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MATEMÁTICA Capítulo 14 Teoria das probabilidades22 Tem-se as seguintes probabilidades: P(E ) n(E ) n(S) P(E ) 4 52 ; 1 1 1 = ⇒ = P(E ) n(E ) n(S) P(E ) 13 52 e 2 2 2 = ⇒ = P(E E ) n(E E ) n(S) P(E E ) 1 521 2 1 2 1 2 ∩ = ∩ ⇒ ∩ = Aplicando-se o conceito de probabilidade da união de eventos, temos: P(E1 ∪ E2) = P(E1) + P(E2) – P(E1 ∩ E2) P(E E ) 4 52 13 52 1 521 2 ∪ = + ⇒ P(E E ) 16 521 2 ∪ = Portanto: P(E E ) 4 131 2 ∪ = . b) Sejam os eventos: E3: sair carta vermelha⇒ n(E3) = 26; E4: sair gura⇒ n(E4) = 12; E3 ∩ E4: sair carta vermelha e gura⇒ n(E3 ∩ E4) = 6. Tem-se: P(E ) n(E ) n(S) P(E ) 26 52 ; 3 3 3 = ⇒ = P(E ) n(E ) n(S) P(E ) 12 52 e 4 4 4 = ⇒ = P(E E ) n(E E ) n(S) P(E E ) 6 523 4 3 4 3 4 ∩ = ∩ ⇒ ∩ = Então: P E E 26 52 12 52 6 52 3 4( )∪ = + − ⇒ P E E 32 52 1 2( )∪ = Portanto: P E E 8 13 3 4( )∪ = . Probabilidade do evento complementar Sejam os eventos E e seu complementar E do espaço amostral S. Como E e E são mutuamente exclusivos, isto é, E E ,∩ = φ tem-se: P(E ∪ E) = P(E) + P(E) Como E ∪ E = S, então P(E ∪ E) = 1. Portanto: P(E) + P(E) = 1. Observe os exercícios resolvidos a seguir. Exercícios resolvidos 10 Uma caixa contém dez bolas, das quais três são ver- melhas, cinco são azuis e duas são pretas. Retira-se uma bola ao acaso. Qual é a probabilidade de: a) ser vermelha? b) não ser vermelha? Resolução: Tem-se n(S) = 10. a) Seja o evento E: sair bola vermelha⇒ n(E) = 3. Então: P(E) 3 10 = . b) Seja E: não sair bola vermelha (evento complementar do evento E). Como P(E) P E 1( )+ = . Então: P E 1 P(E) P E 1 3 10 ( ) ( )= − ⇒ = − . Portanto: P E 7 10 ( ) = . 11 Em uma luta de boxe, costuma-se dizer que as chan- ces de um boxeador ganhar uma luta são de “dois para um”. Então, qual é a probabilidade de esse bo- xeador ganhar? E de perder? Resolução: Escrevendo-se o enunciado na forma de proporção, tem-se: P(ganhar) P(perder) 2 1 ,= indicando P(ganhar) = p Então: P(perder) = 1 – p. Substituindo-se, tem-se: = ⇒ = p 1 p 2 1 p 2 3 (66,67%) e 1 – p = 1 – 0,6667⇒ 1 – p = 100% – 66,67% = 33,33%. Portanto: P(ganhar) = 66,67% e P(perder) = 33,33%. 12 Em um grupo de sete estudantes, há quatro de En- genharia e três de Matemática. Escolhidos dois estudantes ao acaso, qual é a probabilidade de pelo menos um deles ser de Matemática? Resolução: Existem C7, 2 maneiras de escolher dois estudantes, isto é, C A 2! 7 6 2 21, 7,2 7,2 = = ⋅ = então, n(S) = 21. Existem C 4 3 2 6 4,2 = ⋅ = maneiras de escolher dois es- tudantes de Engenharia. Seja E: escolher dois estudantes de Engenharia, então: P(E) n(E) n(S) P(E) 6 21 P(E) 2 7 = ⇒ = ⇒ = Seja E: sair pelo menos um estudante de Matemática. Tem-se, então: P E 1 P(E) P E 1 2 7 ( ) ( )= − ⇒ = − . Portanto, P E 5 7 ( ) = é a probabilidade de pelo menos um dos estudantes ser de Matemática. F R E N T E 1 23 Probabilidade condicional Acompanhe o seguinte exemplo. Considere um grupo de vinte estudantes, dos quais treze são homens e sete são mulheres. Cinco homens e três mulheres usam óculos, como mostra o quadro abaixo. Usam Não usam Total Homem 5 8 13 Mulher 3 4 7 Total 8 12 20 Escolhido um estudante ao acaso, considere os se- guintes eventos. E1: o estudante escolhido não usa óculos→ P(E ) 12 20 3 51 = = E2: o estudante é mulher→ P(E ) 7 202 = Qual é a probabilidade de o estudante não usar óculos, sabendo que é mulher? Observe que, a partir da nova informação “sabendo que é mulher”, pode-se reduzir o espaço amostral. O novo espaço amostral será constituído por sete mu lheres, das quais quatro não usam óculos. Portanto, a probabilidade procurada é 4 7 . Sabendo-se que o evento E2 já ocorreu e que a pro- babilidade de E1 é a desejada, pode-se calculá-la pela expressão: P E E P(E E ) P(E )1 2 1 2 2 ( ) = ∩ A probabilidade P(E1/E2), que se lê “probabilidade do evento E1, dado E2”, é denominada probabilidade condicional. 43 E 2 E 1 ∩ E 2 Aplicando no exemplo dado, tem-se: P(E E ) 4 20 ; P(E ) 7 201 2 2 ∩ = = Então: P E E P(E E ) P(E )1 2 1 2 2 ( ) = ∩ . P E E 4 20 7 20 4 20 20 7 1 2( ) = = ⋅ Portanto: P E E 4 7 1 2( ) = . De um modo geral, se S é um espaço amostral e E1 e E2 seus eventos, denomina-se probabilidade condicional de E1, dado E2, representada por P(E1/E2), a probabilidade de ocorrer E1 uma vez que já ocorreu E2, isto é: P E E P(E E ) P(E )1 2 1 2 2 ( ) = ∩ com P(E2) ≠ 0 Exercício resolvido 13 Lançam-se dois dados. Qual é a probabilidade de o nú- mero do primeiro dado ser quatro, sabendo-se que os números são pares? Resolução: Sejam os eventos: E1: o número no primeiro dado é quatro: E1 = {(4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6)} E2: os dois números são pares: E2 = {(2, 2), (2, 4), (2, 6), (4, 2), (4, 4), (4, 6), (6, 2), (6, 4), (6, 6)}⇒ n(E2) = 9 Observe que o evento E2 já ocorreu e P(E ) n(E ) n(S)2 2 = . Então, P(E ) 9 362 = . Tem-se também E1 ∩ E2 = {(4, 2), (4, 4), (4, 6)}, n(E1 ∩ E2) = 3 e P(E E ) 3 36 . 1 2 ∩ = Como P E E P E E P(E ) , 1 2 1 2 2 ( ) ( ) = ∩ então temos: P E E 3 36 9 36 P E E 3 9 1 2 1 2( ) ( )= ⇒ = Portanto: P E E 1 3 1 2( ) = . Produto de probabilidades Da definição de probabilidade condicional, deve-se lembrar que: P E E P(E E ) P(E ) P(E E ) 1 2 1 2 2 1 2( ) = ∩ ⇒ ∩ = P(E2) · P(E1/E2) e P E E P(E E ) P(E )2 1 2 1 1 ( ) = ∩ ⇒ P(E E ) P(E ) P E E 2 1 1 2 1( )∩ = ⋅ Observe que P(E1 ∩ E2) = P(E2 ∩ E1), então: P(E2) · P(E1/E2) = P(E1) · P(E2/E1) MATEMÁTICA Capítulo 14 Teoria das probabilidades24 Portanto: A probabilidade de ocorrer, simultaneamente, dois eventos, é igual ao produto da probabilidade de um deles pela probabilidade do outro, dado que o primeiro ocorreu. Eventos independentes Considere o seguinte experimento: “Um dado é lança- do e observa-se a face voltada para cima”. Sejam os eventos: E1: ocorrer face par, E2: ocorrer face maior que quatro. Tem-se: P(E ) n(E ) n(S) P(E ) 3 6 P(E ) 1 21 1 1 1 = ⇒ = ⇒ = P(E E ) 1 6 ; P(E ) 2 6 1 31 2 2 ∩ = = = Como: P E E P(E E ) P(E )1 2 1 2 2 ( ) = ∩ ⇒ P E E 1 6 1 3 1 2 1 2( ) = = . Observe que P E E 1 2 1 2( ) = e P(E ) 1 2 . 1 = Isso significa que o fato de ter ocorrido E2 não influen- ciou no cálculo da probabilidade de E1. Nesse caso, diz-se que os eventos E1 e E2 são independentes. Portanto, diz-se que dois eventos, E1 e E2, de um espa- ço amostral S são independentes se: P(E1/E2) = P(E1) ou P(E2/E1) = P(E2) Tem-se, então: P E E P(E E ) P(E )1 2 1 2 2 ( ) = ∩ Como P(E1/E2) = P(E1), vem: P(E ) P(E E ) P(E )1 1 2 2 = ∩ Assim: P(E E ) P(E ) P(E ) 1 2 1 2 ∩ = ⋅ A regra do produto pode ser generalizada para n even- tos independentes entre si. A probabilidade de ocorrer, simultaneamente, os eventos E1, E2, ... En é dada por: P(E1 ∩ E2 ∩ ... ∩ En) = P(E1) · P(E2) · ... · P(En) Exercícios resolvidos 14 Qual é a probabilidade de, no lançamento de um dado branco e um dado preto, ocorrer face quatro no dado branco e face dois no dado preto? Resolução: Sejam os eventos: E1: ocorrer face quatro no dado branco; E2: ocorrer face dois no dado preto. Tem-se: P(E ) 1 6 e P(E ) 1 61 2 = = . Então: P(E E ) P(E ) P(E ) P(E E ) 1 6 1 61 2 1 2 1 2 ∩ = ⋅ ⇒ ∩ = ⋅ Portanto: P(E E ) 1 361 2 ∩ = . 15 Lançam-se um dado e uma moeda. Qual é a proba- bilidade de se obter face três no dado e coroa na moeda? Resolução: Sejam os eventos: E1: obter face dois no dado; E2: obter coroa na moeda. Tem-se: P(E ) 1 6 e P(E ) 1 21 2 = = . Então: P(E E ) 1 6 1 2 P(E E ) 1 121 2 1 2 ∩ = ⋅ ⇒ ∩ = . 16 Lançam-se três dados. Qual é a probabilidade de se obter face cinco nos três? Resolução: Sejam os eventos: E1: ocorrer face cinco no primeiro dado; E2: ocorrer face cinco no segundo dado; E3: ocorrer face cinco no terceiro dado. Tem-se: P(E ) 1 6 ; P(E ) 1 6 e P(E ) 1 61 2 3 = = = . Então: P(E E E ) 1 6 1 6 1 61 2 3 ∩ ∩ = ⋅ ⋅ . Portanto: P(E E E ) 1 2161 2 3 ∩∩ = . 17 Seja uma urna contendo seis bolas numeradas de um a seis. Qual é a probabilidade de se retirar a bola nú- mero um e, sem repetição desta, a bola número dois sair em seguida? Resolução: Sejam os eventos: E1: ocorrer bola número um P(E ) 1 6 , 1 ⇒ = E2: ocorrer bola número dois, sabendo que ocorreu bola número um P E E 1 5 . 1 2( )⇒ = Então: P(E1 ∩ E2) = P(E1) ⋅ P(E1/E2) P(E E ) 1 6 1 51 2 ⇒ ∩ = ⋅ Portanto: P(E E ) 1 301 2 ∩ = .
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