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F R E N T E 2 151 Chamando x y m= , temos: y m m m m y m m m m m m m m 4 4 3 2 4 4 3 2 3 2 2 2 3 4 1 3 3 3 1 +( ) = = ( ) + ( ) + ( ) = = ( ) + ( ) + ( ) = = − −( )⋅ + y m m m m m m m m y m m m 4 2 2 2 2 4 2 2 1 3 1 1 1 1 3mm+( )1 Voltando com m x y = , temos: y x y x y x y x y y x y x y y x 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 3 1 1 ⋅ + + = = − − . yy x y x xy y x xy y 2 2 2 2 2 3 1 3 + + = = ( ) ⋅ + +( ) Nós abordamos os casos principais e necessários dos produtos notáveis. ax ay a x y ax ay bx by a x y b x y x y a b a b a b + ≡ +( ) + + + ≡ +( )+ +( ) ≡ +( ) +( ) − ≡ +(2 2 )) −( ) + + ≡ +( ) + ≡ ( ) + +( ) + a b a ab b a b ou a ab b a b x r r x r 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 11 2 1 2 3 3 2 2 3 3 2 ⋅ ≡ +( ) +( ) + ≡ +( ) +( ) ≡ ( ) r x r x r a b a b a ab b ou a b a b a ++ +( )ab b2 Atenção Equações recíprocas Uma equação é chamada de recíproca quando for igual a sua transformada recíproca, isto é, se x1 é uma de suas raízes, então 1 x 1 também o será. Dada a equação x x x x4 3 23 7 3 1 0+ + = , sua trans formada recíproca é 1 3 1 7 1 3 1 1 0 4 2 y y y y + + = 3 ou y y y y4 3 23 7 3 1 0+ + = , que é a mesma equação da qual se partiu A primeira vista, pode parecer que nas equações recíprocas os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos devem ser iguais. Contudo, nem sempre isso ocorre, pois também são recíprocas equações do tipo: x x x x x 5 4 3 2 3 6 6 3 1 0+ + = . E como é resolvido esse tipo de equação recíproca? Vejamos um exemplo que ilustra o método de solução: Seja a equação 4x4 5x3 + 7x2 5x + 4 = 0 Dividindo-a por x2 0≠ , tem-se 4 5 7 5 4 02 2 x x x x + + = Seja x x y+ =1 . Portanto, x x y x x 2 2 2 2 2 2 1 1+ + = + =⇔ y 2 2= De modo que: 4 5 7 5 4 0 4 4 5 5 7 0 4 1 5 2 2 2 2 2 2 x x x x x x x x x x x − + − + = ⇔ + − − + = ⇔ ⇔ + − + 11 7 0 4 2 5 7 0 4 5 1 0 5 2 2 x y y y y y + = ⇔ ⇔ −( ) − + = ⇔ − − = ∴ ∴ = ± 441 8 Assim, x x x x+ ± ∴ − ± + =1 5 41 8 5 41 8 1 0 2 = de onde resultam as 4 raízes procuradas. Problemas do 1o e 2o graus Na sequência estudaremos a resolução desses pro- blemas, porém, antes de transformarmos as frases em números, explanaremos as equações e seus elementos. Equação algébrica Chama-se de equação uma sentença matemática aber ta que exprime uma relação de igualdade. São equações: 5y – 3 = 7 3x2 – 5x – 2 = 0 3x = 5 Observação: Numa equação, tudo que antecede o sinal de igualdade é denominado 1o membro e tudo que sucede o sinal de igualdade é deno- minado 2o membro Assim, na equação 2x 3 = 5 temos que 2x 3 é o 1o membro e 5 é o 2o membro. A incógnita de uma equação é o ÚNICO VALOR que podemos substituir na mesma para que tenhamos uma sentença verdadeira. Na equação x + y = 7, temos que x = 1 e y = 6, x = 4 e y = 3, x = –2 e y = 9, , e muitos outros valores x e y tornam a sentença verdadeira Dessa forma, x e y não são incógnitas, mas sim variáveis da equação Saiba mais Equação do 1o grau Numa equação do 1o grau temos como forma geral de representação: ax b+ = 0 1o 0 + ∈ ∈( ) membro ax b membro coeficientes a e b a b incógnita : : : , : R R xx 2o Exemplos: 2x – 5 = 0 x + 4 = 7 –7x + 9 = 1 32x = 0 Resolver uma equação corresponde a encontrar o va- lor de sua incógnita (que chamamos de raiz). No caso das equações do 1o grau, encontraremos de um modo muito simples sua única raiz. Teoricamente: ax b ax b x b a + = ⇒ = − ⇒ = −0 b a é a solução da equação do 1o grau MATEMÁTICA Capítulo 2 Sentenças matemáticas e modelagens algébricas152 Exemplos: 5 10 0 5 10 10 5 2 x x x x = = = = 7 4 2 7 2 4 9 4 4 9 x x x x x x = + = = = + = = = − = 2 1 2 2 1 1 2 1 2 x x x x O conjunto solução ou conjunto verdade de uma equa- ção é o conjunto de todos os valores que a tornam uma sentença verdadeira, ou seja, são os números que fazem com que o 1o membro fique igual ao 2o membro. Como a equação do 1o grau deve admitir uma única raiz, seu conjunto solução será um conjunto unitário. Observe: 5 10 0x S − = = { }2 7 4 2 4 9 x x S = − = { } − + = = { } 2 1 2 1 2 x S Equações equivalentes Também chamadas de simultâneas, são equações de mesmo grau que admitem o mesmo conjunto solução. Exemplos: y 2x 4 = 0 e x 1 = 1, pois em ambos os casos o con- junto solução é S = {2}; y 7x + 1 = 0 e 3 = –21x, pois em ambos os casos o con- junto solução é S = −{ }17 . Casos especiais Observe a seguir casos que apresentam soluções que merecem destaque, apesar de terem suas resoluções ri- gorosamente comuns: 2 3 6 2 6 6 2 0 0 2 0 x x x x x S +( ) = + = = = = = { }0 2 5 4 10 2 2 2 5 4 10 4 10 4 10 4 4 10 10 0 0 0 0 x x x x x x x x x S + = + +( ) = + + = + − = − = = = ℝ 3 1 3 2 3 1 3 6 3 3 6 1 0 5 0 5 x x x x x x x S + = +( ) + = + = = = = ∅ Equação do 2o grau Chamamos de equação do 2o grau, toda equação da forma ax2 + bx + c = 0, com a∈ℝ* e b c, ∈ℝ. A incógnita é x e os números a, b e c são chamados de coeficientes. Exemplos: a) 3x2 – 5x + 9 = 0 a b c = = − = 3 5 9 b) –2x2 + 7x = 0 a b c = − = = 2 7 0 c) x2 4 = 0 a b c = = = 1 0 4 d) 7x2 = 0 a b c = = = 7 0 0 Equações incompletas do 2o grau Chamamos de equações incompletas as equações cujos coeficientes b e/ou c são iguais a zero 1o caso: b = 0 → ax2 + c = 0 Exemplos: 3 12 0 3 12 4 2 2 2 2 2 x x x x S = = = = ± = ±{ } x x x S 2 2 3 0 3 + = = − ∉ = ∅ ℝ Observação: Uma equação do 2o grau incompleta em b, quando tem solu- ção, apresenta raízes opostas (simétricas) 2o caso: c = 0 → ax2 + bx = 0 Exemplos: x x x x x ou x x S 2 5 0 5 0 0 5 0 5 0 5 = ( ) = = = = = { }, − − = − +( ) = = ⇒ = + = ⇒ = − = { } 3 6 0 3 2 0 3 0 0 2 0 2 0 2 2 x x x x x x x x S , Observação: Uma equação do 2o grau incompleta em c sempre tem so- lução e uma das raízes é zero. 3o caso: b = c = 0 → ax2 = 0 Exemplos: 5 0 0 0 0 2 2 x x x S = = = = { } = = = = { } 7 3 0 0 0 0 2 2 x x x S Observação: Uma equação do 2o grau incompleta em b e c sempre tem solução igual a zero, assim, já fica implícita a correspondência para o caso de Δ = 0. Em casos como esse, com um par de raízes iguais, dizemos que a raiz é de “multiplicidade dois” Equações completas Chamamos de equações completas aquelas cujos coe- ficientes a, b e c são diferentes de zero. Em qualquer equação do 2o grau podemos optar por formas de resolução. Uma forma de resolver qualquer equação (incompleta ou completa) é através da fórmula a seguir: são equação do 2o grau F R E N T E 2 153 Exemplo: Resolver a equação 3x2 + x – 2 = 0. Δ = ⋅ ⋅ ( ) = + =1 4 3 2 1 24 252 x x x = − ± ⋅ = − ± = = − = − = + = = 1 25 2 3 1 5 6 1 5 6 6 6 1 1 5 6 4 6 2 3 1 2 � Portanto, S = { }1 23, Discussão de raízes Podemos dizer qual é o número de raízes reais de uma equação do 2o grau com coeficientes reais, observando o valor do discriminante da equação, assim: y Se Δ > 0, a equação possui duas raízes reais e distintas. y Se Δ < 0, a equação não possui raízes reais (possui duas raízes não reais). y Se Δ = 0, a equação possui duas raízes reais e iguais. Exemplos: 1. Determine m de modo que a equação –5x2 + 7x – 3m = 0 não admita raízes reais. Se a equação não deve admitir raízes reais então ∆ < 0, logo: 72 – 4 ⋅ (–5) ⋅ (–3m) < 0 ⇒ 49 – 60m < 0 ⇒ ⇒ –60m < –49 ⇒ 60m > 49 ⇒ m > 49 60 2. Determine o maior valor inteiro de k para que a equa- ção kx2 – 6x + 2 = 0 admita raízes reais. Para que a equação admita raízes reais devemos ter Δ ≥ 0, logo: −( ) ⋅ ⋅ ≥ ⇒ ≥ ⇒ ≥ ⇒6 4 2 0 36 8 0 8 362 k k k k ⇒ ≤ ⇒ ≤ ∴ ≤36 8 9 2 k 8k 36 k Soma e produto das raízes (relações de Girard) Numa equação do 2o grau que tenha como coeficientes números reais,podemos demonstrar uma relação existente entre suas raízes e seus coeficientes Seja a equação ax bx c2 0+ + = com a ≠ 0 e sejam as raízes: x b a 1 2 = − − Δ e x b a 2 2 = − + Δ Vamos estabelecer as seguintes relações: y Soma das raízes: x x b a b a b a b a 1 2 2 2 2 2 + = − − + − + = − =Δ Δ y Produto das raízes: x x b a b a b a 1 2 2 22 2 4 ⋅ = − − ⋅ − + = − =Δ Δ Δ b b ac a ac a 2 2 2 4 4 4 4 = + = 22 = c a Exemplos: a) 2 Soma: Produto: x x x e x 2 1 2 10 12 0 10 2 5 12 2 6 2 3 + = ( ) = = ⇒ = = ⇒ S = { }2 3, b) x x2 3 7 21 0 3 7 1 3 7 − +( ) + = − − +( ) = +Soma: Produtoo: 21 1 21 3 7 3 71 2= ⇒ = = ⇒ = { }x e x S , Forma fatorada da equação do 2o grau Chamamos a forma fatorada de uma equação do 2 o grau como “trinômio do 2o grau”. ax2 + bx + c = 0 → a(x x1)(x x2) = 0, onde x1 e x2 são as raízes da equação. Exemplos: a) 2 10 12 0 2 3 2 1 2 x x x e x + = = = ( ) ( )⋅ ⋅ Forma fatorada: 2 x 2 x 3 b) 5 9 2 0 2 1 5 2 1 2 x x x e x + − = = = ( )⋅ + ⋅ Forma fatorada: 5 x 2 x 1 5 c) x x x e x 2 1 2 3 7 21 0 3 7 +( ) + = = = ( ) ( )⋅ − ⋅ − Forma fatorada: 1 x 3 x 7 Equações biquadradas e equações irracionais Algumas equações podem ser transformadas ou re- duzidas a equações do 2o grau. Chamamos de equação biquadrada e de equação irracional, respectivamente, ao 1o e o 2o caso a seguir: 1 o caso: y4 3y2 + 2 = 0 Chamando y2 = m, temos: m2 – 3m + 2 = 0⇒ m = 1 ou m = 2 Assim: y y y y 2 2 1 1 2 2 = ⇒ = ± = ⇒ = ± Portanto, S = ± ±{ }1 2, 2 o caso: 3 4 8x x+ = Elevando ao quadrado ambos os membros: 3x + 4 = (x 8)2 ⇒ 3x + 4 = x2 16x + 64⇒ ⇒ x2 19x + 60 = 0 As raízes são x = 4 (não convém) ou x = 15. Portanto, S = { }15 . Passagens da resolução de uma equação Já vimos que uma equação polinomial de grau n ad- mite um conjunto solução com no máximo n elementos distintos, qualquer que seja o domínio da variável Esse fato é consequência direta do teorema fundamental da Ál- gebra, que, embora seja o alicerce de nosso estudo atual, será abordado apenas no final do curso. Por ora, conside raremos tal fato, em toda passagem algébrica, prestando atenção à possibilidade de alteração do conjunto solução das sentenças algébricas que usamos para representar uma mesma equação.
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