versículos fornecem a base teológica para as instruções práticas 
dadas nos vs. 2-1 O. 
•2.11 a graça de Deus. A imerecida compaixão de Deus. 
se manifestou. Isto é, em Jesus Cristo (34,6; 2T m 1.1 O). 
salvadora. O propósito de Deus no oferecimento da graça aos pecadores é a sal-
vação deles (3.4-7; 2T m 1.9) 
a todos os homens. Tem-se em vista pessoas de todos os tipos, independente-
mente de sexo, idade ou classe social (vs. 2-1O;1Tm 2.1-6). 
•2.13 a bendita esperança e a manifestação da glória. A segunda vinda de 
Cristo (1Tm 6.14; 2Tm 41,8). Ver "Esperança", em Hb 6.18. 
nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus. Essa é uma das afirmações 
mais claras no Novo Testamento sobre a divindade de Cristo. 
•2.14 o qual a si mesmo se deu por nós. Isto é, na cruz. Paulo prossegue 
apresentando dois aspectos da obra de Cristo. 
remir-nos de toda iniqüidade. O primeiro enfoque de Paulo é sobre o indivíduo: 
Cristo pagou o preço necessário a fim de libertar as pessoas dos pecados deles 
(Mt 20.28; Me 10.45; 1Tm 2.6; 1Pe 118-19). 
purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu. O segundo enfo-
que de Paulo é sobre a Igreja: Cristo purifica pessoas dos seus pecados (Hb 9.14; 
1Jo 1.7,9) para que, unidas, formem um povo exclusivamente para Deus (Ez 
37 23) Ver Ef 5.25-27 sobre a purificação da Igreja por Cristo. 
zeloso de boas obras. Ver nota no v. 7. 
•2.15 exorta e repreende. Um resumo apropriado dos diferentes aspectos da 
incumbência dada por Paulo a Tito nos vs. 2-1 O e em 1.10-16. 
com toda a autoridade. Isto é, como representante de Paulo. 
Ninguém te despreze. Ver v. 8; 1T m 4.12. 
•3.1 ·8 Depois de haver dado instruções para grupos específicos, Paulo passa 
agora a dar um conselho geral a Tito, inserindo aqui e ali reflexões sobre a graça 
de Deus e encorajando o povo "para toda boa obra" (v. 1 ). 
•3.1 aos que governam, às autoridades. Sobre a submissão cristã às autori-
dades governantes, ver Rm 13.1-7; 1Pe 2.13-17; cf.1Tm 2.2. 
toda boa obra. O tema dessa seção é a prática do bem \v. 8; 2.7, nota). 
•3.3 Esse versículo apresenta uma descrição gráfica da depravação humana se-
parada de Cristo (Ef 2.1-3). 
1459 T!T03 
prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos 
uns aos outros. 4Quando, porém, se manifestou da benigni-
dade de eoeus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 
5/não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo 
sua misericórdia, ele nos salvou mediante go lavar regenera-
dor e renovador do Espírito Santo, ó hque ele derramou sobre 
nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a 
fim de que, justificados por graça, inos tornemos seus herdei-
ros, segundo a esperança da vida eterna. 
8 ifiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coi-
sas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm cri-
do em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas 
coisas são excelentes e proveitosas aos homens. 9 'Evita dis-
cussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a 
lei; porque não têm utilidade e são fúteis. 10 mEvita o homem 
faccioso, depois de / admoestá-lo primeira e segunda vez, 
11 pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e 
por si mesma está condenada. 
As recomendações particulares. 
As saudações finais. A bênção 
12 Quando te enviar Ártemas ou nTíquico, apressa-te a vir 
até Nicópolis ao meu encontro. Estou resolvido a passar o in-
verno ali. 13 Encaminha com diligência Zenas, o intérprete da 
lei, e 0 Apolo, a fim de que não lhes falte coisa alguma. 14 Ago-
ra, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se 
nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tomarem 
infrutíferos. IS Todos os que se acham comigo te saúdam; 
saúda quantos nos amam na fé. 
A graça seja com todos vós . 
• 4 dTt 2.11 enm2.3 5/[Rm3.20]; Ef24-9gJo3.3. óh~;-;;;2534]; Me 1017; [Rm 8.17,23-24;~T~t 1~.2~]~8~il~T~m~1~.15~~~ 
9 11Tm 1.4; 2Tm 2.23 10 m Mt 18.17 1 adverti-lo 12 n At 20.4; Ef 6.21; CI 4.7; 2Tm 4.12 13 o At 18.24; 1Co 16.12 
•3.4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salva-
dor, e o seu amor. Continuando com o v. 3. a maior preocupação de Paulo aqui é 
com a experiência que o pecador tem da graça de Deus. e não com a próxima vin-
da de Cristo (2T m 1.10) 
•3.5 Não por obras ... mas segundo sua misericórdia. Salvação é pela gra-
ça, não por obras (v. 6; Ef 2.8-9; 2Tm 1.9). 
ele nos salvou. Ver 2T m 1.9. 
lavar. Purificação espiritual da qual o batismo é o sinal e selo (1Co6.11; Ef 5 26). 
regenerador e renovador. As duas palavras caracterizam o "lavar". Regenera-
ção é a nova vida que começa quando uma pessoa chega à fé em Cristo (Jo 
3.3.5; 1Pe 1.3,23). Renovação está intimamente relacionada ao novo nascimen-
to; ela envolve a completa transfonmação da vida que se inicia quando uma pes-
soa é regenerada (Rm 12.2; 2Co 5.17). Ver "Regeneração: O Novo Nascimento", 
em Jo 3.3. 
do Espírito Santo. O Espírito aplica às pessoas a graça de Deus que é oferecida 
em Cristo (Jo 3.5-6). Observe a estrutura trinitária nos vs. 4-6. 
•3. 7 justificados. Declarados justos perante Deus. 
por graça. Dependendo de nós mesmos (vs. 3-4). jamais nos apresentaríamos 
como justos perante Deus. O tema dos vs. 3-7 é que a justiça vem pela graça de 
Deus somente (Rm 3 21-25). 
herdeiros. O propósito de Deus ao oferecer a sua graça aos pecadores não é 
apenas de salvá-los da condenação eterna, mas também de torná-los membros 
da sua família através de adoção e, assim, herdeiros das suas promessas (Rm 
817; GI 3.29; 4.7). 
•3.8 Fiel é esta palavra. Ver nota em 1 T m 1.15. A expressão aponta para os vs. 
4-7, acima. 
solícitos na prática de boas obras. Ver nota no v. 1. 
•3.9-11 Para ilustrar as diferenças com as instruções que acabou de dar, Paulo 
retorna pela última vez ao problema dos falsos mestres. 
•3.9 discussões. Uma característica marcante dos falsos mestres era seu espí-
rito de contenda (1Tm 14; 64). 
sobre a lei. A lei de Moisés (1.10, nota; cf. 1Trn 1.7). 
não tem utilidade. Ao contrário da prática de boas obras, as quais são "provei-
tosas" (v. 8). 
•3.10 A disciplina eclesiástica deve basear-se em uma série de admoestações 
(Mt 18.15-17) 
homem faccioso. Os falsos mestres tinham causado divisão nas igrejas l 1T m 
64-5) 
•3.12-15 Paulo encerra a sua carta com instruções pessoais a Tito, saudações fi-
nais e uma bênção. 
•3.12 Ártemas. Não é mencionado em nenhuma outra parte do Novo Testa-
mento.Trata-se. aparentemente, de um dos cooperadores de Paulo. 
Tíquico.Um cooperador de Paulo. mencionado em At 204; Ef 6.21; CI 4.7; 2Tm 
4.12. 
vir ... ao meu encontro. O ministério de Tito em Creta está chegando ao fim 
(Introdução: Data e Ocasião). 
Nicópolis. Uma cidade na costa oeste da província romana de Épiro (a moderna 
Albânia) 
Estou resolvido a passar o inverno ali. Paulo está provavelmente na Mace-
dônia. 
•3.13 Zenas ... Apolo. Os prováveis portadores desta carta. Zenas não é men-
cionado em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Aparentemente. é um 
dos cooperadores de Paulo. Apolo era natural de Alexandria e notável por sua elo-
qüência (At 18.24-26). Ele é bem conhecido por causa de seu ministério em Co-
rinto (At 18.27-19.1; 1Co 1.12; 3.4-22; 1612) 
•3.14 distinguir-se nas boas obras. Ver nota em 2.7. 
•3.15 todos vós. Paulo, pelo que se presume. quis que a carta fosse lida para 
toda a igreja (1Tm 6.21; 2Tm 4.22) 
Ensinamentos de Tito (2.15) 
Aos cretenses: 
Aos homens idosos: 
Às mulheres idosas: 
Às jovens: 
Aos jovens: 
Aos servos: 
ignorar as fábulas~e os falsos mandamentos (1.14) 
ser sóbrios, reverentes, temperantes, fiéis, sadios no amor e pacientes (2.2) 
ser reverentes, ensinar boas coisas, não caluniar nem beber muito vinho (2.3) 
ser discretas, puras, domésticas e amar seus maridos e filhos (2.4-5) 
ser sóbrios, fazer boas obras e manter a sã doutrina (2.6-8) 
ser obedientes e respeitosos aos mestres (2.9-10) 
	TITO
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