Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MATEMÁTICA Capítulo 13 Poliedros274 Pirâmides regulares Para determinar se uma pirâmide é ou não regular, de- vemos verificar as seguintes condições: • A base da pirâmide é um polígono regular. • O pé da altura coincide com o centro da base. • As faces laterais são triângulos isósceles congruentes uns aos outros. A terceira condição permite concluir que a área lateral de uma pirâmide regular pode ser obtida a partir da área de uma única face lateral multiplicada pelo número de lados de sua base. Pirâmides regulares possuem outros importantes ele- mentos denominados apótemas, que são de dois tipos: apótemas da base e apótemas laterais, também chamados de apótemas da pirâmide. P H M m g Para encontrar os apótemas desses sólidos, é necessá- rio considerar os pontos médios das arestas de sua base Assim, sendo P o vértice de uma pirâmide regular, H o cen tro de sua base e M o ponto médio de uma aresta dessa base, temos que: • O segmento PM é um apótema da pirâmide ou apó- tema lateral. • O segmento HM é um apótema da base. Os apótemas laterais de uma pirâmide regular são também as alturas de suas faces laterais, por isso seu comprimento é usado no cálculo das áreas lateral e total. Assim, dada uma pirâmide regular cuja base possui n lados de comprimento l e cujos apótemas laterais têm com- primento g, sua área lateral é expressa por: A n g 2lateral = ⋅ ⋅ Portanto, temos: Tipo de pirâmide Área lateral Triangular regular ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅3 g 2 1,5 g Quadrangular regular ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅4 g 2 2 g Pentagonal regular ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅5 g 2 2,5 g Hexagonal regular ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅6 g 2 3 g Os comprimentos dos apótemas das bases também po- dem ser usados no cálculo da área da base Assim, sendo m o comprimento dos apótemas da base de uma pirâmide regular, a área da base dessa pirâmide é expressa por: A n m 2 base = ⋅ ⋅ Observando que a expressão ⋅n 2 presente nas fórmulas das áreas (lateral e da base) de uma pirâmide regular representa o semipe rímetro (p) de sua base, as fórmulas das áreas das superfícies das pirâmides regulares podem ser memorizadas da seguinte maneira: + = ⋅Área dabase Área lateral semiperímetro da base apótema da ba sse p m semiperímetro da base apótema da pirâmide p g Área t = ⋅ ⋅ = ⋅ ootal semiperímetro dabase soma dos apótemas p m g= ⋅ = +( ) Atenção Exercícios resolvidos 14 Determine os comprimentos dos apótemas de uma pi- râmide quadrangular regular sabendo que as arestas de sua base medem 6 cm e que suas arestas laterais medem 5 cm. Resolução: A base dessa pirâmide é um quadrado de lado 6 cm. Como os apótemas de um quadrado têm a metade do comprimento de seus lados, então os apótemas da base da pirâmide medem = =m 6 2 3 cm cada um. As faces laterais dessa pirâmide são triângulos isós- celes de lados 6 cm, 5 cm e 5 cm e os apótemas da pirâmide são as alturas desses triângulos. Esses apó- temas dividem as faces laterais em dois triângulos retângulos ocupando o lugar de um dos catetos. En- tão, como a hipotenusa desses triângulos retângulos medem 5 cm e o outro cateto mede = 6 2 3 cm , sendo g > 0, o comprimento dos apótemas da pirâmide, do teorema de Pitágoras, é: + = ⇒ = - = ⇒ =3 g 5 g 25 9 16 g 4 cm2 2 2 2 Portanto, os apótemas dessa pirâmide medem 4 cm. 15 Quanto mede a área lateral de uma pirâmide triangu- lar regular cujas arestas da base medem 10 cm e os apótemas medem 12 cm? Resolução: A base dessa pirâmide é um triângulo equilátero de lado 10cm, e as faces laterais são triângulos isósceles de bases 10 cm e alturas 12 cm, pois os apótemas da pirâmide são as alturas de suas faces laterais F R E N T E 3 275 Assim, a área lateral dessa pirâmide mede: = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ =A 3 g 2 3 10 12 2 180 cm lateral 2 Pirâmides regulares e o teorema de Pitágoras Considere uma pirâmide regular de vértice P cuja base de centro H tem um lado AB e o ponto médio M desse lado AB P H M B A r m gh a Entre os elementos dessa pirâmide, temos os seguintes segmentos: PH é a altura da pirâmide → PH = h PA é uma aresta lateral da pirâmide → PA = a PM é um apótema lateral da pirâmide → PM = g AB é uma aresta da base da pirâmide → AB = l HM é um apótema da base da pirâmide → HM = m HA é o raio do círculo circunscrito à base → HA = r Como a altura de uma pirâmide é perpendicular ao pla no da base da pirâmide, ambos os triângulos PHM e PHA são retângulos no vértice H Assim, do teorema de Pitágoras: ∆ ∆ PHM g h m PHA a h r ⇒ = + ⇒ = + 2 2 2 2 2 2 Como cada apótema de um polígono regular é perpen dicular a um lado do polígono, o triângulo AMH é retângulo no vértice M Do teorema das três perpendiculares, temos que o triângulo AMP também é retângulo no vértice M Assim, novamente do teorema de Pitágoras: AMP a g 2 AMH r m 2 2 2 2 2 2 2 ∆ ⇒ = + ∆ ⇒ = + Exercícios resolvidos 16 Quanto mede a altura de uma pirâmide regular cujos apótemas medem 5 cm e 13 cm? A 14 cm. b 13 cm. C 12 cm d 11 cm E 10 cm Resolução: Como o apótema da base de uma pirâmide é, necessa- riamente, menor do que o apótema lateral, temos que: • o apótema da base mede m = 5 cm. • o apótema da pirâmide mede g = 13 cm. Uma das aplicações do teorema de Pitágoras aos ele- mentos da pirâmide regular é: (Apótema da pirâmide) 2 = (Altura) 2 + (Apótema da base) 2 Assim, sendo h > 0, a medida da altura da pirâmide, em centímetros, é: = + ⇒ = + ⇔ ⇔ = = ⇒ = g h m 13 h 5 h 169 25 144 h 12 cm 2 2 2 2 2 2 2 Alternativa: C 17 Quanto mede, aproximadamente, a aresta lateral de uma pirâmide quadrangular regular em que as arestas da base medem 10 cm e a altura mede 4 cm? A 7 cm. b 8 cm. C 9 cm. d 10 cm. E 11 cm. Resolução: Como o raio do círculo que circunscreve um quadrado equivale à metade da diagonal do quadrado, temos que esse raio mede =r 5 2 cm. Uma das aplicações do teorema de Pitágoras aos ele- mentos da pirâmide regular é: (Aresta lateral) 2 = (Altura) 2 + (Raio da base) 2 Assim, sendo a > 0, temos: ( )= + ⇒ = + ⇔ ⇔ = + = ⇒ = ≅ a h r a 4 5 2 a 16 50 66 a 66 8cm 2 2 2 2 2 2 2 Alternativa: b 18 Quanto mede a aresta da base de uma pirâmide hexa- gonal regular em que a altura mede 2 cm e as arestas laterais medem 5 cm? A 1 cm b 2 cm C 3 cm. d 2 cm. E 5 cm. Resolução: Como o lado de um hexágono regular equivale ao raio do círculo que o circunscreve (r > 0), basta encon- trarmos a medida r desse raio. Assim: (Aresta lateral)2 = (Altura) 2 + (Raio da base) 2 Logo: ( )= + ⇒ = + ⇔ ⇔ = = ⇒ = a h r 5 2 r r 5 4 1 r 1 cm 2 2 2 2 2 2 2 Alternativa: A MATEMÁTICA Capítulo 13 Poliedros276 Planificações das pirâmides Semelhante ao que ocorre com os prismas, as plani- ficações de uma pirâmide são figuras geométricas planas formadas pela justaposição de polígonos congruentes às faces da pirâmide. As figuras a seguir, formadas por seis triângulos isós- celes e um hexágono regular, são possíveis planificações de uma pirâmide hexagonal regular, por exemplo. A figura a seguir é uma planificação possível de uma pirâmide retangular irregular: A B E 1 E 2 E 3 E 4 CD Para que as relações entre as áreas da superfície desse tipo de sólido sejam mais bem compreendidas, planificações como essas permitem que todas as faces da pirâmide sejam observadas simultaneamente Sendo Li = (L1, L2, L3, ) a sucessão das áreas das faces laterais de uma pirâmide, sobre a superfície dessa pirâmide, temos que: Área lateral: L L L L L i i n n = + + + + = ∑ 1 2 3 1 ... Área total: Área da base Área lateral( ) ( )+ Observe também, na planificação da pirâmide irregular, que a base é o retângulo ABCD. Como só pode haver um vértice que não pertença ao plano da base de uma pirâ mide, os pontos indicados por E1, E2, E3 e E4 devem ser coincidentes no sólido real. Assim, para que essa figura seja realmente a planificação de uma pirâmide irregular, é necessário haver a igualdade entre as medidas dos se- guintes pares de segmentos: AE1 = AE4 BE1 = BE2CE2 = CE3 DE3 = DE4 Exercício resolvido 19 Considere a planificação de um tetraedro, conforme a figura a seguir A 6 B 5 C D FE 7 3 Os triângulos ABC e ABD são isósceles de bases AC e AB, respectivamente. As medidas dos segmentos AC, BC, BD e DF estão indicadas na gura. A soma das medidas de todas as arestas do tetraedro é: A 33 b 34 C 43 d 47 E 48 Resolução: No triângulo isósceles ABC, temos: AB = BC = 5. No triângulo isósceles ABD, temos: AD = BD = 7. Quando o tetraedro for montado, os vértices C, E e F coincidirão, assim como os seguintes pares de ares- tas: AC com AE, BC com BF e DE comDF. Portanto, a soma dos comprimentos das seis arestas do tetraedro será: 3 + 5 + 5 + 6 + 7 + 7 = 33. Alternativa: A Volume da pirâmide Para obter o volume de uma pirâmide, basta multiplicar a área de sua base pelo comprimento de sua altura e dividir o resultado por 3. Assim, sendo B o valor da área da base de uma pirâmide de altura h, seu volume V é expresso por: V B h 3 = ⋅ A veracidade dessa expressão, para qualquer tipo de pirâmide, também pode ser comprovada retomando alguns dos conceitos vistos neste capítulo e no anterior, como o fato de que os cubos podem ser decompostos em três pirâmides congruentes e a aplicação do princípio de Cavalieri para volumes.
Compartilhar