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F R E N T E 3 265 A fórmula para a área dos paralelogramos SParalelogramo = a ⋅ b ⋅ sen(θ), que acaba de ser deduzida, também pode ser usada como referência para o cálculo da área dos retângulos, losangos e quadrados. • Os ângulos dos retângulos são retos, logo: SRetângulo = a ⋅ b ⋅ sen(90°) SRetângulo = a ⋅ b ⋅ 1 SRetângulo = a ⋅ b • Os lados de um losango têm o mesmo comprimento a = b, assim: SLosango = a ⋅ a ⋅ sen(θ) SLosango = a 2 ⋅ sen(θ) • Os lados de um quadrado têm o mesmo comprimento e os ân- gulos são retos, então: SQuadrado = a ⋅ a ⋅ sen(90°) SQuadrado = a 2 ⋅ 1 SQuadrado = a 2 Atenção Exercícios resolvidos 7 Na figura a seguir, o retângulo maior está dividido em três regiões retangulares e a região hachurada é qua drada. 20 m2 24 m2 30 m2 Considerando as áreas indicadas na gura, a área da região quadrada deve ser de: A 12 m2 b 16 m2 C 18 m2 d 22 m2 E 26 m2 Resolução: Sejam x, y e z as medidas, em metros, dos lados do quadrado e dos retângulos, como mostra a gura: 20 m2 24 m2 30 m2 x z x y Assim, das áreas das regiões retangulares, temos as equações: ⋅ = ⋅ = ⋅ = x z 24 y z 30 y x 20 (I) (II) (III) Multiplicando as equações (I) e (III), obtemos: x2 ⋅ y ⋅ z = 24 ⋅ 20 Substituindo y z pelo valor indicado na equação (II): x2 30 = 480 Portanto, x2 = 16, ou seja, a área da região quadrada é de 16 m2. Alternativa: B 8 Enem Em uma empresa, existe um galpão que precisa ser dividido em três depósitos e um hall de entrada de 20 m2, conforme a figura a seguir Os depósitos I, II e III serão construídos para o armazenamento de, respectivamente, 90, 60 e 120 fardos de igual volu me, e suas áreas devem ser proporcionais a essas capacidades 10 m I II III Hall 20 m2 11 m A largura do depósito III deve ser, em metros, igual a: A 1 b 2 C 3 d 4 E 5 Resolução: Como as áreas AI, AII e AIII devem ser proporcionais aos números 90, 60 e 120, temos que: = = = ⇒ = = = A 90 A 60 A 120 k A 90k A 60k A 120k I II III I II III Então, como AI + AII + AIII = (11 ⋅ 10 − 20) m 2, temos que: 90k + 60k + 120k = (110 − 20) m2 270k = 90 m2 3k = 1 m2 Sendo x a largura do depósito III, temos que: x 10 = 120k = 40 3k = 40 1 = 40 m2 ⇒ x = 4 m Alternativa: D 9 Determine a área de um paralelogramo cujos lados medem 5cm e 8cm e os ângulos internos medem 30° e 150°. Resolução: Sendo S a área do paralelogramo: = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ =S 5 8 sen(30°) = 40 1 2 S 20 cm 2 MATEMÁTICA Capítulo 6 Áreas das figuras planas266 Área do triângulo a partir do paralelogramo O traçado de qualquer diagonal de um paralelogramo determina um par de triângulos congruentes. A B D C h b ABD CDB∆ ≅ ∆ Essa congruência se justifica pelo caso LLL, uma vez que os lados opostos de um paralelogramo têm o mesmo comprimento e que a diagonal traçada é lado comum aos triângulos determinados. Desse modo, como figuras congruentes possuem a mesma área, podemos observar que a área do paralelogra- mo equivale ao dobro da área de um dos triângulos. Assim, sendo STriângulo e SParalelogramo, respectivamente, as áreas do triângulo e do paralelogramo, tem-se: ⋅ = ⋅ = ⋅ = ⋅ 2 S S 2 S b h S b h 2 Triângulo Paralelogramo Triângulo Triângulo Uma notação mais eficiente da expressão para a área de um triângulo em função de um de seus lados e da altura correspondente é: = ⋅ ⋅S 1 2 b h Triângulo Nesse caso, quando os valores de b ou h são fracio- nários, evitam-se as frações de frações. Relações de equivalência no triângulo retângulo Também conhecidas como relações métricas, as ex- pressões a seguir, já estudadas no capítulo 3, também dizem respeito a equivalências de áreas A CHB b c p h q a h = p · q b = a · q c = a · p 2 2 2 Qualquer um dos lados do triângulo pode ser conside- rado como base para o cálculo da área. Assim, a metade do produto da base pela altura resultará na área desse triângulo, desde que seja usada sempre a altura relativa à base escolhida. Particularmente no caso do triângulo retângulo, quando se escolhe um dos catetos como base, a medida do outro torna-se a altura relativa. A C C A c h H B HB b b c p h q a a Por esse motivo, sendo h a medida da altura relativa à hipotenusa de um triângulo de lados com medidas a, b e c, a área desse triângulo pode ser expressa tanto por a · h 2 quanto por b · c 2 . Portanto: ⋅ = ⋅ ⇔ ⋅ = ⋅ a h 2 b c 2 a h b c Essas e as outras relações métricas do triângulo retângulo que foram estudadas no capítulo 3 e demons- tradas a partir da semelhança de triângulos também podem ser compreendidas como relações de equiva- lência entre áreas. Assim, a ⋅ h = b ⋅ c é consequência da área do triângu- lo retângulo, independentemente do lado que se escolhe como base para o cálculo Veja como interpretar as outras relações: • b2 = a ⋅ q significa que a área de um quadrado de lado b equivale à área de um retângulo de dimen- sões a e q • c2 = a ⋅ p significa que a área de um quadrado de lado c equivale à área de um retângulo de dimen- sões a e p. • h2 = p ⋅ q significa que a área de um quadrado de lado h equivale à área de um retângulo de dimen- sões p e q. As três relações apresentadas também podem ser enunciadas em termos de média geométrica por dois teo- remas: I Cada cateto de um triângulo retângulo tem medida igual à média geométrica entre as medidas de sua projeção na hipotenusa e da própria hipotenusa. = ⋅b a q = ⋅c a p II A medida da altura relativa à hipotenusa de um triân gulo retângulo é igual à média geométrica entre as medidas das projeções dos catetos sobre a hipote nusa. = ⋅h p q F R E N T E 3 267 Área do losango O losango também é um paralelogramo, portanto sua área também pode ser calculada multiplicando-se o com- primento das medidas de sua base pela sua altura, que é igual à distância entre dois lados opostos. Mas, como todos os lados de um losango possuem o mesmo comprimento, as diagonais estão contidas em seus dois eixos de simetria, de modo que o traçado delas determi- na quatro triângulos congruentes justapostos em seu interior. A C O D B 2 d 2 1 d 2 ∆ ≅ ∆ ≅ ∆ ≅ ∆AOB BOC COD AOD Cada um desses triângulos é retângulo no ponto de cruzamento das diagonais do losango, e os catetos desses triângulos têm a metade do comprimento dessas diagonais. Assim, a área de cada um dos triângulos pode ser expressa, em função de seus catetos, por: = ⋅ ⋅ = ⋅ S 1 2 d 2 d 2 S d d 8 Triângulo 1 2 Triângulo 1 2 Como o losango é formado por quatro triângulos congruentes: = ⋅ = ⋅ ⋅ S 4 S S 4 d d 8 Losango Triângulo Losango 1 2 Portanto, a área do losango também pode ser expressa, em função de suas diagonais, por: = ⋅ S d d 2Losango 1 2 Exercício resolvido 10 Qual a área, em metros quadrados, de um losango com perímetro de 80cm e cujos comprimentos das diagonais somam 50cm? A 2,25 m2 b 0,45 m2 C 0,225 m2 d 0,045 m2 E 0,0225 m2 O problema da quadratura No estudo da construção geométrica, a quadratura consiste em de- terminar um segmento de reta que seja lado de um quadrado com a mesma área de outra figura, como triân gulos, outros quadriláteros, polígonos e até círculos. O problema da quadratura é bastante de- safiador, e, entre as principais contribuições do seu estudo, estão os processos para obter a média geométrica de dois segmentos usando apenas régua, compasso, papel e lápis. Esses processos são fundamentados nas relações de equivalência no triângulo retângulo. Dados os segmentos de reta de comprimentos p e q, uma maneira de se obter sua média geométrica com régua e compasso de acordo com a expressão h2 = p ⋅ q, por exemplo, consiste em efetuar os seguintes passos: 1. Construir sobre uma mesma reta r os segmentos consecutivos AB e BC com medidas AB = p e BC = q 2 Traçar uma reta s perpendicular a r pelo ponto B 3 Construir as circunferências de centro em A e raio AC e de centro em C e raio CA, obtendo os pontos D e E. 4. Traçar a reta � DE, obtendo o ponto M sobre a reta r. 5. Traçar uma semicircunferênciade centro M e raio MA, obtendo o ponto F sobre a reta s. Feitas essas construções, o comprimento do segmento BF deverá ser igual à média geométrica dos comprimentos p e q. Com p > q e o ponto C situado fora do segmento AB, uma figura que representa corretamente o desenho dessa solução é: A D F r p q E M B C s Como o triângulo AFC está inscrito na semicircunferência de diâmetro AC, conclui-se que se trata de um triângulo retângulo de hipotenusa AC. Então, traçando seus catetos, pode-se observar como a relação métrica h2 = p ⋅ q justifica essa construção da média geométrica. A F r h p qB C s Assim, quanto mais precisas forem as construções feitas com os instrumentos de desenho, mais próxima a medida h do segmento BF estará do lado do quadrado cuja área equivale à de um retângulo de lados p e q. Esse processo pode ser usado para efetuar a quadratura de qualquer polígono. A impossibilidade da quadratura do círculo foi demonstrada no final do século XIX como resultado dos trabalhos de Carl Friedrich Gauss, Pierre Laurent Wantzel e Ferdinand von Lindemann. Saiba mais
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